Informativo Maria Dolores nº 114
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Ano 10, Edição 114 Agosto de 2012 Rua 19 nº 768, Bairro São Judas Tadeu, Jales-SP
estudo constante
do Espiritismo
revela-nos infor-
mações valiosas.
Ainda outro dia,
estávamos preparando
uma palestra sobre o ca-
pítulo 5 de O Evangelho
segundo o Espiritismo,
quando nos deparamos
com a expressão “a pala-
vra dos Espíritos” na tra-
dução de Guillon Ribei-
ro, e “a voz dos Espíri-
tos”, na tradução de
Evandro Noleto Bezerra,
ambas com o significado
de Revelação Espírita.
Logo associei à conheci-
da frase que nossos ir-
mãos evangélicos ado-
tam para referir-se ao
conteúdo bíblico, “a pa-
lavra de Deus”.
É comum eles assim se
expressarem, buscando
fundamentar seus argumen-
tos nos textos da Bíblia.
O conjunto de princípios
básicos que constituem a
Doutrina dos Espíritos é
todo fundamentado no Ve-
lho e Novo Testamento.
Os Dez Mandamentos, co-
mo a essência do ensino
revelado a Moisés, e a
mensagem de Jesus, estru-
turada na máxima do amor
a Deus e ao próximo, cons-
tituem o arcabouço do Es-
piritismo.
Os preceitos espíritas são a
mais perfeita síntese de
verdades espirituais revela-
das ao longo da trajetória
evolutiva do homem nas
diversas moradas da Casa
do Pai.
\Como não temos condi-
ções de compreender a
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2
A palavra de
Deus e a
palavra dos
Espíritos
manifestação direta de
Deus em nossas vidas, a
Misericórdia Divina achou
por bem que a revelação
fosse realizada gradativa-
mente em conformidade
com o entendimento huma-
no em todas as épocas da
Humanidade, utilizando
como instrumentos os Espí-
ritos.
A palavra dos Espíritos re-
veladores do Espiritismo é
a própria palavra de Deus,
resgatada em sua primitiva
pureza expressa na mensa-
gem de Jesus.
Agir em consonância com
os preceitos espírita-
cristãos na realização do
bem é nossa garantia de
felicidade e conquista da
plenitude. Fonte: Geraldo C. Sobrinho
Reformador nº 2.200 - FEB
Página 02
N o coração do Pai des-
cansam esposa e filhi-
nhos.
O problema aparece, a
dificuldade amontoa, a
privação anuncia o desas-
tre próximo, de repente
tudo se transforma; ele
entra, os olhinhos peque-
nos e a face preocupada
da esposa fitam o senhor
do lar que por um esfor-
ço inaudito abre os bra-
ços paternais em abrigo e
segurança, anunciando a
solução que se aproxima.
Vai pai! Teu coração de-
dicado será sempre a for-
taleza daqueles que ne-
cessitam arrimar-se em
tuas forças.
A vida constituiu-te o
condutor; Por certo não
tens o poder de salvar,
mas a tua autoridade te
levará a orientar, amparar
e socorrer.
Hás de ver o ninho de
almas ameaçado pelos
inimigos milenares o
egoísmo e o orgulho,
mas, bravamente lutarás
sob a inspiração do alto
para preservar o teu re-
canto com supremo sacri-
fício e se a escolha for a
humildade, reinará a paz.
Verás por vezes sucumbir
teus maiores esforços,
mas não desistirás da lu-
ta, nunca, pois a tua vida
é doação perene;
Quando o teu corpo
anunciar que o tempo
passou e que te sentires
sem forças para prosse-
guir, nem por isso serás
menos “pai” para os en-
tão pais também dos teus
netos; a vida te floresce-
rá novamente e sentirás o
corpo cansado, mas o co-
ração feliz.
Pai, sob a inspiração divi-
na entre alegrias e lágri-
mas encerrarás o tempo
terreno nos braços do
amorável Senhor a te di-
zer...
Venha pai! Sorria! És um
vencedor. Adelvair David
[...] Abençoa o teu filho com as tuas palavras e con-duta, fazendo-te amigo dele em todas as situações. Os filhos, como todos nós, somos de Deus, e prestarás conta do empréstimo que te foi concedido para educar.
