Instalações Elétricas - Professor Negri

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Instalações Elétricas Capítulo IV – Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA) Eng.: Jorge Negri 2016/1

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Apostila de spda

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Descargas Atmosféricas

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Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar... Mito ou Verdade?

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Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar... Mito ou Verdade?Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios. Prova disso é o Cristo Redentor, agraciado por seis raios por ano, em média, de acordo com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o Empire State Building, em Nova York, que recebe 25 descargas, sendo que já aconteceu de o topo do prédio ser atingido oito vezes em apenas oito minutos...A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que um para um milhão. O que não é motivo para baixar a guarda.

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Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar... Mito ou Verdade?A ocorrência de raios no Brasil é de 50 milhões por ano, segundo o INPE, o que faz do país o recordista mundial. A cada 50 mortes por raio no mundo, uma ocorre no Brasil. Ou seja: 130 brasileiros morrem dessa forma a cada ano. No Espírito Santo ocorrem, em média, 150 mil raios por ano.A Amazônia é uma das três regiões com maior incidência de descargas elétricas do país e do mundo. Recebe cerca de 30 milhões de raios por ano, devido à grande quantidade de água doce e calor. As outras regiões chamadas de "chaminés de raios" são a África Central e a Indonésia.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

O raio é uma descarga elétrica que ocorre entre a nuvem e o solo, ou entre nuvens. A nuvem carrega-se em duas metades, a inferior com carga negativa e a superior com positiva.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Através da indução, a área projetada pela nuvem sobre o solo (sombra) torna-se positiva.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Isso quer dizer que, embora a Terra seja uma grande “esfera” negativa, por indução a região abaixo da nuvem é positiva.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Como a nuvem é arrastada pelo vento, a região de cargas positivas no solo acompanha a nuvem como se fosse sua sombra. A DDP entre a nuvem e o solo pode variar de 100V a 1.000.000.000V (1.000 Megavolts). Quando a rigidez dielétrica entre a nuvem e a terra é vencida, o ar ioniza-se (baixa a resistência elétrica), criando um túnel ionizado de baixa resistência, que é o caminho da descarga. Um fato curioso sobre o raio é o modo como ele ocorre. Quando a rigidez dielétrica do ar é vencida, forma-se o que chamamos de “raio piloto” que é uma descarga da nuvem para a terra a uma velocidade aproximada de 1500km/s.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Então, como o ar está ionizado, a nuvem entra em curto-circuito com o solo. Uma vez em curto-circuito, a nuvem assume uma polaridade inversa, visto que a terra tem maior massa.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Com a polaridade invertida, uma segunda descarga acontece, porém, agora da terra (solo) para a nuvem. Resumindo, o raio ocorre em duas etapas: primeira descarga (nuvem para a terra) e segunda descarga (terra para nuvem). A descarga de retorno é mais rápida que a primeira e propaga-se com uma velocidade aproximada de 30.000km/s, e pode atingir mais de 1.000.000A. O fenômeno é tão rápido que não podemos perceber visualmente quando termina uma descarga e começa a outra, o que nos causa a impressão de existir apenas uma delas.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Vale a pena lembrar que quando falamos no sentido de propagação do raio, analisamos o sentido real da corrente elétrica, que é do polo negativo para o positivo, ou seja, a corrente elétrica vai do polo negativo para o positivo. Quando falamos que, num circuito elétrico, a corrente circula do polo positivo para o negativo, estamos nos referindo ao sentido convencional, que não se aplica aos raios. A figura 5 ilustra a forma de onda de um raio. O intervalo destacado como “frente de onda” é o responsável pela ação fulminante do raio, pois além de ocorrer muito rapidamente, o fenômeno atinge seu valor máximo...

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Até a extinção completa do raio (término da cauda) teremos aproximadamente 200 µs, que corresponde à duração do raio.

Apenas como comparativo, uma piscada do olho humano dura em média 100 ms, portanto, quando damos uma única piscada, há tempo suficiente para a ocorrência de 500 raios: 1 piscada = 100m/s / 200 µs = 500 raios.

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Afinal, o que são Descargas Atmosféricas?

