Instalação, operação e manutenção AQUA4 · - Permutador de calor exterior (S3) com função...

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lennoxemeia.com AQUA4 AAH Instalação, operação e manutenção Chiller Bomba de calor condensado por ar 50 330 kW AQUA4-IOM-1405-P

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lennoxemeia.com

AQUA4

AAH

Instalação, operaçãoe manutenção

Chiller Bomba de calor condensado por ar

50 330 kW

AQUA4-IOM-1405-P

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ÍNDICE

PÁGINA

1 Número e código do modelo 3 2 CAMPO DE APLICAÇÃO 7 3 GENERALIDADES 7 4 RECEÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, POSICIONAMENTO 8

4.1 RECEÇÃO 8 4.2 ELEVAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO 8 4.3 DESEMBALAMENTO 9 4.4 POSICIONAMENTO 9

5 INSTALAÇÃO 10 5.1 REQUISITOS DE ÁREA TÉCNICA NA INSTALAÇÃO 10 5.2 LINHAS DE ORIENTAÇÃO GERAIS PARA LIGAÇÕES DA TUBAGEM 11 5.3 LIGAÇÃO DE ÁGUA AO EVAPORADOR 12 5.4 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NO LADO DA ALTA PRESSÃO 13

6 LIGAÇÕES ELÉTRICAS 14 6.1 GENERALIDADES 14 6.2 LIGAÇÕES ELÉTRICAS DO FLUXOSTATO ACIONADO POR PALHETAS 15 6.3 LIGAÇÕES ELÉTRICAS DA BOMBA DE ÁGUA 15 6.4 CONTROLADORES REMOTOS 15 6.5 COMUTAÇÃO REMOTA VERÃO-INVERNO 16

7 ARRANQUE 17 7.1 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES 17 7.2 OPERAÇÃO DE ARRANQUE 18 7.3 VERIFICAÇÕES DURANTE O FUNCIONAMENTO 18 7.4 VERIFICAR O NÍVEL DO FLUIDO FRIGORIGENEO 19 7.5 DESLIGAR A UNIDADE 20

8 LIMITES DE FUNCIONAMENTO 21 8.1 CAUDAL DE ÁGUA PARA O EVAPORADOR 21 8.2 TEMPERATURA DA ÁGUA REFRIGERADA 21 8.3 TEMPERATURA DO AR EXTERIOR 21 8.4 FUNCIONAMENTO COM ÁGUA A BAIXAS TEMPERATURAS 21

9 DEFINIR PARÂMETROS DE FUNCIONAMENTO 22 9.1 GENERALIDADES 22 9.2 PRESSÓSTATO DE ALTA PRESSÃO 23 9.3 PRESSÓSTATO DE BAIXA PRESSÃO 23 9.4 TERMÓSTATO DE SERVIÇO 23 9.5 TERMÓSTATO ANTICONGELAÇÃO 23 9.6 TEMPORIZADOR ANTI CICLOS CURTOS 23 9.7 PRESSÓSTATO DIFERENCIAL DO ÓLEO 23

10 VERIFICAÇÕES E MANUTENÇÃO DE ROTINA 24 10.1 ADVERTÊNCIAS 24 10.2 GENERALIDADES 24 10.3 REPARAR O CIRCUITO FRIGORIFICO 25 10.4 TESTE DE ESTANQUECIDADE 25 10.5 VÁCUO INTENSO E SECAGEM DO CIRCUITO FRIGORIFICO 25 10.6 ENCHIMENTO COM FLUIDO FRIGORIGENEO R410A 26 10.7 PROTEÇÃO AMBIENTAL 26

11 ELIMINAR A UNIDADE 26 12 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 27 13 PERDAS DE CARGA HIDRÁULICAS 30

13.1 PERDAS DE CARGA NO EVAPORADOR 30 13.2 PERDAS DE CARGA NO RECUPERADOR DE CALOR 30

14 PESOS 31 14.1 SISTEMAS DE BOMBAGEM E ARMAZENAMENTO 32

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Declaração de conformidade

A declaração de conformidade está anexada aos documentos que acompanham a unidade, geralmente colocado dentro do quadro elétrico.

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1 Número e código do modelo As unidades AQUA4 são identificadas pelos códigos seguintes: Exemplo AAH081MS

A AQUA4

A Condensação por ar

H Bomba de calor

08 Capacidade de arrefecimento nominal x10 [kW] (ex.: 08 = 80 kW)

1 1 = 2 compressores / 2 circuitos 4 = 4 compressores / 2 circuitos

M M = 2 tubos P = 4 tubos

S S = Nível de ruído standard L = Low noise

Descrição do funcionamento:

A unidade tem 4 ligações de água referentes a dois circuitos hidráulicos diferentes:

- Circuito “1” = produção de água refrigerada (verão) – água quente (inverno) - Circuito “2” = produção de água quente (por exemplo para água quente sanitária)

A unidade inclui 3 permutadores de calor distintos: - Permutador de calor exterior (S3) com função de evaporação e condensação para permutador

de calor com ar exterior como fonte térmica - Permutador de calor de placas “S1” destinado ao circuito primário com função de evaporação

em modo de verão e função de condensação em modo de inverno - Permutador de calor de placas “S2” destinado ao circuito de água quente sanitária (AQS) com

função de condensação (por norma) e função de evaporação apenas em ciclo de descongelação.

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Modos de funcionamento possíveis: Modo de verão: a) Só arrefecimento (representado na página seguinte): o sistema produz água refrigerada no

circuito "1" com o permutador de calor "S1", sendo o calor removido, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, libertado para o ar exterior por meio do permutador de calor exterior (S3), que atua como condensador. A ventilação é modulada para fazer variar o caudal de ar consoante a pressão de condensação.

b) Arrefecimento + AQS (representado na página seguinte): o sistema produz água

refrigerada no circuito "1" com o permutador de calor "S1" e água quente no circuito "2" com o permutador de calor "S2". O calor removido pelo permutador de calor "S1", juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para produzir água quente por meio do permutador de calor de placas "S2". Ambos os circuitos têm a mesma prioridade, nomeadamente ambos serão encaminhados aos seus "set points". Os permutadores de calor exteriores serão utilizados para remover/libertar calor do ar, apenas quando os requisitos não sejam equivalentes. Neste modo a ventilação encontra-se, geralmente, desativada. Se o permutador de calor exterior (S3) for utilizado, a ventilação é modulada por forma a fazer variar o caudal de ar autonomamente nos dois circuitos, consoante a pressão de condensação/evaporação.

c) Apenas AQS (representado na página seguinte): o sistema produz água quente no circuito

"2", removendo calor do ar exterior, que, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para produzir água quente por meio do permutador de calor de placas (S2). A ventilação é modulada por forma a fazer variar o caudal de ar consoante a pressão de evaporação.

Modo de inverno: d) Só aquecimento (representado na página seguinte): o sistema produz água quente no

circuito "1", removendo calor ao ar exterior, que, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para produzir água quente por meio do permutador de calor de placas "S1". A ventilação é modulada por forma a fazer variar o caudal de ar consoante a pressão de evaporação.

e) Apenas AQS (representado na página seguinte): o sistema produz água quente no circuito

"2", removendo calor do ar exterior, que, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para produzir água quente por meio do permutador de calor de placas (S2). A ventilação é modulada por forma a fazer variar o caudal de ar consoante a pressão de evaporação.

f) Aquecimento parcial + AQS parcial: o sistema produz simultaneamente água quente no

circuito "1" e no circuito "2" até um máximo de 50% de ambos os requisitos. Se um dos dois requisitos for superior a 50%, a prioridade é dada à AQS, ao seja ao circuito "2". O calor removido do ar exterior, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para o circuito “1” por meio do permutador de calor de placas "S1" e para produzir AQS por meio do permutador de calor de placas "S2".

