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O Malhete INFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL Linhares - ES, Fevereiro de 2020 Ano XII - Nº 130 [email protected] Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J A Morte de Sócrates é uma pintura a óleo sobre tela pelo francês Jacques-Louis David Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque MAÇONARIA E EUTANÁSIA >10 II SEMINÁRIO DA V ZONA DA CMI - CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA INTERAMERICANA >03 MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS SHAQUILLE ONEAL > 08 > 20 LIONEL RICHIE E OS CAVALEIROS DOS REIS MAGOS

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O MalheteINFORMATIVO MAÇÔNICO, POLÍTICO E CULTURAL

Linhares - ES, Fevereiro de 2020Ano XII - Nº 130

[email protected]

Filiado à ABIM - Associação Brasileira de Impressa Maçônica, Sob o nº 075-J

A Morte de Sócrates é uma pintura a óleo sobre tela pelo francês Jacques-Louis David Museu Metropolitano de Arte de Nova Iorque

MAÇONARIA E EUTANÁSIA>10

II SEMINÁRIO DA V ZONA DA CMI - CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA INTERAMERICANA

>03

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS SHAQUILLE ONEAL

> 08 > 20

LIONEL RICHIE E OS CAVALEIROS DOS REIS MAGOS

02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete02 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Por Kennyo Ismail

le era uma lenda viva nos Lakers e

Econsiderado um GADU do basquete, mas infelizmente não era maçom. Já

o colega aposentado, Shaquille O'Neal, é maçom, membro da Grande Loja Prince Hall de Massachusetts.

É aquela velha história: sempre que um famoso falece, ele é transformado em maçom. Foi o mesmo com Mandela, por exemplo. Geralmente isso ocorre por duas vias: ou fanáticos religiosos aproveitam para transformá-lo em maçom, illuminati, sata-nista, apontando uma morte trágica ou dolo-rosa como punição divina; ou membros ansi-osos para dizer aos outros que são irmãos de famosos precipitam-se em afirmar isso. Em ambos os casos, há o proveito, intencional ou não, do fato de que mortos não desmentem boatos.

No meio maçônico, circulou até o nome da Loja na qual Kobe supostamente teria sido iniciado e seria um membro: Winches-ter, de Indiana. Essa Loja realmente existe, tem o número distintivo 56 na Grande Loja de Indiana e está situada na cidade de Win-chester, daquele estado. Essa cidade tem menos de cinco mil habitantes e Kobe nunca morou nela, nem mesmo em Indiana.

Acontece que essa loja criou um website, em 2016, daqueles bem feios, que não tinham nem domínio próprio. E, entre as dezenas de páginas do site, há aquela fatídica página de “maçons famosos”, que uma pági-na sempre copia de outra sem verificar as informações, com mais de uma centena de nomes. E, entre tantos, muitos verdadeiros como George Washington e Benjamin Franklin, há alguns não maçons listados, como Albert Einstein, Karl Marx, Stalin e… Kobe Bryant.

Provavelmente, um irmão brasileiro que não domina a língua inglesa acessou esse website, viu no cabeçalho “Winchester F & A Masonic Lodge No. 56” e o nome de Kobe na lista, bastando para afirmar que ele era membro dessa loja, apesar de nenhum dos nomes da lista ser da Loja, e alguns nem serem maçons.

E antes que alguém comente que viu um comentário de Shaquille chamando Kobe de “irmão”, saiba que é muito comum nos EUA chamar os amigos mais próximos de irmão, assim como os colegas que serviram contigo nas forças armadas e os membros de um grupo ou comunidade a que pertença. O termo “irmão” não é exclusivo da Maçona-ria.

Fonte: No Esquadro

O Malhete 03O Malhete Fevereiro de 2020

Por Valdir Massucatti (*)

No dia 01/02/2020 participamos junto com nosso Grão Mestre Walter Alves Noronha, do segundo Seminário da

Quinta Zona da CMI – Confederação Maçônica Interamericana, realizado em Salvador- Bahia.

Resolvi compartilhar com os Irmãos os traba-lhos que estão sendo desenvolvidos, pelos Líde-res de nossas Potências Maçônicas, em prol da Ordem e do País. Participei do Primeiro de Flori-anópolis (18/08/2019) e foi muito produtivo, com diversos encaminhamentos.

Neste evento de Salvador, demos sequência aos trabalhos iniciados em Florianópolis, onde nosso temário foi:

1º Painel: “Como promover de forma integra-da, ações por meio da articulação social junto à sociedade civil, com o intuito de contribuir para a solução de problemas socioeconômicos”.

2º Painel: “Promover o apoio à estrutura-ção do ensino e formação através dos Ritos, a cultura e a história da Instituição, motivando os Mestres Maçons para a ação interna (aper-feiçoamento) e externa (socioeconômica)”.

A cada painel foram criados grupos para deba-te e sugestões de AÇÕES (três sugestões por gru-po). As Ações (sugestões) foram compiladas e depois votadas pelos grupos as 3 (três) principais, para cada Painel.

Foram ainda aprovados 2 (dois) projetos (que foram propostos em Florianópolis); 1º) – Centro de Inteligência Maçônica – cujo objetivo é “pro-por programas e ações que resultem na edição de manifestos e apoio à realização de estudos, semi-nários, encontros, palestras e debates sobre a rea-lidade e cenário sociopolítico que contribuam para pensar o Brasil que desejamos à luz dos nos-sos valores, propondo caminhos para um futuro melhor”.

2º) – NAEM – Núcleo de Altos Estudos Maçô-nicos, com a proposta ser um órgão de; “estudos, pesquisas e orientação para a qualificação, atuali-zando o processo de aperfeiçoamento moral e intelectual dos Maçons pelo conhecimento da doutrina, da filosofia e dos mistérios da Simbolo-gia Maçônica, bem como a realização dos Princí-pios Gerais e dos Ideais da Maçonaria Univer-sal”.

Como visto, o primeiro é uma proposta para ações EXTERNAS, o segundo painel é para ações INTERNAS.

NO encerramento do seminário, tivemos a honra de receber a palestra proferida pelo Sobe-rano Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil (GOB), nosso Irmão Múcio Bonifácio Guima-rães, com o tema; “Integração da Maçonaria Brasileira em prol da sociedade”.

À noite do dia 01/02/2020, participamos da

sessão solene em homenagem aos 30 (trinta) anos de fundação do Grande Oriente da Bahia (GOBA), numa belíssima reunião presidida pelo Grão Mestre do GOBA, Irmão Cassiano Lhopes Moreno.

Participaram do Seminário as 3 (três) Potênci-as Regulares (GOB, CMSB e COMAB) através de seus Líderes, além de Irmãos do Paraguai, Bolívia e Uruguai.

Pelos dois seminários que participei, minha impressão é que estamos efetivamente cami-nhando pa ra uma INTEGRAÇÃO DA MAÇONARIA BRASILEIRA, pois esse é o dese-jo dos nossos dirigentes e do povo maçônico bra-sileiro.

Como disse o Secretário Geral da CMSB, nosso Irmão Past Grão Mestre da Grande Loja do Distrito Federal Cassiano Teixeira de Moraes. ”

...Somos uma só Família, residindo em Lares dife-rentes”.

Parabéns o Irmão Geraldo de Souza Macedo – Presidente a V Zona e Grão Mestre da Grande Loja do Estado do Mato Grosso, ao Irmão Rubens Ricardo Franz – Coordenados do semi-nário e Grão Mestre do Grande Oriente de Santa Catarina, e aos Irmãos e anfitriões Cassiano Lhopes Moreno, Grão Mestre do Oriente da Bahia (GOBA) e Arlindo Alves Pereira Neto, Grão Mestre da Grande Loja da Bahia pelo belo e produtivo evento.

Saudações Fraternais!!!! TFA!!!!

(*) Valdir MassucattiGrão Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Estado do Espírito Santo

II SEMINÁRIO DA V ZONA DA CMI - CONFEDERAÇÃO MAÇÔNICA INTERAMERICANA

02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete04 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Por João Anatalino

Aconteceu no tempo em que Israel ainda não era uma nação organizada, não tinha um exército nem um gover-

no centralizado que pudesse tomar decisões de estado. As tribos israelitas haviam chegado recentemente de seu cativeiro no Egito e esta-vam ocupando, gradativamente, as terras palestinas. Mas os povos que já habitavam aquelas terras, naturalmente, viviam em guer-ra contra os israelitas. Lá viviam cananeus, jebuseus, amonitas, amorreus, moabitas,ama-lecitas dezenas de outras tribos.

Assim, os conflitos eram freqüentes. Os israelitas para se defender sempre escolhiam, entre os homens mais valentes das doze tribos que compunham o seu povo, um líder. Esse líder era chamado de Juiz. Era juiz porque em tempos de paz ele julgava as querelas que sur-giam entre os israelitas, e nos tempos de guer-ra ele chefiava as forças da nação contra os inimigos.

Jefté era um sujeito valente que pertencia á

tribo de Galaad, uma das doze tribos de Israel. Seu pai era o patriarca da tribo e sua mãe era uma prostituta. Jefté foi criado com seus irmãos, filhos da esposa legítima de Galaad, mas quando o velho patriarca morreu, seus irmãos o expulsaram de casa pelo fato de ele não ser filho da legítima esposa do patriarca. Literalmente, ele era um “filho de puta”, que não merecia ser herdeiro do patriarca.

Jefté deixou a casa de seus irmãos e se jun-tou aos bandoleiros que habitavam na monta-nha de Tob. Esses eram bandidos que viviam de assaltar caravanas e fazendas, coisa muito comum na Israel daqueles dias.

Próximo das terras onde habitava o povo de Galaad habitava uma tribo não israelita, muito belicosa, chamada povo de Amon. Eles resol-veram expulsar a tribo de Gallaad daquelas terras e começaram uma guerra contra eles.

O povo de Galaad se defendeu bravamente, mas sem uma liderança competente, logo viu que ia ser derrotado. Depois de várias derrotas eles se sentiram muito ameaçados e foram bus-car Jefté para liderá-los na guerra contra os amonitas.

Jefté concordou, mas exigiu ser o chefe supremo da tribo, assim que ele derrotasse os inimigos. O povo concordou e ele montou uma força militar capaz de enfrentar os amo-nitas. Em princípio, vendo que seu exército

era mais fraco do que o de Amon, Jefté tentou negociar com o rei daquele país uma paz acei-tável para os dois povos, mas não teve suces-so. Então ele resolveu ir para a guerra total con-tra o inimigo.

