INFORME TÉCNICO PARA SERVIÇOS DE SAÚDE · O portador não tratado pode abrigar o meningococo por...

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1 www.prefeitura.sp.gov.br/covisa Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal da Saúde Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA INFORME TÉCNICO PARA SERVIÇOS DE SAÚDE Semana Missionária - 2013 1. Definição Geral Infecção aguda causada pela Neisseria meningitidis (Nm) que se apresenta mais comu- mente sob as formas clínicas: meningococcemia, meningite meningocócica e meningite meningocócica com meningococcemia. 2. Aspectos Epidemiológicos AGENTE ETIOLÓGICO: Nm (meningococo): Diplococo Gram negativo (DGN), classificado em sorogrupos, de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os sorogrupos que mais frequentemente causam doença são: A, B, C, W135 e Y. FONTE DE INFECÇÃO: O Homem, doente ou portador, é o único reservatório do menin- gococo. O estado de portador é a forma mais comum da infecção meningocócica, sendo fundamental na disseminação da doença. MODO DE TRANSMISSÃO: Por meio de gotículas de secreção nasofaríngeas de doen- tes ou portadores. DOENÇA MENINGOCÓCICA (DM)

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Prefeitura do Município de São Paulo

Secretaria Municipal da Saúde

Coordenação de Vigilância em Saúde - COVISA

INFORME TÉCNICO PARA SERVIÇOS DE SAÚDE Semana Missionária - 2013

1. Defi nição Geral

Infecção aguda causada pela Neisseria meningitidis (Nm) que se apresenta mais comu-mente sob as formas clínicas: meningococcemia, meningite meningocócica e meningite meningocócica com meningococcemia.

2. Aspectos Epidemiológicos

AGENTE ETIOLÓGICO: Nm (meningococo): Diplococo Gram negativo (DGN), classifi cado em sorogrupos, de acordo com o antígeno polissacarídeo da cápsula. Os sorogrupos que mais frequentemente causam doença são: A, B, C, W135 e Y.

FONTE DE INFECÇÃO: O Homem, doente ou portador, é o único reservatório do menin-gococo. O estado de portador é a forma mais comum da infecção meningocócica, sendo fundamental na disseminação da doença.

MODO DE TRANSMISSÃO: Por meio de gotículas de secreção nasofaríngeas de doen-tes ou portadores.

DOENÇA MENINGOCÓCICA (DM)

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PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 2 a 10 dias

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Durante todo o período em que a Nm permanece nas secreções nasofaríngeas do doente ou portador ou até 24 horas após a instituição de antibio-ticoterapia adequada. O portador não tratado pode abrigar o meningococo por tempo variá-vel, em média 3 meses (até no máximo 10 meses).

SUSCETIBILIDADE: A susceptibilidade é geral, sendo as crianças menores de 5 anos as mais suscetíveis. Os portadores são considerados imunes ao respectivo sorogrupo de meningococo.

3. Definição De Caso

SUSPEITO:Meningococcemia: pacientes com quadro toxinfeccioso grave, com petéquias e/ou sufusões hemorrágicas, sem sinais e sintomas de meningite e sem alterações liquóricas.

Meningite meningocócica: paciente com sinais e sintomas de meningite, sem petéquias ou sufusões hemorrágicas.

Meningite meningocócica com meningococcemia: pacientes com quadro toxiinfeccioso agudo com sinais e sintomas de meningite acompanhados de petéquias e/ou sufusões hemorrágicas.

CONFIRMADO:Meningococcemia e meningite meningocócica com meningococcemia podem ser confirmadas pelos critérios:

Clínico: casos suspeitos em que não foram colhidos exames ou, mesmo com exames colhidos com resultados negativos ou

Laboratorial: casos suspeitos que apresentarem: Bacterioscopia de líquor ou raspado de lesão petequial: presença de DGN Látex, contraimunoeletroforese, PCR ou cultura de líquor ou sangue: positivo para Nm.

Meningite meningocócica: o agente tem que ser identificado minimamente pela presença de DGN na bacterioscopia, a não ser que se utilize o critério clínico-epidemiológico.

Clínico-epidemiológico: caso suspeito, sem confirmação laboratorial, mas que tenha tido contato íntimo, durante o PI da doença com caso confirmado laboratorialmente.Obs: o achado necroscópico de necrose da supra-renal ou Síndrome de Waterhouse-Friederi-chsen, sem evidência laboratorial de outro agente, confirma o caso de DM.

4. Investigação De Casos

LABORATORIAL: Frente a um caso suspeito, o médico responsável pelo atendimento deve proceder à punção lombar para coleta de líquor e coleta de sangue. As amostras devem ser en-caminhadas imediatamente para análise no laboratório do hospital, para realização de exames quimiocitológico, bacterioscópico do líquor , látex (quando disponível) e cultura de líquor e sangue.

Amostras clínicas (sangue e líquor) de pacientes que forem enquadrados na definição de sus-peitos de DM deverão ser encaminhadas para o Laboratório de Referência Instituto Adolfo Lutz

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(IAL) – Seção de Imunologia, para realização de PCR.

