Atração e Retenção de Centros Atração e Retenção de Centros de P&Dde P&D

Sérgio Queiroz

DPCT/IG/Unicamp

2

ContextoContexto

A importância crescente do IDE (e do IDE em P&D em particular)

A significativa presença das EMNs na Brasil como produtoras (e cada vez mais como desenvolvedoras)

IDE: o novo vetor da internacionalizaçãoIDE: o novo vetor da internacionalizaçãoEntrada de IDE no mundo e por macro-regiões

1970-2005

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

(Anos)

(US bilhões)

Emergentes

Desenvolvidos

Mundo

Fonte: UNCTAD - Base de dados sobre IDE; elaborado por Eliane Franco

Participação do Brasil entre as economias emergentes na entrada de IDE1970-2005

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

(Anos)

(Percentagem)

Fonte: UNCTAD - Base de dados sobre IDE; elaborado por Eliane Franco

A oscilante (e relativamente A oscilante (e relativamente tímida) participação do Brasiltímida) participação do Brasil

Fonte: UNCTAD, 2005 (WIR)

Gasto em P&D de EMNs e Gasto em P&D de EMNs e economias selecionadas, 2002economias selecionadas, 2002(bilhões de dólares)(bilhões de dólares)

Fonte: UNCTAD, 2005 (WIR)

Gasto em P&D de filiais estrangeiras, baseado em Gasto em P&D de filiais estrangeiras, baseado em uma amostra de 30 economias, valor e participação uma amostra de 30 economias, valor e participação no gasto empresarial em P&D, 1993-2002no gasto empresarial em P&D, 1993-2002 (bilhões de dólares e percentual)(bilhões de dólares e percentual)

Expectativa com relação a P&D no Expectativa com relação a P&D no exterior das EMNs do exterior das EMNs do surveysurvey da da UNCTAD, 2005-2009UNCTAD, 2005-2009

67%

2%

31%

Aumentar

Diminuir

Ficar na mesma

8

A internacionalização da P&DA internacionalização da P&D

O fenômeno: reconfiguração das atividades tecnológicas das grandes empresas no sentido de ampliar a integração dessas atividades no plano global– Crescente participação da rede de filiais no

esforço de P&D– Distribuição fortemente assimétrica das

responsabilidades

Fonte: Booz Allen Hamilton/INSEAD, 2006

Mudanças na distribuição das Mudanças na distribuição das instalações de P&Dinstalações de P&D1975-2004 (em %)1975-2004 (em %)

Intensidade tecnológica das filiais de EMNs americanas(P&D/vendas - %) 1998-2002

Fonte: BEA – USA, apud Zanatta (2006)

Assimetria na distribuição de Assimetria na distribuição de responsabilidadesresponsabilidades

13

ArgumentoArgumento

EMNs podem desempenhar um papel mais relevante em nosso sistema nacional de inovação em vista de sua atuação global, da crescente internacionalização da tecnologia e de sua forte presença no Brasil

É preciso implementar políticas públicas apropriadas para aproveitar as oportunidades (e minimizar os custos)

14

O Brasil já participa de algumas O Brasil já participa de algumas redes globais de P&D de EMNsredes globais de P&D de EMNs

GM do Brasil: é um dos cinco centros mundiais capazes de projetar um carro por completo, com atuação em engenharia e design, e mandato para desenvolver a ‘arquitetura’ dos modelos mundiais de picapes de porte médio, como a S10; empregava no início de 2005 cerca de 650 engenheiros no Centro de Desenvolvimento de Engenharia; em 2008 deverá empregar cerca de 1.300 engenheiros

Gasto em P&D na indústria Gasto em P&D na indústria automobilística brasileira e na indústria automobilística brasileira e na indústria manufatureira, 2000 e 2003manufatureira, 2000 e 2003(milhões de reais)(milhões de reais)

Setor 2000 2003

Automotivo

P&D total 549 1.363

P&D/vendas 1,0% 1,6%

Indústria Manufatureira

P&D total 4.336 5.739

P&D/vendas 0,8% 0,6%

P&D auto/ P&D indústria 13% 26%

Fonte: PINTEC/IBGE

16

O desafioO desafio

Como induzir as empresas multinacionais a fazer mais do que estão fazendo em termos de desenvolvimento tecnológico?

(e induzir aquelas que não fazem a fazer)

Fonte: Booz Allen Hamilton/INSEAD, 2006

Elementos que direcionam a instalação Elementos que direcionam a instalação de futuras atividades de P&Dde futuras atividades de P&D

Importância dos fatores de atraçãoImportância dos fatores de atração

19

Política para atração de P&DPolítica para atração de P&D

Características comuns aos ‘concorrentes’ bem sucedidos:

1. Continuidade e longa duração das políticas de atração de IDE (Irlanda, Israel)

2. Distinção de setores e atividades considerados estratégicos => políticas olíticas seletivas de IDE (asiáticos)seletivas de IDE (asiáticos)

20

Elementos importantes da política Elementos importantes da política de atração de P&Dde atração de P&D

1. Marketing territorial2. Prospecção de oportunidades

– Seleção de alvos– Análise dos fatores de atração

• Oferta e custo da mão-de-obra qualificada• Regime de proteção à PI• Infra-estrutura• Incentivos etc

– Articulação com políticas relacionadas (educacional, tributária, proteção a PI, investimento em infra-estrutura etc)

3. Operações/serviços de apoio

21

Exemplo de medidas a tomarExemplo de medidas a tomar

Investimento na ampliação da oferta de mão-de-obra qualificada, com foco em ciências e engenharias; referências:– China: 350 mil formandos em cursos

superiores de ciências e engenharias (2003)

– Israel: maior índice mundial de cientistas e técnicos (145 para cada 10 mil habitantes)

23

Incentivo à P&D (financiamento, créditos fiscais etc) com contrapartidas (criação de empregos qualificados, interação com institutos de pesquisa e universidades locais, gastos em P&D etc); referências:– Canadá, Austrália, Irlanda, Israel, China,

Índia, Cingapura, Taiwan, Malásia etc

Exemplo de medidas a tomarExemplo de medidas a tomar

ObrigadoObrigado

Sérgio QueirozDepartamento de Política Científica e Tecnológica – IG/Unicamp

Setembro 2008