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INSTITUTO CONSCIÊNCIA GO

COORDENAÇÃO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

PROJETO GRÁFICO E EDITORAÇÃO

Equipe ICG

DADOS INTERNACIONAIS DE CATAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP) ADRIENE GOMES DOS SANTOS CRB1 2623

C694 Coletânea Didática do Curso Técnico de Administração (CTA)/

Instituto Consciência GO (ICG). 12 vol. Economia e Mercados. V.06. Goiânia: ICG, 2014. 75 p.: il.. Inclui Referências. Modo de Acesso: http://www.institutoconscienciago.com.br/index.php?ACESSA=_biblioteca

1. Economia. 2. Administração. I. Instituto Consciência GO.

II. Título.

CDD 330

Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia Telefone: (62) 3224-8931/ (62) 8538 3828

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Sumário APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... 4

1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA .............................................................................. 7

1.1. CONCEITO DE ECONOMIA ............................................................................ 7

1.2. O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA ....................................... 8

1.3. QUATRO PERGUNTAS FUNDAMENTAIS ................................................... 9

1.4. A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO ..................................... 10

1.5. OS FATORES DE PRODUÇÃO .................................................................... 11

1.6. O SISTEMA ECONÔMICO ............................................................................ 14

2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA ............................................................. 15

2.1. CURVA DE DEMANDA ................................................................................... 16

2.2. BENS COMPLEMENTARES E SUBSTITUTOS ........................................ 16

3. TEORIA ELEMENTARDA PRODUÇÃO ............................................................ 18

3.1. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO ......................................................................... 18

3.2. CUSTO DE PRODUÇÃO, RECEITA E LUCRO ......................................... 19

3.3. CURVA DE OFERTA ...................................................................................... 21

4. O MERCADO ........................................................................................................... 23

4.1. O PREÇO DE EQUILÍBRIO ........................................................................... 23

4.2. CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS .......................................................... 24

4.3. ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO ........... 26

5. CONTABILIDADE SOCIAL .................................................................................. 27

5.1. RENDA E PRODUTO ..................................................................................... 27

5.2. OS PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS ........................ 29

6. CONSUMO E POUPANÇA .................................................................................... 33

6.1. COMPONENTES DO CONSUMO ................................................................ 33

6.2. POUPANÇA E INVESTIMENTO ................................................................... 33

7. EMPREGO ............................................................................................................... 35

7.1. MERCADO DE TRABALHO ........................................................................... 35

7.2. OFERTA E DEMANDA DE EMPREGO ....................................................... 35

8. ECONOMIA MONETÁRIA ................................................................................... 36

8.1. A MOEDA: SUA HISTÓRIA E SUAS MODALIDADES ............................. 36

8.2. FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDA ................................................................. 38

8.3. DEMANDA E OFERTA DE MOEDA ............................................................. 38

8.4. A TAXA DE JUROS DE EQUILÍBRIO .......................................................... 41 Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia

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3 9. SISTEMA FINANCEIRO ....................................................................................... 42

9.1. O SISTEMA FINANCEIRO ............................................................................. 42

9.2. A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL .................. 43

10. INFLAÇÃO ............................................................................................................. 45

10.1. A DEFINIÇÃO E MEDIDA DA INFLAÇÃO ................................................ 45

10.2. AS CONSEQÜÊNCIAS DA INFLAÇÃO ..................................................... 45

10.3. INFLAÇÃO DE DEMANDA E INFLAÇÃO DE CUSTO ............................ 46

10.4. A INFLAÇÃO NO BRASIL ............................................................................ 48

11 O SETOR EXTERNO ............................................................................................. 51

11.1. BALANÇO DE PAGAMENTOS ................................................................... 52

11.2. TAXA DE CÂMBIO ........................................................................................ 53

11.3. ORGANISMOS INTERNACIONAIS ........................................................... 54

12. O SETOR PÚBLICO ............................................................................................. 55

12.1. AS FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO ........................... 55

12.2. ESTRUTURA TRIBUTÁRIA ......................................................................... 55

12.3. DÉFICIT PÚBLICO ........................................................................................ 57

13. CRESCIMENTO EDESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ............................ 58

13.1. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ................................................ 58

13.2. FONTES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO .......................................... 58

13.3. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO ............................................... 59

14. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS ................................................................ 60

14.1. DEFINIÇÕES .................................................................................................. 60

14.2. METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA .......................................... 60

14.3. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA ....................... 61

15. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA ...................................................................... 62

15.1. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO ......................................................... 62

15.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO .......................................... 63

QUESTÕES ................................................................................................................... 64

GABARITO .................................................................................................................. 70

REFERÊNCIA .............................................................................................................. 71

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APRESENTAÇÃO

O Curso Técnico em Transações Imobiliárias (TTI) do Instituto

Consciência GO (ICG) iniciou sua trajetória acadêmica em julho de 2013, após

a construção de um projeto pautado na importância de possibilitar acesso ao

ensino técnico profissionalizante de qualidade que, combinado à seriedade na

execução do projeto político pedagógico, propiciasse uma formação sólida e

relacionada às demandas regionais.

Passados doze meses, o curso mostra crescimento quantitativo e

qualitativo, fortalecimento de sua proposta e de consolidação de resultados

positivos. Ressalta-se que esses valores, atividades e ações voltadas ao

ensino sólido viabilizaram a qualidade acadêmica e pedagógica das aulas, bem

como o aprendizado efetivo dos alunos, favorecendo o reconhecimento pelo

Conselho Estadual de Educação de Goiás (CEE GO) deste curso que ora

iniciamos com você, Curso Técnico Profissionalizante em Administração (CTA),

a partir de setembro de 2014.

Assim, oferecemos a você, estudante, este Livro Didático, produto do

trabalho de uma equipe composta por profissionais do ICG. Julgamos de suma

importância você conhecer o processo de organização deste Livro Didático

que foi organizado seguindo algumas etapas relacionadas abaixo:

1ª: coletânea de diversos subsídios de conteúdos relevantes de vários

autores;

2ª: seleção e organização do material específico para atender o curso;

3ª: autorização do autor do respectivo material;

4ª: apreciação realizada pelo professor docente do respectivo componente

curricular;

5ª: revisão final.

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5 Destacamos ainda, que este material não é produção inédita do ICG em

cada capítulo consta a sua referência.

Aos autores e autoras do material didáticopedagógico coletado, os

nossos sinceros agradecimentos, com certeza, vocês têm a alma nobre e estão

contribuindo imensamente com a qualidade da educação em nosso país.

Aos profissionais do ICG, envolvidos na organização deste Livro Didático

(vide Ficha Técnica na contracapa), os nossos agradecimentos.

A você em especial, estudante, oferecemos este material que servirá de

guia e de apoio para o estudo atento e sério, para a organização da pesquisa e

para o contato inicial de qualidade com as disciplinas que estruturam o curso

Técnico em Administração (CTA).

O ICG acolhe a todos e todas com respeito.

Profª Ma Sandra Isabel Chaves

Diretora Geral

Equipe Organizadora da Coletânea Digital Profª Ma Sandra Isabel Chaves – Direção Geral Profª Ma Angela Maria Naves da Silva – Assessoria Técnico-Pedagógica

Adriene Gomes – Bibliotecária - ( CRB1 2623)

Joana Chaves Pozzer – Secretária dos Cursos Técnicos

Prof. Luciano Galdino de Melo Resende – Informática Aplicada à Educação

Profª Cleide Coelho Martins – Língua Portuguesa

Dr. Fabrício Segato – Advogado

Profª Geanne Cardoso - Matemática

Maria Clara Ribeiro de Bragança – Estagiária do Curso Técnico em Redes de Computadores

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Preâmbulo

Visão do ICG: Socialização e produção do saber de excelência.

Missão do ICG: Possibilitar a formação acadêmica e profissional com profundidade e

refinamento, em áreas específicas do conhecimento, habilitando os envolvidos

na busca de respostas inovadoras e criativas, aplicadas ao entendimento, à

promoção e a recuperação do bem-estar social de nossa população, que

precisa ser a beneficiária desse processo de produção científica, fortalecendo-

se em valores coletivos e democráticos, centrado no desenvolvimento humano,

na inclusão social e cultural.

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1. INTRODUÇÃO À ECONOMIA

A economia passou a ser vista como ciência a partir da Grécia antiga,

onde tivemos os primeiros registros de trabalhos econômicos.

A economia faz parte de uma ciência maior, denominada de ciências

sociais, onde a economia estuda a ação econômica do homem, envolvendo

essencialmente o processo de produção, a geração e a apropriação da renda,

o dispêndio (as despesas) e o processo de acumulação.

A economia para que possa dar respostas aos problemas econômicos,

procura o respaldo das demais áreas do conhecimento, das ciências humanas,

exatas (matemáticas)e com outras ciências, com o fim de juntas resolver os

problemas econômicos.

Em outras palavras, a economia, segundo Rossetti (1997), se preocupa

com todos os aspectos que estejam relacionados à produção, distribuição,

custos e acumulação de bens e serviços.

A economia se preocupa com grandes temas que interferem de uma ou

de outra maneira na vida do homem. Dentre eles temos: escassez de recursos,

emprego, produção, trocas, valor, moeda, preços, mercados, concorrência,

remunerações, agregados, transações, crescimento, equilíbrio, organização.

Tais temas fazem parte da vida do homem e representam o campo de estudo

da ciência econômica.

1.1. CONCEITO DE ECONOMIA

Devido à complexidade dos problemas que envolvem o comportamento

do homem, pode haver vários conceitos diferentes para a economia, pois a

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 6-13

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8 cada época, devido às concepções políticas-ideológicas de cada sociedade,

pode-se observar a economia sob um ângulo diferenciado.

Na medida em que novas preocupações de ordem econômica vão

surgindo na vida do homem, o seu conceito vai evoluindo.

No entanto, levando-se em consideração que vários podem ser os

conceitos de economia, cada um à sua época, conforme a época, adotaremos

o seguinte conceito de economia:

“A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento

humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a

satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos

alternativos”. ROSSETTI (1997, p.52.)

A partir deste conceito, pode-se verificar que a preocupação básica da

economia se refere aos escassos recursos para atender as necessidades

ilimitadas. Tal conceito vale-se do fato, de que temos necessidades ilimitadas

para satisfazer, e que os recursos para tal fim são escassos, onde temos que

escolher a melhor alocação dos mesmos para produzir o necessário para

satisfazer nossas necessidades.

A economia procura examinar as opções viáveis que se apresentam aos

agentes econômicos, denominados estes de: unidades familiares, empresas e

governo, para empregar os limitados recursos sob seu comando, tomando

decisões racionais diante de várias alternativas.

1.2. O PROBLEMA FUNDAMENTAL DA ECONOMIA

Segundo Rossetti (1997), o problema fundamental da economia está

relacionado ao conflito entre os recursos limitados e necessidades ilimitáveis.

Em outras palavras, o problema fundamental da economia se refere à

escassez dos recursos de produção.

Como não temos uma abundância relativa dos recursos de produção,

nossas necessidades não são completamente satisfeitas. Se todos os bens

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9 fossem livres, a disponibilidade ilimitada de recursos seria de tal ordem que a

obtenção de quaisquer bens não seria problema. Daí, não necessitaria da

ciência econômica, pois não haveria problemas a resolver. Não haveria

conflitos de interesses.

Mas são raros os bens que ainda são livres (água da chuva, por

exemplo), que não temos que pagar para adquiri-lo. Até mesmo o ar que

respiramos, que ainda é livre, vai, pouco a pouco, se transformando em bem

econômico. Daí surge à necessidade da economia, para podermos usufruir, da

melhor maneira possível, destes recursos que são escassos.

Como nenhum sistema econômico foi capaz de satisfazer plenamente

todas as necessidades dos indivíduos (em termos de bens e serviços), temos

então a importância da economia, para nos ajudar a alocar recursos escassos

para atender as necessidades ilimitadas.

Em todos os países, as unidades familiares exigem mais e melhores

produtos. As empresas para produzi-los exigem equipamentos de mais alta

sofisticação, mais ágeis e mais produtivos. E os governos, para garantirem a

satisfação das necessidades dos outros agentes, têm de fornecer mais infra

estrutura econômica e social, melhores bens e serviços públicos. Ambos

necessitam da economia para auxiliá-los.

1.3. QUATRO PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

São questões que acontecem em todas as economias, independente do

grau de desenvolvimento que possuem.

A primeira questão diz respeito ao que produzir. O que produzir com os

recursos que são escassos para atender as necessidades ilimitadas da

sociedade. Várias podem ser as alternativas de produção, dentre elas o que

produzir para usufruir e gastar da melhor maneira possível os recursos que são

limitados.

