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A construção de comunidades digitais é um eixo estruturante de diversas ações desenvolvidas no âmbito de projetos de inclusão digital do governo federal. Convergem neste eixo o Programa Nacional de Informática Educativa – o ProInfo da SEED/MEC e o Projeto GESAC do Ministério das Comunicações. Complementam-se ao garantir infraestrutura e formar cidadãos aptos a usar as TIC para acesso a informações, a serviços dos governos, para compartilhar e criar conhecimento. Reforçam- se mutuamente ao permitir o florescimento de iniciativas locais. Assumindo papel protagonista neste processo, a Universidade Federal de Ouro Preto coordena diversos projetos. Compreende que, junto com outras iniciativas, e moldando-as, a formação de professores da educação básica é determinante para garantir o ótimo uso dos recursos. Fruto de pesquisa desenvolvida pela universidade, o presente trabalho pretende ser um timão para ajudar o professor a navegar neste infomar. Graduou-se em Ciência da Computação na Universidade Estadual Paulista em 1993 e concluiu o mestrado em Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Campinas em 1996. Atualmente é professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de Ouro Preto, onde atua nas áreas de Informática na Educação e EaD, com ações de capacitação e inclusão digital junto aos professores das redes públicas de ensino. Neide das Graças de Souza Bortolini Graduou-se em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais em 1992 e concluiu o mestrado em Literatura Brasileira na mesma universidade em 1999. Atualmente é professora do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP. Atua nas áreas de Saúde e Educação nos cursos de Licenciatura, com destaque na formação de professores em Arte-Educação. Exerce a Coordenação Geral do “Mambembe - Música e Teatro Itinerante”, projeto de extensão da UFOP. Fernando Cortez Sica Informática e Educação um dialogo essencial ´

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A construção de comunidades digitais é um eixo estruturante de diversas ações desenvolvidas no âmbito de projetos de inclusão digital do governo federal. Convergem neste eixo o Programa Nacional de Informática Educativa – o ProInfo da SEED/MEC e o Projeto GESAC do Ministério das Comunicações. Complementam-se ao garantir infraestrutura e formar cidadãos aptos a usar as TIC para acesso a informações, a serviços dos governos, para compartilhar e criar conhecimento. Reforçam-se mutuamente ao permitir o florescimento de iniciativas locais.

Assumindo papel protagonista neste processo, a Universidade Federal de Ouro Preto coordena diversos projetos. Compreende que, junto com outras iniciativas, e moldando-as, a formação de professores da educação básica é determinante para garantir o ótimo uso dos recursos. Fruto de pesquisa desenvolvida pela universidade, o presente trabalho pretende ser um timão para ajudar o professor a navegar neste infomar.

Graduou-se em Ciência da Computação na Universidade Estadual Paulista em 1993 e concluiu o mestrado em Engenharia Elétrica na Universidade Estadual de Campinas em 1996. Atualmente é professor do Departamento de Computação da Universidade Federal de Ouro Preto, onde atua nas áreas de Informática na Educação e EaD, com ações de capacitação e inclusão digital junto aos professores das redes públicas de ensino.

Neide das Graças de Souza Bortolini

Graduou-se em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais em 1992 e concluiu o mestrado em Literatura Brasileira na mesma universidade em 1999. Atualmente é professora do Departamento de Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto - UFOP. Atua nas áreas de Saúde e Educação nos cursos de Licenciatura, com destaque na formação de professores em Arte-Educação. Exerce a Coordenação Geral do “Mambembe - Música e Teatro Itinerante”, projeto de extensão da UFOP.

Fernando Cortez Sica

Inform

ática e Educaçãoum dialogo essencial

´

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Sica, Fernando Cortez.Educação e Informática: um diálogo essencial / Fernando

Cortez Sica, Neide das Graças de Souza Bortolini. – Ouro Preto: Universidade Federal de Ouro Preto, 2007.

58 p. : il.

ISBN: 978-85-907445-0-4

1. Tecnologia educacional. 2. Ensino auxiliado por computador. 3. Informática na educação. 4. Formação de professores. I. Souza Bortolini, Neide das Graças de. II. Título.

CDU: 37:681.31

Agradecimentos

Ao professor Américo Tristão Bernardes, coordenador do projeto Inclusão Digital Baseada

na Educação e Pesquisa.

À nossa simpática equipe de monitores,os pioneiros desse processo educacional,

juntamente conosco:

Leonardo Sandi e Matheus Reis, Pamella Schefer e Renata Romanini.

À Professora Simone Intel® – Educação para o Futuro.

Aos professores da Casa do Professor – Prefeitura Municipal de Ouro Preto.

Universidade Federal de Ouro Preto

ReitorProf. Dr. João Luiz Martins

Vice-ReitorProf. Dr. Antenor Barbosa

ProjetoInclusão Digital baseada na Educação e PesquisaPró-Reitoria Extraordinária de Projetos Especiais

Pró-ReitorProf. Dr. Carlos Frederico Marcelo Cavalcanti

CoordenaçãoProf. Dr. Américo T. Bernardes

Revisão de portuguêsCélia Arruda

Projeto gráfico, capa e fotografiasSandra Arruda

Julho – 2007

Este projeto foi financiado com recursos da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação e do projeto Cidades

Digitais, financiado pelo Ministério das Comunicações

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Prefácio _______________________________________________________9

1 Informações Gerais _______________________________________ 15

1.1 Projeto do Curso __________________________________________ 15

1.2 Público-alvo _____________________________________________ 16

1.3 Objetivos _______________________________________________ 16

1.4 Metodologia _____________________________________________ 17

1.5 Programa do Curso ________________________________________ 18

2 Entre as duas margens: o curso! __________________________ 23

2.1 Margem esquerda: preceitos __________________________________ 23

2.2 Margem direita: outros conceitos ______________________________ 26

3 Funcionamento Básico de Computador, Internet e Editor de Texto _______________________________________________________ 33

3.1 Agenda 1º dia ____________________________________________ 33

3.2 Dinâmica de Grupo ________________________________________ 34

3.3 Funcionamento básico de um computador ________________________ 36

3.4 Ambientação ao Linux ______________________________________ 38

3.5 Formas de pesquisa na Internet ________________________________ 40

3.6 Editor de Texto ___________________________________________ 44

4 Manipulação de Planilha Eletrônica _________________________ 53

4.1 Agenda 2º dia ____________________________________________ 53

4.2 Dinâmica de Grupo ________________________________________ 54

4.3 Introdução à Planilha e Referenciando Células (coordenadas) __________ 56

4.4 Iniciando o Uso da Planilha __________________________________ 57

4.5 Introduzindo Fórmulas _____________________________________ 59

4.6 Inserindo outras Planilhas ___________________________________ 61

Sumário

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5 Projetos de Trabalho Pedagógico e de Pesquisa Educacional _ 67

5.1 Agenda 3º dia ____________________________________________ 67

5.2 Dinâmica de Grupo ________________________________________ 68

5.3 Como Diferenciar Projetos de Trabalho Pedagógico dos Trabalhos de Pesquisa Educacionais? _________________________________________________ 70

5.4 Estruturação de Projetos Educacionais __________________________ 72

5.5 Exercício em Duplas _______________________________________ 74

5.6 Sugestões de passos para inserir imagens _________________________ 77

6 Planejamento de Atividades Educacionais ___________________ 81

6.1 Agenda 4º dia ____________________________________________ 81

6.2 Introdução ______________________________________________ 81

6.3 Dinâmica de Grupo ________________________________________ 82

6.4 Planejamento de Atividades Educacionais ________________________ 84

6.4.1 Aula Expositiva ________________________________________ 84

6.4.2 Aula Expositiva Dialógica __________________________________ 84

6.4.3 Estudo do Meio ________________________________________ 85

6.4.4 Debate-discussão _______________________________________ 85

6.4.5 Laboratórios e Oficinas ___________________________________ 86

6.5 Exercícios ______________________________________________ 87

7 Processo de Avaliação das Atividades Educacionais _________ 91

7.1 Agenda 5º dia ____________________________________________ 91

7.2 Dinâmica de Grupo ________________________________________ 92

7.3 Debate ________________________________________________ 94

7.4 Apresentação de Trabalhos ___________________________________ 96

7.5 Avaliação do Curso ________________________________________ 96

7.6 Considerações finais _______________________________________ 98

Referências Bibliográficas ___________________________________103

Glossário ___________________________________________________107

Endereços (links) Úteis ______________________________________113

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Prefácio

A proposta de introdução das chamadas novas tecnologias na educação não é nova. Já se vão mais de duas décadas em que esforços públicos e privados são feitos. Programas foram e são criados, sendo que um dos mais importantes é seguramente o Programa Nacional de Informática na Educação, o ProInfo da Secretaria de Educação a Distância do Ministério da Educação. Programa que rompeu governos e expandiu-se no atual, tem como um de seus eixos estruturantes a formação de professores.

Talvez este seja o maior desafio para essas iniciativas. Instalar equipamentos e criar redes de conexão talvez possa ser caro ou criar alguns desafios técnicos. Mas hoje certamente há tecnologias e conhecimento estabelecido que permitem modelar soluções para os mais diversos casos: de uma escola em uma localidade com energia elétrica e acesso à internet/banda larga a outra em local ermo, sem energia e nenhum acesso próximo à internet. Pode ser que as soluções não sejam as mais acessíveis do ponto de vista orçamentário. Podem faltar recursos, mas os modelos estão praticamente estabelecidos.

Dessa forma, acredito que o maior desafio é a formação de professores. E o maior obstáculo à introdução dessas tecnologias tem sido a escola mesma. Contraditoriamente, e muitas vezes diferente do discurso oficial, a escola vê como um complicador a instalação de um laboratório de informática, de tecnologias móveis ou propostas ainda mais inovadoras. A instalação de novos equipamentos é um problema, no sentido de que não fez parte do planejamento pré-existente. A sua utilização não está “naturalmente” prevista no calendário e nos programas escolares. Assim, em muitas escolas o uso dos equipamentos se dá de forma paralela ao desenvolvimento dos programas curriculares. Uma tarde ou um horário determinado para uso dos laboratórios. Um período em que as crianças e adolescentes podem se deliciar com a exploração do mais vasto mundo de informação já visto. Crianças e adolescentes que estão familiarizados com os computadores e que não se sentem atemorizados em frente deles.

Um fato importante nesse processo e na definição de política vem exatamente do ponto levantado anteriormente: pela primeira vez na história da humanidade, os aprendizes, os educandos têm domínio ou familiaridade com

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uma tecnologia que os mestres ou educadores têm certa dificuldade em usar ou mesmo em explorar.

Assim, qualquer política deve ter como uma de suas linhas de trabalho desmontar o mito que há por trás dos computadores, ou sobre a rede. Transformá-los numa ferramenta útil e importante. Transformá-los no que de fato há de mais importante neles: um portal de acesso ao conhecimento, à comunicação e à colaboração sem fronteiras e atemporal. Isso é a novidade. Não se trata simplesmente de uma calculadora mais versátil ou de uma máquina de escrever que corrige os erros de ortografia. O computador/internet é diferente de outras tecnologias introduzidas no século passado, como o rádio e a TV, que permitem apenas o recebimento de informações, sem a possibilidade de atuação direta em sua elaboração. Mesmo as variantes digitais, que permitem certo grau de interatividade, o fazem de forma muito tímida quando comparados com as potencialidades de um computador ligado à internet. Se pensarmos que os equipamentos tornam-se cada vez mais móveis, com recursos que usam e criam redes locais sem fio, vemos quão amplos se tornam nossos horizontes. Cria-se uma sala de aula do tamanho do mundo, e sem estar prisioneira a um horário fixo.

Não se coloca vinho novo em vasos velhos. A máxima cristã pode ser aqui rememorada, mais uma vez. É necessário, obedecendo a essa máxima, começar a construir o projeto da nova escola. Uma escola que tenha o sentido da ampliação de horizontes, que supere as noções restritas de nosso espaço-tempo cotidiano. E a professora e o professor são artífices fundamentais desse processo. Máquina nenhuma substituirá esses seres humanos. Sua humanidade é a fonte de força para essa mudança urgente. Sua cumplicidade é necessária para que emerja esse novo projeto.

O livro de Neide e Fernando que chega agora às suas mãos é resultado de esforço nessa direção. Fruto de um trabalho-piloto financiado pelo Ministério da Educação, executado na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, sob coordenação da Universidade Federal de Ouro Preto, este livro é voltado para o professor e a professora de ensino básico. Não se trata, portanto, de uma reflexão sobre a riquíssima experiência que autores e companheiros de projeto, bolsistas, professoras e professores das redes públicas de Ouro Preto, dirigentes da área educacional, em particular da Casa do Professor do município, tiveram ao longo desse período. Trata-se de um trabalho voltado para o professor e a professora, pensado para ele e para ela, para que ele ou ela possam ter a oportunidade de começar essa experiência.

Assim, é uma novidade. E deve ser saudada como tal. Normalmente, a bibliografia da área comporta trabalhos fundamentais sobre a formação dos

professores, reflexões sobre experiências e propostas de políticas. Mas poucos são de fato trabalhos voltados para o público final: professores e professoras de ensino básico. Não é um livro de informática, um curso introdutório de informática para professores. É uma introdução à elaboração de projetos pedagógicos em que o computador cumpre papel central.

Outra novidade que deve ser salientada é a estratégia de formação, a metodologia utilizada ao longo desse trabalho. Neide e Fernando exploram técnicas oriundas das Artes Cênicas como meio de relaxamento e ambientação, ao construir caminhos para a criação de um novo ambiente. Dígitos, digitar, digital, no fundo, tudo são dedos. Que formam mãos. Que têm dez dedos, base de nosso sistema decimal. Mas mais que nos capacitar a contar e a calcular, são mãos que nos capacitam a criar, a acariciar, a indicar direções e a acolher.

Este livro é seu, mas é de todos também. Pode ser copiado à vontade. Pode ser baixado da internet e impresso. Portanto, compartilhe-o. Veja-o, talvez, como um primeiro timão1. Afinal, “navegar é preciso”2.

Américo T. Bernardes

1 Roda ou volante com que se manobra o leme (Dicionário Houaiss).2 PESSOA, Fernando. Obra Completa. Rio de Janeiro: José Aguilar Ed. 1969.

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Informações Gerais

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1.1 Projeto do Curso

Considerando os diversos projetos de inclusão digital, sejam públicos, privados ou do terceiro setor, observa-se a necessidade de capacitação de professores no uso das tecnologias digitais, de forma a promover a educação continuada nos parâmetros da proposta sócio-interacionista. Há, portanto, o entendimento que o contato com o Laboratório de Informática seja vivenciado como espaço de troca de experiências em torno dos recursos que devem ser colocados a serviço da educação contemporânea de boa qualidade, acompanhando as exigências da formação cultural.

Buscando o melhor aproveitamento desses projetos, há que se considerar o grande índice de educadores da educação básica que se encontram pouco familiarizados com a utilização de ferramentas computacionais no dia-a-dia do processo pedagógico. Inúmeros professores necessitam de atualização em metodologias de construção de projetos educacionais ou de pesquisa. Assim, foi criado este texto, destinado a um curso introdutório, no sentido de deixar o professor da rede pública melhor preparado para o cumprimento de próximas etapas, mais exigentes para todos.1

Trata-se de iniciar uma aliança entre informática e educação de forma que o professor estabeleça um contato agradável com algumas ferramentas necessárias em sua trajetória profissional.