Ciclo de descongelação: o objetivo é gerar calor que fará derreter o gelo acumulado no permutador de calor exterior. Para tal, a água quente é utilizada como fonte e, por conseguinte, o permutador de calor "S1" ou "S2" é utilizado como evaporador. O calor removido, juntamente com a potência absorvida pelos compressores, é utilizado para descongelar o permutador de calor exterior (S3). A lógica de descongelação tem um fraco impacto no circuito “1” dado que a descongelação é realizada separadamente nos 2 circuitos. Desta forma, enquanto um dos circuitos descongela, o outro continua a gerar calor para aquecimento de água, evitando assim remover calor ao sistema.

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Representação gráfica dos ciclos de funcionamento a-b-c-d-e descritos atrás:

D A

B C-E

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Combinações de funcionamento possíveis consoante a variação das cargas térmicas: - Unidades AQUA M (2 tubos): 2 compressores / 2 circuitos termodinâmicos:

Verão: Modo de arrefecimento Inverno: Modo de aquecimento o 100% arrefecimento o 50% arrefecimento

o 100% aquecimento o 50% aquecimento

o 100% arrefecimento + 50% a 100% AQS

o 50% arrefecimento + 50% a 100% AQS

o 50% aquecimento + 50% AQS

o 100% AQS o 50% AQS

o 100% AQS o 50% AQS

- Unidades AQUA M (2 tubos): 4 compressores / 2 circuitos termodinâmicos:

Verão: Modo de arrefecimento Inverno: Modo de aquecimento o 100% arrefecimento o 75% arrefecimento o 50% arrefecimento o 25% arrefecimento

100% aquecimento 75% aquecimento 50% aquecimento 25% aquecimento

o 100% arrefecimento + 50% a 100% AQS

o 75% arrefecimento + 25% a 75% AQS o 50% arrefecimento + 25% a 100% AQS o 25% arrefecimento + 25% a 75% AQS

o 25% aquecimento + 25% a 50% AQS o 50% aquecimento + 25% a 50% AQS

o 100% AQS o 75% AQS o 50% AQS o 25% AQS

o 100% AQS o 75% AQS o 50% AQS o 25% AQS

- Unidades AQUA P (4 tubos): 2 compressores / 2 circuitos termodinâmicos:

Todo o ano: verão a inverno o 100% arrefecimento o 50% arrefecimento

o 100% arrefecimento + 50% a 100% aquecimento o 50% arrefecimento + 50% a 100% aquecimento

o 100% aquecimento o 50% aquecimento

- Unidades AQUA P (4 tubos): 4 compressores / 2 circuitos termodinâmicos:

Todo o ano: verão a inverno o 100% arrefecimento o 75% arrefecimento o 50% arrefecimento o 25% arrefecimento

o 100% arrefecimento + 50% a 100% aquecimento o 75% arrefecimento + 25% a 75% aquecimento o 50% arrefecimento + 25% a 100% aquecimento o 25% arrefecimento + 25% a 75% aquecimento

o 100% aquecimento o 75% aquecimento o 50% aquecimento o 25% aquecimento

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2 CAMPO DE APLICAÇÃO Estas unidades foram concebidas para refrigerar/aquecer água, em soluções com um máximo de 35% de glicol (percentagem por peso) em sistemas de ar condicionado de conforto, industriais e tecnológicos. Têm de ser utilizados em conformidade com os limites de operação especificados neste manual; o não cumprimento dos referidos limites invalidará as garantias fornecidas no contrato de venda.

3 GENERALIDADES - Durante a instalação ou manutenção do chiller, devem seguir-se à risca as regras indicadas neste manual,

cumprir as indicações patentes nas unidades e tomar todas as medidas de precaução necessárias. - Os líquidos sob pressão no circuito frigorífico e a presença de componentes elétricos podem causar situações

perigosas durante os trabalhos de instalação e manutenção.

Por essa razão, apenas estão autorizados a realizar trabalhos na unidade técnicos devidamente qualificados.

- O ARRANQUE DA UNIDADE TEM DE SER REALIZADO EXCLUSIVAMENTE POR TÉCNICOS QUALIFICADOS

E AUTORIZADOS PELA LENNOX. (VER ANEXO). - O NÃO CUMPRIMENTO DAS REGRAS INDICADAS NESTE MANUAL OU QUALQUER MODIFICAÇÃO FEITA NA

UNIDADE SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO RESULTARÁ NA INVALIDAÇÃO IMEDIATA DA GARANTIA.

Aviso: Antes de realizar qualquer tipo de trabalho na unidade, deve certificar-se de que esta foi desligada da alimentação.

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4 RECEÇÃO, MOVIMENTAÇÃO, POSICIONAMENTO

4.1 RECEÇÃO

Aquando da receção da unidade, é imperativo verificar se ela está perfeitamente intacta: o chiller deixa a unidade produtiva em perfeitas condições; comunicar de imediato todos e quaisquer sinais de danos à transportadora e à Lennox e anotá-los na Nota de Entrega antes de a assinar. Verificar, em particular, se as alhetas dos permutadores de calor exteriores não estão danificadas, nem sofreram impactos que possam ter afetado a estanquecidade do sistema quando sob pressão. A LENNOX ou os seus Agentes devem ser notificados o mais rápido possível sobre a natureza dos danos. O Cliente deve apresentar um relatório escrito a descrever todos os sinais de danos significativos.

- Relatório de arranque, - Diagrama de ligações, - Certificado de garantia e lista de centros de manutenção autorizados, - verificar a integridade dos documentos que acompanham a unidade e deste manual.

4.2 ELEVAÇÃO E MOVIMENTAÇÃO Deve ter-se um cuidado extremo ao descarregar e posicionar a unidade para evitar manobras abruptas ou violentas. A unidade deve ser manuseada com cuidado; evite usar componentes como fixações ao elevar ou deslocar a unidade. A unidade deve ser elevada utilizando tubos de aço GAS com Ø1½” e uma espessura mínima de 3 mm, que devem ser inseridos nos orifícios redondos existentes nas travessas laterais da base (ver fig. seguinte) e identificados com autocolantes. Os tubos, que devem ficar salientes, no mínimo, 250-300 mm de cada lado, têm de ser suspensos em cintas de igual comprimento fixas no gancho de elevação (coloque batentes nas pontas dos tubos para evitar que as cintas deslizem devido ao peso). Use cintas ou correias suficientemente compridas para ultrapassar a altura da unidade e coloque barras espaçadoras e placas no topo da unidade para evitar danificar os lados e o topo da unidade. Os orifícios retangulares destinam-se à fixação de apoios antivibráticos (opcionais).

Aviso: Em todas as operações de elevação é imperativo certificar-se, sempre, de que a unidade está bem segura para evitar quedas acidentais ou inverter a unidade.

Orifícios na base da t t

Parafuso de

segurança

Cintas - Correia

Contraporca

Tubo Ø2 1/2"

Cintas - Correia

Contraporca

Tubo Ø2 1/2"

Orifícios na base da estrutura

Parafuso de segurança

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4.3 DESEMBALAMENTO O material de embalamento deve ser retirado com cuidado para evitar o risco de danificar a unidade. São utilizados vários materiais de embalamento diferentes, tais como madeira, cartão, plástico, etc. É recomendada a separação destes materiais e a sua eliminação em local adequado ou a sua reciclagem, para minimizar o respetivo impacto ambiental. Aviso: se a unidade for fornecida com uma bomba ou bombas e/ou depósito de inércia, o vaso de expansão encontrar-se-á no compartimento do ventilador; terá de ser fixo à tubagem de entrada da bomba, com um “T” por forma a formar uma vedação estanque, ou no próprio vaso. Retirar a tampa e o parafuso do vaso de expansão (operação a realizar por técnicos qualificados) e verificar a pressão de pré-enchimento (0,5 – 1,0 bar) antes de encher o circuito com água e ligar o chiller. Aviso: o tamanho do vaso de expansão dependerá do volume de água existente no sistema e da gama de temperatura da água; verificar sempre a capacidade do vaso relativamente à quantidade de água do sistema. 4.4 POSICIONAMENTO Ao escolher o melhor local para instalar a unidade e ligações respetivas deve ter-se em mente os aspetos seguintes: - dimensão e origem da tubagem de água; - localização da fonte de alimentação; - acessibilidade para manutenção ou reparações; - solidez da superfície de apoio; - ventilação do condensador condensado por ar e área técnica necessária; - sentido dos ventos dominantes: evitar posicionar a unidade de forma a permitir que os ventos dominantes

possam favorecer o contrafluxo de ar para as baterias do condensador; um vento com intensidade de 28,8 km/h (8 m/s) gera uma pressão de estagnação suficiente para garantir cerca de 60% de caudal de ar nominal;