Quanto produzir se refere à segunda questão. Refere-se a quanto

produzir de determinado produto ou produtos para atender as necessidades da

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10 sociedade, para a sustentação do seu bem-estar corrente e para a progressiva

melhoria do seu padrão devida.

A terceira questão é de como produzir. Como produzir para otimizarmos

os recursos de produção (terra, capital, trabalho, capacidade tecnológica e

capacidade empresarial)face à sua escassez.

A última pergunta fundamental diz respeito para quem produzir. Para

quem vai ser direcionado o produto/serviço. Tal questionamento é importante

para que se produza o necessário para atender as necessidades da sociedade.

Considerando que as respostas destas perguntas são extremamente

relevantes para resolver os problemas econômicos que afetam as sociedades

como um todo, várias são as possibilidades de se produzir bens/serviços, com

a disponibilidade limitada de recursos, para atendê-las. Neste sentido, essas

possibilidades de produção existentes podem ser destinadas a uma variedade

de combinações de diferentes categorias de bens e serviços que podem ser

destinados para a sociedade.

1.4. A CURVA DE POSSIBILIDADE DE PRODUÇÃO

A curva de possibilidade de produção retrata quais são as alternativas

para a utilização dos recursos, quando se compara a produção de dois ou mais

produtos. Neste caso, os recursos não são suficientes para produzir toda a

quantidade de todos os produtos para atender a sociedade, pois os mesmos

são escassos. Daí a escolha de alternativas entre o que se produzir de um e de

outro produto para atender as necessidades da população.

Unidades Familiares, Empresas e Governo, fazem parte de diferentes

grupos de agentes econômicos que interagem, participando direta ou

indiretamente de todas as transações que realizam dentro de determinado

sistema econômico. Ou seja, podem ser consumidores e/ou produtores dos

bens/serviços que são destinados a eles próprios enquanto agentes

econômicos.

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Por unidades familiares entendem-se todos os tipos de unidades

domésticas, unipessoais ou familiares, com ou sem laços de parentesco,

segundo as quais a sociedade como um todo se encontra segmentada. Essas

unidades familiares possuem e fornecem os recursos de produção (na forma

de trabalho), devido a isso, se apropriam de diferentes categorias de rendas

(que podem ser salários, aluguéis, juros, etc.), e a partir daí decidem como,

quando e onde e em que as rendas recebidas serão despendidas.

Já as empresas, são os agentes econômicos que empregam e

combinam os recursos de produção para a geração dos bens e serviços que

atenderão às necessidades de consumo e de acumulação da sociedade. Essas

empresas são heterogêneas, ou seja, são de diversos tipos e produzem

diferentes produtos.

O governo é o agente coletivo que contrata diretamente o trabalho das

unidades familiares e que adquire uma parcela da produção das empresas

para proporcionar bens e serviços úteis à sociedade como um todo.

Esses agentes é que fazem parte do processo produtivo em que se tem

que escolher entre alternativas diferentes, devido à escassez de recursos.

Todos os agentes econômicos, considerados isoladamente ou em conjunto,

defrontam com esta restrição econômica. As unidades familiares podem ter

aspirações ilimitáveis, mas defrontam com a amarga realidade dos recursos

escassos, definidos por orçamentos restritos proveniente de sua limitação de

renda.

Normalmente, alguma coisa é sacrificada em favor de outra. E as

prioridades decididas, não importam quais sejam, traduzem sempre custos de

oportunidade. Custos de se produzir um bem em detrimento do sacrifício de

outro. Em outras palavras, se refere ao custo de se deixar de produzir um bem

em detrimento de outro.

1.5. OS FATORES DE PRODUÇÃO

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Os fatores de produção representam os recursos disponíveis, que

combinados, são direcionados para a produção de bens e/ou serviços para o

atendimento das necessidades da população.

a) Fator Terra

O Fator Terra constitui a base sobre a qual se exercem as atividades

dos demais recursos de produção. As reservas naturais, renováveis ou não,

encontram-se na base de todo o processo de produção. As dádivas da

natureza, aproveitadas pelo homem em seus estados naturais ou então

transformadas, são direcionadas para as outras atividades de produção.

É a partir da interação com os demais fatores de produção que se

viabiliza seu efetivo aproveitamento. Aqui é importante a consciência social

sobre sua preservação e reposição, no intuito de tenha um melhor

aproveitamento.

b) Fator Trabalho

É a parte da população total, considerada produtiva, que é definida por

faixas etárias. É constituído por uma parcela da população total denominada de

economicamente ativa, que contribui para o processo de produção.

Segundo Rossetti (1994), os limites da faixa etária considerada

economicamente ativa variam em função de dois fatores relevantes: o estágio

de desenvolvimento da economia e o conjunto de definições institucionais,

geralmente expresso através da legislação social e previdenciária.

Em todos os países, uma parcela da população economicamente ativa,

embora apta, fica à margem do processo produtivo. É a porção

economicamente inativa.

c) Fator Capital

Compreende o conjunto das riquezas acumuladas pela sociedade. Com

o emprego destas riquezas é que a população ativa se equipa para o exercício

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13 das atividades de produção. Esse conjunto de riquezas dá suporte às

operações produtivas realizadas por parte da sociedade.

O fator capital constitui-se das diferentes categorias de riqueza

acumulada, empregadas na geração de novas riquezas. Também são

chamados de bens de investimento. Podem ser: máquinas, equipamentos,

instrumentos e ferramentas, energia, telecomunicações, transportes, educação

e cultura, saúde e saneamento, segurança, construções e edificações

(prédios), plantações, etc. Referem-se às riquezas utilizadas pelas empresas

para efetuara produção, representam os ativos das empresas, seu patrimônio.

Caracteriza-se por aumentar a eficiência do trabalho humano, para a produção

de bens e serviços.

Em economia, entende-se como pleno emprego dos recursos de

produção (terra, capital e trabalho) que toda a população está empregada, não

há desemprego voluntário.

d) Fator capacidade tecnológica

É constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão

sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos

acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas

de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e

reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais

resultantes. É o elo entre o capital, a força de trabalho e o fator terra.

d) Fator Capacidade Empresarial

É através dela que os recursos disponíveis são reunidos, organizados e

acionados para o exercício de atividades produtivas. O processo de produção,

em seus fundamentos, dá-se pela mobilização combinada dos fatores terra,

trabalho e capital, sob determinado padrão tecnológico. E o fator mobilizador é

a capacidade empresarial.

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1.6. O SISTEMA ECONÔMICO

Pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela

qual está organizada uma sociedade. É um sistema que organiza a produção, a

distribuição e o consumo de bens e serviços destinados à população.

Fazem parte do sistema econômico o estoque de fatores de produção

(terra, capital, trabalho, etc.), os agentes econômicos (unidades familiares,

empresas e governo) e um conjunto de instituições. O estoque dos fatores de

produção constitui a própria base da atividade econômica.

Nenhum sistema econômico é possível sem que um conjunto de normas

jurídicas discipline os deveres e as obrigações dos detentores dos recursos e

das unidades que os empregarão. Daí o surgimento das complexas

instituições.

Os sistemas econômicos podem ser classificados em:

Sistema capitalista de produção, que é aquele regido pelas leis de

mercado, onde predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de

produção;

Sistema socialista, que é aquele em que as questões econômicas

fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento,

predominando a propriedade pública dos bens de produção.

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2. TEORIA ELEMENTAR DA DEMANDA

Como o estudo da demanda está alicerçado no conceito de utilidade,

cabe-nos primeiramente conceituarmos utilidade.

Utilidade é a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer

as necessidades humanas. Está utilidade difere de consumidor para

consumidor, uma vez que está baseada em aspectos psicológicos ou a

preferências.

Como está utilidade visa satisfazer as necessidades humanas, têm que

apresentar algum valor. É um conceito subjetivo, onde considera que o valor

nasce da relação homem com os bens e/ou serviços.

A demanda/procura pode ser definida como a quantidade de um

determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir em

determinado período de tempo a um determinado preço, mantidas constantes

todas as outras variáveis (coeterisparibus). As outras variáveis que influenciam

a escolha (demanda) do consumidor. São elas: o preço do bem ou serviço, o

preço dos outros bens, a renda do consumidor e o gosto ou preferência do

indivíduo. Então, quando o preço de uma mercadoria aumenta, tudo o mais

permanecendo constante, o consumidor perde o que chamamos de poder de

compra.

Dentro do estudo da demanda, temos a chamada Lei Geral da

Demanda, que mostra que há uma relação inversamente proporcional entre a

quantidade demandada e o preço do bem, coeterisparibus. Esta relação pode

ser vista pela Curva de Demanda.

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 15-17.

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16 2.1. CURVA DE DEMANDA

A curva de demanda revela as preferências dos consumidores, sob a

hipótese de que estão maximizando sua utilidade, ou seja, estão maximizando

o grau de satisfação no consumo daquele produto. No exemplo da curva

abaixo podemos verificar que para cada nível de preços as pessoas estão

dispostas a adquirir determinadas quantidades de bens, onde quanto menor o

preço mais produtos elas estarão dispostas a adquirir. A curva de demanda

inclina-se de cima para baixo, no sentido da esquerda para a direita, tendo uma

inclinação negativa, devido a inversibilidade da relação preço e quantidade

demandada.

Outras variáveis podem influenciar a demanda como: a renda dos

consumidores; os preços dos outros bens e serviços; os hábitos e preferências

dos consumidores; os gastos com propaganda e publicidade, etc.

Em teoria da demanda preço é um conceito de extrema importância. O

preço expressão valor de troca entre as mercadorias. É sua expressão

monetária de valor, que é utilizado para calcular o valor das mercadorias. A

parte da economia que estuda a formação de preços é dita de microeconomia.

Tal teoria trata além da formação de preços, da fixação de preços mínimos por

parte do governo, dos efeitos dos impostos sobre mercados específicos e

sobre os custos de produção, dentre outros.

2.2. BENS COMPLEMENTARES E SUBSTITUTOS

São bens que interferem na demanda de um produto por parte do

consumidor. Pois quanto mais substitutos houver para um bem e/ou serviço,

mais opções ele terá à sua disposição para decidir sobre a sua demanda.

Neste caso, pequenas variações em seu preço, para cima, por exemplo, farão

com que o consumidor passe a adquirir mais de seu produto substituto,

provocando queda em sua demanda maior do que a variação do preço. Por

exemplo, o consumidor tem sua demanda por certa quantidade de tomate, que

possui vários substitutos (repolho, cenoura, vagem, pepino, abóbora, etc.),

neste caso, qualquer variação de preço por mais pequena que seja do tomate,

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17 os consumidores estarão dispostos a trocar uma certa quantidade (ou toda ela)

de tomate por quantidades de seus produtos substitutos.

Já para os bens complementares, também são bens que tendem a

influenciar a demanda de outros bens. São bens ditos de complementares,

porque um está relacionado ao consumo do outro. Como por exemplo, o pão e

a manteiga. Neste caso, quando o preço do pão subir isto ocasionará uma

queda na demanda do próprio pão e, conseqüentemente, na demanda da

própria manteiga, que o consumidor utiliza para passar no pão.

Outra classificação que temos que ter em mente quando estamos

falando de demanda, diz respeito se os bens são bens de consumo, daí temos

os bens de consumo duráveis e não duráveis; dos bens de capital e dos bens

intermediários.

Bens de consumo são àqueles bens destinados ao consumo final dos

consumidores. No caso específico dos bens de consumo duráveis, são por

exemplo: televisores, geladeira, aparelho de som, carro, liquidificador, etc., pois

são bens que não possuem consumo imediato. Já os bens de consumo não

duráveis, são bens destinados ao consumo final e são consumidos

imediatamente pelos consumidores, por exemplo: alimentos, produtos de

higiene e limpeza, etc.

No tocante aos bens de capital, são ditos como bens que servem para

produzir outros bens, como por exemplo, uma máquina de costura, ou seja,

máquinas e equipamentos que são utilizados para fabricar outros bens.

Por último temos os bens intermediários que também são bens utilizados

para produzir outros bens, no entanto o fator que o difere dos bens de capital, é

que os bens intermediários são consumidos durante o processo produtivo. Por

exemplo, o tecido que utilizado para produzir a camisa, no final do processo

não existe mais tecido, mas sim camisa, enquanto a máquina de costura

continua lá sendo utilizada para produzir outros bens.

