Informe CPRM Edição 1

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Serviço Geológico do Brasil apresenta mais de 160 trabalhos no 46º Congresso Brasileiro de Geologia Cerca de 200 pesquisadores do Serviço Geoló- gico do Brasil (CPRM) apresentarão 167 pesquisas em 12 áreas temáticas: mapeamento geológico- -geotécnico em municípios críticos com relação a riscos geológicos; implementação da recuperação ambiental da bacia carbonífera de Santa Catarina; produção laboratorial de análises minerais; infor- mações de alerta de cheias e inundações; levanta- mentos geoquímicos; avaliação dos recursos não vivos da zona econômica exclusiva; levantamento da geodiversidade; levantamentos aerogeofísicos; gestão da informação geológica; avaliação dos re- cursos minerais do Brasil; levantamentos hidroge- ológicos; e levantamentos geológicos. Os pesquisadores são do Rio de Janeiro, Te- resina, Porto Velho, Belém, Belo Horizonte, São Paulo, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza. O diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto e os diretores Roberto Ventura, Antonio Bacelar, Tha- les Sampaio e Eduardo Santa Helena participam do evento, que acontece junto ao 1º Congresso de Geo- logia dos Países de Língua Portuguesa. “Considero o maior evento da área na América Latina. É um espaço importante de discussão e consolidação do conhecimento geocientifico do Brasil. Vamos trocar experiências e divulgar nos- sas atividades”, ressalta Barretto.“Em qualquer lugar desse país tem uma informação geológica gerada pela nossa equipe.” A CPRM terá no evento o estande Presença e Participação Governamental, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transforma- ção Mineral (MME) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “A dimensão que o Congresso alcançou só foi possível graças a grande colaboração da CPRM, vários projetos, estande e apoio na or- ganização,” agradece o presidente do Congres- so, Fábio Machado. O Congresso vai reunir representantes de 21 países, mais de 4 mil pessoas, entre elas, pesqui- sadores, professores, estudantes, gestores pú- blicos, empresários do setor mineral, petrolífero, de recursos hídricos. Mais de 2 mil trabalhos fo- ram inscritos. Prevenção de desastres naturais é prioridade CPRM informe INFORMATIVO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL NO 46º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA 30 DE SETEMBRO A 5 DE OUTUBRO DE 2012 - EDIÇÃO Nº 1 Entrevista com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão Novos levantamentos aerogeofísicos facilitam interpretação de dados

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Informativo especial da CPRM sobre o 46º Congresso Brasileiro de Geologia.

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Serviço Geológico do Brasil apresenta mais de 160 trabalhos no 46º Congresso Brasileiro de Geologia Cerca de 200 pesquisadores do Serviço Geoló-gico do Brasil (CPRM) apresentarão 167 pesquisas em 12 áreas temáticas: mapeamento geológico--geotécnico em municípios críticos com relação a riscos geológicos; implementação da recuperação ambiental da bacia carbonífera de Santa Catarina; produção laboratorial de análises minerais; infor-mações de alerta de cheias e inundações; levanta-mentos geoquímicos; avaliação dos recursos não vivos da zona econômica exclusiva; levantamento da geodiversidade; levantamentos aerogeofísicos; gestão da informação geológica; avaliação dos re-cursos minerais do Brasil; levantamentos hidroge-ológicos; e levantamentos geológicos. Os pesquisadores são do Rio de Janeiro, Te-resina, Porto Velho, Belém, Belo Horizonte, São Paulo, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza. O diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto e os diretores Roberto Ventura, Antonio Bacelar, Tha-les Sampaio e Eduardo Santa Helena participam do evento, que acontece junto ao 1º Congresso de Geo-logia dos Países de Língua Portuguesa.