Todavia, os amonitas eram muito fortes e Jefté não tinha certeza se podia derrotá-los. Então fez uma promessa á Jeová: “Se tu entre-gares em minhas mãos os filhos de Amon, a primeira pessoa, seja ela quem for, que sair das portas da minha casa, quando eu voltar vitorioso desta guerra, eu oferecei ao Senhor em holocausto.”

Naquele tempo era uma prática comum o sacrifício humano entre as tribos que habita-vam a Palestina. Mesmo entre os israelitas esse bárbaro costume era aceito, pois o pró-prio Abraão, primeiro patriarca desse povo, não teve dúvidas em oferecer seu único filho Isaac em holocausto á Jeová, quando Ele o pediu. Na última hora, porém, Jeová desistiu da vida do menino e contentou-se com um car-neiro. Na verdade, Ele só queria saber se Abraão era mesmo fiel... Assim, Jefté não viu nenhum mal em prometer um sacrifício huma-no à Jeová, pois se Ele o atendesse e lhe conce-desse a vitória, era sinal que Ele o havia acei-tado.

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O SACRIFÍCIO DE JEFTÉQuem costuma ler o Velho Testamento conhece a história de Jefté. Ela está no Livro dos Juízes.

O Malhete 05O Malhete Fevereiro de 2020

Dessa forma, Jefté prometeu que sacrifica-ria alguém de sua casa (parente ou escravo), se Jeová lhe concedesse a vitória contra os inimi-gos. E assim aconteceu. Jefté venceu e arrasou os amonitas de tal forma que eles nunca mais perturbaram os israelitas.

Só que Jefté pagou um preço bem alto por isso. Pois a primeira pessoa que saiu da sua casa para saudá-lo quando ele voltou foi a sua única filha, uma bela menina, ainda virgem. Jefté ficou desesperado, mas promessa é pro-messa. Jefté teve que sacrificá-la. Antes, porém, da degola ou da fogueira (a Biblia não diz como a menina foi sacrificada), ele contou para a menina o voto insensato que havia feito. E a garota, (que outra coisa não podia mesmo fazer), concordou em ser sacrificada, mas como era virgem, pediu ao pai que a deixasse chorar por dois meses a sua virgindade. E durante dois meses ela perambulou pelos mon-tes, acompanhada de outras meninas da mesma idade, chorando o fato de ter que mor-rer virgem.

Daí em diante, tornou-se tradição em Israel que a mocinhas ainda virgens, passassem dois meses nos campos chorando pela filha de Jefté.

Depois disso Jefté tornou-se líder oficial dos israelitas e conduziu-os a muitas outras vitórias. Julgou o povo de Israel durante seis anos e teve que lutar contra os próprios conter-râneos da tribo de Efrain, os quais expulsaram

de suas terras. Segundo a Bíblia ele mandou degolar quarenta e dois mil efrainitas que não conseguiam pronunciar a palavra de passe que ele havia criado como senha para diferenciar entre os homens de Galaad e e Efrain.

Estranha história essa que a Bíblia nos con-ta. Se fôssemos interpretar literalmente diría-mos que esse Jefté foi um “filho de puta” que além de sacrificar a própria filha para conse-guir um bom resultado para si próprio, tam-bém devia ser maçom. Pois foi ele que inven-tou a palavra de passe Schibbolet (espiga), que os maçons usam como senha em dos seus gra-us. Essa era a senha que os efrainitas não con-seguiam pronunciar, por isso tiveram suas gar-

gantas cortadas. Realmente uma história bem a gosto dos Irmãos Três Pontos.

Mas não julguemos as coisas assim tão pre-cipitadamente. As histórias da Bíblia nunca devem ser interpretadas literalmente. Por trás delas tem muita coisa para ser contada. Aguar-dem.

Fonte: Bíblia Sagrada-Velho Testamento- Livro dos Juízes, 11:12, Edição Organizada pelo P. Matos Soares.

02 O Malhete0202 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete06 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

e'arat Tzedkiyahu ou Caverna de

MZedequias, mais conhecida como Pedreira do rei Salomão, é uma

caverna profunda, abrindo-se sob o muro da Cidade Velha de Jerusalém e se estendendo por centenas de metros abaixo da superfície da cidade na direção do monte do templo.

A entrada da caverna, que se perdeu no decorrer de séculos de vandalismo e negligên-cia, foi redescoberta em 1854. A abertura fica na base do muro, a cerca de 100 metros ao norte do Portão de Damasco e perto do Portão do Rei Herodes. É uma das cavernas mais extensas de Israel, medindo cerca de 220 metros de comprimento e cerca de 900 metros de circunferência.

De acordo com a tradição. a caverna se estende até a planície de Jericó. Diz-se que o último rei de Judá, Zedequias, fugiu por essa caverna quando Jerusalém caiu nas mãos de Nabucodonosor, o rei da Babilônia, no verão de 587 aC Foi Josephus Flavius, o grande his-toriador judeu do primeiro século EC que pela primeira vez chamou de "Royal Cavern". Mais tarde, isso se tornou "Pedreiras do rei Salo-mão". Qualquer que seja a verdade que possa existir nessa designação, permanece o fato de que a caverna serviu de pedreira para a cons-trução de pedras, e os blocos de pedra semi-serrados que ainda estão no lugar dão testemu-nho mudo desse efeito.

O tipo de pedra encontrada na caverna é o calcário branco conhecido localmente como melech, ou pedra "real". Isso é muito bom para a construção e, embora não seja muito difícil, não descama. Blocos muito grandes desta pedra podem ser extraídos.

A pedra na abertura da caverna é de um tipo diferente, chamada mizzi-helou ou pedra "do-ce". É fácil de trabalhar, embora suas estrias impeçam seu uso em grandes blocos. Na caverna também existe um terceiro tipo de pedra, conhecido como mizziahmar ou pedra "vermelha".

A caverna é dividida em câmaras, separadas por amplas colunas deixadas pelas pedreiras para sustentar o teto. Nas câmaras internas, traços das técnicas utilizadas pelos trabalha-dores podem ser observados. Fendas largas foram cortadas ao longo da parede e fatias de madeira secas foram colocadas nelas. A água foi então derramada sobre as cunhas até que a madeira em expansão quebrou a pedra ao longo das fendas. Este método primitivo de extração de pedreiras foi bastante eficaz e ainda é usado em muitas partes do mundo.

Como as pedreiras na caverna estão bem perto do Monte do Templo (Monte Moriah) e da Cidade de Davi, até pedras muito grandes poderiam ter sido transportadas para lá. O cal-cário, quando exposto à luz natural do dia e aos elementos, fica mais duro. Obviamente, seria mais simples usar essa pedreira do que trazer

pedras pesadas de Jaffa pela estrada sinuosa que subia as colinas até Jerusalém.

Em algumas câmaras, poços profundos per-manecem em locais onde a pedra foi retirada em grandes quantidades. Agora eles são envia-dos para evitar a queda acidental de um visi-tante. A cada poucos metros, nichos eram esculpidos nas paredes de pedra para colocar lâmpadas de óleo. Traços de fuligem podem ser vistos acima de alguns. Enormes lajes retangulares de meia pedreira, quase prontas para serem removidas, colocam a questão intrigante: por que os operários saíram tão de repente, deixando as valiosas pedras no lugar.

Outro ponto interessante, feito pelo.Irmão William C. Blaine, 33 °, (1) é que, devido à pro-fundidade da caverna no subsolo - quase 90 metros - os sons das ferramentas não podiam ser ouvidos no canteiro de obras do templo do rei Salomão, no monte do templo. Isso expli-caria o versículo 6: 7 no Primeiro Livro dos Reis: "Na construção do Templo, apenas os blocos vestidos na pedreira foram usados, e nenhum martelo, formão ou qualquer outra ferramenta de ferro foi ouvida no local do Tem-plo enquanto ele estava sendo construído. . "

Outra lenda é que no fundo da caverna estão enterrados os tesouros do templo, escondidos pelos sacerdotes quando os exércitos romanos sob Tito estavam sitiando a cidade.

PEDREIRAS DO REI SALOMÃOJerusalém, Israel

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Caverna de Zedequias (pedreiras do rei Salomão), Jerusalém, Israel

O Malhete 07O Malhete Fevereiro de 2020

Alguns anos após a redescoberta da entrada da caverna, em 1868, este foi o local onde ocor-reu a primeira cerimônia maçônica gravada realizada na Palestina, na quarta-feira, 13 de maio. A iniciativa veio do MW Bro. Robert Morris, ex-grão-mestre da Grande Loja de Kentucky, que havia chegado à Terra Santa em busca de vestígios da Maçonaria desde o tempo do rei Salomão. Rob Morris, ao assinar seu nome, encontrou apenas alguns maçons isolados que viviam na Palestina, que estava sob o domínio turco. Mano. Morris havia se encontrado em Jerusalém. Charles Warren, engenheiro militar e arqueólogo britânico, enviado pelo Fundo de Exploração da Palesti-na e que se tornou o primeiro WM do Quatuor Coronati Lodge No. 2076 em Londres, a prin-cipal Loja de Pesquisa do mundo.

Por acaso, uma unidade naval britânica, Il.MS Lord Clyde, chegou a Jaffa para uma breve visita. O capitão e vários oficiais eram maçons. Morris os convidou a todos para uma cerimônia no grau de Monitor Secreto, reali-zada na caverna na quarta-feira, 13 de maio de 1868. Outros participantes da cerimônia foram o governador de Jaffa, Noureddin Effendi, membro da Loja Amitie Clemente de Paris e detém o diploma de 28 ° no Rito Esco-cês, o Cônsul da Prússia em Jerusalém, Henry Petermann, e o Vice-Cônsul Americano, R. Beardsley, de Elkhart, Indiana.

Como o irmão. Morris relata em seu livro Maçonaria na Terra Santa (Nova York, 1872, p. 30), após a conclusão da cerimônia, os par-ticipantes se separaram e "se esforçando para retornar à entrada pelas passagens tortuosas e intermináveis daquela enorme caverna, per-demos o caminho e quase fomos obrigados a permanecer lá até que nossos amigos nos pro-

curassem no dia seguinte ". Este incidente ser-virá para dar uma idéia sobre o tamanho da pedreira subterrânea.

