Informativo nº 117

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DIA DO QUÍMICO Conheça os novos membros da Academia Riograndense de Química Presidente do CRQ-V fala sobre o mercado de trabalho Química no Parque da Redenção PALESTRA INSTITUCIONAL ACADEMIA Abr-Mai-Jun de 2010 | Ano XIV | N° 117 PODE SER ABERTO PELA ECT AF_info117.indd 1 AF_info117.indd 1 7/15/10 4:45:49 PM 7/15/10 4:45:49 PM

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Informativo do CRQ-V

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DIA DO QUÍMICO

Conheça os novos membros da Academia Riograndense de Química

Presidente do CRQ-V fala sobre o mercado de trabalho

Química no Parque da Redenção

PALESTRA

INSTITUCIONAL

ACADEMIA

Abr-Mai-Jun de 2010 | Ano XIV | N° 117

PODE SER ABERTO PELA ECT

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ÍNDICE

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DIA DO QUÍMICOQuímica na Redenção

DIA DO QUÍMICOPresidente do CRQ-V fala sobre a profi ssão e lança programa de Qualifi cação e Inserção no Mercado de Trabalho

DIA DO QUÍMICODestaques e novos Acadêmicos são condecorados no Dia do Químico

ESPECIALA química da Jabulani

AMBIENTE Fiema Brasil 2010 foi marcada por desenvolvimento geral e consistência

AGENDA

EXPEDIENTEINFORMATIVO CRQ-V - Av. Itaqui, 45 - CEP 90460-140 - Porto Alegre/RS - Fone/fax: 51 3330.5659 - www.crqv.org.br

Presidente: Paulo Roberto Bello FallavenaVice-Presidente: Estevão SegallaSecretário: Renato EvangelistaTesoureiro: Ricardo Noll

Assessoria de Comunicação do [email protected]. Resp.: Vanessa Valiati - Mtb 13018Edição de Arte: Letícia Lampert

Colaboração: Marcos Bertoncello (Mtb 14780)Estagiário: Felipe S. DeckerTiragem: 9.000Impressão: Gráfi ca TrindadeRevisão: Scheila Borba

NÚMEROS DO CONSELHO

DOCUMENTOSABR/MAI/JUN

TOTAL

AFT’S emitidas 1.512 3.109

Registros Defi nitivos 156 366

Registros Provisórios 72 192

Certidões 25 45

Processos Analisados 702 1.389

SIGA O CRQ-V NO WWW.TWITTER.COM/CRQV_RS

As Nações Unidas, na sua 63ª As-sembleia Geral, aprovaram a proposta da IUPAC – já acolhida pela UNESCO – para designar 2011 como o Ano In-ternacional da Química. A proposta foi entregue pela delegação da Etió-pia com o patrocínio de 35 países e o apoio de muitos outros.

Em um comunicado de imprensa a UNESCO e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (International Union of Pure and Applied Chemistry – IUPAC) salientam que o Ano Interna-cional da Química permitirá celebrar os contributos da química para o bem-estar da humanidade.

No ano 2011, comemora-se o 100º aniversário do Prêmio Nobel em Quí-mica para Marie Sklodowska Curie, o

Um estudante, ao se formar, recebe um diploma onde consta que ele concluiu um curso na área da Química. Desde 1956, quando houve a regulamentação da pro-fi ssão, para que um graduado em qualquer área da Química seja um profi ssional do setor, ele deve obrigatoriamente estar registrado no Conselho Regional de Química de sua região, sob pena de não ser considerado, aos olhos da justiça, um profi ssional da Química.

De acordo com o assessor jurí-dico do CRQ-V, Dario Oliveira Jr, é inadmissível que o cidadão estu-de cerca de quatro a cinco anos e, depois de formado, não queira se registrar no seu conselho pro-

2011 SERÁ O ANO INTERNACIONAL DA QUÍMICAque, de acordo com os organizadores, motivará também uma celebração pela contribuição das mulheres à ciência.

De acordo com os organizadores, “a química é fundamental para a nossa compreensão do mundo e do cosmos. As transformações moleculares são centrais para a produção de alimentos, medicina, combustíveis e inúmeros produtos manufaturados e naturais”.

