Iniciativa Mudança do Clima: Diálogo com o...

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1 Iniciativa Iniciativa Mudan Mudan ç ç a a do do Clima Clima : : Di Di á á logo logo com o com o Brasil Brasil 17-27 de outubro de 2005

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IniciativaIniciativa MudanMudanççaa do do ClimaClima: : DiDiáálogologo com o com o BrasilBrasil

17-27 de outubro de 2005

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Introdução• O Banco Mundial concordou em consultar alguns

clientes sobre a iniciativa do G8 para mudança do clima• Mudanca do clima envolve riscos para paises em

desenvolvimento, mas tambem oportunidades…• Como reduzir a intensidade de carbono do

desenvolvimento no curto e medio prazos e quais as implicacoes financeiras

• O mercado de carbono esta se desenvolvendo masenfrenta a restricao de 2012

• Quais são as estratégias nacionais existentes, tecnologias disponíveis, instituições relevantes?

• Que tipo de trabalho analitico o Banco Mundial podecontribuir?

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DeclaraDeclaraççãoão ConjuntaConjunta dos +5 dos +5 emem Gleneagles Gleneagles sobresobre MudanMudanççaa do do ClimaClima

• Mudança do clima terá impactos profundos empaíses em desenvolvimento.

• Países industrializados deveriam liderar as reduções de emissões.

• Gleneagles Summit deveria reconhecer (comoreconhece o UNFCCC) que desenvolvimentoeconômico e social e erradicação de pobreza sãofundamentais e prioridades para países emdesenvolvimento.

•• SolicitaSolicita aosaos llííderesderes do Gdo G--8 8 queque desenvolvamdesenvolvammecanismosmecanismos inovadoresinovadores parapara transferênciatransferência de de tecnologiatecnologia e e provenhamprovenham recursosrecursos financeirosfinanceiros novosnovose e adicionaisadicionais aosaos papaíísesses emem desenvolvimentodesenvolvimento sob o sob o UNFCCC e UNFCCC e seuseu ProtocoloProtocolo de Kyotode Kyoto.

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Impactos da Mudança do ClimaMudança do clima causada pelo homem se projetaem:

Água Redução da disponibilidade e da qualidade de água emmuitas regiões áridas e semi-áridas – Maior risco de enchentes e secas emmuitas regiões; derretimento de geleiras, nível do mar mais alto

Energia Menor confiabilidade em energia hidroelétrica e produção de biomassa em algumas regiões.

Saúde Maior incidência de doenças tropicais transmitidas por insetosvetores (ex: malária e dengue) e doenças relacionadas à água (ex: cólera). Aumento de mortalidade causada pelo calor, ameaças à nutrição em países emdesenvolvimento, e número de mortes causadas por eventos de clima extremo.

Agricultura Redução da produtividade agrícola nos trópicos e sub-trópicos causados por qualquer grau de aquecimento e impactos adversos napesca.

Biodiversidade Efeitos adversos em sistemas ecológicos, em particular emrecifes de corais, e perda exarcebada de biodiversidade.

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Tópicos

• A Ciência da Mudança do Clima e Impactos Potenciais

• Cenários Alternativos• Do Rio a Gleneagles:Respostas

Internacionais à Mudança do Clima• Papel e oportunidades para o Brasil

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A A CiênciaCiência dada MudanMudanççaa do do ClimaClimae e

ImpactosImpactos PotenciaisPotenciais

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CO2 Concentration in Ice Core Samples andProjections for Next 100 Years

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

Years Before Present

Vostok RecordIPCC IS92a ScenarioLaw Dome RecordMauna Loa Record

Current(2001)

Projected(2100)

0100,000200,000300,000400,000

(BP 1950)

Projected (2100)

Current (2001)

CO

2C

once

ntra

tion

(ppm

v)

Durante 420.000 anos, a concentração de CO2 na atmosfera permaneceu dentro de limites estreitos

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Níveis Históricos de Emissão de CO2

-1000

0

1000

2000

3000

4000

5000

1850 1900 1950 2000

Mt C

/ A

no

LULUCF Annex 1 LULUCF Non Annex 1Fossil C Annex 1 Fossil C Non Annex 1

!

