INSTITUTO DE ALTOS ESTUDOS MILITARES CURSO DE ...comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11854/1/MAJ...
Transcript of INSTITUTO DE ALTOS ESTUDOS MILITARES CURSO DE ...comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/11854/1/MAJ...
INSTITUTO DE ALTOS ESTUDOS MILITARES CURSO DE ESTADO-MAIOR
(20022004)
TRABALHO INDIVIDUAL DE LONGA DURACcedilAtildeO
DOCUMENTO DE TRABALHO O TEXTO CORRESPONDE A TRABALHO FEITO DURANTE A FREQUEcircNCIA DO CURSO NO IAEM SENDO DA RESPONSABILIDADE DO SEU AUTOR NAtildeO CONSTITUINDO ASSIM DOUTRINA OFICIAL DO EXEacuteRCITO PORTUGUEcircS
A Formaccedilatildeo dos Oficiais do Exeacutercito para as Questotildees Ambientais
Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Jorge Manuel Dias Sequeira Maj Inf
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
A Formaccedilatildeo dos Oficiais do Exeacutercito para as
Questotildees Ambientais
Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Instituto de Altos Estudos Militares Lisboa 30 de Outubro de 2003
ii
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
iii
RESUMO Com a realizaccedilatildeo deste trabalho pretende-se identificar as acccedilotildees desenvolvidas pelo Exeacutercito
em prol do Ambiente analisar a sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo dos Oficiais no que concerne ao
Ambiente identificar as acccedilotildees de formaccedilatildeo a implementar e constatar se a introduccedilatildeo das
questotildees ambientais provocou alteraccedilotildees no Treino de Forccedilas Militares
O Meacutetodo de Investigaccedilatildeo utilizado foi o empiacuterico que constou de anaacutelise bibliograacutefica
lanccedilamento de um questionaacuterio e realizaccedilatildeo de entrevistas
Apresenta-se uma breve siacutentese do aparecimento das questotildees ambientais no ldquoMundordquo e em
Portugal analisa-se a implementaccedilatildeo da Poliacutetica de Ambiente na Instituiccedilatildeo Militar procura-se
averiguar a sensibilidade dos Cadetes para as questotildees ambientais identifica-se os cursos em que
se ministram temas relacionados com o Ambiente e quais as implicaccedilotildees para o Treino de Forccedilas
Militares determinadas pela introduccedilatildeo das questotildees ambientais
Atraveacutes da anaacutelise do Despacho Nordm 77 do Ministeacuterio da Defesa Nacional da Directiva Nordm 52 do
Chefe de Estado Maior do Exeacutercito ambos os documentos relacionados com a protecccedilatildeo
ambiental e do Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente no Exeacutercito procurou-se
identificar as principais medidas preconizadas pelo Ministeacuterio nomeadamente implementaccedilatildeo
de Sistemas de Gestatildeo Ambiental pelas Unidades Estabelecimentos ou Oacutergatildeos e na adopccedilatildeo de
um programa de protecccedilatildeo ambiental comum aos diversos cursos das Forccedilas Armadas Ao niacutevel
do Exeacutercito constatou-se qual a formaccedilatildeo ministrada aos Oficiais e quais as entidades
responsaacuteveis por esta temaacutetica dentro do Ramo
Da anaacutelise das respostas aos questionaacuterios infere-se que os Cadetes da Academia Militar estatildeo
sensibilizados para a premecircncia das questotildees ambientais e que esta temaacutetica foi incorporada no
treino de forccedilas militares e na gestatildeo das aacutereas militares Com um adequado planeamento estas
duas actividades ndash preservaccedilatildeo do meio e treino de forccedilas militares ndash satildeo compatiacuteveis sem
prejuiacutezos para cada uma delas
Este estudo permitiu concluir sobre a necessidade de ser ministrada formaccedilatildeo ambiental aos
Oficiais e por isso todos os cursos deveratildeo ter uma componente ambiental adequada ao tipo de
curso e de formandos pelo que eacute proposto que todas as Unidades Estabelecimentos e Oacutergatildeos
iniciem o processo de implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo Ambiental e que as inspecccedilotildees
realizadas pela Inspecccedilatildeo Geral do Exeacutercito tenham em consideraccedilatildeo a temaacutetica ambiental ao
niacutevel da administraccedilatildeo do ensino e da instruccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
ABSTRACT
This work aims to identify the environmental measures that have been developed by the Army It
analyses the level of environmental awareness of officers and details the necessary training
requirements within this area In addition it aims to establish whether the introduction of
environmental measures have had an impact on military training
Empirical research methods were used comprising bibliographical analysis questionnaires and
interviews
This paper opens with a brief synopsis of the emergence of environmental awareness throughout
the world and in particular Portugal It analyses the implementation of environmental policy
within the military and assesses the awareness of military cadets to environmental issues In
addition it identifies the delivery of environmental training within specific courses and the
implications of this upon military training in general
Through an analysis of Ruling Nordm 77 of the Ministry of Defence and Directive Nordm 55 of the
Army Chief of Staff (both of which relate to environmental protection) and the Environmental
