Informativo do S Greve na Eaton resulta em vitória dos...

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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Mirim • nº 87 • Distribuição Gratuita Greve na Eaton resulta em vitória dos trabalhadores! Acima, trabalhadores em greve na porta da fábrica; abaixo, Bicudo durante entrevista à imprensa Após quatro dias de paralisação, a greve na Eaton foi encerrada com uma grande vitória para os funcionários da em- presa. Já os diretores da Eaton, depois de bradar pelos quatros cantos da fábrica que o Sindicato não teria ‘peito’ para interromper a produção, tiveram que engolir as besteiras que disseram. Com 86% de adesão e apenas 14% de pele- gos –que deveriam ter vergonha de olhar na cara dos companheiros de trabalho–, a greve realizada de 24 a 27 de junho foi motivada por diferenças na proposta da PLR e pela recusa da direção da empresa, que se negava a negociar. Enquanto a empre- sa queria pagar R$ 3.025,00, os trabalha- dores reivindicavam R$ 3.500,00. Com a greve, uma mediação foi rea- lizada no Ministério do Trabalho de Mogi Gua- çu, e o acordo foi fecha- do em R$ 3.250,00. “Mais uma vez con- seguimos provar que somente a união entre o Sindicato e os tra- balhadores pode gerar melhorias e conquistas para a classe metalúr- gica”, comentou o presi- dente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Mirim, Ozébio Réquia, o Bicudo. Ele aproveitou para elogiar a comissão de fábrica da Eaton, que hoje serve de exemplo para as comissões de outras empresas. “A diretoria da Ea- ton jogou pesado com os funcionários durante os dias de paralisação, fazendo ameaças, indo buscar trabalhadores em suas residências, enfim, fazendo de tudo para en- fraquecer o movimento. Mas, as tentativas foram em vão e no fim pre- valeceram a união e a garra dos metalúrgicos”, disse Bicudo, lembrando que o Sindicato marcou presença na porta da fábrica nos quatro dias de greve, sempre com dois carros de som.

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Informativo do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Mirim • nº 87 • Distribuição Gratuita

Greve na Eaton resulta emvitória dos trabalhadores!

Acima, trabalhadores em greve na porta da fábrica; abaixo, Bicudo durante entrevista à imprensa

Após quatro dias de paralisação, a greve na Eaton foi encerrada com uma grande vitória para os funcionários da em-presa. Já os diretores da Eaton, depois de bradar pelos quatros cantos da fábrica que o Sindicato não teria ‘peito’ para interromper a produção, tiveram que engolir as besteiras que disseram.

Com 86% de adesão e apenas 14% de pele-gos –que deveriam ter vergonha de olhar na cara dos companheiros de trabalho–, a greve

realizada de 24 a 27 de junho foi motivada por diferenças na proposta da PLR e pela recusa da direção da empresa, que se negava a negociar.

Enquanto a empre-sa queria pagar R$ 3.025,00, os trabalha-dores reivindicavam R$ 3.500,00. Com a greve, uma mediação foi rea-lizada no Ministério do Trabalho de Mogi Gua-çu, e o acordo foi fecha-do em R$ 3.250,00.

“Mais uma vez con-seguimos provar que somente a união entre

o Sindicato e os tra-balhadores pode gerar melhorias e conquistas para a classe metalúr-gica”, comentou o presi-dente do Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Mirim, Ozébio Réquia, o Bicudo. Ele aproveitou para elogiar a comissão de fábrica da Eaton, que hoje serve de exemplo para as comissões de outras empresas.

“A diretoria da Ea-ton jogou pesado com os funcionários durante os dias de paralisação, fazendo ameaças, indo

buscar trabalhadores em suas residências, enfim, fazendo de tudo para en-fraquecer o movimento. Mas, as tentativas foram em vão e no fim pre-valeceram a união e a

garra dos metalúrgicos”, disse Bicudo, lembrando que o Sindicato marcou presença na porta da fábrica nos quatro dias de greve, sempre com dois carros de som.

