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Soja O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta- da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano. Queda na oferta de milho desta safra faz preços do cereal dispararem no mercado interno As expectativas de redução significativa da oferta de milho nesta safra impulsionou fortes altas nos preços médios do milho no mercado goiano e brasileiro no acumulado de março. A cotação média do cereal em Goiás registrou alta de 18% em relação ao fechamento de fevereiro, superando o patamar de R$30,00 por saca no milho disponível, o que preocupa os setores consumidores, que devem registrar elevações em seus custos de produção. Em função dos bons volumes de chuvas registrados ao longo do mês e as previsões favoráveis durante o desenvolvimento da safrinha, os produtores rurais avança- ram o plantio de milho mesmo fora da janela ideal, sendo que pelo menos 30% das lavouras goianas foram plantadas em março, época de maior risco climático. Na Argentina as lavouras do cereal seguem sendo castigadas pelo déficit hídrico, com queda já projetada de 18% em relação a expectativa inicial de produção. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de milho, a nova safra deve registrar queda de 2,4% na área plantada em relação a 2017, o que também pressiona positivamente os preços do cereal. Milho O Brasil deverá produzir na Safra 2017/18 um total de O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projetou uma área plantada de 35,61 milhões de hectares na Safra 2018/19. É a primeira na história que a área de milho será menor do que a área de soja no país. 88,6 milhões de toneladas 10,6800 10,4075 10,4475 Bolsa de Chicago - CBOT 01/mar 15/mar 29/mar -2,18% R$62,00 R$63,00 R$64,00 R$65,00 R$66,00 R$67,00 R$68,00 R$69,00 24/fev 01/mar 06/mar 11/mar 16/mar 21/mar 26/mar 31/mar 05/abr Balcão Disponível Futuro Preços Médios (R$/saca) – Goiás – Março.2018 Contrato Maio/18 (US$/bushel) R$23,00 R$24,00 R$25,00 R$26,00 R$27,00 R$28,00 R$29,00 R$30,00 R$31,00 R$32,00 28/fev 02/mar 04/mar 06/mar 08/mar 10/mar 12/mar 14/mar 16/mar 18/mar 20/mar 22/mar 24/mar 26/mar 28/mar Preço Médio (R$/saca) - Milho - Goiás o que representa uma queda de 9,4% em relação à safra passada De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril Soja O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta- da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano. Queda na oferta de milho desta safra faz preços do cereal dispararem no mercado interno As expectativas de redução significativa da oferta de milho nesta safra impulsionou fortes altas nos preços médios do milho no mercado goiano e brasileiro no acumulado de março. A cotação média do cereal em Goiás registrou alta de 18% em relação ao fechamento de fevereiro, superando o patamar de R$30,00 por saca no milho disponível, o que preocupa os setores consumidores, que devem registrar elevações em seus custos de produção. Em função dos bons volumes de chuvas registrados ao longo do mês e as previsões favoráveis durante o desenvolvimento da safrinha, os produtores rurais avança- ram o plantio de milho mesmo fora da janela ideal, sendo que pelo menos 30% das lavouras goianas foram plantadas em março, época de maior risco climático. Na Argentina as lavouras do cereal seguem sendo castigadas pelo déficit hídrico, com queda já projetada de 18% em relação a expectativa inicial de produção. