Informativo IPC nº 159

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IPC - Interessados pela Palavra de Deus - Prestando Serviço em Amor - Cultuando ao Deus vivo www.ipcanoas.com.br Domingo, 22 de janeiro de 2012 – Ano IV, Número 159 Informativo - IPC oincidentemente, esta semana me deparei com algo que, à primeira vista, pode não parecer diretamente relacionado com a Reforma. Um vídeo de divulgação de uma nova plataforma digital, chamada O Sonho Brasileiro, demonstrava todo o conceito por trás desta iniciativa. O serviço, baseado em uma pesquisa que busca entender os sonhos comuns a todo brasileiro e como concretizá-los, exaltava a nova geração de jovens como chave para vencer esse desafio: descolados, autênticos, ausentes de preconceitos, dispostos a colaborar e respeitar opiniões. A impressão não é outra, se não a de que estamos prestes a passar por uma verdadeira revolução. Como era de se esperar, a exemplo de muitas outras vezes, os preceitos bíblicos correm diretamente em direção oposta aquilo que a sociedade hoje prega como normal e até mesmo desejável. Entender como o papel da reforma, em seu sentido mais contundente - de retorno as Escrituras - poderia ser aplicado aos dias de hoje, requer que entendamos uma outra faceta desta questão. Não devemos ingenuamente pensar que reformar algo é exclusividade dos protestantes. A própria Igreja Católica teve sua Reforma, como uma reação ao movimento protestante, da mesma forma que diversas nações passaram por reformas com viés não só religioso, mas também social, econômico e político. Reformar implica em não concordar com a forma que algo foi recebendo ao longo do tempo, reformando-a com vistas ao molde original. Porém, por outro lado, se tal coisa foi deformada, é por que este outro olhar julgou que aquilo que na verdade estava em sua forma ideal, não passava de uma sombra do que seria este formato perfeito. Dessa forma, é útil entender como o senso comum concebe a forma ideal de mundo versus aquilo que as Escrituras nos ensinam. Se por um lado o modernismo tragicamente estabeleceu a razão sem Deus como o centro da existência humana, por outro, o pós-modernismo agravou a situação, tornando essa mesma razão subjetiva, condicionada à experiência de cada indivíduo. Porém, a própria busca do racional, do lógico, deveria ser algo desprovido de subjetividade, que é algo inerente à individualidade humana. Mesmo contraditória, essa visão ganha cada vez mais força, à medida em que o culto à subjetividade suplanta com folgas qualquer outra ideologia, até mesmo a outrora busca infrutífera pela razão. Historicamente, o homem sempre foi um ser social e nenhum outro projeto foi capaz de reforçar tais laços como o cristianismo. A ideologia atual, de uma feiura evidente, torna o homem um ser desconexo em seu meio, distante de tudo aquilo que o faz humano. O objetivo atual, de tornar o homem um ser extremamente individualista, repleto de si e acima de contestações em seu comportamento é alimentado pelo surgimento de tecnologias capazes de mascarar tamanho isolamento com uma multidão de relacionamentos frágeis e superficiais, que vão sendo colecionados como medalhas em uma patética prova de capital social. A condenação a um comportamento equivocado é entendida como uma violação à sagrada individualidade alheia, o que justifica o início de discussões acaloradas, repletas de insultos e argumentos vazios, onde vence quem arregimentar o maior número de ofensores. Porém, por mais baixos que sejam os xingamentos nessa discussão, o grande e único pecado foi daquele que ousou questionar a sagrada individualidade alheia. Essa visão dominante privilegia o politicamente correto ao invés do verdadeiro. A diferença entre ambas as vertentes é clara: uma tende à acomodação, mesmo que entre contradições evidentes, enquanto que a segunda analisa - ou deveria analisar - todas as coisas sob a luz de algo absoluto e imutável: a Palavra de Deus, a qual jamais se contradiz. Este é apenas um dos sintomas de um câncer terminal. A falta de propósito do homem hoje não cessará pela busca de mais liberdade, mais ideais ou mais bens. Almejar tais coisas apenas desvia o homem do pensar, combustível para a ação transformadora, de que tanto necessita a sociedade. O caminho que trilhamos inevitavelmente nos levará a uma sociedade apática, que deseja apenas ser servida com alimentos que nutrem apenas o corpo e os sentidos, mesmo que à custa de um espírito em estado terminal por inanição. Uma apatia que transforma-se em violência verbal e física, sem qualquer escala entre uma e outra, pelo simples contrariar à vontade imediata. O propósito humano é alcançado pela subtração. Quanto mais subjugado a Cristo, menos o homem estará inclinado à sua natureza caída, já que sua verdadeira face não surge por colocar mais lama em seu rosto, mas por lavar-se em obediência à Palavra. Enquanto que a Reforma do mundo consiste na adição daquilo que apenas incha a carne, mas esvazia o espírito, a de Cristo ensina que a subtração é capaz de alimentar não apenas uma carne e um espírito, mas de fazer viver com plenitude toda uma sociedade, a exemplo do que ocorreu na própria igreja primitiva e nos dias da Reforma Protestante. C PASTORAL Rafael Brinker Membro da Igreja