Para crianças menores de 5 anos de idade, encaminhar: líquor (0,5 mL) e soro (0,5 mL)Para crianças maiores de 5 anos de idade e adultos, encaminhar: líquor (1,0 mL) e soro (1,0 mL).

#Líquor e soro: Conservar preferencialmente a menos 20ºC. Podem ser conservados em banho de gelo por até 24 horas. Para o transporte, as amostras deverão ser acondicionadas em sacos plásticos devidamente identificados e deverão ser preferencialmente transportadas em gelo seco. Na ausência deste, o gelo reciclável poderá ser utilizado.

As placas de cultura, em que houver crescimento bacteriano, deverão ser encaminhadas para o Laboratório de Referência -IAL- Seção de Bacteriologia, para identificação de cepas. A cultura deve ser transportada sem refrigeração e o empacotamento da cepa deve seguir as normas indicadas no "Manual de Biossegurança de Laboratório" (OMS, Genebra, 1987).

EPIDEMIOLÓGICA: Investigar deslocamentos do caso nos 10 dias que antecederam o início de sintomas para identificação de contatos/novos casos.

5. Medidade De Controle

CASOS:- Internação imediata com isolamento até 24 horas após o início da antibioticoterapia adequada;

- Medidas de biossegurança relacionadas a gotículas;

- Aos doentes tratados com penicilinas, no momento da alta hospitalar, deve ser prescrita qui-mioprofilaxia (QP). Apesar das penicilinas serem efetivas no tratamento do doente, são inefica-zes na eliminação do meningococo da nasofaringe. As cefalosporinas de 3ª geração são efica-zes na erradicação do meningococo da orofaringe, portanto os casos tratados com estas drogas não necessitam receber QP.

CONTATOS:A QP está recomendada para os comunicantes próximos (íntimos) de um paciente com DM e que estiveram em contato com o caso índice até 10 dias antes da data de início dos sintomas:

- Pessoas que moram no mesmo domicílio;

- Comunicantes de instituição fechada como: internato, orfanato, presídio, acampamento, aloja-mento conjunto, albergue, quartel e outros: nestes casos considerar os contatos que comparti-lham o mesmo dormitório.

- Em pré-escola ou creche – crianças geralmente menores de 7 anos e os adultos desta institui-ção que tenham tido contato íntimo com o doente;

- Pessoas com exposição direta às secreções do doente, por meio de beijos, compartilhar esco-vas de dente, utensílios para a alimentação (copos, colheres, garfos) nos 10 dias anteriores ao aparecimento da doença no caso índice.

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O fármaco de escolha para QP é a Rifampicina, com alternativas para as pessoas que apresen-tam alguma contra-indicação ao seu uso. A posologia encontra-se no quadro abaixo:

adultos

crianças >1 mês

crianças <=1mês

adultos

adultos

crianças < 15 anos

600mg

10mg/kg/dose

5mg/kg/dose

500mg

250mg

125mg

VO

VO

VO

VO

IM

IM

12/12h

12/12h

12/12h

dose única

dose única

dose única

2 dias (4 doses)

2 dias (4 doses)

2 dias (4 doses)

Fármaco

Rifampicina

Ceftriaxone

Idade Dose ViaI ntervalo Duração

A QP com Rifampicina deve ser prescrita às gestantes, quando contatos íntimos de caso de DM.

6. NotificaçãoCASOS DE DM SÃO DE NOTIFICAÇÃO IMEDIATA À SIMPLES SUSPEITA.

O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

COQUELUCHE

1. Definição GeralDoença infecciosa aguda de transmissão respiratória, caracterizada por paroxismos de tosse. Na evolução clínica apresenta três fases: catarral, paroxística e de convalescença.

2. Aspectos EpidemiológicosAGENTE ETIOLÓGICO: Bordetella pertussis, cocobacilo Gram negativo, aeróbico, única bac-téria a expressar a toxina Pertussis.

FONTE DE INFECÇÃO: Pessoas doentes, sendo o homem o único reservatório natural.

MODO DE TRANSMISSÃO: Gotículas de secreção da orofaringe produzidas por tosse, espir-ro e fala, ou contato direto com secreções das mucosas respiratórias de pessoas infectadas.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Varia de 5 a 21 dias, com média de 5 a 10 dias.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Inicia-se na fase catarral e vai até três semanas após o início da tosse paroxística. A maior transmissibilidade ocorre na fase catarral. Após introdu-ção de antibioticoterapia adequada pode durar até cinco dias.

CONTATOS ÍNTIMOS: Considera-se contato a pessoa que teve proximidade de até um metro de distância do caso sintomático, por um período ≥ uma hora, ficando exposta às gotículas

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respiratórias (partículas maiores que 5μm) que podem ser geradas pela tosse, espirro e fala ou durante procedimentos como broncoscopia e aspiração de secreções respiratórias, duran-te o período de transmissibilidade.

SUSCETIBILIDADE: A susceptibilidade é geral. A imunidade conferida pela doença não é per-manente, apresentando declínio após 15 anos. A imunidade conferida pela vacina na infância apresenta declínio depois de cinco a 10 anos, resultando em adolescentes e adultos suscetíveis.

