PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano I - Abril/2012 - nº 3

Caro leitor,“Não temas! Eu sou o Primeiro e o

Último, e o que vive. Pois estive morto, e eis-me de novo vivo pelos séculos dos séculos; tenho as chaves da morte e da região dos mortos”. Ap 1, 17-18

Jesus é O Vivente e por isso a morte não O poderia conter. Na Páscoa, Ele inseriu toda a humanidade em Sua existência vivente, ou seja, Nele todos nós agora somos viventes e a morte não pode mais nos vencer.

Cristo venceu a morte, mas não a destruiu. Ela é uma realidade, mas agora débil e subjugada pela vida, porque agora a morte é passagem, é porta que se abre para a vida eterna.

A morte foi vencida e não destruída. Com isso, nossa liberdade é preservada, podemos escolher a vida ou a morte. Escolhe a vida aquele passa pela morte com as chaves do vivente, a chave da morte.

Portanto, a Páscoa, nesse tempo de nossa existência sobre a terra, não é a aniquilação da morte. Ao contrário, agora ela está a nosso serviço. Temos que passar por ela, mas como Cristo passou: com as chaves do amor e da obediência, transformou a morte em vida. Nós, os mortais, até O Vivente abrir as portas da morte, tínhamos o fim na morte e no sofrimento. A porta era o fim, e nela acabava a existência. O

Reina em Mim p. 2 e 3- Acompanhe os detalhes do lança-

mento do novo CD de Nilton Jr.

São José Moscati p. 3- Exemplo de como ser cristão em

um mundo secularizado

Aconteceu p. 4- Comunidade Pantokrator realizou En-contro Vocacional para 60 pessoas

o

mal tinha a última palavra na escuridão da morte e da angústia humana.

Mas agora, não! Agora temos as chaves! Ele nos deu a chaves dessa por-ta estreita da morte – cf. Mt 7,13 – e quem nela passar possui a vida eterna.

Portanto, irmãos, viver a Páscoa é acolher as portas da morte em nossas vidas abrindo-as com amor e obediên-cia, fazendo delas um espaço que se abre à vida eterna. Não temas!

André Luis Botelho de Andrade Fundador e Moderador Geral

Comunidade Católica Pantokrator

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Jildevânio Souza, Juliana Campos. Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Ramos | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comunidade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

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Reina em Mim

Na edição deste mês O Pantokrator teve a honra de entrevistar o cantor Nilton Junior, que está lançando o seu segundo trabalho solo “Reina em mim”. Nilton Junior é consa-grado celibatário da Comunidade Católica Pantokrator. Campineiro de 31 anos, conheceu a comunida-de em 2000, onde desde então vive como missionário, dedicando-se in-tegralmente à obra de Deus. Em 2004 foi o responsável pela pro-dução do segundo CD da Comuni-dade, intitulado “Liberdade”. Em 2010, lançou seu primeiro CD solo com o título “Sou Feliz”. E agora lançará o seu segundo álbum em julho deste ano.

O Pantokrator: Como começou sua paixão pela música?Nilton Junior: Minha família sem-

pre foi muito musical. Quando eu era pequeno, meu pai viajava muito em função da sua profissão e minha mãe ficava comigo e com a minha irmã, todas as noites ela tocava violão e cantávamos juntos com ela. Passou o tempo e eu comecei a me interes-sar em tocar teclado, fui fazer aulas e peguei gosto pelo instrumento. Logo estava tocando na missa e depois no grupo de oração. O passo seguinte foi começar a cantar e assim come-çou a minha história com a música.

OP: Como surgiu o projeto do CD?NJr: Esse projeto foi muito ines-perado. No ano passado, comecei a pensar e a refletir junto com a Co-munidade a possibilidade de gravar um novo CD, com lançamento para 2013. Comecei a compor poucas músicas, tudo fluía lentamente, mas

no final de 2011 fomos chamados na gravadora Canção Nova que nos fez uma proposta ousada para que eu entrasse na gravadora e lan-çasse meu novo CD em julho de 2012. Humanamente ficaria muito corrido, pois eu teria menos de um mês para entregar o repertório para a gravadora Canção Nova, porém sentimos que era desejo de Deus e aceitamos mais esse projeto.

