Informativo IPC nº 218

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IPC - Interessados pela Palavra de Deus - Prestando Serviço em Amor - Cultuando ao Deus vivo www.ipcanoas.com.br Domingo, 10 de março de 2013 – Ano V, Número 218 Informativo - IPC 10 de Março de 1557: Primeiro Culto Protestante das Américas primeiro episódio da história brasileira em que os protestantes estiveram envolvidos é o da efêmera colonização francesa no Rio de Janeiro. Com o propósito de inaugurar no hemisfério Sul a chamada “França Antártica”, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon pretendia mobilizar os calvinistas franceses e ou huguenotes, cuja situação se tornava cada vez mais melindrosa no solo pátrio. Prometendo-lhes um regime de liberdade religiosa na futura colônia, ele conseguiu a ajuda do nobre protetor dos huguenotes, Gaspar de Coligny. Em fins de 1555, Villegagnon se estabeleceu com 400 homens numa ilha da baia de Guanabara, proclamando-se em breve rei da América. A expedição havia respondido a um duplo interesse: político e religioso. Em setembro de 1556, 280 franceses vieram ao Brasil. Dentre os quais, doze calvinistas de Genebra trazendo credenciais do próprio Calvino. Havia entre eles dois pastores ordenados – Pierre Richier e Guillaume Chartier. Chegaram em 10 de março de 1557, e neste mesmo dia, numa cabana rústica, no centro da ilha então chamada de Serigipe (hoje Ilha de Villegagnon), na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto protestante da história do Brasil e das Américas, numa quarta-feira. Após a chegada de Chartier, Richier e Léry, a primeira preocupação foi a de construir uma igreja reformada e poucos dias depois celebraram a Santa Ceia (21/03/1557). Na ocasião do primeiro culto, relata Jean de Léry, “o ministro Richier invocou a Deus. Cantamos em coro o Salmo 5 e o dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida’ – fez a primeira prédica no Forte do Coligny, na América”. Por mais que estes primeiros calvinistas entusiastas quisessem desenvolver aqui no Brasil a fé protestante (imagine o que seria o Brasil hoje se isso tivesse dado certo) a tentativa de colonização foi literalmente destroçada e os huguenotes se foram ao final de outubro do mesmo ano. Alguns que voltaram devido a perigos no mar, foram presos e um escapou (Jacques Le Balleur). Por ordem de Villegagnon, Jean du Bordel, Matthieu Vermeuil, Pierre Bourdon e André Lafon, redigiram em 17 pontos a primeira confissão de fé do continente. Esta confissão serviu para Villegagnon condenar à morte por afogamento três deles que morreram defendendo sua fé. Na caminhada para a morte, eles oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente. Villegagnon mandou que Bordel explicasse o 5º artigo da confissão. Ao responder, uma bofetada do apóstata fez-lhe jorrar sangue da face. Cantando salmos, subiu à rocha; orou e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou as ondas. Seguiu-o Matthieu. Tendo orado, exclamando: Senhor Jesus, tem piedade de mim, e desapareceu no mar. Pierre Bourdon, fraco, debilitado, foi levado para a ilha. Lá cruzou os braços e elevou os olhos ao céu; orou. Foi precipitado e seu corpo desapareceu no abismo das águas. Foi assim naqueles tempos que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé. Jacques Le Balleur, calvinista convicto conseguiu fugir de Villegagnon, mas não de Anchieta, que o mandou matar e auxiliou na execução. Esta data magna (10 de março de 1557) merece ser lembrada como o dia em que a primeira semente do genuíno evangelho foi plantada em nosso solo. Por mais que tenha sido depois arrancada, hoje, depois de muitas lutas e tentativas, os protestantes estão espalhados pelos quatro cantos deste nosso vasto continente. A lição que fica de tudo isso, é que o exemplo da fé vibrante que nossos antepassados tiveram e como pagaram por aquilo que criam precisa ser honrada em nossos dias por homens e mulheres fidedignos que vivam o evangelho e o propagem com destemor. Hoje devemos contemplar a bandeira que um dia aqui se ergueu de homens que deram a própria vida por amor ao evangelho. Levantemos, pois, esta bandeira ensangüentada para que o mundo saiba do nosso compromisso com a verdade. Lutemos juntos para fazer deste país um lugar diferente, marcado pela ética e moral elevados, marcado por princípios cristãos reformados, marcado pelos exemplos de novos irmãos que, no decalque dos velhos, anseiam em entregar suas vidas pela obra de Deus. S.D.G. O PASTORAL Daniel Alves Pastor da IPC