(espírito Joanna de Angelis)
Pai, o Condutor
A Revelação
Espírita
A palavra Espiritismo
é um neologismo
criado por Allan Kardec,
utilizado pela primeira
vez na introdução de O
Livro dos Espíritos:
“Para coisas novas pre-
cisamos de palavras no-
vas; assim o exige a cla-
reza da linguagem, pa-
ra evitarmos a con-
fusão inerente ao
sentido múlti-
plo dos mes-
mos termos.
[...]. Em
lugar das
palavras
espiri-
tual,
espiritu-
alismo,
emprega-
remos, para
designar esta
última crença, as pala-
vras espírita e espiritis-
mo. [...] Diremos, pois,
que a Doutrina Espírita
ou o Espiritismo tem por
princípio as relações
do mundo material com
os Espíritos ou seres do
mundo invisível. Os
adeptos do Espiritismo
serão os espíritas ou, se
quiserem, os espiritistas.
[...].1 A revelação espírita tem
como proposta funda-
mental reviver e expli-
car, em espírito e verda-
de, os ensinamentos de
Jesus. Daí ser conhecida
como O Consolador
Prometido por Jesus ou
O Cristianismo Redivi-
vo. Além do mais, a re-
velação espírita demons-
tra “[...] por meio de pro-
vas irrecusáveis, a exis-
tência e a natureza do
mundo espiritual e as su-
as relações com o mundo
corpóreo.[...]”2 O conhecimento de tal
fato não pode deixar de
acarretar, generalizando-
se, profunda modificação
nos costumes, caráter,
hábitos, assim como nas
crenças que tão grande
influência exerceu sobre
as relações soci-
ais. É uma
revolução
completa
a operar-
se nas
ideias,
revolu-
ção
tanto
maior
e
mais
pode-
rosa por
não se cir-
cunscrever a um povo,
nem a uma casta, visto
atingir simultaneamente,
pelo coração, todas as
classes, todas as naciona-
lidades, todos os cultos.
Razão há, pois, para que
o Espiritismo seja consi-
derado a terceira das
grandes revelações. [...].3
Referências
1. KARDEC, Allan. O livro dos
espíritos. Tradução de Evandro
Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Ja-
neiro: FEB, 2010. Introdução I. 2. ____. O evangelho segundo o
Espiritismo. 1. ed. Tradução de
Evandro Noleto Bezerra. Rio de
janeiro: FEB, 2008. Cap.1, item 5. 3. ____. A gênese. Tradução de
Evandro Noleto Bezerra. 1. ed.
Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap.
1, item 20 Fonte: www.febnet.org.br
Página 03
E ENTÃO, apontando
para a xícara com café até a
metade o avô perguntou:
“Esta xícara está meio cheia
ou meio vazia?”. Como
muitos já sabem,
a resposta depende de quem
responde, isto é, do seu
ponto de vista. Quantas ve-
zes esta estória não nos foi
contada e, mesmo assim,
nós nos deparamos com
situações em que é bastante
difícil ver o seu “lado
bom”. Em vista de sanar tal
dificuldade, aqui vão algu-
mas di-
cas:
Quantas
vezes,
no auge
dos pro-
blemas,
uma per-
gunta
não sai
da nossa
cabeça:
“quem é
o culpado?”.
Esse passo é o primeiro
e o mais difícil. Muitas ve-
zes, as coisas acontecem
devido a vários fatores, on-
de muitas pessoas estão
envolvidas. Por isso, mude
seu questionamento para
“Quais são as causas desse
problema?”.
Assim, você irá procurar
realmente o que deu errado.
A maioria dos problemas
é consequência do cha-
mado efeito bola de neve.
Pequenos gestos podem
evitar os problemas mais
graves.
Segundo passo: funda-
mente suas decisões. Não
baseie suas conclusões
em boatos, mas sim em
fatos concretos. Parece
fácil, mas não é. Lembre-
se: vigiai e orai.