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EXPEDIENTE: SINDIcaTo DoS TrabalhaDorES NaS INDúSTrIaS

METalúrgIcaS, MEcâNIcaS E DE MaTErIaIS EléTrIcoS DE MogI MIrIM.

Rua Paulino Albejante, 511, Jd. Bicentenário, Mogi Mirim-SP.

Fone: (19) 3862.6540. os textos publicados são de inteira

responsabilidade do SINDIcaTo.

Tiragem: 5 mil exemplares. Distribuição Gratuita.

Sebastião Roberto Pinheiro / Abel / RelógioJosé Donizete Alves / Isma / Relógio

Marcílio Setin / Método / BolsaMarcos R. Conssentine / Allevard / Bolsa

Adriano Rios Guidini / Metal 2 / BolsaOs prêmios devem ser

retirados na sede do Sindicato.

Confira os ganhadores do sorteio

de prêmios!

ALLEVARDDenúncias enviadas ao Sin-

dicato apontam um problema de assédio moral que estaria sendo causado por um líder de turno na Allevard. Funcio-nários afirmam que o infeliz vive fazendo ameaças, do tipo “vocês dependem do salário da empresa para viver”, “quem não estiver satisfeito pode ir direto pro RH!”, e daí para pior. Dizem que o babaca vive co-locando pressão em cima dos trabalhadores, deixando um clima horrível no setor. O Sin-dicato aproveita para lembrar ao dito cujo que já tem o nome dele e que o caso será levado à diretoria da empresa. “Esse cara não é dono da Allevard, como se trata de uma empresa séria, eu não ficarei surpreso se em pouco tempo ele levar um pé na bunda e ter que pas-sar no RH antes de todos que ele ameaça mandar pra lá”, destacou o presidente Bicudo.

IMOAÇOO Sindicato faz aqui um

alerta à diretoria da Imoaço, pois informações dão conta de que brigas internas entre fun-cionários estariam acontecen-do na empresa, colocando em risco até mesmo a segurança dentro do ambiente de traba-lho. Se não bastasse, essas brigas teriam o agravante de contar com a parcialidade por parte de alguns encarregados, que estariam praticando um

tratamento desigual para com os trabalhadores, com dois pesos e duas medidas, devido a um problema bem antigo na humanidade: o dos malditos puxa-sacos!

EATONAntes de começar a greve

da Eaton, que mobilizou mais de 80% do pessoal na fábrica, um gerente de produção ficou ameaçando os funcionários, tentando forçá-los a aceitar o índice de PLR proposto pela empresa. Se não bastasse, o idiota espalhava que o pro-tocolo de greve do Sindicato era inválido para a Eaton, e que a greve duraria no má-ximo um dia e que depois os sindicalistas iriam embora. Ledo engano, seu otário! “Esse idiota teve que engolir todas as besteiras que falou, pois foram quatro dias de greve, com am-pla adesão dos trabalhadores da Eaton. No fim, esse imbecil não passa de mais um pelego dobrado”, disparou Bicudo.

ART MÓVEISE continua a palhaçada na

Art Móveis, com funcionários acumulando duas férias, o que contraria a lei, mesmo com os inúmeros processos por este mesmo problema que já correm contra a empresa na Justiça. O mais grave –e o fiscal já está a par– é que a empresa tem funcionário com 12 anos de casa que até hoje

não foi registrado, além de vários casos de trabalhadores que recebem pagamentos por fora do holerite. Enfim, denunciar esses problemas da Art Móveis parece chover no molhado, mas uma hora a casa cai!

ENAPLICUma reclamação inédita na

Seção Porrada veio do pes-soal que trabalha na Enaplic. Segundo os funcionários, se eles saírem na rua vestidos com o uniforme de trabalho correm o sério risco de serem confundidos com mendigos, devido às péssimas condições das vestimentas fornecidas pela empresa. Alô pessoal da Enaplic, que tal colocar a mão no bolso e oferecer roupas decentes para o pessoal tra-balhar?

