INFO Jabuti

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Como as Redes Sociais afetam seu aprendizado Emprego pela internet é a nova tendência Lutar é preciso e a revolução usa facebook!

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Revista Informativa criada para o trabalho de Plano de Comunicação Integrado da Universidade Paulista. Editora: Regina Rocha Diretor de Arte: Leco Vilela

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Como as Redes Sociais afetam seu aprendizado

Emprego pela internet é a nova tendência

Lutar é preciso e a revolução usa facebook!

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EDITORIAL

O Jabuti quando nasce di ferente das pr imas marinhas, caminha tranqui lamente sobre a terra . Agora imagine esse Jabuti acrescido em seu DNA uma boa quantidade de infor-mações vir tuais que o permite correr com estabi l idade e sabedoria .Nesta pr imeira edição de INFOjabuti sobre as redes socia is , descobrimos que apesar de vir tuais a inda mantemos o bom cami-nho da escr ita jor nal ist ica . Nosso repór ter Leonardo Vile la ass ina a matéria central com o g rupo Car tase, o pr imeiro colet ivo de crowdfunding brasi le iro, imperdível !Na par te visual as fotos de nossos colabo-radores competentíss imos Marcelo Souza Almeida e El iane Campos, provando que imagens dizem tudo. Nas editorias em rede o g rande olhar está na matéria da editoria Cérebro que fa la sobre as mudanças que a inter net e as redes sócias estão provocando na educação dos nossos pimpolhos.Agora, para quem precisa arrumar um emprego, a repór ter Regina Rodrigues vis i ta os pr incipais s i tes de relacio-namentos prof iss ionais adiantando os caminhos para chegar lá . Falando em papo sér io e social a matéria Viva La Revolución! com auxí l io de con-teúdo da querida Ludmila Nascarel la e do sensato Luís Arruda, ag rega um valor ao

le i tor que luta por um mundo melhor, e pasmem, esse mundo pode ser s im mudado pelas redes socia is !Na sessão blog nossa revista abre suas páginas para a l i teratura on l ine de Alexandra Deitos. Com a ar te pr imorosa e dinâmica nosso Jabu-t i seduz nas melhores intenções. Por isso não percam o car toon de Wil l Ol iveira , e os pita-cos da ass istente de ar te Sabrina Rodrigues que com sua meninice faceira nos permit iu dar uma maior leveza a esta edição.Tudo isso passando pela super visão l in-güíst ica do guerreiro Jamilson Si lva que além dos seus oito braços emprestou mais dois para a galera aqui aparecer com o texto perfe it inho.Se o Jabuti é um sinal de sor te no Oriente, aqui na redação estamos todos com os de-dos cruzados para que o le i tor navegue co-nosco nesta edição que fo i fe i ta com tanta paixão. E ass im como chegamos ao nosso dest ino com segurança e em paz espera-mos que todos tenham uma boa le i tura , aumentando seu interesse e ampliando seu conteúdo de sabedoria .

Grupo Jabuti , redação

Saimos na frente da lebre

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ÍNDICE

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>>> Entrev is ta com Diego Reeberg, sóc io fundador do Catar -se mostra como medidas cr iat ivas podem mudar o cenár io cul tura l >>> PG 7

>>> As redes soc ia i s mudaram a forma das pessoas aprende-rem. Sabendo disso a INFOjabut i se perguntou o que será que as escolas es tão fazendo sobre i sso? >>> PG 13

>>> Facebook, Orkut , Par Per fe i to , Harmony, Manhunt . S i tes de re lac ionamento aprox imando (ou não) as pessoas >>> PG 16

>>> Conseguir um emprego tá d i f íc i l? Já tentou arranjar um pela internet? >>> PG 19

>>> Ocupações , marchas , atos , mani fes tações . Ao que tudo indica a juventude quebrou o s i lênc io >>> PG 21

>>> Fotos e mais fotos do Ocupa Sampa, uma ação mundia l que quer acabar com a des igualdade e a corrupção >>> PG 25

>>> Poema s imples , impactante e encantador >>> PG 29

>>> As t i r inhas mais ác idas do tumblr e do twi t ter agora fazem parte da INFOjabut i >>> PG 30

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EXPEDIENTE

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Diretor de RedaçãoCésar Be lard i

EditoraRegina Rodr igues

Diretor de ArteLeonardo Vi le la

Ass. de ArteSabr ina Rodr igues

FotografiaEla ine Campos

Marce lo Souza Almeida

RedaçãoLeonardo Vi le la

Regina Rodr igues

RevisãoJami l son S i lva

CartunistaWil l Ol ive i ra

Colaboraram nesta edição: A lexandra Dei tos , César Hen-r ique Cruz , Dani lo Ol ive i ra , Ludimi la Nascare l la , Lu ís Arruda, Mayara S i lva e Michele Velma.

Envie seu e-mail para esta seção com nome completo, RG, endereço e

telefone. A revista INFOjabuti se reserva o direito de, sem alterar o

conteúdo, resumir e adaptar os textos publicados. Os e-mails devem

ser enviados para info@jabuti .com.br.

