Inovação e desenvolvimento economico.

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  Conselho Regional de Economia da 18ª Região - GO CORECON ACADÊMICO I Prêmio Artigo de Férias INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO Como a inovação tecnológica tem i nfluenciado o desenvolvimento econômico do estado de Goiás. Alex dos Santos Silva 1  Goiânia 2011 1  Graduando do Curso de Ciência s Econômicas. Faculdades Alves Fa rias  ALFA. E-mail: alex84economis [email protected]

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Artigo premiado em segundo lugar no I Prêmio Artigo de Férias, realizado pelo Conselho Regional de Economia da 18º Região (CORECON-GO).

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Conselho Regional de Economia da 18ª Região - GOCORECON ACADÊMICO

I Prêmio Artigo de Férias

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICOComo a inovação tecnológica tem influenciado o desenvolvimento econômico do estado de Goiás.

Alex dos Santos Silva1 

Goiânia

20111

Graduando do Curso de Ciências Econômicas. Faculdades Alves Farias – ALFA.

E-mail: [email protected]

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RESUMO 

Muito se fala sobre a necessidade de inovar. O termo inovação tornou-se um jargão

empresarial comumente usado em reuniões e discussões de gestão Empresarial. Com a

abertura da economia brasileira, as empresas nacionais passaram a sofrer forte concorrência

de empresas multinacionais, e para se manter no mercado as empresas nacionais precisaram

inovar os seus produtos e processos. Este artigo tem como objetivo apresentar a relação entre

inovação tecnológica e formação profissional, e conseqüentemente a influencia da inovação

no desenvolvimento econômico do estado de Goiás.

Palavras-chave: Inovação, Formação Profissional, Desenvolvimento Econômico, Ensino

Superior.

ABSTRACT

Much is said about the need to innovate. The term innovation has become a commonly

used business jargon in meetings and discussions on business management. With the opening

of the Brazilian economy, national companies have come under strong competition from

multinational companies, and to stay on the market the domestic companies had to innovate

its products and processes. This article aims to present the relationship between technological

innovation and training, and therefore the influence of innovation on economic development

of the state of Goiás

Keywords: Innovation, Vocational Training, Economic Development, Higher Education.

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INTRODUÇÃO.

Vivemos em mundo extremamente competitivo. As empresas atuais enfrentam uma

competição que vai além das suas fronteiras regionais, tudo isto é fruto do que chamamos deGlobalização, que praticamente eliminou as barreiras comerciais existente entre os países,

expandindo a área de atuação de diversas empresas e ampliando o mercado consumidor.

Diante desta realidade um dos assuntos mais abordados nas reuniões gerenciais de

grandes empresas como GE, P&G, IBM, entre outras grandes empresas, e também em

algumas empresas com porte menor, é a Inovação. Qualquer empresa que deseja manter-se no

mercado, precisa ser uma empresa inovadora. Muito se fala sobre inovação, tanto que o termo

vem se tornando um jargão empresarial.

Quando se fala em inovação, muitos executivos ligam o termo a alta tecnologia, e

invenções de novos produtos. Em parte está correta a analise, mas a inovação vai muito além

de apenas criar um novo produto. Há diversos significados que assumem o termo inovação,

convém analisar, inicialmente, sua etimologia a partir da origem no latim: innovatio, que

significa “renovação”. O prefixo in assume valor de ingresso, movimento de introduzir algo,

que, no termo inonovatio significa introduzir novidade, fazer algo novo, fazer algo como não

era feito antes conforme (ABRAHAM,2010). A lei nº 11.196 define da seguinte maneira a

inovação tecnológica: Considera-se inovação tecnológica a concepção de novo produto ou

processo de fabricação, bem como a agregação de novas funcionalidades ou características ao

produto ou processo que implique melhorias incrementais e efetivo ganho de qualidade ou

produtividade, resultando maior competitividade no mercado.

Fazer algo novo, não quer dizer apenas criar um novo produto, é possível fazer o

mesmo produto de maneira diferente, mais eficiente, e mais barato, isto é inovar no processo

de produção. A empresa pode trabalhar o seu marketing de maneira diferente para alcançar

novos mercados, agindo desta maneira, a empresa fará algo novo, ou seja, inovará os seus

processos de marketing. As atividades inovativas visam o aprimoramento dos produtos que a

empresa comercializa, tornando a empresa mais competitiva e lucrativa. Inovar é dizer não ao

comodismo e o conformismo empresarial, e abrir as portas para o novo. João Carlos Ferraz,

vice-presidente e diretor de planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

e Social (BNDES), afirma em entrevista à revista Conjuntura Econômica que “[…] Quandoinova, o empreendedor abre e expande mercados, cresce à frente da concorrência, e apresenta

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maior lucratividade, o que gera dinamismo na produção.” (ACCIOLI; MONTEIRO, 2011,

p.18).