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Boletim semanal da Igreja Presbiteriana de Canoas

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Domingo, 22 de janeiro de 2012 – Ano IV, Número 159 Informativo - IPC

oincidentemente, esta semana me deparei com algo que, à primeira vista, pode não parecer diretamente

relacionado com a Reforma. Um vídeo de divulgação de uma nova plataforma digital, chamada O Sonho Brasileiro, demonstrava todo o conceito por trás desta iniciativa. O serviço, baseado em uma pesquisa que busca entender os sonhos comuns a todo brasileiro e como concretizá-los, exaltava a nova geração de jovens como chave para vencer esse desafio: descolados, autênticos, ausentes de preconceitos, dispostos a colaborar e respeitar opiniões. A impressão não é outra, se não a de que estamos prestes a passar por uma verdadeira revolução. Como era de se esperar, a exemplo de muitas outras vezes, os preceitos bíblicos correm diretamente em direção oposta aquilo que a sociedade hoje prega como normal e até mesmo desejável. Entender como o papel da reforma, em seu sentido mais contundente - de retorno as Escrituras - poderia ser aplicado aos dias de hoje, requer que entendamos uma outra faceta desta questão. Não devemos ingenuamente pensar que reformar algo é exclusividade dos protestantes. A própria Igreja Católica teve sua Reforma, como uma reação ao movimento protestante, da mesma forma que diversas nações passaram por reformas com viés não só religioso, mas também social, econômico e político. Reformar implica em não concordar com a forma que algo foi recebendo ao longo do tempo, reformando-a com vistas ao molde original. Porém, por outro lado, se tal coisa foi deformada, é por que este outro olhar julgou que aquilo que na verdade estava em sua forma ideal, não passava de uma sombra do que seria este formato perfeito. Dessa forma, é útil entender como o senso comum concebe a forma ideal de mundo versus aquilo que as Escrituras

nos ensinam. Se por um lado o modernismo tragicamente estabeleceu a razão sem Deus como o centro da existência humana, por outro, o pós-modernismo agravou a situação, tornando essa mesma razão subjetiva, condicionada à experiência de cada indivíduo. Porém, a própria busca do racional, do lógico, deveria ser algo desprovido de subjetividade, que é algo inerente à individualidade humana. Mesmo contraditória, essa visão ganha cada vez mais força, à medida em que o culto à subjetividade suplanta com folgas qualquer outra ideologia, até mesmo a outrora busca infrutífera pela razão. Historicamente, o homem sempre foi um ser social e nenhum outro projeto foi capaz de reforçar tais laços como o cristianismo. A ideologia atual, de uma feiura evidente, torna o homem um ser desconexo em seu meio, distante de tudo aquilo que o faz humano. O objetivo atual, de tornar o homem um ser extremamente individualista, repleto de si e acima de contestações em seu comportamento é alimentado pelo surgimento de tecnologias capazes de mascarar tamanho isolamento com uma multidão de relacionamentos frágeis e superficiais, que vão sendo colecionados como medalhas em uma patética prova de capital social. A condenação a um comportamento equivocado é entendida como uma violação à sagrada individualidade alheia, o que justifica o início de discussões acaloradas, repletas de insultos e argumentos vazios, onde vence quem arregimentar o maior número de ofensores. Porém, por mais baixos que sejam os xingamentos nessa discussão, o grande e único pecado foi daquele que ousou questionar a sagrada individualidade alheia. Essa visão dominante privilegia o politicamente correto ao invés do verdadeiro. A diferença entre ambas as vertentes é clara: uma tende à acomodação, mesmo que entre

contradições evidentes, enquanto que a segunda analisa - ou deveria analisar - todas as coisas sob a luz de algo absoluto e imutável: a Palavra de Deus, a qual jamais se contradiz. Este é apenas um dos sintomas de um câncer terminal. A falta de propósito do homem hoje não cessará pela busca de mais liberdade, mais ideais ou mais bens. Almejar tais coisas apenas desvia o homem do pensar, combustível para a ação transformadora, de que tanto necessita a sociedade. O caminho que trilhamos inevitavelmente nos levará a uma sociedade apática, que deseja apenas ser servida com alimentos que nutrem apenas o corpo e os sentidos, mesmo que à custa de um espírito em estado terminal por inanição. Uma apatia que transforma-se em violência verbal e física, sem qualquer escala entre uma e outra, pelo simples contrariar à vontade imediata. O propósito humano é alcançado pela subtração. Quanto mais subjugado a Cristo, menos o homem estará inclinado à sua natureza caída, já que sua verdadeira face não surge por colocar mais lama em seu rosto, mas por lavar-se em obediência à Palavra. Enquanto que a Reforma do mundo consiste na adição daquilo que apenas incha a carne, mas esvazia o espírito, a de Cristo ensina que a subtração é capaz de alimentar não apenas uma carne e um espírito, mas de fazer viver com plenitude toda uma sociedade, a exemplo do que ocorreu na própria igreja primitiva e nos dias da Reforma Protestante.