A caverna continuou sendo usada ocasio-nalmente por maçons locais, particularmente para realizar o grau de Mestre em Marcos, para o qual a caverna é notavelmente adequa-da. Essa tradição foi quebrada em 1948, quan-do a Cidade Velha de Jerusalém foi capturada pela Legião Árabe da Jordânia. Temendo que alguns dos túneis que correm da caverna prin-cipal possam levar à parte judaica da cidade,

as autoridades jordanianas selaram a entrada da caverna. Somente em 1967 foram retoma-das as cerimônias maçônicas, depois que a Cidade Santa foi reunida, e depois que a entra-da das pedreiras foi limpa de escombros e a própria caverna foi segura para os visitantes.

Em 2 de julho de 1969, foi realizada uma cerimônia solene neste local por ocasião da consagração do Capítulo do Supremo Arco Real do Estado de Israel.

A caverna é agora um local turístico oficial, aberto ao público. Indivíduos e grupos podem visitá-lo durante o dia (há uma pequena taxa de entrada). Para os visitantes maçônicos, no entanto, uma experiência particularmente emocionante é a participação em uma das ceri-mônias organizadas uma ou duas vezes por ano pela Grande Loja do Estado de Israel ou pelo Capítulo Supremo do Grande Arco Real de Israel. Nessas oportunidades, a caverna é fechada para não-maçons, e um grau maçôni-co é trabalhado, às vezes em hebraico, mas mais frequentemente em inglês, para o benefí-cio de visitar irmãos do exterior. O grau geral-mente trabalhado é o Mark Master, que em Israel, como na Escócia, pertence ao sistema de graus do Royal Arch. A lendária história que forma o pano de fundo desse grau teatral acontece no rei Salomão ' s pedreiras, e diz respeito a uma pedra rejeitada como irregular, que acaba sendo a pedra angular da entrada do templo. A realização dessa cerimônia em uma pedreira real, no coração da Velha Jerusalém, carrega um significado simbólico profundo e é provável que ninguém que tenha participado dessa cerimônia jamais se esqueça.

Por RW Bro. Leon ZeldisFonte:www.masonicsites.org

Jóia do Arco Real feita da pedra "Melekeh" das pedreiras do rei Salomão. Mesmo tipo de pedra com a qual o templo do rei Salomão foi construído.

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete08 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Shaquille O'Neal nasceu em 1972 em Nova Jersey. Apesar da ausên-cia do pai, Shaquille cresceu com

estrutura e segurança. Seu padrasto era um soldado de carreira, e O'Neal passou sua juventude vivendo em bases militares na Alemanha e no Texas, bem como no Boys and Girls Club of América. Seu talento para o basquete, juntamente com sua altu-ra, tornou-se evidente enquanto ele esta-va no ensino médio e continuava a definir sua carreira.

Ele passou a frequentar a Louisana State University, onde jogava com tanta habilidade e distinção que recebeu dois prêmios de "Jogador da faculdade do ano". Ele terminou seu tempo na faculda-de quando foi convocado para a equipe Orlando Magic em Orlando, Flórida. Tor-nou-se imediatamente claro que ele era algo especial e foi eleito All-Star Starter em seu primeiro ano - um feito que o colo-cou no mesmo nível que Michael Jordan.

Sua fama nacional foi tão grande que ele foi escolhido para se juntar à equipe

de basquete olímpico americano nas Olim-píadas de Atlanta em 1996. Sua estrela esta-va definitivamente subindo, e depois que seu contrato com a equipe do Orlando Magic terminou, ele se inscreveu no Los Angeles Lakers. Foi lá que ele ganhou três campeonatos consecutivos e foi elevado ao nível de ícone cultural nos Estados Unidos. Ele também concluiu seu curso superior, prestando atenção nos estudos e no desem-penho físico.

Ele jogou no Miami Heat, no Phoenix Suns, no Cleveland Cavaliers e, finalmen-te, no Boston Celtics antes de se aposentar

do basquete em 2011. Durante seus 19 anos de carreira, ele se tornou um dos maiores jogadores de basquete de todos os tempos, ao lado de Michael Jordan, Kobe Bryant e Magic Johnson. Após sua aposentadoria, ele foi feito maçom na Widow's Son Lodge Nº. 28, PHA em Boston, Massachusetts.

Shaquille é patrocinador de programas para jovens e do Boys and Girls Club of America, proporcionando uma caridade que eleva os pobres e desfavorecidos da sociedade. Entre esses esforços, O'Neal ajudou os proprietários afetados pela crise imobiliária de 2008 a manter suas casas

comprando suas hipotecas e oferecendo melhores condições. Foi por essas incli-nações de caridade, bem como por sua excelência no esporte do basquete, que o irmão O'Neal se tornou um mestre maçom "à vista" - uma honra rara e exclusiva.

Atualmente, o irmão Shaquille O'Neal é uma das estrelas do programa "Inside the NBA" - um programa de comentários em que ele dá sua opinião sobre vários acontecimentos e jogos da NBA. Conti-nuando a influenciar milhões por muito tempo depois de se aposentar, ele conti-nua a fornecer um modelo esportivo e filantrópico para as gerações futuras.

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

SHAQUILLE ONEALShaquille O'Neal é um atleta de renome, atleta olímpico, comentarista esportivo e maçom que ajudou a redefinir o esporte do basquete.

O Malhete 09O Malhete Fevereiro de 2020

A Maçonaria, embora seja uma ciência especulativa da natureza, ensina seus iniciados a participar do mundo ao

seu redor. Os ensinamentos da Maçonaria são projetados para inspirar aqueles que os rece-bem a agir em apoio à humanidade e às reali-

zações da civilização.Um homem que levou essas lições a sério

foi o irmão. Adeyemo Alakija, empresário nigeriano, advogado e político que mudou para sempre o curso político de sua terra natal. O Irmão Alakija nasceu em 25 de maio de 1884, descendente de escravos brasileiros libertados que haviam retornado à sua terra natal ancestral. Nascido com pais bem-educados e bem conectado, Adeyemo Alakija foi educado primeiro em uma escola católica e uma gramática britânica em Lagos. Depois de

concluir o ensino médio, Alakija trabalhou no serviço público por pouco mais de uma déca-da antes de estudar direito em Londres.

Depois de concluir seus estudos e aprovar a ordem em 1913, ele retornou a Lagos e estabe-leceu uma pequena mas bem-sucedida advo-cacia na colônia britânica. Um idealista em seu coração, Alakija defendeu inúmeras elei-ções e enfrentou muitas derrotas antes de finalmente conquistar um assento no Conse-lho Legislativo como representante da divisão Egba em 1933, posição que ocuparia até 1941.

Os negócios da política e da lei, no entanto, não seriam suficientes para prender a atenção de Ayedemo Alakija e, em 1926, co-fundou o Nigerian Daily Times, um dos jornais de maior sucesso e longa duração da Nigéria. Ele atuaria como presidente da Nigerian Printing and Publishing Company, afiliada do jornal. Durante esse período de sua vida, a Nigéria estava passando por um despertar nacional e estava começando a se desfazer das correntes coloniais do Império Britânico. Alakija era uma voz de moderação e civilidade durante um período de muita emoção e violência em sua terra natal.

Ayedemo Alakija foi um participante ativo da sociedade civil nigeriana ao longo de sua vida; de organizações políticas e legislativas, a sociedades como a Câmara de Comércio da Nigéria e o Craft, Bro. Alakija demonstrou consistência e zelo em servir a seus compa-nheiros, particularmente na prática e expan-são de sua amada Maçonaria.

MAÇONS ILUSTRES E FAMOSOS

Adeyemo Alakija era um empresário, advogado, político e maçom nigeriano que mudou para sempre o curso político de sua terra natal.

O

irmão Agostino Carlini foi um renomado escultor, pintor e um

dos fundadores da Royal Academy na Inglaterra. Nascido em 1718 em Gênova, um dos principais portos da Itália, pouco se sabe sobre os primeiros anos de Agosti-no. Ele desenvolveu seu talento artístico, presumivelmente, e o primeiro registro que temos dele está trabalhando para a corte de William de Orange: Governante da Holanda. Lá, Carlini era um escultor e pintor da corte e, quando se mudou para Londres na década de 1760, Agostino havia avaliado uma reputação bastante.

Quando chegou a Londres, Agostino Carlini havia se tornado um maçom. O

irmão Carlini tornou-se membro da Loja das Nove Musas, nº 325, famoso por seu foco nas artes. Ele foi um dos quatro mem-bros dessa loja que fundou a Royal Aca-demy of Arts, talvez as instituições mais renomadas em educação e criatividade da Inglaterra. Ele criou bustos e esculturas do

rei George III, considerado um dos mais realistas da época. E pelas contribuições do irmão Carlini à arte e arquitetura da Inglaterra do final de 1700, ele foi reco-nhecido com altas honras do rei.

As obras do irmão Agostino foram des-tacadas em toda a Inglaterra e no Império Britânico. É muito provável que suas cone-xões e educação maçônicas tenham desen-volvido seu amor pela beleza, o que influ-enciou sua vida e obra. Na época, as Lojas Maçônicas estavam presentes em todo o continente europeu e, embora não tenha-mos registros definitivos sobre ele ser pedreiro antes de vir para Londres, é muito provável que ele estivesse. Independente-mente de exatamente quando ele se tornou um maçom, o irmão Carlini morreu em 15 de agosto de 1790, aos 72 anos. Em sua vida, a vida de Agostino foi dedicada à dis-seminação da beleza maçônica através da arte - um verdadeiro testemunho do ofício.

AGOSTINO CARLININascido em, 01 de janeiro de 1718faleceu: em 15 de agosto de 1790.

Um renomado escultor e pintor, Agostino Carlini foi um maçom e um dos fundadores da Royal Academy na Inglaterra.

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete10 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Por Ivan Nanni

A eutanásia é um tópico que faz você pensar, por todos os interesses que envolve e por que pode afetar a todos

nós.Emocionalmente envolve todo homem,

maçom ou não, homem paciente e homem médico. O homem médico inevitavelmente tem contato com a doença e, muitas vezes, com seu resultado letal, com todos os conse-quente implicação emocional do paciente e de seus parentes próximos, dados os problemas que surgem imediatamente, fúria terapêutica, eutanásia passiva, etc ...

Também é bom identificar os vários proble-mas da eutanásia dentro da Maçonaria, buscar a atitude de Maçom na relação entre doença e fim de vida. Primeiro de tudo, há de se pergun-tar se a eutanásia é a única maneira de morrer com dignidade. Eutanásia, por sua definição, tende a reduzir o sofrimento, voltando-se para a morte sem dor e com dignidade. Para muitos, a eutanásia é assassinato.