A INOVAÇÃO NO BRASIL.

Para a indústria brasileira, está claro que, num mundo interligado, a competitividadea ser buscada é global. A indústria, para se desenvolver mesmo no Brasil, precisa sercompetitiva internacionalmente. Inovação, internacionalização, investimentos,parcerias – todos são ingredientes do País que almejamos. (INMETRO,2011, p.5)

Este texto foi extraído do discurso de posse do Ministro Fernando Pimentel, que é

economista e assumiu em Janeiro de 2011 o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC). A sua fala deixa clara a visão do Governo brasileiro com relação

à competitividade industrial. O ministro vê a inovação como fonte importantíssima de

crescimento industrial, “[…] Sabemos que a construção da competitividade está fortemente

relacionada à superação de desafios científico-tecnológicos para a inovação. [...]”

(INMETRO, 2011, p.4)

A visão competitiva da indústria brasileira não é algo muito antigo, aconteceu após a

abertura comercial ocorrida há pouco mais de 20 anos. Desde a abertura comercial brasileira,

as nossas empresas passaram a sofrer uma concorrência maior com empresas estrangeiras

(multinacionais), o que impulsionou o desenvolvimento de nossos produtos, e provocou o

desaparecimento de empresas que não conseguiram manter-se neste mercado tão competitivo.

A inovação passa a ser um importante insumo para que as empresas nacionais consigam se

destacar no mercado. Pela fala do ministro Fernando Pimentel, podemos imaginar que o

Brasil está no caminho certo, mas ainda há muito que se fazer, para tornar a nossa indústria

competitiva e inovadora. Em número de pedidos de patentes internacionais, por Exemplo, oBrasil é o menos ativo dos BRIC’s. O incentivo concedido às atividades de pesquisa e

desenvolvimento (P&D) é o equivalente a um quarto do registrado nos EUA, e a um terço do

registrado no Japão.2 

2Dados apresentados na reportagem Tecer a trama do novo da Revista Conjuntura Econômica edição de Junho

de 2011.

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PEDIDOS DE PATENTES INTERNACIONAIS

PAÍS 2007 2008 2009 2010

Brasil 398 472 493 442

China 5.455 6.120 7.900 12.337

Alemanha 17.821 18.855 16.797 17.171

Índia 902 1.072 961 1.109

Japão 27.743 28.760 29.802 32.156

Coréia do Sul 7.064 7.899 8.035 9.686

Rússia 689 763 711 560

Estados Unidos 54.043 51.637 45.618 44.855

*Estimativa

Fonte: World Intellectual Property Organization.

Em países como Estados Unidos e Japão, o investimento em P&D é financiado em

grande parte pelas empresas, e o governo não tem um papel tão importante neste 

financiamento, no ano de 2009 segundo dados do Ministério de Ciência e Tecnologia o

investimento estatal em P&D nos EUA representava 27,1%, no Japão 15,6% enquanto no

Brasil a participação do Governo chegou a 66,5%. As empresas brasileiras ainda não possuem

a cultura de investir em pesquisa e desenvolvimento, e isto explica o baixo numero de pedidos

de patentes internacionais e a falta de inovação das empresas brasileiras.

Alguns fatores contribuem para a falta de inovação no Brasil, dentre eles podemos

destacar: I-A burocracia, a FINEP pode ser considerada como a principal instituição

responsável pelo financiamento da inovação tecnológica no Brasil. Para ter acesso ao

financiamento as empresas precisam passar por um processo burocrático e complexo, que às

vezes afastam as pequenas empresas da inovação. II-A falta de vontade por parte dos

empreendedores brasileiros. Grande parte dos empreendedores brasileiros não tem a cultura

de planejar a longo prazo, fruto da desconfiança com os rumos da política e da condução

econômica do país no passado. Investir em inovação é investir em longo prazo, pois os

retornos de um projeto de inovação, não acontecem imediatamente. III- A dependência

acadêmica, grande parte de nossas pesquisas são desenvolvidas nas Universidades e Centros

de pesquisas acadêmicas espalhados pelo país. O conhecimento produzido nas universidades,

muitas vezes não condiz com as necessidades do mercado, ou são de difícil implantação.

Paulo Mol, gerente executivo de Estudos e Política Industriais e Inovação da Confederação

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Nacional da indústria (CNI), critica em entrevista à revista Conjuntura Econômica, o modelo

atual de nossas pesquisas. Segundo ele “O conhecimento jorra nas universidades, e goteja nas

empresas.” (ACCIOLI; MONTEIRO, 2011, p.23).