- possível reverberação de ondas sonoras. Todos os modelos pertencentes à gama AQUA4 foram concebidos e construídos para instalação no exterior; evitar cobri-los com estruturas tipo telhado ou colocá-los próximo de plantas (mesmo que cubram apenas parcialmente a unidade), que possam interferir com a ventilação regular do condensador da unidade. É adequado criar uma base de dimensões suficientes para suportar a unidade. Esta precaução torna-se essencial quando a unidade é posicionada em piso instável (vários tipos de solo, jardins, etc.). É aconselhável colocar um isolamento de borracha rígida entre a estrutura de base e a superfície de suporte. Sempre que seja necessário isolamento acústico mais eficaz, recomenda-se a utilização de apoios antivibráticos. No caso de instalação em coberturas ou andares intermédios, a unidade e as tubagens têm de ser isoladas das paredes e dos tetos aplicando juntas de borracha rígida entre a unidade e as paredes e tetos e utilizando apoios que não sejam fixos de forma rígida às paredes. Se a unidade for instalada próximo de escritórios privados, quartos de dormir ou zonas onde os níveis de ruído tenham de ser mantidos baixos, é aconselhável realizar uma análise aprofundada do campo de ruído gerado e verificar se este é compatível com a legislação local em vigor.

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5 INSTALAÇÃO 5.1 REQUISITOS DE ÁREA TÉCNICA NA INSTALAÇÃO É absolutamente fundamental garantir um volume de ar adequado tanto do lado da entrada como da saída das baterias exteriores, do condensador/evaporador; é extremamente importante evitar que o ar expelido seja novamente aspirado, pois tal pode prejudicar o desempenho da unidade ou mesmo causar uma interrupção no funcionamento normal. Por esta razão, é necessário garantir a área técnica seguinte (ver figura nesta página): - lado traseiro/ligações da tubagem: mín. 1 metro para garantir acesso às ligações da tubagem e/ou para

eventuais trabalhos de manutenção nas bombas, depósito de inércia, vaso de expansão e fluxostato. - lado do quadro elétrico: mín. 1 metro para garantir acesso para inspeção e/ou manutenção dos componentes de

arrefecimento. - lado do permutador de calor exterior: mín. 1,5 metros para garantir a circulação adequada do ar e o acesso ao

compartimento de compressão, também pelo lado. - topo: não podem existir obstáculos à saída.

Unidade vista de cima

1,0 m traseir

1,0 m frente

1,5 m

1,5 m

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5.2 LINHAS DE ORIENTAÇÃO GERAIS PARA LIGAÇÕES DA TUBAGEM Ao preparar a ligação do circuito de água para o evaporador devem seguir-se as indicações abaixo e, em todos os casos, certificar-se de que cumpre a legislação nacional ou local (usar os diagramas incluídos neste manual como referência). - Ligar os tubos ao chiller usando uniões flexíveis para impedir a transmissão de vibrações e para compensar

eventuais expansões térmicas. Estas unidades estão todas configuradas para instalação dos tubos de entrada/saída da água fora da unidade (na traseira), sendo esses tubos fornecidos deforma standard, sem quaisquer custos adicionais para o cliente.

- Recomenda-se a instalação dos seguintes componentes nos tubos:

• par de uniões de ligação rápida com secção do tubo a soldar (opcional). Facilitam as operações de ligação ao sistema da tubagem, tornando a instalação muito mais rápida.

• indicadores de temperatura e de pressão para manutenção de rotina e monitorização da unidade. Verificar a

pressão do lado da água permitir-lhe-á verificar se o depósito de expansão está a funcionar eficazmente e detetar rapidamente eventuais fugas de água no equipamento.

• coletores na tubagem de entrada e de saída para medições da temperatura, que podem proporcionar uma

leitura direta das temperaturas de funcionamento. As leituras da temperatura podem ser sempre obtidas a partir do microprocessador instalado na unidade.

• válvulas reguladoras (válvulas de guilhotina) para isolar a unidade do circuito da água. • filtro de malha metálica (tubos de entrada), com uma malha de dimensão inferior ou igual a 1 mm, para

proteger o permutador de calcário ou impurezas existentes nas tubagens. • válvulas de purga de ar, a colocar nos pontos mais altos do circuito da água para purgar o ar. [A tubagem

interna da unidade integra pequenas válvulas de purga de ar para purgar a própria unidade: esta operação apenas pode ser realizada com a unidade desligada da alimentação elétrica - certificar-se que o circuito está totalmente cheio de água; de seguida purgar cuidadosamente o ar e verificar novamente para garantir que não existe ar antes de ligar a bomba pela primeira vez.

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5.3 LIGAÇÃO DE ÁGUA AO EVAPORADOR

É absolutamente crucial que a alimentação de água da rede seja ligada à união marcada com a indicação “Entrada de água”.

Caso contrário, o evaporador ficaria exposto ao risco de congelamento, dado que o termóstato anticongelação não conseguiria desempenhar a sua função; além disso, a inversão de ciclo não seria ativada no modo de arrefecimento, resultando em riscos adicionais de avaria. As dimensões e posição das ligações da tubagem são mostradas nas tabelas, no final do manual.

O circuito da água tem de ser configurado de forma a garantir que o caudal nominal de água fornecida ao evaporador se mantém constante (+/- 15%) em todas as condições de funcionamento.

Os compressores trabalham muitas vezes de forma intermitente, dado que os requisitos de refrigeração geralmente não coincidem com o rendimento da unidade AQUA4. Em sistemas com pouca água, em que a inércia térmica da água é inferior, é boa ideia verificar se o teor de água na secção que serve os utilizadores satisfaz a condição seguinte:

NsShCcV

×∆Τ××∆×

τ

V = teor de água na secção do utilizador [m3] Sh = calor específico do líquido [J/(kg/°C)] ρ = densidade do líquido [kg/m3] ∆τ = intervalo de tempo mínimo entre 2 arranques do compressor [s] ∆T = diferencial de T da água permitido [°C] Cc = capacidade de arrefecimento [W] Ns = n.º de estágios de controlo da capacidade

Esta verificação tem de ser feita, mesmo se as unidades AQUA4 não forem fornecidas com o depósito de inércia no seu interior.

Depósito de inércia Ts °C

Temp. água à entrada

Temp. água à saída

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Uma característica standard das unidades AQUA4 é um dispositivo para controlar o caudal (fluxostato acionado por palhetas) no circuito da água, muito próximo do evaporador. Qualquer alteração deste dispositivo invalida de imediato a garantia. É obrigatória a instalação de um filtro de rede metálica de dimensão não inferior a 1 mm na tubagem de entrada da água.

Recomenda-se vivamente a instalação de uma válvula de segurança no circuito da água. Em caso de avarias graves no equipamento (por ex. incêndio) esta válvula permitirá a drenagem da água do sistema, evitando assim eventuais explosões. Ligar sempre a saída de drenagem a um tubo com um diâmetro pelo menos igual ao da abertura da válvula e direcionar para uma zona onde a descarga de água não possa constituir qualquer perigo. Trata-se de uma característica standard de unidades equipadas com o depósito de inércia opcional.

Aviso: Ao proceder às ligações da tubagem, é necessário certificar-se de que não há chamas nuas na proximidade da unidade nem no seu interior.

