Informativo Global Forum America Latina - 4

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LARGADA PARA A MUDANÇA Informativo do GFAL Junho de 2008 O sucesso do Global Forum América Latina, realizado em Curitiba de 18 a 20 de junho, pode ser medido em números e em resultados. Superando todas as expectativas, o encontro teve mais de 1.200 participantes, que se deslocaram de 14 estados brasileiros e de mais cinco países para discutir a educação para os negócios com foco na sustentabilidade. O resultado foi um debate intenso e enriquecedor, que se estendeu por três dias em palestras, workshops, sessões temáticas e muita troca de informação entre todos os participantes. Ao final, nenhuma dúvida de que o tema da sustentabilidade ganhou corpo na agenda das organizações representadas. E o mais importante: foi apenas o começo. O Global Forum continua, com novos eventos programados e com a formação de uma rede de informações via internet. PARTICIPANTES AVALIAM O EVENTO Página 2 GRANDES NOMES, NOVAS IDÉIAS Páginas 4 e 5 86 TRABALHOS APRESENTADOS Página 6 AGENDE OS ENCONTROS QUE VÊM AÍ Página 8

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Informativo do GFAL Junho de 2008

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LARGADA PARA A MUDANÇA

Informativo do GFAL Junho de 2008

O sucesso do Global Forum América Latina, realizado em Curitiba de 18 a 20 de junho, pode ser medido em números e em resultados.

Superando todas as expectativas, o encontro teve mais de 1.200 participantes, que se deslocaram de 14 estados brasileiros e de mais

cinco países para discutir a educação para os negócios com foco na sustentabilidade. O resultado foi um debate intenso e enriquecedor, que

se estendeu por três dias em palestras, workshops, sessões temáticas e muita troca de informação entre todos os participantes. Ao final,

nenhuma dúvida de que o tema da sustentabilidade ganhou corpo na agenda das organizações representadas. E o mais importante: foi

apenas o começo. O Global Forum continua, com novos eventos programados e com a formação de uma rede de informações via internet.

PARticiPANtes AvALiAM o eveNtoPágina 2

GRANDes NoMes, NovAs iDéiAsPáginas 4 e 5

86 tRAbALhos APReseNtADosPágina 6

AGeNDe os eNcoNtRos qUe vêM AíPágina 8

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GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

exPeDieNteInformativo produzido pela Coordenadoria de Comunicação Social do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep)

Supervisão geral e jornalista responsável: Luiz Henrique Weber (Mtb 2.441/PR) – Coordenação: Silvio Lohmann e Solange Patrício – Edição:

Lorena Klenk – Reportagens: Caroline Bosi; Christiane Kremer; Elvira Fantin; Edilane Marques; Eduardo Nunes; Juliana Bannach; Ricardo

Sabbag; Rosemeiry Tardivo – Fotografia: Gilson Abreu; Rogério Machado; Rogério Theodorovy – Projeto gráfico e diagramação: Literal Link

Comunicação Integrada, João Carlos Gomes Braga e Marco Antonio Leodoro – Impressão: Gráfica Capital.

UMA seMeNte beM PLANtADADePoiMeNtos

Esta discussão é muito importante porque expõe experiências do

Brasil, o que mostra que estamos avançando. O Global Forum é mais

um passo neste processo de integração entre universidade, setor

produtivo e sociedade, que formam o tripé do desenvolvimento de

qualquer país.

Luiz Renato de Araújo Pontes, pró-reitor da Universidade

Federal da Paraíba

É um evento que conseguiu reunir todo o público necessário para

discutir, de forma fácil e diferente, apreciativa, a importância da

sustentabilidade, que garante a nossa sobrevivência.

Manoel Altivo da Luz, arquiteto e vice-presidente do Sindicato

Patronal Rural de Cairu (BA), único município-arquipélago do Brasil

Foi um evento muito produtivo, muito vivo e

dinâmico. Não só abriu a oportunidade de

participação, mas fez da participação ativa

a própria base dos debates. O fato de juntar

grupos formados por diferentes setores

estimula o surgimento de idéias. Esse foi o

grande diferencial.