Umberto Veronesi, médico oncologista, cientista, ateu, falando sobre o assunto da "doce morte", ele se expressou declarando que "toda pessoa tem direito à autodeterminação ", referindo-se ao modelo de eutanásia da nação holandesa, onde já é admitido, mesmo também para menores, a partir dos 12 anos.

A medicina e a Maçonaria nasceram com o

homem, que sempre buscou sua essência e seu melhor desenvolvimento, tentando aliviar o sofrimento.

Nosso próprio caminho iniciático nos dá a oportunidade de amadurecer reflexões sobre nossa condição humana, em seu aspecto profa-no e maçom, especialmente na relação com a doença e com a morte. Sempre deve haver uma relação saudável entre ciência e ética, a ser colocada na base da evolução da pesquisa e da medicina, bem como da Maçonaria, com o objetivo principal de melhorar a vida do homem e sua saúde do corpo e da mente. Não é por acaso que nos rituais da Maçonaria tam-bém são abordados os princípios presentes na Medicina, como as questões éticas levantadas pelo desenvolvimento da tecnologia, as ques-tões de antropologia filosófica, ética médica e filosofia de medicina e saúde

João Paulo II, em carta dirigida ao Presiden-te da Pontifícia Academia da Vida, com o tema: “Qualidade de vida e ética da saúde ", afirmou:" A saúde deve (portanto) ser preser-vada e cuidada como um equilíbrio físico-psíquico e espiritual do ser humano. É uma responsabilidade ética e social séria desperdí-cio de saúde como consequência de distúrbios de vários tipos, principalmente relacionados à degradação moral da pessoa. A relevância ética do bem da saúde é capaz de motivar um forte compromisso de proteção e cuidado da própria .sociedade.

Para Hipócrates, os fundamentos da relação entre médico e paciente eles também são base-ados em "philia" - amizade - e em "Ágape" – “carinho”. Nesta área, o melhor comporta-mento profissional do médico deve cumprir, além das regras do bom pai da família, também

as do homem livre, de bons costumes e Maçom livre. O médico então tem que ter sempre em mente o máximo respeito pelo paciente, a pro-teção de sua saúde e confidencialidade, o con-forto humano, salvaguarda e defesa da digni-dade, que o guia na busca de caminho para a cura.

Mas quando não há expectativa de vida ou uma qualidade de vida aceitável, é possível admitir que uma pessoa induz voluntariamen-te a morte da outra.

A eutanásia é a única maneira de morrer com dignidade?

EUTANASIA, literalmente boa morte, - do grego ευθανασία. (eutanásia) composta por ευ, bem, e θανατος (thanatos), morte - é inten-cionalmente e no melhor interesse obter a morte de um indivíduo cuja qualidade de vida é permanentemente comprometida por uma doença, deficiência ou condição psíquica: "Uma ação ou omissão que, por sua própria natureza, ou pelo menos em suas intenções, cause a morte a fim de eliminar toda a dor". A característica definidora da eutanásia é, por-tanto, seu objetivo para reduzir o sofrimento. EUTANASIA = morte sem dor.

Morte com dignidade ou assassinato?Nem sempre é possível mudar rapidamente

para o Oriente Eterno indolor e, às vezes, é pro-gresso biomédico e biotecnologia para prolon-gar esta fase delicada e atormentada. Sempre que você chega ao fim de sua vida devido a uma doença grave, deve tomar decisões muito difíceis, tanto para a pessoa diretamente envolvida quanto para todos os seus entes que-ridos.

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A morte de Sócrates Jacques-Louis David, 1787, Metropolitan Museum of Art, Nova York

MAÇONARIA E EUTANÁSIA

O Malhete 11O Malhete Fevereiro de 2020

Minha consideração pessoal - provavel-mente não compartilhada pela maioria - é que prolongar a vida, na presença de doen-ças terminais, sem nenhuma expectativa e esperança, leva apenas a prolongar a agonia e a mera sobrevivência. Agora com a ajuda de ferramentas, tratamentos e maquinaria, é possível manter as funções, mesmo por muito tempo, de maneira artificial, mas isso não afeta a qualidade de vida (geralmente inexistente) e mina enormemente a possibi-lidade de escolha tanto paciente terminal. O médico, por sua vez, diante dos novos ins-trumentos, não tem mais o papel de um tempo e, isto é, escolher, em ciência e cons-ciência, com aquele paternalismo específico e competente que o distinguia, a terapia a ser realizada para o bem do paciente.

No tempo de Hipócrates, os médicos enfrentavam pacientes que pediram que aju-dassem a antecipar seus próprios morte e é por isso que, no juramento dos médicos, os chamados "Juramento de Hipócrates", declara: "Não darei a alguns, nem mesmo se necessário, uma droga mortal, nem vou suge-rir esse conselho”

Platão em afirma que o La Repubblicamedicamento deve servir os incuráveis doen-tes sem mantê-los vivos artificialmente. No Antigo Testamento, é mencionado um caso de de suicídio assistido, a do rei Saul por um de seus soldados, mas este depois é condena-do à morte pelo rei Davi.

Para Sêneca, o homem sábio vive o tempo que precisa e o tempo que não pode. O pro-blema da eutanásia, no início da era moder-na, surge também abordado pelo médico e filósofo inglês Sir Francis Bacon, que convi-da os colegas a aprender "a arte para ajudar os moribundos a sair deste mundo com mais doçura e serenidade.”

Como podemos alcançar o homem sábio de Sêneca?

Com a vontade biológica, ou seja, com o pedido expresso e /ou autorização do paci-ente, que resulta em eutanásia. O testamento biológico ou testamento vivo do mundo anglo-saxão (traduzido incorretamente como "testamento vivo") é “a expressão da vontade de uma pessoa que, em condições de lucidez mental normal, pretende não con-sentir a terapias no caso de ele não estar em condições de consentir ou não no tratamento adequado (consentimento informado) para doenças cerebrais traumáticas irreversíveis, incapacitantes e doenças que forçam trata-mentos permanentes com máquinas ou siste-mas artificiais impedem relacionamentos normais.” .

O chamado A eutanásia ativa, ainda proi-bida na Itália, contém um vontade mais ampla, que é a de uma pessoa que, ainda em boa saúde, desejo manifesto (no caso de doença sem retorno ou incapacidade grave) não apenas para não esticar agonia ou sua mera sobrevivência, mas também (após a direito à autodeterminação preconizado por

Umberto Veronesi com a "morte doce") para chegar a uma morte direta com administra-ção de um medicamento letal.

A chamada eutanásia passiva, permite ape-nas interromper a terapia usual que serve para prolongar a vida de sofrimento do paci-ente.

A chamada eutanásia indireta envolve a intervenção de terceiros, normalmente para lidar com a dor com drogas dosadoras fortes (especialmente como a morfina) opiáceos,que aliviam o sofrimento e encurtar a vida.

A terapia da dor é comumente aceita tanto a partir do ponto de vista jurídico, do ponto de vista ético, porque a morte neste caso, cer-tamente não é desejada, mas é um risco que é aceito, com o objetivo principal de reduzir o sofrimento, agora insuportável, causado pela doença.

Ainda estamos no início deste problema complexo, como acontece com outras ques-tões que envolvem direitos muito pessoais em relação aos quais somos frequentemente vítimas do património cultural.

No decorrer de minha pesquisa, encontrei um estudo realizado no estado de Nova York em 1994, que chegou ao fim que, em muitos pacientes que sofrem de grande sofrimento ou incapacidade grave, a maioria deles não invocou a eutanásia nem o suicídio. É claro que nessas situações o problema eutanásia deve ser totalmente descartado, outras vezes a vontade do paciente pode existir, mas ser afetado por estados depressivos. Como encontrado em outro estudo de pacientes terminais, todos aqueles que expressaram o desejo de morrer apresentou critérios para o diagnóstico de depressão endógena, depres-são que existe em 90% dos casos. Isso requer muita atenção e você também deve ter em mente que o a depressão deve ser evitada, considerada e tratada. Por fim, tendo sempre em mente a vontade do paciente e os elemen-tos que podem afetar o mesmo, diante de uma situação irreversível em que a morte é inevitável, considero pelo menos apropriada a administração de medicamentos para remo-ver e / ou reduzir dor sensível, como a morfi-

na, acompanhando o paciente até a morte com menos sofrimento e dignidade.

Agora, o que a Maçonaria pensa e como isso importa a esse respeito? A Maçonaria, uma instituição não religiosa, leva os homens a meditar sobre esse problema, aju-dando-os a desenvolver uma consciência independente e um pensamento autônomo. Sobre o assunto Relato a comparação-reunião intitulada "Fúria terapêutica e bio-testamento ", entre Don Renner, teólogo do Institute of Science religiosos de Bressano-ne, e o então grão-mestre Gustavo Raffi, no quarto seminário estudos maçônicos realiza-dos em 28 de novembro 2009 em Udine, no Palazzo Kechler. “O teólogo disse lá que “a morte e a doença são partes integrais da vida e não devemos nos firmar atrás do bicho-papão da eutanásia”, enquanto Gustavo Raffi observou” a necessidade de respeitar a vontade do paciente contra todas as obstina-ções terapêuticas possíveis para preservar a dignidade da pessoa mesmo nos momentos extremos da vida.

Eu acredito que o melhor comportamento profissional do médico em primeiro lugar, além das clássicas regras do bom pai de famí-lia e do homem livre e de bons costumes, ao máximo respeito pelo Paciente, à proteção da saúde e confidencialidade, conforto huma-no, salvaguarda e defesa da dignidade, ori-entar na busca de curar sempre que possível.

Na minha posição de médico, devo seguir a vida do paciente e não sua morte.

A eutanásia continua sendo um problema ético e legal. Espero que todas as situações em que iremos definir por lei a eutanásia poça ser acessada, em pleno respeito à digni-dade do homem e seu direito a uma morte digna.

Este artigo foi publicado originalmente no site do Grande Oriente da Itália.

Suicídio de Saul. Pieter Bruegel, o Velho, 1562, Museu Kunsthistorisches em Viena

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete12 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Por Jonathan Dinsmore

Quando pensamos na conexão entre a Maçonaria e a música , onde a mente da maioria das pessoas provavelmente vai

primeiro é Mozart, que é o compositor clássico mais famoso por ser um maçom documentado, embora alguns especulem sobre Beethoven. De fato, Mozart até escreveu temas maçônicos em algumas de suas músicas.