C

PASTORAL

Rafael Brinker Membro da Igreja

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Programe-se Acontece na IPC

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Domingo, 22 de janeiro de 2012 – Ano IV, Número 159 Informativo - IPC

Dia Pregador Presbíteros liturgos Diáconos Escola Dominical Culto para Crianças

Hoje

Rev. Júlio Neptali

Pb. Diemer e Pb. Paulo

Dc. Valdemar e Rogério

Superintendência da EBD

Dpto. infantil

Próximo domingo

Pb. Vilmar Diemer

Pb. Paulo e Pb. Marinho

Daniel e Dc. Fabiano

Superintendência da EBD

Dpto. infantil

APRENDENDO SOBRE A BÍBLIA Pergunta 159:Como a Palavra de Deus deve ser pregada por aqueles que para isto são

chamados?

Resposta: Aqueles que são chamados a trabalhar no ministério da Palavra devem pregar a sã

doutrina, diligentemente, em tempo e fora de tempo, claramente, não em palavras persuasivas de

humana sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder; fielmente, tornando conhecido

todo o conselho de Deus; sabiamente, adaptando-se às necessidades e às capacidades dos

ouvintes; zelosamente, com amor fervoroso para com Deus e para com as almas de seu povo;

sinceramente, tendo por alvo a glória de Deus e procurando converter, edificar e salvar as almas.

Referências bíblicas: Tt. 2:1, 7, 8; At. 18:25; 2ª Tm. 4:2; 1ª Co. 14:9; 1ª Co. 2:4; Jr. 23:28; 1ª Co.

4:1-2; At. 20:27; Cl 1:28; 2ª Tm. 2:15; 1ª Co. 3:2; Hb. 5:12-14; 1ª Ts. 2:7; Lc. 12:42; At. 18:25; 2ª Tm.

4:5; 2ª Co. 5:13-14; Fp. 1:15-17; 2ª Co. 12:15; 1ª Ts. 3:12; 2ª Co. 4:2; 2ª Co. 2:17; Jo. 7:18; 1ª Ts.

2:4-6; 1ª co. 9:19-22; 2ª Co. 12:19; Ef. 4:12; 1ª Tm. 2:10; At. 26:16-18.

A todos que aflitos, buscam a paz; a todos que

em lágrimas, buscam consolo; a todos que

trabalhando, buscam servi; a todos que

cansados buscam refrigério; a todos que

enganados buscam a verdade; a todos que em

pecado, buscam perdão; a todos que solitários,

buscam comunhão; a todos que buscam um

sentido para a vida, esta igreja abre suas portas

e os acolhe em nome do Senhor Jesus Cristo.

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Domingo, 22 de janeiro de 2012 – Ano IV, Número 159 Informativo - IPC

Nossos Contatos Pastor Efetivo: Rev. Daniel Alves da Costa (51) 3059-9578 / 8111-9569 E-mail: [email protected] Pastor Emérito: Rev. Floyd Eugene Grady (51) 3501-4522 E-mail: [email protected] Vice-Presidente: Pb. Antônio Ricardo Marinho (51) 3466-2503 / 9981-7681 E-mail: [email protected] 1º Secretário: Pb. Vilmar Diemer de Oliveira (51) 3059-3153 / 9823-1822 E-mail: [email protected] 2º Secretário: Pb. Paulo Rodrigues Wanderley (51) 3471-3493 / 9909-7038

E-mail: [email protected]

Rua da Figueira, 383 - N. S. das Graças; Canoas (RS) - CEP 92110-040 - Fone: (51) 3059-9577 - E-mail: [email protected]

- Prelúdio

Reunidos Adoramos - Leitura bíblica: 1º Crônicas 16:23-36 - Hino “Louvor a Deus” HNC nº 16 - Oração

Contristados Confessamos - Leitura bíblica: Romanos 8:18-30 - Hino “Divino Preceptor” nº 82 - Oração Silenciosa (Interlúdio musical) - Oração

Gratos Louvamos - Leitura bíblica alternada: Salmo 118 - Cânticos Congregacionais - Oração (Saída das crianças)

Reverentes Ouvimos - Mensagem: Rev. Júlio Neptali

Consagrados servirmos - Consagração dos Dízimos e Ofertas - Hino do mês “O Bom Pastor” nº 109 - Oração Final - Bênção Apostólica - Amém Tríplice - Poslúdio

Liturgia

Plano Semanal de Leitura da Bíblia