FALE CONOSCO

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COLABORADORES

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Alter-nativ@sLeonardo Vile la Foto Divulgação

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Alter-nativ@sLeonardo Vile la Foto Divulgação

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VOZVocê lembra quando contava as mo-edas e as juntava com as moedas dos amigos para comprar balas? Ou, ainda mais velho, juntando grana para com-prar um presente pro amigo. Lembra aquela boa e velha vaquinha, que ainda hoje faz sucesso? Pois então, foi com essa ideia que surgiu o site de f inan-ciamento social Catarse.O site é simpático e tem seu charme, um layout simples que esbanja na fa-cil idade de acesso. Criado ainda este ano, tem virado uma febre entre os pro-dutores e agentes culturais e já mos-tra cases de sucesso em menos de um ano de vida. É por essas e outras que entrevistamos Diego Reeberg, um dos sócios e co-fundador do primeiro site de crowsfunding do Brasil .

De onde surgiu a ideia do Catarse?Para responder a essa pergunta eu pre-c iso, pr imeiramente, apresentar como é formada a sociedade do Catarse. São três par tes : eu , Diego Reeberg, o Luís Otávio Ribeiro e a Softa . Eu e o Luís somos es-tudantes de Administração na FGV-SP; a Softa é uma empresa de Porto Aleg re que desenvolve produtos web. Sobre como surgiu a ideia , temos dois la-

dos da história . No meu e do Luís, a ideia de uma urgência de começar algo nosso, em abri l de 2010. Pra isso, a gente re-solveu procurar modelos de negócios in-teressantes fora do Brasi l , já que nossas ideias próprias não eram lá muito pro-missoras. Aí a gente conheceu o Kicks-tar ter, re ferência em crowdfunding no mundo. A gente f icou encantado pelo mo-delo, pois t inha tudo a ver sobre a forma que pensávamos que um negócio deveria ter : colaborat ivo, conectado às mídias socia is e capaz de promover mudanças na sociedade. Do lado do pessoal da Softa , a ideia veio do Daniel Weinmann. Ele é músico, dan-çarino de tango e, para e le, a ideia surgiu

como uma necess idade de f inan-ciar seus próprios projetos. Só depois e le veio a conhecer o Ki-ckstar ter e se apaixonou ainda mais pelo modelo.Em meados de outubro, por um amigo em comum, a gente se co-nheceu e, uma semana depois, já estávamos juntos para começar o Catarse.Nos dois lados, a gente viu que no Brasi l era necessária uma inic iat iva como essa , pois v imos que muitos bons projetos não conseguiam obter f inanciamen-to e f icavam engavetados por isso. Como uma par te impor-

tante do processo é a curadoria , sabía-mos que os s i tes estrangeiros não conse-guir iam atuar no Brasi l sem uma equipe própria . Achamos melhor começar isso então nós mesmos, com uma plataforma que fosse do je i to que quiséssemos.Mas, lógico, esse fo i só o iníc io. Depois disso já houve muita coisa , hoje somos 6 sócios, 8 pessoas e o Catarse agora faz par te do Grupo Comum (http ://comum.cc) que tem um objet ivo de atuação a inda mais amplo.

Há quanto tempo o site existe?Desde 17 de janeiro deste ano. =)

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Quantos projetos já foram beneficia-dos pelo site?90.

Alguns dos projetos ganharam desta-que na mídia?Sim, s im. Vários, tanto na g rande mídia como em alguns meios que são mais de nicho.Os que t iveram mais destaque foram o Ônibus Hacker, A Banda Mais Bonita da Cidade e o Ajude um Repórter.

O que acontece quando o projeto apoiado não recebe toda a verba? O dinheiro volta direto para a mão do apoiador?Na verdade, pr imeiramente, o dinheiro volta em créditos no s i te para o apoiador, caso ele queira apoiar outro projeto. Se e le realmente quiser o dinhei-ro de volta , tem um botão lá para e le pedir o estor no.

O que é o Financiamento So-lidário?Basicamente é quando várias pessoas, contr ibuindo f inan-ceiramente a par t ir de peque-nas quantias, possibi l i tam que um projeto seja viável e possa

ser executado. É a popular vaqui-nha, mas ut i l izando uma platafor-ma onl ine para fac i l i tar a logíst ica de todo o processo.

Quais são os projetos que mais chamam a atenção dentro do Ca-tarse?Aqueles em que o real izador é apaixonado pelo seu projeto e o planejou antes de colocá-lo na pla-taforma e possui uma boa rede de relacionamentos pra trazer as pr i -meiras pessoas pra apoiá- lo. Esses três fatores são fundamentais pra

um projeto ter sucesso.

Quais os que menos chamam a aten-ção?Aqueles que não seguem os três pontos apontados acima. Muitas vezes o projeto é bom em dois deles, mas peca em ou-tro. Vai ser di f íc i l e le conseguir chamar a atenção mesmo ass im.