Raio: é uma gigantesca faísca elétrica, dissipada rapidamente sobre a terra, causando efeitos danosos.Relâmpago: é a luz gerada pelo arco elétrico do raio.Trovoada: é o ruído produzido pelo deslocamento do ar devido ao súbito aquecimento causado pela descarga.A magnitude de corrente dos raios:•0,1% excede 200.000 Amperes.•0,7% excede 100.000 Amperes.•6% excede 60.000 Amperes.•50% excede 15.000 Amperes.

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Principais prejuízos causadosIncêndios em florestas, campos e prédios;

Destruição de estruturas e árvores;

Colapso na rede de energia elétrica;

Interferência na radio transmissão;

Acidentes na aviação e embarcações;

Acidentes nas torres de poços e plataformas marítimas de petróleo;

Mortes em seres humanos e animais.

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Efeitos sobre os seres vivosParada Cardíaca

Tensão de Passo

Tensão de Toque

Descarga Lateral

Descarga Direta

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Locais a serem evitados durante a ocorrência de tempestades

Picos de colinas.

Topo de construções.

Campos abertos, campos de futebol.

Estacionamentos.

Piscinas, lagos e costa marítimas.

Sob arvores isoladas.

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Número de raios por ano por km2

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Legislação Vigente

No Brasil os sistemas de para-raios devem atender:NBR-5419 / 2005 estabelece as condições de projeto e instalação de aterramento das estruturas.

NR-10 do Ministério do Trabalho, estabelece medidas de controle para garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores em serviços com eletricidade.

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DefiniçõesDescarga Atmosférica: Descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e a terra ou entre nuvens,consistindo em um ou mais impulsos de vários KA.Raio: Um dos impulsos elétricos de uma descarga atmosférica para a terra.Ponto de Impacto: Ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, uma estrutura ou o sistema de proteção contra descargas atmosféricas. NOTA - Uma descarga atmosférica pode ter vários pontos de impacto.Volume a Proteger: Volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção contra os efeitos das descargas atmosféricas conforme esta Norma.

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DefiniçõesSistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA): Sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas atmosféricas. É composto por um sistema externo e um interno de proteção. Em casos particulares, pode compreender unicamente um sistema externo ou interno.Sistema Externo de Proteção: Sistema que consiste em subsistema de captores, subsistema de condutores de descida e subsistema de aterramento.Sistema Interno de Proteção: Conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica dentro do volume a proteger.

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DefiniçõesLigação Equipotencial: Ligação entre o SPDA e as instalações metálicas, destinada a reduzir as diferenças de potencial causadas pela corrente de descarga atmosférica.Subsistema Captor: Parte do SPDA externo destinada a interceptar as descargas atmosféricas.Subsistema de Descida: Parte do SPDA externo destinada a conduzir a corrente de descarga atmosférica desde o subsistema captor até o subsistema de aterramento. Este elemento pode também estar embutido na estrutura.

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DefiniçõesSubsistema de Aterramento: Parte do SPDA externo destinada a conduzir e a dispersar a corrente de descarga atmosférica na terra. Este elemento pode também estar embutido na estrutura.Eletrodo de Aterramento: Elemento ou conjunto de elementos do subsistema de aterramento que assegura o contato elétrico como solo e dispersa a corrente de descarga atmosférica na terra.Eletrodo em Anel: Eletrodo de aterramento formando um anel fechado em volta da estrutura.Armaduras de Aço (interligadas): Quando embutidas numa estrutura de concreto, asseguram continuidade elétrica para as correntes de descarga atmosférica

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DefiniçõesProteção Isolada: É aquela em que os componentes do sistema de proteção estão colocados acima e ao lado da estrutura , mantendo uma distancia em relação a esta suficientemente alta para evitar descargas captor-teto ou descidas-faces laterais fachada.Proteção não isolada: É aquela em que captores e descidas são colocados diretamente sobre a estrutura; note-se que as normas editadas ate a década de 60 pediam um afastamento dos condutores de poucos centímetros ( 10 a 20 cm), o que não é mais exigido por nenhuma das normas revisadas a partir das décadas de 70 e 80.

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Características GeraisUm SPDA não impede a ocorrência das descargas atmosféricas.Um SPDA projetado e instalado conforme Norma não assegura a proteção absoluta de estruturas, pessoas ou bens, entretanto, sua aplicação reduz de forma significativa os riscos de danos devidos às descargas atmosféricas.Seu tipo e o posicionamento devem ser estudados no estágio de projeto da edificação, para se tirar o máximo proveito dos elementos condutores da própria estrutura. Isto facilita o projeto e a construção de uma instalação integrada, permite melhorar o aspecto estético, aumentar a eficiência do SPDA e minimizar custos.