O que muitos não percebem é que talvez haja mais músicos de jazz famosos que eram maçons do que compositores clássicos, ou talvez qualquer outro gênero. Por que a Maçonaria conta com tan-tos artistas de jazz de renome entre suas fileiras? É sobre isso que aprenderemos neste artigo: a histó-ria e os motivos das conexões de jazz da Maçona-ria

Primeiro, vamos dar uma olhada em alguns dos grandes nomes da história do jazz que fizeram parte da Fraternidade. Duke Ellington, Louis Armstrong, Irving Berlin, Nat King Cole, Count Basie, Glenn Miller e Dizzy Gillespie são apenas alguns nomes conhecidos que você pode reconhe-cer que foram comprovados ou quase certamente maçons. Ainda há mais para listar, mas esses são provavelmente os maiores nomes que até os fãs de jazz casuais reconhecerão.

Sun Ra, um personagem interessante, de qual-quer forma, também é teorizado como membro de uma Loja Prince Hall ou de uma ordem fraterna

relacionada ao longo de sua carreira. Embora não seja o maçom mais bem documentado, suas rou-pas extravagantes de inspiração egípcia e expres-sões filosóficas "cósmicas" certamente fazem dele pelo menos o personagem mais colorido a ser associado ao jazz e à tradição maçônica.

Então, por que existe uma conexão entre a Maçonaria e o jazz?

Uma das razões sugeridas pela qual a Maçona-ria tem sido tão atraente para os músicos ao longo da história é que, além de valorizar a música como uma das sete artes liberais, também tornou mais fácil para aqueles que viviam na estrada. Por ser um maçom, os músicos que viajam podiam se conectar facilmente a qualquer comunidade e rede de apoio que encontrassem, através da loja local. Também forneceu apoio em momentos de doença e morte, que para os músicos de bolso vazio, poderiam ser uma dádiva de Deus.

A história do jazz também está intimamente entrelaçada com a história afro-americana e, por-tanto, não deveria nos surpreender que muitos desses músicos de jazz estivessem conectados à Maçonaria por meio de Prince Hall Lodges. A Prince Maçonaria é uma ordem que foi criada pela Grande Loja da Inglaterra para os afro-americanos que foram rejeitados das Lojas princi-pais na época e, são predominantemente afro-americanos em seus membros.

Na época em que o jazz proliferou, e muitos dos maçons afro-americanos estavam no seu auge, grande parte do país ainda estava segregada e as tensões raciais ainda eram bastante altas. A vida como músico já não era fácil, e se você acres-centa que faz parte de um grupo étnico perseguido ativamente, não é difícil ver por que os benefícios da Vida Fraterna seriam atraentes, dando poder

aos músicos de jazz afro-americanos no início até meados do século XX.

No entanto, também parece provável que haja razões mais profundas para a conexão do que sim-ples utilidade e rede.

O jazz é conhecido pela maioria como um tipo de música, mas também é uma subcultura, e essa subcultura tem seu próprio tipo de filosofia e ética. Se refletirmos sobre as idéias incorporadas na música do jazz, bem como sobre a cultura que a cerca, podemos encontrar muitas correlações que dão uma compreensão mais profunda das cone-xões entre o jazz e a Maçonaria do que simples-mente ser uma organização fraterna útil para os músicos.

Tanto a Maçonaria quanto o jazz, por exemplo, têm a ver com gerar novas idéias; inovação e visão de futuro são qualidades adotadas tanto na Loja quanto na criação da música jazz. Há tam-bém uma inclusão no jazz, tendo se originado na mistura de várias culturas e estilos musicais em Nova Orleans no início do século XX, e que a sim-biose e a confluência de culturas em direção a um objetivo comum de progresso conjunto são certa-mente um valor mantido pela Maçonaria, tam-bém.

Em um nível mais abstrato, podemos observar a natureza e a estrutura musical reais do jazz, algu-mas das quais podem ser bastante abstratas, e tra-çar outra correlação. Qualquer pessoa que tenha apreciado o jazz, especialmente a variedade mais abstrata, pode entender como a frase "Ordo Ab Chao" pode ser igualmente relevante para o ofício do jazz, como é no Ofício da Maçonaria.

POR QUE TANTOS MÚSICOS DE JAZZ FAMOSOS SÃO MAÇONS?

O Malhete 13O Malhete Fevereiro de 2020

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete14 O MalheteFevereiro de 2020

Por Irmão Leon Zeldis (*)

Deixe-me começar repetindo essa afir-mação categórica. Caro leitor, a Maçonaria é uma perda de tempo.

Mas espere um momento antes de pressionar a tecla Delete. Antes de fazer isso, convido você a considerar o significado do que acabei de escrever.

O que significa perder tempo? À primeira vista, parece ser uma proposição simples. O que você acha?

Para não estender este pequeno ensaio, proponho uma definição possível: desperdi-çar tempo é gastá-lo fazendo algo inútil ou não fazendo nada . Em outras palavras, matando o tempo. William James, o psicólo-go, disse que matar tempo não é assassinato, mas um suicídio.

Voltando à definição que acabei de propor, evidentemente a segunda possibilidade não se aplica a nós. Estamos fazendo alguma coi-sa, embora não tenha certeza do quê, mas não estamos acumulando poeira. A primeira pos-sibilidade, então, é a única aplicável a nós: estamos fazendo algo ... inútil.

Mas então surge outra pergunta. O que sig-nifica 'inútil'? Ou, em outras palavras, quan-do uma atividade é útil?

Aqui estamos entrando no campo minado da filosofia. Mas não tema, não seguirei o conselho de Bertrand Russell, que escreveu que, para um filósofo, ser inteligível é suicí-dio.

Mencionei o suicídio e, como não incenti-vamos a auto-imolação, devemos tentar deci-dir imediatamente o que é útil e, para come-çar, vamos dar uma olhada na doutrina que considera a utilidade como base de toda a filo-sofia: utilitarismo.

Vamos ver o que um dicionário de filosofia diz sobre o utilitarismo:

"O utilitarismo é a doutrina que mantém a primazia do valor da utilidade acima de todos os outros valores ou que sustenta que apenas esse é um valor adequado". Ou seja, não há nada valioso se não for útil.

Mais tarde, o dicionário explica que, basi-camente, o utilitarismo sustenta que tudo na natureza é vantajoso ou prejudicial.

O filósofo inglês Jeremy Bentham deu uma cambalhota ágil e substituiu Pleasure for Utility. Ou seja, útil é o que nos dá prazer ou impede a dor. Seu seguidor John Stuart Mill, outro inglês, talvez o mais famoso do campo Utilitarista, sustenta que há vários graus de prazer e chega à conclusão de que os prazeres intelectuais e afetivos são superio-

res aos físicos. O prazer de ouvir boa música, ou encontrar a resposta para um problema, ele diz, é maior do que o de comer uma igua-ria, ou levar para a cama uma jovem. Não vou continuar essa linha de pensamento, mas acre-dito que Mill escreveu isso quando tinha 55 anos, que em sua época era avançada, quando aventuras amorosas talvez excedessem sua capacidade.

Tudo isso é bastante abstrato. Vamos vol-tar à terra. Quando dizemos que algo é útil para nós, significa que ganhamos algo com isso. O lucro pode ser material, como ganhar mais, por exemplo, ou tomar um remédio para melhorar, ou pode ser imaterial, como ter bons amigos.

A partir dessa perspectiva, vejamos se é útil chegar a Lodge, sentando-se para ouvir uma palestra, realizar uma cerimônia, colo-car algumas moedas na sacola da caridade, comer uma refeição menos que sumptuosa e voltar para casa.

Onde está o lucro em tudo isso?No Lodge, não ganhamos dinheiro, nego-

ciamos ou nos beneficiamos uns dos outros e, ouso dizer, sentar-se algumas horas em cade-iras duras não proporciona grande prazer.

Não seria mais agradável permanecer con-fortavelmente sentado na poltrona em frente à TV ou ao computador, tomar uma bebida, ouvir boa música, ler uma história de detetive ou algo mais sério?

Isso, sem dúvida, seria agradável, isto é, útil.

No entanto, acho que começamos a discer-nir sinais de que nem tudo está perdido.

Deixe-nos ver. Qual é o objetivo declarado da nossa instituição? A alvenaria - dizemos - finge pegar homens bons e torná-los melho-res, e através deles melhorar a sociedade humana para alcançar o ideal de uma huma-

nidade sábia, ilustrada e tolerante, onde a fra-ternidade se torna o vínculo universal entre todos os seres humanos.

Esses objetivos são úteis? Devemos assu-mir que eles são, mesmo que inatingíveis em um determinado momento e em um determi-nado ambiente.

Aqui, voltemos ao assunto do utilitarismo. Não há dúvida de que ódio, guerra, conflitos, terrorismo não podem dar prazer. Somente mentes doentes podem encontrar satisfação em assassinar crianças. Pessoas normais não se divertem com a dor dos outros.

Consequentemente, tudo o que leva a sua-vizar os pontos difíceis entre as pessoas, isto é, aumentar a fraternidade, deve ser positivo e útil.

Estou contradizendo minha afirmação inicial. Perigoso. Mas vamos seguir em fren-te.

Vamos examinar algumas outras ativida-des da vida diária. Por exemplo, é útil ir ao estádio para assistir a uma partida de futebol? Não apenas não nos dá lucro material - não ganhamos nada - mas, pelo contrário, temos o pagamento do ingresso. Qual é o lucro nis-so? Algo imaterial: o prazer de ver nossa equi-pe vencer, ou a oportunidade de mandar a outra para o inferno, se vencer.

Lembre-se que quando vencemos, é por-que merecemos, mas se o outro lado vencer, foi pura sorte.

Vamos ver outras atividades. Lendo um bom livro ou assistindo televisão, até que ponto é útil? Devemos concluir, apenas na medida em que eles nos dão prazer, satisfa-ção, o que significa que estamos confirmando a proposição de Bentham que mencionei ante-riormente.

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A MAÇONARIA É UMA PERDA DE TEMPO

O Malhete 15O Malhete Fevereiro de 2020

Mas, se é assim, existem várias ativida-des comparáveis, como ir ao cinema, ao teatro, à ópera, a um concerto, às compras, à igreja ou, finalmente, ao cemitério. Alguém disse que ele compareceu aos fune-rais de todos os seus amigos; caso contrá-rio, eles não iriam procurar o dele.

