Informativo Maria Dolores nº 110
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Em 18 de abril de 1857,
Kardec estaciona uma
carruagem, com 1200
volumes de "O Livro
dos Espíritos", destina-
dos à Livraria Dentu. Concluída a edição
primeira de "O Livro
dos Espíritos", numa
bela manhã de sába-
do de primavera,
Kardec sai de sua
residência, em Paris,
na Rue des Martyrs,
número 8, segundo andar,
com 1200 volumes da
obra. O meio de transpor-
te era uma carruagem. Ele
se detém na Rue Mon-
tpensier, em frente à Ga-
leria d’Orleans, no Palais
Royal , para alcançar a Li-
vraria Dentu, da viúva ma-
dame Mélanie Dentu. Silvi-
no Canuto complementa a
descrição da cena: “o aju-
dante de cocheiro, trajando
uniforme cinzento, amarro-
tado e sujo, saltou da boléia
e dirigiu-se à Livraria”. Es-
perava por Kardec e sua
obra, além da proprietária da
Livraria, um Gerente da
loja identificado apenas
pelo nome de Clément, que
leu a nota de entrega reme-
tida pela Tipografia De
Beau e ordenou o desem-
barque dos livros. À
tarde, Kardec volta à
Livraria e constata que
mais de meia centena
de exemplares já havi-
am sido vendidos ao
preço de 3 francos por
unidade, preço que, se-
gundo consta, ele achou
inicialmente caro, mas foi
convencido por madame
Dentu de que estava de
acordo com o mercado. (Canuto de Abreu)
Ano 10, Edição 110 Abril de 2012 Rua 19 nº 768, Bairro São Judas Tadeu, Jales-SP
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O jornalista René Du
Chalard foi presenteado
com o primeiro exemplar
de O Livro dos Espíritos
em 18 de abril de 1857.
Alguns meses depois, em
11 de junho, ele publicou
o artigo “A Doutrina Es-
pírita” no jornal Courrier
de Paris. Acompanhe uma
compilação desse texto, que
foi reproduzido por Kardec
na Revista Espírita de 1858.
“O Livro dos Espíritos, do
senhor Allan Kardec, é uma
página nova do próprio
grande livro do infinito e,
estamos persuadidos, uma
marca será posta nesta pa-
gina. [...]Quem escreveu
aquela
introdução
que abre
O Livro
dos Espíri-
tos, deve
ter alma
aberta a
todos os sentimentos no-
bres. [...]
Canuto de Abreu
Relato Importante
Página 02
"Religião dos Espíritos”
– fora prudentemente
modificado pelo codifi-
cador para “O Livro dos
Espíritos”, primeiramen-
te porque ele temia que
a censura implicasse
com o primeiro nome e
também para que o lei-
tor identificasse na obra
um livro escrito pelos
Espíri-
tos. Na
noite do
dia 18
de abril
de 1857
em que
foi lan-
çado "O
Livro
dos Es-
píritos",
mada-
me Ri-
vail (Amélie-Gabrielle
de Lacombe Boudet Ri-
vail) – Gaby na intimi-
dade – já se houvera re-
colhido aos aposentos
do casal. Kardec, entre-
tanto, foi para o escritó-
rio de sua residência e
sentou-se à escrivaninha
de carvalho, sob a luz
bruxuleante de uma ve-
la. Pegou seu caderno de
memórias e anotou, con-
forme o relato de Canu-
to Abreu: “Mais de cem
exemplares de "O Livro
dos Espíritos" já se fo-
ram neste primeiro dia,
doados ou vendidos. Ca-
da volume será um grão
de vida nova lançado ao
coração de um homem
velho. Se algumas se-
mentes caírem em cora-
ções maduros haverá,
por certo, gloriosas res-
surreições. Mil e duzen-
tas sementes da Verdade
serão lançadas no terre-
no da opinião. Se uma
só frondejar, nosso es-
forço não terá sido em
vão." E conclui o codifi-
cador, segun-
do a confiável
informação
histórica do
confrade pau-
lista: “O Livro
de hoje não é
senão a pri-
meira página
da religião do
futuro. À me-
dida que o
meio e o de-
senvolvimento
da Idéia Nova o permi-
tam. Operar-se-á lenta-
mente lutando com ad-
versidades poderosas,
pisada aqui, adulterada
acolá, esmagada num
ponto, ressuscitada nou-
tro, criticada por muitos,
defendida por poucos,
atraiçoada dentro de
seus próprios muros pe-
los fracos a serviço das
Trevas”. Nascia, assim,
a Doutrina Espírita, uma
nova luz para a Humani-
dade. Com Jesus e por
Jesus!
