Informação é tudo

118

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Livro que aborda as eleições municipais de Manaus de 2004.

Transcript of Informação é tudo

  • Durango Duarte

    P E S Q U I S A S E L E I O 2 0 0 4 M A N A U S

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    arte

    INFO

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    004

    MA

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    US

    INFORMAO

    TUDO!

    Durango Martins Duarte

    pesquisador e publicitrio, nascido em 11

    de novembro de 1963 na cidade de

    Cachoeira do Sul (RS). A transferncia

    militar de seu pai o trouxe para Manaus em

    1975, onde cursou o antigo ginasial no

    Colgio Militar. De volta para Porto Alegre

    em 1979, concluiu o cientfico, hoje ensino

    mdio, retornando para o Amazonas em

    julho de 1982, fixando residncia.

    Na Universidade Federal do

    Amazonas (UFAM) cursou Engenharia

    Civil, Matemtica e Jornalismo e neste

    perodo atuou como dirigente do PCdoB,

    partido a que permaneceu filiado at 1988.

    diretor-presidente da Perspectiva

    desde sua fundao em julho de 1993, j

    tendo coordenado e dirigido centenas de

    pesquisas de opinio pblica e de mercado

    nos estados do Norte e Nordeste.

    Paralelamente, atuou como professor na

    rea de pesquisa e publicidade.

    Pertence aos quadros da Sociedade

    Brasileira de Pesquisa de Mercado (SBPM),

    entidade que congrega os pesquisadores

    de mercado, opinio e mdia e a empresa

    que dirige filiada Associao Brasileira

    de Empresas de Pesquisa (ABEP).

    Alm da rea de pesquisa, atua na

    consultoria de marketing poltico,

    desenvolvimento de projetos de

    geoprocessamento e de database

    marketing e na criao de planos de

    negcios. ?

    ?

    ?

  • DURANGO DUARTE

    MANAUS/2005

    INFORMAO

    TUDO!P E S Q U I S A S E L E I O 2 0 0 4 M A N A U S

  • Ficha Catalogrfica

    A g r a d e c i m e n t o sCopyright 2005 by Durango Duarte

    Proibida a reproduo total ou parcial, por qualquer meio ou processo eletrnico, digital ou mecnico

    (sistemas grficos, microflmicos, fotogrficos, reprogrficos, xerogrficos, de fotocpia, fonogrficos e de gravao,

    videogrficos), sem a prvia autorizao por escrito do autor.

    Essas proibies aplicam-se tambm s caractersticas grficas da obra e sua editorao.

    Capa: Ndia Saraiva

    Produo grfica: Ndia Saraiva

    Ilustraes (tabelas e grficos): Carolina Paese

    Reviso: Solange Elias

    Impresso: Editora Novo Tempo

    Rua Prof. Samuel Benchimol, 477 - Parque 10 de Novembro - CEP: 69055-705

    Manaus-Amazonas-Brasil

    e-mail: [email protected]

    A todos que gentilmente colaboraram

    com dados, informaes e conhecimento

    para a elaborao deste trabalho.

    Especialmente as co-responsveis pelo projeto:

    Carol Paese, Ndia Saraiva e Solange Elias.

    In memoriam

    Jner Martins Veiga Duarte (irmo)

    e Yonne Veiga Duarte (pai).

    Ao futuro:

    Luiza Ynne Souza Duarte (filha).

    D812i Duarte, Durango Martins.

    Informao tudo ! Eleio 2004 Manaus. / Durango Martins Duarte;

    apresentao Tenrio Telles. Manaus: 2005

    120p.

    1. Pesquisa Eleitoral 2. Campanha Eleitoral I. Titulo

    CDU 342.843 (811.3Manaus)2004

    CDD 659.10928113

    Ycaro Verosa dos Santos

    Bibliotecrio CRB-11 287

  • Ficha Catalogrfica

    A g r a d e c i m e n t o sCopyright 2005 by Durango Duarte

    Proibida a reproduo total ou parcial, por qualquer meio ou processo eletrnico, digital ou mecnico

    (sistemas grficos, microflmicos, fotogrficos, reprogrficos, xerogrficos, de fotocpia, fonogrficos e de gravao,

    videogrficos), sem a prvia autorizao por escrito do autor.

    Essas proibies aplicam-se tambm s caractersticas grficas da obra e sua editorao.

    Capa: Ndia Saraiva

    Produo grfica: Ndia Saraiva

    Ilustraes (tabelas e grficos): Carolina Paese

    Reviso: Solange Elias

    Impresso: Editora Novo Tempo

    Rua Prof. Samuel Benchimol, 477 - Parque 10 de Novembro - CEP: 69055-705

    Manaus-Amazonas-Brasil

    e-mail: [email protected]

    A todos que gentilmente colaboraram

    com dados, informaes e conhecimento

    para a elaborao deste trabalho.

    Especialmente as co-responsveis pelo projeto:

    Carol Paese, Ndia Saraiva e Solange Elias.

    In memoriam

    Jner Martins Veiga Duarte (irmo)

    e Yonne Veiga Duarte (pai).

    Ao futuro:

    Luiza Ynne Souza Duarte (filha).

    D812i Duarte, Durango Martins.

    Informao tudo ! Eleio 2004 Manaus. / Durango Martins Duarte;

    apresentao Tenrio Telles. Manaus: 2005

    120p.

    1. Pesquisa Eleitoral 2. Campanha Eleitoral I. Titulo

    CDU 342.843 (811.3Manaus)2004

    CDD 659.10928113

    Ycaro Verosa dos Santos

    Bibliotecrio CRB-11 287

  • P r e f c i o

    O conhecimento o antdoto para os males que nos afligem nestes dias de conflitos e incertezas. O ser humano que no

    dispe de informaes sobre a realidade que o cerca, em especial sobre o processo social e suas implicaes polticas, est

    fadado a viver sua histria de forma secundria e a tomar decises equivocadas que se revertero negativamente para a sua

    existncia. O filsofo ingls Francis Bacon expressou de forma inequvoca a importncia e a natureza poltica do saber: O

    conhecimento tambm poder.

    O livro Informao tudo!..., do pesquisador Durango Duarte, uma evidncia dessa assertiva. A obra um painel

    ilustrativo do processo poltico regional, tendo como contexto o perodo democrtico, iniciado em 1982 com o

    restabelecimento das eleies diretas para os cargos executivos no Pas. O mrito deste trabalho est exatamente em

    apresentar para os leitores, sobretudo aqueles que se interessam pela histria poltica local, dados e informaes indispensveis

    para a compreenso da dinmica e engrenagem das eleies.

    Para demonstrar o seu compromisso com a veracidade das informaes geradas sob a sua responsabilidade e a iseno

    com que trata o jogo entre as foras e personagens que se confrontam no processo eleitoral amazonense, o autor disponibiliza

    para os leitores os mtodos, as regras e os procedimentos tcnicos que enformam as pesquisas de opinio. Ilustra os

    interessados, ainda que de forma tpica, com informaes histricas sobre a realidade poltica nacional e local, bem como os

    aspectos ticos e as dvidas recorrentes sobre as pesquisas eleitorais.

    O livro de Durango Duarte cumpre um papel pedaggico relevante, sobretudo porque desmistifica a 'mgica' dos

    nmeros que envolvem as pesquisas e o comportamento dos eleitores, assim como os fatos e as circunstncias que

    determinam a atitude e o ponto de vista dos cidados. Por tudo isso, Informao tudo!... um texto de leitura obrigatria para

    todos os que se interessam pelo fenmeno poltico, indispensvel para os jornalistas, estudiosos em geral, para os que sonham

    com a atividade poltica e, principalmente, para os cidados que tm compromisso com o aprimoramento das instituies

    polticas da nossa terra.

    Ao apresentar aos leitores as regras e os artifcios do jogo pela conquista do poder, Duarte oferece igualmente o

    antdoto e os instrumentos para uma leitura crtica dos fatos que envolvem as disputas polticas, portanto, para a sua prpria

    defesa. Tinha razo o sbio Aristteles quando afirmou: O homem de sabedoria sabe como deve comportar-se quando

    exaltado e quando humilhado.

    *Tenrio Telles escritor, professor de Literatura Brasileira e membro da Academia Amazonense de Letras.

  • S u m r i o

    Prefcio ...............................................................................................................................................................05

    Introduo...........................................................................................................................................................09

    Roteiro Para Uma Melhor Compreenso das Pesquisas Eleitorais ..........................................................11

    Aspectos ticos..........................................................................................................................................14

    Regras para divulgao de pesquisas .........................................................................................................15

    Metodologias bsicas de pesquisa .............................................................................................................16

    Dvidas mais freqentes ...........................................................................................................................22

    Outras importantes questes a serem consideradas ao observar resultados de pesquisas eleitorais.......24

    Pesquisas Eleitorais Quantitativas e Resultado da Eleio de 2004 ........................................................25

    Parte I Tracking (1. turno) .................................................................................................................26

    Parte II Painel contnuo (2. turno) ......................................................................................................38

    Perfil bairro a bairro (2. turno) ..............................................................................................40

    Parte III Resultado das eleies de 2004 1. turno ...........................................................................44

    Resultado das eleies de 2004 2. turno ...........................................................................47

    Fatos Importantes da Eleio de 2004 .........................................................................................................49

    Parte I Perguntas temticas realizadas em blocos no Tracking............................................................50

    Parte II Operao Albatroz..................................................................................................................62

    Caso Soraia..............................................................................................................................67

    Debates na TV no 2. turno ....................................................................................................69

    Credibilidade das pesquisas publicadas ...................................................................................71

    Oportunismo ou medo ...........................................................................................................72

    CAPTULO I

    CAPTULO II

    CAPTULO III

  • I n t r o d u o

    09

    CAPTULO IV

    CAPTULO V

    Outras Pesquisas, Geomarketing, Dados Secundrios e Tendncias ......................................................73

    Pesquisas para vereador ...........................................................................................................................74

    Pesquisas qualitativas ................................................................................................................................76

    Geomarketing ...........................................................................................................................................78

    Dados secundrios Indicadores de Manaus ..........................................................................................82

    Avaliao das administraes ....................................................................................................................88

    Cenrio de 2006 .......................................................................................................................................92

    Dados Eleitorais da Cidade de Manaus: Prefeito e Vereadores (1982-2004) .........................................97

    Parte I Prefeito ....................................................................................................................................98

    Parte II Vereador ................................................................................................................................106

    Quociente eleitoral e partidrio O que e como fazer .....................................................115

    Informao tudo!..., um trabalho que no tem a pretenso de ser uma obra literria e nem de me transformar em um

    escritor, fiquem tranqilos. A idia deste projeto advm da enorme desinformao sobre o universo das pesquisas, no que

    tange s metodologias usadas, a interpretao dos resultados ou o melhor aproveitamento destes na sua aplicabilidade no

    mundo dos negcios ou da poltica.

    Organizei este livro por blocos, em cinco captulos. O primeiro aborda o aspecto terico das pesquisas de forma

    didtica, de maneira que o leitor adquira conhecimento suficiente para compreender melhor os captulos seguintes.

    O Captulo II apresenta de maneira comentada a maioria das pesquisas, da Perspectiva e das principais empresas

    nacionais, para o cargo majoritrio de prefeito em Manaus. Ao mesmo tempo, traz o resultado das eleies de 2004

    segmentado geograficamente.