OP: Qual a participação da Canção Nova?NJr: A Canção Nova tem sido fundamental neste novo momen-to missionário para mim e para a Comunidade. A Gravadora Canção Nova é uma das maiores do Brasil e é um grande privilégio fazer parte desta gravadora, visto que ela tem um alcance muito grande na evan-

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gelização. Eles têm sido mais que profissionais neste projeto, têm sido irmãos que estão vivendo todos os momentos e discernimentos junto com a gente.

OP: Quando será lançado o CD?NJr: O CD já está sendo produzido e o show de lançamento será dia 19 de julho no Acampamento PHN na Canção Nova. Esse Acampamento é um dos maiores da Canção Nova e um dos maiores eventos voltados para o público jovem.

OP: De quantas músicas o CD será composto?NJr: Serão 13 músicas. Teremos músicas de louvor, adoração, mis-são, Comunhão... O CD está bem diversificado.

OP: Para qual público ele será vol-tado?NJr: Será voltado para o público jo-vem, mas como o meu primeiro CD

solo “Sou Feliz”, fará parte da vida de todos e de todas as idades.OP: Muitos amigos estão de aju-dando neste projeto, eles também estão te ajudando na composição/melodias das canções?NJr: Sim! Os amigos estão sendo fundamentais! Das 13 músicas, 7 são composições minhas. As outras são do Gil Monteiro, Rafael Morel (Mis-sionário Shalom), Cley (Min. Mais que um Encontro) e de irmãos da Banda Santo Homem de Manaus/AM.

OP: Haverá participações especiais:NJr: Sim. Neste trabalho terei a honra de cantar com Eugênio Jorge, Eliana Ribeiro e Rafael Morel.

OP: Qual será o título do CD? Qual música será a carro chefe?NJr: O título será “Reina em mim” e a músicas carro chefe serão a do tema do CD juntamente com “Eu acredito na juventude” que já foi lançada no ano passado para o Bote

Fé Campinas na chegada da Cruz e ícone da Jornada Mundial da Ju-ventude e que já teve mais de 150 mil downloads.

OP: De onde veio a inspiração para música?NJr: A música “Reina em mim” fala tudo sobre o CD e isso é bem legal! Ela fala sobre o nosso desejo de ser de Deus e de Deus somente, de não querer ficar mais longe de Deus e longe do seu amor e permitir que Jesus tome o Seu lugar em nós para que sejamos todo Dele.

OP: Qual a sua missão com este CD? NJr: Minha missão com esse CD só cresce até mesmo em função que a Canção Nova tem através dos meios de Comunicação que possui. Mas isso tem muito a ver com o meu chamado como missionário jovem e celibatário, no qual consagro a minha vida para me doar a Deus e Sua Igreja.

Diante das propostas de um mun-do secularizado, parece incomum pensar em pessoas santas vivendo no meio da sociedade, atuando em seu emprego, dentro de seu círculo de amizades, vivendo uma vida que nada tenha de incomum, além do fato, é claro, de buscar encarnar em todas as suas ações o exemplo de Cristo.

Esse é o caso de São José Mos-cati, médico italiano que viveu em Nápoles entre o fim do século XIX e o início do século XX. Com o dese-jo de se tornar médico, ainda jovem mudou-se para Nápoles a fim de cur-sar medicina. Foi amigo e aluno de mestres notáveis, e logo cedo tam-bém conquistou boa fama, tanto por ser um brilhante aluno, quanto pelo fato de ser um amigo junto do qual todos queriam estar.

Desde o início de seus estudos teve contato com uma triste realida-de, o Hospital dos Incuráveis: famo-so em Nápoles por ser o destino de doentes já desenganados, de porta-dores de enfermidades de tratamen-to complexo e também de doentes mentais. Foi nesse cenário que certa vez, após ter rezado pedindo a Deus que se mostrasse a ele, revelando-lhe onde poderia servi-lo melhor que São José Moscati tomou consciência de que a vontade de Deus para sua vida seria justamente viver bem sua missão como leigo. Fazendo de seu trabalho um espaço para o encontro com Deus.

