Informativo O Pantokrator n°4

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano I - Maio/2012 - nº 4 Caro leitor, No mês de maio, a Igreja tem por costume intensificar sua meditação so- bre Nossa Senhora, dedicando-lhe es- pecial devoção. E isso não é sem razão. De fato, temos na Virgem Maria um re- curso sempre oportuno, o qual muitas vezes negligenciamos. A Virgem Santís- sima é a Mãe do Senhor Jesus. Nenhum santo está mais próximo d’Ele do que Ela. Tudo o que convém a Deus por natureza – dizem os santos – convém a Maria por graça. E Ele A deu a nós. Na Cruz, Jesus estava despojado de tudo – ou quase tudo: faltava ainda uma última coisa a nos dar, algo com que Ele ficou até o último minuto... “Eis aí tua mãe!” (Jo 19, 27). “A Virgem é o meio de que Deus Se serviu para vir até nós; é também o meio de que nos devemos servir para ir a Ele” (Santo Agostinho). Pois Ela não é como as outras criaturas que, se a elas nos prendêssemos, poderiam nos afastar de Deus, em lugar de nos aprox- imar d’Ele. Mas a mais forte inclinação de Maria é nos unir a Jesus, seu Filho; e a mais forte inclinação do Filho é que se vá a Ele por sua Mãe. Tudo em Ma- ria aponta para Jesus. Por isso os San- tos Padres – e São Boaventura com eles – afirmam que “a Virgem Santíssima é o caminho para ir ao Senhor”. É certo dizer que a Virgem Maria é o atalho para o Coração de Jesus; o caminho mais rápido e mais seguro, onde estamos invisíveis aos dardos do Ma- ligno, caminho que nos ga- rante o encontro com Jesus. Como tudo aquilo que vale a pena, a vida cristã – o seguimento de Cristo – não é fácil. Do mesmo modo, para reconhecer a verdade, é preciso ser virtuoso. Esse é o momento oportuno para renovar nossa devoção à Virgem Santíssima e nossa consagração a Ela, pois estar próximos de Maria é meio caminho para estarmos com o Senhor! Ela nos educa para a virtude, abre-nos o coração para a Verdade e os olhos para ver a Luz, que é CRIS- TO. Ela é o nosso amparo e proteção. Quem, em sã consciência, abriria mão de tão grande dádiva por Deus concedida? Que, por meio de Nossa Senhora, nossa adesão à vontade de Deus se fortaleça e se torne cada vez mais con- creta. Então, vamos a Cristo por Maria! A maternidade é um sinal eloquente As Aparições de Nossa Senhora e o Magistério da Igreja p. 2 - Artigo de fé ou devoção? O que define a vida p. 3 - Confira o testemunho de fé e esperan- ça em Deus e na vida Conheça o novo arcebispo p. 4 - O novo pastor de Campinas tomou posse em 15 de abril o do amor incondicional de Deus por nós. Roguemos à Virgem Maria, doce e terna Mãe de Jesus, que guarde e pro- teja todas as mães e nossas famílias! Salve Maria! Kátia Maria Bouez Azzi Consagrada Comunidade Católica Pantokrator O atalho para o Coração de Jesus: a Virgem Maria

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Informativo da Comunidade Católica Pantokrator - ano 1 - Edição 4

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano I - Maio/2012 - nº 4

Caro leitor,

No mês de maio, a Igreja tem por costume intensificar sua meditação so-bre Nossa Senhora, dedicando-lhe es-pecial devoção. E isso não é sem razão. De fato, temos na Virgem Maria um re-curso sempre oportuno, o qual muitas vezes negligenciamos. A Virgem Santís-sima é a Mãe do Senhor Jesus. Nenhum santo está mais próximo d’Ele do que Ela. Tudo o que convém a Deus por natureza – dizem os santos – convém a Maria por graça. E Ele A deu a nós. Na Cruz, Jesus estava despojado de tudo – ou quase tudo: faltava ainda uma última coisa a nos dar, algo com que Ele ficou até o último minuto... “Eis aí tua mãe!” (Jo 19, 27).

“A Virgem é o meio de que Deus Se serviu para vir até nós; é também o meio de que nos devemos servir para ir a Ele” (Santo Agostinho). Pois Ela não é como as outras criaturas que, se a elas nos prendêssemos, poderiam nos afastar de Deus, em lugar de nos aprox-imar d’Ele. Mas a mais forte inclinação de Maria é nos unir a Jesus, seu Filho; e a mais forte inclinação do Filho é que se vá a Ele por sua Mãe. Tudo em Ma-ria aponta para Jesus. Por isso os San-tos Padres – e São Boaventura com eles – afirmam que “a Virgem Santíssima é o caminho para ir ao Senhor”. É certo

dizer que a Virgem Maria é o atalho para o Coração de Jesus; o caminho mais rápido e mais seguro, onde estamos invisíveis aos dardos do Ma-ligno, caminho que nos ga-rante o encontro com Jesus.