5.4 DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA NO LADO DA ALTA PRESSÃO Existem dispositivos de segurança no circuito frigorífico, em cada circuito frigorífico, conforme a capacidade volumétrica dos compressores instalados, como indicado pela Diretiva 97/23 (PED); em particular, relativamente ao design do equipamento, esta Diretiva exige que os fabricantes cumpram a norma técnica mais próxima do tipo de objeto produzido; no caso dos chillers concebidos para condensação a ar ou a água, deve ser tida em conta a norma UNI EN 378-2. De acordo com esta norma, para caudais de fluido frigorigeneo até 25 dm3 por circuito apenas é necessário um dispositivo limitador de pressão; em sistemas com caudais que excedam este limite, devem ser aplicados 2 dispositivos de segurança. Na prática, trata-se de pressóstatos de segurança concebidos para conferir ao circuito frigorífico uma “proteção em cascata”. A figura seguinte ilustra o que se entende por “proteção em cascata”:

… em que o pressóstato 1 está definido à “PS” (pressão máxima admissível) do sistema, e o pressóstato 2 terá a definição = PS x 0,9 de acordo com a norma técnica de referência.

Pressóstato 1 Desliga

Pressóstato 2 Desliga

Liga

Liga

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6 LIGAÇÕES ELÉTRICAS 6.1 GENERALIDADES

Antes de realizar qualquer trabalho nos componentes elétricos, deve certificar-se de que a alimentação está desligada.

Verificar se a alimentação elétrica é compatível com as especificações (tensão, número de fases, frequência) indicadas na chapa de características da unidade. A ligação à alimentação elétrica faz-se através de um cabo de três condutores mais neutro e cabo de terra ou de cabos de condutor único (um por fase) + terra conforme a secção transversal mínima especificada no diagrama de ligações, que integra a documentação que acompanha o chiller; o código do diagrama está também patente na chapa de características, dentro do compartimento do compressor.

A dimensão do cabo e das proteções do circuito tem de estar em conformidade com as especificações fornecidas no diagrama de ligações.

A tensão de alimentação não pode sofrer flutuações superiores a ±5% e o desequilíbrio entre fases tem de ser sempre inferior a 2%.

As condições de funcionamento mencionadas atrás têm de verificar-se sempre; caso as ditas condições não sejam asseguradas, a garantia será invalidada de imediato.

As ligações elétricas têm de ser feitas de acordo com as informações mostradas no diagrama de ligações fornecido com a unidade e com a legislação atual em vigor. Ligações elétricas e verificações preliminares:

• Ligar o interruptor de corte geral, rodar os parafusos de bloqueio de ½ volta do quadro elétrico a abri-lo. • Introduzir o cabo de alimentação 400/3/50+N através do orifício existente do lado esquerdo da unidade (depois de

remover primeiro o quadrado de alumínio e nele abrir um furo com base no diâmetro do cabo elétrico) e fixar com uma união para cabos.

• Ligar a alimentação e o fio de terra aos terminais do interruptor de corte geral. • Abrir os porta-fusíveis F1 e F2 (ou Q1 e Q2 para os cortes por sobrecarga do motor) dos compressores (F1-F2-F3-F4

para os fusíveis ou Q1-Q2-Q3-Q4 para os cortes por sobrecarga no caso das unidades AQUA4 com 4 compressores) para impedir que liguem no sentido errado em caso de sequência de fases incorreta.

• Ligar a alimentação colocando o interruptor de corte geral (QS) na posição “ON”. • Verificar se a sequência de fases R-S-T está correta verificando, no relé de sucessão de fases situado no meio da

placa de controlo elétrico, se o LED verde indicador de alimentação ligada e o LED amarelo indicador de sequência correta acendem os dois; se tal não acontecer, desligar a alimentação do chiller no painel de distribuição exterior e trocar a posição de duas fases; depois repetir a operação. É ABSOLUTAMENTE PROIBIDO MEXER NA CABLAGEM A JUSANTE DO INTERRUPTOR DE CORTE GERAL dado que tal pode alterar a sequência de outros dispositivos, por ex. bombas.

• Fechar os porta-fusíveis F1 e F2 dos compressores (F1-F2-F3-F4 no caso das unidades AQUA4 com 4 compressores).

• Fechar o quadro elétrico e trancá-lo com os parafusos de bloqueio de ½ volta.

A legislação exige uma ligação à terra. O instalador tem de ligar o fio de terra usando o terminal de ligação à terra existente na placa de controlo elétrico (fio amarelo e verde). A alimentação para o circuito de controlo é derivada do circuito de alimentação através de um transformador de isolamento situado na placa de controlo elétrico. O circuito de controlo está protegido por fusíveis adequados. Uma característica standard de todas as unidades é um relé de sucessão de fases que verifica a sequência de fases correta; tal é necessário para garantir que o chiller está completamente operacional antes de permitir um arranque do compressor.

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6.2 LIGAÇÕES ELÉTRICAS DO FLUXOSTATO ACIONADO POR PALHETAS Todas as unidades AQUA4 possuem um fluxostato acionado por palhetas instalado em série nos circuitos da água e elétrico e com ligações previstas na configuração da unidade. 6.3 LIGAÇÕES ELÉTRICAS DA BOMBA DE ÁGUA Quando selecionada(s) no momento da encomenda, a(s) bomba(s) é(são) fornecida(s) com pré-ligação em todas as unidades AQUA4. Nos conjuntos com duas bombas, quer configurados conforme uma lógica “E” ou “OU”, a rotação de funcionamento é controlada com base no tempo e ativada em caso de avaria. Configurações bomba-depósito possíveis:

- Depósito de inércia integrado, disponível apenas no lado primário (sistema) - É possível instalar no depósito de inércia 2 bombas, que podem ser configuradas a pedido:

1 bomba no lado primário + 1 bomba no lado da AQS 2 bombas no lado primário com lógica “OU” (rotação em standby) ou “E” (paralelo) 2 bombas do lado AQS com lógica “OU” (rotação em standby) ou “E” (paralelo)

- É possível gerir duas bombas externas a partir do microprocessador com lógica “OU” (rotação em standby) ou “E” (paralelo), com um controlador de tensão muito baixa (24 Vac) através de um transformador de isolamento ou contactos limpos.

- Se não existir depósito de inércia, as duas bombas podem ser instaladas no interior, quer do

lado primário quer do lado da AQS com lógica “OU” (rotação em standby) ou “E” (paralelo).

As bombas arrancam antes do chiller e desligadas depois dele (intervalo de tempo mínimo recomendado: 60 segundos). Quando incluída como opcional, esta função já é realizada pelo microprocessador da unidade.

6.4 CONTROLADORES REMOTOS Se se pretender incluir um controlador remoto para ligar e desligar a unidade, terá de se retirar o “jumper” entre os contactos indicados no diagrama de ligações e ligar o controlador ON/OFF remoto aos próprios terminais [ver diagrama de ligações em anexo].

Todos os controladores remotos funcionam com uma tensão muito baixa (24 Vac) fornecida pelo transformador de isolamento na placa de controlo elétrico.

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6.5 COMUTAÇÃO REMOTA VERÃO-INVERNO Se se pretender incluir um controlador remoto para comutar a unidade entre modos de funcionamento de verão e de inverno, terá de se retirar o “jumper” entre os contactos indicados no diagrama de ligações e ligar o controlador remoto aos próprios terminais [ver diagrama de ligações em anexo]. Os modos de comutação variam consoante o tipo de controlo por microprocessador – básico ou avançado; seguem-se instruções pormenorizadas (ver extrato do diagrama de ligações correspondente) e no manual de utilizador do microprocessador, integrado na documentação fornecida.

pCO

ON/OFF

REMOTO SELEÇÃO VERÃO/

INVERNO

SETPOINT REMOTO/ ALARME

EXTERNO GRAVE

ENTRADAS DIGITAIS

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7 ARRANQUE 7.1 VERIFICAÇÕES PRELIMINARES - Verificar se as válvulas do circuito frigorífico estão todas abertas (linha de líquido).

- Verificar se as ligações elétricas foram bem realizadas e se os terminais estão todos bem apertados. Esta verificação deve também ser incluída numa inspeção periódica a cada seis meses.

- Verificar se a tensão nos terminais RST é de 400 V ± 5% e certificar-se de que o LED indicador amarelo do relé sequenciador de fases está aceso. O relé sequenciador de fases está posicionado ao meio da placa de controlo elétrico, do lado direito; se a sequência não for cumprida, não ativará o arranque da unidade.

