Informativo Pantokrator - Dezembro 2013

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PANTOKRATOR Informativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano II - Dezembro/2013 - nº 23 Caro leitor, “Era uma vez...”. Assim começam nossas histórias extraordinárias, os mitos que querem trazer novos ensinamentos e alegrar o coração, mas que são indefinidos no tempo e na história, portanto, são ir- reais. “Não temais! Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: nasceu-vos hoje um salvador” (Lc 2,10). Assim é narrado o acontecimento do menino Deus entre os homens. Um fato tão preciso quanto o esforço dos evangelistas em vinculá-lo com outros fatos conhecidos, como o recenseamento do Imperador César Augusto em Lc 2, 1; ou mesmo Mateus precisando as coisas ao dizer: “Tendo pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do Rei Hero- des...” (Mt 2,1). O nascimento do menino Deus é mais extraordinário que os mitos, mas ao mes- mo tempo, é definido e real. Que mara- vilha! Enquanto sonhávamos com algo portentoso, e contávamos história aos nossos filhos, Deus fez acontecer a histó- ria de salvação de toda a humanidade. O mito tenta se renovar cada vez que é contado. O narrador se esforça para que os ouvintes revivam a história. Nisso também o fato Natal supera o mito. Ao mesmo tempo que o acontecimento do Natal se deu num momento determinado da história, ele é perene porque é também um mistério. O que é um mistério? O mis- tério é aquilo que está em Deus e nos é revelado. Assim como Deus, que não pas- sa e é eterno, o mistério é sempre novo e atual. O nascimento de Jesus é real e atual, e fazemos essa experiência a cada vez que Ele entra na nossa vida, em nosso cora- ção, ou nos acontecimentos do dia a dia. O que pensar no dia do Natal? Mais um Natal. Não! Ao mesmo tempo em que é o Natal de sempre é um novo Natal. Em Meninos e meninas aprendem de modo diferente p. 2 - Lidando com as diferenças na educação Calendário Litúrgico p. 3 - Entenda como funciona o calendário litúrgico da Igreja Católica Missionários no RS p. 4 - Nova casa de missão da Comunidade Pantokrator em Passo Fundo - RS o Deus, ao mesmo tempo que as coisas são perenes elas são sempre novas. Por isso eu posso dizer: “esse é o Natal de minha vida, hoje nasceu o meu Salvador” Feliz Natal! André Luís Botelho de Andrade Fundador da Comunidade Católica Pantokrator NATAL É COMO UM MITO?

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PANTOKRATORInformativo da Comunidade Católica Pantokrator Ano II - Dezembro/2013 - nº 23

Caro leitor,

“Era uma vez...”. Assim começam nossas histórias extraordinárias, os mitos que querem trazer novos ensinamentos e alegrar o coração, mas que são indefinidos no tempo e na história, portanto, são ir-reais.

“Não temais! Eis que vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo: nasceu-vos hoje um salvador” (Lc 2,10). Assim é narrado o acontecimento do menino Deus entre os homens. Um fato tão preciso quanto o esforço dos evangelistas em vinculá-lo com outros fatos conhecidos, como o recenseamento do Imperador César Augusto em Lc 2, 1; ou mesmo Mateus precisando as coisas ao dizer: “Tendo pois, Jesus nascido em Belém de Judá, no tempo do Rei Hero-des...” (Mt 2,1).

O nascimento do menino Deus é mais extraordinário que os mitos, mas ao mes-mo tempo, é definido e real. Que mara-vilha! Enquanto sonhávamos com algo portentoso, e contávamos história aos nossos filhos, Deus fez acontecer a histó-ria de salvação de toda a humanidade.

O mito tenta se renovar cada vez que é contado. O narrador se esforça para que os ouvintes revivam a história. Nisso também o fato Natal supera o mito. Ao mesmo tempo que o acontecimento do Natal se deu num momento determinado da história, ele é perene porque é também um mistério. O que é um mistério? O mis-

tério é aquilo que está em Deus e nos é revelado. Assim como Deus, que não pas-sa e é eterno, o mistério é sempre novo e atual. O nascimento de Jesus é real e atual, e fazemos essa experiência a cada vez que Ele entra na nossa vida, em nosso cora-ção, ou nos acontecimentos do dia a dia.