    O terceiro Captulo contm um conjunto de perguntas temticas, cuja aplicao foi realizada simultaneamente com as

    pesquisas quantitativas (tracking) para prefeito, alm disso, analisamos as duas principais polmicas da campanha (Operao

    Albatroz e Caso Soraia) e acrescentamos outros estudos, que tornam mais fcil compreender o comportamento poltico da

    populao de Manaus.

    No Captulo IV discorremos um pouco sobre as pesquisas para vereador e qualitativas, sobre o geomarketing e suas

    aplicaes, a importncia dos dados secundrios, a avaliao das administraes pblicas, federal, estadual e municipal e

    fechamos com um esboo do cenrio das eleies de 2006.

    O ltimo Captulo inclui uma retrospectiva dos resultados das ltimas seis eleies municipais em Manaus com

    comentrios informais e uma explicao sobre como calcular o to falado quociente eleitoral e partidrio.

    A maioria das informaes apresentadas nos Captulos II e III foi registrada no Cartrio de Registros de Ttulos e

    Documentos (RTD), j que sua divulgao no poderia ser feita poca, em decorrncia dos contratos de exclusividade. Entre

    os documentos inscritos em Cartrio, o ltimo, registrado no dia 29 de outubro, sob o n 00345032, no livro B-1576, j

    continha o indicativo de vitria de Serafim Corra, com a pesquisa realizada 18 dias antes do 2. turno.

    Todas as opinies e anlises que apresento neste livro so passveis de uma outra leitura. No existe, na realidade, uma

    verdade absoluta sobre a interpretao dos dados coletados pelas pesquisas. O interesse maior o de, exatamente, contribuir

    para o debate sobre a temtica tratada e no o de impor uma linha de raciocnio totalitria.

    Informao tudo!.., provvel que este conceito j faa parte do seu dia-a-dia e este livro somente venha reforar sua

    opinio mas, se voc dos que no concordam com esta mxima, quem sabe ele seja um instrumento de reflexo que indique o

    valor do conhecimento num mundo globalizado.

  • I n t r o d u o

    09

    CAPTULO IV

    CAPTULO V

    Outras Pesquisas, Geomarketing, Dados Secundrios e Tendncias ......................................................73

    Pesquisas para vereador ...........................................................................................................................74

    Pesquisas qualitativas ................................................................................................................................76

    Geomarketing ...........................................................................................................................................78

    Dados secundrios Indicadores de Manaus ..........................................................................................82

    Avaliao das administraes ....................................................................................................................88

    Cenrio de 2006 .......................................................................................................................................92

    Dados Eleitorais da Cidade de Manaus: Prefeito e Vereadores (1982-2004) .........................................97

    Parte I Prefeito ....................................................................................................................................98

    Parte II Vereador ................................................................................................................................106

    Quociente eleitoral e partidrio O que e como fazer .....................................................115

    Informao tudo!..., um trabalho que no tem a pretenso de ser uma obra literria e nem de me transformar em um

    escritor, fiquem tranqilos. A idia deste projeto advm da enorme desinformao sobre o universo das pesquisas, no que

    tange s metodologias usadas, a interpretao dos resultados ou o melhor aproveitamento destes na sua aplicabilidade no

    mundo dos negcios ou da poltica.

    Organizei este livro por blocos, em cinco captulos. O primeiro aborda o aspecto terico das pesquisas de forma

    didtica, de maneira que o leitor adquira conhecimento suficiente para compreender melhor os captulos seguintes.

    O Captulo II apresenta de maneira comentada a maioria das pesquisas, da Perspectiva e das principais empresas

    nacionais, para o cargo majoritrio de prefeito em Manaus. Ao mesmo tempo, traz o resultado das eleies de 2004

    segmentado geograficamente.

    O terceiro Captulo contm um conjunto de perguntas temticas, cuja aplicao foi realizada simultaneamente com as

    pesquisas quantitativas (tracking) para prefeito, alm disso, analisamos as duas principais polmicas da campanha (Operao

    Albatroz e Caso Soraia) e acrescentamos outros estudos, que tornam mais fcil compreender o comportamento poltico da

    populao de Manaus.

    No Captulo IV discorremos um pouco sobre as pesquisas para vereador e qualitativas, sobre o geomarketing e suas

    aplicaes, a importncia dos dados secundrios, a avaliao das administraes pblicas, federal, estadual e municipal e

    fechamos com um esboo do cenrio das eleies de 2006.

    O ltimo Captulo inclui uma retrospectiva dos resultados das ltimas seis eleies municipais em Manaus com

    comentrios informais e uma explicao sobre como calcular o to falado quociente eleitoral e partidrio.

    A maioria das informaes apresentadas nos Captulos II e III foi registrada no Cartrio de Registros de Ttulos e

    Documentos (RTD), j que sua divulgao no poderia ser feita poca, em decorrncia dos contratos de exclusividade. Entre

    os documentos inscritos em Cartrio, o ltimo, registrado no dia 29 de outubro, sob o n 00345032, no livro B-1576, j

    continha o indicativo de vitria de Serafim Corra, com a pesquisa realizada 18 dias antes do 2. turno.

    Todas as opinies e anlises que apresento neste livro so passveis de uma outra leitura. No existe, na realidade, uma

    verdade absoluta sobre a interpretao dos dados coletados pelas pesquisas. O interesse maior o de, exatamente, contribuir

    para o debate sobre a temtica tratada e no o de impor uma linha de raciocnio totalitria.

    Informao tudo!.., provvel que este conceito j faa parte do seu dia-a-dia e este livro somente venha reforar sua

    opinio mas, se voc dos que no concordam com esta mxima, quem sabe ele seja um instrumento de reflexo que indique o

    valor do conhecimento num mundo globalizado.

  • Roteiro Para Uma Melhor

    Compreenso

    das Pesquisas Eleitorais

    CAPTULO I

  • 13

    A partir de 1982, com o restabelecimento das eleies diretas para os cargos executivos no Pas, todas as ferramentas

    de marketing poltico e eleitoral evoluram concomitantemente com o avano da democracia. Uma delas, a pesquisa, foi a que

    mais se destacou. Em pouco mais de 20 anos, o nmero de empresas que atuam nessa rea passou de cerca de duas dezenas

    para mais de 400, em todo o Brasil, dando um salto gigantesco, quantitativa e qualitativamente. A aplicao e o

    desenvolvimento de mltiplas metodologias e a ampla divulgao dos resultados dos trabalhos produzidos, atravs dos meios

    de comunicao, transformaram a pesquisa em um dos principais instrumentos das campanhas eleitorais.

    Ela interessa principalmente aos candidatos e sua assessoria que, a partir dos resultados, definem suas estratgias de

    campanha, aos agentes financiadores e aos militantes, que reproduzem no ambiente externo os altos e baixos da candidatura.

    Tambm o pblico eleitor se acostumou a falar em pesquisa, a discutir seus resultados e a acompanhar a evoluo de seus

    candidatos atravs da mdia. Pensar em eleio, hoje, tambm pensar em pesquisa.

    Existem vrios critrios para uma pesquisa ser consistente e o primeiro que ela seja realizada por uma empresa

    responsvel, que tenha profissionais com experincia comprovada e que, de preferncia, seja filiada ABEP Associao

    Brasileira das Empresas de Pesquisas.

    A validade das pesquisas de opinio pblica depende de quatro fatores principais:

    1. da natureza das tcnicas de pesquisa utilizadas e da eficcia com que so aplicadas;

    2. da honestidade e objetividade do pesquisador que realiza o projeto de pesquisa;

    3. do modo de apresentao e divulgao dos resultados;

    4. da utilizao que se d a esses resultados.

    Tais fatores garantem que todo o processo de pesquisa seja realizado atravs de tcnicas estatsticas especficas.

    Pesquisas malfeitas acarretam prejuzo principalmente para os candidatos. No so poucas as histrias de quem,

    fundamentado em uma pesquisa mal executada, viu sua candidatura (e com ela suas estratgias e investimentos!) ruir.

    Com o objetivo de oferecer subsdios para a compreenso de uma pesquisa eleitoral, este captulo ser dedicado s

    questes mais importantes que dizem respeito ao assunto.

    Pela complexidade do tema, no bastaria explicar alguns termos utilizados na rea, a exemplo do que fazem alguns livros

    tcnicos, para que o leitor comum entendesse com clareza as pesquisas eleitorais e aprendesse a decifr-las.

    Assim sendo, optamos por apresentar um roteiro bsico, guiando o leitor passo a passo neste processo, de maneira que,

    ao final da leitura, ele seja capaz de interpretar os resultados de uma pesquisa de maneira clara, simples e eficiente.

    Este roteiro uma reproduo adaptada do Guia ABEP para Divulgao de Pesquisas Eleitorais, uma das poucas

    publicaes disponveis no mercado brasileiro voltada para o cidado comum, cioso de entender os mecanismos envolvidos

    em uma pesquisa eleitoral.

    Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 1514

    Durango Duarte

    Aspectos ticos

    REGRAS GERAIS

    !A pesquisa eleitoral deve sempre ser realizada objetivamente e de acordo com princpios cientficos estabelecidos.

    !A pesquisa eleitoral deve sempre estar de acordo com a legislao existente.

    DIREITO DOS ENTREVISTADOS

    !Participao consentida A participao do entrevistado em uma pesquisa eleitoral deve ser completamente consentida

    e livre de presso em todas as fases. Ele no deve ser enganado quando pedida sua cooperao.

    !Garantia de anonimato O anonimato do entrevistado deve ser totalmente preservado.

    !Preservao da integridade e privacidade do entrevistado O pesquisador deve tomar todas as precaues

    consideradas razoveis para assegurar que o entrevistado no seja, sob nenhuma circunstncia, prejudicado por sua

    participao.

    !O pesquisador deve tomar todas as precaues para que o entrevistado no se sinta pressionado por quaisquer pessoas ou

    fatos de natureza poltica ao participar de uma pesquisa eleitoral.

    !O entrevistado, ao participar de uma pesquisa eleitoral, deve faz-lo sem a presena de terceiros, ou seja, somente o

    pesquisador deve ter acesso s suas respostas.

    !O entrevistado deve ter acesso a instrumentos que permitam checar a identidade do pesquisador, bem como seu vnculo

    com a empresa de pesquisa.

    RESPONSABILIDADE DOS PESQUISADORES

    !O pesquisador no deve, de forma consciente ou negligente, agir de qualquer modo que possa trazer descrdito pesquisa

    ou lev-la a uma perda de credibilidade pblica.

    !O pesquisador no deve fazer afirmaes falsas sobre habilidades e experincias suas ou da organizao a que est ligado.

    !O pesquisador no deve criticar de forma injustificvel outros pesquisadores.

    !O pesquisador deve garantir a segurana de todos os registros da pesquisa que esto em seu poder.

    !O pesquisador no deve permitir, conscientemente ou por negligncia, a publicao ou disseminao de concluses que no

    estejam embasadas por dados. Deve sempre estar preparado para tornar disponvel a informao tcnica necessria para

    avaliao de qualquer informao publicada.

    !O pesquisador (no exerccio da profisso) no pode empreender quaisquer atividades que no sejam as de pesquisa, como

    vendas, cadastro para marketing direto, propaganda ou arrecadao de recursos para determinado candidato ou partido.

    !Qualquer infrao aparente, que se aplique somente s atividades dentro do Pas, deve ser relatada imediata e formalmente

    ABEP, que emitir o seu parecer expresso.

    DIREITOS E RESPONSABILIDADES MTUAS DOS PESQUISADORES E CLIENTES NA CONTRATAO DE

    PESQUISAS ELEITORAIS

    !O pesquisador deve informar ao cliente se o trabalho a ser realizado ser compartilhado ou combinado aos de outros

    contratantes, mas no dever revelar a identidade dos demais clientes.