3.Definição De CasoCASO SUSPEITO: Todo indivíduo, independente da idade e estado vacinal, com tosse seca há 14 dias ou mais, associada a um ou mais dos seguintes sintomas: tosse paroxística (tosse súbita incontrolável, com tossidas rápidas e curtas); guincho inspiratório; vômitos pós-tosse.

CASO CONFIRMADO:

Laboratorial: Caso suspeito com isolamento de Bordetella pertussis por cultura ou Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real (PCR-TR) positiva.

Clínico-epidemiológico: Caso suspeito que teve contato no período de transmissibilidade com caso confirmado de coqueluche por laboratório.

Clínico: Caso suspeito com hemograma apresentando leucocitose e linfocitose absoluta (>10.000/ml), com resultado de cultura negativa ou não realizada, inexistência de vínculo epidemiológico e sem outra patologia confirmada.

4. Investigação Dos Casos4.a.Pesquisa laboratorial

Cultura: Pesquisa em secreção de nasofaringe, a coleta do material deve ser feita preferen-cialmente antes da introdução do antibiótico e no máximo três dias após. O kit de coleta (swab e meio de cultura) deve ser solicitado ao instituto Adolfo Lutz.

Reação em Cadeia de Polimerase (PCR): Pesquisa no mesmo material encaminhado para a cultu-ra.

4.b.Comunicantes· Identificação dos contatos do domicílio, escola e local de trabalho. · Realizar levantamento da carteira de vacinação.· Realizar identificação de sintomáticos (com tosse)· Realizar coleta de secreção de nasofaringe de contato sintomático para pesquisa por cultura e PCR· Tratar os comunicantes sintomáticos

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5. Tratamento E Medidas De Controle· Assistência ao paciente com internação dos casos graves;· Introdução de antibioticoterapia específica, sendo os macrolídeos a droga de escolha.

·Isolamento do paciente até o 5ª dia de antibioticoterapia específica (afastar o caso da cre-che/escola ou trabalho). Casos não submetidos a antibióticoterapia devem ser mantidos afastados até 21 dias após início da tosse paroxística. · Medidas de biossegurança relacionadas a gotículas.· Atualização do esquema vacinal de contatos com vacinação incompleta.· Contatos assintomáticos devem ser monitorados por um período de até 21 dias, contados a partir do último contato com o caso suspeito.· Contato sintomático deve ser investigado e tratado como caso suspeito.· Quimioprofilaxia indicada para contatos íntimos de acordo com as recomendações

6. NotificaçãoA Coqueluche é doença de notificação compulsória. Para todo caso suspeito deve-se preen-cher a ficha de notificação e investigação epidemiológica específica para o agravo.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

RUBÉOLA

1. Descrição GeralDoença infecciosa aguda, com alta contagiosidade, caracterizada por um exantema maculopapu-lar difuso, linfadenopatia generalizada (principalmente retroauricular, occipital e cervical poste-rior), artralgia, mialgia e febre baixa. Complicações são raras, e em geral tem evolução benigna, porém quando ocorre durante a gestação pode ocorrer a Síndrome da Rubéola Congênita.

2. Aspectos Epidmiológicos

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AGENTE ETIOLÓGICO: Vírus RNA, gênero Rubivirus, família Togaviridae.

FONTE DE INFECÇÃO: O homem é a única fonte de infecção.

MODO DE TRANSMISSÃO:· Direta: pessoa a pessoa: Secreção nasofaringe de pessoa infectada através de gotículas.· Indireta: raro, através de objetos contaminados com secreção nasofaríngea de paciente infectado.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Aproximadamente de 5 a 7 dias antes do início do exantema até 5 a 7 dias após.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Em geral, varia de 14 a 21 dias, durando, em média 17 dias. Varia-ção máxima observada de 12 a 23 dias.

SUSCEPTIBILIDADE: A suscetibilidade ao vírus da rubéola é geral. A imunidade ocorre com a doença ou conferida pós vacina, esta é altamente eficaz.

3. Definição De CasoSUSPEITO: Paciente com febre, exantema máculo-papular, acompanhado de linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical, independente da idade e situação vacinal.Ou todo indiví-duo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mes-mo período, com alguém que viajou ao exterior.

CONFIRMADO:

- Critério Laboratorial: Todo caso com:· Sorologia (IgM) positiva e/ou soro conversão de IgG (título > 4x) ou· Isolamento viral positivo Critério Clínico Epidemiológico· Quando o caso suspeito teve contato com um ou mais casos de rubéola, confirmados por laboratório, e que apresentou os primeiros sintomas da doença entre 12 a 23 dias após a ex-posição ao caso.

- Critério ClínicoQuando há suspeita clínica de rubéola, mas as investigações epidemiológicas e laboratoriais não foram realizadas ou foram inconclusivas.

4. InvestigaçãoCASO SUSPEITO:· Se for gestante esta deve ser acompanhada para verificar ocorrência de abortos, natimortos ou crianças nascidas malformadas ou sem qualquer anomalia. Laboratorial:· Coletar sorologia dos casos suspeitos sempre que possível, no primeiro atendimento ao paciente.