FAST-FIXXEnquanto na Enaplic o pro-

blema é com os uniformes, na Fast-Fixx o problema são os banheiros e o pátio da empre-sa, que dia sim e outro tam-bém permanecem imundos, sem uma limpeza decente, de acordo com denúncias dos funcionários da fábrica. Segundo eles, dá até medo de se deparar com ratos e baratas enquanto usam o sa-nitário. Em meio a tudo isso, nem sombra de faxineira. Será que os diretores da empresa também vivem em pocilgas, e por isso não sentem falta de higiene e limpeza no local de trabalho? Se eles vivem na sujeira, problema deles, mas os funcionários não podem trabalhar num ambiente assim. Esperamos que providências sejam tomadas o mais rápido possível!

TURBO MÁQUINASUm grande absurdo, que

contraria a lei, foi registrado na

empresa Turbo Máquinas, que demitiu um membro titular da CIPA (Comissão Interna para Prevenção de Acidentes) do seu quadro de funcionários. Isso porque a lei garante esta-bilidade no emprego para fun-cionários que integram a CIPA, uma vez que cabe aos cipeiros fiscalizar e cobrar a empresa em relação à segurança dos trabalhadores. O cipeiro foi de-mitido apenas três meses após passar a fazer parte da CIPA, justamente porque estava pegando no pé da direção da empresa em relação à falta de segurança dos funcionários.

TURBO MÁQUINAS 2Para se ter uma ideia dos

absurdos registrados na Turbo Máquinas, foi relatado ao Sin-dicato que um operador teria executado a função da má-quina em determinada etapa do trabalho, devido à quebra de um mecanismo. O cabo

de aço que vinha sendo usa-do estourou, e o trabalhador continuou fazendo o serviço “no braço”. O resultado, claro, foi uma lesão na coluna do funcionário, que foi mandado embora mesmo após a aber-tura da CAT e do afastamento pelo INSS, ou seja, também com estabilidade, em mais um desrespeito à lei cometido pela direção da empresa, que certamente não vai escapar ilesa desses absurdos.

FÊNIXOutro acidente de trabalho

foi registrado na Fênix, e mais uma vez por irresponsabilida-de e negligência por parte dos empresários. Um funcionário perdeu o dedo porque estaria fazendo um serviço que não era sua função, operando uma prensa excêntrica, que é uma máquina perigosa e que exige treinamento prévio, que evidentemente não foi

realizado. Sem experiência, a vítima estava operando a má-quina com o estampo aberto, o que também é proibido. Em resumo, vários absurdos num único caso, e o maior preju-dicado, como sempre, foi o trabalhador.

FORUSIFuncionárias da Forusi liga-

ram para o Sindicato revolta-dos com as trancas colocadas nos banheiros femininos da empresa. O problema, segun-do elas, é que as chaves ficam com encarregados, que muitas vezes não são encontrados na hora H, deixando as mulheres em situação constrangedora e até mesmo desesperadora. Numa hora dessas, sem a cha-ve do banheiro, onde elas de-vem fazer suas necessidades? Como na cabeça do patrão é um tanto complicado, que tal se a diretoria da empresa parasse com essa PALHA-ÇADA e deixasse o banheiro destravado?

OTTOUm caso curioso foi regis-

trado na Otto. Segundo de-núncia dos funcionários, um trabalhador teria obtido per-missão para sair mais cedo da empresa e tirar documentos. Até aí, tudo bem. Ocorre que o dono da empresa teria visto o funcionário saindo mais cedo e, desgostoso com o episódio, simplesmente resolveu demitir

o trabalhador, de forma bas-tante radical. A atitude tirana revoltou os colegas de fábri-ca. “Já que esse patrão é tão radical, acho que ele deveria ser radical também na hora de fechar a PLR com o Sindicato, que há 10 anos ele empurra com a barriga, insistindo em descumprir a lei”, disparou o presidente Bicudo.