    !O cliente no tem o direito, sem acordo prvio entre as partes, ao uso exclusivo dos servios do pesquisador, seja no todo ou

    em parte. Ao realizar trabalhos para diferentes clientes, no entanto, o pesquisador deve esforar-se para evitar possveis

    conflitos de interesse entre os diferentes projetos.

    !O pesquisador deve fornecer ao cliente todos os detalhes tcnicos adequados de qualquer projeto de pesquisa realizado por

    ele.

    !O pesquisador, ao passar ao cliente informaes sobre uma pesquisa, deve fazer clara distino entre resultados,

    interpretaes e recomendaes nela baseados.

    !Sempre que quaisquer resultados de um projeto de pesquisa forem publicados pelo cliente, este tem a responsabilidade de

    assegurar que eles no sejam enganosos. O pesquisador deve ser consultado e concordar previamente com a forma e o

    contedo da publicao. Alm disso, deve tomar medidas para corrigir quaisquer declaraes enganosas a respeito da

    pesquisa e seus resultados.

    CAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS

    Regras para Divulgao de Pesquisas

    REGRAS GERAIS

    A empresa de pesquisa deve suprir seus clientes e veculos de comunicao com todos os elementos considerados pela

    ABEP como indispensveis na divulgao dos resultados de uma pesquisa, de acordo com o descrito em seu Guia de Divulgao

    de Pesquisas: O pblico deve ter acesso a todas as informaes necessrias para entender, interpretar e avaliar os dados

    publicados de forma adequada.

    REQUISITOS PARA DIVULGAO E PUBLICAO

    Itens de incluso recomendada na publicao e divulgao de pesquisas eleitorais:

    a. Nome da empresa de pesquisa responsvel pela realizao do estudo;

    b. Nome do patrocinador/solicitante do estudo;

    c. Universo representado;

    Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 1514

    Durango Duarte

    Aspectos ticos

    REGRAS GERAIS

    !A pesquisa eleitoral deve sempre ser realizada objetivamente e de acordo com princpios cientficos estabelecidos.

    !A pesquisa eleitoral deve sempre estar de acordo com a legislao existente.

    DIREITO DOS ENTREVISTADOS

    !Participao consentida A participao do entrevistado em uma pesquisa eleitoral deve ser completamente consentida

    e livre de presso em todas as fases. Ele no deve ser enganado quando pedida sua cooperao.

    !Garantia de anonimato O anonimato do entrevistado deve ser totalmente preservado.

    !Preservao da integridade e privacidade do entrevistado O pesquisador deve tomar todas as precaues

    consideradas razoveis para assegurar que o entrevistado no seja, sob nenhuma circunstncia, prejudicado por sua

    participao.

    !O pesquisador deve tomar todas as precaues para que o entrevistado no se sinta pressionado por quaisquer pessoas ou

    fatos de natureza poltica ao participar de uma pesquisa eleitoral.

    !O entrevistado, ao participar de uma pesquisa eleitoral, deve faz-lo sem a presena de terceiros, ou seja, somente o

    pesquisador deve ter acesso s suas respostas.

    !O entrevistado deve ter acesso a instrumentos que permitam checar a identidade do pesquisador, bem como seu vnculo

    com a empresa de pesquisa.

    RESPONSABILIDADE DOS PESQUISADORES

    !O pesquisador no deve, de forma consciente ou negligente, agir de qualquer modo que possa trazer descrdito pesquisa

    ou lev-la a uma perda de credibilidade pblica.

    !O pesquisador no deve fazer afirmaes falsas sobre habilidades e experincias suas ou da organizao a que est ligado.

    !O pesquisador no deve criticar de forma injustificvel outros pesquisadores.

    !O pesquisador deve garantir a segurana de todos os registros da pesquisa que esto em seu poder.

    !O pesquisador no deve permitir, conscientemente ou por negligncia, a publicao ou disseminao de concluses que no

    estejam embasadas por dados. Deve sempre estar preparado para tornar disponvel a informao tcnica necessria para

    avaliao de qualquer informao publicada.

    !O pesquisador (no exerccio da profisso) no pode empreender quaisquer atividades que no sejam as de pesquisa, como

    vendas, cadastro para marketing direto, propaganda ou arrecadao de recursos para determinado candidato ou partido.

    !Qualquer infrao aparente, que se aplique somente s atividades dentro do Pas, deve ser relatada imediata e formalmente

    ABEP, que emitir o seu parecer expresso.

    DIREITOS E RESPONSABILIDADES MTUAS DOS PESQUISADORES E CLIENTES NA CONTRATAO DE

    PESQUISAS ELEITORAIS

    !O pesquisador deve informar ao cliente se o trabalho a ser realizado ser compartilhado ou combinado aos de outros

    contratantes, mas no dever revelar a identidade dos demais clientes.

    !O cliente no tem o direito, sem acordo prvio entre as partes, ao uso exclusivo dos servios do pesquisador, seja no todo ou

    em parte. Ao realizar trabalhos para diferentes clientes, no entanto, o pesquisador deve esforar-se para evitar possveis

    conflitos de interesse entre os diferentes projetos.

    !O pesquisador deve fornecer ao cliente todos os detalhes tcnicos adequados de qualquer projeto de pesquisa realizado por

    ele.

    !O pesquisador, ao passar ao cliente informaes sobre uma pesquisa, deve fazer clara distino entre resultados,

    interpretaes e recomendaes nela baseados.

    !Sempre que quaisquer resultados de um projeto de pesquisa forem publicados pelo cliente, este tem a responsabilidade de

    assegurar que eles no sejam enganosos. O pesquisador deve ser consultado e concordar previamente com a forma e o

    contedo da publicao. Alm disso, deve tomar medidas para corrigir quaisquer declaraes enganosas a respeito da

    pesquisa e seus resultados.

    CAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS

    Regras para Divulgao de Pesquisas

    REGRAS GERAIS

    A empresa de pesquisa deve suprir seus clientes e veculos de comunicao com todos os elementos considerados pela

    ABEP como indispensveis na divulgao dos resultados de uma pesquisa, de acordo com o descrito em seu Guia de Divulgao

    de Pesquisas: O pblico deve ter acesso a todas as informaes necessrias para entender, interpretar e avaliar os dados

    publicados de forma adequada.

    REQUISITOS PARA DIVULGAO E PUBLICAO

    Itens de incluso recomendada na publicao e divulgao de pesquisas eleitorais:

    a. Nome da empresa de pesquisa responsvel pela realizao do estudo;

    b. Nome do patrocinador/solicitante do estudo;

    c. Universo representado;

    Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 1. QUALITATIVA X QUANTITATIVA

    1.1 Vantagens da pesquisa qualitativa

    !Atinge motivaes no explcitas, menos racionalizadas, ou mesmo no totalmente conscientes.

    ! Ideal para explorar os porqus de determinadas atitudes e opinies expressas.

    !A no padronizao da coleta permite verificar dinmicas (ida e volta de argumentos, estmulos etc.).

    1.2 Vantagens da pesquisa quantitativa

    !A padronizao do questionrio e a amostragem permitem projeo/generalizao dos resultados com preciso.

    !Ideais para conhecer grandezas da presena de determinadas opinies/atitudes/hbitos.

    !Fornecem ndices que podem ser comparados diretamente (anlises evolutivas, testes de diferenas).

    Metodologias Bsicas de Pesquisa

    1716

    d. Tamanho da amostra e sua cobertura geogrfica;

    e. Datas de realizao de campo;

    f. Erro amostral/margem de erro (essa informao no substitui a necessidade de especificao do tamanho da amostra);

    g. Mtodo de amostragem;

    h. Mtodo de coleta da informao;

    i. Critrios de ponderao, caso existam;

    j. Sempre que os resultados divulgados disserem respeito a algum segmento da amostra e no sua totalidade, isso deve ser

    explicitado;

    k. Sempre que houver divulgao dos resultados de determinado segmento (ex.: sexo, faixa etria, regio etc.), indicar o

    nmero de entrevistas que deu origem ao resultado (base);

    l. Explicitar a taxa de no resposta, ou seja, a porcentagem de respostas no sabe, sempre que ela puder afetar

    significativamente a interpretao do resultado;

    m. Informaes sobre o nmero de cidades, locais ou pontos amostrais;

    n. Participao de um profissional estatstico na empresa.

    2. PESQUISAS ELEITORAIS QUALITATIVAS

    2.1 Grupo de discusso ou Focus Group

    !Grupos homogneos de eleitores (de acordo com o perfil scio-demogrfico e outras variveis polticas, conforme

    objetivo), compostos por no mnimo 8 e no mximo 12 pessoas (nmero suficiente para anlise consistente).

    !Recrutamento de participantes deve ser realizado por empresas especializadas, de acordo com os Padres de

    Qualidade em Pesquisa estabelecidos pela ABEP.

    !Moderador profissional e especializado que utiliza roteiro de tpicos a serem abordados e explorados com os

    grupos, sem rigidez de ordem, nem padronizao na formulao de perguntas/estmulos conversa informal.

    !Local previamente preparado para registro de discusso em udio/vdeo/notas taquigrficas. Existem salas especiais,

    com espelho one-way para observao.

    3. PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS

    3.1 Um pouco de histria

    !1824 Delaware Watchan fez e publicou a primeira enquete popular.

    !1932 The Literary Digest com milhares de questionrios acerta com boa preciso o vencedor da eleio

    presidencial americana.

    !1935 George Gallup funda o American Institute of Public Opinion.

    !1936 The Literary Digest com 2.376.583 questionrios devolvidos prev vitria de Landon sobre Roosevelt,

    errando por uma margem de 19 pontos percentuais.

    !1936 Na mesma eleio, Gallup com 3.000 entrevistas acerta em cheio o resultado da eleio, utilizando-se de

    critrios probabilsticos.

    3.2 Enquete x Pesquisa

    Auto-seleo = probabilidades

    desconhecidas.

    Possibilidade de vis sem mecanismos

    para perfil representativo.

    Sem limitao de nmero de entrevistas.

    Quanto mais, melhor.

    Seleo por critrios cientficos = probabilidades

    conhecidas.

    Mecanismos padronizados para perfil

    representativo.

    Menor nmero de entrevistas possvel para

    a preciso pretendida (eficincia).

    ENQUETE PESQUISA POR AMOSTRAGEM

    NO REPLICVEL REPLICVEL

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 1. QUALITATIVA X QUANTITATIVA

    1.1 Vantagens da pesquisa qualitativa

    !Atinge motivaes no explcitas, menos racionalizadas, ou mesmo no totalmente conscientes.

    ! Ideal para explorar os porqus de determinadas atitudes e opinies expressas.

    !A no padronizao da coleta permite verificar dinmicas (ida e volta de argumentos, estmulos etc.).

    1.2 Vantagens da pesquisa quantitativa

    !A padronizao do questionrio e a amostragem permitem projeo/generalizao dos resultados com preciso.

    !Ideais para conhecer grandezas da presena de determinadas opinies/atitudes/hbitos.

    !Fornecem ndices que podem ser comparados diretamente (anlises evolutivas, testes de diferenas).

