Informatico IPC nº 166

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IPC - Interessados pela Palavra de Deus - Prestando Serviço em Amor - Cultuando ao Deus vivo www.ipcanoas.com.br Domingo, 11 de março de 2012 – Ano IV, Número 166 Informativo - IPC 455 anos do 1º Culto Protestante no Brasil primeiro episódio da história brasileira em que os protestantes estiveram envolvidos é o da efêmera colonização francesa no Rio de Janeiro. Com o propósito de inaugurar no hemisfério Sul a chamada “França Antártica”, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon pretendia mobilizar os calvinistas franceses e ou huguenotes, cuja situação se tornava cada vez mais melindrosa no solo pátrio. Prometendo-lhes um regime de liberdade religiosa na futura colônia, ele conseguiu a ajuda do nobre protetor dos huguenotes, Gaspar de Coligny. Em fins de 1555, Villegagnon se estabeleceu com 400 homens numa ilha da baia de Guanabara, proclamando-se em breve rei da América. A expedição havia respondido a um duplo interesse: político e religioso. Em setembro de 1556, 280 franceses vieram ao Brasil. Dentre os quais, doze calvinistas de Genebra trazendo credenciais do próprio Calvino. Havia entre eles dois pastores ordenados – Pierre Richier e Guillaume Chartier. Chegaram em 10 de março de 1557, e neste mesmo dia, numa cabana rústica, no centro da ilha então chamada de Serigipe (hoje Ilha de Villegagnon), na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto protestante da história do Brasil e das Américas, numa quarta-feira. Após a chegada de Chartier, Richier e Léry, a primeira preocupação foi a de construir uma igreja reformada e poucos dias depois celebraram a Santa Ceia (21/03/1557). Na ocasião do primeiro culto, relata Jean de Léry, “o ministro Richier invocou a Deus. Cantamos em coro o Salmo 5 e o dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida’ – fez a primeira prédica no Forte do Coligny, na América”. Por mais que estes primeiros calvinistas entusiastas quisessem desenvolver aqui no Brasil a fé protestante (imagine o que seria o Brasil hoje se isso tivesse dado certo) a tentativa de colonização foi literalmente destroçada e os huguenotes se foram ao final de outubro do mesmo ano. Alguns que voltaram devido a perigos no mar, foram presos e um escapou (Jacques Le Balleur). Por ordem de Villegagnon, Jean du Bordel, Matthieu Vermeuil, Pierre Bourdon e André Lafon, redigiram em 17 pontos a primeira confissão de fé do continente. Esta confissão serviu para Villegagnon condenar à morte por afogamento três deles que morreram defendendo sua fé. Na caminhada para a morte, eles oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente. Villegagnon mandou que Bordel explicasse o 5º artigo da confissão. Ao responder, uma bofetada do apóstata fez-lhe jorrar sangue da face. Cantando salmos, subiu à rocha; orou e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou as ondas. Seguiu-o Matthieu. Tendo orado, exclamando: Senhor Jesus, tem piedade de mim, e desapareceu no mar. Pierre Bourdon, fraco, debilitado, foi levado para a ilha. Lá cruzou os braços e elevou os olhos ao céu; orou. Foi precipitado e seu corpo desapareceu no abismo das águas. Foi assim naqueles tempos que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé. Jacques Le Balleur, calvinista convicto conseguiu fugir de Villegagnon, mas não de Anchieta, que o mandou matar e auxiliou na execução. Esta data magna (10 de março de 1557) merece ser lembrada como o dia em que a primeira semente do genuíno evangelho foi plantada em nosso solo. Por mais que tenha sido depois arrancada, hoje, depois de muitas lutas e tentativas, os protestantes estão espalhados pelos quatro cantos deste nosso vasto continente. A lição que fica de tudo isso, é que o exemplo da fé vibrante que nossos antepassados tiveram e como pagaram por aquilo que criam precisa ser honrada em nossos dias por homens e mulheres fidedignos que vivam o evangelho e o propagem com destemor. Hoje devemos contemplar a bandeira que um dia aqui se ergueu de homens que deram a própria vida por amor ao evangelho. Levantemos, pois, esta bandeira ensangüentada para que o mundo saiba do nosso compromisso com a verdade. Lutemos juntos para fazer deste país um lugar diferente, marcado pela ética e moral elevados, marcado por princípios cristãos reformados, marcado pelos exemplos de novos irmãos que, no decalque dos velhos, anseiam em entregar suas vidas pela obra de Deus. S.D.G. O PASTORAL Daniel Alves Pastor da Igreja