Num domingo, José e
Chico Xavier foram da
carqueja e dos grelos de
samambaia. Quando se dispunham
ao regresso, larga nu-
vem de neblina desceu
sobre a região.
Por muito que se esfor-
çassem, não reencontra-
ram o trilho de volta.
Por mais de duas horas
erraram no mato agres-te...
Muito aflitos, oraram
juntos, pedindo socor-
ro...
Os amigos espirituais
pareciam ausentes e o
nevoeiro aumentava ca-
da vez mais.
Continuaram andando, fatigados, quando viram
uma casinha à pequena
distância.
Bateram à porta e esta se
abriu.
Uma voz alegre e aco-
lhedora gritou lá de den-
tro:
– Oh, Chico, você aqui?
Era o Honorato, que os
abraçou com satisfação,
oferecendo-lhes alimen-
to e guiando-os ao cami-
nho de retorno.
Quando o benfeitor se
despediu, deixando-os
tranqüilos, a progenitora
desencarnada apareceu
ao médium e disse-lhe: – Compreendeu Chico?
E o Chico, impressiona-
do, respondeu:
– Compreendi, sim.
A senhora tem razão.
Transcrito do livro
“Lindos Casos de Chico
Xavier”
de Ramiro Gama.
2 DE ABRIL, nasce Chico. Vamos recordar seus Lindos Casos
O título Original
de “O Livro dos
Espíritos”
O INESPERADO BEN-
FEITOR A venda de José Felizar-
do, onde o Chico era em-pregado, vivia repleta.
Entre os que freqüenta-
vam estava um homem
rude, de nome Honorato,
que era perito em provo-
car a antipatia dos ou-
tros.
Dizia palavrões.
Embriagava-se. Por qualquer “dá cá uma
palha” exibia um pu-
nhal.
Chico também não sim-
patizava com ele.
E quando estava à beira
de uma discussão desa-
gradável com o pobre
beberrão, lembrou-se da prece e calou-se.
Em plena oração, viu
Dona Maria João de
Deus, que o advertiu:
– Meu filho, evite con-
tendas. Hoje esse homem
pode ser antipático aos
seus olhos. Amanhã, tal-
vez poderá ser um ben-
feitor em nossas necessi-dades.
Meses passaram.
Página 03
Já na infância a criança
deve ser orientada: curi-
osidades aparentemente
banais, como sobre de
onde vêm os bebês e
sobre as diferenças se-
xuais no corpo do meni-
no e da menina, devem
ser respondidas com na-
turalidade e simplicida-
de, à medida que surgi-
rem. As adequadas figu-
ras da mãe e do pai, pri-
meiros modelos do fe-
minino e do mascu-
lino, irão refletir na
criança, ensinando-
a a lidar com as
individualidades.
Posteriormente, a
escola e a interação
com os colegas de-
verão complemen-
tar e ampliar esses
aprendizados. E em
qualquer fase da
vida do jovem,
uma coisa é certa: a
necessidade do diá-
logo permanente
entre pais e filhos
sobre a sexualida-
de, elemento fundamen-
tal para o amadureci-
mento e o crescimento
de ambas as partes a res-
peito desse assunto.