Considerando, ainda, a dimensão da pesquisa para o desenvolvimento de metodologias de ensino ou de formação continuada de professores, foram selecionados para tomar parte desse projeto discentes2 dos cursos de Ciências da Computação e de Artes Cênicas – Licenciatura, no intuito de desenvolver recursos educativos, investigando as perspectivas adotadas e analisando os resultados adquiridos. Em suma, esta é uma iniciativa pioneira de integração das áreas de Informática e Educação que se traduz em prática pedagógica e pesquisa e que deve incidir, em última instância, em melhorias na educação básica.

Este formato foi concebido para professores da educação básica que ainda não tiveram a oportunidade de ser incluídos digitalmente, nem de refletir sobre a

Informações Gerais 1

atalhos

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pedagogia de projetos. O presente trabalho Educação e Informática: um diálogo essencial visa proporcionar um encontro inicial, estimulante, dos educadores com algumas ferramentas da informática, de modo a favorecer situações de aprendizagem.

Em 2006, foram celebradas parcerias entre MEC/SEED e UFOP, com o apoio das redes municipal e estadual de educação, sendo suas ações executadas em projetos, como, por exemplo, o Ouro Preto, Cidade Digital. Docentes e discentes da universidade envolveram-se com o planejamento e a oferta de cursos para os educadores do Ensino Fundamental e Médio. O presente curso, fruto desse trabalho de pesquisa, é proposto para ser lecionado em 20 horas, sendo oferecido para turmas de 20 professores/cursistas, organizados em horários semanais. Trata-se de um curso de nivelamento3, facilitando o acesso às ferramentas da Informática, sobretudo do Sistema Linux, interligando-as aos processos educacionais: metodologia de construção de projetos, planejamentos de aulas e sistemas de avaliação.

A equipe composta para essa tarefa foi constituída por docentes e discentes (estagiários das áreas de Licenciatura e da Informática) de forma a priorizar um atendimento transdisciplinar capaz de propiciar a inclusão digital dos professores interessados, de forma dinâmica, agradável e eficaz. Tal projeto resulta, ainda, em uma integração pioneira com finalidades de pesquisa na área de inclusão digital.

1.2 Público-alvo

Professores da rede pública, na Educação Infantil, nos Ensinos Fundamental e Médio, Educação de Jovens e Adultos que necessitem adquirir conhecimentos básicos de utilização de ferramentas de informática aliadas aos processos educacionais. O curso também pode servir de etapa preliminar para processos mais aprofundados de formação de professores, tornando-se, por isso mesmo, uma alternativa para docentes ou mediadores de cursos de introdução à informática voltados para educadores do ensino básico.

1.3 Objetivos

[a] Geral

Propiciar o processo de inclusão digital de modo a permitir o uso inicial de tecnologias informatizadas nos processos educacionais a partir da concepção interacionista de aprendizagem.

[b] Específicos

- Propiciar a introdução ao uso de software livre na educação;

- Propiciar reflexão e construção de projetos e planos educacionais com o auxílio de ferramentas de escritório da informática.

1.4 Metodologia

Todos os conteúdos, tanto da área de informática, quanto da área educacional, são apresentados no formato de aulas dialógicas, ou seja, há uma apresentação inicial dos conteúdos, procurando dimensionar aquilo que os professores já conhecem sobre o assunto. Parte-se do princípio que os educadores já conhecem algo sobre as ferramentas da informática (mesmo que para alguns seja uma vaga idéia) e bastante do processo de ensino-aprendizagem. Desse modo, parte-se daquilo que o professor já sabe – Assimilação – e vai-se em direção daquilo que ele ainda não sabe – Acomodação –, configurando aquilo que foi denominado pela Epistemologia de Piaget ou pelo Interacionismo como processo de Adaptação.

Por outro lado, busca-se sempre o contexto político pedagógico dos professores que fazem parte do processo: a situação educacional e a comunidade escolar em que trabalham, as demandas emergentes ou latentes. Observa-se, portanto, os valores culturais, os temas mais relevantes e as necessidades mais urgentes desses educadores.

Em todas as aulas são utilizadas algumas estratégias de motivação, caracterizando-se, por vezes, como dinâmicas de grupo. É sabido que os professores vêm para cursos dessa natureza um tanto cansados pela rotina de trabalho, às vezes desmotivados por uma certa inércia conjuntural. Por isso mesmo é que são utilizadas estratégias de mobilização psicofísica, de modo a favorecer a prontidão ou o interesse do grupo pelo assunto. As dinâmicas de grupo, no início de cada encontro, surgiram dessa realidade.

O curso tem um caráter prático; logo, do início ao fim do curso há exercícios de construção de conteúdo educacional utilizando as ferramentas da informática: editor de texto, editor de planilhas, apresentador de slides, navegador da Internet etc. Cada unidade de conteúdo vem acompanhada de uma execução no computador, inspirada em um exercício de organização do trabalho educacional, necessário ao currículo atual seguido pelo professor.

Os exercícios são realizados em duplas, valorizando o que Vygotsky denominou de Zona de Desenvolvimento Proximal, ou seja, a realização de

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procedimentos que incentivam a aproximação do nível de desenvolvimento Real (aquilo que um sujeito é capaz de realizar sozinho) com o nível de desenvolvimento Potencial (as conquistas que são realizadas com a ajuda de outro sujeito, mas que poderão ser realizadas com autonomia).

O procedimento de avaliação é dinâmico, participativo, processual, uma vez que durante o desenvolvimento das unidades os cursistas são convidados a apresentar suas produções bem como suas dúvidas e sugestões de encaminhamento dos procedimentos. Ao final, o professor deve apresentar o material elaborado a partir das ferramentas que construiu para utilizar na prática pedagógica, fazendo uso do laboratório de informática de sua escola com seus alunos e colegas.

1.5 Programa do Curso

[a] Sistema Linux - apresentação e utilização inicial (08h/aula)

- Ambientação no Sistema Linux

- Ferramentas de Escritório

- Uso da Internet

[b] Construção de projetos pedagógicos e de pesquisa educacional (12h/aula)

- Projetos Pedagógicos & Projetos de Pesquisa

- Planejamento de Aulas

- Avaliação Educacional

Notas:1 Na proposta inicial, este curso foi criado para ser uma etapa anterior ao curso da Intel® – Educação para o Futuro.2 Os discentes colaboradores da área de Licenciatura em Artes Cênicas foram Pamella Schefer e Renata Romanini; da área de Informática foram Leonardo Sandi e Matheus Reis.3 Tal nivelamento fez-se necessário, pois propiciou ao cursista um contato inicial com o ambiente Linux e com a metodologia empregada no curso originalmente vinculado ao projeto: Intel® – Educação para o Futuro.

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Entre as duas margens:o curso!

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2.1 Margem esquerda: preceitos

Os professores da educação básica têm sobre si uma grande carga de responsabilidades. São responsáveis pelo processo de alfabetização, que abrirá inumeráveis possibilidades de construção de conhecimentos no desenvolvimento das crianças e adolescentes. São responsáveis pelo ensino de conceitos fundamentais em todas as áreas, a partir do desenvolvimento do raciocínio operacional concreto e formal. Além disso, em quase todo projeto pedagógico, um dos principais objetivos é o desenvolvimento da autonomia, mesmo que não se compreenda bem o profundo significado dessa dimensão. Envolvidos em um palco de exigências contemporâneas do ensino-aprendizagem, há sempre uma constante necessidade de formação ou de reciclagem. Nesse rol de exigências está a inclusão digital, não só porque a linguagem computacional é um dos recursos mais utilizados pela sociedade da informação, mas, também, por ser a informática uma das ferramentas fundamentais para os alunos que, junto com os professores, devem compor a sociedade do conhecimento.

Ao realizar o trabalho de preparação de um curso de introdução à educação e à informática, duas diretrizes serviram de orientação: a primeira é que a educação não deve estar a serviço da tecnologia, mas o contrário - o bom uso de qualquer recurso tecnológico na educação depende do universo de conhecimentos de seu proponente, ou seja, do professor. A segunda diretriz é o fato de que o corpo está envolvido na aprendizagem desse recurso - informática, uma vez que em quase todos os cursos de formação de professores aborda-se o processo intelectual, negligenciando-se que uma grande parte do que se aprende passa pelo corpo. Sendo assim, em todos os encontros buscou-se primar pela reflexão educacional e por uma certa consciência de bem estar corporal, ambas proposições perpassando o uso instrumental do computador, da forma mais dialógica possível.

Nessa parceria entre os responsáveis pela formação, educadores que se dedicam ao entendimento dos procedimentos da computação ou da informática, aliados aos que tratam da construção de processos artísticos, surgiram algumas

Entre as duas margens: o curso! 2

atalhos

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estratégias de ação para o desenvolvimento do uso instrumental do computador a serviço da educação básica. Algumas dinâmicas de grupo ou jogos teatrais antes de se abordar a aprendizagem específica dos recursos do computador tiveram a função de acordar o professor cursista para as seguintes perspectivas:

- No processo de ensino-aprendizagem é necessário se dispor “de corpo & alma”. A referência ao ditado popular é uma maneira de compreender a dimensão cognitiva associada ao corpo, ou seja, mesmo quando se trata da formação do próprio educador, ainda que se trate de uma aprendizagem instrumental, é importante ressaltar a imprescindível aliança dos procedimentos motores da ação. Os processos de apreensão intelectual são, também, procedimentos corporais, não só no caso da aprendizagem da informática, mas, sim em todo o contexto educacional.

- Se a inclusão digital exige proficiências específicas e, muitas vezes, o professor cursista sente-se em condições desfavoráveis, haja vista que para muitos a primeira aula é justamente o primeiro contato com o computador, torna-se necessário um trabalho interacionista, ou seja, é necessário partir daquilo que o professor já conhece, em direção ao que ele precisa aprender. Os jogos, as dinâmicas iniciais, as motivações primeiras tiveram esse caráter de descontração; ao mesmo tempo, serviram de aquecimento para o trabalho que estava por vir. O professor possui uma árdua jornada de trabalho; logo, nos trabalhos de formação é imprescindível levar em consideração o prazer de estar refletindo, em grupo, novas possibilidades de aprendizagem. Foi por isso mesmo que foram incluídos alguns procedimentos lúdicos, motores da reflexão.

- Todos sabem que os espaços escolares são permeados por contradições de ordem social, ou política, resultando, por vezes, em espaço de conflito. Nesse sentido, não se pode negar as lacunas estruturais do ensino básico, nem suas conseqüências para os educadores. Logo, as aulas expositivas dialógicas, atreladas ao trabalho no próprio laboratório de informática, constituem oportunidades de reflexão acerca de procedimentos de ruptura ou de mudança para os professores que se entregam à proposta. É comum que se enfrentem resistências nesse processo, por isso a via lúdica pode ser uma boa saída, sem se perder de vista a possibilidade de transposição das aprendizagens, do espaço do curso de introdução para a prática cotidiana do professor, com seus próprios alunos, em contextos sócio-educacionais. Quem disse que aprender informática deve ser o exercício de uma técnica solitária e fria entre homem e máquina? Há uma aposta no exercício compartilhado (trabalho em duplas ou coletivo) e contextualizado, uma vez que é propósito do curso a construção de projetos pedagógicos que dialoguem com os reais e atuais interesses ou necessidades da comunidade educativa.

- Por muitas vezes, neste trabalho, o professor do ensino básico é nomeado educador, que poderia ressaltar uma certa tendência de leitura psicanalítica, aquela de construir perfis a partir do universo das palavras, ou dos significantes... Desse modo, vale lembrar que os professores estão envolvidos com processos de ação que por sua vez envolvem os problemas da existência na medida em que o ensino-aprendizagem implica tanto o saber como a dor de não saber. Tanto a presença quanto a falta de conhecimento colocam o sujeito diante da falta fundamental, aquela que angustia, mas que também move, para novos e diferentes espaços. Se assim é, também esta modesta proposta educativa, voltada para a iniciação desses educadores, não poderia fugir à regra: para dar os primeiros passos na utilização de recursos da informática na educação, são necessárias disponibilidade, perseverança, criatividade e, sobretudo, autonomia, para que haja efetiva apropriação de saberes, seja nesta proposta ou em qualquer outra área de formação. Vale lembrar que, mesmo com todo esforço no sentido de fazer o corpo do educador presente, intermediando uma aprendizagem técnica com conteúdos educacionais, às vezes de forma lúdica, mesmo assim o aprendizado estará condicionado à dimensão do desejo do sujeito, sobretudo ao desejo de mudar, com tudo que daí possa advir.

Uma vez que o educador tem a oportunidade de suprir uma lacuna de sua formação, o uso de recursos da informática serve para melhor se organizar... O conhecimento das possibilidades da Internet, que serve para se vencer fronteiras e ampliar acervos de informações e conhecimentos, bem possivelmente atrela-se à construção da autonomia e ao exercício da cidadania. O ensino-aprendizagem só pode existir junto ao prazer de pesquisar, trazendo o diálogo com o universo de possíveis saberes que se transformam e resultam em melhorias para a comunidade. Que os educadores desfrutem dos novos sabores, encontrando melhores estratégias de aprender e propor a re-construção de conhecimentos.

A mescla entre “corpo & alma” e “educação e informática” fez pensar, ainda, nos trabalhos do pintor russo Kandinsky com suas inúmeras cores e formas tão abstratas... Sua diversidade de pequenos elementos coloridos parecem constituir uma polissemia figurativa, lembrando não só a complexidade dos sistemas da informática, seu modo de funcionamento, conciliando microestruturas e macroestruturas, bem como as redes de interação humanas, ainda mais misteriosas. Também em Kandinsky encontra-se a (des)harmonia na diversidade ou na pluralidade de traços, formas e cores, em movimento? Às vezes as formas abstratas parecem simular homens, às vezes máquinas, ou são os olhos subjetivos que desejam movimento que conferem tais sentidos a essas imagens? Tudo isso elucida o universo complexo das relações educacionais, que neste caso pretende ser um impulso para se vencer a inércia, em seus inumeráveis elementos

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de ação. O fato é que, pelas mãos do artista, essa diversidade encontra equilíbrio – sem negação da diferença de seus componentes –, e beleza, proporcionando agradável apreciação. Desse modo, as imagens do autor foram inspiradoras nessa abordagem do tema. Seria também esse o propósito deste trabalho, inquietação frente à inércia no que diz respeito à aprendizagem do uso de ferramentas da informática, aliadas da educação, bem como o desejo de um agradável encontro entre educadores.

2.2 Margem direita: outros conceitos

Os termos interacionismo, colaboracionismo e cooperativismo às vezes se confundem sob o ponto de vista de aplicabilidade no âmbito da educação, porém são distintos e complementares na busca de que os alunos possam ser agentes e não simplesmente expectadores passivos no processo de ensino-aprendizagem.

Na sociedade contemporânea, onde o fluxo de informações é demasiadamente grande, há a necessidade de se aplicar estratégias de modo que os alunos possam refletir, (des)(re)construir conhecimento, de forma a aplicar as noções de autonomia e de coletividade, conjuntamente. Além do alto fluxo, pode-se mencionar que a quantidade de informação per capita também é relativamente grande devido à alta disponibilidade proporcionada pelas facilidades de manuseio oferecidas pela tecnologia da informação. Na sociedade contemporânea, o fluxo de informações é imenso, logo há necessidade de estratégias que levem alunos e educadores a refletir, a (re)construir conhecimento de forma pessoal e coletiva.