    Metodologias Bsicas de Pesquisa

    1716

    d. Tamanho da amostra e sua cobertura geogrfica;

    e. Datas de realizao de campo;

    f. Erro amostral/margem de erro (essa informao no substitui a necessidade de especificao do tamanho da amostra);

    g. Mtodo de amostragem;

    h. Mtodo de coleta da informao;

    i. Critrios de ponderao, caso existam;

    j. Sempre que os resultados divulgados disserem respeito a algum segmento da amostra e no sua totalidade, isso deve ser

    explicitado;

    k. Sempre que houver divulgao dos resultados de determinado segmento (ex.: sexo, faixa etria, regio etc.), indicar o

    nmero de entrevistas que deu origem ao resultado (base);

    l. Explicitar a taxa de no resposta, ou seja, a porcentagem de respostas no sabe, sempre que ela puder afetar

    significativamente a interpretao do resultado;

    m. Informaes sobre o nmero de cidades, locais ou pontos amostrais;

    n. Participao de um profissional estatstico na empresa.

    2. PESQUISAS ELEITORAIS QUALITATIVAS

    2.1 Grupo de discusso ou Focus Group

    !Grupos homogneos de eleitores (de acordo com o perfil scio-demogrfico e outras variveis polticas, conforme

    objetivo), compostos por no mnimo 8 e no mximo 12 pessoas (nmero suficiente para anlise consistente).

    !Recrutamento de participantes deve ser realizado por empresas especializadas, de acordo com os Padres de

    Qualidade em Pesquisa estabelecidos pela ABEP.

    !Moderador profissional e especializado que utiliza roteiro de tpicos a serem abordados e explorados com os

    grupos, sem rigidez de ordem, nem padronizao na formulao de perguntas/estmulos conversa informal.

    !Local previamente preparado para registro de discusso em udio/vdeo/notas taquigrficas. Existem salas especiais,

    com espelho one-way para observao.

    3. PESQUISAS ELEITORAIS QUANTITATIVAS

    3.1 Um pouco de histria

    !1824 Delaware Watchan fez e publicou a primeira enquete popular.

    !1932 The Literary Digest com milhares de questionrios acerta com boa preciso o vencedor da eleio

    presidencial americana.

    !1935 George Gallup funda o American Institute of Public Opinion.

    !1936 The Literary Digest com 2.376.583 questionrios devolvidos prev vitria de Landon sobre Roosevelt,

    errando por uma margem de 19 pontos percentuais.

    !1936 Na mesma eleio, Gallup com 3.000 entrevistas acerta em cheio o resultado da eleio, utilizando-se de

    critrios probabilsticos.

    3.2 Enquete x Pesquisa

    Auto-seleo = probabilidades

    desconhecidas.

    Possibilidade de vis sem mecanismos

    para perfil representativo.

    Sem limitao de nmero de entrevistas.

    Quanto mais, melhor.

    Seleo por critrios cientficos = probabilidades

    conhecidas.

    Mecanismos padronizados para perfil

    representativo.

    Menor nmero de entrevistas possvel para

    a preciso pretendida (eficincia).

    ENQUETE PESQUISA POR AMOSTRAGEM

    NO REPLICVEL REPLICVEL

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 3.3 Amostra

    3.3.1 Tamanho

    O tamanho ideal da amostra definido por:

    !Margem de erro amostral aceitvel e nvel de preciso necessria para os resultados da pesquisa.

    !Detalhamento desejado para anlise dos resultados (segmentao).

    !Recursos e tempo disponvel para coleta de dados.

    Exemplos de amostras de eleitores:

    !Brasil 2.000 casos.

    !USA 800 casos.

    !No caso de Manaus, as amostras ficam entre 500 e 1.200 entrevistas.

    3.3.2 Representatividade

    Os critrios bsicos so:

    !Todos os indivduos da populao devem ter chance de serem selecionados na amostra.

    !A probabilidade de seleo de cada elemento da amostra deve ser conhecida.

    !Os princpios acima incorporados na seleo de modo a garantir que todos os subgrupos do eleitorado entrem

    na amostra em propores praticamente idnticas s do universo pesquisado.

    3.3.3 Tipos de amostra

    1918

    3.3.4 Polmica das cotas

    !Leslie Kish, um dos estatsticos mais respeitados no mundo, defende o uso de cotas na prtica das pesquisas

    por amostragem, no livro Survey Sampling.

    !A utilizao de cotas no ltimo estgio, para seleo do entrevistado, tambm avalizada por instituies

    brasileiras e internacionais de pesquisa que utilizam esse mtodo h mais de 50 anos.

    !Na Inglaterra e na Alemanha foram feitos estudos comparativos com amostras simultneas de cotas e

    probabilsticas em situaes eleitorais. As amostras por cotas se aproximaram mais dos resultados das

    eleies do que as amostras probabilsticas.

    3.3.5 Erro amostral

    !O erro amostral calculado em funo de:

    1. Tamanho da amostra, ou seja, nmero de entrevistas.

    2. Heterogeneidade da amostra, ou seja, distribuio das opinies.

    !No existe erro nico para toda a pesquisa, pois cada opinio tem distribuio prpria. Para cada percentual

    obtido na amostra h um erro diferente.

    !Erros s podem ser calculados aps termos os resultados daquela amostra.

    3.3.6 Erros no-amostrais

    Existem erros que no podem ser calculados, embora possam ser controlados e minimizados. So os chamados

    erros no-amostrais, resultantes de situaes como:

    !Dados demogrficos ou eleitorais desatualizados usados na elaborao das amostras.

    !Questionrios mal elaborados (perguntas que induzem a determinadas respostas, falta de objetividade,

    ordem inadequada, vocabulrio inacessvel etc.).

    !Entrevistadores mal treinados.

    !Ocorrncias inesperadas ligadas ao tema da pesquisa.

    Os erros no-amostrais quando no controlados podem alterar radicalmente os resultados e, conseqen-

    temente, a interpretao e anlise de uma pesquisa.

    3.3.7 Intervalo de confiana

    !Para as pesquisas eleitorais divulgadas (e registros junto aos Tribunais Eleitorais) trabalha-se com uma

    aproximao do erro amostral considerando-se a mxima heterogeneidade da amostra.

    !A cada modelo amostral corresponde uma frmula de clculo, mas para modelos mais complexos

    (amostragem estratificada, por conglomerados etc.) no possvel calcular a estimativa do erro amostral a

    priori. Por isso, utiliza-se a frmula para amostras aleatrias simples como uma aproximao.

    !A partir do erro amostral estabelece-se um intervalo de confiana: limites para mais ou para menos em torno

    do resultado obtido na amostra, para projet-lo para o total do eleitorado pesquisado.

    Tcnicas de Amostragem

    No-Probabilstica

    Por Cotas

    Tipo Bola

    de Neve

    AleatriaSimples

    Mltiplos estgios: combinao desses vrios procedimentos

    Por convenincia

    ou Intencional

    Tcnicas de Amostragem

    Probabilstica

    Estratificada Por

    Conglomerado

    Seleo do

    RespondentePor Conglomerado

    Simples

    Probabilstica

    Proporcional

    ao Tamanho

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 3.3 Amostra

    3.3.1 Tamanho

    O tamanho ideal da amostra definido por:

    !Margem de erro amostral aceitvel e nvel de preciso necessria para os resultados da pesquisa.

    !Detalhamento desejado para anlise dos resultados (segmentao).

    !Recursos e tempo disponvel para coleta de dados.

    Exemplos de amostras de eleitores:

    !Brasil 2.000 casos.

    !USA 800 casos.

    !No caso de Manaus, as amostras ficam entre 500 e 1.200 entrevistas.

    3.3.2 Representatividade

    Os critrios bsicos so:

    !Todos os indivduos da populao devem ter chance de serem selecionados na amostra.

    !A probabilidade de seleo de cada elemento da amostra deve ser conhecida.

    !Os princpios acima incorporados na seleo de modo a garantir que todos os subgrupos do eleitorado entrem

    na amostra em propores praticamente idnticas s do universo pesquisado.

    3.3.3 Tipos de amostra

    1918

    3.3.4 Polmica das cotas

    !Leslie Kish, um dos estatsticos mais respeitados no mundo, defende o uso de cotas na prtica das pesquisas

    por amostragem, no livro Survey Sampling.

    !A utilizao de cotas no ltimo estgio, para seleo do entrevistado, tambm avalizada por instituies

    brasileiras e internacionais de pesquisa que utilizam esse mtodo h mais de 50 anos.

    !Na Inglaterra e na Alemanha foram feitos estudos comparativos com amostras simultneas de cotas e

    probabilsticas em situaes eleitorais. As amostras por cotas se aproximaram mais dos resultados das

    eleies do que as amostras probabilsticas.

    3.3.5 Erro amostral

    !O erro amostral calculado em funo de:

    1. Tamanho da amostra, ou seja, nmero de entrevistas.

    2. Heterogeneidade da amostra, ou seja, distribuio das opinies.

    !No existe erro nico para toda a pesquisa, pois cada opinio tem distribuio prpria. Para cada percentual

    obtido na amostra h um erro diferente.

    !Erros s podem ser calculados aps termos os resultados daquela amostra.

    3.3.6 Erros no-amostrais

    Existem erros que no podem ser calculados, embora possam ser controlados e minimizados. So os chamados

    erros no-amostrais, resultantes de situaes como:

    !Dados demogrficos ou eleitorais desatualizados usados na elaborao das amostras.

    !Questionrios mal elaborados (perguntas que induzem a determinadas respostas, falta de objetividade,

    ordem inadequada, vocabulrio inacessvel etc.).

    !Entrevistadores mal treinados.

    !Ocorrncias inesperadas ligadas ao tema da pesquisa.

    Os erros no-amostrais quando no controlados podem alterar radicalmente os resultados e, conseqen-

    temente, a interpretao e anlise de uma pesquisa.

    3.3.7 Intervalo de confiana

    !Para as pesquisas eleitorais divulgadas (e registros junto aos Tribunais Eleitorais) trabalha-se com uma

    aproximao do erro amostral considerando-se a mxima heterogeneidade da amostra.

    !A cada modelo amostral corresponde uma frmula de clculo, mas para modelos mais complexos

    (amostragem estratificada, por conglomerados etc.) no possvel calcular a estimativa do erro amostral a

    priori. Por isso, utiliza-se a frmula para amostras aleatrias simples como uma aproximao.

    !A partir do erro amostral estabelece-se um intervalo de confiana: limites para mais ou para menos em torno

    do resultado obtido na amostra, para projet-lo para o total do eleitorado pesquisado.

    Tcnicas de Amostragem

    No-Probabilstica

    Por Cotas

    Tipo Bola

    de Neve

    AleatriaSimples

    Mltiplos estgios: combinao desses vrios procedimentos

    Por convenincia

    ou Intencional

    Tcnicas de Amostragem

    Probabilstica

    Estratificada Por

    Conglomerado

    Seleo do

    RespondentePor Conglomerado

    Simples

    Probabilstica

    Proporcional

    ao Tamanho

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • n

    qp*d0 = * Z0

    Frmula do intervalo de confiana para amostra aleatria simples

    ONDE:

    d = intervalo de confiana0

    Z = coeficiente associado ao nvel de confiana desejado 0

    (para nvel de confiana de 95%, Z = 1,96 usual) 0

    p = proporo encontrada (em decimais)

    q = 1 - p

    n = nmero de casos da amostra

    3.3.8 Empate tcnico

    considerado empate tcnico quando a diferena entre os candidatos se encontra dentro das margens de erro

    das pesquisas, ou seja, quando h superposio dos respectivos intervalos de confiana dos candidatos.