Para terminar, nunca é
demais citar a célebre
frase de Paulo de Tarso,
o Apóstolo dos Gentios,
tão aplicável e atual na
análise do sexo na ado-
lescência: “todas as coi-
sas me são licitas, mas
nem todas me convêm”.
Até a próxima!
Marcos Leite é jornalista,
publicitário e coordenador
do programa “Espaço Jo-
vem”, veiculado pela Rádio
Rio de Janeiro (1400 KHz
AM)
Falar sobre a sexualida-
de no jovem, definitiva-
mente, não é tarefa das
mais fáceis.
Na realidade, essa dis-
cussão é ain-
da um tabu
não só para
muitos pais e
educadores,
como tam-
bém para os
próprios jo-
vens, numa
espécie de
receio que
gera senti-
mentos con-
flitantes de
insegurança e
ansiedade,
em contra-
ponto aos anseios avas-
saladores do corpo físico
nesse momento da vida.
Em relação ao sexo na
adolescência as motiva-
ções que levam à sua
prática na sociedade atu-
al são muitas. Desde o
fator biológico, quando
a jovem desperta para a
sua função reprodutora,
até os estímulos e solici-
tações ambientais, que
vão da inclusão na
“turma”, passando pelas
deseducadoras influên-
cias de alguns segmen-
tos da mídia, até os co-
merciais recheados de
erotismo, na tentativa
econômica de atingir um
público que compre os
produtos através de um
expediente fácil e irre-
sistivelmente apelativo.
O problema é que, emo-
cionalmente falando, a
atividade sexual não
combina com a adoles-
cência, ou, pelo menos,
não deveria combinar.
Isso porque essa fase da
vida é marcada por um
turbilhão de mudanças
que o jovem enfrenta ao
mesmo tempo. São pres-
sões de ordem social,
familiar e educacional
das quais ele tem de dar
conta, mas sem o ama-
durecimento emocional
necessário. Junte-se a
isso o surgimento das
paixões, relacionamen-
tos de ocasião e mesmo
“ficadas” descabidas, e
pronto: temos o cenário
ideal para toda sorte de
desequilíbrios.
É obrigação das gera-
ções adultas preparar e
alertar os jovens, especi-
almente os adolescentes,
para os problemas emo-
cionais e de saúde que o
sexo sem proteção e res-
ponsabilidade acarreta.
Nesse sentido, o papel
da família é decisivo.
Na Terra todos temos
inimigos. Todos, sem
exceção. Até Jesus os
teve. Mas isso não é im-
portante. Importante é
não ser inimigo de nin-
guém, tendo dentro da
alma a dúlcida presença
do incomparável Rabi,
compreendendo que o
nosso sentido psicológi-
co é o de amar indefini-
damente.
Em Liberta-te do Mal a
autora espiritual Joanna de
Ângelis, baseada nas vigo-rosas lições de Jesus e nas
sábias diretrizes do Espiri-
tismo, discorre a respeito de um tema relevante: as
causas justas das aflições,
essas advindas da prática
irrefletida do mal. Consi-derando-se que não existe
o mal em si, sendo esse
apenas a ausência do Bem, e nem tampouco tenha sido
criado por Deus, a sua pre-
sença na vida do indivíduo deve-se tão-somente à in-
fração às leis de Deus.
JUVENTUDE A SEXUALIDADE NO
JOVEM
Inimigos Divaldo Franco
Leitura
Visite o blog www.addavid.blogspot.com
Página 04
AGENDE-SE
ABRIL 2012 Palestras domingo 19h30min
1–CARLOS ALBERTO BRAGA COSTA (Belo Horizonte MG)
8–DAVID (Maria Dolores-Jales)
15–JULIETA MARQUES (Portugal)
22–FLORÊNCIO ANTON(Salvador-BA) 29-LUIZ CARLOS (Fernandópolis)
CURSOS: Quinta-Feira: O livro dos Espíritos-20 h Sexta-Feira: Obras de André Luiz - 20h Sábado: O Ser Consciente-9h PLANTÃO DE PASSE -2ª, 3ª, das 18h30min as 19h15min . -5ª as 17h30min -6º das 19h as 19h30min Veja no mural as atividades da casa e participe conosco!