Barthes, em sua clássica Aula, lembra que para aprender é necessário desaprender, em uma referência aos processos contínuos de linguagem. Por isso mesmo, a dimensão da cognição não se limita à decodificação de significados, mas refere-se ao deslize de significantes, que re-configuram, a todo tempo, a realidade. Nesse sentido, aprender é re-significar o real, restando sempre a incompletude ou o desejo de aprender.

Atualmente, as escolas vêm sendo equipadas com recursos audiovisuais e de informática. Isso obriga a desaprender certos procedimentos didáticos para inventar outros com a possibilidade de se utilizar novas tecnologias da informação e da comunicação (NTICs), ou seja, ampliam-se as possibilidades de leitura e contato com a realidade. Somente os recursos tecnológicos não bastam para se lançar na profusão de significados que auxiliam na busca de entendimento da realidade, que está sempre diante de nós, cada vez mais próxima e ao mesmo tempo distante... É imprescindível a presença de educadores sensíveis para o aprofundamento de reflexões e o desenvolvimento de novos posicionamentos ou

ações diante da realidade. Em resumo, somente novas tecnologias não bastam para se educar sujeitos críticos e capazes de analisar a profusão de informações contemporâneas.

A condição para aprender está relacionada aos processos cognitivos e afetivos que possibilitam aos sujeitos recriar os conhecimentos, já que os processos de comunicação conscientes são envolvidos por processos inconscientes, ultrapassando as relações de causa e efeito, tão ingênuas para se pensar a educação. Ou seja, o professor ensina e nem sempre o aluno aprende. Há mais complexidade e riqueza no ato de educar do que poderiam supor os procedimentos de inovação tecnológica, que por si só são insuficientes para influir nos processos de construção sociocultural. Nesse sentido, o que está em jogo não é a aprendizagem de uma técnica, mas a apropriação de um sistema de linguagem, sempre aquém ou além de nós mesmos.

A existência de recursos tecnológicos permite coletar e fazer uso das informações com maior facilidade e eficiência, ou seja, torna-se possível capturar, armazenar, organizar, pesquisar, recuperar e transmitir saberes com maior dinamismo. As ferramentas tecnológicas para auxiliar na veiculação da informação e sua possível transformação em conhecimento permitem reproduzir ou re-configurar as informações de uma forma mais rápida, mais rica, facilitando melhor entendimento e compreensão da realidade encontrada, auxiliando nas ações e tomadas de decisão. Os recursos tecnológicos podem ser classificados segundo sua funcionalidade, dentre as quais podem ser destacadas: ferramentas para análise, avaliação e transformação; ferramentas para interação e comunicação interpessoal e ferramentas para o suporte à aprendizagem.

As ferramentas tecnológicas utilizadas para analisar, avaliar e transformar a informação em conhecimento permitem formatar as informações de acordo com o público-alvo. Desta forma, consegue-se melhor entendimento e compreensão da realidade transmitida, além de um auxílio nas tomadas de decisão e ação.

Por sua vez, as ferramentas tecnológicas de interação e comunicação interpessoal são aquelas que ampliam o estabelecimento e manutenção dos contatos. Elas atuam de maneira síncrona – pessoas interagindo no mesmo espaço-tempo, simultaneamente (como, por exemplo, nas salas de bate-papo) ou assíncrona, ou seja, interação realizada não simultaneamente (como, por exemplo, no e-mail). Essas ferramentas podem ser úteis na formação de redes de informação e comunicação, na formação de comunidades virtuais de interesses afins para que possa haver a discussão de idéias, teorias, ideologias ou até mesmo simples pontos de vista. O que se discute entre os educadores é que o mundo estaria, então, interligado por novas redes de interação favorecidas

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pelas NTICs (Novas Tecnologias de Informação e Comunicação). Contudo, o contraditório conceito de globalização se confunde com um mundo, ainda, apenas “televisionado”, ou seja, na verdade não há uma profunda compreensão da multiplicidade cultural e os inumeráveis sistemas de linguagem ou de conhecimento. Os jogos internacionais de poder ainda se interpõem aos diferentes saberes e à profundidade das conseqüências das desigualdades sociais, uma vez que o poder de saber não se reveste do poder de mudar.

Existe, ainda, uma categoria de ferramentas tecnológicas, voltadas para o processo de aprendizagem, que se encontra inserida na área da tecnologia da aprendizagem. Tal tecnologia oferece algum suporte ao desenvolvimento cognitivo, ou seja, o conjunto de técnicas destinadas a gerir, no sentido de preservar, atualizar e transmitir o conhecimento, tais como ontologias, mapas conceituais, blogs, redes de interação sociais, e wikis. Tal categoria, entretanto, corre o risco de confundir o processo de re-construção de saberes com um sistema tecnicista de condicionamento humano. O fato de participar de uma comunidade virtual, por si só, não traz garantias de acesso aos procedimentos de interação nem melhor compreensão da realidade. É preciso verificar até que ponto o narcisismo, um dos mais antigos traços humanos, ou novas formas de opressão e formação de consumidores vão sendo impostos, sob a égide de um pseudo conhecimento revelado em modismos caros, excludentes ou perversos. Um exemplo simples: ter um aparelho celular não pode ser garantia de melhor integração social e muito menos ícone de ascensão econômica. Ou seja, a existência das tecnologias não garante, sem o trabalho do educador, a socialização do acesso às diversas formas de conhecimento oriundas de diversas culturas.

Como mencionado anteriormente, metodologias devem garantir o acesso à informação e, também, garantir a abstração ou re-construção das informações. Uma estratégia para tornar o processo de ensino-aprendizagem mais eficaz consiste na adoção de metodologias que permitam que as interações (alunos-alunos e alunos-professor) sejam realizadas de forma colaborativa e cooperativa.

Diante disso, pode-se definir, de forma superficial, os termos colaboracionismo e cooperativismo:

- Colaboracionismo: o termo, no caso da educação, exprime a idéia de que as pessoas podem, por intermédio de um processo de comunicação, interagir com outras pessoas de forma a fornecer contribuições, ou seja, colaborar com o processo de aprendizagem dessas pessoas. Neste aspecto, há uma contribuição fechada, de modo que seja transmitida parte ou todas as informações inerentes a determinado conteúdo. Em tal modo de atuação, como o que ocorre na transmissão de um programa de TV, há uma interação unilateral, ou seja, há

somente a absorção das mensagens contidas na programação por parte do receptor, cabendo a ele analisar, abstrair e construir o seu conhecimento.

- Cooperativismo: no cooperativismo há a participação de todos os membros da comunidade para a construção, em conjunto, do conhecimento. Cada pessoa pode lançar uma idéia, ouvir as idéias das demais, reformular a sua com base no fluxo de mensagens lançadas no transcurso da discussão. Sendo assim, uma pessoa pode (re)construir dinamicamente a sua opinião frente ao assunto em construção. Esse tipo de interação ocorre em debates, mesas redondas, fóruns virtuais de discussão, onde há a participação efetiva de todos para convergir a um consenso, ou seja, para que o conhecimento possa ser construído cooperativamente.

Segundo este ponto de vista, pode-se incorporar, nas atividades educacionais, as NTICs de forma complementar, de modo a permitir maior participação, motivação, autonomia, segurança e poder de abstração por parte dos alunos para a construção de conhecimento. É necessário, portanto, que tais recursos estejam a serviço da cooperação e não se tornem ícones vazios, inovadores dos procedimentos da velha exclusão econômica, social e cultural.

Aqui neste livro, os preceitos de interação, colaboração e cooperação são abordados nas sugestões de dinâmicas e sugestões de observação ao professor. Desta forma, abre-se um canal de comunicação efetiva entre os envolvidos no processo educacional, fortalecendo o processo de autoria de projetos para a comunidade escolar. Outro ponto a ser ponderado é que, em diversas atividades, há a sugestão para que o próprio aluno possa observar o contexto, abstrair e tirar suas próprias conclusões. Essa metodologia favorece a autonomia, o senso crítico, a recriação de saberes e sua apropriação nas diversas realidades. Isso pode ser apenas o princípio, entretanto, urge vencer a inércia relativa à descrença no educador e iniciar, ainda que simplesmente isso, os processos de mudança.

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3Funcionamento Básico de

Computador, Internet e Editor de Texto

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tarefa

Agenda 1º dia

Este capítulo refere-se às atividades no primeiro dia do curso Educação e Informática: um diálogo essencial. Na ocasião, sugerem-se as seguintes atividades:

[a] Inicialmente, nos primeiros 10 minutos, deverá ser distribuído um papel para que a dupla escreva seus nomes, de modo a facilitar sua identificação (não somente pelo professor, mas também pelos demais cursistas). Esse papel pode ser dobrado e colocado em cima dos computadores de cada dupla, para melhor visualização.

Dinâmica: Os cursistas deverão se apresentar, mencionando o segmento de atuação no ensino, nome da escola na qual atua e as perspectivas deste curso.

[b] Dinâmica de grupo: sobre o ato de digitalizar (tempo sugerido 20 min).

[c] Funcionamento básico de um computador (tempo sugerido 15 min).

[d] Ambientação ao Linux (tempo sugerido 20 min).

[e] Noções de Internet e formas de pesquisa na Internet (tempo 40 min).

[f] Pausa para o café (tempo sugerido 15 min).

Após a introdução de como pesquisar na Internet, dar uma pausa para o café, pedindo para que os alunos pensem sobre um tema a ser pesquisado. É conveniente que tal tema se vincule ao projeto a ser construído, que será extraído de um interesse educacional. Os cursistas, após o café, terão cerca de 20 min. para pesquisar sobre o tema pensado, de modo a, depois, elaborar um documento com o conteúdo pesquisado.

[g] Manipulação de um editor de texto (tempo sugerido 2 horas).

Funcionamento Básico de Computador, Internet e Editor de Texto

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3.2 Dinâmica de Grupo

O início efetivo das atividades se dará pela participação em uma Dinâmica de Grupo que tem como tema o ato de digitar, a origem etimológica da palavra dígito, bem como a metáfora do trabalho com as mãos, lembrando o trabalho educacional coletivo. Digital: que se relaciona com os dedos ou que é produzido com os dedos...

Preparação e instruções: Convidar os participantes para a dinâmica, disponibilizando o corpo, silenciando a voz, colocando-se em duplas, sentados nas cadeiras colocadas uma diante da outra, de modo que a distância entre as pessoas seja de aproximadamente 20 cm. Em seguida, de forma pausada e tranqüila, com a própria respiração equilibrada, dar as seguintes sugestões:

Neste primeiro momento, coloque-se em uma posição confortável, relaxe braços e pernas... Deixe-os descruzados. As mãos soltas sobre as coxas e as pernas apoiadas no chão. Feche os olhos, mesmo estando diante de seus colegas, e convide o corpo a relaxar. Preste atenção no seu ritmo respiratório, por alguns instantes... Observe se sua respiração está rápida ou lenta, se é uma respiração profunda ou superficial... (marcar cerca de um minuto no relógio). Em seguida, inspire por três vezes, lenta e profundamente. Relaxe! Observe as partes do corpo que estão tensas e convide-as a relaxar. Descanse por uns instantes (marcar outro minuto no relógio, ou observar quando todo o grupo conseguiu se posicionar corporalmente, de forma visivelmente mais serena, mais tranqüila);

Em seguida, sem pressa, sem abrir os olhos, dê as mãos ao colega que está diante de você. Disponibilize suas mãos para o contato. Observe a temperatura, o formato das mãos, a textura das mãos. Estabeleça contato com as mãos, buscando conhecer e deixar-se conhecer pelas mãos (pausa, cerca de um a dois minutos, a partir da observação da entrega do grupo. Se houver pessoas ansiosas, lembrá-las de prestar atenção na respiração e a disponibilidade das mãos nos contatos sociais: é com as

mãos que cumprimentamos as pessoas, logo, vamos nos dispor a esse contato, abrimos ou fechamos as portas, escrevemos etc.);

Nesse terceiro momento, convido-os a massagear as mãos de seu colega de trabalho. Com as pontas dos dedos vá fazendo movimentos circulares pequenos, pontuais, com uma leve e firme pressão... Os movimentos podem crescer... Procure atingir toda a extensão das mãos... Varie os movimentos... Brinque com as mãos de seu colega... Procure proporcionar descontração... Use a criatividade... (Deixe que a experimentação dure alguns minutos). Aos poucos, vá se despedindo das mãos do companheiro para dar continuidade aos trabalhos. Podem abrir os olhos, sem pressa, olhar suas mãos, o colega e trocar com ele algumas palavras, se houver necessidade (Pausa. Observe o grupo, veja se todos já encerraram o contato e o breve diálogo).

Encerramento: refletir com o grupo as seguintes questões: Foi possível relaxar através do exercício respiratório? Como foi o contato com as mãos? Vocês se sentiram à vontade em tocar o outro? O que sentiram? Como foi a massagem? Como é usar as mãos para digitar? Será possível tocar o outro com nosso trabalho? Vocês percebem a importância de ter um corpo relaxado, uma boa postura? Isso é fundamental quando for usar o computador... Explorar essas questões e depois encerrar com o convite a pensar a escola como lugar de trocas sociais e construção de conhecimentos, ou seja, de parcerias educacionais. Se for possível falar de uma era digital, é preciso lembrar que ela não se contrapõe à real necessidade da valorização das interações humanas.

dinâmica dinâmica

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3.3 Funcionamento básico de um computador

Um computador é formado por diversos componentes, dentre os quais pode-se destacar: vídeo, teclado e console (gabinete). Por sua vez, o gabinete não se restringe à CPU (central processing unit), mas também compreende outros componentes como memória, HD etc.

Neste momento, o professor deve mostrar aos alunos os componentes, identificando-os e dando informações gerais de seu funcionamento.

Para que o computador execute os programas, estes têm que ser carregados na memória principal do computador, memória RAM. Sendo assim, pode-se identificar alguns componentes fundamentais que compõem o computador:

[a] CPU (Unidade Central de Processamento – em inglês: Central Processing Unit): é o componente responsável pelo processamento propriamente dito. São exemplos de CPUs: Pentium IV, AMD Athlon etc.

[b] Memória Principal: também conhecida como memória RAM (Random-Access Memory), é a parte responsável por armazenar os dados e os programas que estão sendo manipulados no momento. É uma memória volátil, ou seja, caso o computador seja desligado, todas as informações da RAM são perdidas. Por isso, é necessário gravar (salvar) no disco, por exemplo, o texto que está sendo digitado.

[c] HD (Hard disk): Também conhecido como winchester. É onde os dados ficam armazenados de forma a serem preservados mesmo quando o computador é desligado. O winchester grava os dados (como por exemplo, um texto) na forma magnética (de forma semelhante a uma fita VHS). Além dos textos, no disco também são armazenados os programas que os usuários podem executar.

[d] Barramentos: funcionam como fios internos ao computador para que os dados sejam transferidos por entre os componentes do computador.

[e] Periféricos: são representados pelo teclado, mouse, impressora, vídeo etc. Por meio dos periféricos os usuários podem introduzir informações, imprimir textos e, enfim, interagir de forma mais ampla com o computador.

Para ficar bem claro, focar mais sobre as funções da memória principal como sendo o local onde os programas em execução ficam temporariamente armazenados, assim como os textos sob digitação. Por sua vez, o HD armazena os textos salvos assim como os programas prontos a serem executados. Para ficar mais claro, o professor deve fazer um paralelo da memória principal com nossa mente: o cérebro processa informações armazenadas. Porém para armazenar no cérebro, temos que ler de algum livro, escrever em algum caderno e assim por diante, ou seja, usar de uma estratégia paralela que facilite a memorização.