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de milho, a nova safra deve registrar queda de 2,4% na área plantada em relação a 2017, o que também pressiona positivamente os preços do cereal. Milho O Brasil deverá produzir na Safra 2017/18 um total de O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos projetou uma área plantada de 35,61 milhões de hectares na Safra 2018/19. É a primeira na história que a área de milho será menor do que a área de soja no país. 88,6 milhões de toneladas 10,6800 10,4075 10,4475 Bolsa de Chicago - CBOT 01/mar 15/mar 29/mar -2,18% R$62,00 R$63,00 R$64,00 R$65,00 R$66,00 R$67,00 R$68,00 R$69,00 24/fev 01/mar 06/mar 11/mar 16/mar 21/mar 26/mar 31/mar 05/abr Balcão Disponível Futuro Preços Médios (R$/saca) – Goiás – Março.2018 Contrato Maio/18 (US$/bushel) R$23,00 R$24,00 R$25,00 R$26,00 R$27,00 R$28,00 R$29,00 R$30,00 R$31,00 R$32,00 28/fev 02/mar 04/mar 06/mar 08/mar 10/mar 12/mar 14/mar 16/mar 18/mar 20/mar 22/mar 24/mar 26/mar 28/mar Preço Médio (R$/saca) - Milho - Goiás o que representa uma queda de 9,4% em relação à safra passada De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril Soja O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta- da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano. Preocupações acerca do desenvolvimento da safrinha mantêm preços do milho aquecidos Os preços do milho se mantém aquecidos no mercado interno goiano, pressio- nados pelas expectativas atuais de queda na oferta total do cereal. Além da diminuição na área plantada em Goiás e em todo país, a falta de chuvas nas últimas semanas tem colocado o setor em alerta, com perdas já relatadas na safrinha do Sul do país e queda gradativa nos índices de umidade nos solos do Centro-Oeste. Na Argentina a oferta também será menor nesta safra, já que a seca derrubou o potencial produtivo das lavouras. Os hermanos devem ter uma quebra de pelo menos 7 milhões de toneladas do cereal em relação as expectati- vas iniciais. Nos Estados Unidos o plantio da nova safra começou com atrasos nas principais regiões produtoras, porém a situação ainda não é crítica. A maior preocupação no momento é dos setores consumidores de milho, como os criadores de aves e frangos, que devem enfrentar custos mais elevados no ano em função dos preços altos do milho e também do farelo de soja. As condições climáticas nas primeiras semanas de Maio serão determinantes para a definição da safrinha brasileira. Mesmo com condições ideais de chuva daqui para frente, os preços do milho não deverão ter reação de baixa tão acentuada quanto observado nas últimas safras. Milho 7,26 milhões de toneladas o que representa uma queda de 4% em relação à safra passada De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril Goiás deverá produzir nesta safrinha um total de Ano 2 edição 10 Maio 2018 InfoSenar R$3,25 R$3,30 R$3,35 R$3,40 R$3,45 R$3,50 R$3,55 R$3,60 26/03/201 8 31/03/201 8 05/04/201 8 10/04/201 8 15/04/201 8 20/04/201 8 25/04/201 8 30/04/201 8 05/05/201 8 Variação Cambial (R$/US$) +5,98% 10,3550 10,4200 10,4250 Bolsa de Chicago (CBOT) - Contrato Maio/2018 02/abr 16/abr 01/mai + 0,68% Preços Médios (R$/saca) – Goiás – Abril.2018 R$62,00 R$64,00 R$66,00 R$68,00 R$70,00 R$72,00 R$74,00 31-mar 5- ab r 10- ab r 15- ab r 20- ab r 25- ab r 30- ab r Balcão Disponível Futuro R$25,00 R$26,00 R$27,00 R$28,00 R$29,00 R$30,00 R$31,00 R$32,00 R$33,00 Preços Médios – Milho – Goiás (R$/saca) Projeta-se um crescimento no consumo interno de milho de 3,14% no Brasil neste ano. O consumo total deve chegar a 59 milhões de toneladas. Já as exportações brasileiras do cereal estão estimadas em 32 milhões de toneladas.