- Certificar-se de que não existem fugas de fluido frigorigeneo que possam ter sido causadas por impactos

acidentais durante o transporte e/ou a instalação. - Verificar a alimentação para os elementos de aquecimento do cárter, se existirem.

Os elementos de aquecimento têm de ser ligados pelo menos 5 a 10 minutos antes de a unidade ser ligada. Esta função é realizada automaticamente quando o interruptor de corte geral é desligado. Têm como função elevar a T do óleo no cárter e limitar a quantidade de fluido frigorigeneo nele dissolvido.

Para verificar se os elementos de aquecimento estão a funcionar corretamente, inspecionar a parte inferior dos compressores: deverá estar quente ou em qualquer caso a uma temperatura 10-15°C superior à temperatura ambiente.

O diagrama anterior ilustra uma propriedade específica [a Lei de Charles] dos gases, que se tornam mais solúveis em líquidos à medida que a pressão aumenta e menos solúveis à medida que a temperatura sobe; se o óleo for mantido a uma pressão constante: uma subida na temperatura reduzirá significativamente a quantidade de fluido frigorigeneo nele dissolvido, assegurando assim que a função de lubrificação pretendida se mantém. De notar também que uma ligeira formação de espuma [1-5 mm] no óleo durante o arranque (perda de carga => diminuição na % de solubilidade] é normal e não compromete a fiabilidade do sistema.

- Verificar se as ligações da tubagem foram feitas corretamente, conforme as indicações dadas nas chapas de

características patentes na própria unidade (ligações de entrada e de saída adequadas). - Certificar-se de que o circuito de água é purgado corretamente para eliminar todo o ar; encher gradualmente o

circuito e abrir as válvulas de purga do ar na parte superior, que o instalador deverá ter montado.

Pressão no cárter

% de R410A dissolvido no óleo

T

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7.2 OPERAÇÃO DE ARRANQUE Antes de ligar o chiller, desligar o interruptor de corte geral, selecionar o modo de funcionamento pretendido no painel de controlo [botão vermelho = aquecimento; botão verde = arrefecimento] e premir o botão "ON" no controlador. A unidade arrancará se for ativada:

- pelos dispositivos de segurança da(s) bomba(s) de água - pelo fluxostato (ou pressóstato diferencial) - pela sonda T, que mede a temperatura da água que volta do sistema [entrada do chiller] - e se não existirem alarmes ativos

Arranque:

• Verificar se todas as válvulas externas do circuito de água estão abertas e se a água corre livremente (o alarme de caudal não deve ser ativado).

• Colocar o interruptor de corte geral na posição “ON”. o A bomba arrancará de imediato. o Após decorridos 60 segundos, o compressor arrancará.

• Verificar o diferencial de temperatura da água (12-7°C a medir com um termómetro na tubagem de entrada e saída da água da unidade).

• Verificar que não existem fugas no lado do fluido frigorigeneo nem no lado da água. • Fechar a unidade usando todos os parafusos existentes.

Se a unidade não arrancar, deve verificar-se se o "set point" foi definido com os valores pretendidos.

A unidade não deve ser desligada da alimentação durante os períodos em que não está a funcionar, mas sim apenas quando vai estar inoperante por um longo período de tempo (por ex. no fim da estação). Para desligar temporariamente a unidade, devem seguir-se as indicações da secção “Desligar a unidade”.

7.3 VERIFICAÇÕES DURANTE O FUNCIONAMENTO - Observar o relé sequenciador de fases na placa de controlo elétrico para verificar se as fases ocorrem na

sequência correta; Se não for esse o caso, desligar a unidade da alimentação e inverter duas fases na entrada da unidade. Nunca se deve modificar ligações elétricas internas; toda e qualquer modificação indevida anulará a garantia.

Todos os dispositivos trifásicos da unidade – compressor, bomba de água e ventiladores (algumas versões) – têm um sentido de rotação definido e foram harmonizados em produção.

- Verificar se a temperatura da água à entrada no evaporador (retorno do sistema) está próxima do valor do

“setpoint” indicado. O tempo que o sistema demorará a atingir a capacidade de funcionamento total dependerá das condições de arranque, do tamanho do sistema e das condições de carga.

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7.4 VERIFICAR O NÍVEL DO FLUIDO FRIGORIGENEO - Após algumas horas de funcionamento, verificar se o indicador de nível do fluido apresenta uma cor verde; uma

cor amarela indica a existência de humidade no circuito. Nesse caso, o circuito tem de ser desumidificado por técnicos qualificados.

- Não devem surgir grandes quantidades de bolhas no indicador de nível do fluido. A passagem constante de

inúmeras bolhas pode ser indicadora de que o nível do fluido frigorigeneo está baixo e precisa de ser atestado. - Alguns minutos depois de os compressores terem arrancado, verificar se a temperatura no final da

condensação indicada no pressóstato (consultar a escala do pressóstato para o fluido frigorigeneo R410A, marcada com as iniciais D.P. - Ponto de Condensação) é cerca de 16-22°C (consoante o tipo de unidade e as condições de carga) superior à temperatura do ar que entra no condensador com os ventiladores a funcionar à velocidade máxima.

- Verificar também a temperatura no final da evaporação indicada no pressóstato (consultar a escala do pressóstato para o fluido frigorigeneo R410A, marcada com as iniciais D.P. – Ponto de Condensação) é cerca de 3,5-5,0°C inferior à temperatura da água à saída do evaporador.

- Certificar-se de que o sobreaquecimento do fluido frigorigeneo é limitado de 5 a 8°C. Para tal:

1) ler a temperatura indicada por um termómetro colocado na tubagem à entrada do compressor; 2) ler a temperatura indicada na escala de um pressóstato também ligado ao lado da entrada; consultar a escala

do pressóstato para o fluido frigorigeneo R410A, marcada com as iniciais D.P. (Ponto de Condensação). O grau de sobreaquecimento é dado pela diferença entre as temperaturas determinada desta forma.

- Certificar-se de que o subarrefecimento do fluido frigorigeneo é limitado de 4 a 6°C. Para tal:

1) ler a temperatura indicada por um termómetro colocado na tubagem à saída do condensador; 2) ler a temperatura indicada na escala de um pressóstato ligado à entrada de líquido na saída do condensador;

consultar a escala do pressóstato para o fluido frigorigeneo R410A, marcada com as iniciais B.P. (Ponto de Ebulição).

O grau de subarrefecimento é dado pela diferença entre as temperaturas determinada desta forma.

Aviso: todas as unidades AQUA4 são carregadas com R410A HFC: o sistema apenas deve ser atestado por técnicos especializados, utilizando o mesmo tipo de fluido frigorigeneo e exclusivamente na fase líquida.

Aviso: o fluido frigorigeneo R410A exige a utilização de óleo sintético “POE” de tipo aprovado pelo fabricante do compressor. Em caso algum deve introduzir-se óleo mineral no circuito do óleo.

T média (T1+T2)/2

T1 (início da condensação)

T2 (fim da condensação)

PONTO DE EBULIÇÃO

Entalpia H

P

P real da descarga do compressor

R410A

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- A diferença ente o Ponto de Condensação e o Ponto de Ebulição é conhecida como "GLIDE" (deslizamento) – uma propriedade característica das misturas de fluido frigorigeneo. Se se utilizarem fluidos puros, a mudança de fase ocorre a uma T constante, sendo o deslizamento igual a zero. Se se utilizar o R410A HFC [mistura de 50% de R32/ 50% de R125], o deslizamento será insignificante (0,2°C), podendo o fluido ser considerado um fluido puro.

7.5 DESLIGAR A UNIDADE É possível desligar a unidade premindo o botão “OFF” no painel dianteiro, desligando o interruptor de corte geral ou utilizando os controladores específicos na interface LCD do utilizador.

Aviso: deve evitar-se desligar a unidade com o interruptor de corte geral. Este dispositivo deve ser utilizado para desligar a unidade da alimentação elétrica quando não há passagem de corrente, por ex. quando a unidade já está desligada. Além disso, se se desligar completamente a unidade da alimentação elétrica, os elementos de aquecimento do cárter não recebem alimentação, o que pode pôr em causa a integridade do compressor da próxima vez que a unidade arrancar.

