Informativo - N°1 - Ano1 - julho de 2013

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Informativo N°1 - Ano1 - julho de 2013

O esporte como capital social

Projeto da UFRB que leva judô a crianças da zona rural de Amargosa é avaliado em primeiro lugar do país em programa de apoio à extensão do MEC.

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No final do século XX, o Brasil parecia caminhar para o consenso de que a distribuição de universi-dades federais nos territórios que compunham o País estava definida e seguiria sem grandes alterações, mesmo a longo prazo.

O Recôncavo da Bahia foi o pri-meiro território em todo o Brasil a questionar essa premissa e, há dez anos, iniciamos uma grande mobilização em prol da criação da UFRB. Construímos uma história de luta que se tornou referência para diversas outras regiões da Bahia e do Brasil.

Em 2005, o Presidente Lula san-cionou a Lei 11.151 que cria a UFRB. Um ano depois, começamos as nossas atividades acadêmicas com todos os desafios inerentes a um projeto de constituição de uma universidade que contribua com a proposta de uma universidade brasileira e, assim, integre de for-ma inconteste a excelência acadê-mica e a inclusão social.

Nestes oitos anos de história, a UFRB possui muitas conquistas a comemorar e, também, ainda muitos desafios a vencer. Te-mos na comunidade acadêmica nosso maior patrimônio. A cada

ano, cerca de 150 docentes e técnicos-administrativos chegam para completar o quadro de ser-vidores, novos cursos de gradua-ção e pós-graduação são criados e recebemos em média dois mil estudantes. Nosso maior desafio é integrar toda essa comunidade por meio das atividades de ensino, pesquisa e extensão e estabelecer como base das nossas ocupações a busca pela pertinência sociocul-tural.

Ainda temos problemas de in-fraestrutura. Todo expansão das universidades federais sofre com a legislação arcaica e que destoa da agilidade necessária para res-ponder a pressa histórica da so-ciedade brasileira. A burocracia impede que as nossas obras e compras sigam o curso da urgên-cia que a comunidade acadêmica necessita. Exatamente por estes motivos, não podemos nos disper-sar. Precisamos seguir em frente buscando mecanismos que permi-tam cada vez mais que todos se sintam protagonistas dessa histó-rica jornada.

E é com essa profunda vontade de contribuirmos para que a UFRB seja cada vez mais um projeto de toda a comunidade acadêmica e de toda a comunidade brasileira, que lançamos mais um mecanismo de diálogo: o Informativo UFRB.

______________________Paulo Gabriel Nacif

Reitor

Expediente

Reitor: Paulo Gabriel Nacif - Vice-reitor: Silvio Luiz Soglia - Assessoria de Comunicação da UFRB. Jornalista Responsável: Fernanda Braga (MTb 2243/BA). Textos e fotos: Fernanda Caldas e Alissandro Lima. Foto capa: Ivan Americano. Projeto Gráfico: Renata Machado. Tiragem: 5 mil exemplares. End: Rua Rui Barbosa, nº 710, Centro - Cruz das Almas - Bahia. CEP: 44.380-000. Tel: (75) 3621-4015. E-mail: [email protected].

Participe desta página, envie artigos para o endereço eletrônico [email protected] sobre temas de interesse para a comunidade acadêmica da UFRB. Para ser publicado, o texto deve ter de 3.000 a 3.500 ca-racteres (com espaços) e indicar o nome completo do autor, telefone e endereço eletrônico para contato. As opiniões emitidas nesta página são de responsabilidade exclusiva de seus autores.

“A UFRB possibilitou a estudan-tes de todo o país ter acesso ao nível superior quando escolheu o ENEM como forma de seleção. São oito anos de crescimento para a região”.

Jaqueline Suzarte, estudante de Jornalismo.

“O maior legado da UFRB está na possibilidade de transformação social da população desta região, ou seja, um crescimento e evolu-ção do cidadão a partir de oportu-nidades dignas e concretas.”

Cristovam Alves, técnico-administrativo.

“A UFRB tem me proporcionado a oportunidade de contribuir com a importante missão de gerar e transmitir conhecimentos às gera-ções que constroem esse país.”

Ana Loyola, professora.

OPNIÃO Informativo UFRB - julho de 2013

UFRB: oito anos de luta pela excelência e inclusão social

“A UFRB possui muitas conquistas a comemorar e, também, ainda muitos

desafios a vencer.”