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Boletim da Igreja Presbiteriana de Canoas

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Domingo, 11 de março de 2012 – Ano IV, Número 166 Informativo - IPC

455 anos do 1º Culto Protestante no Brasil primeiro episódio da história brasileira em que os protestantes estiveram envolvidos é o da

efêmera colonização francesa no Rio de Janeiro. Com o propósito de inaugurar no hemisfério Sul a chamada “França Antártica”, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon pretendia mobilizar os calvinistas franceses e ou huguenotes, cuja situação se tornava cada vez mais melindrosa no solo pátrio. Prometendo-lhes um regime de liberdade religiosa na futura colônia, ele conseguiu a ajuda do nobre protetor dos huguenotes, Gaspar de Coligny. Em fins de 1555, Villegagnon se estabeleceu com 400 homens numa ilha da baia de Guanabara, proclamando-se em breve rei da América. A expedição havia respondido a um duplo interesse: político e religioso. Em setembro de 1556, 280 franceses vieram ao Brasil. Dentre os quais, doze calvinistas de Genebra trazendo credenciais do próprio Calvino. Havia entre eles dois pastores ordenados – Pierre Richier e Guillaume Chartier. Chegaram em 10 de março de 1557, e neste mesmo dia, numa cabana rústica, no centro da ilha então chamada de Serigipe (hoje Ilha de Villegagnon), na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto protestante da história do Brasil e das Américas, numa quarta-feira. Após a chegada de Chartier, Richier e Léry, a primeira preocupação foi a de construir uma igreja reformada e poucos dias depois celebraram a Santa Ceia (21/03/1557). Na ocasião do primeiro culto, relata Jean de Léry, “o ministro Richier invocou a Deus.

Cantamos em coro o Salmo 5 e o dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida’ – fez a primeira prédica no Forte do Coligny, na América”. Por mais que estes primeiros calvinistas entusiastas quisessem desenvolver aqui no Brasil a fé protestante (imagine o que seria o Brasil hoje se isso tivesse dado certo) a tentativa de colonização foi literalmente destroçada e os huguenotes se foram ao final de outubro do mesmo ano. Alguns que voltaram devido a perigos no mar, foram presos e um escapou (Jacques Le Balleur). Por ordem de Villegagnon, Jean du Bordel, Matthieu Vermeuil, Pierre Bourdon e André Lafon, redigiram em 17 pontos a primeira confissão de fé do continente. Esta confissão serviu para Villegagnon condenar à morte por afogamento três deles que morreram defendendo sua fé. Na caminhada para a morte, eles oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente. Villegagnon mandou que Bordel explicasse o 5º artigo da confissão. Ao responder, uma bofetada do apóstata fez-lhe jorrar sangue da face. Cantando salmos, subiu à rocha; orou e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou as ondas. Seguiu-o Matthieu. Tendo orado, exclamando: Senhor Jesus, tem piedade de mim, e desapareceu no mar. Pierre Bourdon, fraco, debilitado, foi levado para a ilha. Lá cruzou os braços e elevou os olhos ao céu; orou. Foi precipitado e seu corpo desapareceu no abismo das águas. Foi