Sirlei Kleina, coordenadora do voluntariado do Hospital das

Clínicas do Paraná

Creio que a universidade tem capacidade para se adaptar a essa

nova realidade. Deste encontro espero uma maior facilidade de

diálogo entre as partes e a definição de interlocutores.

Benjamim de Melo Carvalho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação

da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e presidente do

Conselho Paranaense de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação

Espero que este seja o primeiro grande passo para concretizar

as propostas de sustentabilidade. Que cada um saia daqui

como um agente transformador e multiplicador do conceito de

sustentabilidade.

Marli Bonatti, assistente social da Volvo do Brasil em Curitiba (PR)

As dinâmicas feitas durante o Global Forum foram muito interessantes.

Mas mais interessante do que as respostas é o processo. O relevante

aqui é o engajamento das pessoas.

Carlos Américo Pacheco, professor do Instituto de Economia da

Unicamp (SP)

O evento foi além das expectativas e os

resultados devem ser surpreendentes. A

organização foi muita bem feita, todas as

palestras foram motivadoras e a união de

um público tão diversificado é essencial

para o desenvolvimento sustentável.

Aneli Martins da Silva, coordenadora

acadêmica da ISAE/FGV

Todos os participantes do Global Forum puderam

registrar sua opinião em vídeo on-line. Para assistir aos

depoimentos e entrevistas feitas durante o evento, acesse

globalforum.vflow.com.br

La sustentabilidad de la especie y el

planeta será un paradigma obligado

de toda formación profesional y de

las dinamicas culturales. El cuidado

y cuidar serán las nuevas categorías

que van a reenfocar todos los

saberes académicos y culturales. Y

no es una opción, es una necesidad para el significado y

pertinencia de las profesiones y la investigación.

José Bernardo Toro, filósofo e educador colombiano.

Assessor estratégico da Fundação Avina

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Iniciativa pioneira na América Latina, o Global Forum realizado

em Curitiba deixou um balanço bastante positivo e a semente

de um processo que deve se intensificar a partir de agora.

As idéias e proposições formuladas pelos mais de 1.200

participantes serão desdobradas em propostas de ações

efetivas para que o Brasil e o continente promovam o avanço

na educação e na formação de novos líderes e gestores, com

foco na sustentabilidade.

O encontro, promovido pelo Sistema Fiep e parceiros de 18

a 20 de junho, reuniu representantes de empresas (35%),

academia (35%), sociedade civil (23%) e órgãos públicos

(7%), de 14 estados brasileiros e de outros cinco países:

Argentina, Chile, Paraguai, Uruguai, Espanha e Estados

Unidos.

As proposições surgidas no Global Forum resultam de

um trabalho compartilhado por todos os participantes.

A metodologia aplicada reuniu o público em 110 grupos,

cada um deles formado por representantes de empresas, de

instituição de ensino superior e de entidades da sociedade

civil.

Como resultado dos três dias de trabalho, foi elaborado um

documento contendo as “proposições provocativas”, que

será base dos trabalhos para a continuidade do movimento.

“Saímos daqui com um conjunto de proposições provocativas

para fomentar essa articulação entre indústria, academia

e sociedade civil para a sustentabilidade. Nos próximos

encontros, vamos transformar a visão em ação”, afirmou o

presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures.

Durante dois dias, os presentes ouviram palestras

inspiradoras, como a do consultor indiano Ram Charan, e

debates de especialistas, como Oscar Motomura (do Grupo

Amana-Key), Christina Carvalho Pinto (Mercado Ético),

GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

UMA seMeNte beM PLANtADA

Cláudio de Moura Castro (Faculdade Pitágoras) e Mario

Manzoni (Fundação Getúlio Vargas).

HIStóRICo As conferências Global Forum integram um movimento

presente em todo o mundo, de repensar o papel das

empresas e dos negócios em relação à sustentabilidade.