    Suponha que em determinada pesquisa a margem de erro seja de 3 pontos percentuais e o candidato A tenha

    27% das intenes de voto e o candidato B tenha 30%. Os intervalos de confiana construdos para cada um

    deles so os seguintes:

    Candidato A: [27% - 3% ; 27% + 3%] = [24% ; 30%]

    Candidato B: [30% - 3% ; 30% + 3%] = [27% ; 33%]

    [24% ; 25% ; 26% ; ; 31% ; 32% ; 33%]

    [27% ; 28% ; 29% ; 30%]

    Superposio

    2120

    Relao entre erro, o grau de confiabilidade e nmero de elementos da amostra de populaes

    com mais de 100 mil habitantes

    Existe uma superposio nos dois intervalos de confiana; portanto, pode-se dizer que existe um empate tcnico

    entre os dois candidatos.

    Na realizao de uma nova pesquisa, o candidato A poderia ter 29% e o candidato B tambm 29%, ou o

    candidato A ter 30% e o candidato B 27% das intenes de voto.

    3.4 Questionrio e Material de Apoio

    !Instrumentos padronizados: permitem replicao, minimizam interferncias externas na medio.

    !Cartelas com alternativas de resposta.

    !Escalas.

    !Discos com nomes dos candidatos para no haver nenhuma influncia de ordem.

    3.5 Coleta de dados

    3.5.1 Pessoal/Telefnica/Internet/Mala Direta

    !Entrevista Pessoal: nica que garante chance de seleo a todos os eleitores no Brasil.

    !Entrevista Telefnica: problema de acesso, porm mais vivel com evoluo da cobertura no pas.

    !Internet: problema de acesso e auto-seleo.

    !Mala Direta: auto-seleo.

    3.5.2 Abordagem Domiciliar/Pontos de Fluxo

    Podem ser ambas com seleo de conglomerados, mas a unidade amostral pode ser diferente:

    !Setores censitrios.

    !Logradouros pblicos.

    !Quarteires.

    3.5.3 Controle de Campo

    A qualidade do trabalho de campo exige:

    !Treinamento adequado aos entrevistadores.

    !Instrues de campo a cada pesquisa.

    !Tcnicas de abordagem e padres ticos: eliminar influncias sobre o entrevistado (outras pessoas perto,

    propaganda, tom/postura do entrevistador), assegurar confidencialidade das respostas individuais.

    !Fiscalizao independente (revisita e checa respostas).

    !Crtica dos questionrios: perguntas deixadas em branco, incoerncias, volta-se a campo quando necessrio.

    Exemplo:

    Se utilizarmos uma amostra de 624

    entrevistas com um grau de confiabilidade

    de 95% teremos que a cada 100 entrevistas

    realizadas, 95 estariam dentro da margem

    de erro de 4%.

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte

    68% 95% 99,7%

    1% 2.500 10.000 22.500

    2% 625 2.500 5.625

    3% 278 1.112 2.502

    4% 156 624 1.404

    5% 100 400 900

    6% 70 280 630

    7% 51 204 459

    8% 39 156 351

    9% 31 124 279

    10% 25 100 225

    E R R OG R A U D E C O N F I A B I L I D A D E

    INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • n

    qp*d0 = * Z0

    Frmula do intervalo de confiana para amostra aleatria simples

    ONDE:

    d = intervalo de confiana0

    Z = coeficiente associado ao nvel de confiana desejado 0

    (para nvel de confiana de 95%, Z = 1,96 usual) 0

    p = proporo encontrada (em decimais)

    q = 1 - p

    n = nmero de casos da amostra

    3.3.8 Empate tcnico

    considerado empate tcnico quando a diferena entre os candidatos se encontra dentro das margens de erro

    das pesquisas, ou seja, quando h superposio dos respectivos intervalos de confiana dos candidatos.

    Suponha que em determinada pesquisa a margem de erro seja de 3 pontos percentuais e o candidato A tenha

    27% das intenes de voto e o candidato B tenha 30%. Os intervalos de confiana construdos para cada um

    deles so os seguintes:

    Candidato A: [27% - 3% ; 27% + 3%] = [24% ; 30%]

    Candidato B: [30% - 3% ; 30% + 3%] = [27% ; 33%]

    [24% ; 25% ; 26% ; ; 31% ; 32% ; 33%]

    [27% ; 28% ; 29% ; 30%]

    Superposio

    2120

    Relao entre erro, o grau de confiabilidade e nmero de elementos da amostra de populaes

    com mais de 100 mil habitantes

    Existe uma superposio nos dois intervalos de confiana; portanto, pode-se dizer que existe um empate tcnico

    entre os dois candidatos.

    Na realizao de uma nova pesquisa, o candidato A poderia ter 29% e o candidato B tambm 29%, ou o

    candidato A ter 30% e o candidato B 27% das intenes de voto.

    3.4 Questionrio e Material de Apoio

    !Instrumentos padronizados: permitem replicao, minimizam interferncias externas na medio.

    !Cartelas com alternativas de resposta.

    !Escalas.

    !Discos com nomes dos candidatos para no haver nenhuma influncia de ordem.

    3.5 Coleta de dados

    3.5.1 Pessoal/Telefnica/Internet/Mala Direta

    !Entrevista Pessoal: nica que garante chance de seleo a todos os eleitores no Brasil.

    !Entrevista Telefnica: problema de acesso, porm mais vivel com evoluo da cobertura no pas.

    !Internet: problema de acesso e auto-seleo.

    !Mala Direta: auto-seleo.

    3.5.2 Abordagem Domiciliar/Pontos de Fluxo

    Podem ser ambas com seleo de conglomerados, mas a unidade amostral pode ser diferente:

    !Setores censitrios.

    !Logradouros pblicos.

    !Quarteires.

    3.5.3 Controle de Campo

    A qualidade do trabalho de campo exige:

    !Treinamento adequado aos entrevistadores.

    !Instrues de campo a cada pesquisa.

    !Tcnicas de abordagem e padres ticos: eliminar influncias sobre o entrevistado (outras pessoas perto,

    propaganda, tom/postura do entrevistador), assegurar confidencialidade das respostas individuais.

    !Fiscalizao independente (revisita e checa respostas).

    !Crtica dos questionrios: perguntas deixadas em branco, incoerncias, volta-se a campo quando necessrio.

    Exemplo:

    Se utilizarmos uma amostra de 624

    entrevistas com um grau de confiabilidade

    de 95% teremos que a cada 100 entrevistas

    realizadas, 95 estariam dentro da margem

    de erro de 4%.

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte

    68% 95% 99,7%

    1% 2.500 10.000 22.500

    2% 625 2.500 5.625

    3% 278 1.112 2.502

    4% 156 624 1.404

    5% 100 400 900

    6% 70 280 630

    7% 51 204 459

    8% 39 156 351

    9% 31 124 279

    10% 25 100 225

    E R R OG R A U D E C O N F I A B I L I D A D E

    INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • Dvidas mais Freqentes

    Cada vez mais a populao tem acesso a diversos resultados de pesquisas eleitorais, publicados pelos mais variados tipos de

    mdias e veculos de comunicao. Abaixo esto apresentadas as respostas para as perguntas mais freqentes relacionadas a

    pesquisas eleitorais.

    1. Por que eu ou meus amigos nunca fomos includos nas pesquisas eleitorais?

    A razo bastante simples. H 908.435 eleitores com domiclio eleitoral em Manaus aptos a votar (2004). A mdia das

    amostras realizadas em nossa cidade de 800 pessoas. Isto significa que apenas um habitante em 1.135 ser includo em

    qualquer pesquisa em Manaus.

    Esclarecendo de outro modo, seriam necessrias 1.135 pesquisas com amostras de 800 pessoas para que os pesquisadores

    pudessem atingir todos os eleitores de Manaus e isto presumindo que ningum fosse entrevistado duas vezes.

    Ainda que diversas pesquisas sejam realizadas a cada eleio, a probabilidade de um indivduo participar muito pequena.

    Cabe ainda ressaltar que, aproximadamente 50 mil eleitores residem em condomnios fechados (residenciais e prediais),

    dificultando o acesso dos pesquisadores.

    2. Como uma amostra de 800 pessoas pode refletir verdadeiramente as opinies dos 908 mil eleitores de

    Manaus? Uma amostra maior no sempre melhor que uma menor?

    A confiabilidade ou preciso dos mtodos de pesquisa e suas amostras so derivadas de uma cincia matemtica chamada

    Estatstica. Na raiz da confiabilidade estatstica est a probabilidade, isto , a possibilidade de obter-se um determinado

    resultado, apenas por casualidade.

    importante lembrar que as estimativas de erro de amostragem potenciais sempre presumem amostras aleatrias. At

    mesmo em amostras totalmente aleatrias, a preciso pode ser comprometida por outros fatores, como a redao das

    perguntas ou a ordem na qual foram feitas.

    No h um tamanho de amostra ideal. Amostras de qualquer tamanho tm algum grau de preciso. A pergunta sempre ser

    se h preciso suficiente para tirar concluses conforme determinado pela teoria estatstica.

    O aspecto mais importante em amostragem no a quantidade de respondentes, mas como so selecionados. Uma

    amostra fidedigna seleciona os respondentes de uma pesquisa aleatoriamente ou de uma forma que assegure que todos na

    rea que est sendo pesquisada tenham a mesma chance de ser selecionados.

    3. Por que muitas vezes os resultados das pesquisas so diferentes do que eu e as pessoas que conheo pensamos?

    improvvel que se tenha um crculo de amigos to diverso quanto uma amostra representativa da populao estudada.

    Isto significa conhecer pessoas de todas as idades, em todos os bairros, de todos os nveis socioeconmicos. Assim, na

    prxima vez que voc vir uma pesquisa mostrando apenas 30% de acordo com seu ponto de vista, lembre-se de que,

    embora voc possa no estar na maioria, isto ainda significa que 272 mil eleitores de Manaus pensam como voc.

    2322

    4. Quo precisos so os resultados das pesquisas brasileiras?

    Um estudo desenvolvido pela ABEP analisou 469 pesquisas no perodo de 1982 a 1998, comparando as diferenas entre as

    estimativas das pesquisas de inteno de voto nas duas semanas anteriores eleio e os percentuais efetivamente

    verificados.

    Concluiu-se que, no Brasil, com base nesses 16 anos de pesquisa eleitoral em eleies para Prefeito, Governador e

    Presidente da Repblica, o erro amostral ficou em torno de 3 pontos percentuais, podendo ir, em 95% dos casos, at cerca

    de 6 pontos. Quando excludos os votos em branco, nulo e indecisos, recalculando-se os percentuais para esse novo total, o

    erro amostral cai para cerca de 2 pontos, ficando 95% dos desvios entre 0 e 5,5.

    Os resultados, assim, esto perfeitamente compatveis com os padres nacional e internacionalmente aceitos.

    5. A formulao das perguntas pode influenciar os resultados das pesquisas?

    A forma como so redigidas as perguntas numa pesquisa to importante quanto o procedimento de amostragem na

    obteno de resultados.

    A maioria das organizaes de pesquisa profissional e os seus clientes revisam o teor das perguntas to cuidadosamente

    quanto os editores examinariam um manuscrito antes da publicao. Este processo exige normalmente a reviso de vrias

    minutas antes da realizao do campo de uma pesquisa. As perguntas so verificadas quanto ao equilbrio, quer dizer, se so

    formuladas de forma neutra e se as opes de resposta tambm so balanceadas.

    A ordem das perguntas deve obedecer a uma lgica. Por exemplo, perguntas sobre a aprovao global do trabalho de um

    governante devem ser feitas antes das perguntas especficas que podem lembrar os respondentes acerca dos sucessos ou

    fracassos do titular.