A programação do Ano Internacio-nal da Química também será inserida nas atividades da Década da Educação e do Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), estabelecida pela ONU. Assim, as atividades programadas para 2011 darão ênfase à importância da química para os recursos naturais sustentáveis.

fi ssional, ato que o capacita a ser um profi ssional . “Só quem é regis-trado em seu Conselho Profi ssio-nal pode exercer a função na qual investiu tempo e dinheiro. Tendo como exemplo outras áreas, o bacharel em direito ou o médico, que não estiverem registrados nos seus respectivos conselhos estão impedidos por lei de atuar na área”.

O Conselho Regional de Química é o orgão regulador de todas as profi ssões da Química e impede que pessoas inabilitadas exerçam a profi ssão, protegendo o mercado de trabalho e a sociedade. É um elemento de valorização da profi ssão.

POR QUE OS GRADUADOS EM CURSOS DE QUÍMICA, EM NÍVEL MÉDIO E SUPERIOR, DEVEM ESTAR

REGISTRADOS NO CRQ-V?

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No dia 13 de junho o CRQ-V e as entidades ligadas ao setor químico do RS estiveram reunidos em frente ao Monu-mento Expedicionário, na Redenção, para divulgar o Dia do Químico. Centenas de pessoas formaram fi la para receber brindes e material informativo nos estandes montados para receber os profi ssionais.

Química na Redenção

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O LQ Eduardo Lopes Silva e a QI Veridiana Noschang Rodrigues aproveitaram para entregar a documentação para registro no CRQ-V

Fila para receber o brindes e material informativo das entidades presentes

Ação ocorreu em frente ao Monumento ao Expedicionário Evento começou na manhã de domingo e se estendeu até a tarde.

Estande do CRQ-V

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DIA DO QUÍMICO

O início do dia 18 de junho era de celebração pela data comemorativa ao Dia do Químico e também de aprendi-zagem sobre o mercado de trabalho dessa área. Com este intuito, o Conse-lho Regional de Química da 5ª Região promoveu uma palestra, comandada pelo seu presidente, Paulo Roberto Fallavena, com o seguinte tema: “Es-tou formado, e agora?”. O evento foi realizado no auditório do Prédio 9, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e teve como público-alvo estudantes e recém-for-mados na área da química.

Um dos assuntos mais temidos é a concorrência no mercado de trabalho e, por consequência, o desemprego. Para Fallavena, a melhor maneira de se preparar para esta situação é através do planejamento. “Quando escolhe-mos o curso de química, vamos muito pela intuição e nem sempre observa-mos o mercado. Existe a impressão de que, como tudo o que se vê e toca está

Presidente do CRQ-V fala sobre a profi ssão e lança programa de Qualifi cação e Inserção no

Mercado de Trabalholigado à química, haverá sempre vagas de trabalho em qualquer lugar”, obser-va . Como geralmente isso acaba não ocorrendo, os profi ssionais da quími-ca desistem de atuar na área. “Esta é a prova que não houve uma boa prepa-ração para encarar este cenário, o que faz parecer que o mercado não é tão promissor assim e, portanto, temos vários profi ssionais trabalhando fora de sua área”, avaliou o presidente do CRQ-V.

Assim, o Conselho Regional de Quí-mica da 5ª Região criou o Programa de Qualifi cação e Inserção de Mercado de Trabalho (PQUIM), justamente para este público, visando auxiliá-lo no seu retorno à área da química, movimen-tando o mercado e aumentando as chances de empregabilidade. Sobre a probabilidade de sucesso desta inicia-tiva, Paulo Fallavena releva: “são muito maiores do que antes, pois agora há um projeto de vida calculado em da-dos concretos”.

O Programa de Qualifi cação e In-serção de Mercado de Trabalho é vol-tado para o profi ssional da química que não está atuando em sua área, ou o recém-formado que busca entrar no mercado de trabalho. O PQUIM é uma das ferramentas de auxílio no planeja-mento profi ssional, que visa entender o problema (causas e conseqüências) e tenta encontrar a solução.

O profi ssional deverá se inscre-ver no PQUIM no Conselho Regional de Química da 5ª Região e aguardar o agendamento de sua entrevista. O Programa será formado por três co-missões: projeto de cada profi ssional, estudo das defi ciências e potenciais do profi ssional, programa de visibi-lidade e estudo de possibilidade de empreendimento.