J.RYALUma grave denúncia de

assédio moral e sexual, que te-riam sido cometidos dentro da fábrica da J.Ryal, já está sendo investigada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi Mirm. Segundo informações, um membro da chefia seria res-ponsável pelos dois crimes, ao tratar funcionários aos gritos e palavrões e as funcionárias com bombons e doces, além de gracejos constrangedores. A denúncia é grave, todos sa-bem de quem se trata, então é bom que o duas faces fique na sua, pois o dele está na reta e o bicho vai pegar.

J.RYAL 2Outros problemas registra-

dos na J.Ryal dizem respeito à falta de equiparação salarial entre os funcionários do setor de estamparia e ao vestiário da empresa, que permanece fechado pela diretoria em ho-rários nos quais deveria estar aberto, dificultando ainda mais a vida dos trabalhadores.

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Fiscalizações encontram irregularidades em empresas

www.sindmetmm.com.brAcesse e confira!

Painel da PLREmpresas que já fecharam com o Sindicato:

Abel, Afiak, Allevard, Balestro, Borsarin Filhos, Cortag, Eaton, Gravaço, Iprel, Isma, Juntapiso,Lindsay, Petra Móveis, Metal 2, Método, Mogiano, Sacmi, Sabó, Santo Ex-pedito, Tenneco, Auto Mecânica Solevolks, Catarino Torrani, Ind. Calhas Adorno, Ind. Acess. Hospitalares, Luiz A. A., Mec. Agr. JL, Mojimak, NJ Cardoso, Pedro de Oliveira Filho, Promafer, Serralheira Irmãos Guidini, Luiz A. A. Sobreiro, E. R. de Oliveira, Incam, J. E. Oliveira, Paulo Alexandre, Reinaldo Fuzeto, VM de Moraes, W. Lodi Exaustores e Lanza Terraplenagem.

Força Sindical move ação coletiva buscando recuperar perdas do FGTS

Durante os meses de junho e julho, o presiden-te do Sindicato dos Meta-lúrgicos, Ozébio Réquia, o Bicudo, acompanhou o auditor fiscal do Mi-nistério do Trabalho de Campinas e Região, An-tonio Carlos Avancini, em fiscalizações realizadas nas empresas Allevard e Syl, e em ambas foram

encontradas irregulari-dades.

Na Allevard os proble-mas encontrados foram excesso de horas-extras –levando funcionários ao limite do cansaço físico e mental, fato ex-tremamente perigoso– e irregularidade num tipo de forno, que chegou a pegar fogo no exato

momento em que a fis-calização era realizada na empresa. O forno foi interditado ha hora, e posteriormente foi con-sertado pela direção da empresa, que também tomou prov idênc ias quanto ao excesso de horas-extras com a con-tratação de 20 novos funcionários.

No Syl foi constatado que, embora empregue

mais de 80 trabalha-dores, a empresa não tem CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) forma-da, contrariando a lei e mostrando descaso em relação à segurança dos empregados.

Outros problemas são a falta de recolhimento do imposto sindical e o não pagamento de PLR aos funcionários.

“A direção da empresa foi notificada e se com-prometeu a solucionar os problemas o mais rápido possível. Vamos aguar-dar e cobrar”, comentou Bicudo, lembrando que as fiscalizações continu-arão sendo realizadas. “A lista de empresas é grande, e neste mês de agosto várias visitas sur-presas irão acontecer”, avisou o sindicalista.

A Força Sindical, em conjunto com todos os sindicatos da base me-talúrgica, está movendo uma ação coletiva, por meio de um escritório de advocacia de Brasília, buscando recuperar per-das referentes ao FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) dos trabalhadores.

As perdas foram oca-sionadas devido à apli-cação incorreta dos ín-dices de juros e correção monetária sobre o saldo do FGTS desde 1999,

gerando diferenças que podem chegar a 88,3% do valor”, explicou a au-xiliar administrativa do Sindicato dos Metalúrgi-cos de Mogi Mirim, Ana Paula.

Os interessados em participar da ação cole-tiva devem procurar o

Sindicato e falar direta-mente com a Ana Paula. Vale lembrar que a ação é aberta para associados e não-associados, e tam-bém para trabalhadores de outras categorias, além da metalúrgica. Mais informações pelo fone 3862-6540.