assim naqueles tempos que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé. Jacques Le Balleur, calvinista convicto conseguiu fugir de Villegagnon, mas não de Anchieta, que o mandou matar e auxiliou na execução. Esta data magna (10 de março de 1557) merece ser lembrada como o dia em que a primeira semente do genuíno evangelho foi plantada em nosso solo. Por mais que tenha sido depois arrancada, hoje, depois de muitas lutas e tentativas, os protestantes estão espalhados pelos quatro cantos deste nosso vasto continente. A lição que fica de tudo isso, é que o exemplo da fé vibrante que nossos antepassados tiveram e como pagaram por aquilo que criam precisa ser honrada em nossos dias por homens e mulheres fidedignos que vivam o evangelho e o propagem com destemor. Hoje devemos contemplar a bandeira que um dia aqui se ergueu de homens que deram a própria vida por amor ao evangelho. Levantemos, pois, esta bandeira ensangüentada para que o mundo saiba do nosso compromisso com a verdade. Lutemos juntos para fazer deste país um lugar diferente, marcado pela ética e moral elevados, marcado por princípios cristãos reformados, marcado pelos exemplos de novos irmãos que, no decalque dos velhos, anseiam em entregar suas vidas pela obra de Deus. S.D.G.

O

PASTORAL

Daniel Alves Pastor da Igreja

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Domingo, 11 de março de 2012 – Ano IV, Número 166 Informativo - IPC

Dia Pregador Presbíteros liturgos Diáconos Escola Dominical Culto para Crianças

Hoje

Rev. Daniel Alves

Todos os presbíteros

Dc. Valdemar e Daniel

Superintendência da EBD

Iracema, Felipe, Ingrid e Thainá

Próximo domingo

Rev. Daniel Alves

Pb. Paulo e Pb. Diemer

Marcio e Dc. Erasmo

Superintendência da EBD

Juçara, Aline, Lisandra e Daniela

APRENDENDO SOBRE A BÍBLIA

Pergunta 166: A quem deve ser administrado o Batismo?

Resposta: O Batismo não deve ser administrado aos que estão fora da Igreja visível, e

assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em

Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem

fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem se

batizadas.

Referências bíblicas: Gn 17:7-9; Lc 18:16; At 2:38,39,41; I Co 7:14; Rm 11:16; Cl 1:11,12;

Gl 3:17,18,29.

A todos que aflitos, buscam a paz; a todos que em lágrimas, buscam consolo; a todos que trabalhando,

buscam servi; a todos que cansados buscam refrigério; a todos que enganados buscam a verdade; a

todos que em pecado, buscam perdão; a todos que solitários, buscam comunhão; a todos que buscam

um sentido para a vida, esta igreja abre suas portas e os acolhe em nome do Senhor Jesus Cristo.

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Domingo, 11 de março de 2012 – Ano IV, Número 166 Informativo - IPC

Nossos Contatos Pastor Efetivo: Rev. Daniel Alves da Costa (51) 3059-9578 / 8111-9569 E-mail: [email protected] Pastor Emérito: Rev. Floyd Eugene Grady (51) 3501-4522 E-mail: [email protected] Vice-Presidente: Pb. Antônio Ricardo Marinho (51) 3466-2503 / 9981-7681 E-mail: [email protected] 1º Secretário: Pb. Vilmar Diemer de Oliveira (51) 3059-3153 / 9823-1822 E-mail: [email protected] 2º Secretário: Pb. Paulo Rodrigues Wanderley (51) 3471-3493 / 9909-7038

E-mail: [email protected]

Rua da Figueira, 383 - N. S. das Graças; Canoas (RS) - CEP 92110-040 - Fone: (51) 3059-9577 - E-mail: [email protected]

Prelúdio

REUNIDOS ADORAMOS

Oração

Leitura bíblica: Salmo 5

Hino “Necessitado” HNC nº 122

CONTRISTADOS CONFESSAMOS

Leitura bíblica: 1ª Coríntios 11:17-34

Oração Silenciosa (Interlúdio musical)

Hino “Redenção” HNC nº 268

Oração

Santa Ceia do Senhor

GRATOS BENDIZEMOS

Leitura bíblica alternada: Salmo 27

Cânticos Congregacionais

Oração (saída das crianças)

REVERENTES OUVIMOS

Mensagem: Rev. Daniel Alves

CONSAGRADOS SERVIMOS

Hino “Povoam as Cidades” HNC nº 302 (Dízimos e Ofertas)

Oração Final

Bênção Apostólica

Amém Tríplice

Poslúdio

Liturgia

Plano Semanal de Leitura da Bíblia