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Epidemiológica · Verificar e anotar todos os dados clínicos· Verificar situação vacinal· Identificar possíveis contatos, instituições de estudo, e/ou trabalho, e/ou eventos e/ou outros.

Verificar deslocamento do paciente nos últimos 30 dias do início da doença.

CONTATOS:Laboratorial: coletar sorologia para as gestantes que tiverem contato com o caso

Epidemiológica: verificar situação vacinal de todos os contatos

5. Medidas De Controle· Afastar da escola/ creche ou trabalho durante o período de transmissibilidade· Precauções com gotículas e secreções nasofaríngea· Realizar vacinação de bloqueio seletivo, nos contatos não gestantes, preferentemente até 72 horas do contato, segundo as normas vigentes.· Afastar gestantes suscetíveis do contato com o doente e comunicantes suscetíveis, durante o período de transmissibilidade do doente (7 dias) e de incubação do comunicante (até 23 dias).· Visita domiciliar, nas instituições (creche, trabalho, etc.) para verificar carteira de vacinação e vacinar os não vacinados (bloqueio seletivo).· IMPORTANTE: Não vacinar gestantes

6. NotificaçãoAs doenças exantemáticas são de notificação compulsória e imediata. Para todo caso suspeito deve-se preencher a ficha de notificação e investigação epidemiológica específica para o agravo.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

SARAMPO

1.Definição Geral Doença infecciosa aguda, extremamente contagiosa, que se caracteriza por febre alta, tosse produtiva, coriza, conjuntivite, fotofobia, exantema maculopapular disseminado, enantema fugaz (manchas de Koplik) e queda do estado geral. Complicações mais comuns são infecções do trato respiratório, otites, doenças diarréicas e neurológicas. Estas últimas podendo ocor-rer após 7 anos da doença.

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2.Aspectos EpidemiológicosAGENTE ETIOLÓGICO: Morbillivirus, família Paramyxoviridae.

FONTE DE INFECÇÃO: O homem é a única fonte de infecção.

MODO DE TRANSMISSÃO: Direto de pessoa a pessoa por aerossóis e por gotículas das se-creções nasofaríngeas.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: De 4 a 5 dias antes do aparecimento do exantema até 4 a 5 dias após o seu surgimento.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: De 7 a 18 dias da data da exposição até o aparecimento da febre, em média 10 dias. O intervalo médio de tempo entre a exposição e o aparecimento do exan-tema é de 14 dias.

SUSCEPTIBILIDADE: A suscetibilidade ao vírus do sarampo é geral. A gravidade do sarampo é maior em crianças desnutridas e menores de 5 anos de idade. Não há tratamento específi-co, como medida preventiva, a vacina contra o sarampo apresenta cerca de 97% de eficácia.

3. Definição De CasoSUSPEITO:· Todo paciente que apresentar febre e exantema maculopapular, e um ou mais dos seguintes sinais e sintomas:· Tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite, ou;Todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de conta-to, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.

CONFIRMADO:Critério Laboratorial:· Todo paciente que apresentar sorologia com IgM reagente para sarampo e/ou soro conver-são de IgG (título > 4x) e/ou isolamento viral positivo.

Critério Clínico epidemiológico:· Caso suspeito, com contato de um ou mais casos de sarampo confirmados pelo laboratório, e que apresentou os primeiros sintomas da doença entre 7 a 18 dias da exposição ao contato.

Critério ClínicoQuando há suspeita clínica de sarampo, mas as investigações epidemiológicas e laboratoriais não foram realizadas ou foram inconclusivas.

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4. InvestigaçãoCASO SUSPEITO:Laboratorial· Coletar sorologia dos casos suspeitos no primeiro atendimento ao paciente

Epidemiológica· Verificar e anotar todos os dados clínicos Verificar situação vacinal· Identificar possíveis contatos, instituições de estudo, e/ou trabalho, e/ou eventos e/ou outros.Verificar deslocamento do paciente nos últimos 30 dias do início da doença

CONTATO:Laboratorial· Coletar sorologia de gestantes expostas ao caso

Epidemiológica · Verificar situação vacinal de todos os contatos

5. Medidas De Controle· Afastar doente da escola/trabalho até o 5º dia do exantema;· Em casos de IgM positivo em 1.ª amostra, realizar 2.ª amostra da sorologia para confirmação e enviar amostra de urina ao IAL até 7.º (dia após o início do exantema para isolamento viral).· Medidas de prevenção respiratória/gotículas· Proteção individual para evitar circulação viral· Realizar vacinação de bloqueio, seletivo, nos contatos não gestantes, preferentemente até 72 horas do contato, de acordo com as normas vigentes.· Afastar gestantes suscetíveis do contato com o doente e comunicantes suscetíveis, durante o período de transmissibilidade do doente (5 dias) e de incubação do comunicante (até 18 dias)

OBS. Não vacinar Gestante

6. NotificaçãoO sarampo é de notificação imediata e compulsória. Para todo caso suspeito deve-se preen-cher a ficha de notificação e investigação epidemiológica específica para o agravo.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

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INFLUENZA

1.Definição Geral Infecção respiratória de origem infecciosa com comprometimento das vias aéreas superiores e/ou inferiores.