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8 LIMITES DE FUNCIONAMENTO Limites de funcionamento dos chillers AQUA4 relativamente à temperatura da água à saída (entre parêntesis, em modo de arrefecimento) e à temperatura do ar exterior: Mín. Máx. Temperatura da água à saída do evaporador [°C]: 5 (30) 12 (45) Temperatura do ar exterior [°C]: -10 45 Temperatura máxima da Água Quente Sanitária [°C] 50 8.1 CAUDAL DE ÁGUA PARA O EVAPORADOR O caudal nominal de água baseia-se num diferencial de temperatura de 5°C entre a temperatura da água à entrada e à saída, relativamente à capacidade de arrefecimento proporcionada à temperatura nominal da água (12/7°C) e do ar (35°C). O caudal máximo de água permitido está associado a um diferencial de temperatura de 3°C. Caudais de água superiores, embora admissíveis, causam elevadas perdas de carga sem sentido. O caudal mínimo de água permitido está associado a um diferencial de temperatura de 8°C ou a uma perda de carga mínima de 10 kPa; caudais de água inferiores originam uma redução nos coeficientes de permuta de calor e temperaturas de evaporação excessivamente baixas, que podem ativar os dispositivos de segurança e fazer com que a unidade desligue. 8.2 TEMPERATURA DA ÁGUA REFRIGERADA A temperatura mínima da água à saída do evaporador é de 5°C; São possíveis temperaturas inferiores, mas para tais aplicações deve consultar-se o Fabricante aquando da realização da encomenda. A temperatura máxima da água à entrada do evaporador é de 20°C. Para permitir temperaturas superiores é necessário adaptar soluções de equipamento específicas (circuitos divididos, válvulas de 3 vias, bypasses, depósitos de armazenamento); as aplicações fora dos limites especificados poderão ser autorizadas pela LENNOX, sujeitas a verificação e subsequente autorização por escrito. 8.3 TEMPERATURA DO AR EXTERIOR As unidades são concebidas e construídas para funcionar com temperaturas do ar exterior na gama de -10 (com controlo da condensação) a 45°C. As aplicações fora dos limites especificados poderão ser autorizadas pela LENNOX, sujeitas a verificação e subsequente autorização por escrito. A pedido, as unidades podem ser equipadas com um elemento de aquecimento elétrico para aquecer o evaporador nos casos em que a unidade esteja exposta a temperaturas extremas durante os períodos de inatividade no inverno. O elemento de aquecimento é ativado sempre que a temperatura da água à saída do evaporador baixa para um valor inferior ao definido na sonda anticongelamento. 8.4 FUNCIONAMENTO COM ÁGUA A BAIXAS TEMPERATURAS

As unidades standard não foram concebidas para funcionar com temperaturas de água refrigerada inferiores a 5°C à saída do evaporador. Para poder funcionar abaixo deste limite, a unidade necessita de ajustes técnicos específicos; nestes casos, deve contactar o Fabricante.

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9 DEFINIR PARÂMETROS DE FUNCIONAMENTO 9.1 GENERALIDADES Todos os dispositivos de controlo são definidos e testados antes da saída da unidade de fábrica. Contudo, depois de a unidade ter funcionado por um período de tempo razoável, é possível verificar os dispositivos de funcionamento e segurança. As definições são indicadas nas Tabelas I e II.

A manutenção aos dispositivos de controlo APENAS pode ser realizada por TÉCNICOS QUALIFICADOS; a definição de valores incorretos pode causar danos graves na unidade e danos pessoais.

Muitos dos parâmetros de funcionamento e definições do sistema são configurados através do microprocessador e estão protegidos por palavras-passe. TABELA I – DEFINIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE CONTROLO

- SÉRIE AQUA4

DISPOSITIVO DE CONTROLO “SET POINT” DIFERENCIAL

Termóstato de serviço [HS-HL-PS-PL] °C 12 4

Termóstato de serviço [HS-HL-PS-PL] °C 40 4 TABELA II – DEFINIÇÃO DE DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA - CONTROLO

- SÉRIE AQUA4

DISPOSITIVO DE CONTROLO ATIVAÇÃO DIFERENCIAL REINICIAÇÃO

Termóstato anticongelação °C +4 1 Automática Pressóstato de segurança – alta pressão bar 45 -13,5 Manual Pressóstato de segurança – alta pressão bar 40,5 -12,2 Manual Válvula de segurança de alta pressão bar - - - Pressóstato de segurança – baixa pressão bar 1,5 +1,0 Automática Dispositivo de controlo – modulação da condensação

bar 18 10

Tempo de espera entre dois arranques do mesmo compressor

s 450 - -

Atraso no alarme do fluxostato s 20 - - Atraso no alarme de baixa pressão s 1 - - Rotação da bomba [opcional] h 6 - - Pressão de fim de descongelação bar 29 - - Tempo de descongelação máximo s 360 - - Intervalo de tempo mínimo entre duas operações de descongelação

s 1800 - -

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9.2 PRESSÓSTATO DE ALTA PRESSÃO O pressóstato de alta pressão é do tipo de reiniciação manual e pertence à categoria IV segundo a norma EEC 97/23. Desliga diretamente o compressor quando a pressão de descarga excede um valor definido (ver secção 5.4). Para verificar a eficácia deste pressóstato, fecha-se a passagem do ar para os condensadores – com os compressores a funcionar – e verifica-se, com o pressóstato previamente instalado na saída do compressor, se o pressóstado de segurança é ativado (ou seja se os compressores param) quando o valor definido é atingido.

Aviso: durante esta operação, se o dispositivo de segurança não disparar, o segundo pressóstato ligado em cascata liga para desligar a unidade; contudo, deverá, em todo o caso, estar pronto a desligar a unidade como indicado na secção "Desligar a unidade" – ver também a secção 5.4.

O pressóstato de alta pressão tem de ser reiniciado manualmente; isso apenas é possível quando a pressão baixa para um valor inferior ao diferencial definido (ver Tabela II). 9.3 PRESSÓSTATO DE BAIXA PRESSÃO O pressóstato de baixa pressão desliga o compressor quando a pressão de entrada baixa para um valor inferior ao valor definido durante mais de 60 segundos. O pressóstato é reiniciado automaticamente quando a pressão sobe para um valor superior ao diferencial definido (ver Tabela II); no entanto, a unidade não retoma o funcionamento enquanto não se apagar a memória do alarme no microprocessador. 9.4 TERMÓSTATO DE SERVIÇO Este dispositivo tem por função ligar e desligar os compressores consoante os requisitos de água refrigerada, determinado por uma sonda montada na entrada do evaporador [água que retorno ao circuito]. Trata-se de uma função integrada no microprocessador; funciona com uma largura de banda proporcional que pode ser definida conforme desejado. 9.5 TERMÓSTATO ANTICONGELAÇÃO A sonda de sinalização de congelamento situada na saída do evaporador deteta a presença de temperaturas excessivamente baixas e desliga a unidade. Juntamente com o fluxostato e com o pressóstato de baixa pressão, este dispositivo protege o evaporador do risco de congelamento resultante de avarias no circuito da água. Trata-se de uma função incluída no microprocessador. 9.6 TEMPORIZADOR ANTI CICLOS CURTOS Este temporizador tem por função evitar arranques e paragens excessivamente frequentes do compressor. Trata-se de uma função incluída no microprocessador. Impõe um intervalo de tempo mínimo de 300 segundos entre dois arranques sucessivos.

Nunca se deve alterar o intervalo de tempo definido na fábrica; definições erradas poderiam causar danos graves na unidade.

9.7 PRESSÓSTATO DIFERENCIAL DO ÓLEO As unidades AQUA4 estão equipadas com compressores Scroll, que não possuem bomba de óleo e portanto não necessitam de pressóstato diferencial do óleo.

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10 VERIFICAÇÕES E MANUTENÇÃO DE ROTINA 10.1 ADVERTÊNCIAS

Todas as operações descritas neste capítulo TÊM DE SER REALIZADAS POR TÉCNICOS QUALIFICADOS

Antes de realizar qualquer trabalho na unidade ou aceder a componentes internos, é necessário certificar-se de que esta está desligada da alimentação elétrica.