Porém, para que o computador funcione, deve haver o gerenciamento da eletrônica (hardware), por exemplo, gerenciar a leitura dos dados armazenados no HD, gerenciar a execução dos programas, gerenciar a transferência de dados da Internet e assim por diante. Este gerenciamento é realizado por intermédio de um programa (software) denominado Sistema Operacional. Como exemplos de Sistemas Operacionais, temos o Linux e o Windows. Tais sistemas são compatíveis entre si em relação à funcionalidade e, também, muitas semelhanças possuem em relação à interface (a tela de apresentação) e à forma de interação/uso.

Um ponto importante a ser destacado é que o Linux segue a filosofia de software livre. Sendo software livre, tem muitas peculiaridades, como por exemplo, a não necessidade de pagar licença (resultado: economia para o público em geral, para a Secretaria de Educação, para as empresas etc.). Existem muitas “versões” de Linux (chamadas de distribuições), como por exemplo: Metasys (Governo de Minas Gerais), Kurumin, Muriqui, Debian etc.

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Exercício: Neste momento, pedir para os alunos mencionarem o que se pode fazer com um computador, tanto no aspecto educacional quanto no aspecto pessoal. Desta forma, estabelecer relações com as possíveis aplicações, tais como:

- comunicação: messenger, skype, e-mail, chat etc;

- educacionais: plataformas de suporte a EaD (e-proinfo);

- jogos;

- compras, serviços bancários;

- organização pessoal;

- pesquisa, edição de textos/programas educativos/educacionais;

- outros.

Em suma, o cursista deve ser orientado a responder, também, às seguintes questões:

- Para que servem as ferramentas de informática no trabalho do educador?

- Qual o sentido de se utilizar o computador na escola?

- Qual é o seu conhecimento das ferramentas da informática?

3.4 Ambientação ao Linux

Conforme já mencionado anteriormente, o ambiente do Linux em muito se assemelha ao ambiente de outros sistemas operacionais, como por exemplo, o Windows. Os dois ambientes podem ser manipulados através de elementos gráficos como:

ícones: figuras representando pastas, programas etc;

menus: para que se possa escolher um programa ou uma ação a ser realizada;

barra de tarefas: local onde estão localizadas as referências dos programas em execução e os menus principais.

A figura 3.1 ilustra a interface do Linux Educacional do MEC. Na referida figura, nota-se a presença dos ícones no lado superior esquerdo, a barra de ferramentas, localizada na base da figura e, finalmente, um menu, no lado inferior esquerdo da figura.

Figura 3.1 – tela genérica do Linux Educacional do MEC

Neste momento, mostrar a tela do Linux e atentá-los para as semelhanças em relação à interface do Windows (ícones, barra de tarefas etc.). Fazer com que eles percebam o destaque do botão “Menu” (fazer uma analogia com o botão “Iniciar” do Windows... Lembrá-los de que, se ele está destacado, significa que é importante!...). Fazê-los atentar ao fato de o menu estar dividido em grupos de programas e verificar tal divisão.

Convém salientar que, apesar de ser apresentada a tela do Linux Educacional do MEC, as demais distribuições seguem o mesmo padrão de distribuição dos elementos apresentados: ícones, menus e barra de ferramentas.

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Mencionar as funções de algumas ferramentas do menu e ícones da barra de tarefa como: Navegador Internet, gerenciador de arquivos.

Dinâmica: Deixar os alunos, por cerca de 15 a 20 min, acessar o ambiente, permitindo-lhes entrar, por exemplo, nos sites do RIVED, TV Escola etc. Chamar atenção ao item Educativos do Menu, apresentando-lhes opções de programas que poderão ser utilizados no ambiente educacional.

3.5 Formas de pesquisa na Internet

Segundo a Wikipedia: “A Internet é um conglomerado de redes em escala mundial de milhões de computadores interligados que permite o acesso a informações e todo tipo de transferência de dados. A Internet é a principal das novas tecnologias de informação e comunicação (NTICs). Ao contrário do que normalmente se pensa, Internet não é sinônimo de World Wide Web (WWW). Esta é parte daquela, sendo a World Wide Web, que utiliza hipermídia na formação básica, um dos muitos serviços oferecidos na Internet. A Web é um sistema de informação mais recente que emprega a Internet como meio de transmissão.”

Falar que Wikipedia é uma enciclopédia construída pelos próprios usuários da Internet, ou seja, é um site totalmente interativo, onde o usuário pode pesquisar sobre um tema e, também, contribuir na formação do conhecimento, ou seja, introduzir termos e explicações.

Conforme já descrito na definição da Internet pela Wikipedia, convém salientar que, com a Internet, pode-se fazer muito mais do que simplesmente acessar sites. Dentre os inúmeros serviços suportados pela Internet, temos, por exemplo: correio eletrônico (e-mail), transferência de arquivos, comunicação tipo mensagens instantâneas (como o Microsoft Messenger), telefonia na Internet (como Skype), rádios e TVs que utilizam a Internet para enviar suas programações.

Para acessar os sites, há necessidade de abrir um programa para navegar pela Internet. Tal programa é chamado de navegador de Internet (ou, em inglês, Internet Browser). Como exemplos de navegadores, temos: Mozilla Firefox, Konqueror e Internet Explorer, este último específico para o ambiente Windows.

Fazê-los procurar pelo programa correto, no caso, o Konqueror. Induzi-los a abrir o botão “Menu” e acessar o grupo correto. Falar sobre os termos “navegar” para que eles achem o programa “Navegador”.

Para “navegar” pela Internet, são necessários alguns conceitos, tais como:

endereço (ou URL): é a localização do site; assim como temos os endereços de ruas, um site também deve ter um para que os usuários consigam acessar o que necessitam;

sites: foi aqui mencionado muito a palavra site, mas segue, agora, uma definição. Site é um conjunto de páginas da Internet. O site representa um domínio de uma instituição (empresa, universidade, portais e assim por diante). Por exemplo, o site da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP – endereço: www.ufop.br) é formado por páginas (pages ou homepages) que descrevem os cursos existentes, páginas que descrevem a estrutura administrativa, outras que oferecem serviços acadêmicos aos alunos e professores e assim por diante;

links (ou hiperlinks): é a forma de conectar um assunto ou uma certa localização dentro da página ou com uma outra página. Um link é, geralmente, identificado na página como um termo sublinhado. Ao “clicar” neste link com o mouse, o navegador abrirá uma nova página com o conteúdo indicado pelo link.

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Neste momento, deve-se abrir um site qualquer e mostrar os links, endereço aberto. Aproveitar para mostrar, também, os botões mais comuns no navegador, como: as setas para frente e para trás, recarga (reload), parar a transferência. Mencionar, também, que quando o usuário for clicar sobre um link, ele poderá fazê-lo com o botão direito do mouse para que possa abrir o link em uma nova janela, sem perder a visualização da janela anterior.

Há vários endereços interessantes de sites, que variam desde páginas pessoais, museus, bibliotecas, centro de pesquisas, prefeituras, empresas até sites de resumo de novelas.

Dinâmica: Deixar os alunos acessarem a Wikipedia (www.wikipedia.com) para que possam ter uma noção do que seja o site. Pode-se, também, fornecer um endereço de algum site que seja do interesse coletivo dos cursistas.

Falar para abrir o Google e perguntar como eles fariam para pesquisar sobre, por exemplo, Machado de Assis. Analisar a resposta e falar o que ocorre quando não se coloca aspas. Sem aspas, a pesquisa resultará em qualquer documento sobre machado (ferramenta, por ex.), qualquer documento sobre Assis (São Francisco, cidade de Assis em SP, cidade de Assis na Itália) etc. Como restringir a busca? Colocar o nome Machado de Assis entre aspas.

Em seguida, adicionar um termo para restringir mais a pesquisa, por exemplo, Dom Casmurro. Mencionar que caso seja colocado: “Machado de Assis” “Dom Casmurro”, o site retorna tudo sobre Machado de Assis sem necessariamente vincular com “Dom Casmurro”. Então, como fazer para o

Falando em sites, existem aqueles específicos para pesquisa de conteúdo. Pode-se encontrar diversos sites com esse propósito, tais como:

- www.google.com- www.cade.com.br- www.altavista.com

A figura 3.2 exibe a tela do navegador Konqueror, na qual pode-se identificar seus principais elementos.

resultado da pesquisa conter, conjuntamente, os termos “Dom Casmurro” e “Machado de Assis”? Resposta: colocar no conteúdo para a busca: +“Machado de Assis” +“Dom Casmurro”.

Finalmente, falar que, caso venha como resposta muitos links de livrarias com preços de livros e seja desejável retirar as referências com a palavra preço, o que fazer? Induzi-los a pensar sobre o sinal de + e fazê-los chegar à conclusão de que, caso um item necessário seja representado com um sinal de +, um item que deve ser excluído deve aparecer precedido de um sinal de subtração, sendo assim, ficaria: +“Machado de Assis” +“Dom Casmurro” -preço.

Figura 3.2 – Tela do navegador Konqueror

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3.6 Editor de Texto

Dinâmica: Conforme mencionado no roteiro desta unidade, antes de entrar na explicação do editor, dar cerca de 20 min. para que os alunos possam pesquisar sobre o tema, que será convertido em um plano de aula. O conteúdo digitado será convertido em arquivo para que, depois, possa ser utilizado nas demais unidades deste curso introdutório.

Um editor de texto é um programa (software) que visa fornecer recursos ao usuário de modo que ele possa criar seus textos (documentos). Em tais documentos, pode-se inserir, além do texto propriamente dito, figuras, tabelas, notas de rodapé e outros itens de conteúdo e de formatação.

Existem diversos editores disponíveis para o ambiente Linux, dentre os quais pode-se destacar o OpenOffice Writer. O referido editor de texto tem funções análogas ao editor de texto Microsoft Word (que pertence ao conjunto Microsoft Office). O OpenOffice é um software que segue a filosofia de software livre e tem versões disponíveis tanto para o Linux quanto para o Windows.

A figura 3.3 exibe a tela básica do OpenOffice Writer. Nota-se a presença de grupos de menus localizados na parte superior da tela e, também, ícones cuja função é facilitar a manipulação de alguns itens presentes nos menus (por exemplo, aqueles mais acessados).

Figura 3.3 – Tela do OpenOffice Writer

Funcionalidades básicas dos menus:

- Menu Arquivos: contém operações de arquivos, como “abrir”, “salvar”, “salvar como” e “imprimir”;

- Menu Editar: permite realizar operações de edição dentro do texto, através de comandos para cópias de texto (copiar e colar), procurar e substituir palavras e expressões, dentre outros;

- Menu Exibir: permite configurar a forma de visualizar o texto e o ambiente do editor, como por exemplo, inserir ícones na barra de ferramentas do editor, mudar o zoom de observação do texto e alterar a forma de visualização do texto;

- Menu Inserir: permite inserir elementos especiais, como figuras, áudio, seções, notas de rodapé e arquivos a serem anexados;

- Menu Formatar: através deste menu, pode-se alterar o formato, por exemplo, das letras (cor, tamanho etc.), do parágrafo, nos numeradores ou marcadores de tópicos e bordas e preenchimento das caixas de texto (figuras);

- Menu Tabela: manipula a criação, configuração e alteração de uma tabela;

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- Menu Ferramentas: disponibiliza ferramentas úteis para a edição, como por exemplo, a correção de palavras (grafia), contagem de letras e palavras e configuração do ambiente;

- Menu Janelas: facilita a navegação por entre as janelas abertas pelo OpenOffice, assim como a criação de novas e remoção de janelas previamente abertas;

- Menu Ajuda: contém o acesso para os textos de ajuda à utilização do ambiente.

Dinâmica: Fazer com que os cursistas acessem e iniciem o OpenOffice Writer. Convém não fornecer o caminho de como abrir o programa e, sim, induzi-los a procurar, dando-lhes a oportunidade de abstrair sobre a disposição dos itens do menu Iniciar, ou seja, fazer com que eles compreendam a qual grupo pertence o OpenOffice (grupo Escritório, por exemplo).

Mostrar, dinamicamente, os itens dos menus do OpenOffice, exibindo, ainda, os principais itens presentes na tela (régua, barra de ferramentas, ícones principais). Neste ponto, deve-se apresentar a forma de acesso aos menus sem a utilização do mouse (para quem se sentir mais à vontade com a manipulação direta através do teclado): basta pressionar, conjuntamente, a tecla ALT (localizada junto à barra de espaço) e a tecla destacada (sublinhada) do item de menu. Ressaltar que o pressionamento das duas teclas deve acontecer de forma simultânea e que pode ser conseguido apertando-se inicialmente, e mantendo-se pressionada, a tecla ALT para, depois, pressionar a tecla correspondente ao item de menu. Após a abertura do menu, pode-se soltar ambas as teclas e caminhar pelo menu através das teclas direcionais (as setas para cima, baixo, esquerda e direita). Neste ponto, pode-se, ainda, pressionar as letras destacadas nos sub-menus, sem a necessidade de pressionar a tecla ALT.

Após a visão inicial dos itens mais importantes do editor de texto, cada dupla de cursistas estará apta a construir o seu primeiro texto. Este texto terá por objetivo organizar o material pesquisado na Internet durante os momentos anteriores da aula. Essa organização facilitará os passos seguintes do curso que terão como objetivo a elaboração de material de suporte às aulas.

Para tanto, antes do início da etapa de criação do texto, cada dupla deverá abrir uma pasta no computador no qual está trabalhando. Tal pasta abrigará todo o material elaborado pela dupla durante o curso introdutório. Convém salientar que uma pasta (ou diretório) é um local gravado no HD (disco rígido do computador), que poderá conter outras pastas e arquivos dos usuários. Fazendo-se uma analogia, é como se fossem caixas que poderão conter outras caixas ou itens (peças, objetos) armazenados.

A manipulação das pastas e arquivos pode ser realizada por intermédio de um programa gerenciador de arquivo. No Linux Educacional do MEC, esse programa pode ser acessado, no menu, através do ícone representado por uma casa, denominado “Pasta do Usuário – Arquivos Pessoais” (conforme ilustra a figura 3.4).

Figura 3.4 – Gerenciador de Arquivos no Linux

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tarefa !

ajuda ? ajuda ?

Nota-se, na figura 3.4, a presença de algumas pastas importantes, dentre as quais destacam-se as pastas mnt e home. A pasta mnt (mount) identifica a pasta que contém os periféricos de armazenamento, como por exemplo: pendrive, o disquete e o CD-ROM. O CD-ROM, em algumas distribuições, como o caso do Linux Educacional do MEC, pode aparecer como uma pasta isolada, como indicada na figura 3.4. Por sua vez, a pasta home representa a pasta que contém os arquivos criados pelos usuários. Cada usuário cadastrado no ambiente Linux tem uma pasta particular (identificada pelo nome do usuário) dentro da pasta home.

Dinâmica: cada dupla deverá abrir uma pasta para armazenar todo o material produzido durante o curso. A pasta deverá ser identificada pelo nome da dupla (ou o nome da pessoa, caso esta esteja trabalhando isoladamente). Sendo assim, a pasta terá a forma, por exemplo:

/home/maria_joao

Após uma explicação sumária de arquivos e pastas e, também, das funcionalidades básicas do editor, deve-se pedir aos alunos para elaborar um texto com uma síntese dos documentos importantes que acharam na Internet. Para tanto, o texto deverá ter o formato especificado a seguir.