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Page 1: Info Senar Maio 2018 para revista - senargo.org.br · Soja O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças

Soja

O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado

internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no

encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados

Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e

caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os

efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais

de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também

permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial

entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta-

da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos

portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do

mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano.

Queda na oferta de milho desta safra faz preços do cereal dispararem no mercado interno

As expectativas de redução significativa da oferta de milho nesta safra impulsionou fortes altas nos preços médios do milho no mercado goiano e brasileiro no acumulado de março. A cotação média do cereal em Goiás registrou alta de 18% em relação ao fechamento de fevereiro, superando o patamar de R$30,00 por saca no milho disponível, o que preocupa os setores consumidores, que devem registrar elevações em seus custos de produção. Em função dos bons volumes de chuvas registrados ao longo do mês e as previsões favoráveis durante o desenvolvimento da safrinha, os produtores rurais avança-ram o plantio de milho mesmo fora da janela ideal, sendo que pelo menos 30% das lavouras goianas foram plantadas em março, época de maior risco climático.Na Argentina as lavouras do cereal seguem sendo castigadas pelo déficit hídrico, com queda já projetada de 18% em relação a expectativa inicial de produção. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de milho, a nova safra deve registrar queda de 2,4% na área plantada em relação a 2017, o que também pressiona positivamente os preços do cereal.

Milho

O Brasil deverá

produzir na

Safra 2017/18

um total de

O Departamento

de Agricultura dos

Estados Unidos

projetou uma área plantada de

35,61 milhões de hectares na Safra

2018/19. É a primeira na história que

a área de milho será menor do que a área

de soja no país.

88,6milhões detoneladas

10,6800

10,4075 10,4475

Bolsa de Chicago - CBOT

01/mar

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R$62,00 R$63,00 R$64,00 R$65,00 R$66,00 R$67,00 R$68,00 R$69,00

24/fev 01/mar 06/mar 11/mar 16/mar 21/mar 26/mar 31/mar 05/abr

Balcão Disponível Futuro

Preços Médios (R$/saca) – Goiás – Março.2018

Contrato Maio/18 (US$/bushel)

R$23,00 R$24,00 R$25,00 R$26,00 R$27,00 R$28,00 R$29,00 R$30,00 R$31,00 R$32,00

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arPreço Médio (R$/saca) - Milho - Goiás

o que representa

uma queda de

9,4% em relação

à safra

passada

De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril

Soja

O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado

internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no

encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados

Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e

caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os

efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais

de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também

permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial

entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta-

da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos

portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do

mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano.

Queda na oferta de milho desta safra faz preços do cereal dispararem no mercado interno

As expectativas de redução significativa da oferta de milho nesta safra impulsionou fortes altas nos preços médios do milho no mercado goiano e brasileiro no acumulado de março. A cotação média do cereal em Goiás registrou alta de 18% em relação ao fechamento de fevereiro, superando o patamar de R$30,00 por saca no milho disponível, o que preocupa os setores consumidores, que devem registrar elevações em seus custos de produção. Em função dos bons volumes de chuvas registrados ao longo do mês e as previsões favoráveis durante o desenvolvimento da safrinha, os produtores rurais avança-ram o plantio de milho mesmo fora da janela ideal, sendo que pelo menos 30% das lavouras goianas foram plantadas em março, época de maior risco climático.Na Argentina as lavouras do cereal seguem sendo castigadas pelo déficit hídrico, com queda já projetada de 18% em relação a expectativa inicial de produção. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial de milho, a nova safra deve registrar queda de 2,4% na área plantada em relação a 2017, o que também pressiona positivamente os preços do cereal.

Milho

O Brasil deverá

produzir na

Safra 2017/18

um total de

O Departamento

de Agricultura dos

Estados Unidos

projetou uma área plantada de

35,61 milhões de hectares na Safra

2018/19. É a primeira na história que

a área de milho será menor do que a área

de soja no país.

88,6milhões detoneladas

10,6800

10,4075 10,4475

Bolsa de Chicago - CBOT

01/mar

15/mar

29/mar

-2,18%

R$62,00 R$63,00 R$64,00 R$65,00 R$66,00 R$67,00 R$68,00 R$69,00

24/fev 01/mar 06/mar 11/mar 16/mar 21/mar 26/mar 31/mar 05/abr

Balcão Disponível Futuro

Preços Médios (R$/saca) – Goiás – Março.2018

Contrato Maio/18 (US$/bushel)