O último passo está bas-
tante relacionado à refor-
ma íntima: tenha uma
visão macro. Nós vive-
mos em rede, pois as
ações tomadas por uma
pessoa influenciam as
outras que estão ao seu
redor. Procure ver as li-
gações existentes nas su-
as ações e, posteriormen-
te, nas ações das outras
pessoas. Isso ajuda a ver
a relação causal entre os
fatos.
Algumas situações têm
consequências drásticas e
irreversíveis. Os três pas-
sos acima
não visam a
solucionar
milagrosa-
mente tais
situações,
mas
eles cola-
boram em
peso para
que elas
não ocor-
ram. Não é à toa que as
fadas mágicas da nossa
infância diziam que deve-
se cortar o mal pela raiz”.
Depois que o mal já foi
feito, o “lado bom” pode
ser o pequeno gesto que
desencadeou todo o pro-
cesso, de forma que nós
evitemos a reincidência.
Com isso, não nos torna-
remos super heróis, mas
poderemos contribuir
para que as xícaras de
muita gente – inclusive
a nossa – fiquem, na mai-
or parte do tempo, meio
cheias. por: Luiz Trindade ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○○ ○
Boletim Espírita Fala
Meu! Nº 51 – para
juventude Espírita
Todos os povos têm um
espírito protetor especi-
al. É o caso de Javé com
o povo hebreu, conforme
nos ensina também Kar-
dec. Javé, realmente,
sempre se apresentou
como sendo um defensor
do povo hebreu. E pelas
suas características, Ele
é um espírito humano
imperfeito, pois é ciu-
mento, guerreiro, vinga-
tivo e discriminador de
pessoas e povos, quando
a própria Bíblia afirma
que Deus não faz acep-
ção de pessoas. (Atos
10:34; Romanos 2:11;
Deuteronômio 10:17;
Gálatas 2:6; e 1 Pedro
1:17). Javé até se arre-
pende de ter criado o
homem. (Gênesis 6:6). E
quem se arrepende de ter
feito alguma coisa, é
porque errou. Ora, Deus
é infalível, não erra.
Alguém poderia dizer
que, quando esse texto
fala que Deus se arre-
pendeu, se trata de uma
figura de linguagem, e
que ele não pode, pois,
ser interpretado literal-
mente. Mas para o povo
judeu antigo assim Javé
JAVÉ não é o Deus Pai
continua>>> pg. 4
A velha estória da xícara...
J avé é um Espírito
protetor do povo
hebreu que mais se
manifesta no Ve-
lho Testamento, e que
foi confundido com o
próprio Deus, que ja-
mais se manifestou dire-
tamente na Bíblia e em
lugar nenhum e a nin-
guém.
Até Moisés se enganou,
temporariamente, quan-
to a Javé, tomando-O
como se fosse o Deus
absoluto e verdadeiro. E
assim também pensa-
vam os teólogos do VT
e NT. E ainda até hoje,
assim pensam muitos
judeus e cristãos. É o
que davam a entender
estes textos: “Falava o
Senhor a Moisés face a
face, como qualquer fala
a seu amigo...” (Êxodo
33:11); “Eu sou o Se-
nhor vosso
Deus” (Levítico 19:31 e
34); e “Eu sou o Se-
nhor” (Levítico 19:37; e
22: 2 e 3). Se se tratasse
de Deus mesmo, Javé
não teria essa grande
preocupação de se iden-
tificar como Deus, que
não tem nenhuma neces-
sidade.
Pela visão da Bíblia e dos Espíritas, Javé não é o nosso Deus Pai e nem o de Jesus.
JOSÉ REIS CHAVES
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AGENDE-SE Junho 2012 Palestras domingo 19h30min
5–CÉLIA (Jales)
12–ANDRÉ SOBREIRO(Severínia-SP)
19–MIGUEL DE JESUS SAR-DANO (Sto André-SP)
26–DAVID (Jales)
CURSOS: Quinta-Feira: O livro dos Espíritos-20 h Sexta-Feira:
Obras de André Luiz - 20h Sábado: O Ser Consciente-9h PLANTÃO DE PASSE -2ª, 3ª, das 18h30min as 19h15min . -5ª as 17h30min -6º das 19h as 19h30min Veja no mural as atividades da casa e participe conosco!