O formato requerido para o texto que conterá os resumos dos documentos pesquisados na Internet será o seguinte:

Tema: colocar_aqui_o_tema_da_pesquisa

Data de pesquisa: dd/mm/aaaa

Nome aluno/dupla: colocar_aqui_o_nome_do_cursista_ou_da_dupla

Referência 1: http://endereço_da_Internet_da_primeira_página_pesquisada

Resumo: o cursista/dupla deverá colocar aqui um resumo do primeiro texto coletado da Internet, que poderá ser utilizado para compor as demais atividades do curso.

Texto extraído: aqui, os cursistas deverão copiar-colar algo que acharam relevante no texto coletado.

Referência 2: http://endereço_da_Internet_da_segunda_página_pesquisada

Resumo: o cursista/dupla deverá colocar aqui um resumo do segundo texto coletado da Internet, que poderá ser utilizado para compor as demais atividades do curso.

Texto extraído: aqui, os cursistas deverão copiar-colar algo que acharam relevante no texto coletado.

...e assim por diante em relação aos demais documentos coletados.

Neste momento, deve-se induzir os alunos a procurar pelos comandos para endentar, colocar marcadores, copiar-colar etc. Deve-se passar de aluno em aluno para verificar o avanço e dar-lhes as dicas, explicações cabíveis/necessárias.

O editor de textos é uma das primordiais ferramentas de escritório para o trabalho do educador. É essa ferramenta que substituiu as funções da máquina de escrever, com a vantagem que se pode mudar o texto inúmeras vezes, antes de ser impresso. Além disso, há inumeráveis possibilidades de formatação, correção, composição do texto, auxiliando a elaboração de projetos e planejamento de aulas, como se praticará nas demais atividades aqui propostas.

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Manipulação de Planilha Eletrônica

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Agenda 2º dia

Este capítulo refere-se às atividades no segundo dia do curso Educação e Informática: um diálogo essencial. Para a ocasião, sugerem-se as seguintes atividades:

[a] Dinâmica de grupo: Relaxamento dinâmico.

[b] Após a atividade de relaxamento descrita no item 4.2, sugere-se fornecer um tempo, por exemplo, de 30 min., para que o aluno atue um pouco no texto iniciado na aula anterior, de modo que se possam aumentar os recursos utilizados. Para tanto, o aluno deve ter a criatividade de pensar em complementações para que, ele mesmo, possa vincular formato, conteúdo e demais itens/métricas em seu próprio texto.

[c] Introdução à Planilha e Referenciando Células (tempo sugerido 15 min).

[d] Iniciando o Uso da Planilha (tempo sugerido 30 min).

[e] Introduzindo Fórmulas (tempo sugerido 60 min).

[f] Pausa para o café (tempo sugerido 15 min).

[g] Inserindo outras planilhas (tempo sugerido 90 min).

Manipulação de Planilha Eletrônica 4

atalhos

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4.2 Dinâmica de Grupo

Os professores costumam ser acometidos por stress advindo de muitas causas. Alguns exercícios físicos devem preparar o corpo para o trabalho, livrando-o de efeitos indesejáveis oriundos de esforços repetitivos, ocasionados pelo uso intensivo do computador associado a posturas incorretas. Lembre-se que as ferramentas da informática servem para ajudar a si mesmo e a seus alunos. Logo, procure realizar atividades físicas, técnicas de relaxamento, alongamento, aquecimento, também com seus alunos nos Laboratórios de Informática. São técnicas simples que devem ser utilizadas antes ou após duas horas de digitação.

Em roda, de pé, vamos buscar um relaxamento dinâmico.

Fechem os olhos por uns instantes. Mantenham-se concentrados nos exercícios, sem se importar com o olhar do outro... Convide o corpo a relaxar, respire lenta e profundamente... Inspire e Expire... (3 vezes).

Abra os olhos e observe a si mesmo... Sua postura corporal. O aquecimento se inicia com cada um dos pés... Eleve o pé esquerdo uns dez centímetros do chão; faça movimentos rotatórios, para o lado esquerdo e para o lado direito, lentamente, mobilizando a articulação... (Pausa) Apóie o pé esquerdo e erga o direito, repetindo o exercício com o pé direito.

Depois disso, observe sua respiração, coloque as mãos na cintura e flexione levemente os joelhos, mantendo sempre a coluna ereta. Repita algumas vezes... Volte à posição ereta. Relaxe.

Ainda com as mãos na cintura, leve a atenção até os quadris... Faça dois giros completos para um lado e para o outro, rebolando vagarosamente... Depois movimente o quadril para frente e para trás.

Consciência na coluna: permaneça com o corpo no mesmo lugar, e o tronco ereto. Inicie um leve balanço com os braços e gire todo o tronco, a cabeça acompanha, vire para um lado e depois para o outro, flexionando apenas as articulações dos pés, quando olhar para trás. Girando com todo o corpo para o lado direito, o

calcanhar esquerdo se eleva do chão. Girando para a esquerda, o calcanhar direito se eleva do chão. Rosto e tronco são levados pelos movimentos giratórios que partem da cintura, costas, dos braços para um lado, depois para o outro, bem soltos, com um leve balanço rítmico.

Com os braços e mãos elevados, pode-se esticá-los ao máximo em direção ao teto, sem tirar os pés do chão... Depois na ponta dos pés. Abra os braços e solte-os paralelos ao corpo.

As mãos podem ser aquecidas girando-as para um lado e depois para o outro, como fizemos com as articulações dos pés.

Eleve os ombros fazendo movimentos circulares... Três vezes para frente e três para trás. Relaxe. Os ombros devem estar relaxados, bem soltos e sem qualquer tipo de tensão. Prestem atenção ao ritmo respiratório... Deixe todo o peso que não deve carregar... Solte os ombros, as costas e relaxe.

Girar a cabeça lentamente, para os dois lados, depois para frente e para trás. Dê uma volta completa com a cabeça para um lado, depois para o outro...

E, por último, feche os olhos, criando expressões exageradas no rosto. Faça caretas (língua pra fora, abrir bastante os olhos, a boca...) Sorria! Relaxe e abra os olhos.

Após os exercícios, observe o seu estado corporal, a disposição que o acompanha, bem como a atmosfera que surgiu no grupo. É bom lembrar que o bem estar na comunidade escolar depende de vários cuidados, incluindo práticas corporais constantes, regulares, à escolha do educador ou do educando; entretanto, alguns exercícios de alongamento, de relaxamento podem ser incluídos na rotina das aulas ou do trabalho no laboratório de informática. Inove o seu repertório de exercícios corporais a partir do contato com professores de Artes Cênicas, Música, Educação Física ou Fisioterapeutas. E o mais importante é nunca abandonar o próprio corpo ou os de seus alunos; ao contrário de uma máquina ou ferramenta auxiliar, ele é você mesmo, na sua essência, aparência e integridade.

dinâmica dinâmica

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tarefa !

ajuda ?

4.3 Introdução à Planilha e Referenciando Células (coordenadas)

Inicialmente, pode-se falar que as planilhas podem ser utilizadas em diversas situações, tais como: controle das finanças familiares, lançamento de notas e freqüências, elaboração de cronogramas de atividades das aulas e diversas outras situações nas quais o uso de planilhas torna-se extremamente útil. Ou seja, planilhas servem para dar melhor organização e visibilidade ao conjunto de dados, imprescindíveis ao professor.

A manipulação de planilhas no curso introdutório será baseada no uso do programa OpenOffice Calc. O OpenOffice Calc é um programa integrado ao ambiente do OpenOffice que desempenha funcionalidades semelhantes ao programa Excel, que pertence ao pacote do Microsoft Office (do Windows).

Neste ponto, deve-se orientar os alunos a abrir o programa de modo a induzi-los a procurar no menu principal da barra de ferramentas. Dar-lhes a liberdade de vasculhar o menu de opções/ferramentas. Falar-lhes sobre a padronização dos menus entre os aplicativos da família do OpenOffice. Tal padronização auxiliará no processo de uso dos programas pertencentes à família OpenOffice.

Planilha é um conjunto de espaços chamados células, nas quais serão lançadas informações. Cada célula apresenta uma localização dentro do espaço da planilha: essa localização é feita por intermédio de coordenadas. Sendo assim, pode-se dizer: a célula A1 localiza-se na primeira coluna (coluna A) e na primeira linha (linha 1). Nesse ponto, pode-se fazer uma analogia com o jogo “batalha naval” - nesse jogo, usam-se coordenadas para a realização das jogadas.

Outro aspecto a ser mencionado consiste na possibilidade de referenciar uma linha toda, uma coluna toda ou uma região. Sendo assim, por exemplo, as cinco primeiras células da linha 3 podem ser referenciadas por: A3: E3. É desejável atentar-se ao fato de que uma coordenada sempre é construída colocando-se, antes, a identificação da coluna (letra) e, depois, a identificação da linha (número).

Outro aspecto importante na referência de coordenadas é quando as células pertencem a uma única coluna, por exemplo, a região entre as células C3 e C6 (C3:C6). Sendo assim, pode-se observar que o campo da letra mantém-se inalterado, modificando-se apenas os números. Por outro lado, para referenciar elementos de uma mesma linha, o número mantém-se inalterado, alterando-se apenas a parte da letra.

Dinâmica: colocar para os alunos uma dificuldade maior, a identificação de uma região que não se limita, apenas, a uma mesma linha e uma mesma coluna, por exemplo, fazê-los chegar à conclusão da região, por exemplo: B7:D12.

4.4 Iniciando o Uso da Planilha

Para essa atividade será proposta a criação de uma planilha de notas ou conceitos do ano todo, formado por quatro bimestres, por exemplo. Para tanto, cada bimestre terá a sua própria planilha para que o fechamento do ano (notas finais) possa ser feito em uma planilha à parte. Nesse ponto, deverá ser discutida a importância da organização para a manipulação das informações – é muito mais fácil manipular informações específicas de um setor, período etc., do que manipular, simultaneamente, uma massa grande de dados. Por exemplo, ao final do ano importa saber apenas se o aluno passou de ano ou não e as notas de cada bimestre, não sendo necessário visualizar cada nota lançada em todos os bimestres. Por outro lado, em uma avaliação processual ou em uma pesquisa, serão importantes os dados parciais, ou de cada etapa, demonstrando a importância da organização de dados no formato de planilha.

A primeira atividade para os alunos consiste em criar uma pequena planilha de notas, onde eles lançarão, por exemplo, três notas para cinco alunos. Pode-se dar uma sugestão de layout para a planilha, conforme a figura 4.1:

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Figura 4.1 – Layout sugerido para a construção da planilha de notas

Neste ponto, deve-se atentá-los para a formatação requerida:

- título da planilha na cor azul: Notas Primeiro Bimestre;

- o nome das células em negrito: Nome, Prova 1, Prova 2, Prova 3, Nota Final;

- os nomes das pessoas posicionados à esquerda ou justificados;

- as notas devem aparecer com duas casas antes da vírgula e uma casa após a vírgula.

Para que a formatação requerida seja atendida, basta formatar a célula usando o menu Formatar → Célula e/ou os menus ou ícones para alinhamento e coloração de fonte (letra). Por sua vez, a formatação relativa ao formato do número é feita através da janela aberta quando o usuário clicar no menu Formatar → Célula (figura 4.2).

Figura 4.2 – Formatação de uma célula

Inicialmente, o usuário deve selecionar a aba identificada por “números”. Após isso, basta atuar nos controles, de modo a incrementar o número de casas decimais antes e após a vírgula ou, ainda, digitando o formato específico (no caso, o formato 00,0 - indicando duas casas antes e uma casa após a vírgula).

4.5 Introduzindo Fórmulas

Após a entrada e formatação dos dados, deve-se realizar a soma das provas para que se tenha a nota final do bimestre. Para isso, para que o aluno aprenda as diferenças, pode-se fazer de duas formas.

A primeira é introduzindo diretamente a expressão que retorne a soma das provas. Para tanto, deve-se salientar que qualquer fórmula é iniciada com um sinal de igual (=). Sendo assim, o conteúdo da célula que conterá a média será sempre precedido do sinal de ´=´. Como mencionado anteriormente, deverá ser digitada, agora, a fórmula relativa à nota final. Por exemplo, no caso da planilha tomada como exemplo, a nota final, colocada em E5, será a somatória das notas colocadas em B5, C5 e D5, ou seja, a célula E5 será: =B5+C5+D5. A entrada das células poderá ser realizada de forma digitada ou, com o mouse, o usuário pode selecionar as células envolvidas (conforme ilustra a figura 4.3).

Figura 4.3 – Inserindo uma fórmula diretamente

Uma outra forma para se entrar com uma expressão matemática (fórmula) consiste em selecionar funções pré-definidas no OpenOffice Calc. Para tanto, o usuário deve observar que, assim que se digita o sinal de igual na célula, torna-se disponível o ícone relativo às fórmulas. Esse ícone é identificado pelo sinal f(x).

Ao ativar o ícone f(x), aparecerá uma janela para que a seleção e a manipulação da fórmula possam ocorrer (figura 4.4).

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tarefa !

Figura 4.4 – Inserindo fórmula por intermédio do assistente de fórmulas

Na janela apresentada na figura 4.4, o usuário deve selecionar, como categoria, funções matemáticas. Selecionada a categoria, deve-se, finalmente, selecionar a função a ser utilizada: no caso, deve-se escolher a função SOMA e, então, pressionar o botão Próximo (next, em inglês) para efetivar os parâmetros a serem utilizados na fórmula (figura 4.5).

Figura 4.5 – Inserindo uma função de somatório

Ainda na figura 4.5, pode-se notar algumas possibilidades: a primeira consiste na entrada das células envolvidas diretamente pelo usuário. Em tal possibilidade, o usuário pode digitar, no campo da fórmula (quadro localizado no quadrante inferior direito da janela), as células envolvidas. Sendo assim, ficaria: = SUM (B6:D6).

Outra possibilidade seria selecionar as células com o mouse. Para minimizar a janela de entrada de dados da fórmula, pode-se pressionar o botão circulado com a cor azul. A seleção de um conjunto de células pode ser feita com o auxílio da tecla SHIFT. Mantém-se a referida tecla pressionada enquanto estiver sendo realizada a seleção com o mouse.

Após selecionar as células, basta pressionar o botão OK para efetivar a fórmula.

Convém mencionar que a fórmula pode ser copiada para as linhas abaixo, simplesmente fazendo o “copiar-colar” (CTRL-C e CTRL-V) ou, ainda, posicionar o mouse no canto inferior direito da célula a ser copiada até que o cursor mude para uma cruz. Após a mudança, com o botão esquerdo pressionado, arrastar o mouse até que todas as células desejadas sejam envolvidas. Para finalizar, soltar o botão para que a cópia da fórmula seja efetivada.

Dinâmica: Após essa etapa, os alunos terão, agora, que colocar, por exemplo, na célula E11, a média geral da sala. Para tanto, o processo é análogo.

Dica: média é uma função ESTATÍSTICA! ☺

4.6 Inserindo outras Planilhas

Até o momento, foi feita apenas a introdução das informações relativas ao primeiro bimestre. Agora será necessário lançar os dados relativos aos demais bimestres. Para tanto, conforme mencionado anteriormente, cada bimestre será lançado em uma planilha específica. Para que as demais planilhas sejam acessadas, basta clicar nas abas localizadas no canto inferior esquerdo da tela (imediatamente acima da barra de tarefas do Linux).

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tarefa !

tarefa !