Em todas essas ocasiões que acabei de mencionar, podemos afirmar que estamos perdendo tempo, a menos que aceitemos a equivalência de iguais úteis prazerosos.

No entanto, existem ações, como amar-rar uma gravata, ir ao barbeiro, calçar os sapatos, que mesmo sob essa perspectiva não podem ser consideradas úteis. Não há obrigação moral de cortar o cabelo, e não acredito que isso dê prazer. No entanto, fazemos isso, perdendo tempo.

Queridos irmãos, o tempo é o único bem insubstituível; e ainda assim o gastamos desperdiçando dia a dia, hora após hora e minuto a minuto.

Vamos voltar para a loja. Provavelmente você já percebeu que meu argumento tem uma falha básica, uma lacuna crucial. Falo o tempo todo do ponto de vista do indiví-duo e, por enquanto, ignorei o resto do mun-do, a família, o ambiente humano em que vivemos, a sociedade à qual pertencemos.

Ampliando o escopo, diminuindo o

zoom, o problema é mais complicado; alguns atos podem não ser úteis para o indi-víduo, mas são para a comunidade. Um exemplo simples é o do soldado que arrisca sua vida para proteger o país. Não há prazer em patrulhar a fronteira ou em sentar-se dentro de um tanque, e ainda assim o faze-mos, porque é útil para o país, e o país inclui nossa família e a família inclui-nos. Então, aqui temos um exemplo de algo útil que não é agradável.

Voltando ao nosso alojamento, me per-gunto se realizar bem uma cerimônia, uma iniciação, por exemplo, produz prazer. Eu acredito que sim. É o mesmo prazer de cum-prir bem um dever, de realizar uma tarefa bem feita. É o mesmo prazer do artista que completa sua obra, o músico que se satisfaz de ter tocado perfeitamente.

Mas tem mais. Lemos artigos - não isso, é claro - e aprendemos alguma coisa. Um filósofo disse que, quando a mente se esfor-ça para incluir uma nova idéia, ela nunca volta ao seu tamanho anterior. Ampliando nosso horizonte mental, podemos tocar a borda do desconhecido. Isso é filosofia, meus irmãos; como Bertrand Russell disse, a ciência é o que se sabe; filosofia é o que não se sabe.

Se considerarmos apenas a riqueza mate-

rial, na Maçonaria estamos realmente per-dendo tempo, mas se lidar com a riqueza mental, ouso dizer, com a riqueza espiritu-al, estamos realmente ficando ricos. Rico em idéias, em amigos, em oportunidades de contribuir para o bem-estar da sociedade e o progresso de nosso país. Então, confes-so que me enganei no título do meu traba-lho. Talvez não tenha sido intencional.

Eu chego ao fim do meu trabalho. Alguém disse que, se você não puder dizer o que queria dizer em vinte minutos, é melhor escrever um livro.

A mensagem que eu queria transmitir com este artigo é muito simples: perdemos tempo na Maçonaria ou não, depende ape-nas de nós. Vamos todos, cada um de nós, fazer o que for necessário para que nunca sintamos que desperdiçamos nosso tempo.

Fonte: Freemason.pt

(*) Leon ZeldisAssistente Grão-Mestre, Grande Loja

do Estado de IsraelEx-grão-comandante soberano, Con-

selho Supremo 33 ° AASR de Israel

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete16 O MalheteFevereiro de 2020

A cerimônia maçônica que é realizada anualmente no Monte Cabeça de Coruja há 150 anos é a da Loja nº 5 ,

também chamada de Golden Rule Lodge . Suas origens remontam à criação da Lively Stone Lodge of Derby Line em Vermont em 1803, que incluía maçons de ambos os lados da fronteira Canadá-Estados Unidos. Mas a Guerra de 1812 levou os canadenses a for-mar uma entidade completamente canaden-se: o Golden Rule Lodge em Stanstead. Ela recebeu sua carta da Grande Loja Unida da Inglaterra em 1813. Mas não foi até 1857, após uma isenção da Grande Loja do Canadá autorizando-o a realizar uma reunião do lado de fora, a loja n ° 5 começou a realizar-se no cume do Monte Cabeça de Coruja, próxi-mo ao lago Memphremagog, em um local encantador, uma cerimônia durante o solstí-cio de verão.

A misteriosa cerimônia no Monte Cabe-ça de Coruja

Todos os anos em junho, a reunião mais popular do calendário maçônico em Quebec reúne maçons de todo o Quebec, Canadá, Estados Unidos e até de outros lugares. Não é uma reunião comum, pois é realizada a 739

metros (2425 pés) acima do nível do mar e tem vista para o majestoso Lago Memphre-magog . É claro que é supervisionado pela Loja Nº. 5 e, durante esse período, os maçons aproveitam a oportunidade para elevar uma de suas fileiras ao posto de mestre maçom . Apenas por razões históricas, o ritual ceri-monial de escalar a montanha e a referida cerimônia são reservadas apenas aos homens. O candidato a mestre maçom deve carregar todo o tempo da subida, sozinho, um cesto de cinzas trançadas simplesmente chamado " a cesta ”, que contém o material da cerimônia: cordas, uma Bíblia, acessórios maçônicos, as insígnias reais e as bandeiras do Canadá, Estados Unidos e Quebec. A coisa toda ainda pesa 27 kg! Quando todos os equipamentos e membros estiverem no local da cúpula, a cerimônia (infelizmente secre-ta) poderá começar. Quando tudo termina, todo mundo volta e junta-se à família e aos amigos para um churrasco.

Maçonaria em QuebecA primeira loja maçônica a se estabelecer

oficialmente em Quebec (e no Canadá), chegou com soldados ingleses no início da conquista em 1759 em Quebec, embora pare-

ça que havia maçons em nova França. Esses soldados, nobres ou comerciantes franceses ou canadenses teriam se reunido nas mesmas lojas que os ingleses, então seus inimigos no campo de batalha, mas unidos na irmandade dos maçons. Incrível de qualquer maneira! Você também pode dizer inspirador…

Fonte: affairesdegars.com

CERIMÔNIA MAÇÔNICA MISTERIOSA NO MONTE CABEÇA DA CORUJA

POR ERIC DOYON

O Malhete 17O Malhete Fevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.O rio Itapemirim subiu mais de seis metros e alagou a região central de Cachoeiro de Itapemirim

O artigo deste mês é mais um desabafo, uma homenagem saudosa a minha Bai-minas, bairro onde cresci e onde minha

mãe residia até domingo (26 de janeiro de 2020) quando as águas invadiram as ruas, as casas, levando tudo que encontraram pela frente. Nos mais de 50 anos que ela morou lá, jamais tinha entrado uma gota d'água de enchente na sua casa. Desta vez atingiu mais de um metro dentro da casa. Segundo informações dos órgãos com-petentes, o Itapemirim subiu 12 metros acima do seu nível normal, maior enchente já registrada na história. Cachoeiro de Itapemirim hoje é uma cidade destruída. As ruas do centro e de bairros que margeiam o rio foram varridas pelas águas impiedosas do Itapemirim. A impressão que se tem andando nas ruas é de um bombardeio da segunda guerra mundial.

Mas voltando a Baiminas, nesta semana depo-is da enchente, estive lembrando das famílias que residiam no entorno da nossa casa: Schi-midt, Depolo, Santana, Gomes, Piassi, Rody, Soromenho, Vantil, e mais outras que não lem-bro o sobrenome. Com o tempo foram mudando para outros bairros ou cidades, alguns falece-ram, os filhos cresceram e tomaram seus própri-os caminhos.

Foi uma infância feliz, brincávamos de pique, queimada, tentávamos imitar os seriados de TV da época que passavam na TV Tupi, a Globo ainda não era a potência que é hoje. Assistíamos ao programa do Capitão Asa nos poucos apare-lhos de televisão preto & branco. Viagem ao Fundo do Mar, Jornada nas Estrelas, Nacional Kid, Ultraseven, Ultraman e os desenhos anima-

dos, mas nem tanto ! Era mais um quadro a qua-dro, do Batman, Thor, Homem de Ferro, Namor, Hulk...

De tanto ralar o joelho pulando muros ou sim-plesmente caindo na correria dos piques, tenho uma bela cicatriz no joelho esquerdo. Catáva-mos pilhas e válvulas queimadas nas margens do Itapemirim, nos fundos de uma oficina de reparos de televisores. Naquela época não se via problema em descartar tudo nos rios. Usávamos em nossas brincadeiras imaginárias de comba-tes interestelares e viagens espaciais. Mas agora tudo isso serão apenas lembranças de quem viveu naquele trecho da Rua Dr. Deolindo que ia da subida do Amaral até a subida para o Clube do Bosque. Depois desta enchente, os poucos que ainda ali residiam dificilmente voltarão.

Ciclone Idai varreu no ano passado Moçam-bique, Zimbábue e Malawi atingindo 5,3 milhões de pessoas, causando destruição e mor-tes. Se olharmos no globo terrestre, verificare-mos que Espírito Santo e Minas Gerais estão quase na mesma latitude dos países africanos atingidos por um evento climático muito pareci-do com o ocorrido aqui. Belo Horizonte regis-trou o maior nível de chuva em 110 anos de medi-ções. Em Iúna, onde morei por 12 anos, as águas do Rio Pardo também atingiram níveis jamais vistos, até a Praça Coronel João Osório ficou submersa. Sem falar em Iconha, Alfredo Chaves e Vargem Alta.

Costumo ser chamado de Profeta do Apoca-lipse num grupo de whatsapp que participo por já vir externando há muito tempo minha preocu-pação com as mudanças climáticas no nosso planeta (Vide artigo “Sustentabilidade” na edi-ção de 12/2019 de O Malhete). Com certeza boa parte delas provocadas pela mão do homem. Com nossas emissões de gás carbônico, descarte de lixo nos rios e oceanos, desmatamento, des-truição das fontes de água doce, etc, alteramos o equilíbrio do meio ambiente. O resultado está ai:

Geleiras derretendo, incêndios florestais, chu-vas torrenciais, enchentes, elevação dos níveis dos oceanos... O Profeta do Apocalipse sente informar, mas isso é só o começo.