Marco importante desse processo é o Pacto Global,

iniciativa proposta em 2000, pelo então secretário-geral da

ONU, Kofi Annan, à comunidade empresarial internacional

em torno de dez princípios reconhecidos como universais

nas áreas de direitos humanos, trabalho e meio ambiente.

Em 2002 surgiu o Movimento BAWB (Negócios como

Agentes em Benefício do Mundo), criado pela Escola de

Negócios da Case Western Reserve University e que chegou

ao Brasil em 2003, por iniciativa da Fiep.

Correspondendo à diretriz de repensar a educação superior

de gestão de negócios, a Escola de Negócios da Case Western

Reserve University, junto com a Academy of Management e

o Pacto Global da ONU organizaram em outubro de 2006,

em Cleveland (EUA), o primeiro BAWB-Global Forum.

Trabalho compartilhado foi a marca do evento

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GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

DestAqUes

o dESaFIo do SéCulo

Um auditório lotado acompanhou o painel da abertura

oficial do Global Forum, com o tema “Princípios para a

Educação em Gestão Responsável”. Todos os palestrantes

concordaram que a busca da sustentabilidade é um dos

principais desafios a serem enfrentados a partir de agora

por empresas e pela sociedade em geral.

“É necessário garantir a sustentabilidade dos negócios,

dos valores humanos, dos arranjos e valores sociais que

construímos”, disse o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo

da Rocha Loures.

O presidente da Fundação Brasileira para o

Desenvolvimento Sustentável (FBDS), Israel Klabin,

chamou a atenção para a fragilidade do atual modelo de

sustentação do planeta, causada por três categorias de

inviabilidades: ambiental (relacionada à matriz energética,

baseada em combustível fóssil), econômica (reflexo do

modelo macroeconômico que pauta o crescimento da

economia pelo aumento do consumo) e social (gerada

pela distribuição desigual dos benefícios que a sociedade

produz de forma globalizada).

O coordenador da área de academia e negócios do Pacto

Global da ONU, Jonas Haertle, exortou as empresas

a aderirem à iniciativa. Segundo ele, as perspectivas

são animadoras. “Começamos no ano 2000 com 20

empresas. Hoje são 4 mil em todo o mundo e a meta é

que as 75 mil companhias transnacionais façam parte do

pacto”, disse.

Ram CHaRan E o PodER da mEntE

Com uma mensagem aparentemente simples, mas

repleta de significados, o consultor indiano Ram Charan

atraiu a atenção de todos os participantes do Global

Forum América Latina na última quinta-feira. Reconhecido

como um dos mais influentes consultores de negócios do

mundo, Charan resumiu em 10 princípios o caminho para

dar efetividade às iniciativas de inovação social e criação

de redes sociais sustentáveis.

Os princípios estabelecidos pelo consultor recomendam

a definição clara e precisa de prioridades, a busca de

resultados mensuráveis, o diálogo como forma de obter o

consenso e a identificação de lideranças que possam se

comprometer localmente com cada projeto. Por fim, disse

Charan, “tenha em mente que a vida é a felicidade. Seja feliz

e, mais importante, faça outras pessoas felizes”.

Para ilustrar suas idéias, Charan recorreu a vários exemplos

práticos de iniciativas de inovação social, como a da assistente

social que ajudou uma menina indiana surda e muda a criar

uma linguagem baseada em toques nas mãos, o que a

retirou do isolamento e a conduziu ao desenvolvimento; e

a da banda de rapazes americanos negros, organizada a

partir da liderança de um deles, que ultrapassou a barreira

da pobreza com a dança e a música.

A chave para o desenvolvimento sustentável, segundo

Charan, está em desenvolver a mente. “As pessoas,

mesmo as analfabetas e as que vivem na pobreza, têm

o poder de raciocinar e é com o raciocínio que devemos

trabalhar. É preciso fazê-las falar e ouvi-las, orientá-las

para articular o pensamento, para ter lógica. É preciso

lidar com o poder da mente”, ensinou. “No mundo todo

há casos de analfabetos que ergueram impérios e só

depois aprenderam a ler e escrever.”