Existem diversas formas de apresentar o projeto dentro do site . Existe algum que o Catarse percebe que faz mais su-cesso?A gente disponibi l iza um guia que con-tém várias dicas para os real izadores apresentarem bem seu projeto.

Acredito que o proje-to da Fibra , o Porta-

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VOZ- laptop, ut i l izou muito bem dos recursos possíveis. (Veja o projeto no s i te)

Como a parceria com sites relaciona-dos à cultura ajuda o site a cumprir suas propostas?Nossa g rande visão é fazer com que mais projetos possam ser f inanciados dessa forma. Esses parceiros a judam na divul-gação do conceito do f inanciamento co-laborat ivo e na propagação dos projetos por que elas se interessam para que mais pessoas possam apoiá- los. É fundamental que quem faz a cultura acontecer no Bra-s i l se ja parceiro nesta tarefa de comuni-cação.

Qual é a estratégia do site para as mí-dias sociais?Temos uma atuação muito aber ta (divul-gando números, coisas que acontecem no s i te) e fe i ta da forma mais diver t ida pos-s ível . Nós somos nós mesmos nas mídias socia is, sem máscara nem nada. A estra-tégia é ser autêntico. =)

Os projetos que se destacam assumem uma estratégia de multiplataforma para divulgar suas ideias?Depende muito do projeto. Tem gen-te que tem a rede estabelecida mais no mundo of fl ine e pode ser bem-sucedida mesmo ass im. Mas eu acredito que quan-to mais a pessoa t iver a habi l idade de na-vegar por di ferentes plataformas, maior será a chance de e la de obter sucesso na arrecadação.

Como você (Diego Reeberg) encara o sucesso do site?Vejo que o Brasi l t inha uma necess idade latente por um modelo como esse. Tem muita gente boa com ót imos projetos que só precisavam de uma g raninha pra t irá- los do papel . Eu encaro como uma forma para me motivar a trabalhar a inda mais pra a judar mais projetos fantást icos acontecerem a cada dia .

Como é ser um jovem empreendedor na atualidade?Acho que é muito sobre construir o mundo que você deseja . É enxergar uma transformação e vivenciá- la diar iamente pra construir a lgo que te pareça melhor. Tem as di f iculdades, com cer teza , mas eu sou apaixonado por viver desta forma.

Quais são os planos para esta platafor-ma solidária da internet?Ser cada vez mais colaborat iva . Desde a seleção dos pro-jetos que en-tram no s i te, até a comunicação e a prog ramação. A c r e d i t a m o s muito no modelo de open source, no creat ive com-mons, em ter as contas do s i te aber tas e tal .

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@Catarse_

www.facebook.com/Catarse.me

www.catarse.me

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CÉREBRO

A escola e as formas de educação através das tecnolo-gias da informação (TI) f icam a cada ano mais próxi-mas, embora uma ainda não tenha at ingido uma int imi-dade com a outra . Falta às escolas um recurso além do que dominar as técnicas de mexer ou administrar um computador” . Estão (as escolas) enraizadas nas prá-t icas l ineares e segmentadas” , a f irma a Profª . Camila Santana, do Inst i tuto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia .Recentemente, a a luna Valquír ia Modelo, 15 , fo i punida com cinco dias de suspensão pelo motivo de desenvolver um g rupo de estudo na rede social Facebook. A escola ale-gou que o g rupo se encontrava vir tualmente para adquir ir as respostas dos gabaritos dos exercíc ios das provas. A mãe da aluna, Sônia Modelo Alves, 43 , a f irmou que está processando a escola judic ialmente pela at i tude precipitada para com sua f i lha . “Isso é um absurdo, não vivemos mais na idade das caver nas” , desabafa a mãe.Mais do que conhecer os caminhos tecnológicos para a educação, o s istema educacional precisa entender que as redes socia is fazem par te de um caminho social humano, e que podem, s im, e levar o conhecimento e a capacidade

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A educação na era dainformaçãoDepois da internet o s i s tema educacional encontra outro desaf io .Entre em ação as “Redes Soc ia i s ”

Regina RodriguesFoto Leonardo Vile la

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de acordo com o seu poder que lhe é con-duzido. “Aqui ut i l izamos todas as ferra-mentas vir tuais para melhorar a comuni-cação e integ rar nosso currículo escolar ao interesse de nossos alunos” declara o Prof . Walter Souza, 54, Mestre em Edu-cação para alunos hiperat ivos.A escr itora Tânia D. Queiroz descreve em seu l ivro, ¬ ¬ Educar, uma l ição de amor (Ed. Gente) , que “vivemos a era dos softwares, da união social , da sabedoria das mult idões e do f im das barreiras ge-og ráf icas” . A educação tem ao seu dispor várias ferramentas para o auxi l io da for-mação educacional em rede, basta apenas adaptar-se para novos paradigmas que já estão declaradamente na inter net” .