A maior parte dos países reconhecem a gravi-dade da situação e estão tomando medidas para reduzir as emissões de gases causadores do efei-to estufa. Mas nos preocupa que os Estados Uni-dos da América, maior economia mundial e maior emissor de gases, até ser ultrapassado pela China, tenha se retirado do acordo de Paris e venha negando a existência das mudanças cli-máticas. O Brasil vem adotando uma postura de alinhamento incondicional a política externa Norte Americana. Por enquanto, não se retirou do acordo de Paris, mas passou uma mensagem de incentivo ao desmatamento que elevou o aumento das áreas devastadas na Floresta Ama-zônica. Fato comprovado pelo Instituto Nacio-nal de Pesquisas Espaciais – INPE, órgão do próprio Governo brasileiro. Vamos ver onde tudo isso vai dar. As previsões não são nada oti-mistas. Muitos cientistas já acreditam que ultra-passamos o ponto de não retorno...

Vamos a todo custo e nunca a qualquer custo !!!

Carlos Magno Monteiro Freitas – CIM 162.053

Deputado Estadual ARLS Vale do Itapemi-rim – Marataízes (ES)

Presidente da PAEL GOB (ES) no Período Legislativo 2007/2011

Venerável Mestre da ARLS Vale do Itapemi-rim de 1999/2003

MINHA BAIMINAS...

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete18 O MalheteFevereiro de 2020

Alegoria da verdade e do tempo, Annibale Carracci.

Por Majesty Montanez

Qual é o significado da Alegoria da caverna do irmão Platão no livro sete de seu traba-lho imortal, A República? E por que essa

alegoria é tão amplamente lida e estudada no mundo do “ensino superior” hoje, mais de dois mil anos após sua primeira publicação?O objetivo desse curto trabalho de amor é explorar a possível resposta para a primeira dessas duas perguntas vita-is para o benefício mútuo de mim e do leitor, dei-xando a resposta para a segunda pergunta para o leitor explorar e encontrar de forma independente, se ele ou ela assim o desejar, pois uma jornada tão íntima às profundezas de seu próprio coração e mente certamente revelará a ele o quão importante, bonito e gratificante é para cada um de nós desco-brir o verdadeiro significado e propósito de existên-cia humana para nós mesmos , como indivíduos comuns, mas únicos.

Felizmente, para nós, Platão explica a essência do significado de sua alegoria da caverna dentro da própria República . Isso deve facilitar um pouco as coisas para nós. Infelizmente, para alguns, o fato é que Platão era um místico e um filó-sofo - um amante da sabedoria - o que significa que ele escreveu todos os seus diálogos eternos com o único objetivo de compartilhar e examinar a natu-reza da sabedoria com outros filósofos através do

relacionamento inter-relacionado. princípios filo-sóficos da epistemologia, dialética, metafísica, ética, contemplação e meditação.

Em outras palavras, o significado genuíno e pretendido da alegoria de Platão permanecerá para sempre um mistério incompreensível para qual-quer leitor que não seja um verdadeiro amante da sabedoria. Além disso, o significado de toda a sublime sabedoria de Platão que nos chegou da forma escrita através dos tempos, só pode ser cap-turada por alguém que persegue a filosofia verdade-ira e antiga da maneira dos filósofos imortais da antiguidade, conhecidos como Iniciados de as Esco-las de Mistérios Antigos, como a Maçonaria. Uma busca tão nobre exige nada menos ou mais do que um coração e uma mente abertos que são verdadei-ramente focados e desejosos de conhecer a realida-de última, bem como o verdadeiro significado e propósito de viver neste mundo como mortal - como ser humano. A partir disso, podemos enten-der que, por mais clara e eloqüentemente que Pla-tão possa ter explicado brevemente o significado oculto de sua alegoria através dos lábios sábios de Sócrates nas páginas da República , ele só pode começar a ser vagamente compreendido pelo homem, mulher ou criança. quem ama profunda-mente a sabedoria.

E há mais: o significado da alegoria da caverna não se revelará e se revelará profundamente dentro da alma, se negligenciarmos a importância do con-ceito filosófico de justiça. Isso se deve ao fato resplandecente de que A República é uma lâmpa-da filosófica cuja luz está centrada no óleo místico da busca pelo verdadeiro significado da justiça e pelo desejo ardente do coração de saber o que real-mente significa ser justo ou virtuoso. Portanto,

devemos manter firmemente o mistério da justiça no coração e na mente à medida que prosseguimos. Agora, vamos entrar na Luz.

UM RESUMO RÁPIDO DA ALEGÓRIA

Há um grupo de prisioneiros acorrentados em uma caverna, que estão lá desde que nasceram. Eles estão acorrentados de tal maneira que só podem ver um muro baixo de pedra na frente deles, e nunca viram mais nada em suas vidas inteiras. Há também uma lareira constantemente acesa a uma curta dis-tância atrás deles, o que permite que as sombras das pessoas do lado de fora da caverna, que passam por ela, sejam lançadas sobre o muro baixo em frente aos prisioneiros. Os prisioneiros, que nunca viram nada na vida além de si mesmos e dessas sombras, acreditam que essas sombras são coisas reais e que não há muito mais na vida além da aparência dessas sombras. Um dia, no entanto, um dos prisioneiros da caverna se liberta e escapa da caverna. Ao ver o mundo fora da caverna pela primeira vez, ele rapi-damente percebe que sua percepção anterior da vida era limitada e totalmente errada. Ele viu a luz do sol e agora sabe que as sombras na caverna não eram o que pareciam ser. Ele então retorna à caver-na , na tenta t iva de esc larecer seus ex-companheiros de prisão sobre a verdadeira nature-za das sombras, mas eles não acreditam nele. Em vez disso, eles ameaçam matá-lo quando ele se ofe-rece para libertá-los, para que possam ver a verdade por si mesmos.

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PRISIONEIROS DA MENTEBRILHANDO LUZ MAÇÔNICA SOBRE O SIGNIFICADO MISTERIOSO DA ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATÃO

O Malhete 19O Malhete Fevereiro de 2020

O S I G N I F I C A D O S E C R E T O E INTERNO DO ALEGADO

Os na caverna, como Platão prisioneiros enfatiza vivamente na , somos República nós, ou "você" e "eu". Elas são as personificações simbólicas da noção popular, mas equivoca-da, de que realmente existe um "você" e um "eu" existentes separadamente, pois é a joia da verdadeira e antiga filosofia de que existe realmente apenas um ou eu. que existe e eu que esse autêntico existe eternamente eu como o universo infinito em sua totalidade.

Segundo Platão, a ou cova subterrânea prisão dentro da caverna é simbólica do "mun-do da visão", pelo qual ele quer dizer o mundo objetivo como percebido por uma mente não discriminatória e irracional através dos cinco sentidos da visão, do paladar, voltados para o exterior. , toque, som e cheiro. Essa prisão é, portanto, um símbolo filosófico da própria mente, que nos permite saber que a caverna, que contém essa prisão, e que, como a mente, é uma morada secreta, é igualmente um sím-bolo filosófico da mente, de modo que essen-cialmente, não há diferença entre a caverna e a prisão descrita por Platão. Mais precisamente, a caverna simboliza a mente humana em geral, enquanto a prisão dentro da caverna simboliza a mente ou o ego humano que é ilusório e sem contato com a realidade.

O que estão dentro e fora da fogo e a luz caverna são simbólicos da “luz” e da vida da consciência individualizada e da consciência cósmica ou universal, que são finalmente interconectadas como Mente Única. Platão afirma isso sombriamente através do caráter simbólico de seu sábio professor, Sócrates (cujo nome significa ), fazen-mestre da vidado Sócrates explicar ao irmão de Platão, Glau-con (cujo nome significa ), olhos de corujaque, “ a luz do fogo (em essa alegoria) é o Sol, que, quando visto, é inferido como o autor uni-versal de todas as coisas belas e certas. É o

pai da luz e o senhor da luz neste mundo visí-vel, e a fonte imediata da razão e da verdade no mundo intelectual. É o poder sobre o qual quem quer agir racionalmente na vida públi-ca ou privada deve manter seus olhos fixos. ” Agora, pergunte-se, soa como essas supostas palavras do Sócrates iluminado estão se refe-rindo ao Sol em um sentido literal, ou para o Sol como um símbolo antigo da "luz" e da vida da consciência que constitui a mente? Não é verdade que você pode fechar os olhos e ainda ver as coisas através da "luz" da sua mente, mesmo enquanto está sentado ou deitado sozi-nho no escuro?

E as na caverna? E o na sombras muro caverna que serve como tela sobre a qual essas sombras são vistas? Essa parede e as sombras lançadas sobre ela são simbólicas dos vários objetos, ou pessoas, lugares e coisas que a mente individual percebe como o mundo obje-tivo, ou o mundo "fora de" e "separado de", o próprio parente. personalidade própria ou ego. Como sombras, esses objetos ou formas que compõem coletivamente o plano objetivo da vida são meramente reflexos fugazes de algo que se pode dizer ser real. Eles nada mais são do que efeitos transitórios causados pela obs-trução e limitação da luz ou iluminação da consciência. Essas sombras filosóficas são o que Platão chamaria de "formas" relativas e substancialmente ilusórias ou irreais,

Quanto às que mantêm os prisio-cadeias neiros presos e despojados da liberdade men-tal e espiritual dentro da caverna de sua pró-pria consciência obscura, eles são um símbolo potente de nossos conceitos de mente fechada e maneiras egoístas de pensar, pois essas cons-truções mentais contraproducentes nos man-têm mentalmente atado, cego e incapaz de con-templar a luz da iluminação metafísica e filo-sófica. Quando conseguimos quebrar essas correntes, libertando nossas mentes através da verdadeira educação, que envolve filosofia e meditação, descobrimos o maior segredo da

vida e da existência, que por sua vez nos dá uma visão do verdadeiro significado da justi-ça, o principal assunto da de Platão República. Esse segredo mais valioso de todos os segre-dos é que toda vida é , Todas as men-uma vidates são , e todas as coisas são uma menteuma coisa .

A de Platão não apenas nos ensi-República na que a mente pode ser, e que muitas vezes é, o pior tipo de prisão em que podemos nos encontrar presos, esse diálogo de ouro tam-bém nos ensina, talvez paradoxalmente, que a mente é também a chave que devemos usar para nos libertar dessa prisão:

A mente é a prisão

E também a chave

E como maçons

Nós escolhemos ser livres

Fonte: https:philosophicalsociety.org/

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete20 O MalheteFevereiro de 2020

Por Ir\Steve Harrison

Em 2011, o cantor pop de voz aveludada Lionel Richie, membro da Loja Lewis Adams Prince Hall numero 67, apare-

ceu em um episódio da popular série “Quem você pensa que é?”. O show segue as celebrida-des que buscam as raízes de sua família, geral-mente encontrando uma reviravolta ou duas ao longo do caminho. Depois de algumas escava-ções, o programa começou a se concentrar no bisavô materno de Richie, John Louis Brown.