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3. TEORIA ELEMENTAR DA PRODUÇÃO

A Teoria da Produção pode ser conceituada pelo processo de

transformação dos fatores adquiridos pela empresa (terra, capital, trabalho,

capacidade tecnológica e capacidade empresarial) em produtos ou serviços

para a venda no mercado. Vasconcellos (2000)

No processo de produção, diferentes insumos ou fatores de produção

são combinados, de forma a produzir um bem final. As formas como esses

insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção. A

escolha do método ou processo de produção depende de sua eficiência. Um

método é tecnicamente eficiente quando comparado com outros métodos,

utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma quantidade equivalente

do produto. Um método é economicamente eficiente, quanto está associado ao

método mais barato relativamente a outros métodos.

3.1. A FUNÇÃO DE PRODUÇÃO

É a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da

quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período

de tempo. A função de produção admite sempre que o empresário esteja

utilizando a maneira mais eficiente de combinar os fatores e,

conseqüentemente, obter a maior quantidade produzida do produto.

Podemos representar a função de produção, da seguinte maneira:

Q = f(x1,x2,x3, ... , xn)

Onde:

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 19-22.

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19 Q é a quantidade produzida do bem ou serviço, num determinado período de

tempo;

x1,x2,x3, ... , xn identificam as quantidades utilizadas de diversos fatores de

produção;

ef indica que Q depende da quantidade de insumos utilizados

3.2. CUSTO DE PRODUÇÃO, RECEITA E LUCRO

O objetivo básico de uma empresa é a maximização de seus resultados,

de seu lucro ,quando da realização de sua atividade produtiva, da combinação

dos fatores de produção.

Assim sendo, procurará sempre obter a máxima produção possível em

face da utilização decerta combinação de fatores.

O resultado dito ótimo para empresa poderá ser obtida quando for

possível alcançar um dos seguintes objetivos: a) maximizar a produção para

um dado custo total ou b) minimizar o custo total para um dado nível de

produção. O primeiro diz respeito que a empresa tem um custo que não deve

ser maior, pois se não seus lucros também serão maiores, então ela procurará

produzir cada vez mais para alcançar um patamar de produção que lhe dê

àquele custo. A alternativa b se refere que a empresa tem uma meta de

produção que estabelece alcançar e que para alcançá-la terá que reduzir os

seus custos ao mínimo possível.

Quanto aos custos totais de produção, define-se como o total das

despesas realizadas pela empresa com utilização da combinação mais

econômica dos fatores, por meio da qual é obtida uma determinada quantidade

do produto. Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos

variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT):

CT = CVT + CFT

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20

Os custos fixos totais (CFT) correspondem à parcela dos custos totais

que não aumentam com o aumento da produção. São decorrentes dos gastos

com os fatores fixos

de produção, como por exemplo, depreciação, aluguéis, seguros, etc.

Já os custos variáveis totais (CVT), correspondem à parcela dos custos

totais que variam com o aumento da produção. São despesas realizadas com a

compra da matéria prima, materiais secundários, mão-de-obra direta, etc.

Os custos também podem ser classificados de curto ou longo prazo. Os

custos de curto prazo são caracterizados por serem compostos por parcelas de

custos fixos e de custos variáveis e os custos de longo prazo são formados

unicamente por custos variáveis, pois a partir de determinado momento, os

próprios custos fixos que eram fixos passam a aumentar, pois aumentou o

número de máquinas para produzir mais mercadorias.

Também temos os conceitos de custos médios e marginais. Os custos

médios são obtidos pela divisão entre o custo total e a quantidade produzida,

ou seja, representa o custo médio para se produzir determinado produto. Já o

custo marginal é dado pela variação do custo total em resposta a uma variação

da quantidade produzida, ou seja, deseja saber quanto variará o custo se

acrescer uma unidade na produção.

As empresas têm como objetivo maior a maximização de lucros. Onde

se pode definir o lucro total como a diferença entre as receitas de vendas da

empresa e os seus custos totais de produção. Ou seja:

LT = RT – CT

Onde: LT = lucro total; RT= receita total e CT= custo total.

Como receitas totais entende-se o valor das vendas totais realizadas

num determinado período de tempo. Então como receita teremos:

RT = P x Q

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Onde: RT= receita total; P= preço e Q= quantidade.

Ou seja, receita total é igual ao preço do bem ou serviço multiplicado por

sua respectiva quantidade vendida.

Qualquer empresa, que deseje maximizar lucros, escolherá o nível de

produção para o qual a diferença positiva entre receita total e custo total sejam

a maior possível.

3.3. CURVA DE OFERTA

A oferta representa as várias quantidades que os produtores desejam

oferecer ao mercado em determinado período de tempo. Da mesma maneira

que a demanda, a oferta depende de vários fatores: de seu próprio preço, dos

demais preços, do preço dos fatores de produção, das preferências do

empresário e da tecnologia.

A função oferta mostra uma relação direta entre quantidade ofertada e

nível de preços, coeterisparibus. Essa representa a chamada Lei Geral da

Oferta.

A relação direta entre a quantidade ofertada de um bem ou serviço e seu

preço devesse ao fato de que, um aumento do preço no mercado estimula as

empresas, os produtores a produzirem mais, aumentando sua receita.

Podemos expressar a curva de demanda conforme a figura abaixo:

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A inclinação da curva de oferta e positivamente inclinada, uma vez que a

relação entre quantidade ofertada e o preço é diretamente proporcional.

Além do preço do bem, a oferta de bem ou serviço é afetada pelos custos dos

fatores de produção (matérias-primas, salários, preço da terra) e por alterações

tecnológicas, ou pelo aumento do número de empresas no mercado.

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23 4. O MERCADO

4.1. O PREÇO DE EQUILÍBRIO

A interação das curvas de demanda e oferta determina o preço e a

quantidade de equilíbrio de um bem ou serviço em um dado mercado.

No encontro das curvas de oferta e demanda (ponto E) teremos o preço

e a quantidade de equilíbrio, isto é, o preço e a quantidade que atendem os

objetivos dos consumidores e dos produtores simultaneamente.

Se a quantidade ofertada se encontrar abaixo daquela de equilíbrio E,

teremos uma situação de escassez do produto. Haverá uma competição entre

os consumidores, pois as quantidades procuradas serão maiores que as

ofertadas. Formar-se-ão filas, o que forçará a elevação dos preços, até atingir-

se o equilíbrio, quando as filas cessarão.

Se por outro lado, a quantidade ofertada se encontrar acima do ponto de

equilíbrio E, haverá um excesso ou excedente de produção, um acúmulo de

estoques não programado do produto, o que provocará uma competição entre

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 24-27..

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24 os produtores, conduzindo a uma redução dos preços, até que se atinja o ponto

de equilíbrio.

Quando há competição, tanto de consumidores quanto de ofertantes, há

uma tendência natural no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio

estacionário.

4.2. CLASSIFICAÇÃO DOS MERCADOS

Há várias formas ou estruturas de mercado. Estas dependem

fundamentalmente de três características básicas: a) número de empresas que

compõem esse mercado; b) tipo de produto produzido neste mercado e c) se

existem ou não barreiras, obstáculos para que novas empresas entrem nesse

mercado.

Neste sentido podemos ter as seguintes estruturas de mercado:

Concorrência Perfeita – é um tipo de mercado em que há um grande número

de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por

ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e,

consequentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado “atomizado”, pois é

composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos.

Esse mercado possui algumas características básicas: trabalham com produtos

homogêneos, onde não existe diferenciação entre os produtos ofertados pelas

empresas; não existem barreiras para o ingresso de novas empresas, ou seja,

qualquer empresa pode entrar no mercado facilmente e há transparência no

mercado, onde todas as informações sobre lucros, preços, etc., são conhecidas

por todos os participantes do mercado.

Na realidade, não há o mercado tipicamente de concorrência perfeita no

mundo real, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros (que

produzem tomate, repolho, pepino, etc.) o exemplo mais próximo que se

poderia apontar.

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25 Monopólio – Caracteriza-se por apresentar condições opostas às da

concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário

dominando inteiramente a oferta/produção e, de outro, todos os consumidores.

Não há, portanto, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Nesse

caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor,

ou deixarão de consumir o produto.

Para a existência de monopólios, deve haver barreiras que praticamente

impeçam a entrada de novas empresas no mercado. Essas barreiras podem

advir das seguintes condições: controle de matérias-primas, onde o monopólio

controla a fonte de matéria prima para produzir o seu produto; patentes, onde o

monopólio patenteou o produto e não há como outras empresas produzirem

àquele produto; elevado volume de capital, onde a empresa para entrar

necessita de alto volume de capital e tecnologia.

Oligopólio – é caracterizado por um pequeno número de empresas que

dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que

há um pequeno número de empresas ou então onde há um grande número de

empresas, mas poucas que dominam o mercado.

No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são

fixados entre as empresas por meio de conluios ou cartéis. O Cartel é uma

organização (formal ou informal)de produtores dentro de um setor que

determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem.

Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de

custos. Há uma empresa líder que, via de regra, fixa o preço, respeitando as

estruturas de custos das demais, e há empresas satélites que seguem as

regras ditadas pelas líderes. Esse é um modelo chamado e liderança de

preços.

Concorrência Monopolista – é uma estrutura de mercado intermediária

entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com

oligopólio, pois na concorrência monopolista há um número relativamente

grande de empresas com certo poder concorrencial, porém com segmentos de

mercados e produtos diferenciados e com margem de manobra para fixação

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26 dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no

mercado.

4.3. ESTRUTURAS DE MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO

Também apresenta diferentes estruturas.

Concorrência Perfeita no mercado de fatores – é um mercado onde

existe uma oferta abundante do fator de produção, o que torna o preço desse

fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número,

não têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços.

Monopsônio – é uma forma de mercado na qual há somente um

comprador para muitos vendedores dos serviços dos insumos e por isso tem

capacidade de influenciar os preços da matéria-prima que adquiri.

Oligopsônio – é um mercado onde existem poucos compradores que

dominam o mercado para muitos vendedores. Ex: indústria de laticínios. Em

cada cidade, existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite

dos inúmeros produtores rurais locais.

Monopólio Bilateral – ocorre quando um monopolista, na compra do fator

de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. Por

exemplo, só a empresa A compra um tipo de aço que é produzido apenas por

uma empresa B. Nesses casos, a determinação dos preços de mercado

dependerá não só de fatores econômicos, mas do poder de barganha de

ambos.

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5. CONTABILIDADE SOCIAL

A Teoria Macroeconômica estuda a determinação e o comportamento

dos agregados econômicos nacionais. A parte relativa que estuda a medida

desses agregados é denominada Contabilidade Social, que é o registro contábil

das atividades produtivas de um país, ao longo de um dado período de tempo.

A contabilidade social procura definir e medir os principais agregados a

partir de valores já realizados ou efetivados. Contabilidade Social pode ter

várias definições de acordo com cada autor, em sua respectiva época.

Um dos conceitos mais utilizados é o abordado por Rossetti (1992) em

que Contabilidade Social pode ser entendida como um compartimento da

Ciência Econômica que se ocupa da preparação sistemática e compreensiva

de um conjunto articulado de informações sobre os vários tipos de transações

econômicas, verificadas entre grupos significativos de agentes durante

determinado período; é assim, uma técnica de quantificação de um conjunto de

variáveis que interessam à análise econômica global.

Os agregados macroeconômicos são determinados a partir de um

sistema contábil que trata o país como se fosse uma grande empresa

produzindo um produto único.

5.1. RENDA E PRODUTO

O resultado da atividade econômica do país pode ser medido sob três

óticas: pelo lado da produção e venda de bens e serviços finais na economia

(ótica do produto e ótica da despesa), e também pela renda gerada no

processo de produção (ótica da renda), que vem a ser a remuneração dos

fatores de produção (salários, juros, aluguéis e lucros). As óticas do produto e

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 29-32..

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28 da despesa são medidas no mercado de bens e serviços, enquanto a ótica da

renda é medida no mercado de fatores de produção.

Neste caso a empresa efetua despesas com o pagamento de salários,

juros, aluguéis e lucros distribuídos que são destinados às famílias, que por

sua vez recebe tais pagamentos como receitas, e as empresas pela venda dos

seus bens e serviços obtém renda, onde no final do período considerado, faz-

se a contabilidade das despesas e das receitas dessa economia.

Daí se tem o Produto Nacional (PN) que representa o valor de todos os

bens e serviços finais, medidos a preços de mercado, produzidos num dado

período de tempo, onde PN =Σ p. q, sendo p = preço unitário dos bens e

serviços; q = quantidades produzidas de bens e serviços finais (tanto do setor

primário, secundário e terciário da economia) e Σ símbolo de somatório, ou

soma.