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GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

PRImEIRo PaSSo: mudaR aS PESSoaS

Mudanças são feitas por pessoas. Por isso, a difusão do conceito

de sustentabilidade no mundo dos negócios e na academia

passa pela transformação no plano individual. Esta idéia foi

a tônica do diálogo Alianças Estratégicas entre Empresas,

Universidades e Sociedade.

Os palestrantes concordaram que nos últimos anos ocorreu no

Brasil um avanço da consciência socioambiental, mas ele ficou

restrito a uma elite mais informada. O desafio agora é fazer

migrar o conceito da sustentabilidade para as demais camadas

da sociedade.

“É preciso fazer perguntas a si mesmo. O que eu gostaria de ser

e fazer neste processo? Onde estão os meus valores? Este é o

verdadeiro processo de reconstrução da vida”, disse Christina

Carvalho Pinto, diretora e apresentadora do programa de TV

Mercado Ético.

Oscar Motomura, fundador e principal executivo do Grupo

Amana-Key, destacou a força dos pequenos atos. Para ele, não

existe nada mais poderoso do que a iniciativa das pessoas,

mas é preciso “voar”: “As pessoas devem subir no helicóptero

e ver a conexão de seu departamento com a empresa, de sua

empresa com a sociedade e, numa perspectiva mais ampla, ver

a empresa sob o prisma do planeta”.

Para Ricardo Young, presidente do Instituto Ethos, a sociedade

clama por lideranças com capacidade de olhar além do interesse

pessoal, da sua organização ou do seu setor. “Está decretada a

falência do líder herói, setorial”, afirmou.

O economista e educador Cláudio de Moura Castro disse que

não há avanço possível sem informação e conhecimento: “É

preciso trilhar todo o processo da educação, sem pular etapas.

uma PRoPoSta ConCREta A Associação Nacional dos Cursos de Graduação em

Administração (Angrad) vai propor ao Conselho Nacional

de Educação (CNE) a obrigatoriedade do ensino de

responsabilidade social em todos os cursos de graduação

em Administração do Brasil. O anúncio foi feito durante

o Global Forum pelo presidente da entidade, Antônio de

Araújo Freitas Júnior.

“O objetivo é sinalizar de alguma forma no nível de

graduação o ensino da responsabilidade social, mas

cada escola poderia escolher o seu programa.”, afirmou

Freitas, que é também diretor executivo da Escola

Brasileira de Administração Pública e de Empresas da

Fundação Getúlio Vargas (FGV). Na visão do professor,

o diálogo promovido pelo Global Forum é fundamental,

“mas é preciso também tomar decisões concretas, como

a definição das diretrizes curriculares”.

Outra forma de promover a sustentabilidade, segundo

ele, é inserir no Enade (Exame Nacional de Desempenho

dos Estudantes) questões que envolvam responsabilidade

social. “A universidade brasileira tem um poder de

adaptação muito rápido, mas ela precisa ser direcionada.

Como todas as escolas querem ser bem avaliadas no Enade,

elas adequarão suas grades curriculares”, acredita.

Outro aspecto enfatizado foi a necessidade de aproximação

entre os meios acadêmico e empresarial. “A academia

pode produzir inovação e conhecimento focados na

gestão sustentável, mas a indústria precisa apresentar

demandas para que o trabalho seja mais efetivo”, disse

Mario Monzoni, coordenador do Centro de Estudos em

Sustentabilidade da FGV.

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GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

NotAsUM PAiNeL De AÇÕes

Um diversificado painel de estudos e ações concretas

relacionadas à sustentabilidade foi apresentado aos

participantes do Global Forum América Latina. Foram

86 trabalhos de 13 estados brasileiros e de mais três

países (Argentina, Uruguai e Portugal), divididos em

12 áreas temáticas. Práticas de relacionamento da

empresa com seus stakeholders, governança corporativa,

empreendedorismo e tecnologias sociais, finanças

sustentáveis e políticas públicas e sustentabilidade foram

alguns dos temas abordados em relatos e resumos de

experiências de empresas, universidades, organizações

não-governamentais e instituições públicas.