Dinâmica: Apenas para ilustrar o uso de diversas planilhas, o aluno deve lançar dados na planilha 2, ou seja, fazer, agora sozinho, todas as operações feitas na planilha 1.

O renomeamento da planilha pode ser realizado clicando-se sobre a aba específica da planilha com o botão direito do mouse. Aparecerá um menu e, nesse menu, escolhe-se a opção renomear planilha.

Uma terceira planilha deverá ser criada com os nomes das pessoas e uma coluna relativa à nota final. Em tal coluna, deve-se realizar a somatória das notas dos bimestres. O processo é análogo ao já realizado, com a diferença que as células a serem utilizadas nas fórmulas encontram-se em outras planilhas, mas, com o mouse, consegue-se selecionar a célula de forma rápida e direta.

Uma última tarefa é colocar uma coluna com a situação final do aluno, escrevendo, em tal coluna, se o aluno foi aprovado ou reprovado. Essa situação pode ser escrita, também, sob a forma de fórmula.

Dica: existe uma fórmula na categoria de LÓGICA chamada SE... Se a nota for inferior a 6.0 então o valor da célula é REPROVADO, senão o valor da célula é APROVADO...

Dinâmica: Em casa, o aluno deve fazer uma planilha completa e colocar mais recursos para que a visão da turma seja mais completa...

atalhos

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Projetos de Trabalho Pedagógico e de

Pesquisa Educacional

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Agenda 3º dia

tarefa

Este capítulo refere-se às atividades no terceiro dia do curso Educação e Informática: um diálogo essencial, cujo objetivo consiste em refletir acerca da construção de projetos de trabalho pedagógico ou de pesquisa em educação. Para tanto, utilizam-se as seguintes metodologias:

[a] Dinâmica de Grupo;

[b] Aula Dialógica;

[c] Construção (em duplas) de um projeto educacional, a partir de um tema relevante, de interesse dos professores, usando as ferramentas de escritório: editor de texto, internet e apresentação de slides.

Na ocasião, sugerem-se as seguintes atividades:

[a] Dinâmica de grupo (tempo sugerido 30 min).

[b] Como diferenciar projetos de trabalho pedagógico dos trabalhos de pesquisa educacional (tempo sugerido 45 min).

[c] Estruturação de projetos educacionais (tempo sugerido 1 hora).

[d] Pausa para o café (tempo sugerido 15 min).

[e] Elaboração de projetos educacionais (tempo sugerido 1 hora e 30 min).

Dinâmica: Como atividade para ser realizada em casa, até a próxima aula, cada dupla deve revisar seu trabalho, enriquecê-lo para ser apresentado para a turma no início do próximo encontro, estabelecendo um debate em torno das propriedades de cada projeto, levando-se em consideração o contexto, a atualidade, a linguagem e a qualidade técnica da apresentação.

Projetos de Trabalho Pedagógico e de Pesquisa Educacional

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atalhos

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5.2 Dinâmica de Grupo

Esta primeira etapa consiste de uma dinâmica de grupo utilizando a música do folclore popular “Os Escravos de Jó”. Fazer uma roda com todos os cursistas, de modo que todos possam se ver dentro dela. O jogo trata de mostrar, através do corpo, a tradicional música, “Escravos de Jó”. Ou seja, como numa espécie de dança de roda (ou ciranda), todos acompanham os passos de acordo com a música, que é cantada por todos. Para cada verso há uma movimentação a ser seguida:

“Os escravos de jó jogavam cachangá...

Os escravos de jó jogavam cachangá... 1. A roda anda com todos pulando para o sentido horário, no compasso da música.

Tira... 2. Todos pulam para trás;

Põe...3. Todos pulam para frente;

Deixa o Zé Pereira ficar... 4. Todos permanecem parados no mesmo lugar;

Guerreiros com guerreiros fazem...5. Todos pulando para o sentido horário;

Zigue... 6. Todos pulando para o lado esquerdo;

Zigue... 7. Todos pulando para o lado direito;

Zá.” 8. Todos pulando para o lado esquerdo.

(Repete-se o refrão: 5, 6, 7, 8)

O grupo experimenta, ensaia uma vez e depois realiza novamente os movimentos coletivos. Se houver dificuldades, repete-se até o grupo conseguir realizar movimentos sincronizados. Ao final, deve ser comentado como as pessoas se sentiram realizando tal ação... Qual terá sido o resultado daquele esforço comum de acompanhar o ritmo da música com gestos preestabelecidos. O que teria facilitado ou atrapalhado a execução da ação conjunta?

Isso lembra como deve ser o andamento dos projetos nas escolas: mesmo com descompassos, existe a possibilidade de executar trabalhos comuns, entre professores, alunos e comunidade, atingindo-se objetivos interessantes para todos. A elaboração de projetos educacionais serve para fazer o grupo girar em torno de um objetivo comum, marcar as ações em um tempo previamente estabelecido. Por essa razão, o tema da discussão de hoje trata da elaboração de projetos.

dinâmica dinâmica

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5.3 Como Diferenciar Projetos de Trabalho Pedagógico dos Trabalhos

de Pesquisa Educacionais?

Os professores são os responsáveis pelos processos educacionais. Sendo assim, para organizar suas ações surgiu a prática de desenvolvimento de projetos.

Dinâmica: Perguntar aos cursistas quais são os diversos significados para a palavra “projeto”. Em que áreas do conhecimento essa palavra está envolvida? Quais são seus significados?

O agricultor, o artista plástico, o engenheiro, o arquiteto, todos realizam projetos. Trata-se de uma idealização, uma projeção, um desenho, que orienta a realização futura. Vale lembrar que os proponentes costumam incluir suas idéias, seus saberes, sua própria cultura nos projetos que realizam.

Na área educacional, no Brasil, esse termo também vem sendo bastante utilizado, desde a década de 1980, inspirados na prática Construtivista ou no Interacionismo, sendo, então, denominada Pedagogia de Projetos. De qualquer modo, a toda invenção costuma anteceder-se um projeto, um plano, uma idealização.

Mas, como diferenciar projeto de pesquisa e projeto pedagógico?

Quando se diz PROJETO DE PESQUISA, refere-se a:

- Indagação filosófica, técnica, científica, estética, própria das sociedades do conhecimento;

- Hipóteses, problematizações;

- Investigações bibliográficas, teóricas ou práticas, experimentação, uso de critérios de verdade;

- Inovações conceituais, descobertas, renovação de saberes;

- Busca de conclusões novas aceitáveis em uma determinada comunidade acadêmica, ou grupo social específico.

Há inumeráveis verbos que podem indicar os objetivos de um projeto de pesquisa. Eis alguns, bastante usuais, utilizados em um projeto de pesquisa, a título de demonstração.

Investigar Conceituar Estudar

Descobrir Analisar Observar

Demonstrar Compreender Inferir

Já o termo PROJETO PEDAGÓGICO designa:

- Busca de melhorias na realidade, de transformações sócio-educacionais, fundamentadas na práxis, próprias das sociedades da informação;

- Ações a partir de temas da atualidade; de caráter interdisciplinar; é estruturante ou complementar no currículo escolar;

- Público-alvo delimitado, prazos estabelecidos, metas a serem alcançadas;

- Traz atualização das informações e de algumas condutas;

- São alternativas de integração mediante necessidades circunstanciais de uma determinada comunidade.

Alguns dos verbos utilizados na construção de projetos pedagógicos ou educacionais:

Apresentar Favorecer Promover

Desenvolver Formar Construir

Propiciar Auxiliar Realizar

Entretanto, deve ficar claro para todos que os projetos de pesquisa e os projetos pedagógicos caminham juntos nos processos educacionais, havendo, portanto, interferências recíprocas. O desenvolvimento das pesquisas altera a elaboração e execução de projetos pedagógicos e vice-versa.

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Para manter um trabalho organizado, coerente, que dialogue com a sociedade do conhecimento e mesmo com o universo acadêmico, é essencial que o professor saiba elaborar e desenvolver projetos, sejam eles projetos de pesquisas ou pedagógicos, elevando o ideal de ação e transformação, próprios da abordagem educacional interacionista ou sociointeracionista.

IV OBJETIVOS

- Designam as principais ações pretendidas com o projeto.

- Deve haver um objetivo geral – ação principal e unificadora de todas as outras do projeto.

- Pode haver uma série de objetivos específicos – ações parciais empreendidas para o êxito do projeto.

- Na redação dos objetivos, utilizam-se verbos no infinitivo e frases precisas.

V METODOLOGIA

- Trata-se dos caminhos organizados para cada etapa do projeto, tão variáveis quanto as diversas possibilidades de ações.

- Estratégias estabelecidas para a implementação das ações.

- Utilizam-se textos correntes ou itens que demonstrem os processos envolvidos.

VI CONCLUSÃO OU AVALIAÇÃO

- Sistematização de formas de avaliação, individual ou coletiva.

- Previsão dos critérios mais significativos da análise processual ou final.

- Observação dos objetivos alcançados, ao final do projeto.

- Texto que somente se apresenta completo após a realização das etapas do trabalho.

- Discussão sobre o alcance do projeto a partir das ferramentas de avaliação empreendidas. Tem um caráter ao mesmo tempo retrospectivo e prospectivo, servindo de propulsão para melhores ações.

VII BIBLIOGRAFIA

- Indicações dos livros utilizados, das revistas, das fontes de pesquisa e de consulta, tais como documentos, filmes, artigos etc.

- Sites, páginas da internet.

- Autoria das imagens (fotografias) ou de entrevistas.

5.4 Estruturação de Projetos Educacionais

Segue-se uma estrutura mínima para elaboração de projetos de trabalho educacional, para ser discutida e entendida pelo grupo de participantes. A partir dela, cada dupla deverá elaborar, com o auxílio do editor de textos, um projeto pedagógico realizável, inovador, adequado a seu contexto educacional.

I TEMA OU TÍTULO

- Deve ser escolhido um título sintético, coerente, elucidativo, interessante, agradável, contextualizado, ou seja, de acordo com a proposta educacional;

- Pode haver um subtítulo complementar, que acrescente informações essenciais ao título.

II APRESENTAÇÃO OU INTRODUÇÃO

- Breve descrição de todo o projeto, de forma que qualquer leitor tenha um entendimento geral da proposta.

III JUSTIFICATIVA

- É nesta sessão que se demonstra a importância do projeto, ou seja, como o próprio nome diz, é onde se justifica a razão de ser da existência da proposta educacional.

- Deve haver a contextualização, argumentação frente à necessidade do projeto, acompanhada de sustentação teórica e prática, ou seja, nesse momento são apresentados os argumentos que dão consistência à proposta.

- Também podem ser incluídos, nessa etapa da elaboração do projeto: histórico das experiências correlatas ao tema; parcerias envolvidas; sustentabilidade das ações propostas; coesão entre os diversos argumentos.

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tarefa !

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5.5 Exercício em Duplas

Dinâmica: Após uma primeira redação usando o editor de textos, os educadores deverão realizar uma apresentação de slides, favorecendo a apresentação do projeto para a comunidade educacional.

Para a criação de slides, será utilizado o programa, também pertencente à família do OpenOffice, chamado OpenOffice Impress (ou Apresentador de Slides). Para tanto, após iniciar o programa, será exibida a tela como apresentada na figura 5.1.

Figura 5.1 – Tela do Apresentador de Slides

Na figura 5.1 observa-se, além do menu e ícones localizados na parte superior da janela (em conformidade com os demais programas da família do OpenOffice), uma barra lateral direita com opções de layout para a apresentação.

Em tal barra, pode-se escolher o padrão dos slides (cor de preenchimento), layout (a forma de disposição do conteúdo) e formas de transição dos slides.

As mesmas funções podem, também, ser encontradas nos menus e ícones localizados na parte superior da janela do programa. Pode-se, ainda, escolher elementos para serem inseridos, a partir da barra inferior da janela (ícones para inserção de texto, figuras e assim por diante).

Neste momento, devem-se citar as funcionalidades gerais de cada grupo de menus e ícones, aprofundando naqueles que os cursistas utilizarão em primeira instância, como por exemplo, alterar o esquema de cores da apresentação, inserir caixas de texto e de figuras.

Para se criar uma apresentação, ao abrir o ambiente de apresentador de slides, primeiramente deverá surgir um assistente (figura 5.2) para que o usuário possa escolher entre alguma apresentação já existente, de modo a permitir modificações naquelas previamente construídas; abrir uma apresentação vazia; ou começar a criação de uma apresentação a partir de um modelo existente.

Figura 5.2 – Primeira etapa do assistente de abertura/criação de uma apresentação

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Após o usuário pressionar o botão “próximo” na tela do assistente, novas opções surgirão ao usuário, de modo a possibilitar a escolha da aparência (design) da apresentação (figura 5.3).

Figura 5.3 – Segunda etapa do assistente de abertura/criação de uma apresentação

Finalmente, a terceira etapa (e última do assistente), exibida na figura 5.4, objetiva a escolha das transições entre cada slide. Transição é a forma pela qual os slides são trocados, de forma a permitir efeitos nas mudanças dos slides.

Figura 5.4 – Terceira etapa do assistente de abertura/criação de uma apresentação

Caso o usuário opte por abrir uma apresentação ou criar uma apresentação a partir de um modelo, outras seqüências de tela do assistente aparecerão, de modo a permitir uma escolha de acordo com as necessidades correntes.

Convém lembrar, também, que todas as opções para criação das apresentações podem ser acessadas por intermédio dos menus localizados no ambiente do OpenOffice Impress.

5.6 Sugestões de passos para inserir imagens

A seguir, são apresentados passos para a obtenção de uma imagem a partir da Internet, utilizando o site do Google, e sua inserção na apresentação multimídia:

- Ir ao site www.google.com.br;

- Clicar em “imagens” e fazer sua pesquisa sobre o tema;

- Clicar na imagem desejada, e depois em “ver imagem no tamanho original”;

- Clicar com o botão direito do mouse em cima da imagem e ir em “salvar imagem como”;

- Ir à sua pasta e salvar a imagem;

- Abrir o seu projeto no apresentador de slides, ir em “inserir” e depois em “figura”;

- Ir à sua pasta novamente e, com o botão direito do mouse, clicar sobre a imagem salva em “abrir”;

- Caso queira colocar a imagem como plano de fundo, é só clicar com o botão direito do mouse em “organizar” e depois em “enviar para trás”.

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Planejamento de Atividades Educacionais

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Agenda 4º dia

tarefa

Este capítulo refere-se às atividades no quarto dia do curso Educação e Informática: um diálogo essencial, cujo objetivo consiste em refletir acerca do planejamento de aulas, de atividades fomentadoras dos projetos, tomando por base algumas técnicas inspiradas no Interacionismo e Sócio-interacionismo. Para tanto, serão utilizadas as seguintes metodologias:

[a] Dinâmica de Grupo;

[b] Aula Dialógica

[c] Construção (em duplas) do planejamento de uma aula, a partir do projeto de trabalho educacional realizado na aula anterior.

Na ocasião, sugerem-se as seguintes atividades:

[a] Introdução com apresentação dos slides demonstrativos dos projetos (tempo sugerido 1 hora).

[b] Dinâmica de grupo (tempo sugerido 40 min).

[c] Planejamento de Atividades Educacionais (tempo sugerido 1 hora).

[d] Pausa para o café (tempo sugerido 20 min).

[e] Exercícios (tempo sugerido 1 hora).

No próximo encontro, cada dupla de cursistas deverá apresentar o conjunto de atividades realizadas, revisadas e acrescidas pela pesquisa e organização.