“Considero o maior evento da área na América Latina. É um espaço importante de discussão e consolidação do conhecimento geocientifico do Brasil. Vamos trocar experiências e divulgar nos-sas atividades”, ressalta Barretto.“Em qualquer lugar desse país tem uma informação geológica gerada pela nossa equipe.” A CPRM terá no evento o estande Presença e Participação Governamental, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transforma-ção Mineral (MME) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). “A dimensão que o Congresso alcançou só foi possível graças a grande colaboração da CPRM, vários projetos, estande e apoio na or-ganização,” agradece o presidente do Congres-so, Fábio Machado. O Congresso vai reunir representantes de 21 países, mais de 4 mil pessoas, entre elas, pesqui-sadores, professores, estudantes, gestores pú-blicos, empresários do setor mineral, petrolífero, de recursos hídricos. Mais de 2 mil trabalhos fo-ram inscritos.

Prevenção de desastres naturais é prioridade

CPRMinformeINFORMATIVO DO SERVIÇO GEOLÓGICO DO BRASIL NO 46º CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA

30 DE SETEMBRO A 5 DE OUTUBRO DE 2012 - EDIÇÃO Nº 1

Entrevista com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão

Novos levantamentos aerogeofísicos facilitam interpretação de dados

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Governo amplia investimentos em geologiaA crise internacional fez retrair o

fluxo de recursos privados para

pesquisa mineral. Apesar desse

cenário o governo brasileiro está

fazendo investimentos significati-

vos em geologia para alavancar

o conhecimento dos recursos mi-

nerais e a geração de jazidas no

País. Desde 2003 até o fim o ano

serão investidos ano R$ 171,2 mi-

lhões na geração de informações

geologicas. Para levantamento

geofisico foram aplicados 277,8

milhões entre 2004 e 2011. “Nun-

ca investimos tanto como nos

últimos anos. Esses estudos pre-

liminareas minimizam o risco para

empresas”, afirma Maonel Barret-

to, diretor-presidente da CPRM.

Edison Lobão parabeniza CPRM pelos 43 anos “Minhas congratulações aos

dirigentes e todos os funcionários

do Serviço Geológico do Brasil

por mais um ano de realizações

de atividades de extrema rele-

vância voltadas às Geociências e

ao Setor Mineral Brasileiro, cujos

produtos visam ao benefício de

toda a sociedade. Reconheço a

responsabilidade e a competência

de todos no cumprimento de tão

importante missão para o desen-

volvimento sustentável do Brasil.”

Prevenção de desastres naturais é prioridade

À pedido da presidenta Dilma Rousseff, o Serviço Geo-lógico do Brasil (CPRM) está inserido nas ações do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Na-turais, juntamente com outros ministérios e órgãos. “Com muito orgulho, criamos algumas forças integradas. O gover-no federal tem geólogos e especialistas da CPRM capazes de ajudar na prevenção, porque detectam aque les terrenos com maior risco de deslizamento”, afirma a presidenta. Já foram mapeadas áreas de risco em 215 municípios e até o final do ano serão 286. Mais de 820 municípios considerados críticos receberão a visita de pesquisado-res até 2014. O levantamento aponta 4.652 setores de risco, 244.471 mil moradias atingidas, 1.022.836 mil pes-soas morando sob riscos de deslizamentos e enchentes. “Nossa participação representa um marco na trajetória da empresa e reafirma nossa contribuição no proces-so de desenvolvimento do país”, disse o diretor Thales Sampaio. Para delimitar e classificar áreas de risco, o estudo avalia características geológicas do terreno, declivida-de, tipos de solo, formas de uso e ocupação, existência e gravidade de indícios de movimentos do solo. Para cada setor é elaborado mapa de setorização de riscos, com fotos do local, coordenadas UTM do ponto de referência, tipologia e descrição dos processos geológicos. “Os profissionais da CPRM têm papel de extrema im-portância na prevenção a desastres. Em parceria com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, trabalham com afinco para salvar vidas. Parabéns para todos que executam esta tarefa com dedicação e entusiasmo”, elogia o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra.