Agora sim

Fundamentado num processo pedagógico consistente, os alunos do colégio Diretr iz , da c idade de Atibaia , inter ior de São Paulo, produzem semanalmente a agenda das at i -vidades escolares de acordo com os g rupos interat ivos nas redes socia is. “Cada turma tem seu g rupo fechado com arquivos de todas as aulas, os próprios alunos cuidam para que todo conteúdo ensinado seja protegido e preser vado no g rupo” , conta-nos a diretora ass istente Jandira Celeste, 50 , in ic iadora do projeto Rede em Casa , que auxi l ia mais de dois mil a lunos.Sempre que existe uma nova visão a par t ir do que já funciona, a construção do futu-ro tor na-se mais posit iva . O fato é que as escolas que se aprimoram e perdem seus preconceitos para com os novos meios de ensino conseguem, sem sombra de dúvi-da , um desempenho maior de seus alunos. Com interesse e a aceitação dos valores morais que esses alunos cr iam, surgem novas rotas de aprendizado inter no, e le-vando, ass im, seu conceito cognit ivo de aprendizagem.A era digital chegou para f icar ; hoje é co-mum vermos nas cadeiras univers itár ias

a lunos por tando apenas um leve celular ou até mesmo um notebook pequeno que cabe numa bolsa . As aulas são repassadas para o g rupo da classe que, dependendo de seu coordenador, são interat ivas ou não. A interat ividade dos alunos, quando bem estabelecida , contr ibui para sua autoes-t ima, pois muitas pessoas se comunicam apenas via inter net , ou seja , na c lasse, por questões f ís icas ou emocionais, quase não se apresentam ou falam. Nas redes socia is, a t imidez , pelo contrário, d i f ic i lmente acontece.A Universidade São Judas, em São Pau-lo, possui um por tal especial para os alu-nos de Jor nal ismo. Identi f icado como TV São Judas, os prog ramas são inspirados nos assuntos mais debat idos nas redes so-cia is. Com a or ientação do Prof . Fer nan-do Duch, os a lunos do últ imo semestre de Jor nal ismo produzem seus prog ramas com 28 minutos de duração, que são apresen-tados no canal univers itár io e reproduzi-dos na net através dos por tais das redes socia is da faculdade.

Lá, em um mundo distante

Com as novas pesquisas sobre a evolução cerebral , pr incipalmente no estudo das intel igências múlt iplas, obser vamos que novas técnicas foram desenvolvidas para aprimorar a aprendizagem. Hoje, tor nou-

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Regina RodriguesFoto Leonardo Vile la

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-se muito mais fác i l aprender e g ravar na memória o que estudamos. “A quantidade de informações processa-das hoje pelos alunos é absurda se pen-sarmos em termos de evoluções humanas nas últ imas décadas” , expl ica o neurolo-gista Alfredo Shirmeman, especial izado em Neuropsicologia pela Faculdade de Medicina de Santo André .Os índios da aldeia baiana Pataxó recebem todos os dias suplementos educacionais através da inter net para auxí l io das aulas ministradas para os que querem terminar o Ensino Fundamental I . “Buscamos, nes-te apoio escolar, um caminho natural para o aprimoramento de nossa aldeia” , conta Yonana Pataxó, no s i te @indiosonl ine.O por tal Brasi l Escola (www.portalbrasi les-cola .com), com parceira da Editora Abri l e o por tal R7, const itui-se no maior s i te de inte-rat ividade em educação brasi le ira . Atualmen-te conta com 20 canais de pesquisa e milhares de páginas escr itas on l ine. Possui mais de 10 milhões de vis i tantes e seus conteúdos são totalmente de g raça .

Gente do bem

Independentemente de nosso cérebro estar mais capacitado a trabalhar mais rápido e recebendo maiores informa-ções, não adiantará nada se as g randes inst i tuições educacionais est iverem no século passado. Várias a inda tentam preser var um estatuto educacional que funciona com mais lent idão por estar ultrapassado.“Hoje, há atual ização dos professores e dos mestres em Ensino é Fundamental para o desenvolvimento do caráter educacional brasi le iro” , a f irma João Bat ista Osório, coordenador do Sindicato dos Professores de São Paulo (SinPro) .Existe uma g rande di ferença entre mestre, educador e inst i tuição, e a disponibi l ida-de de cada um depende muito da aber tura emocional e do objet ivo que se dá aos alu-nos e à educação. Quanto maior a r igidez , menor será a atual ização e mais longe das tecnologias educacionais estaremos. O mais interessante é que, longe das pr in-cipais capita is, as formas de interat ividade pelas redes socia is em educação caminham a passos largos. Os alunos de al fabet iza-ção para adultos da Fundação Bradesco em Aparecida de Goiana (GO), a lém das aulas presencia is, podem contar com uma sala de mult imídia , adaptada para inic iantes, onde exercitam o conteúdo das disc ipl inas através de conversas em salas vir tuais que fac i l i tam muito o aprendizado.Com o advento da inter net e seus inventos tecnológicos coloridos e atraentes, f ica qua-se impossível segurar o aluno em sua cadei -ra . O ant igo quadro neg ro e seu professor monocórdico já fazem par te de um cenário que se desfaz da memória do nosso cot idia-no; a f inal , quem resiste a uma maquininha interat iva que em segundos dispõe de dados que levariam horas (ou até dias) para serem estudados. Assim, como escreveu Fer nando Pessoa, “navegar é preciso” . Esperamos que nosso caminho na educação brasi le ira possa ir por outro rumo, para terras mais fér te is.