O que pensar no dia do Natal? Mais um Natal. Não! Ao mesmo tempo em que é o Natal de sempre é um novo Natal. Em

Meninos e meninas aprendem de modo diferente p. 2- Lidando com as diferenças na educação

Calendário Litúrgico p. 3- Entenda como funciona o calendário litúrgico da Igreja Católica

Missionários no RS p. 4- Nova casa de missão da Comunidade Pantokrator em Passo Fundo - RS

o

Deus, ao mesmo tempo que as coisas são perenes elas são sempre novas. Por isso eu posso dizer: “esse é o Natal de minha vida, hoje nasceu o meu Salvador”

Feliz Natal!

André Luís Botelho de AndradeFundador da Comunidade Católica Pantokrator

NATAL É COMO UM MITO?

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Todo ser humano nasce com inteli-gência, no entanto, cada pessoa se desen-volve de maneira diferente, dependendo da genética, da sexualidade e a influên-cia do meio em que se vive, isto torna as pessoas diferentes umas das outras, com graus variados de cada inteligência e com maneiras diferentes de as combinar e organizar. Neste sentido, meninos e meninas precisam estímulos desde a in-fância para que possam ser moldados in-telectualmente assim se desenvolverem. É muito importante que os pais conhe-çam os seus filhos e saibam identificar os estilos de aprendizagem de cada um e assim usá-los com estratégia, afim de que possam aprender melhor.

As meninas têm mais facilidade com a linguagem, a memória de longo pra-zo, processamento analítico, enquanto o homem tem o raciocínio espacial e tri-dimensional, tem mais facilidade com o que é visual, capacidade musical, proces-samento sintético. A mulher tem a área motora da fala mais desenvolvida do que os homens, o que gera melhores habilida-des de articulação verbal, processos gra-maticais e produção de palavras. Assim, a maioria das meninas se dão bem com instruções verbais, por isso é preciso que os pais tenham cuidado para não cair no mais fácil, é necessário estimulá-las com informações visuais também, mostrando lhes mapas, organogramas etc.

Na educação dos meninos, a escola é um ambiente predominantemente femini-no, principalmente nos anos iniciais, e logo passa a ser um ambiente não tão favorável para eles, pois ao tentar descobrir o que é ser homem, podem buscar ser o oposto das meninas, ou da professora e se não ti-verem modelos masculinos pensarão que ser homem é ser o oposto das mulheres e terão dificuldades para descobrirem suas características, aceitá-las e desenvolvê-las. Se na maioria das vezes a menina tende a ser mais quieta na sala de aula, logo o me-nino que acredita que é necessário ser o oposto vai buscar fazer bagunça, pois ele é homem e não mulher, aí entra a impor-

tante figura do pai presente, para que os meninos tenham uma referência.

Para os meninos também existe as situações de desvantagem nas premia-ções de atividades esportivas e acadê-micas. As meninas acabam por ganhar os prêmios acadêmicos, enquanto os meninos ficam com os prêmios esporti-vos, essa situação os fazem concluir que estudar é para as meninas e uma vez que são “opostos” a elas não precisam es-tudar. Diante disso é necessário que os pais e professores desenvolvam estilos de aprendizagem estratégica para seus filhos e filhas, trabalhando com eles aquilo que é competência própria da sua

sexualidade, mas também ajudando-os a desenvolverem habilidades que exigem deles um pouco mais de esforços.

Portanto, o trabalho conjunto do pai e da mãe na educação de seu filho é pri-mordial para que ele aprenda, se desen-volva em sua inteligência e se torne um adulto maduro capaz de agir a partir das competências e habilidades desenvolvi-das em seus anos escolares.