R$23,00 R$24,00 R$25,00 R$26,00 R$27,00 R$28,00 R$29,00 R$30,00 R$31,00 R$32,00

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arPreço Médio (R$/saca) - Milho - Goiás

o que representa

uma queda de

9,4% em relação

à safra

passada

De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril

Soja

O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças brasileiras. O mercado segue focado no encerramento da safra na América do Sul e no início dos cultivos nos Estados Unidos. No Brasil os resultados das colheitas superaram as expectativas iniciais, e caminhamos para um novo recorde de produção da oleaginosa. Já na Argentina, os efeitos da seca causaram graves perdas nos cultivos de soja, com redução de mais de 15 milhões de toneladas na produção total do país. No tocante externo também permanece no radar dos agentes do mercado o desenrolar da guerra comercial entre Estados Unidos e China, que pode levar a taxação da soja americana exporta-da aos asiáticos. Todos estes fatores tem dado forte alavancagem aos prêmios nos portos brasileiros, o que junto com o aumento significativo no dólar ao longo do mês, contribui para elevação dos preços no mercado goiano.

Preocupações acerca do desenvolvimento da safrinha mantêm preços do milho aquecidosOs preços do milho se mantém aquecidos no mercado interno goiano, pressio-nados pelas expectativas atuais de queda na oferta total do cereal. Além da diminuição na área plantada em Goiás e em todo país, a falta de chuvas nas últimas semanas tem colocado o setor em alerta, com perdas já relatadas na safrinha do Sul do país e queda gradativa nos índices de umidade nos solos do Centro-Oeste. Na Argentina a oferta também será menor nesta safra, já que a seca derrubou o potencial produtivo das lavouras. Os hermanos devem ter uma quebra de pelo menos 7 milhões de toneladas do cereal em relação as expectati-vas iniciais. Nos Estados Unidos o plantio da nova safra começou com atrasos nas principais regiões produtoras, porém a situação ainda não é crítica. A maior preocupação no momento é dos setores consumidores de milho, como os criadores de aves e frangos, que devem enfrentar custos mais elevados no ano em função dos preços altos do milho e também do farelo de soja. As condições climáticas nas primeiras semanas de Maio serão determinantes para a definição da safrinha brasileira. Mesmo com condições ideais de chuva daqui para frente, os preços do milho não deverão ter reação de baixa tão acentuada quanto observado nas últimas safras.

Milho

7,26milhões detoneladas

o que representa

uma queda de

4% em relação

à safra passada

De olho no encerramento da safra na América do Sul, mercado registra movimento positivo aos preços em Abril

Goiás deverá

produzir nesta

safrinha um

total de

Ano 2 edição 10 Maio 2018

InfoSenar

R$3,25

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Variação Cambial (R$/US$)

+5,98%

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Bolsa de Chicago (CBOT) - Contrato Maio/2018

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Balcão Disponível Futuro

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R$31,00

R$32,00

R$33,00

Preços Médios – Milho – Goiás (R$/saca)

Projeta-se um crescimento no consumo interno de milho de 3,14% no Brasil neste ano. O consumo total deve chegar a 59 milhões de toneladas. Já as exportações brasileiras do cereal estão estimadas em 32 milhões de toneladas.

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Boi Gordo

As exportações de carne e miúdos de bovinos em Goiás, se mantém com números positivos no comparativo ao acumulado de janeiro a abril 2017/2018. Foram 25,6% de incremento na receita e 23,3% na quantidade. Da mesma forma, as exportações brasileiras se elevaram em 16,6% e 21,8% respectivamen-te, para os mesmos itens e período. Contudo, os preços da arroba do boi gordo em abril cederam em função da oferta mais acentuada de gado gordo e da dificuldade de fluir mais volumes de carnes no mercado interno. No acumulado de janeiro a março/18 comparado com o mesmo período de 2017, elevamos os abates com inspeção federal em 4,4% no Brasil e 11,3% em Goiás.

Exportações de carne e miúdos bovinos seguem em alta no ano de 2018.