A parte superior e a tubagem de saída do compressor podem atingir temperaturas muito elevadas, na ordem dos 110°C. Deve ter-se especial cuidado ao trabalhar nas imediações deste componente quando a unidade está a funcionar.

Deve ter-se especial cuidado ao trabalhar nas imediações do permutador de calor exterior, dado que as alhetas de alumínio de 0,11 mm de espessura podem causar cortes superficiais.

Depois de concluir os trabalhos de manutenção, os painéis de fecho das unidades devem ser sempre colocados no sítio e fixos com os parafusos de bloqueio.

10.2 GENERALIDADES É aconselhável realizar verificações periódicas para garantir que a unidade está a funcionar corretamente: • Verificar a eficácia de todos os dispositivos de controlo e segurança como descrito atrás. • Verificar os terminais na placa de controlo elétrico e as placas de terminais dos compressores para se

certificar que estão bem apertados. Os contactos móveis e fixos dos contactores devem ser limpos periodicamente e substituídos sempre que evidenciem sinais de deterioração.

• Verificar o nível de fluido frigorigeneo por meio do indicador de nível do fluido (de 6 em 6 meses). • Verificar os níveis do óleo através dos visores existentes nos cárteres dos compressores (de 6 em 6 meses). • Verificar se o circuito da água apresenta fugas (de 6 em 6 meses). • Verificar o enchimento do circuito da água, purgar o ar do circuito utilizando as válvulas situadas nos pontos

mais altos. • Verificar a eficácia do fluxostato ou do pressóstato diferencial do óleo. • Verificar os elementos de aquecimento dos cárteres dos compressores (quando existirem). • Limpar os filtros de malha metálica montados externamente nos tubos de água. • Verificar o indicador de humidade no indicador de nível do fluido (verde = seco; amarelo = húmido); caso o

indicador não acenda a verde como indicado no autocolante, substituir o filtro (de 6 em 6 meses). • Verificar se o ruído emitido pela unidade é aceitável (de 6 em 6 meses) e, mais especificamente, se não são

detetadas vibrações e/ou batidas.

A LENNOX não se responsabiliza por traduções inexatas do manual noutra língua exceto o Inglês.

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10.3 REPARAR O CIRCUITO FRIGORIFICO

Aviso: ao realizar reparações no circuito de frigorífico ou trabalhos de manutenção nos compressores, deve certificar-se que o circuito é mantido aberto o menor tempo possível. Mesmo quando apenas expostos ao ar por breves instantes, os óleos de ésteres tendem a absorver grandes quantidades de humidade, o que resulta na formação de ácidos fracos.

Se o circuito frigorífico tiver sido sujeito a reparações, é imperativo realizar as operações seguintes:

- teste de estanquecidade; - esvaziamento e secagem do circuito frigorífico; - enchimento com fluido frigorigeneo.

Caso seja necessário drenar o sistema, o fluido frigorigeneo existente no circuito deverá ser sempre recolhido com equipamento adequado; o fluido frigorigeneo deve ser manuseado exclusivamente na fase líquida.

10.4 TESTE DE ESTANQUECIDADE Encher o circuito com azoto gasoso fornecido a partir de um depósito com uma válvula redutora da pressão até a pressão atingir 10 bar.

Durante a fase de pressurização, não deve exceder-se o valor de pressão definido para as válvulas de segurança; caso contrário, estas abrirão.

É necessário determinar se existem fugas usando detetores de fugas especiais. Caso sejam detetadas fugas durante o teste, o circuito deve ser esvaziado antes de proceder à reparação dos sítios com fugas utilizando ligas adequadas.

Não usar oxigénio em substituição do azoto como agente de teste, dado que tal pode causar risco de explosão bem como a certeza de oxidação alargada nas zonas de temperaturas altas.

10.5 VÁCUO INTENSO E SECAGEM DO CIRCUITO FRIGORIFICO Para conseguir um vácuo intenso no circuito frigorífico é necessário usar uma bomba com capacidade para gerar um elevado grau de vácuo, ou seja, 15 Pa de pressão absoluta. Caso não exista uma bomba de vácuo adequada disponível, ou sempre que o circuito tenha ficado aberto por longos períodos de tempo, recomenda-se vivamente adotar o método de esvaziamento triplo. Este método é também recomendado quando existe humidade no circuito. A bomba de vácuo deve ser ligada às entradas. O procedimento a realizar é o seguinte: - Esvaziar o circuito até atingir uma pressão absoluta de, pelo menos, 35 Pa. Nesta altura, injetar azoto no circuito

até atingir uma pressão relativa de cerca de 1 bar. - Repetir a etapa descrita acima. - Realizar a etapa descrita acima pela terceira vez, mas neste caso tentando atingir o vácuo mais intenso possível. Com este procedimento é possível remover facilmente até 99% dos poluentes.

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10.6 ENCHIMENTO COM FLUIDO FRIGORIGENEO R410A - Ligar a garrafa de fluido frigorigeneo gasoso à entrada macho SAE 1/4 situada na linha de líquido depois de

descarregar um pouco de gás para eliminar o ar no tubo de ligação. - Realizar a operação de enchimento com o fluido frigorigeneo no estado líquido até atingir 75% da carga total. - Depois, ligar à entrada do circuito de entrada e concluir o processo de enchimento com o fluido frigorigeneo no

estado líquido até não se visualizarem bolhas no indicador de nível do fluido e se atingirem os parâmetros de funcionamento indicados na secção "Verificar o nível do fluido frigorigeneo".

Dado que o R410A é uma mistura de R32 e R125, é aconselhável realizar o enchimento com o fluido frigorigeneo no estado líquido para garantir a percentagem correta dos 2 constituintes. Encher através da entrada existente entre a válvula de expansão e a entrada do evaporador.

As unidades enchidas em fábrica com R410A não podem ser enchidas com outros fluidos frigorigeneos.

10.7 PROTEÇÃO AMBIENTAL A legislação que implementa as normas [reg. CEE 2037/00] que regem a utilização de substâncias nocivas para a camada de ozono e gases de efeito de estufa proíbe a libertação de fluido frigorigeneo no estado gasoso para a atmosfera e exige a quem os tenha na sua posse que os recupere e, no final do respetivo ciclo de vida, os devolva à procedência ou os entregue em estações de tratamento adequadas. O fluido frigorigeneo R410A HFC não é nocivo para a camada de ozono, mas está incluído na lista de substâncias responsáveis pelo efeito de estufa sendo, por conseguinte, abrangido pela legislação anteriormente mencionada e local.

Por esta razão, deve ter-se especial cuidado ao realizar trabalhos de manutenção para minimizar eventuais fugas de fluido frigorigeneo.

11 ELIMINAR A UNIDADE Quando a unidade chegar ao fim do seu ciclo de vida e precisar de ser desmontada e substituída, devem ser levadas a cabo uma série de operações: - o fluido frigorigeneo nela contido deve ser recuperado por técnicos especializados e enviado para uma estação

de recolha de resíduos; - o óleo lubrificante existente nos compressores deve igualmente ser recuperado e enviado para uma estação de

recolha de resíduos; - caso a sua reutilização não seja possível, a estrutura e os componentes devem ser desmontados e separados

conforme o tipo de material de que são construídos; tal aplica-se especialmente às quantidades consideráveis de cobre e alumínio existentes na unidade.

Deste modo facilita-se a tarefa das estações de recolha, eliminação e reciclagem de resíduos e minimiza-se o impacto ambiental de tais processos.

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12 RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS Nas páginas seguintes é apresentada uma lista das causas mais comuns de avaria do chiller. Essas causas estão organizadas de acordo com sintomas de fácil identificação.

Deve ter-se especial cuidado ao tentar implementar qualquer das soluções possíveis sugerida; o excesso de confiança pode resultar em ferimentos, por vezes graves, em indivíduos inexperientes. Por conseguinte, depois de identificar a causa é aconselhável contactar o fabricante ou um técnico qualificado para obter apoio.