É preciso investir em inovação, e principalmente desenvolver esta cultura em nossas

organizações. O empresário brasileiro deve investir em inovação, pois sem duvida alguma a

empresa é a maior beneficiada com o desenvolvimento tecnológico de seus produtos e

processos. Como maior beneficiada a empresa deve ser também a maior financiadora da

inovação, a Natura fabricante de perfumes destaca-se no cenário nacional pelo alto

investimento em inovação, são investidos em P&D 3% da receita liquida da empresa, que

representou em 2010 investimentos de R$ 5,1 bilhões, um montante maior que o investido noano de 2009. Fruto deste investimento, cerca de 60% da receita da empresa provém de

produtos inovadores.3 

O Brasil precisa percorrer um longo caminho para se tornar um país inovador, e este

caminho passa pela aproximação das universidades e do mercado, para que as pesquisas

possam de fato se transformar em ganho para as empresas, e que as empresas possam investir

mais em inovação. “A empresa, seja ela privada ou pública, é a legitima protagonista da

inovação, por ser a principal interessada na aplicação comercial de uma solução ou de um

princípio novo [...]” (ACCIOLI; MONTEIRO, 2011, p.26)  afirma o economista David

Kupfer, coordenador do Grupo de Indústria e Competitividade do Instituto de Economia da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

PESQUISA DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA  – PINTEC

Este artigo está baseado na Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC, que tem por

objetivo a construção de indicadores setoriais, nacionais e regionais das atividades de

inovação tecnológica nas empresas brasileiras, e de indicadores nacionais das atividades de

inovação tecnológica nas empresas, os dados estão de acordo com a Classificação Nacional de

Atividades Econômicas CNAE.

3Revista Conjuntura Econômica, edição de Junho de 2011.

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Foram consideradas para a PINTEC, empresas com 10 ou mais pessoas ocupadas ao

final do ano 2000, e a mesma regra vale para o ano de 2008. As empresas devem estar em

situação ativa no Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, do IBGE, que cobre as entidades

com registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ; ter atividade principal

compreendida nas seções B e C (Indústrias Extrativas e Indústrias de Transformação,

respectivamente), nas divisões 61, 62 e 72 (Telecomunicações, Atividades dos Serviços de

Tecnologia da Informação e Pesquisa e Desenvolvimento, respectivamente), no grupo 63.1

(Tratamento de Dados, Hospedagem na Internet e Outras Atividades Relacionadas) e na

combinação de divisão e grupo 58+59.2 (Edição e Gravação de Som, e Edição de Música) da

Classificação Nacional de Atividades Econômicas versão 2.0 - CNAE 2.0, isto é, estar

identificada no CEMPRE com código CNAE 2.0 nestas seções, divisões e grupos; E estarsediada em qualquer parte do Território Nacional. (Pesquisa de Inovação Tecnológica-

PINTEC, 2008)

Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica.

2000 2003 2005 2008

72.005 84.262 91.055 100.496

1.398 2.221 2.398 3.301

TOTAL DE EMPRESAS COM 10 OU MAIS PESSOASOCUPADAS.

B rasil G oiá s

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Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria, Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica

Ao compararmos os dados da PINTEC-2000 com os dados da PINTEC-2008, é

possível constatar uma grande evolução do estado de Goiás. Houve crescimento de 136% no

número de indústrias no estado4. O estado de Goiás esta em constante crescimento industrial,

principalmente após o ano 2000. Atraídas por incentivos fiscais, e outros atrativos, muitas

indústrias tem se instalado no estado. É possível identificar também uma grande evolução no

quesito inovação. No ano 2000 houve 464 indústrias que inovaram processos e/ou serviços,

sendo 203 inovações de produtos, 364 inovações de processos, e 106 inovações de produtos e

processos. Analisando percentualmente o estado de Goiás segue o mesmo ritmo de inovação

do Brasil, que é de 32% de indústrias que investem em inovação. Neste mesmo período houve

06 deposito de patentes, e havia 17 patentes em vigor, fruto do esforço inovador no estado de

Goiás.

Nos dados da PINTEC-2008, verificamos que o percentual de indústrias que inovaram

tanto em Goiás quanto no Brasil subiu para 38%. Em Goiás houve 687 inovações de produtos

e 1074 inovações de processos. Foram desenvolvidos 93 produtos com inovações para o

mercado nacional e 595 produtos com inovação para a empresa, embora já existisse no

mercado nacional. Destacam-se como setores inovadores no estado de Goiás, as indústrias de

fabricação de alimentos com 20% das inovações e fabricação de produtos químicos com 10%

das inovações no estado. Em média cada indústria investiu R$ 835.589,31 em inovação no

período apurado.