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Pára-Raios• PONTO DE IMPACTO - Ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra,

uma estrutura ou o sistema de proteção.

• VOLUME A PROTEGER - Volume de uma estrutura ou de uma região que requer proteção contra os efeitos das descargas atmosféricas.

• SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) - Sistema completo destinado a proteger uma estrutura contra efeitos das descargas atmosféricas. É composto de um sistema externo e de um sistema interno de proteção.

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Pára-Raios

Captor

Condutor de descida

Eletrodo de terra

Materiais mais utilizados nos pára-raios: cobre, ferro galvanizado e aço inoxidável.

• Captor;Captor;• Condutor de Descida,Condutor de Descida,• Eletrodo de terra.Eletrodo de terra.

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Subsistemas CaptoresTem a função de receber os raios, reduzindo ao máximo a probabilidade da estrutura ser atingida diretamente por eles e deve ter a capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar o calor gerado no ponto de impacto, bem como os esforços eletromecânicos resultantes.A corrosão pelos agentes atmosféricos também deve ser levada em conta no seu dimensionamento, de acordo com o nível de poluição e o tipo de poluente da região.

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Subsistemas de DescidaTem a função de conduzir a corrente do raio recebida pelos captores ate o aterramento, reduzindo ao mínimo a probabilidade de descargas laterais e de campos eletromagnéticos perigosos no interior da estrutura. Deve ter ainda capacidade térmica suficiente para suportar o aquecimento produzido pela passagem da corrente, resistência mecânica para suportar os esforços eletromecânicos e suportar bem à corrosão.

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Subsistemas de AterramentoTem a função de dispersar no solo a corrente recebida dos condutores de descida, reduzindo ao mínimo a probabilidade de tensões de toque e de passo perigosas.Deve ter capacidade térmica suficiente para suportar o aquecimento produzido pela passagem da corrente e, principalmente, devem resistir a corrosão pelos agentes agressivos encontrados nos diversos tipos de solos.

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Métodos de ProteçãoModelo Eletrogeométrico: É baseado em estudos feitos a partir de registros fotográficos, da medição dos parâmetros dos raios, dos ensaios em laboratórios de alta tensão, do emprego das técnicas de simulação e modelagem matemática.Método de Franklyn: Uma haste de ponta, ioniza o ar, diminuindo a altura da nuvem carregada, propiciando o raio através do rompimento da rigidez dielétrica do ar.Método da Gaiola de Faraday: Uma rede de condutores que envolve todos os lados da edificação. Quanto menor forem as distancias dos condutores das malhas, maior será o nível de proteção.

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Captores ArtificiaisPára-Raios tipo Franklin:

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Subsistemas CaptoresParte do Pára-Raios que se destina a interceptar as descargas atmosféricas incidentes.

O captor pode ser artificial ou natural.

Os captores podem ser constituídos por uma combinação qualquer dos seguintes elementos:a) hastes;b) cabos esticados;c) condutores em malha;d) elementos naturais.

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Captores ArtificiaisHastes verticais (tipo Franklin): Consiste em uma haste em forma de ponta que é fixada em mastros elevados, à qual é ligado um ou mais cabos de descida que se interligam ao eletrodo de aterramento.

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Captores ArtificiaisCondutor de descida (ou simplesmente descida): Parte do Pára-Raios destinada a conduzir a corrente de descarga desde os captores até aos eletrodos de terra.A descida pode ser artificial ou natural.

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Captores ArtificiaisDescidas Artificiais: O número mínimo de descidas artificiais é dois, mas, para um prédio residencial / comercial (nível de proteção lll) o numero de descidas é a divisão do perímetro por 20 (espaçamento máximo para o nível de proteção lll). Assim, para um prédio de 15 x 25 m (P = 80m) deveremos ter 4 descidas.As descidas devem ser, em regra, instaladas à vista, fixadas à superfície exterior da estrutura a protegida por meio de elementos de suporte apropriados, estabelecidos à razão de dois por metro, no mínimo.Cada descida artificial deve ser dotada de um ligador destinado a efetuar as verificações e medições necessárias.