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“Não buscamos o esporte pelo esporte, mas o esporte como base para o cidadão”. A frase do estu-dante Kleibson Souza, 7º semes-tre de Educação Física, descreve o objetivo de três projetos esporti-vos desenvolvidos pelo Centro de Formação de Professores (CFP), no campus de Amargosa da UFRB. O que a frase de Kleibson não revela é o tamanho do sucesso que essa empreitada alcançou.

O Construindo pelo Esporte, co-ordenado pelo professor Leopoldo Hirama, atende hoje cerca de 60 crianças e 30 adultos da zona rural com práticas esportivas, e foi re-conhecido pelo Ministério da Edu-cação, por meio do seu Programa de Apoio à Extensão 2013, como o melhor do país na categoria Pro-jeto Esporte e Lazer. Já o Esporte e Lazer: Cidadania no Campo e na Cidade, orientado pelo professor José Arlen, foi avaliado como o quinto melhor no mesmo edital. Estes dois trabalhos, operando em conjunto com o projeto Lutas Universitárias: Judô no CFP, do professor Francisco Coelho, têm o auxílio de 14 instrutores, que atuam por meio das bolsas ofer-tadas pelo MEC, pela Pró-Reitoria de Extensão e pela Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis da UFRB.

As ideias são simples, mas já alçam voos significativos. Com as comunidades dos Barreiros e São Roque como públicos-alvos, estes projetos desenvolvem aulas de judô para crianças com idade en-tre seis e quinze anos, além de ati-vidades de ginástica e lazer volta-das para os pais dos jovens. “Não

havia aqui nenhuma prática espor-tiva sistematizada”, aponta Arlen. A universidade buscou suprir essa carência a partir do desejo de im-pactar a sociedade, oferecendo espaço de acesso ao conhecimento produzido.

O professor Hirama, por sua vez, ressalta a reciprocidade da relação entre alunos e instruto-res. Para ele, essa aproximação permite uma visão mais concreta da realidade ao redor. O projeto oferece também a vivência de um trabalho contínuo. Esta ideia, se-gundo ele, é reforçada pela pró-pria evolução do aluno que, ao começar na faixa branca em um caminho que vai até a faixa preta, segue se desenvolvendo. Desta forma, resume o professor, “des-pertamos no jovem a vontade de aprender cada dia mais”.

Os benefícios são evidentes.

Para Kleibson, além da questão física, o ensino de uma modali-dade esportiva como o judô ofe-rece acesso aos princípios morais como respeito e comprometimen-to. Jilvânia dos Santos, também do 7º semestre de Educação Físi-ca, destaca o papel social das ini-ciativas. “Sou da região e sei que qualquer tipo de atividade nessas comunidades é difícil. As crianças têm acesso à escola e depois não têm outras atividades”.

Entre as crianças, a sensação é de progresso e, logo se percebe, o desenvolvimento de uma cons-ciência social. Silvio de Souza, de 15 anos, por exemplo, garan-te que seu desempenho na esco-la melhorou: “fiquei mais atento e disciplinado”. E completa que, quando crescer, embora ainda não tenha se definido entre Educação Física ou Biologia, quer repetir o trabalho desenvolvido pelo grupo da UFRB. Do mesmo modo, Hugo Silva, de oito anos, diz que, no fu-turo, vai ensinar a crianças de sua idade. Sobre as notas após as au-las de judô, o garoto fala orgulho-so: “antes tirava cinco, agora tiro mais ou menos dez”.

Estudantes e professores do Centro de Ciências da Saúde (CCS), campus de Santo Antônio de Jesus, também desenvolvem projetos esportivos. Em parce-ria com profissionais do Serviço Social do Comércio (SESC), eles atuam na comunidade do Cajuei-ro I com a prática do futebol.

Já o Centro de Referência Es-

portiva do Recôncavo da Bahia, uma parceria entre a UFRB, Pre-feitura de Cruz das Almas, Pe-trobras e o Instituto Esporte & Educação, atende cerca de 540 estudantes da rede pública no município de Cruz das Almas. Basquete, boxe, capoeira, fute-bol, futsal e taekwondo são as modalidades ofertadas.

Outros projetos de esporte na UFRB

Projetos esportivos do CFP ganham destaque nacional

“Não buscamos o es-porte pelo esporte, mas o esporte como base para o

cidadão”

julho de 2013 - Informativo UFRB CAPA 03

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De 27 de agosto a 1º de se-tembro, o campus de Cruz das Almas será palco do I Congresso Estudantil da UFRB. O evento tem a proposta de consolidar e institu-cionalizar o Movimento Estudantil da Universidade e promover amplo debate, mobilização e sensibiliza-ção da categoria, além de propor estratégias para integração com a comunidade acadêmica e movi-mentos sociais.