    As perguntas devem ser elaboradas usando linguagem clara, inequvoca e concisa para assegurar que todos os

    respondentes, no importando seu nvel educacional, possam compreend-la.

    6. Por que eu deveria responder a uma pesquisa?

    A cada ano, dezenas de milhares de brasileiros respondem s entrevistas de pesquisa sobre assuntos de interesse nacional e

    regional. Responder a uma pesquisa uma maneira de se fazer ouvir, de contribuir e participar sobre questes importantes

    da atualidade.

    7. Quais informaes eu devo verificar quando leio resultados de uma pesquisa eleitoral?

    Um ponto fundamental distinguir entre uma pesquisa verdadeira e uma pseudopesquisa. Os resultados de

    pseudopesquisas so muitas vezes divertidos, mas quase sempre sem fundamentao. Uma grande diferena entre as duas

    a escolha dos respondentes. Em uma pesquisa, o pesquisador identifica e seleciona as pessoas a serem entrevistadas. Em

    uma pseudopesquisa, os respondentes normalmente oferecem suas opinies, selecionando a si prprios. Os melhores

    exemplos so as enquetes de emissoras de rdio e televiso e de sites.

    8. Como a pesquisa pode indicar a possibilidade de um 2. turno?

    Para poder afirmar que uma eleio acabar no 1. turno, a diferena entre a inteno de voto do primeiro colocado e a

    soma das demais candidaturas deve ser superior margem de erro da pesquisa.

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • Dvidas mais Freqentes

    Cada vez mais a populao tem acesso a diversos resultados de pesquisas eleitorais, publicados pelos mais variados tipos de

    mdias e veculos de comunicao. Abaixo esto apresentadas as respostas para as perguntas mais freqentes relacionadas a

    pesquisas eleitorais.

    1. Por que eu ou meus amigos nunca fomos includos nas pesquisas eleitorais?

    A razo bastante simples. H 908.435 eleitores com domiclio eleitoral em Manaus aptos a votar (2004). A mdia das

    amostras realizadas em nossa cidade de 800 pessoas. Isto significa que apenas um habitante em 1.135 ser includo em

    qualquer pesquisa em Manaus.

    Esclarecendo de outro modo, seriam necessrias 1.135 pesquisas com amostras de 800 pessoas para que os pesquisadores

    pudessem atingir todos os eleitores de Manaus e isto presumindo que ningum fosse entrevistado duas vezes.

    Ainda que diversas pesquisas sejam realizadas a cada eleio, a probabilidade de um indivduo participar muito pequena.

    Cabe ainda ressaltar que, aproximadamente 50 mil eleitores residem em condomnios fechados (residenciais e prediais),

    dificultando o acesso dos pesquisadores.

    2. Como uma amostra de 800 pessoas pode refletir verdadeiramente as opinies dos 908 mil eleitores de

    Manaus? Uma amostra maior no sempre melhor que uma menor?

    A confiabilidade ou preciso dos mtodos de pesquisa e suas amostras so derivadas de uma cincia matemtica chamada

    Estatstica. Na raiz da confiabilidade estatstica est a probabilidade, isto , a possibilidade de obter-se um determinado

    resultado, apenas por casualidade.

    importante lembrar que as estimativas de erro de amostragem potenciais sempre presumem amostras aleatrias. At

    mesmo em amostras totalmente aleatrias, a preciso pode ser comprometida por outros fatores, como a redao das

    perguntas ou a ordem na qual foram feitas.

    No h um tamanho de amostra ideal. Amostras de qualquer tamanho tm algum grau de preciso. A pergunta sempre ser

    se h preciso suficiente para tirar concluses conforme determinado pela teoria estatstica.

    O aspecto mais importante em amostragem no a quantidade de respondentes, mas como so selecionados. Uma

    amostra fidedigna seleciona os respondentes de uma pesquisa aleatoriamente ou de uma forma que assegure que todos na

    rea que est sendo pesquisada tenham a mesma chance de ser selecionados.

    3. Por que muitas vezes os resultados das pesquisas so diferentes do que eu e as pessoas que conheo pensamos?

    improvvel que se tenha um crculo de amigos to diverso quanto uma amostra representativa da populao estudada.

    Isto significa conhecer pessoas de todas as idades, em todos os bairros, de todos os nveis socioeconmicos. Assim, na

    prxima vez que voc vir uma pesquisa mostrando apenas 30% de acordo com seu ponto de vista, lembre-se de que,

    embora voc possa no estar na maioria, isto ainda significa que 272 mil eleitores de Manaus pensam como voc.

    2322

    4. Quo precisos so os resultados das pesquisas brasileiras?

    Um estudo desenvolvido pela ABEP analisou 469 pesquisas no perodo de 1982 a 1998, comparando as diferenas entre as

    estimativas das pesquisas de inteno de voto nas duas semanas anteriores eleio e os percentuais efetivamente

    verificados.

    Concluiu-se que, no Brasil, com base nesses 16 anos de pesquisa eleitoral em eleies para Prefeito, Governador e

    Presidente da Repblica, o erro amostral ficou em torno de 3 pontos percentuais, podendo ir, em 95% dos casos, at cerca

    de 6 pontos. Quando excludos os votos em branco, nulo e indecisos, recalculando-se os percentuais para esse novo total, o

    erro amostral cai para cerca de 2 pontos, ficando 95% dos desvios entre 0 e 5,5.

    Os resultados, assim, esto perfeitamente compatveis com os padres nacional e internacionalmente aceitos.

    5. A formulao das perguntas pode influenciar os resultados das pesquisas?

    A forma como so redigidas as perguntas numa pesquisa to importante quanto o procedimento de amostragem na

    obteno de resultados.

    A maioria das organizaes de pesquisa profissional e os seus clientes revisam o teor das perguntas to cuidadosamente

    quanto os editores examinariam um manuscrito antes da publicao. Este processo exige normalmente a reviso de vrias

    minutas antes da realizao do campo de uma pesquisa. As perguntas so verificadas quanto ao equilbrio, quer dizer, se so

    formuladas de forma neutra e se as opes de resposta tambm so balanceadas.

    A ordem das perguntas deve obedecer a uma lgica. Por exemplo, perguntas sobre a aprovao global do trabalho de um

    governante devem ser feitas antes das perguntas especficas que podem lembrar os respondentes acerca dos sucessos ou

    fracassos do titular.

    As perguntas devem ser elaboradas usando linguagem clara, inequvoca e concisa para assegurar que todos os

    respondentes, no importando seu nvel educacional, possam compreend-la.

    6. Por que eu deveria responder a uma pesquisa?

    A cada ano, dezenas de milhares de brasileiros respondem s entrevistas de pesquisa sobre assuntos de interesse nacional e

    regional. Responder a uma pesquisa uma maneira de se fazer ouvir, de contribuir e participar sobre questes importantes

    da atualidade.

    7. Quais informaes eu devo verificar quando leio resultados de uma pesquisa eleitoral?

    Um ponto fundamental distinguir entre uma pesquisa verdadeira e uma pseudopesquisa. Os resultados de

    pseudopesquisas so muitas vezes divertidos, mas quase sempre sem fundamentao. Uma grande diferena entre as duas

    a escolha dos respondentes. Em uma pesquisa, o pesquisador identifica e seleciona as pessoas a serem entrevistadas. Em

    uma pseudopesquisa, os respondentes normalmente oferecem suas opinies, selecionando a si prprios. Os melhores

    exemplos so as enquetes de emissoras de rdio e televiso e de sites.

    8. Como a pesquisa pode indicar a possibilidade de um 2. turno?

    Para poder afirmar que uma eleio acabar no 1. turno, a diferena entre a inteno de voto do primeiro colocado e a

    soma das demais candidaturas deve ser superior margem de erro da pesquisa.

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS Durango Duarte INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 24

    9. Qual a diferena entre zero absoluto e zero relativo no resultado das pesquisas eleitorais?

    O zero absoluto significa que nenhuma das pessoas entrevistadas citou determinado candidato ou alternativa de resposta.

    No caso das pesquisas eleitorais, geralmente na tabela de inteno de voto consta uma observao dizendo que apesar de o

    candidato constar do disco apresentado aos entrevistados, ele no foi citado por nenhum deles, razo pela qual o referido

    candidato no aparece no corpo da tabela.

    O zero relativo significa que o candidato foi citado, mas no obteve citaes suficientes para atingir 1% dos entrevistados.

    10. Por que o resultado das pesquisas pode totalizar um valor diferente de 100%?

    muito comum em pesquisas com amostra de 400 entrevistas encontrar tabelas que totalizam 98% ou at 102%,

    principalmente quando a quantidade de alternativas de respostas grande. Por exemplo, caso existam vrios candidatos

    com 0,5% de intenes de voto, todos eles sairo com 1% nas tabelas, fazendo com que a soma das percentagens possa

    chegar a 102%.

    Isto acontece porque as percentagens que variam de 0,0% a 0,4% so arredondadas para 0% nas tabelas e as que vo de

    0,5% a 0,9% so arredondadas para 1%.

    ! Se a pesquisa est devidamente registrada no Tribunal Regional Eleitoral ou Tribunal Superior Eleitoral.

    ! Nome da empresa responsvel pela realizao da pesquisa.

    ! Se a empresa ou profissional responsvel subscreve algum cdigo de tica regulador da atividade de pesquisa.

    ! Nome do patrocinador do estudo.

    ! Quantas pessoas foram entrevistadas.

    ! Como estas pessoas foram escolhidas.

    ! rea geogrfica (cidade, Estado ou regio) e em que grupo (professores, advogados, eleitores etc.) estas pessoas foram

    escolhidas.

    ! Se os resultados se basearam na resposta de todas as pessoas entrevistadas ou em algum segmento (ex.: mulheres,

    universitrios, evanglicos etc.).

    ! Data da realizao do campo da pesquisa.

    ! Mtodo de abordagem dos entrevistados (telefone, entrevistas pessoais).

    ! Perguntas que foram feitas e sua ordem no questionrio.

    Outras Importantes Questes a Serem Consideradas

    ao Observar Resultados de Pesquisas Eleitorais

    Durango DuarteCAPTULO I ROTEIRO PARA UMA MELHOR COMPREENSO DAS PESQUISAS ELEITORAIS

  • Pesquisas Eleitorais

    Quantitativas e Resultado

    da Eleio de 2004

    CAPTULO II

  • 27

    Durango Duarte

    26

    PARTE I

    Tracking (seqncia em ingls) um tipo de pesquisa que apresenta um fluxo constante e peridico das informaes, em

    intervalos regulares, de maneira a permitir uma avaliao contnua em um determinado espao de tempo. denominada, por

    muitos autores, como Pesquisa Contnua e constantemente utilizada para monitorar a participao (market share) de um

    produto e/ou servio, grau de satisfao com marcas, produtos e servios, perfil de cliente/consumidor e tamanho do mercado.

    Em campanhas eleitorais, este tipo de metodologia tambm bastante utilizado pelas empresas de pesquisa. Sua

    principal vantagem a de acompanhar, de forma minuciosa e sistemtica, o dia-a-dia do cenrio poltico, captando as tendncias

    e variaes da campanha eleitoral e mostrar o reflexo dos acontecimentos na inteno de voto do eleitor.

    Assim como em 2004, este tipo de metodologia tambm foi utilizado por nossa empresa na eleio de 2002.

    Acompanhamos a evoluo dos candidatos ao cargo de governador durante 63 dias, com a realizao de 300 entrevistas dirias.