2. Aspectos EpidemiológicosAGENTE ETIOLÓGICO: Vírus Influenza da família Ortomixiviridae.

FONTE DE INFECÇÃO: Homem doente ou infectado

MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão de pessoa a pessoa por meio de secreções respirató-rias (tosse, espirros ou fala). Contato com superfícies contaminadas com vírus Influenza

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Nos adultos, o período pode variar de 1 dia antes até 3 dias após o final da febre.Nas crianças pode durar em média 10 dias,podendo se prolongar por mais tempo em pacientes imunossuprimidos.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: O período de incubação pode variar de 1 a 4 dias

CONTATOS: São considerados contatos próximos aqueles em que houve exposição durante o período de transmissão da doença e que convivem, cuidam ou tiveram contato direto e indi-reto com secreções respiratórias do caso suspeito ou confirmado.

SUSCETIBILIDADE: Geral. A imunidade é adquirida através da infecção natural ou pela vacinação.

3. Definição De CasoSUSPEITO:· Síndrome Gripal (SG): Indivíduo com quadro agudo (duração máxima de 5 dias) de febre (mesmo que referida), tosse ou dor de garganta na ausência de outros diagnósticos. Os casos individuais de SG não são de notificação compulsória. Deve-se notificar estes casos somente em surtos.

· Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): Indivíduo de qualquer idade internado com Sín-drome Gripal (conforme definição acima) e que apresente dispnéia ou saturação de O2<95% em ar ambiente ou desconforto respiratório

CONFIRMADO:Caso suspeito com confirmação laboratorial do vírus Influenza ou com vínculo epidemiológico.

SURTO DE INFLUENZA:Instituições fechadas ou hospitais de longa permanência (asilos, clínicas de repouso, creches, presídios,etc).

· Quando houver pelo menos 2 casos ou óbitos suspeitos ou confirmados com vínculo epidemio-lógico.

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Ambiente hospitalar:· 2 casos ou óbitos de síndrome gripal ou casos ou óbitos confirmados de Influenza em uma de-terminada unidade cujos sintomas aconteceram em até 72 horas após a admissão.

Comunitário:É a disseminação da infecção na comunidade. Espera-se que anualmente ocorram surtos da doen-ça em períodos determinados do ano

4. Investigação Caso Suspeito: Coletar aspirado de nasofaringe ou swab de rayon combinado de nasofaringe e orofaringe.As amostras de secreções respiratórias devem ser coletadas até o terceiro dia após o início dos sintomas. Em algumas circunstâncias o período pode ser estendido até sete dias do início dos sintomas.As amostras de secreção respiratória devem ser mantidas em temperatura adequada (4°- 8° C) e encaminhadas ao IAL no mesmo dia da coleta.

5. Medidas De ControleA vacina é recomendada para idosos (indivíduos com mais de 60 anos), para profissionais de saúde, indígenas, crianças a partir dos 6 meses de vida até 2 anos, gestantes e puérperas, população privada de liberdade e pessoas portadoras de doenças crônicas.A quimioprofilaxia com Oseltamivir está indicada para os contatos de risco dos casos suspei-tos ou confirmados de influenza. Deverá ser iniciada nas primeiras 48 horas do contato. São considerados contatos de risco:

• Pessoas com risco elevado de complicações ( grávidas, puérperas até 2 semanas após o parto, adultos ≥60 anos, crianças <2 anos, população indígena, indivíduos com pneumopa-tias, cardiopatias, nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas, distúrbios metabólicos, transtornos neurológicos e desenvolvimento, obesidade e indivíduos <19 anos em uso pro-longado de ácido acetilsalicílico) não vacinadas ou vacinadas há menos de 2 semanas;

• Crianças com condições ou fatores de risco, expostas a caso de influenza, no intervalo entre a 1ª e 2ª dose da vacina ou com menos de 2 semanas após a 2ª dose. Crianças com <9 anos, primovacinadas, necessitam de uma 2ª dose de vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas;

• Pessoas com graves deficiências imunológicas (uso de medicamentos imunossupressores; pessoas com Aids) ou outros fatores que possam interferir na resposta à vacinação da in-fluenza;

• Profissionais de laboratório, não vacinados ou vacinados a menos de 15 dias, que manipula-ram amostras clínicas de origem respiratória sem uso adequado de EPI;

• Trabalhadores de saúde, não vacinados ou vacinados a menos de 15 dias, que realizaram procedimentos invasivos geradores de aerossóis ou na manipulação de secreções, sem o uso adequado de EPI;

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• Residentes de alto risco em instituições fechadas e hospitais de longa permanência, durante surtos na instituição.