O setor primário da economia se refere àquele onde são produzidos os

bens e serviços ligados ao segmento agropecuário (agricultura e pecuária). Em

outras palavras, se referem aos produtos produzidos pelo setor agropecuário.

Já o setor secundário, se refere ao setor industrial, o setor que fabrica

bens, sejam a partir de mercadorias oriundas do setor agropecuário ou não.

O setor terciário se refere àquele setor de prestação de serviços ou de

comércio. Ou seja, é aquele que vende os produtos provenientes da indústria

ou que presta serviços de uma forma geral, e não fabrica produtos.

Também temos o conceito de Despesa Nacional (DN) que é o gasto dos

agentes econômicos com o produto nacional, onde revelam quais são os

setores compradores do produto nacional.

Já a Renda Nacional (RN) é a soma dos rendimentos pagos aos fatores

de produção no período: RN = salários + juros + aluguéis + lucros, para a

produção dos bens e serviços da economia. Quando dividimos o total desta

renda pelo total da população de um País, temos a Renda per capita.

Então, PN, DN e RN são três óticas de medição do resultado da atividade

econômica de um país num dado período.

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29

Cabe aqui, também conceituarmos Valor Adicionado, conceito

importante quando estamos medindo toda a produção da economia. Valor

adicionado pode ser entendido como o valor que se adiciona ao produto em

cada estágio de produção. Somando o valor adicionado em cada estágio de

produção, chegaremos ao produto final da economia.

Valor adicionado = valor bruto da produção (receita de vendas) – compra

de bens e serviços intermediários.

5.2. OS PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS

Além dos conceitos de Produto Nacional, de Despesa Nacional e de

Renda Nacional, tem-se outros conceitos, que fazem parte dos chamados

agregados macroeconômicos. São eles:

Poupança agregada – é a parcela da renda nacional (RN) que não é

consumida no período, isto é, S = RN – C, onde S representa a poupança; RN

a renda nacional e C o consumo. Poupança é o ato de não consumir no

período, deixando para consumo futuro.

Investimento agregado – é o gasto com bens que foram produzidos mas

não foram consumidos no período, e que aumentaram a capacidade produtiva

da economia para os períodos seguintes. O investimento é composto pelo

investimento em bens de capital (máquinas e imóveis) e pela variação de

estoques de produtos que não foram consumidos.

Os bens de capital são chamados, nas contas nacionais de formação

bruta de capital fixo.

Então Investimento total = Investimentos em bens de capital + variação

de estoques.

Depreciação – é o desgaste do equipamento de capital da economia

num dado período. É um gasto utilizado para repor os equipamentos que se

desgastaram ou se tornaram obsoletos. A depreciação é o conceito que

introduz uma diferenciação entre investimento bruto e investimento líquido.

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30 Investimento líquido = Investimento bruto – Depreciação.

Da mesma forma, podemos distinguir o conceito de Produto Nacional

Líquido (PNL) do conceito de Produto Nacional Bruto (PNB).

Produto Nacional Líquido = Produto Nacional Bruto – Depreciação.

Além destes agregados temos as variáveis que incorporam o Setor

Público, considerado suas três esferas: União, Estados e Municípios. Com sua

inclusão, introduz-se o conceito de receita fiscal e gastos públicos, somados

aos gastos e receitas já desempenhadas pelas empresas e famílias.

Como receita fiscal do Governo, temos os impostos indiretos, que

incidem sobre as transações com bens e serviços. Exemplo: ICMS, IPI.

Impostos diretos, que incidem sobrea renda e a propriedade das pessoas

físicas e jurídicas. Exemplo: Imposto de Renda. Contribuições à Previdência

Social e outras receitas.

Já quanto aos gastos do Governo, consideraram-se os gastos dos

ministérios e autarquias, das empresas públicas e sociedades de economia

mista e gastos com transferências e subsídios.

É necessário aqui definirmos alguns conceitos básicos que também

fazem parte das contas nacionais, são eles:

1º) Preços de Mercado e Custo de Fatores – O preço de mercado de um

produto normalmente está acima do valor remunerado aos fatores de produção

necessários a sua produção. Isso porque em seu preço estão incorporados os

impostos indiretos cobrados pelo Governo (ICMS, IPI, etc.), além disso, caso o

produto seja essencial à população o Governo, em alguns casos, subsidia o

preço do produto, fazendo com que o preço pelo qual o produto é vendido seja

inferior a seu custo de produção. Custo de Fatores é o que a empresa paga

aos fatores de produção, salários, juros, aluguéis e lucros. Assim, partindo, por

exemplo, da Renda Nacional Líquida - RNL ou do Produto Nacional Líquido -

PNL a custo de fatores para chegar ao PNL a preço de mercado temos:

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31

PNL a preços de mercado = PNL a custo de fatores + impostos indiretos

– subsídios. Apenas os custos indiretos, e não os diretos são relevantes nessa

diferenciação. Isso porque os impostos diretos não representam uma diferença

entre o custo de fatores e o preço final de venda.

2º) Renda Pessoal Disponível – procura medir o quanto a renda gerada no

processo econômico fica em poder das famílias. A renda pessoal disponível

mede quanto sobra para as famílias decidirem gastar na compra de bens e

serviços ou então poupar.

3º) Carga Tributária Bruta e Líquida – a carga tributária bruta é o total da

arrecadação fiscal do Governo (impostos diretos e indiretos e outras receitas

do Governo, como taxas, multa e aluguéis). Se deduzirmos a carga tributária

bruta das transferências e dos subsídios que o Governo encaminha para o

setor privado, daí termos a Carga Tributária Líquida.

O esquema da Contabilidade Social fica completo quando consideramos

que a economia é aberta ao exterior, que é a realidade atual.Com isso

definimos os conceitos de exportação, importação e diferenciamos os conceitos

de produto interno e produto nacional.

As exportações representam as compras de mercadorias produzidas

pelas empresas localizadas em nosso país efetuadas pelos estrangeiros. As

importações representam as despesas que nós fazemos com produtos

estrangeiros.

Produto Interno Bruto (PIB) - é o somatório de todos os bens e serviços

finais produzidos dentro do território nacional num dado período, valorizados a

preços de mercado, sem levarem consideração se os fatores de produção são

de propriedade de residentes (que estão dentro do país) ou não residentes

(fora do país).

Somando ao PIB à renda recebida do exterior e subtraindo a renda

enviada ao exterior temos o Produto Nacional Bruto (PNB), que é a renda que

efetivamente pertence aos nacionais, aos residentes do País.

Para muitos, o PIB não mede adequadamente o bem-estar da

coletividade, pois não reflete as condições econômicas e sociais de um país.

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32 Ele não registra a economia informal; não considera os custos sociais

derivados do crescimento econômico, tais como poluição, piora do meio

ambiente; e não considera diferenças na distribuição de renda entre os vários

grupos da sociedade.

As Nações Unidas calculam periodicamente um índice de

desenvolvimento humano (IDH) que, além de um indicador econômico (PIB),

inclui indicadores sociais. Segundo a pesquisa das Nações Unidas, há nações

com diferenças entre o IDH e o PIB. Mas no geral, há alta relação do PIB per

capita com o desenvolvimento social de um país.

Pode-se concluir que, apesar de algumas limitações, a medida do PIB é

um indicador útil tanto para comparações internacionais como para medir o

crescimento do País ao longo dos anos. Entretanto, é sempre oportuno

considerar também outros indicadores, como grau de distribuição de renda,

analfabetismo, mortalidade infantil, etc, para que tenhamos uma avaliação mais

completa da real condição socioeconômica de um país.

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33

6. CONSUMO E POUPANÇA

6.1. COMPONENTES DO CONSUMO

O consumo global de um país é influenciado por uma série de fatores,

tais como: renda nacional, estoque de riqueza ou patrimônio, taxa de juros de

mercado, disponibilidade de crédito, expectativa sobre a renda futura,

rentabilidade das aplicações financeiras, etc.

No entanto, estudos estatísticos mostram que as decisões de consumo

da coletividade são influenciadas fundamentalmente pela renda nacional

disponível, ou seja, a parcela da renda que fica disponível para os

consumidores gastarem (ou pouparem).

Então:

C = f(RND), ou seja, o consumo se dá em função da renda, onde:

C = Consumo agregado;

RND = renda nacional disponível.

6.2. POUPANÇA E INVESTIMENTO

A poupança é a parcela da renda nacional que não é gasta em bens de

consumo. A poupança é a diferença entre a renda e o consumo. Em outras

palavras, é o não consumo presente em função de um consumo futuro.

Então:

S = f(RND), ou seja, a poupança se dá em função da renda, onde:

S = poupança agregada;

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p. 37-37.

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34

RND = renda nacional disponível.

Já o investimento (construções, máquinas, etc.) é o acréscimo ao

estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. A curto

prazo, é visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da

capacidade produtiva.

O investimento é a principal variável para explicar o crescimento da

renda nacional de um país. Em linhas gerais, pode-se dizer que o investimento

agregado é determinado por dois fatores: a taxa de rentabilidade esperada e a

taxa de juros de mercado. A taxa de rentabilidade esperada ou taxa de retorno

é calculada a partir da estimativa do retorno esperado pela aquisição do bem

de capital (construções, máquinas, etc.).

A taxa de juros e o investimento possuem uma relação inversamente

proporcional. Se a empresa já dispõe de capital próprio, a taxa de juros

representará quanto a empresa ganharia, se em vez de investir em suas

instalações, aplicasse no mercado financeiro. Isto é o que chamamos de Custo

de Oportunidade do Capital.

Neste caso, outro conceito importante é o de crédito, que regulado pela

taxa de juros, determina o montante de investimentos. Crédito pode ser

definido como sendo a troca de um bem disponível no momento pela promessa

de um pagamento futuro. E quando as operações de crédito na economia são

estimuladas, normalmente o consumo das famílias aumenta.

Esse capital pode sofrer desgaste durante o processo produtivo. Para

repor esse desgaste ou mesmo substituir os equipamentos, as máquinas

durante o processo produtivo, a depreciação pode ser utilizada para cobrir tais

custos.

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7. EMPREGO

7.1. MERCADO DE TRABALHO

No mercado de trabalho temos o que chamamos de população

economicamente

ativa, que são àquelas pessoas que estão fazem parte de uma determinada

faixa etária quetem condições de estar trabalhando. Fazem parte as pessoas

efetivamente empregadas,recebendo salários e contribuindo para o aumento

da renda e do consumo da economia.

As pessoas desempregadas também fazem parte da população

economicamente ativa, sóque não estão trabalhando, ou estão procurando

emprego.

7.2. OFERTA E DEMANDA DE EMPREGO

O mercado de trabalho é constituído pela oferta e demanda de emprego.

A oferta de emprego é determinada pelas empresas, que ao produzirem, ao

aumentarem a produção contratam pessoas para desempenhar determinadas

atividades e recebem renda por isso. O governo também tem papel

fundamental neste processo, pois também é um grande contratante de mão-de-

obra.

O desempenho de suas políticas, que influenciam as atividades das

empresas, também pode funcionar como um alavancador de empregos para a

população. O governo reduzindo tributos, dando condições de maior crédito

para as empresas, para que possam produzir mais, estas vão necessitar

também de contratar mais pessoas.

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 39-40..

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Políticas direcionadas para a melhoria das condições de vida da

população, no intuito de melhorar a distribuição de renda, também funciona

como um incentivo para a geração de empregos.

8. ECONOMIA MONETÁRIA

8.1. A MOEDA: SUA HISTÓRIA E SUAS MODALIDADES

O uso da moeda nas economias em que vivemos é de tal forma

generalizada que se torna difícil imaginar o funcionamento de um sistema

econômico em que não existam instrumentos monetários. Mas existiam grupos

que não utilizavam moeda. Esses primeiros agrupamentos, em geral, nômades,

teriam sobrevivido sob padrões bastante simples de atividade econômica. Eram

grupos que não conheceram a moeda e, quando recorriam a atividades de

troca, realizavam trocas em espécie, ou seja, trocavam mercadorias por

mercadorias, a esta prática denomina-se escambo.

Antes da existência da moeda, o fluxo de trocas de bens e serviços na

economia davasse através do escambo, com trocas diretas de mercadoria por

mercadoria. No entanto, vários eram os transtornos causados pela falta da

moeda, como por exemplo, a questão da divisibilidade do bem para a troca por

outro. Quando se tinha que dividir uma mercadoria para comprar uma unidade

inteira de outra. Então, na medida que a economia foi se desenvolvendo,

aumentando as trocas, isto trouxe a necessidade do aperfeiçoamento dos

instrumentos de troca.