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era visto. E
não é que esse povo antro-
pomorfizou Deus, já que
Javé era mesmo um espíri-
to humano. Mas parte do
cristianismo antropomorfi-
zou Deus, transformando-
O em pessoa, e Javé no
próprio Deus absoluto, co-
mo estamos vendo. O Deus
absoluto e verdadeiro é o
Pai (e Mãe) de Jesus e de
todos nós. Moisés que,
como vimos, disse ter fala-
do face a face com Deus,
mais tarde, corrige esse seu
equívoco, falando que
Deus lhe teria dito: “... Não
me poderás ver a face, por-
quanto homem nenhum
verá a minha face e vive-
rá.” (Êxodo 33:20). Na
verdade, um espírito (anjo)
lhe falou em nome de
Deus. João, o Evangelista,
afirma também: “Ninguém
jamais viu a Deus.” (1 João
4:12). E Jesus o confirma,
dizendo que ninguém ja-
mais viu a Deus. (João
1:18).
Como se vê, a Bíblia tem
coisas que se divergem
entre si, pelo que temos
que estudá-la com todos os
recursos da ciência e da
razão, para que possamos
entender corretamente a
sua verdadeira mensagem
do mundo espiritual para
nós, mensagem essa muito
importante para nós, a pon-
to de a chamarmos de divi-
na, pois de fato, ela contém
verdades divinas essenciais
para nós, isto é, de amor a
Deus e ao próximo de mo-
do incondicional. Mas
saibamos separar o joio do
trigo, pois ela tem ouro,
mas tem também cascalho,
escrita que foi por homens.
“Ontem, a Bíblia dirigia a
ciência, hoje é a ciência
que a dirige”.
E conforme Êxodo 15:3,
continuação Javé é mesmo um
espírito humano: “O
Senhor é homem de
guerra; Senhor é o
seu nome.”
O propósito es-sencial do Es-
piritismo é o pro-gresso moral da Humani-dade, a iluminação das consciências dos Espíri-tos aqui encarnados! Vi-nícius, pseudônimo de Pedro de Camargo (1878-1966), emérito educador e evangelizador, ao anali-sar a importância da edu-cação moral para o ho-mem, afirma categórico: O Reino divino das reali-dades da vida encontra-se nos refolhos da consciên-cia humana. Ensinar os homens a descobri-lo em si próprios, e por ele se orientarem, eis a magna questão. Tudo o mais é acessório. Ora, a missão da Doutrina dos Espíritos é precisamente essa: es-clarecer, iluminar a men-te do homem, de modo que ele descortine, com clareza, o roteiro que o conduzirá à realização do destino maravilhoso que lhe está reservado. [...] A Evangelização Es-pírita tem um papel pre-ponderante na preparação das novas gerações! Os evangelizadores são ver-dadeiros educadores, “cônscios do seu papel, que procuram, pela pala-vra e pelo exemplo, des-pertar os poderes inter-nos, as forças espirituais latentes dos seus educan-dos”. Conforme Vinícius,
“são [...] os continuado-res e colaboradores da divina missão do Mestre Nazareno”, e acrescenta-mos: também são os coo-peradores dos pais, na Terra, e que perseveram na tarefa nobre de trans-mitir à infância e à juven-tude os nobilíssimos pos-tulados espírita-cristãos. O Espírito Emmanuel fala sobre a importância da formação da mentali-dade cristã, de forma or-denada e progressiva, permitindo a modificação das ideias, dos sentimen-tos e dos hábitos: Há necessidade de iniciar-se o esforço de regenera-ção em cada indivíduo, dentro do Evangelho, com a tarefa nem sempre amena da auto educação. Evangelizado o indiví-duo, evangeliza-se a fa-mília [...]. As atividades pedagógicas do presente e do futuro terão de se caracterizar pela sua fei-ção evangélica e espiritis-ta, se quiserem colaborar no grandioso edifício do progresso humano. Fragmentos: texto original: Re-formador nº 2200 VINÍCIUS (Pseudônimo de Pedro de Camargo). O mestre na educa-ção. 10. ed. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB.
Educação Moral e Regeneração.