4Os dados da PINTEC 2000 e da PINTEC 2008 foram extraídos do Banco de Dados disponíveis no site do IBGE.

2000 2003 2005 2008

22.698 28.036 30.377 38.299

464 737 6421.261

EMPRESAS QUE INOVARAM.

B rasil G oiás

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INOVAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.

Para Cardoso (2002, apud Dahlman, 2002, Veloso, 2002, p.10) “[...] o conhecimentose torna um elemento estratégico, um dos principais na construção do desenvolvimento e o

ativo de maior importância para países, regiões e empresas construírem valor [...]”. É inegável

a importância do conhecimento para formação de riqueza no mundo atual. As grandes

organizações têm investido cada vez mais em seus ativos intelectuais, seja na formação de

seus colaboradores, seja no desenvolvimento de conhecimento e tecnologia.

O estado de Goiás tem deixado de ser apenas exportador de carnes e grãos, e passa a

ser um exportador de tecnologia. Existem indústrias de alta tecnologia instaladas no estado de

Goiás, cito a SCITECH, Indústria Brasileira Pioneira no Desenvolvimento Tecnológico de

Produtos para Procedimentos Médicos Minimamente Invasivos. A SCITECH com matriz em

Goiânia e indústria em Aparecida de Goiânia, é uma empresa extremamente tecnológica e que

investe em inovação e na capacitação de seus colaboradores.

As empresas que buscam inovar, precisam investir em mão de obra qualificada. Para

se tornar mais atrativo ainda o estado precisa se destacar na qualificação de sua mão de obra.

A inovação pode contribuir e muito para o desenvolvimento econômico do estado, uma vez

que com mais empresas envolvidas nos processos inovativos,mais qualificada será a mão de

obra. Com a chegada de grandes corporações como HYUNDAI, MITSUBISHI, SUZUKI,

entre outras grandes empresas, o estado tem a necessidade de investir mais forte em educação

e formação profissional.

É normal que ao se instalar no estado estas empresas tragam a mão de obra já

qualificada para os seus principais processos, mas com o tempo é possível preparar e capacitar

uma nova geração de profissionais goianos. As universidades goianas precisam atualizar

sempre o seu portfólio de cursos para satisfazer a nova demanda industrial do estado. É

possível acrescentar (com o esforço das universidades e de governo), a qualidade da mão de

obra como uma das nossas economias de escala. Os dados do Censo do ensino superior

demonstram a evolução no numero de concluintes de cursos superiores no estado. Segundo

dados do Censo da Educação Superior no ano 2000 o estado formou 9.077 alunos, no ano de

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2007 este número já era de 26.574 concluintes, um crescimento de 193% em sete anos. Houve

também um grande crescimento no numero de cursos superiores oferecidos (veja Gráfico) 5.

 Fonte: MEC/INEP/DEED

 Fonte: MEC/INEP/DEED

5Dados extraídos do Banco de Dados do INEP, referente ao Censo do Ensino Superior.

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

9.07710.299

15.131

18.308

24.036

29.689

26.142 26.574

Evolução do Número de Concluintes.

Goiás

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007

296

384

533

613646

712754

811

Evolução do Número de Cursos

Goiás

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CONCLUSÃO

A inovação, que pode ser considerada apenas com uma técnica de gestão, apresenta-se

como uma grande fomentadora do desenvolvimento profissional goiano. Cada vez mais, as

nossas empresas têm buscado inovar, investindo em P&D, treinamentos e capacitação

profissional. Esta formação extra, contribui para a formação profissional goiana, além de

contribuir para o crescimento no número de cursos e concluintes do ensino superior. Com o

desenvolvimento industrial e tecnológico do estado, aliado aos investimentos em educação

(principalmente educação profissional), o estado de Goiás pode se destacar no cenário

nacional, pela qualificação profissional. As empresas inovadoras investem nos jovens,

capacitando-os e preparando-os para se destacarem no mercado. Quanto mais dinheiro forinvestido em P&D, treinamentos, capacitação, maiores serão os ganhos da empresa, e maiores

serão os ganhos do estado.

É preciso unir forças no estado. As universidades devem aliar-se ao mercado, com

pesquisas que atendam as necessidades das empresas goianas, e devem formar profissionais

visionários que buscam desenvolver novos processos e produtos. O Desenvolvimento goiano

também está ligado ao desenvolvimento educacional do estado, e este desenvolvimento podeser impulsionado pela inovação empresarial.

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INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, À

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