CONFIRA AS ETAPAS:

1ª - O profi ssional deve apresentar o seu projeto de vida, sua vida escolar, estágios, estudos complementares e outros. A comissão irá estudar cada caso e propor o encaminhamento das necessidades encontradas para a se-gunda comissão

2ª - A comissão vai receber a orien-tação do estudo da primeira etapa e avaliar o que deve ser feito com rela-ção às defi ciências verifi cadas. Deve-se orientar o que o profi ssional pode fazer para diminuir estes prejuízos em termos de cursos, estágios e outras providências. Assim, o profi ssional é encaminhado para a terceira comissão.

3ª - Esta etapa deduz que o profi s-sional já se adequou às necessidades do seu projeto pessoal e está prepara-do para o mercado de trabalho. A co-missão vai auxiliar no preparo do currí-culo e encaminhá-lo para os convênios com as entidades empregadoras. Este convênio é um banco de dados que as empresas vão acessar para a verifi ca-ção da disponibilidade de vagas.

4ª - Nesta última etapa, caso o pro-jeto do profi ssional seja adequado a um empreendimento, a comissão fará, juntamente com o profi ssional, todo o estudo de viabilidade do empreendi-mento: viabilidade econômica, técnica, riscos e demais estudos pertinentes ao projeto, desde que o mesmo tenha sido aprovado pela primeira comissão.

SAIBA MAIS SOBRE O PQUIM

Presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena durante palestra de lançamento do PQUIM

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Durante o Jantar-Baile Comemorativo ao Dia do Químico, a Academia Riogrande-se de Química anun-ciou os novos acadê-micos e os Destaques da Química do ano de 2010 foram apresenta-dos à comunidade.

A Academia Rio-grandense de Quími-ca tem o objetivo de congregar os segmentos da atividade Química no Estado e divulgar a área, reunindo cidadãos que se destacam pela aplicação do conhecimento no cotidiano.

Os novos acadêmicos foram indi-cados por alunos, professores e pro-

DIA DO QUÍMICO

Destaques e novos Acadêmicos são condecorados no Dia do Químico

Sandra Mara Einloft - gradua-da em química pela UFSM em 1986, fez mestrado e doutorado na UFRGS. Possui dois pós-doutorados, um na UFRGS e outro na universidade Pierre et Marie Curie, na França. Integrante e coordenadora de projetos de extrema relevância para a ciência nacional, ela conta com cerca de 1400 citações em bases bibliográfi cas, 2 produtos tecno-lógicos patenteados e outros 11 pro-cessos e técnicas registrados. Além da vasta produção acadêmica, é diretora e professora da Faculdade de Química e professora do programa de pós-gra-duação em Engenharia e Tecnologia dos Materiais da PUC/RS.

Carlos Rodolfo Wolf - bacharel, li-cenciado, mestre e doutor em Química pela UFRGS. Com inúmeros trabalhos publicados, segue a linha da Química Analítica, Oleoquímica, Catálise e Po-límeros com o objetivo de promover o encontro entre a universidade e a indústria gaúcha. O profi ssional tam-bém atua na área de pesquisa e desen-volvimento da Ipiranga Petroquímica e na área Laboratorial, como químico, do Laboratório de Desenvolvimento da Killing S.A tintas e adesivos. Desde 1995 é professor e pesquisador na Ulbra.

Regina Cánovas Teixeira - gradu-ada em Engenharia Química pela PUC/RS em 1987. É mestre em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela UFRGS. Também integra o pro-jeto que visa a implantação de uma “materioteca” (biblioteca de materiais) que possibilita o contato tátil e visual com as matérias-primas usuais do se-tor coureiro-calçadista. Há oito anos coordena o curso de engenharia de produção da Universidade Feevale. Além disso, ocupa os cargos de vice-presidente e diretora de publicações da Associação Brasileira dos Químicos e Técnicos da Indústria do Couro.