    No dia 4 de outubro, ltimo relatrio do Tracking de 2002, os nmeros apontavam a vitria de Eduardo Braga com 42% dos

    votos, seguido de Gilberto Mestrinho com 23%. O resultado oficial do TRE-AM, divulgado dia 6 de outubro, confirmou o

    resultado da pesquisa: Eduardo Braga venceu com 42,1% e Gilberto Mestrinho ficou em 2. lugar com 23,3% dos votos

    vlidos. Os votos dos indecisos deslocaram-se para as candidaturas de Serafim Corra e Joo Pedro, comprovando uma teoria

    da Perspectiva de que esse pblico, quase em sua totalidade, acaba votando na oposio. Isto vem sendo observado em todas as

    ltimas eleies em Manaus.

    Na eleio de 2004, monitoramos a evoluo dos candidatos a prefeito, realizando 400 entrevistas diariamente. No 4.

    dia de pesquisa foi feito o primeiro relatrio, referente aos trs dias pesquisados anteriormente (dias 1, 2 e 3). A partir da, as

    400 entrevistas do dia I foram substitudas pelas 400 entrevistas do dia 4, e foi realizado um novo relatrio (dias 2, 3 e 4), e assim

    sucessivamente. A pesquisa foi realizada todos os dias, com exceo dos domingos e do feriado do dia 7 de setembro,

    totalizando assim, no dia 1. de outubro, 64 dias de campo, ou seja, 25.600 questionrios, com 62 relatrios. A margem de erro

    para cada relatrio (1.200 entrevistas) foi de 2,9%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95,5%.

    A metodologia utilizada foi probabilstica por conglomerados (clusters). Neste mtodo, dividem-se os bairros da cidade

    em clusters que so sorteados aleatoriamente e nestas quadras so realizadas cinco entrevistas (ver Captulo IV, pgina 79). A

    seleo dos domiclios de cada quadra obedece a um critrio tcnico que garante que todos os moradores tenham a mesma

    probabilidade de serem escolhidos. A primeira entrevista realizada na terceira casa no sentido norte da quadra e, seguindo em

    sentido horrio, a cada trs casas realizada uma nova entrevista, de maneira que se completem as cinco previstas. H casos

    em que, no domiclio selecionado, no existe o perfil desejado ou trata-se de um estabelecimento comercial. Nestes casos, a

    entrevista realizada na casa ao lado.

    As entrevistas envolveram todas as zonas da cidade de Manaus onde qualquer habitante da rea urbana com idade

    superior a 16 anos e eleitor da capital teve chance de ser entrevistado. A amostra foi dividida proporcionalmente ao nmero de

    habitantes e de eleitores de cada uma das seis zonas da cidade de Manaus, com uma variao de, mais ou menos, 2%.

    Tracking (1. turno)

    Tracking

    EspontneaAmazonino

    Mendes

    25

    Serafim

    Corra

    40

    Vanessa

    Grazziotin

    65

    Plnio

    Valrio

    43

    Artur

    Bisneto

    45

    Herbert

    Amazonas

    16

    Ainda no pensei /

    Indecisos

    21 16,8% 3,8% 5,8% 1,0% 0,6% 0,5% 71,5%

    22 18,4% 3,9% 6,1% 1,4% 0,6% 0,3% 69,3%

    23 20,2% 3,8% 5,8% 1,2% 0,4% 0,3% 68,3%

    24 20,9% 4,6% 6,8% 0,9% 0,3% 0,3% 66,3%

    26 21,4% 4,5% 7,1% 0,4% 0,3% 0,2% 66,2%

    27 23,5% 4,8% 7,0% 0,4% 0,4% 0,3% 63,6%

    28 25,4% 4,3% 6,7% 0,8% 0,3% 0,5% 62,1%

    29 24,7% 3,8% 6,2% 1,0% 0,3% 0,5% 63,7%

    30 23,1% 3,7% 6,2% 1,5% 0,2% 0,4% 65,0%

    31 22,5% 4,8% 6,8% 1,8% 0,2% 0,2% 63,8%

    02 22,6% 4,8% 7,0% 1,8% 0,3% 0,0% 63,5%

    03 23,3% 5,0% 7,1% 1,3% 0,2% 0,1% 63,1%

    04 24,3% 3,8% 5,5% 1,0% 0,3% 0,1% 65,1%

    05 24,7% 3,8% 5,8% 1,2% 0,1% 0,1% 64,5%

    06 24,3% 3,8% 5,7% 1,4% 0,3% 0,0% 64,7%

    07 24,3% 4,3% 5,9% 1,8% 0,3% 0,0% 63,6%

    09 25,9% 5,1% 5,5% 1,7% 0,4% 0,0% 61,4%

    10 27,7% 5,4% 5,6% 1,8% 0,4% 0,3% 58,8%

    11 27,9% 5,1% 4,8% 1,2% 0,4% 0,3% 60,3%

    12 27,4% 5,8% 5,8% 1,2% 0,3% 0,5% 59,1%

    13 28,1% 6,1% 5,8% 1,3% 0,3% 0,3% 58,2%

    14 28,2% 6,7% 7,5% 1,6% 0,3% 0,3% 55,4%

    16 28,0% 6,2% 7,3% 1,3% 0,4% 0,3% 56,6%

    17 27,1% 6,3% 8,0% 1,5% 0,6% 0,3% 56,3%

    18 29,2% 6,1% 7,8% 1,6% 0,8% 0,2% 54,5%

    19 31,2% 6,7% 8,3% 2,4% 0,8% 0,1% 50,5%

    20 33,0% 7,1% 7,8% 2,8% 0,8% 0,0% 48,4%

    21 32,2% 8,8% 8,2% 3,2% 1,2% 0,1% 46,4%

    23 32,8% 9,7% 7,6% 2,6% 1,1% 0,2% 46,2%

    24 31,6% 7,9% 7,5% 2,1% 1,2% 0,3% 49,5%

    25 32,8% 7,8% 7,1% 2,4% 1,2% 0,3% 48,5%

    26 32,3% 7,0% 7,0% 2,8% 1,5% 0,2% 49,2%

    27 33,1% 9,1% 6,6% 3,2% 1,5% 0,2% 46,4%

    28 32,4% 10,3% 7,7% 3,1% 1,5% 0,4% 44,7%

    30 31,5% 12,0% 7,3% 2,8% 1,2% 0,4% 44,8%

    31 30,9% 11,8% 7,1% 2,7% 1,0% 0,4% 46,2%

    01 31,4% 12,2% 7,7% 2,8% 0,8% 0,1% 45,2%

    02 31,3% 11,8% 7,9% 3,5% 0,9% 0,2% 44,4%

    03 33,1% 10,9% 8,2% 3,3% 1,1% 0,2% 43,3%

    04 32,9% 11,1% 8,3% 3,5% 1,0% 0,3% 42,9%

    06 34,4% 10,8% 9,3% 3,8% 0,9% 0,3% 40,4%

    08 33,3% 10,6% 10,3% 4,5% 0,8% 0,3% 40,3%

    09 32,8% 10,3% 9,1% 5,1% 1,2% 0,1% 41,5%

    10 33,0% 9,6% 8,7% 5,4% 1,3% 0,2% 41,8%

    11 32,9% 10,4% 8,8% 5,4% 1,7% 0,3% 40,5%

    13 33,9% 11,4% 8,5% 5,2% 1,6% 0,3% 39,2%

    14 35,4% 12,3% 7,8% 4,7% 1,3% 0,1% 38,5%

    15 37,2% 13,8% 6,6% 4,7% 1,2% 0,1% 36,6%

    16 38,3% 13,9% 7,9% 3,9% 1,2% 0,2% 34,7%

    17 36,8% 14,5% 8,2% 4,4% 1,3% 0,3% 34,6%

    18 36,0% 13,9% 9,0% 4,9% 1,1% 0,3% 34,8%

    20 36,4% 14,0% 7,4% 5,8% 0,9% 0,2% 35,3%

    21 36,3% 14,2% 7,8% 5,3% 1,0% 0,1% 35,3%

    22 38,9% 15,4% 7,8% 4,4% 0,8% 0,1% 32,5%

    23 39,0% 16,3% 8,0% 4,9% 1,1% 0,3% 30,4%

    24 40,3% 16,3% 7,4% 5,2% 1,2% 0,3% 29,4%

    25 39,0% 16,1% 7,5% 5,8% 1,3% 0,3% 30,2%

    27 39,0% 16,2% 9,4% 5,5% 1,4% 0,3% 28,2%

    28 38,1% 17,7% 10,5% 5,2% 1,3% 0,6% 26,7%

    29 38,5% 18,1% 11,1% 5,6% 1,5% 0,6% 24,7%

    30 40,4% 20,1% 9,8% 5,8% 1,5% 0,6% 21,8%

    41,6% 21,1% 9,3% 6,8% 2,6% 0,4% 18,2%

    SE

    TE

    MB

    RO

    01 / OUTUBRO

    DIA

    JU

    LH

    OA

    GO

    ST

    O

    Na pergunta com

    resposta espontnea, o

    entrevistado cita o

    nome de quem

    pretende votar sem o

    estmulo de nenhum

    recurso verbal ou visual

    (cartela). Ela deve ser

    realizada em uma nica

    opo e logo no incio

    do questionrio para

    que no haja nenhum

    contgio. A pergunta da

    tabela ao lado foi

    formulada da seguinte

    maneira: Para qual dos

    candidatos a prefeito de

    Manaus voc pretende

    dar o seu voto nesta

    eleio?.

    Os primeiros nmeros

    coletados indicavam no

    dia 21/7 que 71,5% dos

    eleitores estavam

    indecisos. Apenas 10

    dias depois, em 31 de

    julho, esse percentual

    caiu para 63,8%, ou

    seja, aproximadamente

    58.000 eleitores se

    decidiram por um

    candidato. Em agosto,

    o nmero de indecisos

    caiu para 46,2%. Em

    setembro, atingiu

    21,8%, isto , cerca de

    176.000 eleitores

    definiram seu voto.

    Quarenta e oito horas

    antes da eleio ainda

    existiam 18,2% de

    eleitores que se

    declaravam indecisos e

    exatamente esse

    pblico que gerou a

    diferena entre os

    resultados das

    pesquisas e o resultado

    final da eleio.

    bom lembrar que os

    nmeros coletados na

    pesquisa espontnea

    sempre sero menores

    que na estimulada.

    INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 27

    Durango Duarte

    26

    PARTE I

    Tracking (seqncia em ingls) um tipo de pesquisa que apresenta um fluxo constante e peridico das informaes, em

    intervalos regulares, de maneira a permitir uma avaliao contnua em um determinado espao de tempo. denominada, por

    muitos autores, como Pesquisa Contnua e constantemente utilizada para monitorar a participao (market share) de um

    produto e/ou servio, grau de satisfao com marcas, produtos e servios, perfil de cliente/consumidor e tamanho do mercado.

    Em campanhas eleitorais, este tipo de metodologia tambm bastante utilizado pelas empresas de pesquisa. Sua

    principal vantagem a de acompanhar, de forma minuciosa e sistemtica, o dia-a-dia do cenrio poltico, captando as tendncias

    e variaes da campanha eleitoral e mostrar o reflexo dos acontecimentos na inteno de voto do eleitor.

    Assim como em 2004, este tipo de metodologia tambm foi utilizado por nossa empresa na eleio de 2002.

    Acompanhamos a evoluo dos candidatos ao cargo de governador durante 63 dias, com a realizao de 300 entrevistas dirias.