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@COMPORTAMENTO

Alguém aí se lembra de quando cr iança ter br incado com duas lat inhas amarradas por um barbante f ingindo ser te le fone? De cer ta forma al i , naquela br incadeira , começava o principio do relacionamento interpessoal , que não é muito di ferente das formas de relacionamentos de hoje. Em vez das lat inhas, temos uma webcam que faz com que os relacionamentos e as emoções enraízem-se. Ou não?Segundo o psicanal ista Luiz Alber to Py, “não existe uma receita para nascer o amor” . Que o diga a pedagoga Rosa-na Dorigam Campos, 29, que encontrou seu g rande amor em um site de relacio-namentos pela inter net : “nunca imaginei que pudesse me apaixonar tanto por uma pessoa que só fui conhecer se is meses depois ; antes do primeiro bei jo f icáva-mos horas no computador” , conta Rosa-na. Moradora da Baixada Santista , t inha como a maioria das pessoas contemporâ-neas o hábito de sempre dar uma passadi -nha no Orkut para var se os amigos dei -

xaram algum recado. Até que um belo dia encontrou um recado do agente F lávio Medalha Jr. , 35 , em seu perf i l , convidan-do-a para ser sua amiga. “Levei um sus-to, mas mesmo ass im aceite i” . De cl ique em cl ique, casaram-se no começo do ano com dire ito a fotos quase em tempo real no facebook” . “Devo meu marido ao santo Orkut” , br inca Rosana. Ambos cr iados em 2004, Orkut e Face-book hoje são as redes socia is que mais at ingem os desejos dos carentes do mun-do. Bem mais até que os s i tes de rela-c ionamentos prof iss ionais como Par Perfe ito, Harmony e o famoso s i te de re-lac ionamento gay Manhunt . A forma de um relacionamento mais acess ível sem o contato f ís ico (Epa! Como pode ser mais acess ível sem pegar?) oferece segurança maior para quem está realmente procu-rando se relacionar, mas não tem habi-l idade de paquera ou é dono de uma t i -midez profunda. “Não tenho coragem de chegar em uma garota que me interessa

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Par Perfeito?S i tes de re lc ionamento mudaram a v ida amoras das pessoas

Regina RodriguesArte Leonardo Vile la

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num bar ; em compensação, pelo computa-dor, através do facebook, já conheci vá-r ias” , desabafa o tre inador f ís ico Marcos Guimarães, 27 , o Marcão, como é chama-do pelos amigos pelos seus 1 ,98m de al -tura .

Mas como pode?

A psicóloga angolana Cláudia Morais, autora do l ivro O amor e o Facebook (Ed. Of ic ina do Livro) , indaga-nos sobre as questões de quais r iscos corremos com a exposição a que nos suje itamos em nosso perf i l? E o quanto de verdade demons-tramos aos outros através de nossos con-tatos pelo computador?Para o sociólogo Marcelo Senna, 71, es-cr itor de vários l ivros sobre comporta-mento humano, “as pessoas só estão se adaptando a uma nova transição contem-porânea. Outrora no século XVIII , no berço do Romantismo, eram as car tas. Hoje o conhecimento vem pelo computa-dor ; s inceramente, para mim, nada mu-

dou” .Já para a ps icóloga Ana Maria Sombini , 36 , coordenadora do g rupo terapêutico do Hospital Nossa Senhora de Lourdes em Diadema, mudou e muito. “Hoje não temos a menor ideia de quem realmente está por trás de um computador e os rela-c ionamentos se tor naram muito instáveis pelas fac i l idades dos encontros” .Instáveis e até perigosos, é o que comen-ta o delegado Diogo Guerra , 45 , em en-trevista à Revista INFO (abri l/11) , que mostra a estat íst ica alarmante que mais de 77mil usuários brasi le iros no ano de 2010 foram vít imas de ladrões, pedóf i los, estupradores e malandros de todo t ipo através das redes socia is de relaciona-mentos. “O malandro se faz passar por interessado na vít ima, seduzindo-a no primeiro momento para obter o máximo de informações que lhe interessam”, ex-pl ica o delegado.Mas nem só de pessoas inescrupulosas a inter net sobrevive (g raças a Deus) . Com a vida corr ida e as capita is mais povo-adas, não é tão surpreendente que as pessoas precisem de um meio de contato rápido e sedutor para se encontrarem e começarem um relacionamento. O públ ico gay, por exemplo, d isparou nas formas de relacionamentos pelos s i tes. “Encontrei minha cara metade no s i te de relacionamentos Manhunt , não acreditava que poderia exist ir a l i um públ ico honesto em sentimentos ; na verdade, pensava que era só saca-nagem”, comenta baixinho o est i l ista Dani lo Fit ipaldi , 32 , que encontrou seu parceiro, que mora no Pará , em março deste ano. “Não t inha como conhecê-lo se não fosse através das redes socia is. Sabe quando eu ir ia ao Pará?” , d iver te--se com o depoimento.O fato é que o caminho da natureza , como diz ia Charles Darwin, é evoluir, adaptar-se pela seleção natural ; entre-tanto, d i f ic i lmente e le ir ia prever que a adaptação natural fosse tão evoluída a ponto de nos relacionarmos a par t ir de

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um computador, que para muitos a inda é apenas uma máquina.