OS NOVOS ACADÊMICOS SÃO:

Paulo Saff er - graduado em Quí-mica Industrial pela UFRGS em 1946, atuou durante 18 anos como sócio, diretor industrial e químico responsá-vel pelo processo de produção e qua-lidade da Lipon Indústria e Comércio de Produtos Químicos. Atuante em entidades de classes do setor,foi vice-presidente da Associação Brasileira de Química, conselheiro do CRQ-V e tesoureiro do Sindicato das Indústrias Químicas do RS. Em sua trajetória pro-fi ssional desenvolveu e registrou junto à Secretaria da Saúde mais de 130 for-mulações e introduziu no país o ger-micida Iodofor, utilizado em hospitais. Também foi o responsável pela criação e industrialização do primeiro deter-gente biodegradável do Brasil.

fi ssionais de empresas. Durante o pro-cesso seletivo, seus currículos e sua experiência acadêmica na área da quí-mica foram analisados com rigor pelos membros da academia, Paulo Vellinho, Flávio Lewgoy, Nelson Calafate e Jair Foscarini e pelo presidente honorário Paulo Roberto Bello Fallavena.

Fotos: Mateus Bruxel

Paulo Saff er (dir.) recebe a placa de Paulo Fallavena (esq) e Flavio Lewgoy (centro)

Sandra Einloft e o presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena

Acadêmicos reunidos

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Destaques da Química 2010 e os representantes das entidades do setor

DESTAQUE PROFISSIONALBernard Copstein nascido em 1926,

na cidade de Rio Grande, concluiu o curso de Química Industrial na Escola de Engenharia da Universidade do RS. Em 1949, juntamente com Jaime Zal-mom, fundou a Indústria Química Star, que se dedica ao mercado de produtos químicos para curtume e fabricação de calçados. A empresa foi pioneira na fa-bricação de resinas no RS e sempre se preocupou com pesquisas de merca-do e o desenvolvimento de produtos, prestando auxílio a diversas empresas do ramo. Diretor do Sindiquim desde 1974, ele ainda ocupa o cargo de dire-tor-presidente e químico responsável da Indústria Química Star.

DESTAQUE MEIO AMBIENTEA Braskem sempre priorizou o

meio ambiente, a saúde, a segurança e a qualidade. É a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com 29 plantas industriais distribuídas pelo Brasil e Estados Unidos. Foi a pri-meira empresa do mundo a certifi car o polietileno e o polipropileno verdes com matéria-prima 100% renovável. Na comparação entre os índices de 2009 e 2008, reduziu em 16% seu con-sumo de água, em 5% o de energia, em mais de 13% a emissão de efl uen-tes líquidos e em 17% de efl uentes sólidos. Seu desempenho ambiental e em segurança do trabalho é referência na indústria petroquímica global.

DESTAQUES DA QUÍMICA DO ANO DE 2010

DESTAQUE INDÚSTRIA QUÍMICA DE PEQUENO PORTE

A De Sírius Cosméticos iniciou suas atividades timidamente. Hoje é uma empresa respeitada no mercado na-cional de cosméticos, capaz de aten-der a praticamente todas as áreas da beleza através dos mais de 280 itens que compõem o mix de produtos pro-fi ssionais. Mesmo concorrendo com grandes multinacionais, a empresa vem crescendo e conquistando novas fatias do mercado.

DESTAQUE INDÚSTRIA QUÍMICA Fundada em primeiro de abril de

1991, na cidade de Arroio do Meio, a Girando Sol começou suas ativida-des em um pequeno galpão de vinte e quatro metros quadrados e apenas um produto – o amaciante de roupas. Hoje, conta com três unidades fabris e produz mais de 150 itens diferentes. Emprega 350 funcionários e além do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, tem seus produtos exportados para Uruguai, Paraguai e Chile

Flavio Rosa e o presidente do CRQ-V Paulo Fallavena

Gilmar Borscheid, diretor da Girando Sol e Jonior Von Wurmb, do Sindiquim

Roberto Bertoncello, do Sinquirs e Bernard Copstein

Ademir Zaparoli, diretor da Braskem e Iberê Costa do Sindiquim

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ESPECIAL

O maior evento de futebol do pla-neta já é um espetáculo à parte. Mas nesta edição de 2010, um objeto se tornou outra grande atração: a bola. Na Copa do Mundo da África do Sul, a badalada ‘Jabulani’ (“celebração”, em zulu), nome dado a ela, foi motivo de admiração e polêmica pelos torce-dores e pelas seleções participantes, muito por causa da sua diferenciação química para as demais. Contudo a Copa ocorre desde 1930, e, durante muito tempo, as bolas não tinham grandes detalhes como possuem hoje em dia, tão pouco eram protagonistas das edições do Mundial.