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Boletim Semanal da Igreja Presbiteriana de Canoas

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Domingo, 10 de março de 2013 – Ano V, Número 218 Informativo - IPC

10 de Março de 1557: Primeiro Culto Protestante das Américas primeiro episódio da história brasileira em que os protestantes estiveram envolvidos é o da

efêmera colonização francesa no Rio de Janeiro. Com o propósito de inaugurar no hemisfério Sul a chamada “França Antártica”, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon pretendia mobilizar os calvinistas franceses e ou huguenotes, cuja situação se tornava cada vez mais melindrosa no solo pátrio. Prometendo-lhes um regime de liberdade religiosa na futura colônia, ele conseguiu a ajuda do nobre protetor dos huguenotes, Gaspar de Coligny.

Em fins de 1555, Villegagnon se estabeleceu com 400 homens numa ilha da baia de Guanabara, proclamando-se em breve rei da América. A expedição havia respondido a um duplo interesse: político e religioso.

Em setembro de 1556, 280 franceses vieram ao Brasil. Dentre os quais, doze calvinistas de Genebra trazendo credenciais do próprio Calvino. Havia entre eles dois pastores ordenados – Pierre Richier e Guillaume Chartier.

Chegaram em 10 de março de 1557, e neste mesmo dia, numa cabana rústica, no centro da ilha então chamada de Serigipe (hoje Ilha de Villegagnon), na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto protestante da história do Brasil e das Américas, numa quarta-feira. Após a chegada de Chartier, Richier e Léry, a primeira preocupação foi a de construir uma igreja reformada e poucos dias depois celebraram a Santa Ceia (21/03/1557).

Na ocasião do primeiro culto, relata Jean de Léry, “o ministro Richier invocou a Deus.

Cantamos em coro o Salmo 5 e o dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida’ – fez a primeira prédica no Forte do Coligny, na América”.

Por mais que estes primeiros calvinistas entusiastas quisessem desenvolver aqui no Brasil a fé protestante (imagine o que seria o Brasil hoje se isso tivesse dado certo) a tentativa de colonização foi literalmente destroçada e os huguenotes se foram ao final de outubro do mesmo ano. Alguns que voltaram devido a perigos no mar, foram presos e um escapou (Jacques Le Balleur). Por ordem de Villegagnon, Jean du Bordel, Matthieu Vermeuil, Pierre Bourdon e André Lafon, redigiram em 17 pontos a primeira confissão de fé do continente. Esta confissão serviu para Villegagnon condenar à morte por afogamento três deles que morreram defendendo sua fé.

Na caminhada para a morte, eles oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente. Villegagnon mandou que Bordel explicasse o 5º artigo da confissão. Ao responder, uma bofetada do apóstata fez-lhe jorrar sangue da face. Cantando salmos, subiu à rocha; orou e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou as ondas. Seguiu-o Matthieu. Tendo orado, exclamando: Senhor Jesus, tem piedade de mim, e desapareceu no mar. Pierre Bourdon, fraco, debilitado, foi levado para a ilha. Lá cruzou os braços e elevou os olhos ao céu; orou. Foi precipitado e seu corpo desapareceu no abismo das águas. Foi assim naqueles tempos que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé.

Jacques Le Balleur, calvinista convicto conseguiu fugir de Villegagnon, mas não de Anchieta, que o mandou matar e auxiliou na execução.

Esta data magna (10 de março de 1557) merece ser lembrada como o dia em que a primeira semente do genuíno evangelho foi plantada em nosso solo. Por mais que tenha sido depois arrancada, hoje, depois de muitas lutas e tentativas, os protestantes estão espalhados pelos quatro cantos deste nosso vasto continente.

A lição que fica de tudo isso, é que o exemplo da fé vibrante que nossos antepassados tiveram e como pagaram por aquilo que criam precisa ser honrada em nossos dias por homens e mulheres fidedignos que vivam o evangelho e o propagem com destemor.

Hoje devemos contemplar a bandeira que um dia aqui se ergueu de homens que deram a própria vida por amor ao evangelho. Levantemos, pois, esta bandeira ensangüentada para que o mundo saiba do nosso compromisso com a verdade.

Lutemos juntos para fazer deste país um lugar diferente, marcado pela ética e moral elevados, marcado por princípios cristãos reformados, marcado pelos exemplos de novos irmãos que, no decalque dos velhos, anseiam em entregar suas vidas pela obra de Deus. S.D.G.