Texto extraído da formação: Meninos e me-ninas aprendem de modo diferente, realizada pelo “Projeto Família” na Comunidade Católica Pan-tokrator no dia 29/10 pela pedagoga, especialista em neuroeducação Simone Schmidt Neves.

EXPEDIENTE O Pantokrator é uma publicação mensal dirigida aos sócios, membros, engajados e amigos da Comunidade Católica PantokratorDireção Geral: Edgard Gonçalves | Grupo de Comunicação: Eliana Alcântara, Jildevânio Souza, Juliana Campos, Vanessa Cícera, Vanessa Ozelin, Vanusa Silva e Renata Andrade | Jornalista Responsável: Renata Andrade MTB 56 525 | Planejamento, Criação, Edição e Revisão: Comuni-dade Católica Pantokrator - www.pantokrator.org.br

Meninos e meninas aprendem de modo diferente

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que manifestam para nós que a realiza-ção desse chamado é possível a todos homens de qualquer tempo ou lugar.

Conscientes e inseridos nessa rea-lidade da Santa Mãe Igreja esperamos consagrar a Deus os nossos dias medi-tando nos mistérios revelados, na pre-gação e na vida dos santos e possamos assim “edificar, até o fim da história, o templo onde se adora EL SHADDAI! (cf: RVESP nº02)

Bruno Chimenes Discípulo da Comunidade Católica Pantokrator

Tempos Litúrgicos:Cristo, Senhor do Tempo

A Sagrada Liturgia é, conforme a Sacrosacntum Concilium no seu artigo 10º, “a fonte e o cume” de toda a ação da Igreja. Tudo aquilo que a Igreja vive e celebra, toda a sua ação apostólica e evangelizadora encontram o seu sus-tento e o seu coroamento na Liturgia, que por meio da celebração dos sacra-mentos, de maneira especial a Eucaris-tia, consagra toda a vida do fiel ao Pai por meio de Cristo.

Nós sabemos que a liturgia tal como a temos hoje foi desenvolvida ao longo dos séculos de vida da Igreja, aprofun-dando-se na Palavra de Deus, assimilan-do culturas e buscando sinais temporais que pudessem manifestar o Eterno ao homem. A sabedoria da Igreja “assisti-da pelo Espírito”(cf Mt-16), usou en-tão ao longo dos séculos de vários des-ses sinais para manifestar o senhorio de Cristo sobre todas as realidades huma-nas e talvez o sinal mais contundente do reinado perene de Cristo sobre os homens seja o calendário litúrgico ou o que estamos acostumados a chamar de “tempos litúrgicos”.

Os tempos litúrgicos conduzem a Liturgia da Igreja na contemplação dos mistérios de nossa salvação, nos fazem contemplar todas as faces do misté-rio de Cristo. Dividido em 05 tempos (Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e Tempo Comum) o calendário litúrgico é uma pedagogia da Santa Igreja para que percebamos que o próprio Cristo passou por todos os aspectos da vida do homem e esteve também ele, sujeito ao tempo. Com duas grandes solenida-des – Natal e Páscoa –, que são pre-cedidas pelas respectivas preparações

– Advento e Quaresma – e prolongadas pelos respectivos tempos – Tempo do Natal e Tempo da Páscoa – celebramos os dois grandes mistérios da nossa sal-vação – Encarnação do Verbo, Paixão Morte e Ressurreição – com o tempo comum celebramos o cotidiano da vida de Jesus sendo assim chamados a vi-ver como ele ofertando todo o nosso tempo ao Pai e manifestando nas coisas mais simples o chamado à santidade, feito a nós pelo próprio Deus. Inseri-dos entre esses tempos estão as cele-brações dos santos e da Ssma. Virgem

Fique atento à programação de fim de ano da Comunidade PantokratorA Comunidade Católica Pantokra-

tor convida a todos para participarem da Missa de Natal, no dia 24 de dezem-bro, às 19h, em sua sede, à rua Culto à Ciência, 238, Botafogo, Campinas -SP.