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15-04-1864, É lança-
da em Paris a primeira
edição do livro “Imitação
do
Evangelho”, de Allan
Kardec. A partir da se-
gunda edição tomou o
nome definitivo de “O
Evangelho Segundo o
Espiritismo”. A base de
toda a moral espírita e
orientação de tantos
quantos desejam pautar
suas vidas pelos ensina-
mentos de nosso Senhor
Jesus Cristo.
“ O CÉU E O
INFERNO”. Allan Kardec.
O estado do Espírito por
ocasião da morte pode
ser assim resumido:
Tanto maior é o sofri-
mento, quanto mais len-
to for o desprendimento
do perispírito; a presteza
deste desprendimento
está na razão direta do
adiantamento moral do
Espírito; para o Espírito
desmaterializado, de
consciência pura, a
morte é qual um sono
breve, isento de agonia,
e cujo despertar é
suavíssimo. (2ª Parte - cap.1. Item 13)
Palavras de Allan Kar-
dec:
Se bem que não haja
aqui nenhum fato de pre-
visão, menciono, para
memória, a fundação da
Sociedade, por causa do
papel que desempenhou
na marcha do Espiritis-
mo, e das comunicações
ulteriores às quais deu
lugar.
Em torno de seis meses
depois, tinha em minha
casa, rua dos Martyrs,
uma reunião de alguns
adeptos, todas as terças-
feiras. O principal mé-
dium era a Srta. Dufaux.
Se bem que o local não
pudesse conter senão 15
a 20 pessoas, às vezes
nele se encontravam até
30. Essas reuniões ofere-
ciam um grande interes-
se pelo seu caráter sério,
e a alta importância das
questões que ali eram
tratadas; freqüentemente,
viam-se ali príncipes es-
trangeiros e outras per-
sonagens de distinção.
O local, pouco cômodo
pela sua disposição, evi-
dentemente, tornou-se
muito exíguo. Alguns,
dos freqüentadores, pro-
puseram se cotizar para
alugar um mais conveni-
ente. Mas, então, tornava
SOCIEDADE ESPÍRI-
TA DE PARIS 1º DE ABRIL DE 1858
-se necessário ter uma
autorização legal, para
evitar de ser atormentado
pela autoridade. O Sr.
Dufaux, que conhecia
pessoalmente o Prefeito
de polícia, se encarregou
de pedi-la. A autorização
dependia também do Mi-
nistro do Interior, que era
então o general X... que
era, sem que o soubésse-
mos, simpático às
nossas idéias, sem conhe-
cê-las completamente, e
com a influência do qual
a autorização que, se-
guindo uma fieira co-
mum, teria exigido três
meses, foi obtida em
quinze dias.
A Sociedade foi, então,
regularmente constituída
e se reunia todas as terças
-feiras, no local que alu-
gara no Palais Royal, ga-
leria de Valois. Ali per-
maneceu um ano, de 1º
de abril de 1858 a 1º de
abril de 1859. Não po-
dendo ali permanecer por
mais tempo, se reunia,
todas as quartas-feiras,
num dos salões do res-
taurante Douix, no Palais
Royal, galeria Montpen-
sier, de 1º de abril de
1859 a 1º de abril de
1860, época em que ela
se instalou num local
próprio, rua e passagem
Sainte Anne, 59.
A Sociedade, formada,
no princípio, de elemen-
tos pouco homogêneos e
de pessoas de boa vonta-
de que eram aceitas com
relativa facilidade, teve
que sofrer numerosas vi-
cissitudes, que não foram
um dos menos penosos
embaraços de minha tare-
fa. (Obras Póstumas - 2ª parte)
O Evangelho Segun-
do o Espiritismo