O

PASTORAL

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ANIVERSARIANTES DO MÊS DE MARÇO

“Ensina-nos a contar os nossos dias para que alcancemos coração sábio”

Salmo 90:12

01 - Isaac Neves de Barcellos 03 - Pedro Berwanger 10 - Daniel Alves da Costa Filho 20 - Itamara Duarte Vargas Oliveira 21 - Cláudio Antônio Cardoso Leite 30 - Élen Mariane da Silva Gorski 31 - Élini Krebsky Bispo da Silva

Deus abençoe a cada um com toda sorte

de bênçãos espirituais!

TESOURARIA DA IPC

Se desejar contribuir financeiramente com a expansão do Reino de Deus através desta Igreja, deposite: Banco Bradesco Agência: 275-5 C/C: 2204-7 Nome: Igreja Presbiteriana do Brasil em Canoas CNPJ: 15.210.813/0001-83

“Deus ama a quem dá com alegria” 2ª Coríntios 9:7

Lembre-se Somente na IPC

APRENDENDO SOBRE A BÍBLIA

CAPÍTULO V – DA PROVIDÊNCIA

IV. A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de tal maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a primeira queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e governa em uma múltipla dispensarão mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo. Referências: Is. 45:7; Rm. 11:32-34; At. 4:27-28; Sl. 76:10; II Rs 19:28; At.14:16; Gn. 50:20; Is. 10:12; I Jo. 2:16; Sl. 50:21; Tg. 1:17.

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DIA PREGADOR DIÁCONOS BERÇARIO CORDEIROS JUNIORES TEEN BASES DA FÉ ADULTOS

10 EBD Rev. Daniel Alves Flávio e Erasmo Kátia Juçara Fabiano Reinaldo Cynthia Rev. Daniel

10 Culto Rev. Daniel Alves Rogério Gil e Françoa Ângela/Ana Rebeca Luciane/André - - - -

17 EBD Rev. Daniel Alves Waldemar e Márcio Joselita Lisandra Iracema Reinaldo Cynthia Rev. Daniel

17 Culto Rev. Daniel Alves Nunes e Roney Kátia/Carol Séfora/Sthepanie - - - -

Se não puder estar presente no dia escalado, providencie o substituto e informe ao pastor

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Nossos Contatos

Pastor Efetivo: Rev. Daniel Alves da Costa (51) 3059-9578 / 8111-9569 E-mail: [email protected]

Pastor Aux. Colaborador: Rev. Jedeias Almeida Duarte (11) 2812-6734 / 97017-2142 E-mail: [email protected]

Pastor Emérito: Rev. Floyd Eugene Grady In memorian (51) 3501-4522 – Marina (viúva)

Vice-Presidente: Pb. Antônio Ricardo Marinho (51) 3466-2503 / 9981-7681 E-mail: [email protected]

1º Secretário: Pb. Vilmar Diemer de Oliveira (51) 3059-3153 / 9823-1822 E-mail: [email protected]

2º Secretário: Pb. Paulo Rodrigues Wanderley (51) 3471-3493 / 9909-7038 E-mail: [email protected]

Secretaria da IPC: Seminarista Everton Piovesan (51) 8202-5581 E-mail: [email protected]

• Prelúdio REUNIDOS ADORAMOS

- Leitura bíblica: Isaías 53 - Oração - Hino do Mês “Fonte Carmesim” nº 106

CONTRISTADOS CONFESSAMOS - Leitura bíblica: Salmo 5 - Hino “Necessitado” nº 122 - Oração Silenciosa (interlúdio musical) - Oração de Confissão GRATOS BENDIZEMOS

- Leitura bíblica: Salmo 27 - Santa Ceia do Senhor - Cânticos Congregacionais - Consagração de Dízimos e Ofertas - Oração de louvor e gratidão - Oração (saída das crianças)

REVERENTES OUVIMOS

- Mensagem: Rev. Daniel Alves

CONSAGRADOS SERVIMOS

- Hino “Consagração” nº 224 - Oração Final - Bênção Apostólica - Amém Tríplice • Poslúdio

Plano Semanal de Leitura da Bíblia

Rua da Figueira, 383 - N. S. das Graças; Canoas (RS) - CEP 92110-040 - Fone: (51) 3059-9577 - E-mail: [email protected]

LITURGIA

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