6. NotificaçãoCasos individuais de SRAG deverão ser notificados imediatamente no SINAN Influenza Web.Surtos de Síndrome gripal devem ser notificados de forma agregada no módulo de Surto do Sinan Net.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

NOVO CORONAVÍRUS

1. Definição GeralOs coronavírus humanos são conhecidos desde meados dos anos 1960 e identificados como vírus que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Em 2002 a 2003, ocorreu um surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por um novo coronavírus, cuja doença respiratória grave ficou conhecida como SARS. Nesta época foram confirmados mais de oito mil casos e cerca de 800 óbitos.Recentemente foi isolado outro novo coronavírus (nCoV), na Arábia Saudita, distinto daquele que causou a SARS no começo da década passada e ainda não conhecido, até então, como agente de SRAG humana.O primeiro caso isolado foi em abril de 2012 e o último foi 03 de maio de 2013. Atualmente há casos confirmados e óbitos, cuja ocorrência se deu na Jordânia, Arábia Saudita, Qatar e Reino Unido. Embora este nCoV seja geneticamente semelhante ao SARS-COV, com base nas informações atuais, este novo vírus parece não ser transmitido de forma sustentável entre as pessoas, ao contrário do vírus da SARS.Mediante a emergência de uma novo vírus respiratório e considerando-se as recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), os serviços de saúde devem ficar alertas aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, em pessoas que estiveram nos países citados (Ará-

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bia Saudita, Barein, Iraque, Irã, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Territórios Palestinos, Qatar, Síria, Emirados Árabes e Iêmen) ou mantiveram contato com pessoas doentes confir-mados ou suspeitos de SRAG por nCoV procedentes destas áreas.A pesquisa de Coronavirus deve ser considerada sempre que ocorrer um caso de SRAG, na qual o paciente tenha tido a exposição destacada acima.

2. Definição De Caso SUSPEITO DE SRAG por nCoV:Pessoas com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com febre >38º C, com clinica, radiologia ou histopatologia apresentando evidência de doença pulmonar parenqui-matosa, proveniente de países com transmissão ou com contato com caso confirmado, den-tro dos últimos 14 dias, antes do início dos sintomas. Países que registraram transmissão são: Arábia Saudita, Barein, Iraque, Irã, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Territórios Palesti-nos, Qatar, Síria, Emirados Árabes e Iêmen.

Definição de CASO CONFIRMADO:Caso que atende a definição de caso suspeito e que tem confirmação laboratorial para infec-ção pelo novo coronavírus.Diagnóstico Laboratorial: Todos os casos suspeitos devem ter amostra de secreção respira-tória colhida e enviada ao LACEN. O laboratório de referência nacional para vírus respiratório já tem condições de realizar o diagnóstico viral.

3. Tratamento E VacinaçãoAté o momento não existem recomendações sobre vacinas ou tratamentos específicos para doenças causadas pelo nCoV. A internação e o suporte ventilatório para os pacientes com sintomas graves é o recomendável.

4. Medidas De Controle De Infecção Embora não haja evidência de transmissão inter-humana, recomenda-se o isolamento respiratório.

5. NotificaçãoOs casos suspeitos são de notificação imediata.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

POLIOMIELITE / PARALISIA FLÁCIDA AGUDA

1. Descrição Geral Doença infecto-contagiosa viral aguda, de quadro clínico variável As manifestações clínicas da infecção pelo poliovírus são, em sua maioria, infecções inaparentes (90% a 95%). Somente em 1% a 1,6% dos casos a doença pode manifestar por um quadro de paralisia flácida aguda de início súbito.

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2. ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS AGENTE ETIOLÓGICO: Poliovírus, um enterovírus pertencente a família Picornaviridae, com três sorotipos 1,2 e 3.

FONTE DE INFECÇÃO: Homem infectado ou doente

MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão de pessoa a pessoa por via fecal–oral, por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou via oral-oral, por meio de gotículas de secreções da orofaringe.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: inicia-se antes das manifestações clínicas, podendo ser en-contrado na orofaringe por cerca de 1 semana após o início dos sintomas e por 6 semanas nas fezes.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Geralmente de 7 a12 dias, variando de 2 a 30 dias.

SUSCEPTIBILIDADE e IMUNIDADE: A suscetibilidade é geral, todas as pessoas não imuniza-das são suscetíveis de contrair a doença. A infecção natural ou vacinação confere imunidade duradoura específica, portanto o indivíduo que teve infecção para um dos tipos de poliovírus não está imunizado para os outros dois.

3. DefiniçãoSUSPEITO:Todo o caso de paresia ou paralisia flácida aguda em menor de 15 anos independente da hipótese diagnóstica. Nos maiores de 15 anos, notifica-se somente se a hipótese for de POLIOMIELITE.

CONFIRMADO:Laboratorial:· Selvagem - caso de PFA em que houve o isolamento de poliovírus selvagem na amostra de fezes ou de um de seus contatos, independente de haver ou não seqüela após 60 dias da defi-ciência motora.· Derivado vacinal: caso de PFA com isolamento de PVDV e seqüela 60 dias após a deficiência motora, ou seja, isolamento do poliovírus que apresentar entre 1 a 15% de diferença genéti-ca em relação ao vírus vacinal correspondente.

COMPATÍVEL:Caso de PFA que não teve coleta adequada de amostra de fezes e que apresentou seqüela aos 60 dias, ou evoluiu para óbito, ou que teve evolução clínica ignorada.