“Pudemos ver experiências e práticas do mercado

e da própria academia, que começam a trabalhar

com este novo desafio de buscar soluções de negócio

que atendam os interesses dos acionistas, mas que

também sejam capazes de promover o desenvolvimento

sustentável – duas condições obrigatórias em qualquer

solução apresentada daqui para a frente”, disse Mário

Monzoni, coordenador da FGV-EAESP, responsável pela

escolha dos doutores que selecionaram os trabalhos

apresentados.

IntEgRação EmPRESa-aCadEmIa

O professor Freud Jone Fernandes Oliveira, do Centro

Universitário de Maringá (Cesumar), apresentou a

experiência da integração promovida desde o ano

passado entre a instituição e o Núcleo de Excelência em

Tecnologia da Informação (NExTI). “Identificamos ações

que respondem à demanda do mercado e às expectativas

da academia e da sociedade. O Brasil está na alça de

mira de diversos setores e a TI é um deles”, observou.

FInançaS SuStEntávEIS

Na área de finanças sustentáveis, a professora Annerose

Nakakura, da Fundação Escola de Comércio Álvares

Penteado (Fecap), apresentou uma pesquisa de campo que

avaliou o impacto das práticas de governança corporativa

na rentabilidade do mercado financeiro. Segundo ela, a

transparência das informações é fundamental porque

atrai mais investidores e gera maior rentabilidade. “A

Perdigão, por exemplo, registrou um aumento de 58,79%

no valor das suas ações, entre janeiro de 2006 e julho de

2007”, informou.

PolítICaS PúblICaS

Karina Aguilar Baratella, coordenadora de Sustentabilidade da Natura

Cosméticos, apresentou o Projeto Carbono Neutro. “O objetivo da Natura

é praticar o bem-estar, alinhando estratégia de sustentabilidade, geração

de renda e utilização de energia renovável, beneficiando a empresa e a

sociedade através da oferta de refil para nossos produtos e utilização

de fontes vegetais, como o álcool orgânico”, contou Karina. Ela lembrou

que algumas ações de sustentabilidade podem aumentar os custos da

empresa, mas são compensadas pela redução das emissões de carbono.

Freud Oliveira, do Cesumar

Karina Baratella, da Natura

sUsteNtÁveis

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GFAL nA bLoGosFerA - Os três dias de evento em

Curitiba deram início a uma reflexão compartilhada que

continua agora em outros encontros e também na blogosfera.

O site gfal.blogspot.com é um ambiente virtual criado para

agregar blogs, formando uma rede social de agentes dedicados

ao tema da sustentabilidade. Nesse espaço você encontra

artigos, notícias, análises e também pode adicionar seu próprio

blog, além de enviar comentários sobre todo o conteúdo.

GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

redes e sustentAbiLidAde As relações entre responsabilidade social e sustentabilidade

empresarial e a importância da gestão de redes para o

desenvolvimento foram os assuntos da pós-conferência Redes

Sociais e Sustentabilidade, que aconteceu no dia 20, com a

participação do economista e estudioso de redes sociais David de

Ugarte, da Espanha, e do professor e analista político Augusto de

Franco. Durante a pós-conferência foi lançada a Escola-de-Redes,

uma iniciativa internacional que congrega pessoas dedicadas à

investigação teórica, à disseminação de conhecimentos sobre redes

sociais e à criação e transferência de tecnologias de netweaving,

que terá um primeiro ponto no Brasil na cidade de Curitiba.

superestruturAAs 1,2 mil pessoas que participaram do GFAL foram recebidas

com uma grande estrutura, pensada para atender a todas as

necessidades. O evento ocupou uma área de 3,3 mil metros

quadrados, divididos em dois pisos. No espaço de palestras, cada

uma das 125 mesas de trabalho recebeu um laptop interligado em rede.

Também foi montada uma lan house, com 12 computadores conectados à

internet. No piso superior, um lounge recebia os participantes interessados

em troca de experiências e networking, Entre os serviços oferecidos, um

café, bartender com drinks não alcoólicos e estande de massagens. Um

sistema de vídeo via web transmitiu ao vivo todas as palestras, além de

dois telejornais diários com os destaques do GFAL.