Do dia 26 de dezembro ao dia 08 de janeiro de 2014, as atividades da co-munidade estarão em recesso. Os Gru-pos de Oração voltam a partir do dia 09 de janeiro.

A comunidade deseja a todos os leitores um santo Natal e um 2014 cheio de paz e muitas realizações.

O nosso muito obrigado por mais um ano juntos. Deus os abençoe!

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A Comunidade Católica Pantokra-tor, diante do apelo da Igreja e o mo-ver do Espírito Santo, abre mais uma casa de missão no Brasil. Desta vez a Comunidade Pantokrator estará na Ar-quidiocese de Passo Fundo, no estado do Rio Grande do Sul. O convite foi feito pelo arcebispo de Passo Fundo Dom Antonio Carlos Altieri, ao funda-dor da Comunidade Católica Pantokra-tor, André Luis Botelho de Andrade.

A Comunidade Pantokrator admi-nistrará a Casa de Retiro da Arquidio-cese de Passo Fundo, tendo como um dos objetivos ser uma presença e tes-temunho de vida evangélica em meio aos grupos que frequentam a casa. Também exercerá atividades missioná-rias na Arquidiocese, como grupos de oração, pregações, cursos, retiros etc.

Luiz Oliveira Júnior, que irá co-ordenar os trabalhos da Comunidade Pantokrator na Missão de Passo Fun-do, diz que “todos nós missionários enviados para esta missão estamos muito entusiasmados e não vemos a hora de iniciarmos nossas atividades

na administração da Casa de Retiros e na atuação pastoral na Arquidiocese”.

Os missionários se estabelece-rão em Passo Fundo em meados de dezembro próximo e iniciarão

suas atividades no início de 2014.

Jildevânio SouzaDiscípulo da Comunidade Católica Pantokrator

São Nicolau é também conhecido por Nicolau de Mira e de Bari. É venera-do, amado e muito querido por todos os cristãos do Ocidente e principalmente do Oriente.

Nasceu no ano 275 na cidade de Pá-tara, na Ásia Menor, na metade do século III, filho de pais nobres e desde a infância demonstrou uma profunda religiosidade.

Após a morte de seus pais, Nicolau herdou uma grande fortuna que come-çou a distribuir entre os pobres. Ele se empenhou a ajudar secretamente, para que ninguém pudesse agradecer-lhe.

Tornou-se sacerdote da diocese de Mira. Após a sua ordenação São Nico-lau resolveu: “Até agora pude viver para mim mesmo e para a salvação de mi-nha própria alma, mas daqui em diante, todo o tempo da minha vida deve ser dedicado aos outros.” E esquecendo-se de si mesmo, abriu a porta da sua casa a todos, tornando-se um verdadeiro pai dos órfãos e dos pobres, defensor dos oprimidos e benfeitor de todos. Conforme o testemunho de seus con-temporâneos, ele era humilde, pacífico,

vestia-se com simplicidade, alimentava--se com o estritamente necessário.

Conta a tradição que certa vez, Ni-colau sabendo que três pobres moças não tinham os dotes para o casamento e por isso o próprio pai, na loucura, acon-selhou-lhes a prostituição, mas Nicolau jogou pela janela da casa das moças três bolsas com o dinheiro suficiente para os dotes das jovens ajudando-as a se casar.

Morreu no dia 6 de dezembro de 326, em Mira. Imediatamente, o local da sepultura se tornou lugar de intensa peregrinação.

A sua figura bondosa e caridosa, mantém-se viva e perpetuada através dos comerciantes que se vestem de Papai Noel nos países latinos, de Niko-laus na Alemanha e de Santa Claus nos países anglo-saxões. Mesmo sob falsas vestes, São Nicolau nos exemplifica e recorda o seu grande amor às crianças e aos pobres e a alegria em poder servi--los em nome de Deus.

Juliana CamposDiscípula da Comunidade Católica Pantokrator

Nova Casa de Missão da Comunidade em Passo Fundo - RS

São Nicolau - Rogai por nós