Com a evolução da sociedade, certas mercadorias passaram a ser

aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de

serem escassas. Por exemplo, o sal, que por ser escasso era aceito na Roma

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 41-43.

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37 Antiga como moeda. Em diversas épocas e locais diferentes, outros bens

assumiram idêntica função. Portanto, a moeda mercadoria constitui a forma

mais primitiva de moeda na economia.

Logo após, os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda

por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e

resistência, são divisíveis empeso. Tiveram esse papel de moeda por várias

épocas.

Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoas de

posse de ouro, por questões de segurança, o guardavam em casas

especializadas, onde os ourives - pessoas que trabalhavam com ouro e prata

emitiam certificados de depósitos dos metais. Ao adquirir bens e serviços, as

pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já que, por

serem transferíveis, o novo detentor do título poderia retirar o montante

correspondente de metal junto ao ourives.

Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-

moeda. Cada Estado passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado

em ouro (padrão ouro). O ouro, contudo, era um metal com reservas limitadas

na natureza, e como a capacidade de emitir moeda estava vinculada à

quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo

à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um

limite a oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920, o padrão-ouro foi

abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das

autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda possa a ser aceita por

força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária.

Pode-se conceituar moeda como um instrumento ou objeto que é aceito

pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento

dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida por Lei,

ou seja, a moeda tem “curso forçado”. Representa liquidez imediata para quem

a possui, pois pode ser trocada por outras mercadorias e/ou serviços. É a única

forma irrecusável para quitação de obrigações.

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8.2. FUNÇÕES E TIPOS DE MOEDA

As principais funções da moeda são:

Instrumento ou meio de troca – serve para intermediar a troca de bens,

serviços e fatores de produção da economia.

Denominador comum monetário – possibilita que sejam expressos em

unidades monetárias os valores de todos os bens e serviços produzidos pelo

sistema econômico. É um padrão de medida.

Reserva de Valor – a moeda representa liquidez imediata. Pode ser

acumulada para a aquisição de um bem ou serviço no futuro. Ou seja, pode ser

guardada para render valor no futuro.

Padrão para pagamento diferido – a moeda pode ser utilizada para

pagamentos de contas em períodos diferentes.

Tipos de Moeda

Moedas metálicas: são emitidas pelo Banco Central, constituem

pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno

valor.

Papel-moeda: são emitidas pelo Banco Central, representa parcela

significativa da quantidade de dinheiro em poder do público. Quando juntamos

as moedas metálicas e o papel-moeda em poder do público denominamos de

moeda manual.

Moeda escritural: é representada pelos depósitos a vista nos bancos

comerciais.

8.3. DEMANDA E OFERTA DE MOEDA

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39

A criação da moeda depende da sua respectiva demanda e oferta por

parte da população e das autoridades monetárias (governo).

Oferta de Moeda

A moeda é ofertada pelas autoridades monetárias e pelos bancos

comerciais (Itaú, Bradesco, Safra, etc.), sendo está dita como exógena, ou

seja, criada e ofertada pelo governo e não pelo mercado.

Oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às

necessidades da coletividade. Pode ser ofertada pelas autoridades monetárias

e pelos Bancos Comerciais.

A oferta de moeda pode também ser chamada de meios de pagamento.

Estes constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário,

de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para

efetuar transações econômicas. A liquidez da moeda é a capacidade que ela

tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas

transações.

Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma

da moeda em poder do público mais os depósitos a vista nos bancos

comerciais. Representam, então, quanto à coletividade tem de moeda física

(metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somados a quanto

ela tem em conta corrente nos bancos.

Uma das formas mais tradicionais de se aumentar rapidamente os meios

de pagamento pode ser observada a partir da ampliação dos empréstimos

pelos bancos comerciais ao setor privado. À medida que os bancos comerciais

têm possibilidade de ter mais recursos, estes possuem um efeito multiplicador,

de dobrar, triplicar, a moeda através de empréstimos.

O conceito econômico de moeda é representado apenas pela moeda

que está com o setor privado não bancário, ou seja, excluem-se os próprios

bancos comerciais, e a moeda que está com as autoridades monetárias.

Esse dinheiro que pertence aos bancos é denominado de encaixe

monetário, que o mesmo tem que manter junto ao Banco Central. Representa a

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40 porcentagem dos depósitos de um banco que não pode ser emprestada ou

empregada em qualquer negócio, devendo ficar como garantia ou lastro do

mesmo.

Também são considerados, na definição tradicional de meios de

pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos

comerciais. Os meios de pagamento também podem ser chamados de M1, ou

seja, ativos ou haveres monetários. Os demais ativos financeiros, que rendem

juros, são chamados de ativos ou haveres não monetários. São os chamados

M2, M3, M4, conforme a rapidez com que podem ter liquidez, ou seja, podem

ser transformados em moeda.

Ocorre criação de moeda quando há um aumento do volume dos meios

de pagamento, e destruição de moeda quando ocorre uma redução dos meios

de pagamento. O aumento dos empréstimos ao setor privado se refere a

criação de moeda e o resgate de um empréstimo no banco se refere a

destruição de moeda.

Demanda de Moeda

Corresponde à quantidade de moeda que o setor privado não bancário

retém, em média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em

depósitos a vista nos bancos comerciais. Há três razões pelas quais se retém

moeda, em vez de utilizá-la na compra de títulos, imóveis, etc.

1ª) As pessoas e empresas precisam de dinheiro para suas transações do dia-

a-dia, para alimentação, transporte, aluguel, etc.(demanda de moeda para

transações);

2ª) O público e as empresas precisam ter uma certa reserva monetária para

fazer face a pagamentos imprevistos ou atrasos em recebimentos esperados

(demanda de moeda por precaução); e

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41 3ª) Os investidores devem deixar uma “cesta” para a moeda, observando o

comportamento da rentabilidade dos vários títulos, para fazer algum novo

negócio (demanda de moeda por especulação).

As duas primeiras razões dependem diretamente do nível de renda.

Quanto maior a renda maior a necessidade de moeda para transações e por

precaução. A terceira depende da taxa de juros, onde há uma relação inversa

entre demanda de moeda por especulação e taxa de juros. Quanto maior o

rendimento dos títulos, menor a quantidade de moeda que o aplicador retém

em sua carteira, já que é melhor utiliza-la na compra de ativos rentáveis.

8.4. A TAXA DE JUROS DE EQUILÍBRIO

A taxa de juros tem um papel estratégico nas decisões dos mais

variados agentes econômicos. Para as empresas, as decisões quanto à

compra de máquinas, equipamentos, aumentos ou diminuição de estoques, de

matérias-primas ou de bens finais serão determinadas não só pelo nível atual,

mas também pelas expectativas quanto aos níveis futuros das taxas de juros.

Se as expectativas quanto à trajetória das taxas de juros se tornarem

pessimistas, os empresários deverão manter níveis baixos de estoques e

mesmo de capital de giro no presente, uma vez que o custo de manutenção

desses ativos poderá ser extremamente caro no futuro.

Os consumidores exercerão um maior poder de compra à medida que as

taxas de juros diminuírem, e o contrário, e as taxas de juros aumentarem.

A taxa de juros tem um importante papel, pois a determinação de seu

patamar acabará por influenciar o volume de consumo, notadamente de bens

de consumo duráveis, por parte das famílias. Essa diminuição do consumo

ocorre porque as pessoas passam a preferir poupança a consumo, e dirigem

sua renda não gasta para os bancos, com o intuito de auferirem receitas

financeiras.

Muito se indaga sobre as diferenças das taxas de juros praticadas no

mercado. Entre a taxa de juros que é determinada pelo Conselho Monetário

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42 Nacional e as taxas de juros cobradas pelos bancos comerciais. A essa

diferença entre taxas de juros, no sistema bancário, dar-se o nome de spread.

9. SISTEMA FINANCEIRO

Podemos entender o sistema financeiro como sendo um fundo no qual

as unidades deficitárias (investidores) retiram recursos, enquanto as

superavitárias (poupadores) os depositam.

9.1. O SISTEMA FINANCEIRO

Num sistema financeiro podemos ter diversas modalidades de créditos

para investimentos, podendo estar ligados aos seguintes mercados:

Mercado monetário: neste são realizadas a operações de curtíssimo

prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos

agentes econômicos, como os empréstimos para as pessoas físicas.

Mercado de crédito: neste caso são atendidas as necessidades de

recursos de curto, médio e longo prazos, principalmente oriundas da demanda

de crédito para aquisição de bens de consumo durável e da demanda de

capital de giro das empresas. Ex: crédito rápido, desconto de duplicatas, etc.

Também engloba os financiamentos de longo prazo, como o Finame, FCO, etc.

As pessoas envolvidas no mercado de crédito são chamadas de credores e

devedores.

Mercado de Capitais: procuram suprir as exigências de recursos de

médio e de longo prazos, principalmente com vistas à realização de

investimentos em capital. Ex: compra e venda de ações, debêntures, etc.

Mercado Cambial: nele são realizadas a compra e a venda de moeda

estrangeira, para atender a diversas finalidades, como a compra de câmbio,

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 48-50.

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43 para importação; a venda por parte dos exportadores; e venda/compra, para

viagens de turismo.

Mercados Primários e Secundários: Os primeiros são aqueles em que se

realiza a primeira compra/venda de algum ativo recém-emitido; os secundários

caracterizam-se por negociarem ativos financeiros já negociados

anteriormente.

Mercados à vista, futuros e opções: Os mercados à vista negociam

apenas ativos com preços a vista; os mercados futuros negociam os preços

esperados de certos ativos e de mercadorias para determinada data futura e os

mercados de opções negociam opções de compra/venda de determinados

ativos em data futura.

9.2. A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

O sistema financeiro pode-se subdividir da seguinte maneira:

Subsistema Normativo – são aqueles que ditam a normas que tem que serem

seguidas pelas outras instituições. São eles: Conselho Monetário Nacional -

CMN, Banco Central do Brasil - Bacen e Comissão de Valores Mobiliários –

CVM. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política monetária,

exercendo a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de

intermediação financeira no País. Já o Conselho Monetário Nacional

representa o órgão normativo. É quem determina as normas a serem

cumpridas pelo Banco Central. É o órgão máximo do Sistema Financeiro

Nacional brasileiro. Já a Comissão de Valores Mobiliários possui a função de

fiscalizar as atividades das bolsas de valores e de mercados futuros.

Subsistema Operativo – Seguem diretamente as normas do subsistema

normativo. São eles: Instituições Bancárias (públicas ou privadas) - Bancos

comerciais e Caixas econômicas (está última que é responsável por executar

operações de crédito habitacional no país); Instituições não bancárias (públicas

ou privadas) – Bancos de investimento (a exemplo do BNDES, que é

responsável pelo financiamento da expansão de investimentos no país),

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44 bancos de desenvolvimento, companhias de desenvolvimento, sociedade de

crédito de financiamento e investimento, sociedade de crédito imobiliário,

associações de poupança e empréstimo e companhias seguradoras;

Instituições auxiliares (públicas ou privadas) – Bolsas de valores, sociedades

corretoras, sociedades distribuidoras, agentes autônomos de investimento e

outros (leasing, factoring cobrança, etc.); e os Agentes Especiais – Banco do

Brasil e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Podemos citar como os principais instrumentos de política monetária: O

controle do crédito e dos juros; as operações de redesconto; o controle das

taxas de reservas e dos compulsórios e as operações de open market, ou de

títulos públicos.

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45

10. INFLAÇÃO

10.1. A DEFINIÇÃO E MEDIDA DA INFLAÇÃO

A inflação ou instabilidade de preços é definida como um aumento

persistente e generalizado no índice de preços, ou seja, são aumentos

contínuos de preços. As fontes de inflação diferem em função das condições

de cada país, em virtude de alguns aspectos, como:

a) tipo de estrutura de mercado – se concorrencial, monopolista ou

oligopolista, dependendo do mercado há um condicionamento da

capacidade dos vários setor e repassarem aumentos de custos

aos preços dos produtos;

b) grau de abertura da economia ao exterior – quanto mais aberta a

economia à competição externa, maior a concorrência interna

entre fabricantes, e menores os preços dos produtos; e

c) estrutura das organizações trabalhistas – onde quanto maior o

poder de barganhados sindicatos, maior a capacidade de obter

reajustes de salários acima dos índices de produtividade, e maior

a pressão sobre os preços.