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Impactos da Mudança do ClimaMudança do clima causada pelo homem se projetaem:

Água Redução da disponibilidade e da qualidade de água emmuitas regiões áridas e semi-áridas – Maior risco de enchentes e secas emmuitas regiões; derretimento de geleiras, nível do mar mais alto

Energia Menor confiabilidade em energia hidroelétrica e produção de biomassa em algumas regiões.

Saúde Maior incidência de doenças tropicais transmitidas por insetosvetores (ex: malária e dengue) e doenças relacionadas à água (ex: cólera). Aumento de mortalidade causada pelo calor, ameaças à nutrição em países emdesenvolvimento, e número de mortes causadas por eventos de clima extremo.

Agricultura Redução da produtividade agrícola nos trópicos e sub-trópicos causados por qualquer grau de aquecimento e impactos adversos napesca.

Biodiversidade Efeitos adversos em sistemas ecológicos, em particular emrecifes de corais, e perda exarcebada de biodiversidade.

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““El NiEl Niññoo””• Fundamentos

– Causa• Mudanças nos sistemas

barométricos na regiãopacífica equatorial

• “Originados” na costaperuana

Frequência• Duplicou desde 1980s• Consitente com previsões

• Impactos– Verões mais úmidos do que o

normal (fim da primavera) namaioria dos países daAmérica do Sul e no sul do Brasil

– Condições mais secas naRegião Amazônica, AméricaCentral e México

– Enchentes e desmoronamentos ouincêndios florestais

– Redução da pesca marítima– Efeitos secundários de saúde

pública devido às doençastransmitidas por insetos e piora da qualidade do ar

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- 5

- 4

- 3

- 2

- 1

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3

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1865

1875

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1995SOI

El Niño

La Niña

“El Niño” e “La Niña”

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Mudança na taxa anual de disponibilidade de agua

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ImportânicaImportânica de de EnergiaEnergia HidrelHidreléétricatricaporpor PaPaííss

Argentina

BrazilColombia

ChileMexico

VenezuelaOther

0%10%20%30%

40%50%

60%70%80%

LAC: Installed Hydro Share

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O O MistMistéériorio dadaTempestadeTempestade emem Santa Santa

CatarinaCatarina28 de Março de 2004

Águas “muito frias”

Maré Leste para Oeste – direçãocontrária

Desmoronamentos similares jamaisregistrados

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Frequência de desastres naturais

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Mundialmente: Perdas Econômicas e Asseguradaspor Desastres Naturais (US$bi 2004)

Economic losses (2004 US$)Of which insured lossesAverage economic losses per decade

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CenCenááriosrios AlternativosAlternativos

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Emissão Global de CO2nos Cenários de Referência e Alternativo

Emissões de CO2 foram 16% menores no CA em 2030, masainda mais de 50% dos níveis de 1990.

20 000

25 000

30 000

35 000

40 000

1990 2000 2010 2020 2030

Mt o

f CO

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Referência Cenário Alternativo (CA)

20 000

25 000

30 000

35 000

40 000

1990 2000 2010 2020 2030

Mt o

f CO

2

Referenc

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Investimento – diferencial grande e crescente

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Financiamento necessário para o Setor Energéticonos mercados emergentes 1990 - 2020

Cumulative Sum ($Bn)

$4,300 Bn

$3,800 Bn

Histórico Futuro

0.0

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100.0

150.0

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250.019

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1992

1994

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1998

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2006

2008

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2012

2014

2016

2018

2020

Private Investmentin the Power SectorT

otal

Pow

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vest

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t ($B

n)

Source: World Bank, IEA, Deloitte Touche Tohmatsu Emerging Marke ts Group

Low InvestmentDemand Scenario (2%)