Como tudo aquilo que vale a pena, a vida cristã – o seguimento de Cristo – não é fácil. Do mesmo modo, para reconhecer a verdade, é preciso ser virtuoso. Esse é o momento oportuno para renovar nossa devoção à Virgem Santíssima e nossa consagração a Ela, pois estar próximos de Maria é meio caminho para estarmos com o Senhor! Ela nos educa para a virtude, abre-nos o coração para a Verdade e os olhos para ver a Luz, que é CRIS-TO. Ela é o nosso amparo e proteção. Quem, em sã consciência, abriria mão de tão grande dádiva por Deus concedida?

Que, por meio de Nossa Senhora, nossa adesão à vontade de Deus se fortaleça e se torne cada vez mais con-creta. Então, vamos a Cristo por Maria!

A maternidade é um sinal eloquente

As Aparições de Nossa Senhora e o Magistério da Igreja p. 2- Artigo de fé ou devoção?

O que define a vida p. 3- Confira o testemunho de fé e esperan-ça em Deus e na vida

Conheça o novo arcebispo p. 4- O novo pastor de Campinas tomou posse em 15 de abril

o

do amor incondicional de Deus por nós. Roguemos à Virgem Maria, doce e terna Mãe de Jesus, que guarde e pro-teja todas as mães e nossas famílias!

Salve Maria!

Kátia Maria Bouez Azzi Consagrada

Comunidade Católica Pantokrator

O atalho para o Coração de Jesus: a Virgem Maria

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Jildevânio Souza, Juliana Campos. Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Ramos | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comunidade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

O Pantokrator . 2

Um capítulo importante da ma-riologia são as manifestações de Nossa Senhora ao longo dos séculos através das mais diversas aparições.

A doutrina católica sempre foi constante em afirmar que os fiéis es-tão obrigados a crer somente na Re-velação Divina que nos foi confiada através do Depósito da Fé que com-preende a palavra escrita (Sagradas Escrituras) e a palavra transmitida verbalmente (Tradição).

Tudo o que estiver fora destas realidades não supõe um ato de fé obrigatório, sem o qual o fiel incor-reria em erro grave, ou seja, a Igre-ja nos dá as Sagradas Escrituras e a Tradição como fontes seguríssimas de fé, mas não nos obriga a crer em outras manifestações, mesmo que comprovadamente de origem divi-na.

Posso ser católico e não aceitar tais manifestações, porém, nesse caso vale o conselho que o Santo Cura D’Ars dava a seus amigos em relação às aparições de La Salette, que na época do santo suscitavam muitas dúvidas: “É prudente não desprezar o que Deus nos manda, embora Ele não nos obrigue a crer é bom ver nisso (nas aparições de La Salette) uma indicação clara do quanto Deus nos quer bem a pon-to de nos mandar sua Mãe para nos fazer colocar em prática seu Evan-gelho”.

Além do que, a Igreja em sua prudência de mãe e sua sabedoria de

mestra jamais aprova uma aparição sem antes observar três pontos:

1. O Conteúdo: se o que a su-posta aparição afirma não concor-dar com as Sagradas Escrituras e com a Tradição não pode provir de Deus, pois Ele não engana, nem se engana, portanto, não poderia afir-mar uma coisa e depois dizer outra. Se Deus não muda, conforme a Es-critura e até mesmo os filósofos pa-gãos nos dizem, sua palavra também não muda, por isso seria impruden-te crer em algo dessa natureza;

2. Milagre: as aparições são sempre algo sobrenatural e como tal vem acompanhadas de fatos que suspendem as próprias leis da natu-reza, demonstrando assim que vem de Deus, pois tudo o que Ele faz é perfeito. Veja-se o fato de Bernade-te Soubirous, uma camponesa ig-norante e analfabeta afirmar que a Senhora que via na gruta de Massa-bielle era a “Imaculada Conceição”, termo que jamais ouvira falar antes. Outro exemplo está no fato de o sol ter bailado nos céus de Fátima a 13 de outubro de 1917 na presença de mais de setenta mil pessoas;