Em Nashville, onde sua avó materna nasceu, Richie descobriu que Brown, provavelmente nascido como escravo, casou-se com sua bisa-vó Volenderver em 1890, quando ela tinha ape-nas 15 anos e ele cerca de 50. Antes do divórcio em 1897, o produto desse casamento, a avó de Richie, Adelaide M. (Brown) Foster.

Sabendo o nome de seu bisavô, Richie foi ao Arquivo Metropolitano de Nashville, onde as coisas ficaram interessantes quando assumiram um ar fraterno. Os diretórios das cidades lista-ram John Louis Brown como editor dos Cava-leiros dos Reis Magos em 1880 e SGA dos Cavaleiros dos Reis Magos em 1885. O título de Editor era uma informação valiosa que indi-cava que Brown era alfabetizado, não uma garantia em aqueles dias. A curiosidade de

Richie foi despertada, imaginando quem eram os Cavaleiros dos Reis Magos e o que a desig-nação SGA significava.

Isso o enviou ao Loja Prince Hall nº 1 em Nashville, onde se encontrou com o professor Corey Walker, historiador da Universidade Brown de Estudos Africanos. O programa não faz menção se o professor Walker é maçom. Com uma proeminente praça e bússolas ao fun-do, Walker explica: "Os Cavaleiros dos Reis

Magos eram uma ordem fraterna que também beneficiava seus membros. A organização ajudou a construir laços de comunidade entre homens afro-americanos. Era uma instituição que fornecia recursos financeiros". benefícios a todos os seus membros, tanto por doença quan-to por morte ... “Foi o precursor do que conside-ramos modernas companhias de seguros “.

Segundo o programa, os Cavaleiros dos Reis Magos foram fundados em 1879 para atender às necessidades da comunidade negra. Walker lembra Richie que, durante esse período as orga-nizações brancas estavam separadas e não admi-tiram afro-americanos. Afastados da comuni-dade branca após a Guerra Civil, os negros cria-ram suas próprias instituições para ajudar os afro-americanos. Um deles foi o Cavaleiro dos Reis Magos, que cresceu para 278 lojas em 1882. "Esses eram os protótipos", diz Walker, "das organizações que ajudaram a impulsionar o moderno movimento dos Direitos Civis".

Quando Richie questiona Walker sobre o significado de SGA, ele descobre que significa Supremo Grande Arconte. "Ele não era apenas um membro da organização, ele era seu líder nacional." Além disso, o professor Walker pro-duz um livro de regras, leis e regulamentos da ordem que Brown é o autor. O livro contém palestras, sinais e senhas, bem como os rituais maçônicos de hoje: "JL Brown estava na van-guarda na construção de uma instituição signi-ficativa para atender às necessidades dos afro-americanos em todo o país".

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LIONEL RICHIE E OS CAVALEIROS DOS REIS MAGOS

O Malhete 21O Malhete Fevereiro de 2020

Um artigo de jornal revela o destino dos Cavaleiros dos Reis Magos quando relata uma epidemia de varíola em 1891, que levou a orga-nização a pagar benefícios substanciais por morte, drenando o tesouro. Além disso, o arti-go relata o desaparecimento de seu tesoureiro, S. Carl Walker, que fugiu com grande parte dos fundos restantes. Com esse ponto de infle-xão, os Cavaleiros dos Reis Magos começa-ram seu declínio.

O irmão Richie salienta que este é o mesmo período durante o qual o casamento de Brown se desfez, e as pressões da morte dos Cavalei-ros podem ter algo a ver com isso, concluindo: "Meu bisavô deixou de ser um canalha em minha mente. o caminho para ser um dos pio-neiros do movimento dos Direitos Civis ".

JL Brown mudou-se para Chattanooga após o desaparecimento dos Cavaleiros dos Reis Magos. Richie viaja lá para descobrir o que aconteceu com seu bisavô. Lá, ele descobre que Brown se tornou zelador de cemitério e encontra um livro contendo sua foto. A certi-dão de óbito de Brown revela que seu pai era um Morgan Brown, sua mãe desconhecida. Ele está enterrado no mesmo cemitério em que trabalhava, no túmulo de um indigente sem identificação.

Uma parte final da pesquisa mostra que Brown era um escravo, seu dono era um Mor-gan W. Brown. Em uma reviravolta confusa, Richie descobre que o Dr. Morgan Brown teve um filho, Morgan W. Brown. O diário do Dr. Brown revela que a mãe de JL Brown era uma escrava chamada Mariah, a quem ele estipula para ser libertada, juntamente com JL, após sua morte. O programa deixa especulações sobre se o Dr. Morgan Brown, 80 anos, ou seu filho Morgan W. Brown, 39 anos, era o pai de

JL.Outras fontes indicam que antes das conse-

quências da epidemia de varíola e o tesoureiro esgotando seus fundos, os Cavaleiros dos Reis Magos tinham um número máximo de mem-bros de cerca de 350 lojas. É reconhecida por alguns como a primeira companhia de seguros nos Estados Unidos. Hoje, na ilha de Santa Helena, na Carolina do Sul, fica um edifício conhecido como Cavaleiros dos Reis Magos.

Um edifício de estrutura de madeira construí-do em 1899, queimou em 1940 e foi substituí-do pela estrutura de concreto existente que permanece como o último remanescente de uma fraternidade outrora nobre.¨¨¨

Lionel Richie

O Malhete 23O Malhete Fevereiro de 2020

Campanha de Ajuda Humanitária do GOB-MG Ir.'. Cléscio Galvão - Grão Mestre Estadual

O Grande Oriente do Brasil – Minas Gerais, vem pedir sua ajuda solidária para auxiliar, com qual-quer valor, as famílias atingidas pelas últimas chuvas que provocou grandes enchentes e desa-brigou muitas pessoas em todo do nosso Estado._

*VOCÊ PODE FAZER A DIFERENÇA*Faça sua doação solidária:*Banco do Brasil*

*Agência:* 1614-4*Conta Corrente:* 74409-3*CNPJ:* 01594701/0001-69Grande Oriente do Brasil – Minas Gerais*Enviar o comprovante para:* [email protected]

TFA,Cléscio GalvãoGrão-Mestre Estadual

O Malhete02 O MalheteNovembro de 2019 O Malhete24 O MalheteFevereiro de 2020

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[email protected]

OFICIAIS DO GOB, PRESENTES NA ESCÓCIA

Trabalhando o relacionamento Institucional entre o Grande Oriente do Brasil, e Potências Regulares Estrangeiras, o Secretário Geral de Relações Exteriores, Eminente Irmão Mário Sérgio Nunes da Costa, e o Secretário Geral Adj do Rito de York, Eminente Irmão Joselito Romualdo Hencotte, participam de reunião na Grande Loja da Escócia, com o First Grand Principal Most Exc Companion Joseph John Morrow, que também é Past Grand Master Mason da GL Scotland, e com o Grande Escri-ba Esdras Exc Companion Douglas Duncan,

ambos do Supreme Grand Chapter of Royal Arch Masons of Scotland.

Entre os assuntos desenvolvidos na reunião, nossos Secretários, que também são respecti-vamente 2° e 3° Grandes Principais do Supre-mo Grande Capítulo do Arco Real, levaram a mensagem do Soberano Irmão Múcio Bonifá-cio Guimarães, sobre as atividades do GOB, e também o pré convite as festividades de 200 anos de Fundação do GOB, que ocorrerão em 2022, além de Assuntos sobre o Arco Real.

Loja Tupy, completa seu primeiro centenário

Em importante sessão magna de aniversá-rio, do seu primeiro centenário, a estruturada e pujante Loja Tupy, do Oriente de Araçatuba, preparou uma festa digna de sua história. A Ses-são foi comandada pelo Venerável Mestre Irmão Claudenil Luiz de Almeida, com a pre-sença do Grão-Mestre Geral Adjunto, Sapien-tíssimo Irmão Ademir Cândido da Silva, e sua comitiva de Assessores Especiais, Irmãos Mil-ton Paixão, Carlos Donizetti e Greghi. Tam-bém esteve presente o Grão-Mestre Estadual, Eminente Irmão Gerson Magdaleno e sua comi-tiva, entre eles Silvio Alves Branco e Ruberval Ramos Castello.

O Irmão Ademir Cândido, destacou a impor-tância histórica da Loja Tupy para o desenvol-vimento sócio econômico da região, a sessão foi prestigiada por diversos irmãos Gobianos, da CMSB e da COMAB, demonstrando a união da maçonaria do interior de São Paulo, também se fez presente o representante do Pre-feito de Araçatuba, Irmão Dilador Borges, tota-lizando 158 irmãos e 30 Lojas representadas.

SOCIAIS

A Importante Loja Gobiana no Oriente da Bahia “Cavaleiros da Fraternidade” completa 70 anos de Fundação e trabalho em favor da huma-nidade e sociedade. A prestigiada sessão Presidi-da pelo Venerável Mestre Orlando de Jesus San-tos, contou com a presença do Soberano Irmão Múcio Bonifácio Guimarães, Grão-Mestre Geral e do Eminente Irmão Luciano Sepúlveda, Grão-Mestre Estadual, entre as várias atividades ocor-ridas na Sessão, houve a entrega do Título de Membro honorário do GOB-BA pelo Irmão Luci-ano Sepúlveda, GME, ao irmão Múcio Bonifácio Guimarães.

Entre as várias autoridades e dignidades pre-sentes, tivemos o irmão Sebastião Alves Vieira, liderança Importante na Bahia, irmão Oscimar Torres, e muitos outros Importantes irmãos e família maçônica.

CAVALEIROS DA FRATERNIDADE,COMPLETA 70 ANOS DE FUNDAÇÃO

PARCERIA NO APOIO AS ENTIDADES PARAMAÇÔNICAS

O Grande Oriente do Brasil e a Grande Loja Maçônica do Estado do ES, firmaram, neste sábado, termo de coo-peração por meio do qual se comprometem a fomentar, incentivar, promover, desenvolver e dar o devido suporte a todas as entidades Para-maçônicas reconheci-

das por ambas as potên-cias. Durante a soleni-dade, na sede da nossa Grande Loja, também houve assinatura de tra-tado de unificação da Ordem Demolay para o Estado do Espírito San-to. Uma deliciosa Paella foi servida após o even-to.