Quebra Tudo

“As pessoas estão preparadas para se unir pelas redes socia is, mas não para se sepa-rar” , a f irma a terapeuta c l ínica Andreia Lopes, 35 , que já estudou mais de qui-nhentos casos desde 2009, d iretamente relacionados com as redes socia is. “Tive um paciente que não teve coragem de ser honesto e f inal izar seu casamento, sabe o que ele fe z? Colocou estou solte iro no facebook. Todas as pessoas que faziam par te de sua rede começaram a comen-tar até chegar aos ouvidos de sua esposa , que está traumatizada até hoje” .Casos de discussões e br igas também são comuns em sites de relacionamento e es-tão expostos para qualquer um ver. “Pedi para minha amiga cuidar da minha pá-gina, pois não suportava ver o meu ex--namorado com outra” declara Jul iana Fer nandes, 19 , a inda com os punhos fe-chados só de pensar nas fotos dos novos amantes. “Simplesmente demos um tem-po e logo em seguida já t inha uma foto dele com outra” .Por mais que as formas de encontro es-te jam moder nas, existe s im ainda uma g rande discussão por trás da ét ica desses t ipos de relac ionamentos. Fát ima Aze-vedo, 50 coordenadora do Grupo AMA

(Associação das Mulheres que Amam Demais) relata de uma forma muito real o perigo e as vantagens de se envolver com alguém a par t ir da inter net . “Nas redes socia is, os relacionamentos acon-tecem com muita intensidade. Há os que amam demais e os que odeiam demais, tudo é muito rápido e pode cau-sar consequências desastrosas para todos os envolvidos” . Importante é saber o que se quer realmente de um encontro ou de um novo relacionamento. A dica é estar sempre atento aos detalhes de cada pes-soa que se adic iona no perf i l , suas fotos, sua maneira de fa lar e, pr incipalmente, controlar a ansiedade, pois o amor se for verdadeiro, pode esperar o tempo que for.

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VOCÊ SABIA?

“De tanto andar atrás de emprego eu perdia um par de sapatos toda semana” , d iz o eco-nomista José Maria Ort iz , 49 , assessor da di-retoria de market ing da f inanciadora Autola-t ina em São Paulo. “Há vinte anos um jovem saia com o currículo debaixo do braço e f icava olhando o dia inte iro as opor tunidades nos jor nais e os planfetos pendurados nas por tas das empresas” , desabafa . José Maria não é o único de sua geração a gastar as solas dos sapatos atrás de um emprego, Toda a socieda-de anter ior a inter net e pr incipalmente longe da imagem utópica de conseguir um emprego através do computador, faz ia isso. Para se ter uma ideia nos anos 80 em plena recessão eco-nômica o setor de RH da empresa Executive Ltda, chegou a receber em um dia só mais de quinhentos currículos para serem anal isados para uma só vaga. “Tínhamos que guardar a emoção e ut i l izar a razão para as escolhas, a demanda era muito g rande” , comenta Do-ral ice Santiago, 58, aposentada que continua trabalhando no RH da empresa devido a sua enorme habi l idade de reconhecer o candidato

melhor para a vaga sol ic i tada.” Vire i tantas vezes à noite para atender melhor as neces-s idades da empresa que acabei me tor nando uma especial ista” , sorr i .

Tudo muito rápido

Hoje em pleno século XXI com advento da inter net e mais a inda das mídias socia is es-pecial izadas em prof iss ionais especí f icos para as áreas, o design Leonardo Sampaio, 26 , tra-balha fe l iz a frente de seu computador Apple de ult ima geração. O cargo de gerência recém assumido lhe permite vis lumbrar uma carrei -ra que vem de vento em polpa desde que saiu da faculdade. Esta é sua terceira promoção que como ele mesmo diz ; “adquir ida através de muito trabalho e determinação“ . Entre-tanto di ferente de José Maria , o economista acima, Leonardo possui como muitos de sua geração uma forma di ferenciada de buscar seu emprego e adquir ir suas promoções. Ele ut i l i -za as redes socia is como ferramenta prof iss ional . Para este emprego ele fo i se lec ionado entre 15

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Emprego.comConsul toras de RH invadem as redes em busca de candidatos