3. Frutos de conversão: toda aparição de origem divina provoca uma profunda conversão na vida do vidente e de todos quantos se apro-ximam de sua mensagem. Em geral as aparições marianas trazem um forte caráter penitencial visando a uma profunda conversão da pessoa. Se uma aparição for apenas uma ar-timanha do diabo jamais provocará conversão, já que levar as pessoas a Deus não faz parte dos interesses de Satanás. Em certa ocasião um padre de Lisboa visitando a cidade de Fá-tima disse ao sr. Marto, pai de dois dos videntes e tio de Lúcia: “Como o senhor permite que o diabo faça tamanho estrago? O senhor deveria fechar essas crianças em casa e parar com isso!” Ao que o sr. Marto repli-cou: “Veja padre, como o diabo está mudado! Agora até faz as pessoas rezarem mais e mudar de vida!” O sacerdote envergonhado, entendeu bem o princípio da não-contradição que sem saber o sr. Marto usou, ou seja, Deus não se contradiz.

Luiz Raphael TononDiscípulo

Comunidade Católica Pantokrator

As Aparições de Nossa Senhora e o Magistério da Igreja

O Pantokrator .3

Quem pode me dizer que o trauma do aborto é menor do que os momentos especiais que ela teria com seu filho, enquanto ele vivesse, de o olhar, cuidar dele, conhecê-lo e demonstrar todo seu amor? De dizer que o ama, de ser sua mãe, enquanto isso pudesse durar e ter a consciência e o coração em paz por ter feito tudo o que podia por seu filho? Qual a dor pior?! Quem está realmen-te preocupado com a mãe? Quem está preocupado com o bebê? Vamos então matá-lo para que ele não sofra?! Quem, nesse mundo, não tem sofrimento? Não, não se está preocupado com o bebê! Se está preocupado, na verdade, com os custos de investir na vida no “pouco” que ela pudesse existir! Al-guns dizem que o início da vida huma-na depende do ponto de vista religioso ou simplesmente cultural. Pois bem, aí eu acredito no que eu quero e no que me convém. Não tem certo nem erra-do! Fica muito fácil! Eu defino quando o ser humano tem vida e quando não tem! Quem pode dizer isso? Muito en-graçado, o que dizem dos filhotes de baleia ou ovos fecundados das tartaru-gas? Vamos salvá-los! Ninguém discu-te o início da vida dos animais! Agora,

O que define a vida? Um cérebro bem ou mal formado? Um coração bem ou mal formado? A perfeição da saú-de ou uma grave doença? Qual desses acidentes define se a pessoa deve ou não viver? Um segundo ponto. Quem pode definir quanto tempo uma pessoa deve ou pode viver? Todos nós vamos morrer um dia! Quem pode nos dizer quanto tempo ainda temos? Se usamos esse pensamento, os assassinatos se-riam legais, pois, como todos morrere-mos um dia, que mal faria morrermos um pouco antes, se, de certa forma, isso conviria a alguém? Traçar a pena de morte a um bebê que ainda não nas-ceu, somente porque isso me convém (seja qual for o motivo!) é tão absurdo que deveria ser impensável! Traço um parâmetro: eu. Com base em mim, no meu suposto sofrimento, me eximo dele infringindo-o ao meu filho! Isso é, no mínimo, ridículo! Como é ridícu-lo a lei definir que se pode matar um bebê ainda no ventre da mãe, com base numa deformidade que ele teria e que fatalmente o levaria à morte natural! Quem se quer proteger? A mãe? Mãe que é mãe dá a vida pelo filho, não tira a vida do filho para que ela viva melhor.

O que define a vida?do homem, há controvérsias! Claro, se eu quero legitimar um ato naturalmen-te ilegítimo, eu tenho que inventar um monte de desculpas! Tenho que menos-prezar a vida humana, para que o ato de matar fique parecendo até sensato! As pessoas têm medo de amar. Se acomodam em seus individualismos e estão cada vez menos preparados ao sacrifício, aos sofrimentos inerentes à vida humana! Sem amor a vida perde o sentido. Deus é amor! Ele mesmo nos ordena em Sua lei: “não matar”! Não há complemento algum depois des-se mandamento. Quem experimenta a vida, mesmo que seja breve, pode sentir amor. Há pessoas que vivem anos e não conseguem experimentar o amor, que outra, com apenas algumas horas de vida, consegue! Quem aqui viveu mais?! Só o amor pode definir a qualidade da vida de uma pessoa. O amor eterniza.Deus, em Seu infinito amor, gerou cada um de nós, não para que nos matásse-mos uns aos outros, mas para que nos amássemos uns aos outros! Quem ama, ameniza o sofrimento, conhece a alegria e vive a felicidade. O amor protege a vida! Mães e pais, não se deixem enganar! O amor é SEMPRE a melhor escolha!! Estamos gerando uma menina, a Celi-na, (27 semanas de VIDA intrauterina!) que os médicos diagnosticaram uma grave anomalia cardíaca em conjunto com uma síndrome letal, a Síndrome de Edwards. Para a ciência ela seria “des-cartável”; para a fé, curável; para uma sociedade utilitarista, um “custo desne-cessário”; para nós, amor incomparável! Nossa fé nos impulsiona a crer, a amar, a viver com alegria cada momento! Louvamos porque cremos na Verdade que é Cristo! Louvamos porque cremos no Deus da Vida! Louvamos porque cremos nesse amor de Deus, que SEM-PRE pode vencer qualquer situação!Jesus Ressuscitou! Aleluia!