Abate de bovinos Sif (cab.)Mar/Abril 18

Boi - R$/@ à vista Vaca - R$/@ à vista

GO245.507

BR1.966.359

Leite

Exportações carne bovina (jan-abr)

279,1

54

222,0

54,8

25,6%

23,3%

2018 2017

milhões US$ FOB toneladas

PRODUÇÃO DE CARNE BOVINA (2017)

818,6 mil t

11,8% (2017/16) – 1,1 %

MAR / ABR 18

INDICADOR BOI GORDO

ESALQ – BM&FBOVESP

(MÉDIA ABR/18)

143,16

133,40

130,57

mar/18 abr/18

-2,1%

124,87 123,05

mar/18 abr/18

-1,4%

9,2%7,4%

PREÇO BRUTO RECEBIDO PELOS PRODUTORES/GOIÁS

+ 9,24%MAR/ABR 18

CÂMBIO: Fatores de instabilidade politica e variações na taxa de juros (tanto interna quanto externa) vêm trazendo reflexos de alta ao dólar.

Essas alterações desestimulam as importações de lácteos, tornando o mercado interno mais competitivo.

LEITE UHT ATACADO: Preço se estabiliza após cair por duas semanas durante o mês de abril. Mesmo assim, ainda nota-se intenção da

indústria em flexibilizar os preços para manter o volume de compra e venda.

LEITES EM PÓ : Mesmo com a queda de competitividade do produto internacional, a grande oferta do mercado interno e a demanda estável

seguem pressionando os preços.

Fortes variações no câmbio sinalizam uma melhorcompetitividade para o mercado lácteo brasileiro

Média BR Média RS Média PR Média SC Média GO Média MGjan-18 0,96 0,96 0,93 0,93 1,00 0,98fev-18 1,19 1,18 1,17 1,17 1,20 1,21mar-18 1,39 1,33 1,39 1,33 1,39 1,45abr-18 1,51 1,51 1,50 1,45 1,50 1,55

Preços nominais mensais - Leite spot - Fonte: MilkPoint Mercado

MG RS PR SC GO BA SPjan/18 1,11 1,05 1,07 1,05 1,03 1,17 1,16fev/18 1,15 1,08 1,10 1,09 1,06 1,16 1,19mar/18 1,22 1,09 1,16 1,15 1,19 1,19 1,24abr/18 1,32 1,20 1,27 1,21 1,30 1,20 1,30

Preços brutos pagos ao produtor por estado Fonte: MilkPointMercado

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Cana-de-açúcar

O levantamento divulgado recentemente pela CONAB mostra, mais uma vez, que Goiás vem aumentando sua importância no cenário nacional da cultura de cana-de--açúcar. Entre os fatores que favorecem o incremento da produção, mesmo em algumas situações adversas, está o clima tropical, mais adequado para as lavouras de cana-de-açúcar com períodos bem definidos de seca e chuvas. Goiás também é favorecido pelo fotoperíodo adequado à cultura, ou seja, quantidade de horas de luz adequada para o bom desenvolvimento da cana.

Os números apresentados no relatório apontam que o rendimento médio da cana-de-açúcar, em produtividade, deve apresentar uma leve melhora nessa safra com quase 1% de acréscimo, passando de 77,4 t/ha para 78,2 t/ha. A área colhida deve diminuir em 0,2%, ou seja, bem próximo a área que se colheu na safra anterior. Apesar da redução de área, essa produtividade levemente superior deve melhorar a expectativa de produção em cerca de 0,7%, chegando a 71,2 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

Produção esperada Safra 18/19*

Safra de cana no Brasil deve cair. Em Goiás haverá aumento

milhões detoneladas

Mil hectarescolhidos

Milhões detoneladas

Etanol

Açucar

71,1Cana

Área ATR MIX Produção

+0,7%

bilhões delitros

4,80Etanol

+3,8%

milhões detoneladas

2,11

909,8 10,5 78,8%21,2%

Açúcar-6,6%

Fonte: IFAG *Expectativa

Os preços dos hortifrutis em Goiás, no mês de abril, sofreu ainda os reflexos do período chuvoso, principalmente com relação as hortaliças. Alho e cebola tiveram aumentos consideráveis em função especialmente da entressafra. As chuvas causaram ainda, alta nos preços do tomate. As frutas, de maneira geral, tiveram quedas nos preços motivados pela boa oferta. Para o mês de maio os preços devem continuar variando e a tendência é de queda nos preços das hortaliças, com o fim das chuvas regulares e o tempo mais seco.