10.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA INFLAÇÃO

Variam com a intensidade e com a velocidade do processo de alta dos

preços. Baixa variação de preços dita discreta produzem efeitos econômicos

assimiláveis, em alguns casos até despercebidos pelos consumidores. Esse

quadro de relativo conforto começa a alterar-se à medida que o processo de

alta de preços se torna mais intenso, atingindo os fatores de produção, os

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46 produtos, as categorias de renda e os estratos socioeconômicos. A inflação

corrói o poder de compra do salário nominal recebido pelo trabalhador, pela

população.

Dependendo da intensidade do processo e dos mecanismos de defesa

acionados, as inflações intensas podem produzir graves efeitos redistributivos

sobre a renda agregada e as riquezas acumuladas; no limite, poderão destruir

as bases do ordenamento econômico, ao atingirem as funções monetárias ou a

confiança do público em quaisquer formas de haveres financeiros (moeda,

títulos, cadernetas de poupança, etc.).

Algumas das suas consequências podem ser:

a) Destruição da moeda, com sua capacidade de reserva de valor e

de sua utilidade como meio de pagamento;

b) Destruição da estrutura e da logicidade do sistema de trocas;

c) Desarticulação de suprimentos nas cadeias produtivas;

d) Regressão das atividades produtivas à linha de subsistência;

e) Queda vertiginosa do nível de emprego;

f) Ruptura do tecido social; e

g) Ruptura político-institucional, onde o governo perde o controle da

situação.

Não há uma única teoria que seja capaz de explicar todos os tipos de

inflação. Eles são muitos e, geralmente são diferenciados por qualificativos que

remetem às causas, às magnitudes dos processos de alta e suas

características visíveis. Os principais troncos teóricos que procuram explicar a

inflação podem ser agrupados em: A inflação de demanda; A inflação de custos

e Inflação Inercial.

10.3. INFLAÇÃO DE DEMANDA E INFLAÇÃO DE CUSTO

Neste caso uma das principais explicações teóricas da inflação sustenta

que as altas generalizadas de preços resultam de uma procura ou demanda

agregada excessiva em relação à capacidade de oferta da economia. Ou seja,

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47 refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível

de bens e serviços.

Neste caso a procura exacerbada empurra os preços para cima, dando

origem a uma espiral de alta, tanto mais intensa quanto menor for a capacidade

ociosa da economia. Nesta situação, aumentos da demanda agregada de bens

e serviços, com economia já a plena capacidade, conduzem a elevações de

preços.

As inflações resultantes de gastos excessivos por parte dos

consumidores podem originar-se tanto do setor real (do próprio consumo da

população), quanto no setor monetário da economia (onde o governo estimula

o consumo colocando mais dinheiro no mercado, via taxas de juros baixas e

com maior crediário). Pode resultar de expectativas sobre falta de produtos por

parte dos produtores, ou podem originar-se da inadequada condução da

política monetária, conduzindo à maior oferta de moeda e à multiplicação dos

meios de pagamento em escalas mais que proporcionais à capacidade efetiva

de geração de bens e serviços. Neste caso uma solução para combater este

tipo de inflação poderia ser o arrocho salarial, impedindo, assim, que as

pessoas demandem bens e serviços, resultando em baixa pressão sobre os

preços. Ou seja, são medidas que impeçam as pessoas de adquirir bens e

serviços, reduzindo a pressão sobre os níveis de preços.

Já a inflação dita de custos, trata-se de movimentos de alta de preços

originários da expansão dos custos dos fatores (terra, capital e trabalho)

mobilizados no processamento da produção de bens e serviços. Este tipo de

inflação pode ser associado a uma inflação de oferta. O nível de demanda

permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam.

Podem se originar da expansão dos tributos indiretos cobrados pelo

governo, que pode desencadear um processo de alta que se auto-alimentará

em espiral; a expansão dos custos do fator trabalho também pode dar origem a

altas generalizadas; por fim, a ampliação das margens de lucro, ainda que

setorialmente localizadas, podem propagar-se ao longo da cadeia de produção,

empurrando os preços para cima. Em outras palavras, o aumento de salários e

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48 dos preços das matérias-primas representam um causador da inflação de

custos.

Os efeitos desse processo inflacionário podem influenciar no perfil da

distribuição da renda, do balanço de pagamentos, nas finanças públicas e até

mesmo nas expectativas das empresas.

E por último a inflação inercial ou inércia inflacionária, fundamenta-se na

capacidade de auto propagação da inflação e na prática generalizada da

indexação – a correção dos custos dos fatores e dos preços dos produtos -

indefinidamente, pelos índices da inflação passada, para que se mantenha a

estrutura dos preços relativos e se recomponha a capacidade de compra das

remunerações pagas.

A concepção da inflação inercial pressupõe expectativas compulsivas

que levam à remarcação contínua de preços, à indexação de contratos e a um

tipo de convivência como processo de alta aceito e praticado por todos os

agentes econômicos.

Temos ainda a inflação denominada de inflação administrada, onde as

empresas monopolistas ou oligopolistas aumentam seus preços com objetivos

de lucrarem mais, sendo que os consumidores não têm outra alternativa, senão

deixar de consumir os produtos fabricados por tais empresas se não quiserem

pagar mais por eles.

10.4. A INFLAÇÃO NO BRASIL

Uma das características históricas da economia brasileira é a tendência

secular à alta dos preços. No Brasil, os períodos de variação acelerada dos

preços têm prevalecido sobre os de inflação moderada, sobretudo nos últimos

50 anos. A partir da 2ª Guerra Mundial o País viveu épocas de inflação

galopante ascendente. E na transição dos anos 80 para 90esteve bem perto de

uma hiperinflação descontrolada.

Fazendo uma simples leitura das séries históricas da inflação no Brasil,

pode-se observar que nos últimos 50 anos tivemos pelo menos sete períodos

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49 distintos, definidos pela magnitude das taxas de variação da oferta monetária e

dos preços, pelas causas prováveis do processo de alta e pela tipologia dos

programas de estabilização. Os períodos são:

a) 1946-58: Inflação de crédito e estrutural

b) 1958-63: Inflação predominantemente fiscal

c) 1964-67: Aplicação de controles ortodoxos

d) 1968-79: Inflação reprimida

e) 1980-85: Instalação de movimentos inerciais.

f) 1986-94: Fase dos choques heterodoxos.

g) 1994: A fundamentação e a implantação do Real.

No período de 1946-58 aceleraram-se os processos de mudança

estrutura do país, tanto no setor real (industrialização) quanto no financeiro

(criação de instituições bancárias).Com isso o efeito multiplicador da moeda

escritural exerceu-se com maior impacto, amplificando o efeito inflacionário de

emissões primárias de moeda. Acentuaram-se então as pressões do setor real

sobre o setor financeiro, tanto para elevação da taxa de câmbio, quanto para

abertura de novas linhas de financiamento subsidiado. O resultado desta

combinação, gradualmente, promoveu a aceleração da inflação, que saiu de

um patamar de 20% ao ano para 40% ao ano no final deste período.

Já durante o período 1959-63 aliados às pressões por crédito pelo setor

privado, somaram-se as pressões fiscais devido aos constantes déficits de

caixa do governo, fazendo com que se expandisse à oferta monetária. A este

fator de impulsão dos preços somaram-se também as pressões reivindicatórias

da classe trabalhadora, fazendo com que impulsionasse ainda mais o processo

inflacionário.

No período 1964-67, o processo foi o inverso, o governo instalado em 64

adotou rígidos mecanismos ortodoxos de controle do surto inflacionário. Debelo

o déficit fiscal. Conteve a oferta monetária. Reformaram-se o sistema financeiro

e a estrutura tributária.

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50

Cada um dos fatores diagnosticados como causadores do surto

inflacionário do Período anterior foi objeto de controles rígidos. Daí a inflação

anual recuou: de uma taxa entre 80 e90% para um novo patamar, próximo de

20%.

No período 1968-79, as bases institucionais do período anterior foram

mobilizadas para o milagre econômico, no sentido de conciliar forte

crescimento econômico com contenção do processo inflacionário. As pressões

internas, de origem financeira, que pressionavam a procura agregada para

cima, somaram-se as pressões externas de custos, resultantes dos choques de

oferta do cartel do petróleo, ocasionando uma espiral procura custos, passando

a exercer fortes pressões de alta na inflação. Neste período as emissões

primárias de moeda utilizadas para conter o déficit do setor público,

multiplicadas pelo sistema de intermediação bancária, criaram uma das

principais precondições para a alta inflacionária dos preços.

Período 1980-85 – No início da década de 1980, a inflação brasileira

situou-se na faixados três dígitos, mantendo-se em torno de 100%. Já no início

de 1986, caminhava para 300%.

Instalaram-se na economia do país, sob sustentação da correção

monetária generalizada, um processo inercial de inflação. A inflação passada

reproduzia-se no presente, animando um movimento ascendente de alta de

preços. As expectativas dos agentes econômicos levaram à adoção de

indexadores contratuais e a remarcações de preços.

Período 1986-94 – Foi um período marcado pelos planos econômicos

heterodoxos, ou seja, da escolha de um conjunto de medidas de choque para

conter o processo inflacionário. Foram vários planos, Plano Cruzado, Plano

Bresser, Plano Verão, Planos Collor I e II, em que a inflação caia no início mas

voltava com a falta de sustentação dos planos econômicos.

E por fim 1994, que foi o ano onde primeiramente ocorreu a

desindexação da economia com a criação da URV – Unidade de Referência de

Valor, para depois criar um novo padrão monetário, o Real. Neste período a

inflação foi controlada, onde impunhou-se uma nova disciplina emissora e a

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51 manutenção de uma rigorosa linha estratégica, dirigida para quebraras

resistências sociais à estabilidade. A estabilização passaria a ser vista como

um valor fundamental. Sistema que prevalece até os dias atuais.

A inflação pode ser medida por números-índices, que são fórmulas

matemáticas, onde abrangem as variações dos preços dos diversos produtos

que compõem a cesta de consumo da população.

11 O SETOR EXTERNO

Muitas explicações podem ser levantadas para explicar porque os

países comercializam entre si, como a diversificação de condições de

produção, ou a possibilidade de redução de custos na produção de

determinado bem vendido para um mercado global.

Os economistas clássicos forneceram a explicação teórica básica para o

comércio internacional através do chamado Princípio das Vantagens

Comparativas. Este princípio sugere que cada país deva se especializar na

produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que

tenha um custo relativamente menor). Essa será, portanto, a mercadoria a ser

exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar aqueles bens cuja

produção implicar um custo relativamente maior (cuja produção é relativamente

menos eficiente). Desse modo, explica-se a especialização dos países na

produção de bens diferentes, a partir da qual concretiza-se o processo de troca

entre eles.

A Teoria das Vantagens Comparativas foi formulada por David Ricardo em

1817. A teoria desenvolvida por Ricardo fornece uma explicação para os

movimentos de mercadorias no comércio internacional, a partir da oferta ou dos

custos de produção existentes nesses países. Logo, os países exportarão e se

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 58-61.

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52 especializarão na produção dos bens cujo custo for comparativamente menor

em relação àqueles existentes, para os mesmos bens, nos demais países

exportadores.

11.1. BALANÇO DE PAGAMENTOS

É o registro estatístico-contábil de todas as transações econômicas

realizadas entre os residentes do país com os residentes dos demais países.

Desse modo, estão registrados no balanço de pagamentos, por exemplo, todas

as exportações e importações de mercadorias do período considerado: os

fretes, os seguros, os empréstimos obtidos no exterior, etc. Ou seja, todas as

transações com mercadorias, serviços e capitais físicos e financeiros entre o

país e o resto do mundo.

O balanço de pagamentos apresenta as seguintes subdivisões:

Balança Comercial – Essa conta compreende basicamente o comércio de

mercadorias. Balanço de Serviços – Registram-se todos os serviços pagos

e/ou recebidos pelo Brasil, tais como: fretes, seguros, lucros, juros, royalties e

assistência técnica, viagens internacionais.

Transferências unilaterais – registram-se as doações financeiras ou não

interpaíses. Balanço de Transações Correntes – representa o somatório dos

balanços comercial de serviços e de transferências unilaterais resultando no

saldo em conta corrente e/ou balanço de transações correntes.

Movimento de Capitais ou Balanço de Capitais: Na conta de capital

aparecem as transações que produzem variações no ativo e no passivo

externo do país e que, portanto, modificam sua posição devedora ou credora

perante o resto do mundo. São registradas nesta conta as contrapartidas

financeiras das exportações e importações de mercadorias e serviços e as

transações financeiras puras, como ações e quota-parte do capital das

empresas, títulos de outros países, empréstimos em moeda, investimentos e

amortizações etc.