Regina RodriguesFoto FFFFound.com

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candidatos na rede social Linkedin, que possui mais de 1 ,5 milhões de usuários e cujo objet ivo é o relacionamento entre prof iss ionais.A ut i l ização das redes socia is com f inal ida-des prof iss ionais cresce ver t iginosamente no Brasi l e no Mundo. Para se ter uma ideia , só nos Estados Unidos 92% das empresas contratam apenas pelas redes socia is. Os currículos hoje são enviados pela inter net ot imizando o tempo e fac i l i tando a vida da turma do RH. ”O que levaria dias para ana-l isar hoje é selec ionado em horas” , comen-ta Dora totalmente atual izada com sua nova ferramenta de trabalho.Aqui no Brasi l os dados não são especí f icos, po-rém acredita-se que 70% das pessoas que bus-cam emprego já f izeram entrevistas marcadas através de redes socia is e 48% foram emprega-da pelo networking onl ine. Segundo a ps icólo-ga Cleusa Vicchi 49, especial izada em orienta-ções vocacionais “a cr iat iv idade exercerá uma questão for te no mercado de trabalho no século XXl, ou seja , vencerá aquele candidato que t i -ver maior cr iat iv idade em sua exposição, este movimento favorece e muito a busca pelas redes socia is. ”

Nem tudo funciona

Crist ina Rocha, 36, advogada apresentou seu currículo em mais de quatro s i tes de networking e nada!”Percebi que me perf i l é acessado pelas perguntas de disponibi l idade para dias e horários, mas nunca fui e fet iva-mente chamada” , comenta . Crist ina procura uma vaga de advogada sênior e percebe que como existe muita ofer ta suas chances são menores. O anal ista Orlando Baroni ,21 , que está desempregado há mais de um ano possui seu perf i l na rede Linkendin há exato sete meses, e relata” Nunca fui chamado por em-presa nenhuma, nem sequer me f izeram algu-ma pergunta de interesse” .Nestes casos descreve Cleusa Vichhi , o interessando precisa obser var se seu per-f i l está l impo e c laro, as capacidades pre-c isam estar adequadas aos valores desta pessoa, pois quando escolhemos um can-didato, obser vamos todas as redes socia is

para ver se as informações casam umas com as outras. “Mais que ter um currí -culo l impo e adequado, é preciso também ter uma vida organizada e corresponden-te aquele perf i l do networking” , esclare-ce.Independente de qual caminho ut i l iza-se para chegar ao mercado de trabalho, o fato é que a forma de seleção mudou quase ra-dicalmente nas últ imas décadas, o método de preparar seu currículo, botá- lo debai -xo do braço a inda está valendo, porém se quiser economizar sola de sapato, convêm se atual izar. Pois o tempo do teleg rama com cer teza acabou.

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Michele Velma da empresa que recruta exe-

cutivos pelas redes nos dá algumas dicas:

-Buscamos entre um perfil bem elaborado,

com todas as informações da experiência

profissional e formação acadêmica. Estes

dados colaboram MUITO para uma colo-

cação no mercado de trabalho. Seja claro,

simples e preciso e mais importante sincero,

pois todas as fontes são checadas.

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MUNDO

E assim caminha a humanidade, ult imamente com passos de gigante e com muita vontade. Já perdemos a conta de quantas vezes, só neste ano, fomos convocados através da t imel ine para marchas e ocupações. Ou para apoiar a l iber ta-ção animal , a l iber tação sexual , a l iber tação do ecossistema e, c laro, a l iber tação do senso de protesto da sociedade brasi le ira .Neste ano que precede o f im do mundo, como alguns profetas apontam, também é o ano em que o Facebook ultrapassou o Orkut em número de usuários no terr i -tór io nacional . Parece que a proximidade do f im e a fac i l idade para ser ouvido tor-nou o povo mais agitado. Fora do país já são centenas de protestos que ut i l izaram as ferramentas das redes socia is para divulgar suas ideias e ações. Os g regos ut i l izaram as redes para agendar encontros e protestos, os jovens de Londres, que inic iaram uma onda de depredação a c idade inglesa , co-meçaram suas at iv idades através de fóruns na inter net . A ação de democrat ização do Egito também teve sua raiz nas redes socia is,

que foram usadas para divulgar a s i tua-ção real do país pelo mundo. Hoje em dia países como a China e o Brasi l l imitam o acesso ao conteúdo global da inter-net . Seja por motivos pol í t icos ou econômicos, as medidas de censura na rede têm aumentado ao longo dos últ imos c inco anos. Parece que os l íderes estão começando a perceber o que o compart i lhamento de informações em caráter viral pode acarretar para os seus gover nos.Falando em l íderes, não podemos esquecer que o atual pres idente dos Estados Unidos da América do Norte só fo i v itor ioso nas e le ições de 2008 g raças ao passarinho azul do Twitter.Entre guerras, confl i tos e protesto muitos são os que ut i l izam as redes socia is para dis-cut ir tabus da cultura tradic ional , como é o caso da “Marcha das Vadias” , evento que sur-giu no Canadá após um pol ic ia l d izer que as mulheres deveriam deixar de se vest ir como vadias para não serem estupradas. Aqui no Brasi l as Vadias f izeram um g rande alvoro-ço em Belém, Belo Horizonte, Brasí l ia , São Paulo e muitas outras c idades. Uma das