Emerging Markets Group

High Investment DemandScenario (3%)Gap covered by public financing

self -financing, donor funding, and rationing

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ChinaChina

0

20

40

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100

0 0.5 1 1.5 2 2.5

Potencial em milhões de GWH/ano

% d

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utili

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EuropaEuropa AmAmééricarica do Nortedo Norte

ÁÁfricafrica

AmAmééricarica do do SulSul ÁÁsiasia (excl (excl China)China)

PotencialPotencial hidrhidrááulicoulico parapara gerageraççãoão de de energiaenergiaeleléétricatrica economicamenteeconomicamente viviáávelvel

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Do Rio a Gleneagles:Resposta Internacional a

Mudança do Clima

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38 países desenvolvidos (Canadá, Japão e União Européia) concordaram em:

Reduzir emissão de gases de efeito estufa em5,2 % abaixo dos níveis de 1990. Período de compromisso 2008-2012

Reduzir a demanda total por gases de efeitoestufa (GEE): ~5,0 to 5,5 bilhões de toneladasde CO2e

Válido a partir de 16 de fevereiro de 2005

O O ProtocoloProtocolo de Kyotode Kyoto

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AlAléémm de 2012de 2012

• Sem o comprometimento dos governos em limitar as emissões de GEE além de 2012 (final do primeiro períodode compromisso) comércio de carbono com países emdesenvolvimento após 2006 no desenvolvimento de energiae infra-estructura

• Sem um esforço global e harmonizado para limitar as emissões de GEE, é questionável se haverá um segundoperíodo de compromisso sob o Protocolo de Kyoto

• O grande desafio está em se estabeler uma meta de estabilização de longo prazo para mudança do clima, logo a meta de estabilização para concentrações atmosféricas de GEEs

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IniciativaIniciativa do G8 do G8 parapara MudanMudanççaa do do ClimaClima• Objetivo: melhorar o perfil das mudanças climáticas no contexto dos

G8 e expandi-lo para países chave.• Calendário de eventos que levaram a Gleneagles

– Março: reunião do G8 sobre Energia e Ambiente (Londres) e Ministros de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Derbyshire)

– Junho: reunião dos Ministros de Finanças uma semana antes de Gleneagles em Londres

• Reuniões com a indústria (energia e resseguro) e IFIs em Setembrode 2005.

• Mudança do clima discutida nas Reuniões Anuais do FMI e do BancoMundial em setembro de 2005 (Comunicação do Comitê paraDesenvolvimento).

• Estrutura de investimento lançada por Srs. Wolfowitz e Benn com Ministros das Finanças do G8 +5 em 24 de setembro, ReuniõesAnuais do FMI/Banco Mundial, Washington

• 01 de novembro em Londres: Ministros de Energia e Meio Ambiente.• Reuniões de Primavera do FMI/Banco Mundial – Modelo de

Investimento.

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G8 Requested Role of the World Bank G8 Requested Role of the World Bank

Iniciativa de DiálogoObjetivo: construir consenso em políticas públicas, instrumentos e estratégias

para administração de mudanças climáticas de longo prazo, incluindo todos os países daOECD e principais países em desenvolvimento industrializados, notavelmente China e Índia

Iniciativa da Estrutura de FinanciamentoObjetivo: acelerar investimento em eficiência energética e energia

limpa, notavelmente indústrias movidas a carvão na China e na Índia, mudanças de carvão para gás, e em tecnologias de gasificação e

sequestro de emissões de indústrias movidas a carvão no longo prazo

Iniciativa Crescente do Banco em EmpréstimosObjetivo: aumentar empréstimos do Banco para desenvolvimento de economias

amigáveis relacionadas à redução de carbono no ambiente (energia/infra-estrutura, NRM/agricultura/floresta, administração de risco climático, e expansão de

financiamento de carbono e assistência GEF programática

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Estrutura da Iniciativa de Investimentos

“Nós vamos convidar o Banco Mundial e outros bancos de desenvolvimento multi-laterais (MDBs) para aumentar o diálogo com beneficiários em matéria de energia e avançar em propostas específicas em suas Reuniões Anuais para:

(a) Fazer o melhor uso dos recursos e instrumentos financeiros disponíveis e desenvolver uma estrutura para investimentos em energia a fim de acelerar a adoção de tecnologias que permitam a produção e o uso de energia de forma maislimpa e eficiente;

(b) Explorar oportunidades nos portifólios existentes e em novos portifólios paraaumentar o volume de investiments em energia renovável e tecnologiasenergéticas eficientes consistentes com as missões principais dos MDBs no quetange à redução de pobreza;

(c) Trabalhar com países beneficiários interessados em requerimentos energéticossignificantes para identificar opções de crescimento de gases de efeito estufamenores que se encaixem em suas prioridades e assegurar que tais opçõesestejam integradas em Estratégias de Assistências a Países (China, Índia, México, Brasil, África do Sul);

(d) Desenvolver capacidade comercial local para desenvolver e financiar projetos custo-efetivos que promovam eficiência energética e fontes de energia reduzidas emcarbono.”

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Papel e Oportunidades para o Brasil

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ImportânciaImportância do do BrasilBrasil

• Apresenta baixa intensidade de emissoes naarea energetica, mas alta intensidade na áreaflorestal e na agricultura

• O papel do Brasil em negociações sobremudança climática– Anfitrião da Eco-Rio 92– Pioneiro do MDL (Mecanismo de Desenvolvimento

Limpo)– Primeiro projeto de MDL registrado

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Importância do Setor de EnergiaEmissões de Gases de Efeito

Estufa na América Latina

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Brasil é um ator global na agenda da mudança do clima

• Lideranca potencial na promocao dos interessesdos paises em desenvolvimento

• Transicao de Kyoto I para Kyoto II com critériosclaros de elegibilidade, processos aperfeiçoadospara aprovação

• Exportações de tecnologia e conhecimento -bio-energia, veículos flex-fuel e projetoshidroelétricos (incluindo design, proteçãoambiental e social, etc.)

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PossibilidadesPossibilidades ComerciaisComerciais parapara o o BrasilBrasil

• Etanol e tecnologia para sua produção• Veículos “flex-fuel”• Ônibus híbridos• Oportunidades e restrições para

exportação de produtos e tecnologias“amigas do ambiente”

• Oportunidades e restrições paraimportação de produtos e tecnologias“amigas do ambiente”

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Brasil: Brasil: ““Curva de AprendizadoCurva de Aprendizado””para o Etanolpara o Etanol

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10

100

0 50000 100000 150000 200000 250000Ethanol Cumulative Production (thousand m3 )

(Oct

200

2) U

S$ /

GJ

Ethanol prices in Brazil Rotterdam regular gasoline price

trend (Rotterdam gasoline prices) trend (Ethanol prices)

1986

2002

1999

1996

1980

19901993

Fonte: Goldemberg et alii (2004).

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TrabalhoTrabalho AnalAnalííticotico PotencialPotencial: : MitigaMitigaççãoão

• Avaliação de oportunidades e restriçõespara o setor

• Estimativas anuais de potenciais vendasde carbono pelo Brasil

• Financiamento adicional requerido paraque as tecnologias “baixo-carbono” se tornem economicamente viáveis

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TrabalhoTrabalho AnalAnalííticotico PotencialPotencial: : AdaptaAdaptaççãoão

• Cenários de impactos em mudança do clima:– Infra-estrutura (ex: produção hidroelétrica)

• Impactos na agricultura/biodiversidade– Resultados– Producao familiar

• Impactos sociais

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QuestõesQuestões parapara as as AutoridadesAutoridadesBrasileirasBrasileiras

• Quais são as prioridades e as preocupações do Brasil sobre a iniciativa do G8 +5 paramudanças climáticas?

• Qual é a avaliação dos benefícios do MDL? Quealternativas podem ser propostas após 2012? Há propostas para incluir desmatamentoevitado? Quais são as áreas prioritárias para o Brasil?

• Quais são as estratégias nacionais existentes, tecnologias disponíveis, instituições relevantes?

• Com que tipo de análise setorial e econômica o Banco e outros agencias podem contribuir?