notaS

Mais de 820 municípios considerados de alto e muito alto

risco receberão a visita de pesquisadores da CPRM até 2014

Diretor-presidente da CPRM, Manoel Barretto e ministro Lobão

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novos levantamentos aerogeofísicos facilitam interpretação de dados A CPRM está executando um intenso progra-ma de levantamentos aerogeofísicos de alta re-solução - com os métodos de magnetometria e gamaespectrometria - em diversas áreas do ter-ritório brasileiro. O estudo vai gerar informações atualizadas para auxiliar o mapeamento geoló-gico e a prospecção mineral. Este ano estão sen-do investidos R$ 31 milhões em 6 novos projetos aerogeofísicos, em áreas localizadas em Mato Grosso e Rondônia, incluindo um levantamento aerogravimétrico no Pará. Ao todo, os projetos irão abranger 315.000 km2 em área de com po-tencial mineral. O diretor-presidente Manoel Barretto destaca que a empresa está investindo pesado para ala-vancar o conhecimento. “Desde 2004 já execu-tamos 73 projetos aerogeofísicos. Estamos voan-do o que nunca foi voando antes. Em dois anos a CPRM irá concluir o mapeamento aerogeofísico de todo embasamento cristalino.” De acordo com Maria Laura Vereza de Azevedo, chefe da Divisão de Geofísica da CPRM, a utilização de informações aerogeofísicas contribui para o re-finamento dos dados geológicos, hidrogeológicos, de prospecção mineral e geoambientais. “O traba-lho vaia definir ambientes geológicos favoráveis à busca de recursos minerais”. Sensoriamento remoto - Em outra frente à empresa também está investindo em aerolevan-tamentos e processamento de dados hiperepec-

trais de em alta resolução espacial. O estudo vai atender a necessidade de investigações geo-logias em áreas que correspondem a 3 mil km2 localizadas nos estados da Bahia, Minas Gerais, Ceará e Rio Grande do Norte. “Os sobrevoos irão utilizar modernos métodos de processamento de imagens visando à correção geométrica e compensação atmosférica dos dados de forma a possibilitar eficiente interpretação geológica”, explica Monica Perrotta, chefe da Divisão de Sensoriamento Remoto.

Mapeamentos geoquímicos em áreas com potencial mineral Os estudos estão sendo desenvolvidos em di-versas regiões do País e envolvem minerais es-tratégicos, entre eles: lítio, terras raras e fosfato. “Estamos utilizando modernos equipamentos para reanalisar amostras coletadas e já estudadas, conservadas nas litotecas da empresa”, informa Roberto Ventura, diretor de Geologia e Recursos Minerais. “Concluímos o mapeamento geoquímico do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, onde mapeou 45mil km2 em 170 municípios, inclusive na região metropolitana de Belo Horizonte.” “Atuamos em duas vertentes da geoquímica, uma como apoio aos mapeamentos geológicos em escalas básicas - 1:100.000 e 1:250.000 - e a outra faz parte dos programas de recursos mine-rais”, explica o chefe da Divisão de Geoquímica,

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Claudio Porto. A CPRM também está pesquisando lítio, em Minas Gerais, e ouro no Amazonas. “Va-mos analisar mais de 50 elementos químicos, nas amostras de sedimentos de corrente, concentra-dos de bateia e de solo. Esses dados serão trata-dos e interpretados”. O pesquisador do Departamento de Recursos Minerais, João Larizzatti, destaca a importância das litotecas mantidas pela CPRM. “São uma me-mória, um retrato químico, possuem amostras que foram coletadas em diversos projetos. As amos-tras revelam a concentração natural dos elementos químicos no tempo da coleta”, diz. Os mapas geo-químicos fornecem informações relevantes para a indústria mineral focar investimentos, aumentando assim, as chances de se descobrir novas jazidas.