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53 11.2. TAXA DE CÂMBIO

É a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros

países, em função das relações econômicas que há entre eles. Pode, também,

ser definida como o preço da moeda estrangeira em termos da moeda

nacional. Assim, 1 dólar pode custar 2,90 reais.

Sua determinação pode ocorrer de dois modos: institucionalmente,

através da decisão das autoridades econômicas com fixação periódica das

taxas (taxas fixas de câmbio),ou através do funcionamento do mercado, onde

as taxas flutuam automaticamente, em decorrência das pressões de oferta e

demanda por divisas estrangeiras, ou seja, pela quantidade de moeda

estrangeira no mercado. (taxas flutuantes).

A demanda de divisas é constituída pelos importadores, que precisam

delas para pagar suas compras no exterior, uma vez que a moeda nacional não

é aceita fora do país, e pela saída de capitais financeiros.

A oferta de divisas é realizada tanto pelos exportadores, que recebem

moeda estrangeira em contrapartida de suas vendas, como através da entrada

de capitais financeiros internacionais.

A taxa de câmbio está intimamente relacionada com os preços dos

produtos exportados e importados e, consequentemente, com o resultado da

balança comercial do país. Se a taxa de câmbio se encontrar em patamares

elevados, estimulará as exportações, pois os exportadores passarão a receber

mais reais pela mesma quantidade de divisas, derivadas da exportação, em

consequência haverá maior oferta de divisas.

Do lado das importações, a situação se inverte, pois se os preços dos

produtos importados se elevam, em moeda nacional, haverá um desestímulo

às importações e, conseqüentemente, uma queda na demanda por divisas.

Uma taxa de câmbio sobrevalorizada surte efeito contrário tanto nas

exportações como nas importações. Há um desestímulo às exportações e um

estímulo às importações.

A moeda brasileira (O Real) pode ser comparada com várias outras

moedas, por isso temos várias taxas de câmbio. Por exemplo, temos uma taxa Av Hamburgo, Qd. 142, nº 254 – Jardim Europa - Goiânia

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54 de câmbio entre Real e Dólar Americano; entre Real e Libra inglesa; entre Real

e Peso Argentino, etc.

11.3. ORGANISMOS INTERNACIONAIS

Foram criados no intuito de estabelecer regras e convenções que

regulassem as relações monetárias e financeiras e não criassem entraves ao

desenvolvimento mundial.

Surgiram, principalmente, em virtude das perturbações econômicas mundiais

oriundas das grandes guerras mundiais.

Foram criados três principais organismos econômicos internacionais:

Fundo Monetário Internacional – que foi criado com o objetivo de evitar

possíveis instabilidades cambiais e garantir a estabilidade financeira,

eliminando práticas discriminatórias e restritivas aos pagamentos multilaterais e

de socorrer os países a ele associados quando da ocorrência de desequilíbrios

transitórios em seus balanços de pagamentos.

Banco Mundial – também conhecido como BIRD (Banco Internacional de

Reconstrução e Desenvolvimento), foi criado com o intuito de auxiliar a

reconstrução dos países devastados pela guerra e, posteriormente, para

promover o crescimento dos países em vias de desenvolvimento. O banco

empresta a taxas reduzidas de juros a países menos desenvolvidos, com o

intuito de promover projetos economicamente viáveis e relevantes para o

desenvolvimento desses países.

Organização Mundial do Comércio – foi criada com o objetivo básico de

buscar a redução das restrições ao comércio internacional e a liberalização do

comércio multilateral.

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55 12. O SETOR PÚBLICO

12.1. AS FUNÇÕES ECONÔMICAS DO SETOR PÚBLICO

A necessidade de atuação econômica do setor público prende-se à

constatação de que o sistema de preços não consegue cumprir

adequadamente algumas tarefas ou funções.

Existem alguns bens que o mercado não consegue fornecer (bens

públicos), logo, a presença do Estado é necessária (função alocativa). O

sistema de preço, via de regra, não leva a uma justa distribuição de renda, daí

a intervenção do Estado (função distributiva).Finalmente, o sistema de preços

não consegue se auto-regular, por isso, o Estado deve atuar visando estabilizar

tanto a produção quanto o crescimento dos preços (função estabilização).

Ainda dentro da função alocativa, está basicamente associada ao

fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente pelo sistema

de mercado.

Quanto à função distributiva, neste caso, o governo funciona como um

agente redistribuidor de renda, na medida em que, através da tributação, retira

recursos dos segmentos mais ricos da sociedade (pessoas, setores ou regiões)

e os transfere para os segmentos menos favorecidos.

Já no caso da função estabilizadora do governo, está relacionada com a

intervenção do mesmo na economia, para alterar o comportamento dos níveis

de preços e emprego .Essa intervenção é feita através de instrumentos de

política fiscal, monetária, cambial, comercial e de rendas.

12.2. ESTRUTURA TRIBUTÁRIA

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56

Para que o Estado possa cumprir suas funções para com a sociedade,

ele necessita obter recursos por meio da arrecadação tributária, que compõe

sua receita fiscal. Para que possa ocorrer o poder público deve seguir uma

série de princípios:

Princípio da Neutralidade – A neutralidade dos tributos é obtida quando

eles não alteram os preços relativos, minimizando sua interferência nas

decisões econômicas dos agentes de mercado.

Princípio da Equidade – um imposto deve ser equânime, no sentido de

distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos.

Princípio do Benefício – um tributo justo é aquele em que cada contribuinte

paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que

dele recebe. Ou seja, o indivíduo paga o tributo de maneira a igualar o preço do

serviço recebido ao benefício marginal que ele aufere com sua utilização.

Princípio da Capacidade de Pagamento – Segundo esse princípio, os

agentes (famílias, empresas) devem contribuir com impostos de acordo com

sua capacidade de pagamento. As medidas para auferir a capacidade de

pagamento são: renda, consumo e patrimônio.

Os tributos são constituídos por impostos, taxas e contribuição de

melhoria. As taxas são cobradas em razão do exercício do poder de polícia ou

pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e

divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. A contribuição

de melhoria é cobrada quando uma determinada obra pública aumenta o valor

patrimonial dos bens imóveis localizados em sua vizinhança.

Os tributos podem ser: Imposto direto, aquele que incide sobre a renda e

a riqueza (patrimônio), ou seja, é cobrado na fonte. Exemplos: Imposto de

renda, IPVA, IPTU, ITR, etc.

Imposto Indireto, neste caso, a base tributária é o valor da compra e

venda de mercadorias e serviços. Tais tributos são cobrados na compra e

venda de mercadorias e serviços. Exemplos: Imposto sobre a circulação de

mercadorias e serviços - ICMS, ISSQN,IPI, PIS, CONFINS, INSS, ISS, etc.

Outra classificação dos impostos que se pode citar está relacionada à:

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Impostos Regressivos – são aqueles em que o aumento na contribuição

é proporcionalmente menor que o incremento ocorrido na renda. Exemplo.

ICMS e IPI.

Impostos Proporcionais ou Neutros – são aqueles em que o aumento na

contribuição é proporcionalmente igual ao ocorrido na renda.

Impostos Progressivos – ocorrem quanto o aumento na contribuição é

proporcionalmente maior que o aumento ocorrido na renda. Exemplo: Imposto

de Renda.

Outro conceito importante é do imposto ad valorem que é cobrado sobre

o valor da comercialização de um produto. Já a chamada incidência tributária

se refere à proporção do imposto paga por produtores e consumidores.

12.3. DÉFICIT PÚBLICO

Déficit Público ocorre quando os gastos superam o montante da

arrecadação. Existem várias conceituações para o déficit público. A primeira

delas é a do Déficit Público Nominal ou Total, também chamado de

Necessidades de Financiamento Líquido do Setor Público Não Financeiro –

Conceito Nominal, este engloba todos os gastos nas diversas esferas: União,

governos estaduais e municipais, empresas estatais e previdência social.

Também temos o Déficit Público Primário ou Fiscal – é medido pelo

déficit total, excluindo a correção monetária e cambial e os juros reais da dívida

contraída anteriormente pelo governo.

E por último o Déficit Operacional – é medido pelo déficit primário,

acrescido dos juros reais da dívida passada. É considerado a medida mais

adequada para refletir as necessidades reais de financiamento do setor

público.

Quando o governo se defronta com uma situação de déficit, além das

medidas tradicionais de política fiscal, surge o problema de como deverá o

mesmo ser financiado pelo Governo.

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13. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

13.1. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

A Teoria do Crescimento e do Desenvolvimento Econômico discute

estratégias delongo prazo, isto é, quais medidas devem ser adotadas para um

crescimento econômico equilibrado e auto-sustentado. Nessa Teoria, a oferta

ou produção agregada desempenha um papel importante na trajetória de

crescimento de longo prazo, o que não se observa na análise de curto prazo.

Crescimento e desenvolvimento econômico são dois conceitos

diferentes. Crescimento econômico é o crescimento contínuo da renda per

capita ao longo do tempo. O desenvolvimento econômico é um conceito mais

qualitativo, incluindo as alterações da composição do produto e a alocação dos

recursos pelos diferentes setores da economia, de forma a melhorar os

indicadores de bem-estar econômico e social.

A economia pode se encontrar em alguns estágios, como o de

crescimento, ou de regressão/depressão econômica quanto a economia está

entrando em declínio no que se refere aos seus indicadores de crescimento,

tanto de produção quanto de emprego.

Normalmente, os países ricos caracterizam pelo crescimento de sua

economia e da produtividade com que são aproveitados os recursos de

produção.

13.2. FONTES DE CRESCIMENTO ECONÔMICO

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O crescimento da produção e da renda decorre de variações na

quantidade e na qualidade de dois insumos básicos: capital e mão-de-obra.

Nesse sentido, as fontes decrescimento são as seguintes:

a) aumento na força de trabalho (quantidade de mão-de-obra), derivado do

crescimento demográfico e da imigração;

b) aumento do estoque de capital, ou da capacidade produtiva;

c) melhoria na qualidade da mão-de-obra, através de programas de

educação,

d) treinamento e especialização;

e) melhoria tecnológica, que aumenta a eficiência na utilização do estoque

de capital; e eficiência organizacional, ou seja, eficiência na forma como

os insumos interagem.

13.3. INDICADORES DE DESENVOLVIMENTO

Diferentemente do crescimento, por não retratar somente o crescimento

dos níveis de produção e renda, o desenvolvimento necessita de outros

indicadores para avaliar o seu desempenho. Então, temos o IDH (Índice de

Desenvolvimento Humano) que é um índice calculado pelas Nações Unidas

para vários países, e aborda além do PIB, também retrata os índices de

emprego e analfabetismo.

Além destes podemos ter outros índices para avaliar o desenvolvimento

econômico de um país. Como índices que avaliem não só o analfabetismo,

mas o sistema educacional, a saúde pública, os níveis de poluição, de

preservação do meio ambiente, de habitação, de pobreza, os níveis de

emprego, etc.

Para que haja desenvolvimento econômico uma condição essencial é

que sejam aplicadas novas tecnologias para que se produzisse mais e possam

produzir transformações sociais que acarretem numa melhor distribuição de

renda.

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60

14. POLÍTICAS MACROECONÔMICAS

14.1. DEFINIÇÕES

A Macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a

determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e

produto nacionais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de

moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.

14.2. METAS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

São as seguintes:

a) alto nível de emprego, onde o governo utilizando-se de seus

instrumentos sempre procura proporcionar mais postos de

trabalhos face o nível de empregabilidade da economia;

b) estabilidade de preços – meta principal de todos os governos.

Estabilidade de preços é fundamental para o desenvolvimento

dos demais objetivos de política econômica. Sem o controle da

inflação, várias podem ser as consequências, como já fora

analisado no capítulo 6.

Distribuição de renda socialmente justa – mesmo tendo crescimento

econômico e tendo uma economia estabilizada economicamente, pode haver

má distribuição de renda.

Onde o governo, vias suas políticas econômicas e sociais visa reduzir os

desníveis de renda entre as pessoas e regiões geográficas.

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p 70-71.

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Crescimento econômico – é condição necessária para o

desenvolvimento econômico de qualquer país.

14.3. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICA

Os principais instrumentos para atingir tais objetivos são as políticas

fiscal, monetária, cambial e comercial e de rendas.

Política Fiscal – Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe

para a arrecadação de tributos e o controle de suas despesas. Se o objetivo da

política econômica é reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente

utilizadas são a diminuição de gastos públicos e/ou aumento da carga

tributária, o que inibi o consumo. São instrumentos que visam diminuir os

gastos da coletividade. Se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os

instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a

demanda agregada.