    No dia 4 de outubro, ltimo relatrio do Tracking de 2002, os nmeros apontavam a vitria de Eduardo Braga com 42% dos

    votos, seguido de Gilberto Mestrinho com 23%. O resultado oficial do TRE-AM, divulgado dia 6 de outubro, confirmou o

    resultado da pesquisa: Eduardo Braga venceu com 42,1% e Gilberto Mestrinho ficou em 2. lugar com 23,3% dos votos

    vlidos. Os votos dos indecisos deslocaram-se para as candidaturas de Serafim Corra e Joo Pedro, comprovando uma teoria

    da Perspectiva de que esse pblico, quase em sua totalidade, acaba votando na oposio. Isto vem sendo observado em todas as

    ltimas eleies em Manaus.

    Na eleio de 2004, monitoramos a evoluo dos candidatos a prefeito, realizando 400 entrevistas diariamente. No 4.

    dia de pesquisa foi feito o primeiro relatrio, referente aos trs dias pesquisados anteriormente (dias 1, 2 e 3). A partir da, as

    400 entrevistas do dia I foram substitudas pelas 400 entrevistas do dia 4, e foi realizado um novo relatrio (dias 2, 3 e 4), e assim

    sucessivamente. A pesquisa foi realizada todos os dias, com exceo dos domingos e do feriado do dia 7 de setembro,

    totalizando assim, no dia 1. de outubro, 64 dias de campo, ou seja, 25.600 questionrios, com 62 relatrios. A margem de erro

    para cada relatrio (1.200 entrevistas) foi de 2,9%, para mais ou para menos, e o grau de confiabilidade foi de 95,5%.

    A metodologia utilizada foi probabilstica por conglomerados (clusters). Neste mtodo, dividem-se os bairros da cidade

    em clusters que so sorteados aleatoriamente e nestas quadras so realizadas cinco entrevistas (ver Captulo IV, pgina 79). A

    seleo dos domiclios de cada quadra obedece a um critrio tcnico que garante que todos os moradores tenham a mesma

    probabilidade de serem escolhidos. A primeira entrevista realizada na terceira casa no sentido norte da quadra e, seguindo em

    sentido horrio, a cada trs casas realizada uma nova entrevista, de maneira que se completem as cinco previstas. H casos

    em que, no domiclio selecionado, no existe o perfil desejado ou trata-se de um estabelecimento comercial. Nestes casos, a

    entrevista realizada na casa ao lado.

    As entrevistas envolveram todas as zonas da cidade de Manaus onde qualquer habitante da rea urbana com idade

    superior a 16 anos e eleitor da capital teve chance de ser entrevistado. A amostra foi dividida proporcionalmente ao nmero de

    habitantes e de eleitores de cada uma das seis zonas da cidade de Manaus, com uma variao de, mais ou menos, 2%.

    Tracking (1. turno)

    Tracking

    EspontneaAmazonino

    Mendes

    25

    Serafim

    Corra

    40

    Vanessa

    Grazziotin

    65

    Plnio

    Valrio

    43

    Artur

    Bisneto

    45

    Herbert

    Amazonas

    16

    Ainda no pensei /

    Indecisos

    21 16,8% 3,8% 5,8% 1,0% 0,6% 0,5% 71,5%

    22 18,4% 3,9% 6,1% 1,4% 0,6% 0,3% 69,3%

    23 20,2% 3,8% 5,8% 1,2% 0,4% 0,3% 68,3%

    24 20,9% 4,6% 6,8% 0,9% 0,3% 0,3% 66,3%

    26 21,4% 4,5% 7,1% 0,4% 0,3% 0,2% 66,2%

    27 23,5% 4,8% 7,0% 0,4% 0,4% 0,3% 63,6%

    28 25,4% 4,3% 6,7% 0,8% 0,3% 0,5% 62,1%

    29 24,7% 3,8% 6,2% 1,0% 0,3% 0,5% 63,7%

    30 23,1% 3,7% 6,2% 1,5% 0,2% 0,4% 65,0%

    31 22,5% 4,8% 6,8% 1,8% 0,2% 0,2% 63,8%

    02 22,6% 4,8% 7,0% 1,8% 0,3% 0,0% 63,5%

    03 23,3% 5,0% 7,1% 1,3% 0,2% 0,1% 63,1%

    04 24,3% 3,8% 5,5% 1,0% 0,3% 0,1% 65,1%

    05 24,7% 3,8% 5,8% 1,2% 0,1% 0,1% 64,5%

    06 24,3% 3,8% 5,7% 1,4% 0,3% 0,0% 64,7%

    07 24,3% 4,3% 5,9% 1,8% 0,3% 0,0% 63,6%

    09 25,9% 5,1% 5,5% 1,7% 0,4% 0,0% 61,4%

    10 27,7% 5,4% 5,6% 1,8% 0,4% 0,3% 58,8%

    11 27,9% 5,1% 4,8% 1,2% 0,4% 0,3% 60,3%

    12 27,4% 5,8% 5,8% 1,2% 0,3% 0,5% 59,1%

    13 28,1% 6,1% 5,8% 1,3% 0,3% 0,3% 58,2%

    14 28,2% 6,7% 7,5% 1,6% 0,3% 0,3% 55,4%

    16 28,0% 6,2% 7,3% 1,3% 0,4% 0,3% 56,6%

    17 27,1% 6,3% 8,0% 1,5% 0,6% 0,3% 56,3%

    18 29,2% 6,1% 7,8% 1,6% 0,8% 0,2% 54,5%

    19 31,2% 6,7% 8,3% 2,4% 0,8% 0,1% 50,5%

    20 33,0% 7,1% 7,8% 2,8% 0,8% 0,0% 48,4%

    21 32,2% 8,8% 8,2% 3,2% 1,2% 0,1% 46,4%

    23 32,8% 9,7% 7,6% 2,6% 1,1% 0,2% 46,2%

    24 31,6% 7,9% 7,5% 2,1% 1,2% 0,3% 49,5%

    25 32,8% 7,8% 7,1% 2,4% 1,2% 0,3% 48,5%

    26 32,3% 7,0% 7,0% 2,8% 1,5% 0,2% 49,2%

    27 33,1% 9,1% 6,6% 3,2% 1,5% 0,2% 46,4%

    28 32,4% 10,3% 7,7% 3,1% 1,5% 0,4% 44,7%

    30 31,5% 12,0% 7,3% 2,8% 1,2% 0,4% 44,8%

    31 30,9% 11,8% 7,1% 2,7% 1,0% 0,4% 46,2%

    01 31,4% 12,2% 7,7% 2,8% 0,8% 0,1% 45,2%

    02 31,3% 11,8% 7,9% 3,5% 0,9% 0,2% 44,4%

    03 33,1% 10,9% 8,2% 3,3% 1,1% 0,2% 43,3%

    04 32,9% 11,1% 8,3% 3,5% 1,0% 0,3% 42,9%

    06 34,4% 10,8% 9,3% 3,8% 0,9% 0,3% 40,4%

    08 33,3% 10,6% 10,3% 4,5% 0,8% 0,3% 40,3%

    09 32,8% 10,3% 9,1% 5,1% 1,2% 0,1% 41,5%

    10 33,0% 9,6% 8,7% 5,4% 1,3% 0,2% 41,8%

    11 32,9% 10,4% 8,8% 5,4% 1,7% 0,3% 40,5%

    13 33,9% 11,4% 8,5% 5,2% 1,6% 0,3% 39,2%

    14 35,4% 12,3% 7,8% 4,7% 1,3% 0,1% 38,5%

    15 37,2% 13,8% 6,6% 4,7% 1,2% 0,1% 36,6%

    16 38,3% 13,9% 7,9% 3,9% 1,2% 0,2% 34,7%

    17 36,8% 14,5% 8,2% 4,4% 1,3% 0,3% 34,6%

    18 36,0% 13,9% 9,0% 4,9% 1,1% 0,3% 34,8%

    20 36,4% 14,0% 7,4% 5,8% 0,9% 0,2% 35,3%

    21 36,3% 14,2% 7,8% 5,3% 1,0% 0,1% 35,3%

    22 38,9% 15,4% 7,8% 4,4% 0,8% 0,1% 32,5%

    23 39,0% 16,3% 8,0% 4,9% 1,1% 0,3% 30,4%

    24 40,3% 16,3% 7,4% 5,2% 1,2% 0,3% 29,4%

    25 39,0% 16,1% 7,5% 5,8% 1,3% 0,3% 30,2%

    27 39,0% 16,2% 9,4% 5,5% 1,4% 0,3% 28,2%

    28 38,1% 17,7% 10,5% 5,2% 1,3% 0,6% 26,7%

    29 38,5% 18,1% 11,1% 5,6% 1,5% 0,6% 24,7%

    30 40,4% 20,1% 9,8% 5,8% 1,5% 0,6% 21,8%

    41,6% 21,1% 9,3% 6,8% 2,6% 0,4% 18,2%

    SE

    TE

    MB

    RO

    01 / OUTUBRO

    DIA

    JU

    LH

    OA

    GO

    ST

    O

    Na pergunta com

    resposta espontnea, o

    entrevistado cita o

    nome de quem

    pretende votar sem o

    estmulo de nenhum

    recurso verbal ou visual

    (cartela). Ela deve ser

    realizada em uma nica

    opo e logo no incio

    do questionrio para

    que no haja nenhum

    contgio. A pergunta da

    tabela ao lado foi

    formulada da seguinte

    maneira: Para qual dos

    candidatos a prefeito de

    Manaus voc pretende

    dar o seu voto nesta

    eleio?.

    Os primeiros nmeros

    coletados indicavam no

    dia 21/7 que 71,5% dos

    eleitores estavam

    indecisos. Apenas 10

    dias depois, em 31 de

    julho, esse percentual

    caiu para 63,8%, ou

    seja, aproximadamente

    58.000 eleitores se

    decidiram por um

    candidato. Em agosto,

    o nmero de indecisos

    caiu para 46,2%. Em

    setembro, atingiu

    21,8%, isto , cerca de

    176.000 eleitores

    definiram seu voto.

    Quarenta e oito horas

    antes da eleio ainda

    existiam 18,2% de

    eleitores que se

    declaravam indecisos e

    exatamente esse

    pblico que gerou a

    diferena entre os

    resultados das

    pesquisas e o resultado

    final da eleio.

    bom lembrar que os

    nmeros coletados na

    pesquisa espontnea

    sempre sero menores

    que na estimulada.

    INFORMAO TUDO! PESQUISAS ELEIO 2004 MANAUS

  • 2928

    Durango Duarte

    Com a inteno de

    mostrar os nmeros de

    uma forma mais

    compreensvel e tornar

    a visualizao do

    desempenho dos

    candidatos durante

    todo o perodo eleitoral

    mais fcil, optamos por

    transformar os dados

    da tabela anterior em

    grficos de evoluo.

    Dividimos a tabela da

    pergunta espontnea

    em quatro seqncias

    de dados, sendo as

    duas primeiras (grficos

    1 e 2) apresentando os

    resultados de 16 dias

    cada uma e as outras

    duas (grficos 3 e 4)

    com 15 dias.

    As linhas, no grfico 2,

    indicavam claramente

    que nos cinco primeiros

    dias aps o incio da

    veiculao da

    propaganda eleitoral, os

    nmeros dos indecisos

    caam em mdia 2% ao

    dia, porm o

    indiciamento de Bosco

    Saraiva, Ari Moutinho,

    Isper Abrahim e

    Fernando Elias, como

    desdobramento da

    Operao Albatroz, fez

    com que p