Foi a partir de 1970, na Copa do Mundo disputada no México, que a ousadia sobrepôs o padrão e a evolu-ção dos desenhos das bolas da com-petição começou a ser notada. De lá para cá, os torneios ganharam mode-los ofi ciais. A deste ano de 2010, bati-zada de ‘Jabulani’, inovou: tem oito go-mos em 3D unidos termicamente que, pela primeira vez na história, foram moldados para dar à bola um formato perfeitamente esférico, o que garante uma precisão nunca antes alcançada.

Mas a novidade virou polêmica, em virtude das grandes críticas recebidas ao longo da Copa. Sobrou até para os pesquisadores da Nasa (agência es-pacial norte-americana) analisarem suas características. De acordo com o estudo promovido por eles, a Jabulani se diferencia por possuir 14 painéis e possuir sulcos aerodinâmicos. Em alta velocidade no ar, considerando demais fatores como, por exemplo, a altitude elevada dos estádios da competição, o fl uxo da bola fi ca assimétrico, oca-sionando mudanças súbitas em seu percurso. Cientifi camente, ela tende a assumir o chamado efeito ‘knuckle’ ao superar os 75 km/h, o que correspon-de a um chute forte dos jogadores.

A química da JabulaniDe coadjuvantes a protagonistas: veja a evolução das bolas utilizadas na Copa do Mundo

Marcos Bertoncello

1930: No primeiro Mundial, a bola era de capotão, pesada e fechada com cordas, que fi cavam à mostra. O mate-rial era feito de couro, que persistiu por bastante tempo. Quando molhada, o couro absorvia a água e a bola fi cava com quase o dobro do peso.

1970: Pela primeira vez, uma Copa do Mundo teve uma bola ofi cial, com nome. Ficou conhecida como a ‘Tels-tar’. Modelo com gomos brancos e pretos, mantido na Copa de 1974 e 1978, último ano da bola fabricada em couro

1986: Criada a bola ‘Azteca’. Foi a primeira com um design mais criativo, com desenhos nos gomos, além de ser pioneira oriunda de material sintético. A mudança notada fi cou por conta da durabilidade e reduziu, ainda mais, a absorção de água.

1990: A bola ‘Etrusco Único’ apre-sentava desenhos nos gomos. A gran-de inovação foi a presença de uma camada interna de espuma de poliu-retano, evitando que a chuva alterasse sua forma e peso.

1994: O nome da bola era ‘Questra’

e foi criada com materiais inovadores, envolvida em espuma de poliestireno, permitindo que o objeto ganhasse mais velocidade nos chutes e nas ca-beçadas dos jogadores.

1998: Pela primeira vez, uma bola de Copa deixou de ser preta e branca. A ‘Tricolore’ apresentava detalhes nas cores da bandeira da França, anfi triã do Mundial daquele ano. A adoção de uma camada de espuma sintética como revestimento aumentou a sua durabilidade.

2002: A fabricante ousou no design e alterou o modelo que vinha sendo usado. Detalhes coloridos deixaram de fi car restritos aos gomos. O modelo ‘Fevernova’ apresentou uma imagem futurista, com uma fi na camada de es-puma que dá à bola características de desempenho e três camadas de malha que permitem um voo mais preciso e previsível.

2006: A ‘Teamgeist’ chamou a atenção não só pelo desenho e mu-dança de formato (com 14 gomos de dois tamanhos diferentes), mas por ser personalizada, com os nomes das sele-ções, data do jogo, etc.

RAIO-X DAS BOLAS DA COPA

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AMBIENTE

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Consolidação e crescimento são duas das expressões que resumem a 4ª edição da Feira Internacional de Tec-nologia para o Meio Ambiente – Fiema Brasil 2010. O evento ocorrido no Par-que de Eventos da Fundaparque, em Bento Gonçalves (RS), entre 27 e 30 de abril, organizado pela Fundação Pro-amb (segunda edição sob a tutela da entidade), desdobrou em ações práti-cas os pilares da sustentabilidade. Ne-gócios, técnicas inovadoras, debates aprofundados, soluções criativas, inte-rações socioambientais e gestão am-biental para vários segmentos se divi-diram na área de feira industrial, que contou com 220 expositores, e nos 16 projetos paralelos desenvolvidos.