6.2 Introdução

O encontro terá início com a apresentação de slides preparados na aula anterior: cada dupla terá de 5 a 10 minutos para apresentar seu projeto pedagógico com o auxílio do apresentador de slides e de um aparelho data-show (projetor multimídia). Desse modo, cada projeto deve ser brevemente comentado pelos participantes presentes bem como pelo monitor/professor, para melhoria dos trabalhos. Os trabalhos devem ser analisados sob diversos aspectos, inclusive conteúdo e formatação.

Planejamento de Atividades Educacionais 6

atalhos

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6.3 Dinâmica de Grupo

Será realizada uma espécie de Dinâmica de Grupo ou, mais propriamente, um jogo de aquecimento teatral denominado “Bala Argentina” (Match de Improvisação), para dinamizar o grupo a pensar em várias possibilidades de ação, de observação e atenção. Discussão: quais são as técnicas de ensino que os professores já utilizam? O que gera movimento e inovação na rotina educacional?

[a] Nessa dinâmica, imagina-se que uma bala (algo explosivo que serve de estímulo para o grupo) está passando entre os participantes. Desse modo, ficam combinados alguns sons e gestos demonstrativos da passagem da “bala” pelo sujeito;

[b] O primeiro movimento é feito com o braço direcionado da direita para esquerda, ou vice-versa, e ao mesmo tempo para baixo, acompanhado pelo grito “Iaaaaá”. A direção depende do sentido horário ou anti-horário em que a bala se move;

[c] Para se alterar a direção da bala, faz-se um movimento como o de segurar uma barra de musculação, na altura dos ombros, juntamente com a palavra “Rondom”. Logo, a partir desse estímulo, lançado por quem queira, a bala inverte o curso, quantas vezes o movimento ocorrer...

[d] Existe outro tipo de comando nesse jogo. A expressão “Frizzz” torna a bala invisível e é acompanhada pelo movimento do braço como se fosse uma onda se dissolvendo, indicando a direção de andamento mais suave. Feito esse comando, a bala invisível é passada, de forma imaginária, com uma energia que circula silenciosa pelos participantes da roda, que deslocam os olhares de forma sincrônica. Quando alguém sente que essa bala invisível está passando na sua vez e sente vontade de dar continuidade ao jogo, usa o comando inicial (iaaaaá), retomando a dinâmica anterior da bala;

[e] Outro comando usado é dado pelo gesto de levar as mãos aos olhos, como se estivesse olhando através de um binóculo. Esse movimento é acompanhado pelo som “Aiiiií” e tem a função de saltar o jogador subseqüente, ou seja, a pessoa que estiver imediatamente após o jogador que emitiu o comando. A seqüência é retomada pela próxima pessoa depois daquela que foi saltada com o comando inicial.

A dinâmica favorece uma atmosfera de atenção difusa, rapidez, descontração, alegria, uma vez que a alternância aleatória dos quatro movimentos traz situações inesperadas. Essa atividade trabalha a escuta, o estado de alerta, a reatividade mediante uma diversidade de estímulos, a concentração na força coletiva do círculo ou do trabalho em equipe. Servirá também para o educador iniciar suas aulas em uma atmosfera de participação ativa, organizada, com bom humor.

dinâmica dinâmica

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6.4 Planejamento de Atividades Educacionais

A partir de uma visão Interacionista, diversos autores discutem a propriedade de várias técnicas de ensino amplamente utilizadas em sala de aula para o desenvolvimento de projetos educacionais. Para dar início à apresentação dessas técnicas, será discutida a diferença entre a aula expositiva tradicional e aquela denominada aula expositiva dialógica a partir da denominação de Antonia Osima Lopes.

6.4.1 Aula Expositiva

- Técnica de ensino tradicional: verbalista e autoritária.

- Aula expositiva dialógica: pressupõe diálogo, intercâmbio de conhecimentos, busca recíproca de saberes → atividade dinâmica estimuladora do pensamento criativo.

6.4.2 Aula Expositiva Dialógica

Uma aula expositiva dialógica se baseia nos seguintes princípios:

- Problematizar: questionamento, estímulo, re-elaboração de conhecimentos.

- Indagar, perguntar, incentivar a curiosidade e desenvolver uma atitude científica.

- Professor como autoridade que compartilha os conhecimentos de maneira democrática.

- Resumo coletivo.

Para melhor entendimento de aula expositiva dialógica, pode-se sugerir aos cursistas que procurem, em um momento oportuno, o artigo Aula expositiva: superando o tradicional escrito por Antonia Osima Lopes in VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.35-48.

Na busca do entendimento de outras formas de se planejar as aulas, serão apresentadas outras técnicas, igualmente detalhadas no livro organizado por Ilma Passos Alencastro Veiga.

6.4.3 Estudo do Meio

Essa técnica de ensino é estudada por Regina Célia de Santis Feltran e Antonio Feltran Filho, que indicam as seguintes possibilidades:

- Ênfase na atividade do aluno como propiciadora de conhecimentos.

- Busca da unidade entre vida intelectual, moral e social.

- Saída planejada do ambiente escolar.

- Busca de transformações sociais.

- Tomada de consciência e participação no mundo.

- Aproximação entre alunos e professores.

- Propicia a integração de diversas áreas.

- Envolve pesquisa e avaliação coletiva.

Para melhor entendimento, pode-se sugerir aos cursistas que procurem, em um momento oportuno, o artigo Estudo do Meio, escrito por Antônio e Regina Feltran in VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.115-129.

6.4.4 Debate-discussão

Essas práticas que são amplamente investigadas por Maria Eugênia L.M. Castanho, de forma bastante rica, são apresentadas, de forma resumida a seguir:

- Sentido da palavra discutir: sacudir, abalar, incomodar.

- A exibição de filmes, a projeção de slides ou a preparação do projeto, com temas relevantes, acompanham a aula expositiva.

- Valorizar os conhecimentos: fazer o estudante avançar a partir de conhecimentos prévios (ex: conhecimento rural, urbano) – trabalhar na Zona de Desenvolvimento Proximal. O ponto de chegada: ter como meta o desenvolvimento potencial do aluno.

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- Sentido da palavra debater: disputar, alterar, brigar.

- Exercício de desafios intelectuais: uso da argumentação, criatividade, diversidade de idéias.

- Lição criadora: para criar é necessário ter informações.

- Propicia o desenvolvimento de processos mentais.

- Circula a pluralidade de pontos de vista e de saberes.

- Como debater? A partir da bibliografia inicial lida por todos. Os alunos devem ser responsáveis pela defesa dos temas. Deve haver um moderador do debate. Deve haver um redator que fará a síntese final do debate. Deve haver a síntese do próprio educador. Visa a cooperação, não a competição.

Para melhor entendimento do Debate ou Discussão, pode-se sugerir aos cursistas que procurem, em um momento oportuno, o artigo Da discussão e do debate nasce a rebeldia escrito por Maria Eugênio Castanho in VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.89-101.

6.4.5 Laboratórios e Oficinas

A realização de oficinas ou laboratórios é considerada bastante relevante por Ilma Veiga, pelos seguintes aspectos:

- Funciona como demonstração didática.

- Permite a união entre teoria e prática através de experiências vividas.

- Aluno como sujeito do processo de aprender: participação, iniciativa, responsabilidade.

- Promove a criatividade, o surgimento do pensamento crítico e científico.

Para melhor entendimento das práticas de Laboratórios e Oficinas, pode-se sugerir aos cursistas que procurem, em um momento oportuno, o artigo Nos laboratórios e oficinas escolares: a demonstração didática escrito por Ilma Passos, em seu próprio livro. VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.131-146.

6.5 Exercícios

[a] Mediante as técnicas de ensino sugeridas, cada dupla de cursistas deverá realizar uma proposta de planejamento de aulas que esteja a serviço do projeto de trabalho educacional proposto anteriormente. Todas as etapas do planejamento da aula devem ser previstas, bem como o material necessário para a realização da mesma.

[b] Usar o editor de texto: rever o item Metodologia, acrescentando, a partir do que aprendeu sobre o uso de práticas educacionais diversificadas.

[c] Apresentador de slides: rever os conteúdos, principalmente a metodologia; rever o formato geral, buscando corrigir, melhorar; usar os recursos para inserir imagens da Internet etc.

[d] Editor de textos: fazer o planejamento das atividades educacionais (aula por aula ou conjunto de aulas, explorando a diversidade metodológica).

[e] Buscar site da Internet com conteúdos confiáveis, complementando o assunto tratado nesse encontro.

[f] Inclusão da ferramenta: formatar organogramas. O organograma facilita a visibilidade do projeto como um todo, com todas as partes envolvidas.

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Processo de Avaliação das Atividades Educacionais

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Agenda 5º dia

Este capítulo refere-se às atividades do quinto dia do curso Educação e Informática: um diálogo essencial, cujo objetivo consiste em refletir sobre o significado dos processos de avaliação individual e coletiva nos projetos educacionais, inclusive do desenvolvimento deste curso. Para tanto, utiliza as seguintes metodologias:

[a] Dinâmica de Grupo;

[b] Debate: sistemas de avaliação;

[c] Apresentação e Avaliação de todos os trabalhos realizados pelos alunos.

Na ocasião, sugerem-se as seguintes atividades:

[a] Dinâmica de grupo (tempo sugerido 20 min).

[b] Debate (tempo sugerido 1 hora).

[c] Pausa para o café (tempo sugerido 15 min).

[d] Apresentação completa dos trabalhos dos alunos (tempo sugerido 2 horas).

[e] Avaliação do curso de Introdução à Educação & Informática (tempo sugerido).

Processo de Avaliação das Atividades Educacionais

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7.2 Dinâmica de Grupo

O início das atividades no último dia de curso é marcado com a realização da dinâmica de grupo denominada “Escultura Humana”:

- Pede-se que no mínimo quatro pessoas da turma saiam da sala e aguardem ser chamadas.

- Enquanto isso, escolhe-se uma pessoa da turma para se colocar em uma posição estática, razoavelmente confortável, tornando-se uma escultura humana. A pessoa pode criar a posição que desejar.

- Todos observam cuidadosamente a postura. É bom contar quantos sinais identificam a postura: posição dos pés, das mãos, dos quadris, da coluna, da cabeça (é como o jogo dos sete erros das revistas em quadrinhos). A escultura deve estar posicionada de modo que todos possam vê-la. Mantém-se a posição de escultura até que entre a primeira pessoa que estava lá fora e, assim, sucessivamente.

- Pede-se à pessoa que estava fora que observe a escultura com bastante atenção. Depois o observador toma o lugar da escultura. O grupo observa as modificações.

- Quando a segunda escultura estiver pronta, pede-se que entre a segunda pessoa que estava do lado de fora da sala. Esta também observa com atenção a escultura, e posteriormente troca de posição com ela, realizando uma terceira. O mesmo procedimento com a quarta pessoa.

- No final, quando as quatro pessoas já tiverem ocupado os lugares da escultura, chama-se novamente a pessoa criadora da escultura para mostrar como era no início. Pode-se comparar com a última escultura e encontrar as diferenças com toda a turma, que também observou. Trata-se de um trabalho de

avaliação do projeto escultural inicial e final. Quais as mudanças observadas?

Nesse encontro focaliza-se o sistema de avaliação processual e coletiva, que deve ocorrer nas escolas, superando-se as práticas ultrapassadas de avaliação: conteudistas e unilaterais. Isso permitirá sistematizar idéias acerca da importância de procedimentos de avaliação dinâmicos e inovadores, a serviço do conhecimento e da pesquisa educacional, ampliando os níveis de inserção e transformação dos conhecimentos, bem como da utilização crítica e criativa dos recursos da informática na educação.

dinâmica dinâmica

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7.3 Debate

Para o debate, alguns pontos devem ser questionados, contando com a participação de todos, ou seja, promovendo a expressão das opiniões acerca do entendimento possível em torno da avaliação.

- Quem avalia os projetos educacionais? Os alunos e a comunidade escolar têm participado de procedimentos de avaliação?

- Quais são os procedimentos de avaliação mais utilizados?

- Como o Interacionismo tem modificado as práticas tradicionais de avaliação?

- Como diferenciar avaliação quantitativa de avaliação qualitativa?

- A avaliação leva em consideração os objetivos iniciais e as realizações de cada etapa?

- Você já realizou algum procedimento de auto-avaliação com seus alunos? Qual o significado disso na prática escolar?

- Qual a diferença entre avaliação de conteúdos e avaliação de processos?

- Como pode ser empreendida uma avaliação coletiva de projetos pedagógicos ou de pesquisa?

Após o desenvolvimento do Interacionismo ou do Construtivismo, muitas práticas escolares foram mudadas. Passou-se a elaborar projetos com a participação das crianças e adolescentes, ou seja, buscando-se o interesse dos alunos, ou mesmo o desejo de aprender voltado para aspectos de interesse pessoal, social e contemporâneo. Nesse sentido, também o processo de avaliação sofreu grandes modificações, ou seja, o trabalho pedagógico passou a ser visto como construção coletiva, logo, os procedimentos de avaliação passam a ser estruturados como aliados de ambos, tornando-se inaceitáveis provas que avaliem apenas a apreensão de conteúdo, de caráter unilateral e, por vezes, autoritário por parte de professor.

Procedimentos de avaliação pessoal, tomando por base a comparação do aluno com ele mesmo, antes e depois do processo de ensino aprendizagem, ou seja, avaliações diagnósticas e prognósticas têm sido associadas aos procedimentos pedagógicos, buscando-se tratar das condições de ensino aprendizagem que favoreceram a reconstrução de saberes.

Na medida em que os recursos educacionais são observados, tais como bibliografia utilizada, recursos didáticos, estratégias de ação ou metodologias de trabalho, interação entre alunos e professores, a existência ou a freqüência a espaços adequados para se construir conhecimentos, a avaliação deixa de ser unilateral, classificatória e excludente – não é mais o aluno o único responsável pela sua aprendizagem – ou seja, retira-se o caráter avaliativo como mecanismo de controle único do professor e passa a haver uma reflexão mais ampla sobre as causas dos equívocos e êxitos educacionais. Práticas pontuais e punitivas têm se revelado ultrapassadas, dando lugar a ações cooperativas e, até mesmo, a procedimentos lúdicos de aprendizagem em caráter de avaliação. A reciprocidade faz parte da construção de autonomia, logo, a escuta de todos os envolvidos nos processos deve ser levada em consideração.

Tanto alunos como professores são vistos como protagonistas dos processos de avaliação, fazendo com que o foco recaia na situação de ensino-aprendizagem, nos objetos de conhecimento das diversas áreas, demonstrando as possibilidades de entendimento ou de realização autônoma dos trabalhos educacionais. Nessa mudança de foco, não mais o aluno ou o professor se torna central, mas sim os conceitos e práticas aprendidas, demonstrando que o verdadeiro poder na escola advém das instâncias de saber, ou de sabedoria. É assim que a avaliação tem se tornado mais uma ocasião de ensino-aprendizagem coletiva, prática interativa, às vezes lúdica, norteadora dos rumos da educação.

Para saber mais, consulte:

http://www.mec.gov.br/sef/estrut2/pcn/pdf/

RAIES – Revista da Rede de Avaliação Institucional da Educação Superior do IESALC - Instituto Internacional para la Educación Superior en América Latina y el Caribe.

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7.4 Apresentação de Trabalhos

Cada dupla de professores deverá apresentar o conjunto de atividades realizadas, revisadas e acrescidas pela pesquisa e organização.