Moscati empenhou boa parte dos bens de sua família no cuidado dos pobres e assim, também ele, mor-reu pobre. Sua caridade, sua vida de oração e seu exemplo como médico

cristão atrairam centenas de pessoas à igreja do Gesú, onde foi sepultado em Nápoles. Em 1975 foi beatifica-do pelo papa Paulo VI e em 1987 foi canonizado pelo Beato Papa João Paulo II.

Uma resposta de fé ao mundo secularizado

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Cerca de 60 pessoas partic-iparam nos dias 3 e 4 de março do Encontro Vocacional da Comuni-dade Católica Pantokrator. Vindos de diversas regiões de Campinas, de outras cidades e até de outros esta-dos, os encontristas tiveram um final de semana diferente. Em busca de uma vocação, eles puderam conhecer a realidade da comunidade e os diver-sos aspectos da vida consagrada.

“Encontrei a comunidade pela internet e para mim foi um

momento muito especial por aprofundar meu conhecimento

sobre a comunidade e por poder participar disso juntamente com

minha esposa.”Almir F. Rivas JrUberlandia MG

De acordo com a Diretora Voca-cional Geral da Comunidade, Tânia Kapor Botelho de Andrade, o en-contro é uma porta para a Comu-nidade. “O encontro é importante por conta do chamado que Deus faz a essas pessoas, aqueles que têm a vocação El Shaddai Pantokrator ini-ciam a sua resposta ao chamado de Deus participando do encontro vo-cacional”, esclarece Tânia. A diretora explica que o processo vocacional todo dura 9 meses e se inicia com o encontro. Após este fim de semana, todos os candidatos são submetidos a uma entrevista e recebem a res-posta por parte da Comunidade se serão acolhidos ou não nesse ano, acolhidos como vocacionados. No caso de serem aceitos, recebem for-mações semanais específicas sobre a vida em Comunidade e o seu caris-ma próprio. O tempo de formação do vocacionado também implica em retiros dados pela Comunidade próprios para essa fase, formações, partilhas, orações comunitárias, orientação vocacional, engajamento

apostólico e convivência fraterna. “Tudo isso auxilia o vocacionado e a Comunidade a discernir se a pes-soa tem a vocação e se está pronta a ingressar na próxima fase de for-mação, que é o postulantado”, com-pleta Tânia.

“Descobri a comunidade através de um Retiro que participei há

20 anos. O encontro foi rico estou conhecendo mais a fundo o carisma da comunidade e sua autenticidade no conceito Evan-gélico da Igreja. Para mim é um

sinal de crescimento pessoal, gostei muito.”

Rodrigo Antônio Neves Campinas SP

Neste período a pessoa conta com a ajuda de um orientador, que tem o papel de auxiliar o vocaciona-do a perceber os sinais do Carisma e o chamado para uma vida de con-sagração. “É com o orientador que o candidato vai partilhar o que está vivendo no decorrer do ano, através das orientações mensais. Somos o primeiro contato deles; o orientador é a voz de Deus na vida do Vocacio-nado, Deus usa de nós para manife-star o Amor Ciumento Dele sobre a cada um que orientamos”, explica o orientador Jonathan Barbosa.

De acordo com Ana Maria Bue-no, também orientadora, com o dis-cernimento do Espírito Santo o ori-entador vai inserindo o vocacionado na Comunidade. Ele tem o dever de apresentar o que é ser um consa-grado na Comunidade Católica Pan-tokrator, o que é viver e fazer parte deste Carisma. “Ele vai preparando a pessoa para ingressar no Postulan-tado e assim se tornar um candidato da Comunidade Pantokrator”, afir-ma Ana Maria.

“Conheci a comunidade em São José dos Campos.

Eu já sentia clareza por um chamado à consagração, mas

ainda não havia encontrado em que lugar Deus queria se utilizar

da minha vida.”Luciana Helena Meira Brandi

São José dos Campos SP

“Para mim em especial, é um grande presente de Deus poder es-tar hoje como orientadora, pois é muito lindo ver a ação de Deus na vida dos vocacionados e tocando nisso eu renovo todos os dias o meu chamado”, finaliza a orientadora, Fabiana Felipe.

Por Juliana CamposDiscípula

Comunidade Católica Pantokrator

Encontro Vocacional: em busca de um chamado