Filtro secador

Válvula de expansão

Unidade com módulo hidráulico, uma

Permutador de calor de

Entrada de água quente

Saída de água quente

Saída de água fria

Entrada de água fria

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FALHA

Causas possíveis Medidas corretivas

A unidade não arranca. Não há alimentação elétrica. Verificar que tanto o circuito primário como os circuitos secundário têm alimentação.

A plca eletrónica não tem alimentação.

Verificar as proteções.

Alguns alarmes dispararam. Verificar se existem alarmes assinalados no controlador do microprocessador, eliminar as causas e ligar a unidade.

A sequência de fases está errada. Inverter duas fases no circuito de alimentação principal depois de as desligar a seguir à unidade.

O compressor é ruidoso O sentido de rotação do compressor está errado.

Verificar o relé sequenciador de fases. Inverter as fases na placa de terminais depois de desligar a unidade e contactar o fabricante.

Presença de pressão alta fora do normal.

Caudal de ar insuficiente para o condensador.

Verificar se os ventiladores estão todos a funcionar corretamente. Verificar a T do ar à entrada do condensador e certificar-se de que não se verifica contrafluxo. Verificar se a tensão RMS real para os ventiladores é a máxima. Se necessário, verificar os transdutores de pressão por meio do controlador da velocidade de rotação, se existir [opcional]. Verificar se o permutador de calor externo está limpo.

Existência de ar no circuito frigorífico, revelado pela presença de bolhas no indicador de nível do fluido também com valores de subarrefecimento superiores a 5°C.

Drenar e pressurizar o circuito e verificar se existem fugas. Gerar um vácuo lento [superior a 3 horas] até atingir uma pressão de 15 Pa e de seguida encher na fase líquida.

Unidade demasiado cheia, indicada por um subarrefecimento superior a 8°C.

Drenar o circuito.

Válvula termostática e/ou filtro colmatado. Estes sintomas podem também ocorrer na presença de uma pressão baixa fora do normal.

Verificar as temperaturas a montante e a jusante da válvula e do filtro e substituir, se necessário.

Caudal de água insuficiente no caso de funcionamento como bomba de calor.

Verificar se existem perdas de carga no circuito da água e/ou se a bomba está a funcionar corretamente [sentido de rotação]. Verificar a T da água à saída e certificar-se de que é inferior ou igual a 45°C.

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FALHA

Causas possíveis Medidas corretivas

Pressão de condensação baixa. Avaria no transdutor. Verificar os transdutores e a eficácia do acionador da agulha nas válvulas Schrader a que estão ligados.

T exterior demasiado baixa e/ou existência de ventos fortes.

Instalar o dispositivo de controlo de modulação da condensação e/ou proteger a unidade de ventos dominantes.

T da água baixa no caso de funcionamento como bomba de calor.

Verificar se a carga térmica é compatível com o potencial da unidade.

Pressão de evaporação baixa. Caudal de água insuficiente. Verificar se as bombas estão a rodar no sentido correto. Verificar se existem perdas de carga no sistema de água. Verificar a eficácia da válvula de segurança do sistema da bomba (opcional).

Anomalia na válvula termostática Aquecendo a bolbo com a mão, verificar se a válvula abre e regula, se necessário. Substituir caso a válvula não responda.

Filtro colmatado. As perdas de carga a montante e a jusante do filtro não devem ultrapassar 2°C. Substituir o filtro caso sejam superiores.

T de condensação baixa. Verificar a eficácia do dispositivo de controlo da condensação [se existir].

Nível baixo de fluido frigorigeneo. Verificar o nível de fluido frigorigeneo medido o grau de subarrefecimento; caso seja inferior a 2°C, atestar a carga.

Bateria coberta com gelo, no caso de funcionamento em modo de aquecimento.

Verificar se os parâmetros de descongelação foram definidos corretamente. Verificar a eficácia da válvula de 4 vias.

T exterior baixa, caso a unidade esteja a funcionar com a bomba de calor ligada.

Verificar o cumprimento dos limites de funcionamento e eliminar eventuais bypasses e contrafluxo de ar.

O compressor não arranca. O dispositivo de proteção térmica interno disparou.

No caso de compressores equipados com um módulo de proteção, verificar o contacto térmico. Identificar as causas depois de ligar novamente.

Os disjuntores ou fusíveis da linha dispararam devido a curto-circuito.

Identificar a causa medindo a resistência dos vários enrolamentos e do isolamento para a envolvente antes de ligar novamente a alimentação.

Um dos pressóstatos de alta ou baixa pressão disparou.

Verificar no microprocessador, eliminar as causas.

As fases foram invertidas no compartimento de distribuição.

Verificar o relé sequenciador de fases.

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FALHA

Causas possíveis Medidas corretivas

Pressão de evaporação elevada. Temp. da água demasiado elevada. Verificar a carga térmica e/ou a eficácia da função do termóstato. Verificar a eficácia da válvula termostática.

Descongelação não existente ou incompleta

Erro nas definições dos parâmetros. Verificar a definição dos parâmetros de início e fim da descongelação no microprocessador. Verificar se a água de descongelação é drenada corretamente das baterias. Verificar a uniformidade das temperaturas de saída do circuito frigorífico nas baterias superior e inferior; o diferencial de temperatura máximo permitido é 10°C. Verificar o nível do fluido frigorigeneo.

A válvula de 4 vias não funcionou. Verificar se a corrente para a válvula é ativada e desativada regularmente.

13 PERDAS DE CARGA HIDRÁULICAS 13.1 PERDAS DE CARGA NO EVAPORADOR Nota : para mais informações, contactar o departamento técnico da LENNOX. 13.2 PERDAS DE CARGA NO RECUPERADOR DE CALOR Nota : para mais informações, contactar o departamento técnico da LENNOX.

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14 PESOS

Este diagrama mostra os pontos da unidade para os quais foram calculados os pesos para a versão Low Noise, na configuração sem bombas, sem depósito de inércia e sem água. São mostrados na tabela que se segue.

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Pesos da unidade AQUA4 multifunções

MS-ML-

PS-PL MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

TAMANHO 41 51 61 71 81 94 104 124 144 164 194 ESTRUTUR

A DE SUPORTE

1+ 1+ 2+ 2+ 2+ 3+ 3+ 4 4 4 4

total [kg] 690 700 810 820 860 1210 1230 1550 1570 1710 1730

L1 269 273 315 319 334 190 193 245 249 269 272

L2 269 273 315 319 334 190 193 245 249 269 272

L3 76 77 90 92 96 113 115 143 144 159 161

L4 76 77 90 92 96 113 115 143 144 159 161

L5 0 0 0 0 0 190 193 245 249 269 272

L6 0 0 0 0 0 190 193 245 249 269 272

L7 0 0 0 0 0 113 115 143 144 159 161

L8 0 0 0 0 0 113 115 143 144 159 161

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

MS-ML-PS-PL

TAMANHO 214 244 274 294 324 ESTRUTU

RA DE SUPORTE

5 5 6 6 6

total [kg] 1920 1940 2290 2320 2350

L1 302 304 440 451 451

L2 302 304 440 451 451

L3 179 181 266 269 274

L4 179 181 266 269 274

L5 302 304 440 451 451

L6 302 304 440 451 451

L7 179 181 0 0 0

L8 179 181 0 0 0

14.1 SISTEMAS DE BOMBAGEM E ARMAZENAMENTO As unidades AQUA4 podem ser equipadas com 6 tipos de sistemas de bombagem, completos com vazos de expansão: - bomba simples de baixa pressão - bomba simples de alta pressão - bomba dupla de baixa pressão (funcionamento em paralelo) - bomba dupla de alta pressão (funcionamento em paralelo) - bomba dupla de baixa pressão (comutação normal/reserva) - bomba dupla de alta pressão (comutação normal/reserva) No caso dos sistemas de bombagem com bomba de reserva, o microprocessador controla as bombas de forma a dividir equitativamente as horas de funcionamento, comutanto as bombas em caso de avaria.

Todas estas considerações podem também ser selecionadas no lado da AQS.

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