POLIOMIELITE ASSOCIADA À VACINA· Caso: PFA em que há isolamento de poliovírus de vírus vacinal na amostra de fezes e pre-sença de seqüela compatível com poliomielite, 60 dias após o início da deficiência motora. Há dois tipos: caso: PFA que se inicia entre 4 e 40 dias após o recebimento da vacina oral contra poliomielite e que apresenta seqüela neurológica, compatível com poliomielite 60 dias após o início do déficit motor;· Comunicante: PFA que surge após contato com crianças que tenham recebido vacinal oral

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contra poliomielite até 40 dias antes. A paralisia surge de 4 a 85 dias após a exposição ao contato vacinado e o indivíduo apresenta seqüela neurológica compatível com poliomielite 60 dias após o déficit motor

4. InvestigaçãoCASO: Epidemiológica:· Medidas de precaução entéricas em pacientes com suspeita de poliovírus selvagem· A investigação deverá ser iniciada nas primeiras 48 hs do conhecimento do caso;· História de vacinação do caso;· História de viagens nos últimos 30 dias (deslocamentos);· História de visitas no domicílio nos últimos 30 dias;Coletar pelo menos uma amostra de fezes para pesquisa de poliovírus, preferencialmente nos primeiros 14 dias do déficit motor, com período máximo de 60 dias.

CONTATOS:Não se faz coleta de material de comunicantes, exceto em situações em que a suspeita for de POLIOMIELITE SELVAGEM (re-introdução) ou POLIOMIELITE causada pelo Poliovírus Derivado do Vírus Vacinal. Sempre com sob a coordenação da SUVIS de referência da região.

5. Medidas De ControleCASOS:· Internação e isolamento entérico de todos os casos suspeitos de poliomielite selvagem;· Instituir medidas de precaução entérica para os profissionais de saúde envolvidos no atendi-mento ao paciente durante o período de transmissão da doença;

CONTATOS:· Intensificação da Vigilância para detectar outros casos;· Avaliar as coberturas de vacinação de rotina e campanhas de vacinação;

Em caso de suspeita de poliomielite selvagem, discutir com a vigilância epidemiológica, mas recomenda-se vacinar os menores de 5 anos de forma indiscriminada com vacina contra polio-mielite.

6. NotificaçãoAs paralisias flácidas agudas são de notificação imediata e compulsória.O profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência nos dias úteis e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

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INFLUENZA COM POTENCIAL PANDÊMICO 1. Definição de CasoInfecção humana por novas cepas dos vírus Influenza, com diferentes graus de distinção em relação àquelas até então circulantes, resultantes de processo de mutação, possivelmente por meio da recombinação de genes entre cepas que infectam diferentes espécies animais. Esta situação eleva o risco de produção de epidemias ou pandemias, em virtude da suscetibi-lidade das populações aos novos subtipos.

2. Aspectos Epidemiológicos

AGENTE ETIOLÓGICO: Variação antigênica dos vírus Influenza principalmente da Influenza A, ex: vírus A (H5N1, H7N9).

FONTE DE INFECÇÃO: Homem doente ou infectado

MODO DE TRANSMISSÃO: Transmissão de pessoa a pessoa por meio de secreções respira-tórias (tosse, espirros ou fala). Contato com superfícies contaminadas com vírus Influenza com potencial pandêmico. De maneira mais rara, inalação de secreções animais contamina-das pelos vírus da Influenza aviária A (H5N1)- fezes, sangue e secreções respiratórias de aves infectadas - durante a limpeza e a manutenção nos aviários ou criadouros, sem os cuidados necessários de proteção ou durante o abate ou manuseio de aves infectadas.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: sem transmissão inter-humana estabelecida até o momento.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: A Influenza aviária A (H5N1) - de 2 a 8 dias (mais longo do que o período conhecido para outros tipos de Influenza). Para o H7N9 ainda não foi determinado.

SUSCEPTIBILIDADE: É geral por se tratar de novo subtipo.

3.Vigilancia Epidemiologica do Agravo

DEFINIÇÃO DE CASO:SUSPEITO:· Indivíduo de qualquer idade com doença respiratória aguda caracterizada por febre E/OU tosse E/OU dor de garganta E/OU dispnéia (quadro clássico)· Durante uma pandemia são esperados vários casos não-clássicos, especialmente nas popula-ções de risco. · A definição de caso depende do momento epidemiológico e do protocolo vigente.

Influenza aviária A (H5N1): paciente com o quadro clínico de doença respiratória aguda e his-tória de exposição a aves selvagens ou domesticas nos últimos 10 dias. Influenza A (H7N9): paciente que tenha apresentado os primeiros sintomas até 10 dias de-pois de ter estado na China ou em outro país onde haja confirmação laboratorial da transmis-

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são do mencionado vírus Influenza A (H7N9),ou todo paciente portador de síndrome gripal ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) que teve contato recente (10 dias ou menos antes do início dos sintomas) com paciente suspeito ou confirmado de infecção por Influenza A (H7N9).