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Viva la Revolución!Aprox imar as pessoas parece não ser o suf ic iente para as redes soc ia i s ,

nos ú l t imo anos e las tem mudado o mundo

Leonardo Vile laFoto Elaine Campos

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maiores fo i a marcha de Curit iba que uniu 2 mil pessoas e real izou inter venções ur-banas ao longo do percurso. “É essa união do exercíc io ao empoderamento, nesse incentivo mundial de cr iar um movimento do basta - a mulher quer paz - E o tamanho da saia que eu uso jamais será um convite ao sexo. Nossa sociedade nos ensina a não ser estuprada ao invés de ensinar a não estuprar. O Facebook foi nosso g rande al iado, esse recrutamento fo i essencial na discussão, foram 11 mil pessoas conf irma-das na Marcha” enfat iza Ludimila Nascarel la , atr iz e coordenadora do colet ivo Mulheres Li-vres em Movimento, responsável pela Marcha das Vadias na c idade de Curit iba .As marchas de caráter feminista têm s ido cada vez mais presentes na nossa sociedade. Só este ano foram mais quatro manifestações na c idade de São Paulo ; este repór ter que aqui escreve esteve presente em pelo menos duas delas. Além da “Marcha das Vadias” , fomos à rua juntamente com a fotóg rafa Elaine Cam-pos, que ass ina a sessão 3x4 desta edição, du-rante a Marcha Feminista que percorreu as ruas do centro desta selva de pedra em março do ano corrente.Outros nichos da sociedade também têm se movimentado; em julho deste ano ocorreu uma votação em Uganda, Áfr ica , que legal izar ia a pena de morte para homossexuais em seu ter-r i tór io nacional . Essa proposta de le i tomou níveis inter nacionais quando os g rupos de re-ferência aos LGBTs divulgaram as ações do gover no através da inter net .

A denúncia não demorou a che-gar aos ouvidos dos integ rantes do s i te AllOut .org, um site mun-dialmente conhe-cido por real izar aba ixo-ass inados para diversas causas. Através do AllOut a s i -tuação de Ugan-da passou a ser conhecida mun-

dialmente e recebeu meio milhão de as-s inaturas para que o projeto de le i “Matem os Gays” fosse engavetado. A medida deve ser vo-tada novamente a inda este mês (novembro) .A rede AllOut já real izou ações aqui no Brasi l também; uma delas fo i o projeto “Mães pela Igualdade” , em que mães de LGBTs falam do seu amor e orgulho pe-los seus f i lhos e f i lhas. Uma das mães em questão era a do advogado, formado pela PUC de Campinas, Luís Arruda, mode-rador do g rupo “Ato Anti-Homofobia” no Facebook.Mesmo g rupo que em 19 de fevereiro reuniu cerca de 1 .800 pessoas na Avenida Paul ista para marchar contra a violên-cia homofóbica e em protesto ao atentado sofr ido por um jovem na altura 777 da mesma avenida , onde fo i ag redido por um g rupo de jovens com uma lâmpada fosfo-rescente. Com mais de 2 mil membros o “Ato” agi-l izou uma sér ie de ações dentro e fora da rede. Segundo Arruda “As mídias socia is são fantást icas para isso, pois tod@s po-dem contribuir ; se você a inda está no ar-mário, você pode par t ic ipar de discussões, se informar e enquanto isso pode ajudar no combate à homofobia . Se você , como eu, já sa iu do armário, pode encontrar outras pessoas que estão com vontade de agir para que a homofobia deixe de exis-t ir no vir tual e no real . Há espaço para tod@s no vir tual” .Mas nem só de luta vive o homem. Os mesmos que organizaram marchas, produzi-

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ram o “PicNic pelo mesmo amor” , uma ação pací f ica e não pol í t ica que reuniu diversas pessoas também em fevereiro no Ibirapue-ra . “O picnic é muito importante, é um even-to que celebra o posit ivo. Ele mostra o nosso amor nas suas di ferentes formas, o nosso lado humano, o nosso lado afetuoso e também a nossa aleg ria . É muito bom estar com os amigos num parque com sol compart i lhando comida e mostrando o nosso afeto em públ ico sem medo” relata Arruda.De injust iças o mundo está cheio e com o pas-sar o tempo mais as pessoas veem a necess idade de ser movimentar, não adianta mais esperar o Super Homem, muito menos o Capitão Planeta . Está na hora de botar a mão na massa . Pelo menos é isso que nos mostram as últ imas atua-l izações do mural das nossas homepages.

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3x4Nossa fotógrafa E la ine Campos

( feminis ta , vegetar iana, amante da b ike e revoluc ionár ia por natureza) ,

deu pulo no OcupaSampa, um protesto que desde o d ia 15 de

Outubro ocupa o Vaçe do Anhan-gabaú, no centro de SP

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BLOG

EU TEIMO PORQUE

TEMO

EU TE

MO POR

QUE

TEIMO

EU TE AMO PORQUE

TREMO

EU TREMO PORQUE

TE AMO

Alexandra Deitos

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TIRADAS

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