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Captores ArtificiaisDescidas Naturais: Podem ser utilizadas como descidas naturais os elementos metálicos existentes na estrutura a proteger que dêem garantias de continuidade elétrica, apresentem baixa impedância e possuam a robustez mecânica necessária.

Como exemplos de descidas naturais existem as guias de elevadores, as escadas metálicas exteriores, etc.

Nas estruturas de concreto armado, permite-se o aproveitamento da armadura metálica do concreto para a função de descida natural, condicionado à garantia de continuidade elétrica da mesma.

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Captores ArtificiaisEletrodo de aterramento: É o conjunto de elementos do sistema de aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa a corrente para a terra.Deve possuir baixa resistência de aterramento ( deve ser menor que 10 ohms), alta capacidade de condução de corrente, pouca variação com as estações do ano e proporcionar segurança às pessoas.Pode ser:•Aterramento natural das fundações.•Condutores em anel.•Hastes verticais ou inclinados.•Condutores horizontais radiais.

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Captores ArtificiaisEletrodo de terra: Dispositivo constituído por um corpo condutor ou por um conjunto de corpos condutores em contato íntimo com o solo assegurando uma ligação elétrica com a terra.

A ligação à terra tem como finalidade a dispersão, na massa condutora da terra, da corrente proveniente de qualquer descarga atmosférica que incida no pára-raios.

Todos os pontos de ligação enterrados devem ser preservados dos efeitos da humidade, por envolvimento em meio não higroscópico (massa ou fita betuminosa, por exemplo).

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Captores ArtificiaisEletrodo de terra:

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Captores ArtificiaisMalha de aterramento em anel: A malha de terra que deve ser utilizada num pára-raios é o eletrodo em anel, constituído por um condutor instalado na base das fundações do edifício ou inserido no maciço de concreto das fundações. O eletrodo em anel deve, preferencialmente, ser constituído por ferro galvanizado. Alternativamente pode ser utilizado um condutor em anel, enterrado a uma profundidade aproximada de 0,80m, envolvendo a estrutura a ser protegida.

Estrutura Eletrodo em anel

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Captores ArtificiaisEletrodo do tipo radial: Para estruturas de dimensões tais que o raio do eletrodo em anel resulte inferior a 8 m, podem utilizar-se eletrodos do tipo radial (em forma de “pata de ave”), constituídos por três condutores (no mínimo de 6 a 8 m cada) derivados de um ponto comum e enterrados horizontalmente no solo a uma profundidade mínima de 0,8 m.

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Captores ArtificiaisGaiola de Faraday:Por definição, uma gaiola de Faraday funciona como uma blindagem elétrica e protege instrumentos e/ou aparelhos muitos sensíveis colocados em seu interior.

Nas edificações, utiliza como captores, condutores instalados em malha de formato quadricular, convenientemente fixados de forma a envolver toda a estrutura a ser protegida, proporcionando um campo magnético nulo em seu interior.Oferece uma proteção total, porém devido ao seu alto custo, tem maior utilização em instalações de grande responsabilidade e elevado grau de risco.

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Captores ArtificiaisGaiola de Faraday:

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MaterialCaptor e anéis intermediários

mm2

Descida (para estruturas de

altura até 20m)mm2

Descida (para estruturas de altura

superior a 20m)mm2

Eletrodo de aterramento

mm2

Cobre 35 16 35 50

Aluminio 70 25 70 -

Aço Galvanizado a quente ou embutido em concreto

50 50 50 80

Captores ArtificiaisSeções mínimas dos materiais do SPDA:

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NÍVEL DE PROTEÇÃO

EFICIÊNCIA DA PROTEÇÃO TIPO DE EDIFICAÇÃO

 NÍVEL I  98%

Edificações com explosivos, inflamáveis, industriais Químicos, Nucleares, Laboratórios bioquímicos, Fábricas de munição e fogos de artifício, Estações de telecomunicações, Usinas Elétricas, Indústrias com risco de incêndio, Refinarias, etc.

 NÍVEL II 95%Edifícios Comerciais, Bancos, Teatros, Museus, Locais arqueológicos, Hospitais, Prisões, Casas de Repouso, Escolas, Igrejas, Áreas Esportivas.