O sucesso do trabalho se confi r-mou através na presença de mais de 22 mil visitantes, vindos de 24 estados e 10 países (tão diversos como Chile, Finlândia, Alemanha, Espanha e Ango-la). Isso, além da renovação de diver-sos contratos de empresas que já con-fi rmaram presença na edição de 2012. A 5ª Fiema Brasil ocorrerá entre 24 e 27 de abril, daqui a dois anos.

Na avaliação do presidente da Fie-ma Brasil 2010, Marcio Chiaramonte, um dos principais fatores para o visível e consistente desenvolvimento da feira foi a boa compreensão e aplicação do conceito de sustentabilidade pela co-missão organizadora do evento. Para começar, o dirigente cita o pilar ecoló-

gico ou ambiental, bem marcado com a utilização da Estação de Tratamento de Efl uentes (ETE) na construção da exposição - projeto desenvolvido pela Proamb para a Fundaparque, que irá atender todas as feiras desenvolvidas no espaço -, com a Coleta Seletiva em Ação - estande no qual foi feita, as vistas do público, a separação e en-caminhamento dos resíduos sólidos produzidos durante o evento – e com o programa de Emissão Zero - desen-volvido em parceria com a consultoria Enerbio, que fará o cálculo e a com-pensação das emissões de gases de efeito estufa gerados pela Fiema. “Isso sem falar da exposição de toda a tec-nologia ambiental apresentada pelas empresas”, comenta o presidente.

Fiema Brasil 2010 foi marcada por desenvolvimento geral

e consistência

Presidente da Fiema Brasil 2010, Marcio Chiaramonte

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O pilar fi nanceiro, foco forte de atenção, principalmente por a Fiema Brasil ser prioritariamente um evento de negócios, foi bastante reforçado com a efetiva presença entre exposito-res e visitantes de quem tem e que bus-ca tecnologia e conhecimento na área ambiental. Só na Rodada de Negócios, um dos pontos fortes dessa área, mais de 400 reuniões foram realizadas, co-locando frente a frente fornecedores e compradores. “Em relação a business, não se pode esquecer a presença das caravanas ou comitivas setoriais de vários pontos do Rio Grande do Sul e de outros estados. O meio empresarial demonstrou sua sensibilização com a sustentabilidade”, argumenta Chiara-monte.

Em referência ao pilar social, a Fie-ma Brasil 2010 avançou muito ao in-corporar ações de inclusão social ao seu escopo. Um dos exemplos está na Casa Sustentável – edifi cação criada, executada e utilizada dentro de prin-cípios ecológicos e sustentáveis -, que será remontada, agora que foi fi naliza-da a feira, em um terreno doado pela prefeitura de Bento Gonçalves para servir como sede e local de atendimen-

to para a Associação Gota D´Água, vol-tada aos autistas do município e suas famílias. O uso de material feito pelo Pelotão Curumim – projeto de edu-cação e inclusão social de meninos em situação de risco – na divulgação da feira e a contratação de defi cientes para o grupo de atendentes do even-to são outros casos que podem ser lembrados. “A inclusão de defi cientes, por exemplo, não foi para fazer favor a eles. Essas pessoas tiveram os mesmos deveres e remuneração que as restan-tes. Isso se chama integrar”, explica o presidente da Fiema 2010.

A questão cultural, que compõe a sustentabilidade, também foi forte-mente observada no evento. “A ques-tão ambiental, que já vinha ganho im-portância nos últimos tempos, está em um dos seus momentos de destaque. Antes as pessoas tinham a percepção que havia algum problema em algum lugar. Hoje, a noção é que todo mun-do faz parte dele e precisa efetivamen-te participar das discussões e da busca por soluções”, acredita Chiaramonte. E prossegue: “Nesta edição, as pessoas chegavam à feira e viam soluções para quase todos os problemas relaciona-

dos ao tema ambiental, até para ques-tões que nem sabiam que era preciso se ter atenção”.

A abrangência de abordagens teve eco na presença e diversidade de pú-blicos. Dos empresários, técnicos e acadêmicos, até donas de casa, artistas e artesões, passando pelo poder exe-cutivo, legislativo e judiciário. “Bons indicadores da importância da feira e do leque atingido foi a presença da imprensa e de importantes lideranças, que só se movimentam ou se unem quando tem coisa boa acontecendo”, diz o presidente.