mapa dos levantamentos aerogeofísicos

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ExPEdiEntE

Assessoria de Comunicação CPRM - Textos e fotos: Laura Fernandes, Warley Pereira, Ricardo Jonusan, Carla Machado, Irinéa Barbosa, Pricilla Basílio, Jéssica Gotlib, Denise Oliveira, Tawana Costa, Gabriel Oliveira e Lucas Sangi - Apoio: Ernesto von Sperling - Colaboração: Pricila Morais - Coordenação: Laura Fernandes (4583/55/DF) - Projeto Gráfico/Diagramação: Raimundo Aragão - Gráfica: Demar Gráfica - Tiragem: 1 mil exemplares - Contatos: (61) 3321-2949 (21) 2546-0215 - [email protected] - Acesse o blog e facebook: www.cprmblog.blogspot.com

Ministério deMinas e Energia

Secretaria deGeologia, Mineração etransformação Mineral

O que o senhor espera do 46º Congresso Brasilei-ro de Geologia? Ao reunir pesquisadores, professores, estudan-tes, gestores públicos, lideranças políticas e em-presas nacionais e internacionais para discutir a gestão dos recursos naturais para gerar recursos sociais, como se propõe, o 46º Congresso Brasilei-ro de Geologia é um evento de grande importância. Ele ocorre num momento em que o Brasil redefine os meios de exploração e aproveitamento de suas riquezas minerais e do petróleo do pré-sal.

Qual avaliação que o senhor faz do trabalho reali-zado pela CPRM? A CPRM realiza um trabalho satisfatório, atin-gindo níveis recordes de investimento na pro-dução de informação e ampliando sua atuação quanto aos os levantamentos geológicos básicos, aerogeofísicos, os estudos de geologia marinha e o mapeamento de áreas de risco. Foi por reconhe-cer essas ações como atividades de infraestrutura que o governo federal as incluiu no Plano de Ace-leração do Crescimento – PAC.

Fale sobre os avanços no setor mineral. Na última década os investimentos em minera-

ção atingiram níveis recordes que proporcionaram o aumento da produção, com consequente aumen-to da exportação e do saldo da balança comercial brasileira, com destaque para o minério de ferro. No âmbito das atividades desenvolvidas pelo Governo Federal, destacam-se os investimentos realizados em levantamento geológico básico e aerogeofísico e em mapeamento de áreas de risco. Em 2011 foi lançado o Plano Nacional de Mineração 2030 – PNM 2030, o qual apresenta as principais diretrizes e objetivos estratégicos para a minera-ção brasileira nos próximos 20 anos. Por fim, destaco também a reformulação que está sendo proposta para o setor com o Novo Mar-co Regulatório da Mineração, composto por três propostas de projetos de lei, que compreendem a criação de uma agência reguladora, a criação de um Conselho Nacional de Politica Mineral e a re-forma da legislação mineral do país, incluindo as Participações Governamentais pela exploração dos recursos minerais.

O que o senhor espera do Plano Nacional de Ges-tão de Riscos e Reposta a Desastres Naturais? Lançado em agosto de 2012 pela Presidenta Dilma Rousseff, com recursos de R$ 18,8 bilhões até 2014, esse plano visa proteger vidas, garantir a segurança das populações que vivem em áreas suscetíveis a ocorrência de desastres naturais, mi-nimizar os danos decorrentes desses desastres e preservar o meio ambiente. As ações do plano es-tão divididas em quatro eixos temáticos e dentre esses a CPRM tem papel fundamental no Mapea-mento e Monitoramento das áreas de risco. Esperamos que as atividades desenvolvidas pela CPRM possam contribuir com os demais órgãos na identificação e monitoramento de áreas de risco com a mitigação dos impactos de possíveis desastres, preservando vidas e sanando problemas advindos com os desabrigados decorrentes desses eventos.

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Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão fala sobre o trabalho da CPRM e avanços no setor mineral