 NÍVEL III 90% Edifícios Residenciais, Industrias, Casas, Estabelecimentos Agropecuários e Fazendas com estruturas em madeira.

 NÍVEL IV 80% Galpões com sucata ou de conteúdo desprezível, fazendas e/ou estabelecimentos agropecuários com estrutura em madeira.

Captores ArtificiaisClassificação das Estruturas:

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Nível de Proteção

Raio da Esfera

(m)

Altura (H) até 20m

Altura (H) de 21 a 29m

Altura (H) de 30 a 44m

Altura (H) de 45 a 59m

Altura (H) > 60m

Largura do módulo da malha de captação da Gaiola (nota 1)

Espaçamento médio das descidas

Eficiência do SPDA

I 20 25º A A A B 5 10 95 a 98 %

II 30 35º 25º A A B 10 15 90 a 95 %

III 45 45º 35º 25º A B 10 20 80 a 90 %

IV 60 55º 45º 35º 25º B 20 25 até 80 %

Ângulo a do método Franklyn em funçãoda altura (H) e do nível de proteção.

A = Aplicar somente Gaiola de Faraday ou Esfera Rolante;B = Aplicar somente Gaiola de Faraday;H = Altura do captor.a = Ângulo de proteção do captor.Nota 1 - O comprimento do módulo da malha de captação da Gaiola deverá ser, no máximo, igual ao dobro de sua largura de acordo com o nível de proteção.Nota 2 - Para a escolha do nível de proteção, h é a altura da edificação em relação ao solo. Para verificação da área protegida, h é medido em relação ao plano vertical a ser protegido.

Captores ArtificiaisClassificação das Estruturas:

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Captores ArtificiaisSistemas Captores:

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Materiais Utilizados

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Captores tipo Franklyn

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Mini Captores (terminais aéreos)

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Suportes e Elementos de Fixação

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Hastes de Terra

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Supressores de Surto

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Terrômetros

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Captores NaturaisOs elementos metálicos existentes na parte superior da estrutura a ser protegido, tais como, coberturas de chaminés, clarabóias, depósitos, tomadas de ar dos sistemas de climatização, etc., podem ser usados como captores naturais, se forem convenientemente dimensionados para suportar o impacto direto de uma descarga.Os captores naturais são integrados nos pára-raios através dos condutores de cobertura.

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Captores Naturais

captor artificial(Gaiola de Faraday)

(condutores de cobertura)

condutor de descida

captor artificial(haste vertical tipo Franklin)

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Documentação para ConstruçãoProjeto e memorial técnico do SPDA (prédios novos).

Croqui ou “as built “para prédios existentes e que passaram por reforma.

Atestado de medição ôhmica e abrangência do para-raios assinado por Eng. Eletricista.

ART (Responsabilidade Técnica) do Eng. Responsável.

Cópia (Xerox) do documento funcional (CREA) do Eng. Eletricista.

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Aterramento

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ManutençãoUma inspeção visual do SPDA deve ser efetuada anualmente (item 6.3.1 da NBR 5419/01).Recomenda-se, também, uma inspeção completa e medição ôhmica dos aterramentos do sistema.Os componentes metálicos (suportes, conectores, mastros, elementos de contraventagem, etc.) devem estar isentos de oxidação e fuligem. Todos os componentes, em especial, os condutores elétricos devem estar tensionados e firmemente conectados garantindo uma perfeita ligação elétrica e mecânica.

Os valores de resistência ôhmica devem estar abaixo de 10 ohms.

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Manutenção

Meça a tensão da rede entre a fase e o neutro. Em seguida, ligue uma lâmpada normal (aproximadamente 60W) com tensão correta entre a fase e o neutro, e meça a tensão sobre a lâmpada. Compare então as duas tensões medidas e calcule a diferença entre elas, que não deve ser inferior a 8%!Exemplo: Numa tomada 127V (FN), ligamos uma lâmpada de 127V / 60W no terra e fase, quando meço entre terra e fase, esta tensão não pode ser menor do que 8% da tensão fase-neutro (em torno de 10V). Caso esteja abaixo, é sinal que o aterramento não está suficientemente bom. Cabe lembrar a você que , essa prática é apenas um artifício (para não dizer macete) com o qual podemos ter uma ideia das condições gerais do aterramento (haste do terra).