O congresso terá como tema principal “Movimento Estudantil: Au-tonomia e Co-Governo para a Cons-trução da Universidade Popular”. Mais informações sobre o evento, o formulário de inscrição e a progra-mação podem ser encontrados no site: www.ufrb.edu.br/ME.

O campus da UFRB de Cachoei-ra é a nova sede do vasto acervo de livros e documentos históricos reunidos pela Fundação Clemente Mariani e transferidos à universi-dade, através de doação.

São mais de 30 mil itens, entre livros, folhetos, periódicos, disser-tações, teses, manuscritos, foto-grafias, CD-ROMS e vídeos de va-lor histórico inestimável. Grande parte deles concentra-se nas áreas de História, Literatura, Educação, Arquitetura, Economia e, sobretu-do, em temas relativos à Bahia.

Renomeado como Acervo de Memória e Documentação Clemen-te Mariani (AMDOC), todo esse con-junto documental está disponível desde o mês de junho à consulta dos pesquisadores nas dependên-cias do Centro de Artes, Humanida-des e Letras (CAHL).

O AMDOC permanece aberto de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Todas as consultas a ma-teriais do acervo devem ser feitas na sala de leitura. O pesquisador interessado também pode fazer a reserva de material pelo prazo de cinco dias. Mais informações po-dem ser obtidas por meio do site: www.ufrb.edu.br/clementemariani.

Com o objetivo de traçar pers-pectivas e estratégias para a construção de políticas afirmati-vas de gênero e raça, pesquisado-res negros da educação básica à pós-graduação se reúnem na UFRB, em setembro. O IV Congresso Baiano de Pesquisadores Negros acontece entre os dias 18 e 21, no campus de Cruz das Almas. Na programação, estão previstas conferências, minicursos, mesas

redondas e grupos de trabalho. O congresso é promovido

pela Associação de Pesquisado-res Negros da Bahia (APNB), com apoio das universidades estaduais da Bahia e da UFRB. As inscrições para professores, pesquisadores e interessados na temática dos Estudos Africanos e Afro-Brasi-leiros estão abertas no site do evento: http://cbpn2013.wix.com/congresso.

O projeto Rede Recôncavo dá mais um passo significativo para a melhoria de acesso à internet nos campi da UFRB. Por meio do Decreto Financeiro Nº 29, de 15 de abril de 2013, o Governo da Bahia disponibilizou cerca de R$ 42 milhões para a criação de uma rede de fibra ótica, interligando, inicialmente, as cidades da região metropolitana de Salvador e do Recôncavo baiano.

A iniciativa levará internet com

velocidade de conexão de 10 Gbps para todos os centros de ensino da UFRB. Uma vez beneficiados com a Rede de Banda Larga do Es-tado, serviços como a realização de videoconferências, voz sobre IP, vídeo-aulas, salas de telepre-sença, transmissão de vídeos ao vivo e computação distribuída de alto desempenho serão possíveis dentro da área de cobertura da rede. A previsão para implantação é janeiro de 2014.

A Feira de Profissões promo-vida pela Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE) percorreu entre os me-ses de maio e junho as cidades do Recôncavo da Bahia e do Vale do

Jiquiriçá, divulgando informações sobre os cursos oferecidos pela UFRB. O evento reuniu palestras, workshops, exposições de ban-ners e apresentações culturais. O objetivo foi ofertar aos estudantes do Ensino Médio uma visão global sobre a instituição e uma reflexão sobre o impacto da escolha da car-reira profissional em suas vidas.

Além de informações sobre a universidade, os estudantes rece-beram orientação profissional e puderam estabelecer uma troca de conhecimentos com os discen-tes e servidores da UFRB. Ao todo, foram atendidos pela Feira de Profissões seis colégios estaduais e cerca de 1.800 estudantes das cidades de Santo Amaro da Purifi-cação, Santa Inês, Cruz das Almas, Muritiba, Governador Mangabeira e Mutuípe. Segundo Erivaldo Sou-za, coordenador do projeto, uma nova edição já está sendo estuda-da para o próximo semestre.

Rede Recôncavo vai disponibilizar conexão de alta velocidade nos campi

Pesquisadores negros se reúnem na UFRB em setembro

CAHL abriga acervo histórico da Fundação Clemente Mariani

Cruz das Almas sedia Congresso Estudantil

Feira da PROPAAE oferece informações sobre cursos e orientação profissional

CURTAS Informativo UFRB - julho de 2013 04