Como pontos para norteamento, critérios de avaliação que devem ser observados, tais como:

- Os temas propostos estão coerentes com os contextos educacionais e com as necessidades contemporâneas?

- Os objetivos estão claros? A metodologia está coerente com a proposta? A justificativa apresenta argumentos confiáveis? Os critérios de avaliação são interativos e participativos? A bibliografia foi incluída?

- As ferramentas de informática foram suficientemente exploradas? O formato está claro, agradável?

- O projeto é realizável na comunidade educacional?

- Foram incluídas imagens relevantes e a formatação ficou bem cuidada?

- Os trabalhos foram revisados e constam referências bibliográficas?

7.5 Avaliação do Curso

Ao término das apresentações, é chegado o momento de avaliar o próprio curso de Introdução à Educação & Informática e isso poderá ser feito em dois momentos:

- De forma coletiva: solicitando aos participantes que avaliem se os objetivos do curso foram alcançados, se as metodologias favoreceram o processo de ensino-aprendizagem voltado para a prática do educador.

- De forma pessoal: registro por escrito das participações no curso, através de questionário previamente elaborado.

Exemplo de questões:

1) Qual a sua avaliação a respeito deste curso?

2) Houve alguma mudança na sua prática de ensino-aprendizagem após esse curso?

3) Você já conhecia e utilizava os aspectos educacionais apresentados no curso?

4) As suas expectativas foram cobertas? Quais pontos relevantes, sob o seu ponto de vista, não foram abordados durante o curso?

5) Como podem ser utilizadas as ferramentas da informática a serviço da educação?

6) O tempo do curso foi suficiente?

7) Como foi a sua rotina de estudo durante o curso? Foi possível dedicar, em média, quantas horas por semana?

8) Há possibilidade de usar o laboratório de informática da sua escola com os seus alunos? Como isso pode ser realizado?

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7.6 Considerações finais

É preciso esclarecer que não tem sido simples a aliança entre essas duas tão distintas áreas do conhecimento – Educação & Informática – que esse caminho apenas começou! Aos professores tem recaído a prodigiosa aventura de inventar um mundo novo, sem que tenham as ferramentas, ou o tempo favorável, à sua disposição. A inovação das metodologias e a construção de conhecimentos é responsabilidade dos educadores e pesquisadores, logo, é preciso haver possibilidades ainda melhores para que isso aconteça no Brasil.

A expectativa é que esse trabalho possa favorecer os professores no processo de inclusão digital, da forma mais agradável possível: que todos possam reinventar seus saberes utilizando-se dos recursos tecnológicos contemporâneos e redescobrindo, na prática do Ensino Fundamental, o berço de inúmeras pesquisas, seja com as crianças ou com os adultos da Educação de Jovens e Adultos. Mesmo que as oportunidades cheguem de modo controverso, ainda assim é possível fazer o melhor uso delas, com criatividade e com a ousadia de tentar!

Nesse sentido é bom lembrar Gilberto Gil que, com sua música Pela Internet, de 1996, aponta de maneira crítica e poética para as possibilidades e contradições envolvidas no uso das novas tecnologias da informação. Vale lembrar que, dez anos depois, sua composição e sua reflexão política permanecem atuais.

Que o presente trabalho seja mais um barco nesse “infomar” e que seu valor didático possa servir, em uma visão integral, em programas de reciclagem ou capacitação de educadores: a aprendizagem, ainda que seja de uma técnica, aliada à educação, não deve perder de vista os aspectos sócio-afetivos, culturais e políticos que envolvem o educador e seu tempo.

Criar meu web site

Fazer minha home page

Com quantos gigabytes

Se faz uma jangada

Um barco que veleje

Que veleje nesse infomar

Que aproveite a vazante da infomaré

Que leve um oriki do meu velho orixá

Ao porto de um disquete de um micro em Taipe

Um barco que veleje nesse infomar

Que aproveite a vazante da infomaré

Que leve meu e-mail até Calcutá

Depois de um hot-link

Num site de Helsinque

Para abastecer

Eu quero entrar na rede

Promover um debate

Juntar via Internet

Um grupo de tietes de Connecticut

De Connecticut acessar

O chefe da Macmilícia de Milão

Um hacker mafioso acaba de soltar

Um vírus para atacar programas no Japão

Eu quero entrar na rede pra contactar

Os lares do Nepal, os bares do Gabão

Que o chefe da polícia carioca avisa pelo celular

Que lá na praça onze tem um videopôquer para se jogar

Pela InternetGilberto Gil

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Referências Bibliográficas

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BARTHES, Roland. Aula. Aula Inaugural da Cadeira de Semiologia Literária do Colégio de França. Título original: Leçon. Pronunciada no dia 7 de janeiro de 1977. Tradução de Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: Editora Cultrix, 1996. 89p.

CASTANHO, Maria Eugênia L. M. Da discussão e do debate nasce a rebeldia. In VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.89-101.

FELTRAN, Regina Célia de Santis e FELTRAN FILHO, Antonio. Estudo do Meio. In VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.115-129.

FRANÇA, Júnia Lessa (Org.). Manual para normalização de publicações técnico-científicas. 6ª. ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2003. 230p.

KOUDELA, Ingrid. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.

_________. O fichário de Viola Spolin. São Paulo: Perspectiva, 2001.

LOPES, Antonia Osima. Aula Expositiva: superando o tradicional. In VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.35-48.

OLIVEIRA, Marta Kohl de. Vygotsky – Aprendizado e desenvolvimento um processo sócio-histórico. São Paulo: Editora Scipione, 1995.

PIAGET, Jean. Psicologia da inteligência. Trad. Egléa de Alencar. 4ª. ed. Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura S.A., 1961. 236 p.

REVERBEL, Olga. Jogos Teatrais na escola. São Paulo: Scipione, 1985.

Referências Bibliográficas

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_________. Nos laboratórios e oficinas escolares: a demonstração didática. In VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Técnicas de Ensino: por que não? Papirus Editora, São Paulo: 1996, p.131-146.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. Michael Cole (Org.). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 191 p.

________ Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1998. 194 p.

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matchbrasil.netfirms.com/portugues/reglas_juego.htm#reglas_juego

www.lpi.com.ar/notas_prensa/prensa_brasil/Teatro.htm

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Glossário

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Glossário

Ambientes colaborativos de ensino mediados por computador: são ambientes, geralmente baseados na Internet, que integram diversas ferramentas para propiciar o processo de ensino-aprendizagem. Dentre as ferramentas disponibilizadas podem ser destacadas: fóruns de discussão, salas de bate-papo, repositório de arquivos, canais de comunicação professor-aluno e aluno-aluno. Exemplos de ambientes colaborativos: Moodle, E-proinfo, E-learning, TelEduc.

Blog: são páginas da Internet que permitem interação entre o seu proprietário e o leitor ou, ainda, entre os leitores. O funcionamento dos blogs se baseia na possibilidade dos leitores escreverem comentários sobre o texto (postagem) do proprietário. Também são utilizados na educação pela facilidade de criação e acesso, permitindo-se troca e construção de conhecimento de forma mais participativa e aberta.

Chat: chats ou salas de bate-papo são páginas da Internet que permitem a conversa, de forma síncrona, das pessoas conectadas em um determinado momento.

Datamining: processos e ferramentas utilizadas para agrupamentos e classificação de itens a partir de padrões detectados em grandes bases-de-dados.

David Ausubel: psicólogo da educação da linha cognitivista. Sua teoria de aprendizagem baseia-se na aprendizagem significativa.

EaD: acrônimo que designa Educação à Distância. Modalidade de ensino onde as atividades (todas ou a maior parte delas) são realizadas de forma não presencial. A EaD pode ser mediada pelo computador e pela Internet, porém podem ser utilizadas outras mídias para fornecer suporte à EaD, tais como: material impresso, rádio e TV.

E-mail: é um correio eletrônico, consiste em uma ferramenta para editar, enviar e receber mensagens através da Internet.

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Http: HyperText Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Hipertexto) é, genericamente, a linguagem utilizada pelos computadores para transferir informações via Internet a serem exibidas nos navegadores Internet. Como a sigla define, é uma linguagem para transferência de hipertexto. Define-se como hipertexto uma estrutura textual que contém, além de textos e objetos multimídia, links (apontadores) para outros documentos, de modo a permitir a navegação pelas páginas da Internet.

Internet: termo genérico para designar o canal de interconexão dos computadores pessoais. Através da Internet, pode-se enviar e-mails, navegar pelas páginas da Internet, coletar filmes e diversas outras atividades.

Kandinsky (1896-1944): criador do abstracionismo nas artes visuais, um dos principais representantes da Arte Moderna.

Mapas Conceituais: genericamente, os mapas conceituais ou mapas de conceitos (baseados na teoria) são diagramas para expressar as relações entre conceitos de um conteúdo (como conteúdo de uma aula) ou entre palavras que são utilizadas para representar conceitos. Diferem dos organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam seqüências, temporalidades ou direcionalidades e, ainda, não implicam hierarquias organizacionais ou de poder. É importante citar que os mapas conceituais têm a fundamentação teórica baseada na teoria cognitiva de aprendizagem de David Ausubel.

MediaPlayer: programa (software) utilizado para exibir filmes, clipes, áudio e diversos formatos multimídia.

Messenger: programa utilizado para permitir a interação entre pessoas. Os messengers (ou mensageiros instantâneos) permitem que as conversas sejam feitas por meio de texto, áudio e vídeo.

NTICs: as Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICs) reúnem tecnologias e métodos cujo objetivo principal é possibilitar maior agilidade e facilidade para captação, transmissão e distribuição de informação. Tais processos ocorrem por intermédio da digitalização e da comunicação em rede (mediada ou não por computadores). O surgimento e o emprego das NTICs possibilitou o surgimento da “sociedade da informação”. O quadro na página seguinte cita algumas ferramentas atualmente existentes, associadas às suas funcionalidades.

Funcionalidade Exemplos de recursos

Captura Câmera de vídeo, gravador de áudioArmazenamento Banco de dados, arquivos de textosOrganização Material multimídia, hipertextos, banco de

dadosPesquisa Enciclopédias eletrônicas, sites de buscasRecuperação Softwares de exibição de imagem,

MediaPlayer, DVD Player, TVTransmissão Vídeo sob demanda, transmissor de rádio,

transmissor de TV, InternetAnálise e avaliação de conteúdo

Ferramentas automáticas para tabulação de pesquisas, datamining, tutores inteligentes

Transformação da informação em conhecimento

Softwares para elaboração de Mapas Conceituais, editores de ontologias

Interação e comunicação interpessoal e grupal

Salas de bate-papo (chats), Messengers, blogs, Wikis, fóruns de discussão, comunidades virtuais (exemplo: Orkut), Skype, e-mail

Ontologias: técnica utilizada dentro da área de tecnologia cognitiva para, usando uma descrição formal, descrever componentes da realidade e seus relacionamentos. Através de ontologias, pode-se aproximar as áreas da educação e da informática para, por exemplo, construir ambientes colaborativos de ensino mediados por computador.

Orkut: nome de uma rede social virtual que permite a interação entre pessoas (através de seus perfis virtuais). As pessoas cadastradas podem também participar de comunidades virtuais e promover discussões de assuntos diversos.

Piaget (1896-1980): pesquisador, epistemólogo suíço que estudou o processo cognitivo e formulou teoria relacionada à origem e formação do conhecimento no ser humano – o Interacionismo.

Skype: software que permite que as pessoas se comuniquem por voz através da Internet, ou seja, faz com que o computador funcione como uma espécie de telefone via Internet.

Sistema Operacional: programa (software) responsável pelo gerenciamento do computador e pela interface do usuário com o

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computador. São exemplos de Sistemas Operacionais: Windows, Linux. Através deles, o usuário pode operar o computador, usando seus comandos, telas gráficas etc.

Software Livre: software livre ou aberto é aquele que pode ser usado, copiado, alterado, estudado, redistribuído, de acordo com uma licença para uso público.

Tutores Inteligentes: sistemas informatizados dotados de inteligência artificial para acompanhar o processo de aprendizado de um aluno ou grupo de alunos; em suma, os tutores inteligentes atuam como ferramenta de auxílio ao processo de ensino-aprendizagem.

Vygotsky (1896-1934): professor e pesquisador nascido na Bielo-Rússia, criador de teorias relacionadas ao desenvolvimento cognitivo em função da interação do indivíduo com o meio sociocultural.

Wiki: termo genérico para designar sistemas computacionais, geralmente baseados em Internet, que permitem a criação cooperativa e colaborativa de conhecimento.

www: acrônimo de World Wide Web, também conhecida como web, designa a rede de alcance mundial para troca de hipermídias (hipertextos, sons, figuras etc.).

Endereços (links) Úteis

@

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Endereços (links) Úteis

Ambientes colaborativos de ensino mediados por computador:

www.abed.org.br/congresso2004/por/htm/159-TC-D3.htm

www.facom.ufba.br/gente/Ambientes%20de%20Aprendizagem%20Organizacional.doc

www.eproinfo.mec.gov.br

Blog:

pt.wikipedia.org/wiki/Blog

pt.wikipedia.org/wiki/Os_blogs_educativos

Chat:

pt.wikipedia.org/wiki/Chat

Datamining:

pt.wikipedia.org/wiki/Datamining

teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/7376.pdf

David Ausubel:

pt.wikipedia.org/wiki/David_ausubel

EaD:

portal.mec.gov.br/seed/index.php?option=content&task=view&id=61&Itemid=190

www.abed.org.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?UserActiveTemplate=4abed&infoid=115&sid=122

E-mail:

pt.wikipedia.org/wiki/E-mail

HTTP:

pt.wikipedia.org/wiki/Http

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Internet:

pt.wikipedia.org/wiki/Internet

www.aisa.com.br/historia.html

Kandinsky:

www.pintoresfamosos.com.br/?pg=kandinsky

art.lojadeluxo.com/index.php?id=Kandinsky

Mapas conceituais:

penta2.ufrgs.br/edutools/mapasconceituais/

mapasconceituais.cap.ufrgs.br/

Media Player:

pt.wikipedia.org/wiki/Media_player

Messenger:

pt.wikipedia.org/wiki/Mensageiro_instantâneo

NTICs:

pt.wikipedia.org/wiki/NTICs

Ontologia:

www.nce.ufrj.br/sbie2003/publicacoes/paper36.pdf

www.tise.cl/archivos/tise2003/papers/ontologia_para_o_dominio_da_educacao.pdf

www.rodrigo.goulart.nom.br/feevale/ontomusica/

Orkut:

www.orkut.com

pt.wikipedia.org/wiki/Orkut

Piaget:

www.centrorefeducacional.com.br/piaget.html

penta.ufrgs.br/~marcia/piaget.htm

pt.wikipedia.org/wiki/Piaget

Skype:

www.skype.com

Sistema Operacional:

pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_operacional

Software Livre:

pt.wikipedia.org/wiki/Software_livre

Tutores Inteligentes:

www.cos.ufrj.br/~ines/courses/cos740/leila/cos740/STImono.pdf

www.inf.ufes.br/~sbie2001/figuras/artigos/a041/a041.htm

Vygotsky:

www.centrorefeducacional.com.br/vygotsky.html

pt.wikipedia.org/wiki/Vygotsky

Wiki:

pt.wikipedia.org/wiki/Wiki

www.escolabr.com/projetos/ferramentas_de_comunicacao/wiki.htm

www.escolabr.com/portal/modules/wfchannel/index.php?pagenum=13

www:

pt.wikipedia.org/wiki/www