Lauro e Rosana VitachiConsagrados

Comunidade Pantokrator,

Família Vitachi: Maria Luiza, Lauro, Rosana (grávida de Celina), Tomaz e Tereza

O Pantokrator . 4

Nos dias 30/03 a 01/04, aconteceu o 4º Retiro para Casais, promovido pelo Projeto “Família, torna-te o que és”, projeto da Comunidade Católica Pan-tokrator voltado para a evangelização das famílias.O retiro foi realizado na casa de retiros Éremon, em Campinas, com a participa-ção de 22 casais.Por meio de palestras, experiências de oração e partilha de vida, os cônjuges puderam experimentar um pouco do imenso amor ciumento que Deus tem por cada um, sendo renovada a alegria e a esperança de muitos corações que es-tavam presentes.Momentos de fortes curas, perdão, efu-são, adoração, marcaram o evento. Neles os participantes puderam experimen-tar o quanto Deus anseia derramar seu amor sobre as famílias, levando-as a uma

verdadeira restauração, reedificando-as sobre aquele que dever ser seu único fundamento, sua pedra angular: Jesus Cristo, O Senhor.

“O Retiro para casais para nós foi ótimo, maravilhoso, foi tão bom

que fizemos pela segunda vez.Estavamos mais pacientes um com o outro e até com nossos fi-lhos. A Comunidade foi uma ben-

ção para nossas vidas!”

Miguel Neto Pereira e Francisca de Jesus Andrade Pereira, participantes do retiro.

O cume do retiro aconteceu no encerra-mento, com a Santa Missa. Era Domin-go de Ramos, e isso ficou muito marca-do, pois todos sentiram que da mesma

forma com que esta missa celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, ela marcou a entrada triunfal na vida de cada família que esteve presente.

Que Deus Pai continue abençoando a todos que estiveram no retiro e também suas famílias.E que o Espírito Santo derrame os seus dons para que todos perseverem nes-ta vocação linda vocação matrimonial à qual foram chamados, de serem no mundo profetas do amor fiel e indissolú-vel que Deus tem por sua Igreja. Amém.

Ricardo Alexandre Bidóia Consagrado e

Supervisor do Projeto Familia.Comunidade Católica Pantokrator

4º Retiro para Casais: “Família torna-te o que és”

No dia 15 de abril tomou posse o novo arcebispo de Campinas, Dom Airton José dos Santos, em uma ceri-mômia que reuniu milhares de fiéis de sua antiga e de sua nova arquidiocese.

O novo arcebispo de Campinas nas-ceu na cidade de Bom Repouso, no Sul de Minas Gerais, no dia 25 de junho de 1956. Aos 23 anos, ingressou no Semi-nário da Diocese de Santo André. A 8 de dezembro de 1985 foi ordenado sacerdote e a 19 de dezembro de 2001 foi eleito, pelo então Santo Padre, o Papa João Paulo II, para servir ao povo de Deus como bispo auxiliar de San-

to André-SP. Mais tarde, em 2004 foi designado pelo papa para ocupar a cá-tedra de Mogi das Cruzes-SP, diocese na qual permaneceu até sua eleição para Campinas. Que nosso bom Deus auxi-lie Dom Airton José nessa nova e ár-dua missão de apascentar as ovelhas do rebanho de Cristo. Damos nossas boas vindas a nosso pastor e a isso juntamos nossas orações para que Maria, a Mãe Imaculada, padroeira de nossa arqui-diocese o abençoe e o conduza em seu apostolado para que seja um arcebispo segundo o Coração de Cristo.

Novo Arcebispo de Campinas

Dom Airton José dos Santos