Pelo levantamento do IFAG, os principais itens que tiveram queda foram: abacaxi (-2,35%), banana maçã (-22,0%), maracujá (-15,0%), melancia (-18,3%), batata lisa (-11,2%) e cenoura (-13,3%), todos em relação a março/18. Os destaques para produtos que tiveram alta foram: limão (+4,0%), alho (+16,5%), beterraba (+8,15%), cebola (+34,1%), pepino comum (+3,98%) e tomate longa vida (+16,8%). Tendência de estabilização de preços para banana prata, laranja, cenoura e alho.

Preços dos hortifrútis começam a dar sinais de queda com fim das chuvas

Evolução dos preços pagos ao produtorHortaliças e Frutas

Preços médios de Hortifruti 2018 (em R$/kg)*

Participação no VBP Hortifruti 2018

Hortifruti

Safras Goiás

Histórico de Preços e Custosde Cana-de-açúcar

Fonte: CONAB * Expectativa

PREÇOS MÉDIOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

SAFRA ATR MÉDIO (KG/TON)

PREÇO FINAL (R$/KG ATR)

PREÇO MÉDIO RECEBIDO PELOS FORNECEDORES

(R$/TON)

∆ (%)Custo de Produção Total (R$)

∆ (%)Margem absoluta

%

Custo em ATR ∆%

2009/2010 132,75 0,3492 46,36 16,32 49,92 9,71 -7,69 0,3760 15,542010/2011 143,36 0,4022 57,66 24,38 51,09 2,34 11,39 0,3564 -5,522011/2012 140,17 0,5018 70,34 21,99 54,41 6,50 22,64 0,3882 8,192012/2013 137,00 0,4728 64,77 -7,91 58,49 7,50 9,70 0,4269 9,082013/2014 138,00 0,4572 63,09 -2,59 64,11 9,61 -1,61 0,4646 8,102014/2015 137,00 0,4763 65,25 3,42 65,21 1,72 0,07 0,4760 2,402015/2016 134,00 0,4793 64,23 -1,57 77,00 18,08 -19,89 0,5746 17,172016/2017 132,00 0,6839 90,27 40,56 87,20 13,25 3,41 0,6606 13,022017/2018 137,00 0,5901 80,84 -10,45 89,27 2,37 -10,42 0,6516 -1,38

Fonte: CONSECANA/UNICA/IFAG

O custo médio de produção em ATR caiu 1,38% na safra 2017/18, porém, opreço médio pago ao produtor caiu 10,4%.

29,7%

468,7Banana

18,7%

294,4Batata

12,5%

197,0Cebola

11,7

184,9Melancia

Fonte: IFAGMilhões de R$

Batata Tomate Laranja Banana

Fonte: IFAG/CEASA *Preços médios recebidos pelo produtor em Goiás

1,10 1,27 0,70 1,65

0,98 1,48 0,69 1,41-10,7% 16,5% -1,4% -14,5%

Mar/18

Abr/18

Variação%

R$ 7,00

R$ 6,00

R$ 5,00

R$ 4,00

R$ 3,00

R$ 2,00

R$ 1,00

R$

Abacaxi

Banana maçã

Banana prata

Laranja pera rio

Limão Taiti

Maracujá azedo

MelanciaAlho

Batata lisa

Beterraba

Cebola Nacional

Cenoura

Pepino comum

Tomate longa vida

Fonte: IFAG/Ceasa -GO Mar/18 Abr/18

Page 4: Info Senar Maio 2018 para revista - senargo.org.br · Soja O mês de abril registrou movimento positivo aos preços da soja, tanto no mercado internacional quanto nas principais praças

Rua 87 nº 708 - Setor Sul - Goiânia - GO - 74.093-300

Dados referentes a abril de 2018

Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás

Tel.: 62 3587-4457www.ifag.org.br

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural /AR-GO

Tel.: 62 3412-2700www.senargo.org.br

@sistemafaeg

Ano 2 edição 10 Maio 2018

InfoSenar

Estruturação e Sistematização dos Dados Econômicos do Setor Agropecuário do Estado de Goiás