CONFIRMADO:Depende do protocolo vigente.

4. Investigação

CASO SUSPEITO:Frente a um caso suspeito o médico responsável deverá orientar a coleta de aspirado nasofa-ríngeo e/ ou swab nasalDeslocamentos do casoContatos com animais como atividade de trabalho ou de forma esporádica

CONTATOS:Observam-se clinicamente os sintomas e faz-se a orientação sobre os fatores de risco de agravamento da doença.

5. Medidas de ControleInternação e isolamento de todos os casos de SRAG;Tratamento segundo protocolo vigente para o subtipoInstituir medidas de precaução respiratória para os profissionais de saúde envolvidos no atendimento ao paciente durante o período máximo de transmissão da doença ou até cessa-rem os sintomas;As medidas de controle e prevenção dependerão do subtipo circulante e do protocolo vigen-te no momento.

6. NotificaçãoDOENÇA DE NOTIFICAÇÃO IMEDIATA (CASOS SUSPEITOS OU CONFIRMADOS)Preencher SINAN e anotar o nº na FIEO profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)

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SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS – DTA

1.Definição GeralÉ a doença que ocorre devido à ingestão de alimentos, bebidas e água, contaminados por mi-crorganismos como bactérias, vírus, parasitas e toxinas; ou por produtos químicos ou outros contaminantes. É conhecida também como infecção ou intoxicação alimentar, gastroentero-colite aguda (GECA), gastrenterite aguda ou simplesmente doença diarréica aguda (DDA).

2. Aspectos Epidemiológicos

AGENTE ETIOLÓGICO: Bactérias, vírus, parasitas, fungos, toxinas e agentes químicos.

FONTE DE INFECÇÃO: Homem ou animal doente

MODO DE TRANSMISSÃO: Através da ingestão de água e alimentos contaminados, fecal--oral, pessoa a pessoa, animal doméstico.

PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: Variável, dependendo da fonte e do agente etiológico.

PERÍODO DE INCUBAÇÃO: Variável, de algumas horas (enterotoxinas) até meses (parasitoses).

CONTATO: Toda pessoa que tem contato com o caso seja em domicílio, escola, trabalho, clu-bes, embarcações ou aeronaves, entre outros locais.

SUSCEPTIBILIDADE: Geral

3. Definição de Caso

SUSPEITO:Indivíduo que, após ingestão de alimento contaminado ou contato prévio com caso confirma-do, apresente os seguintes sintomas: diarréia líquida, náusea, vômitos, cólicas abdominais, e febre em alguns casos.

CONFIRMADO:Critério laboratorial:Identificação de enteropatógenos ou seus subprodutos (toxinas) em amostras de fezes de doentes e/ou amostras de alimentos suspeitos

4. Definição de SurtoSURTO DE DTA:· Dois ou mais casos de DTA em indivíduos expostos à fonte comum (água, alimentos), relacio-nados têmporo-espacialmente.

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CRITÉRIO DE CONFIRMAÇÃO:Laboratorial:· Identificação de enteropatógenos ou seus subprodutos (toxinas) em amostras de fezes de doentes e/ou amostras de alimentos suspeitos.

Clínico-epidemiológico:Indivíduos expostos à fonte comum (água, alimentos), apresentando sintomas compatíveis rela-cionados têmporo-espacialmente, em que a análise laboratorial foi negativa ou não realizada.

5. InvestigaçãoEpidemiológica do surto· Investigação das pessoas acometidas, sexo, idade, sintomas; doenças associadas, data de início e duração dos sintomas; alimentos suspeitos ingeridos 48 horas antes do início dos sin-tomas; hábitos, deslocamentos, contato prévio com outros doentes, se freqüenta creche ou escola ou outra instituição.

Laboratorial: para identificação etiológica do surto· Amostras clínicas (swab fecal ou amostra de fezes in natura): coprocultura, pesquisa de vírus nas fezes (rotavírus, norovírus), PPF;Orientar a guarda das sobras de alimentos suspeitos sob refrigeração. A coleta dos alimentos suspeitos será realizada por técnicos da SUVIS de referência para a realização de pesquisa laboratorial de enteropatógenos e toxinas.

6. Medidas De Controle· Tratamento específico ou sintomático conforme o diagnóstico· Orientações higiênico-sanitárias (higiene pessoal, ambiental, alimentar).

7. Notificação· DEVEM SER NOTIFICADOS APENAS OS SURTO DE DTA - CASOS INDIVIDUAIS NÃO SÃO DE NO-TIFICAÇÃO COMPULSÓRIA.OS ATENDIMENTOS POR DIARRÉIA COM OU SEM SANGUE DEVEM SER MONITORADOS ATRA-VÉS DE VIGILÂNCIA SINDRÔMICA EM UNIDADES DE SAÚDE SENTINELAS (PROGRAMA MDDA).Preencher SINAN e anotar o nº na FIEO profissional do atendimento ou o responsável pela vigilância do serviço deve preencher a FIE e enviar para:- SUVIS de referência e,- CIEVS/COVISA nos finais de semana e feriados das 7h00 às 19h00 (fone: 3397-8259)