A Fiema Brasil 2010 teve, parale-lamente e simultaneamente à feira, uma intensa programação, exemplifi -cada pelo 2º Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (mais de 900 participantes, só no pri-meiro dia), Viva a Natureza (participa-ção de cerca de 10 mil crianças de es-colas da região, com idades entre três e 11 anos) e Salão Internacional de Artes (reuniu trabalhos de 90 artistas dentro da questão ambiental).

(Assessoria de imprensa Proamb/Fiema Brasil)

Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente

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O Campus Porto Alegre do IFRS (Instituto Federal de Educação , Ciên-cia e Tecnologia ) lançou ofi cialmente seu novo curso técnico, Panifi cação e Confeitaria em evento realizado no dia 08 de junho. Único curso em nível téc-nico na área ministrado no Rio Grande do Sul e o primeiro público e gratuito dedicado a esse segmento produtivo no Estado, foi criado para atender de-manda por mão-de-obra qualifi cada para mais de 6.000 empresas do setor, com projeto pedagógico que busca desenvolver habilidades e competên-cias tanto para a produção artesanal quanto para a produção industrial de produtos de panifi cação e confeitaria.

O evento contou com presença da diretora da Associação Brasileira da Indústria de Panifi cação e Confeita-ria (ABIP), Sandra Mello Thebich, que expôs um completo panorama desse segmento de mercado no Brasil e no Rio Grande do Sul, e a grande neces-

IFRS lança curso de Panifi cação e Confeitaria

sidade de profi ssionais capacitados para atender a crescente demanda do setor, e da conselheira do Conse-lho Regional de Química da 5ª Região Química Raquel Fiori de Souza, que destacou que o curso ensina os pro-cessos e as transformações pelas quais passam os produtos de panifi cação e confeitaria, tanto para a produção ar-tesanal quanto para a produção indus-trial, e vem ao encontro do Programa de Qualifi cação e Inserção no Mercado de Trabalho (PQUIM), fomentado pelo CRQ-V. E ressaltou que, por meio de um curso como este, os técnicos po-dem procurar uma nova formação que permita ampliar suas opções na busca por uma nova colocação.

O curso será oferecido na modali-dade pós-médio, com 16 vagas semes-trais, tendo duração de três semestres. O último semestre será dedicado ao desenvolvimento de projeto integra-dor que poderá ser executado no pró-

O Conselho Regional de Química criou o Programa de Qualifi cação e Inserção no Mercado de Trabalho para tentar conter a estagnação do merca-do de trabalho e criar outros nichos de atuação para o profi ssional da Quí-mica. O Curso de Gerenciamento de Sinantrópicos (Controle de Pragas), ministrado pelo consultor em contro-le de sinantrópicos, credenciado pela

CURSO DE GERENCIAMENTO DE SINANTRÓPICOS (CONTROLE DE PRAGAS)

prio ambiente de trabalho do aluno. Contará com dois laboratórios equi-pados para atividades produtivas, um para panifi cação e outro para confei-taria, com equipamentos modernos e em estrutura especialmente montada para valorizar o ensino de boas práticas de fabricação e o estrito cumprimento das normas técnicas sanitárias. O cur-rículo propiciará, ainda, a abordagem de modernas ferramentas de desen-volvimento e controle de alimentos, como análise sensorial e elaboração de alimentos para fi ns especiais (sem glúten, dietéticos, funcionais, entre outros) e o desenvolvimento de im-portantes temas correlatos, como ges-tão e empreendedorismo e segurança no trabalho.

Mais informações: www.poa.ifrs.edu.brIFRS Campus Porto Alegre - Rua Ra-

miro Barcelos, 2777 - Bairro Santana - Fone (51) 3308-5110

Aliança Internacional (HACCP) Ricardo Soares Matias, oferecido pelo Instituto de Apoio aos Profi ssionais da Ciência (IAPC), enquadra-se como um elemen-to importante nesse programa, servin-do de alavanca para os profi ssionais da química interessados em ampliar seus horizontes profi ssionais. O cur-so é feito em módulos semanais com uma carga horária de 40h.