Política Monetária – Refere-se à atuação do Governo sobre a

quantidade de moeda e títulos públicos. Os principais instrumentos são:

a) emissões de moeda

b) reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os

bancos comerciaisdevem colocar à disposição do Banco Central)

c) Open Market (compra e venda de títulos públicos)

d) Redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos

comerciais)

e) Regulamentação sobre crédito e taxas de juros.

Assim, por exemplo, se o objetivo é o controle da inflação, a medida a

propriedade política monetária seria diminuir o estoque monetário da economia

(por exemplo, aumentando a taxa de reservas compulsórias, ou compra de

títulos no open market). Se a meta é o crescimento econômico, a medida

adotada seria o aumento do estoque monetário.

Políticas Cambial e Comercial – São políticas que atuam sobre as

variáveis relacionadas ao setor externo da economia. A política cambial refere-

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62 se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O governo, através do Banco

Central, pode interferir no câmbio comprando ou vendendo dólares. A política

comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às exportações e/ou

estímulos e desestímulos às importações.

Política de Rendas – refere-se à intervenção direta do governo na

formação de renda (salários, aluguéis) através de controle e congelamento de

preços.

Normalmente esses controles são utilizados como política de combate a

inflação, como a fixação da política salarial, salário mínimo, etc. A política de

preços mínimos por parte do governo é um exemplo de política de renda. Com

este tipo de política o governo visa dar garantias de preços ao produtor, com o

propósito de protegê-lo das flutuações dos preços do mercado.

15. GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA

15.1. O PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO

Na visão dos autores que defendem o processo de globalização da

economia, os mesmos mencionam que na tradição do pensamento liberal, o

comércio exterior sempre foi enxergado como um indutor da melhoria dos

padrões de consumo, na utilização mais eficiente dos recursos e no aumento

da eficiência das empresas que enfrentam à concorrência internacional. Está

argumentação defende que a prática do comércio internacional livre também

contribui para uma distribuição mais equitativa da renda, na medida em que

corrigem a remuneração dos fatores segundo suas disponibilidades relativas.

CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.p. 74-74.

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Neste sentido, o processo de globalização em si, representa apenas

uma abertura de fronteiras, um intercâmbio de informações, mercadorias,

capitais, tecnologia entre várias nações.

Neste processo de globalização, tornou-se comum a organização das

nações para abrir fronteiras e promover a abertura de novos mercados, e

expandir até então os seus mercados internos. O Mercado Comum Europeu, o

Mercosul e o Nafta são exemplos de que denominamos de blocos econômicos.

15.2. AS CONSEQUÊNCIAS DA GLOBALIZAÇÃO

Dentro das correntes favoráveis e contrárias ao processo de

globalização, a maior parte dos teóricos, considerados liberais, considera este

processo totalmente benéfico na medida que impulsionam a competitividade

em todas as esferas do sistema econômico. Outras posições mais críticas,

destacam os efeitos contrários do processo de abertura econômica,

caracterizado principalmente pelo processo de exclusão social que o mesmo

provoca.

Para estes autores, o processo de globalização promove uma grande

concentração dos investimentos estrangeiros diretos e da tecnologia nas mãos

de poucas multinacionais, localizadas nas nações de capitalismo avançado. A

perda, para a esmagadora maioria dos países capitalistas, de boa parte de sua

capacidade de conduzir um desenvolvimento parcialmente autocentrado e

independente; o desaparecimento de certa especificidade dos mercados

nacionais e a destruição, para muitos Estados, da possibilidade de levar

adiante políticas próprias, não é conseqüência mecânica da globalização,

intervindo como processo externo, sempre mais coercitivo, impondo a cada

país, a seus partidários e a seus governos, uma determinada linha de conduta.

O processo de globalização promoveu uma liberalização muito ampla do

comércio exterior, mas seu efeito foi, sobretudo, para facilitar as operações dos

grupos industriais multinacionais.

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A internacionalização é dominada mais pelo investimento internacional

do que pelo comércio exterior e, portanto, molda as estruturas que predominam

na produção e no intercâmbio de bens e serviços.

Tal processo contribuiu consideravelmente para restabelecer a

rentabilidade dos investimentos, exercendo forte pressão para o rebaixamento,

tanto dos salários, como dos preços de muitas matérias-primas. Influi no

comportamento do investimento, ou acentua suas características, da seguinte

forma: forte propensão às aquisições/fusões; prioridade dos investimentos de

reestruturação e racionalização; e, sobretudo, fortíssima seletividade na

localização e escolha dos locais de produção.

QUESTÕES

01) A economia faz parte de que ciência: a) ciências sociais. b) ciências biológicas. c) ciências matemáticas. d) ciências espaciais. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 02) A partir do conceito de Rossetti de economia, onde esta é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos, podemos afirmar que economia é: a) a ciência da escassez. b) a ciência da fartura. c) a ciência que estuda apenas um país. d) a ciência que estuda apenas o comportamento político do homem. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 03) As alternativas para a utilização dos recursos quando se compara a produção de dois ou mais produtos pode ser conceituado como: a) curvas de demanda. b) curvas de oferta. c) curvas de possibilidade de produção. d) curvas do setor público. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 04) O que produzir, quanto produzir, como produzir e para quem produzir se referem a: a) quatro problemas principais da economia. b) quatro recursos da economia.

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65 c) quatro perguntas fundamentais da economia. d) quatro necessidades da economia. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 05) Unidades familiares, empresas e Governo são denominados: a) agentes de saúde. b) agentes de educação. c) agentes econômicos. d) agentes empresariais. e) agentes públicos. 06) Em economia as famílias são classificadas como: a) proprietárias dos recursos de produção. b) unidades de produção. c) agentes econômicos. d) alternativas (a) e (b) estão corretas. e) alternativas (a) e (c) estão corretas. 07) O Sistema econômico de produção regido pelas leis de mercado, onde predomina a livre iniciativa e propriedade privada dos fatores de produção, é denominado: a) sistema socialista. b) sistema comunista. c) sistema monetarista. d)sistema capitalista. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 08) Qual o significado da hipótese CoeterisParibus? a) mantidas todas as condições crescentes. b) mantidas todas as condições decrescentes. c) mantidas todas as condições constantes. d) mantidas todas as condições crescentes num período e decrescentes em outro. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 09) Entende-se por função de produção: a) a relação que mostra a quantidade física obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. b)a relação que mostra a quantidade monetária obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. c) a relação que mostra a quantidade física e monetária obtida do produto a partir da quantidade física utilizada dos fatores de produção num determinado período de tempo. d) A opção a e c estão corretas. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 10) Os custos de longo prazo são caracterizados por:

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66 a) por serem compostos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis. b) por se caracterizar apenas por custos fixos. c) por se caracterizar apenas por custos variáveis. d) as alternativas (b) e (c) estão corretas. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 11) O equilíbrio de mercado de um bem ou de um serviço é determinado: a) pela oferta de mercado. b) pela renda dos consumidores. c) pela demanda de mercado. d)pelos governos. e) pela intersecção da curva de oferta com a de demanda desse produto. 12) Monopólio: a) significa o mesmo que concorrência internacional. b) compreende uma situação em que o número de firmas no mercado é grande, mas os produtos não são homogêneos. c)corresponde a uma situação em que uma firma domina o mercado. d) significa concorrência perfeita, que se acha próxima do monopólio. e) significa transparência de mercado. 13) A parte da economia que mede o comportamento dos agregados econômicos é denominada: a) macroeconomia. b) microeconomia. c) contabilidade social. d) política monetária. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 14) Produto Interno Bruto pode ser definido como: a) a renda pessoal menos os impostos diretos pagos. b) também conhecido como renda nacional liquida. c) a soma dos valores não monetários da economia. d) a soma dos valores monetários dos bens e serviços finais produzidos dentro dos limites econômicos do país. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. 15) Sobre o Investimento é incorreto afirmar: a) é o acréscimo ao estoque de capital que leva ao crescimento da capacidade produtiva. b) é uma das principais variáveis para explicar o crescimento da renda nacional de um país. c) representa a parte da renda que não é gasta com bens e serviços.

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67 d) a curto prazo, é visto pelo lado dos gastos necessários para a ampliação da capacidade produtiva. e) todas as alternativas anteriores estão corretas. 16) A respeito de moeda escritural é incorreto afirmar: a) é criada pelo sistema bancário. b) é representada pelo cheque, nota promissória, cartão de crédito. c) é também conhecida por moedas bancárias. d) é constituída pelos depósitos nos bancos comerciais e demais instituições financeiras. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 17) Assinale a afirmativa correta: a) moeda é todo objeto que serve para facilitar as trocas de bens e serviços numa economia. b) cheque é uma moeda metálica. c) a moeda não tem a função de servir como meio de troca na economia. d) a moeda manual é emitida pelas empresas. e) a moeda metálica é representada pelos títulos públicos. 18) Inflação de demanda acontece quando: a) a demanda agregada da economia é inferior à produção. b) a demanda agregada da economia é igual à produção. c) a demanda agregada da economia é superior à produção. d) a demanda agregada é igual aos custos de produção. e) a demanda elástica da economia supera os custos de produção. 19) O balanço de pagamento é o registro: a) financeiros das transações com o exterior. b) contábil de todas as transações de um país com outro país. c) patrimonial de todas as transações de país com outro país. d) é o registro físico de toda a economia. e) é o registro financeiro das exportações 20) O ICMS pode ser considerado: a) um imposto direto. b) uma contribuição de melhoria. c) um imposto indireto. d) um gasto do governo. e) uma taxa cobrada pela produção de veículos. 21) Não representa instrumentos de política monetária: a) reservas compulsórias. b) open market. c) redescontos. d) regulamentação sobre crédito e taxas de juros.

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68 e) controle das taxas cambiais. 22) Política cambial é uma política que atua sobre as variáveis relacionadas: a) ao setor externo da economia. b) ao setor interno da economia. c) ao setor primário da economia. d) ao setor secundário da economia. e)ao setor terciário da economia. 23) Os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos e o controle de suas despesas se refere a: a) política monetária. b) política cambial. c) política de Rendas. d) política fiscal. e) política comercial. 24) Alto nível de emprego, estabilidade de preços, distribuição de renda e crescimento econômico são: a) metas de política microeconômica. b) metas de política macroeconômica. c) metas de política partidária. d) metas de política internacional. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 25) É considerada fonte de crescimento econômico: a) aumento na força de trabalho. b) aumento do estoque de capital, ou da capacidade produtiva. c) melhoria na qualidade da mão-de-obra. d) melhoria tecnológica e eficiência organizacional. e) todas as alternativas anteriores estão corretas. 26) Quando um imposto se diz equânime, no sentido de distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos, estamos falando de que princípio de estrutura tributária: a) princípio do benefício. b) princípio da neutralidade. c) princípio da capacidade de pagamento. d) princípio da equidade. e) nenhuma das alternativas anteriores está correta. 27) Representa função econômica do setor público: a) função distributiva.

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69 b) função alocativa. c) função estabilizadora. d) as alternativas (a), (b) e (c) estão corretas. e)nenhuma das alternativas anteriores está correta. 28) Quando há uma procura excessiva superior à produção de bens e serviços, temos: a) uma inflação de oferta. b) uma inflação de demanda. c) uma inflação inercial. d)uma inflação de recursos. e)nenhuma das alternativas anteriores está correta. 29) Destruição da moeda, de sua capacidade de reserva de valor e de sua utilidadecomo meio de pagamento é uma conseqüência: a) da moeda. b) da inflação. c) do crescimento econômico. d) do setor externo. e)nenhuma das alternativas anteriores está correta. 30) O mercado onde são realizadas a operações de curtíssimo prazo com a finalidade de suprir as necessidades de caixa dos diversos agentes econômicos, como os empréstimospara as pessoas físicas, é denominado: a) mercado cambial. b) mercado de capitais. c) mercado monetário. d) mercado primário e secundário. e) mercado à vista.

Referência

- CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – Nível Técnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.

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“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um efeito, mas um hábito.”

Aristóteles

GABARITO 01 A 16 B 02 A 17 A 03 B 18 C 04 C 19 B 05 C 20 C 06 E 21 E 07 D 22 A 08 C 23 D 09 A 24 B 10 C 25 E 11 E 26 D 12 C 27 D 13 C 28 B 14 D 29 B 15 C 30 C

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REFERÊNCIA CAMPOS JÚNIOR, Paulo Borges. Ciências Imobiliárias – NívelTécnico, Economia e Mercados.Brasília: Editora, 2003.

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