NotAs

proposições provocAtivAs - O presidente do Sistema

Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures,

lançou durante o GFAL o livro Proposições Provocativas – ensaios sobre

sustentabilidade e educação. O livro está disponível no site do Global

Forum (www.globalforum.com.br), no campo downloads.

pActo GLobAL - O Global Forum América Latina também foi

um canal de divulgação do Pacto Global, uma iniciativa da ONU destinada

a promover a cidadania corporativa responsável. Com o objetivo de ampliar

o número de empresas brasileiras signatárias, foi realizada a Oficina de

COP (Comunicação de Progresso). Os 200 participantes – empresários,

representantes de organizações não-governamentais e membros da

academia – conheceram os princípios do pacto a partir de experiências

relatadas por empresas signatárias. Atualmente, participam do Pacto

Global 227 empresas brasileiras e 75 mil em todo o mundo.

AvAnços e desAFios - A trajetória do movimento de

Responsabilidade Social Corporativa nos últimos dez anos, tendências

e desafios, foram temas do evento paralelo ao GFAL realizado pelo

Instituto Ethos. Segundo o presidente do instituto, Ricardo Young, o

movimento registrou notável avanço no Brasil, “mas há ainda muitos

desafios, inclusive criar massa crítica que permita a formação de uma

cultura de responsabilidade social”.

diAGnóstico - Outro evento paralelo foi o Seminário de

Apresentação de Resultados do Diagnóstico de Sustentabilidade

Corporativa/Paraná, uma pesquisa-piloto feita em cinco empresas, sob

a coordenação da Fundação Brasileira de Desenvolvimento Sustentável

(FBDS), em parceria com a Unindus, Sesi e Senai. Clarrisa Lins, diretora

da FBDS, revelou que “as empresas estão mais atentas e sabem que

precisam adotar indicadores de ecoeficiência”.

de bem com o meio Ambiente - O gás carbônico

emitido durante o Global Forum América Latina (GFAL) foi neutralizado

por uma área reflorestada localizada no município de Porto Rico, no

Noroeste do Paraná.

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Três encontros já estão agendados para dar continuidade ao

Global Forum América Latina e transformar em ações práti-

cas a reflexão sobre sustentabilidade realizada em Curitiba. O

primeiro Call for Action (chamada para a ação) será no Cietep,

em Curitiba, nos dias 29 e 30 de julho. Nos dias 20 e 21 de

agosto, acontece na Fecomercio, em São Paulo, um encontro

preparatório para o segundo Call for Action, que acontecerá

nos dias 20 e 21 de novembro, também em São Paulo.

Além disso, no fim de outubro o presidente do Sistema Fiep,

Rodrigo da Rocha Loures, vai a Puebla, no México, para o en-

contro do Cladea (Consejo Latinoamericano de las Escuelas

de Administración). Ele vai apresentar a representantes das

maiores escolas de Administração da América Latina as

proposições reunidas no Global Forum em Curitiba.

O resultado de todos esses debates será levado ao Global Fo-

rum de Cleveland, em junho de 2009.

A idéia é promover, a partir de agora, uma chamada coletiva

para que os participantes do Global Forum e outras pessoas

que desejem se agregar ao movimento se convertam em

agentes de iniciativas concretas em favor da sustentabilidade.

Os três dias do GFAL deixaram claro que esta pode ser a maior

oportunidade econômica, social e de negócios do século 21.

GLOBAL FORUM AMÉRICA LATINA

Novos eNcoNtRos DÃo seqÜêNciA Ao GLobAL FoRUM

Rodrigo da Rocha Loures

O desafio é definir como essa oportunidade pode ser aproveitada por cada

um de nós, pelas empresas, pelas universidades e grupos sociais.

Para isso, é importante o envolvimento de todos no acompanhamento dos

resultados do GFAL. Inscreva-se para os próximos encontros e mantenha-se

informado pelo site www.globalforum.com.br.