A idéia, segundo o professor, é de que o curso seja precursor de uma especialização na área. “Vamos dar o subsídio para os interessados em co-meçar a trabalhar na área e para quem já está nela. Vamos ensinar como fazer’ afi rma. O responsável técnico por uma indústria de alimentos, bebidas ou far-macêutica, por exemplo, é impelido a conhecer o controle de sinantrópicos porque a lei defi ne como obrigatório. Assim, ele se torna o responsável pelo controle. Cerca de 80% dos profi ssio-nais responsáveis pelo gerenciamento de sinantrópicos, atualmente, são pro-fi ssionais da química.

Matias explica que todas as desin-setizadoras são regulamentadas pela ANVISA e devem ter um responsável técnico. “No ano passado entrou em vigor a RDC 52 que não especifi ca que profi ssionais podem ser os responsá-veis e apenas diz que o profi ssional deve ser habilitado e com capacitação defi nida pelo conselho de classe”.

A mesma resolução determina as funções que o responsável técnico deve cumprir numa desinsetizadora. Segundo Matias, aí começam os pro-blemas, “pois na formação profi ssio-nal de cada área (química, veterinário, biologia, agronomia) podemos estar habilitados, mas capacitados para fa-zer todas as atividades defi nidas pela RDC, nós não estamos e por isso de-vemos ir em busca dessa capacitação. Aonde vamos buscar?”, questiona. Não existem cursos formais e a litera-tura sobre o assunto é de difícil acesso. Entretanto, à medida que começam a aparecer cursos de capacitação, a his-tória começa a mudar.Ricardo Soares Matias

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AGENDA 2010

JULHO3

Pintura Industrial • Promovido pela ABQ/RS

9 V Curso de Transporte de • Cargas Perigosas

Promovido pelo IAPC

13Identifi cação e Avaliação • de Aspectos e Impactos Ambientais

Senai/RS

17 Curso sobre Efl uentes • Líquidos

Promovido pelo IAPC

23Controle Microbiológico de • Águas, Efl uentes Líquidos, Alimentos e Cosméticos

Promovido pela ABQ/RS

28 e 29Gestão de Resíduos Sólidos • Industrias

Senai/RS

31 Galvanoplastia •

Promovido pela ABQ/RS

AGOSTO4, 5 e 6

Operação de Estações de • Tratamento de Efl uentes

Senai/RS

10, 11, 12 e 13Passivos Ambientais - • Recuperação de Áreas Degradadas: Prevenção, Investigação, Impactos e Remediação

Senai/RS

A Maxiambiental Treina-mentos, empresa especializa-da em treinamentos na área ambiental, estará realizando nos dias 12, 13, 14 e 15 de Agosto em Porto Alegre/RS um Curso de Auditoria Am-biental. O curso tem como objetivo capacitar os profi ssio-

COLUNA SOCIAL

O presidente do CRQ-V, Paulo Fallavena e a conselheira Karine Arend

Foto: Opinião Livre/D

ivulgaçãoFotos: M

ateus Bruxel

20 e 21 Cosmetologia•

Promovido pela ABQ/RS

26Requisitos Legais Aplicados • ao Sistemas de Gestão Ambiental - ISO 14001:2004

Senai/RS

28 Tratamento de Não – • Conformidades

Promovido pela ABQ/RS

SETEMBRO1

Ensaios de Toxicidade • em Efl uentes Industrias - Resolução CONSEMA nº 129/06

Senai/RS

ABQRSRua Doutor Flores, 307, Sala 803Porto Alegre – [email protected](51) 3225.9461

IAPCRua Baronesa do Gravataí, 700Cidade Baixa - Porto [email protected](51)3072-6508

SENAI/RSCentro Nacional de Tecnologias Limpas SENAI - CNTLAv. Assis Brasil, 8450Bairro SarandiPorto Alegre/[email protected]/cntl (51) 3347-8410 ou 3347-8446

nais para atuarem como Au-ditores Ambientais. As vagas para o curso são limitadas e as inscrições são realizadas pelo site www.maxiambiental.com. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (41) 3359-4081

O acadêmico Flavio Lewgoy e esposa

Os acadêmicos Paulo Saff er (esq.) e Paulo Vellinho (dir.) com o Destaque profi ssional Bernard Copstein

Jonior Von Wurmb, diretor do Sindicato das Indústrias Químicas e esposa; e Maria Angélica Gomes, também do Sindiquim

Conselheiros e presidente do CRQ-V participaram da atividade na Redenção

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