Protection Training Plan this paper identifies the key environmental measures taken by the
Ministry of Defence These include the implementation of an Environmental Management
System in units establishments and organizations and the adoption of a common environmental
protection programme throughout various courses run by the Armed Forces Within an Army
context this paper also analyses the training provided for officers and identifies which
organisations have responsibility for environmental issues
Analysis of the questionnaires suggests that Military Academy Cadets are well aware of the
importance of environmental issues It also confirms that environmental policy is included both
in military training and in the management of military areas It also suggests that with adequate
planning these two activities preservation of the environment and military training can be
compatible without any detriment to either
This study concludes that there is a clear requirement for Officer environmental training and in
consequence suggests that all courses should include environmental training relevant both to the
subject and the students It is also proposed that all units establishments and organizations
implement a common environmental management system and that inspections carried out by the
Army Inspector General include an assessment of environmental policy at an administrative
training and instructional level
iv
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
v
AGRADECIMENTOS
A realizaccedilatildeo deste Trabalho Individual de Longa Duraccedilatildeo soacute foi possiacutevel face agrave disponibilidade
demonstrada pelos oficiais contactados pelo autor que permitiram natildeo soacute aceder a
documentaccedilatildeo diversa assim como atraveacutes das suas opiniotildees contribuiacuteram para o
enriquecimento deste trabalho
Expressamos o nosso reconhecimento a todos quantos no Instituto de Altos Estudos Militares
contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste trabalho em especial ao orientador Tenente Coronel Eng
Monteiro Fernandes pela sua permanente disponibilidade apoio ideias e incentivo
O autor expressa o seu reconhecimento a todos quantos contribuiacuteram para que este trabalho fosse
uma realidade salientando
bull a Divisatildeo de Estudos Ambientais do Ministeacuterio da Defesa Nacional
bull o Estado - Maior do Exeacutercito
bull o Campo Militar de Santa Margarida
bull a Brigada Mecanizada Independente
bull o Comando de Instruccedilatildeo
bull o Comando Operacional das Forccedilas Terrestres
bull a Academia Militar
bull a Escola Praacutetica de Engenharia
bull a Escola Praacutetica de Infantaria
bull a Brigada Aerotransportada Independente
bull a Brigada Ligeira de Intervenccedilatildeo
bull a Aacuterea Militar de Satildeo Jacinto
bull a Direcccedilatildeo dos Serviccedilos de Engenharia
Uma palavra de reconhecimento ao Tenente Coronel Infantaria Mendes Ferratildeo Oficial de
Operaccedilotildees da Brigada Mecanizada Independente ao Major SGE Esteves Fernandes Oficial de
Ambiente do Campo Militar de Santa Margarida e ao Capitatildeo de Infantaria Costa Peixoto da
Divisatildeo de Estudos Ambientais do Ministeacuterio da Defesa Nacional
A todos os camaradas do curso de Estado Maior 200204 pela amizade incentivos conselhos
companheirismo e pelas longas ldquohorasrdquo passadas em comum
Ao camarada do Reino Unido Major Edward Coram-Wright pela sua colaboraccedilatildeo na traduccedilatildeo do
resumo para inglecircs
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LISTA DE ABREVIATURAS
ADA Associaccedilatildeo de Defesa do Ambiente
AM Academia Militar
BAI Brigada Aerotransportada Independente
CCMS Committee on the Challenges of Modern Society
CEM Curso de Estado Maior
CmdLog Comando de Logiacutestica
CEME Chefe do Estado - Maior do Exeacutercito
CIPA Curso de Instrutor de Protecccedilatildeo Ambiental
CMSM Campo Militar de Santa Margarida
COFT Comando Operacional das Forccedilas Terrestres
CNT Comando de Natureza Territorial
CPC Curso de Promoccedilatildeo a Capitatildeo
CPOS Curso de Promoccedilatildeo a Oficial Superior
CSCD Curso Superior de Comando e Direcccedilatildeo
CT Comando Territorial
DEA Divisatildeo de Estudos Ambientais
DGIE Direcccedilatildeo - Geral de Infra - Estruturas
DL Divisatildeo de Logiacutestica
EME Estado - Maior do Exeacutercito
EMES Estabelecimentos Militares de Ensino Superior
EMGFA Estado - Maior General das Forccedilas Armadas
EpA Educaccedilatildeo para o Ambiente
EPE Escola Praacutetica de Engenharia
EPI Escola Praacutetica de Infantaria
ESE Escola de Sargentos do Exeacutercito
ESPE Escola Superior Politeacutecnica do Exeacutercito
FA Forccedilas Armadas
FNUAP Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Populaccedilatildeo
GPA Gabinete de Protecccedilatildeo Ambiental
GPCA Gabinete de Planeamento e Coordenaccedilatildeo Ambiental
IAEFA Instituto de Altos Estudos da Forccedila Aeacuterea
IAEM Instituto de Altos Estudos Militares vi
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
IGE Inspecccedilatildeo - Geral do Exeacutercito
INamb Instituto Nacional de Ambiente
IPamb Instituto de Promoccedilatildeo Ambiental
ISM Instituto Superior Militar
ISNG Instituto Superior Naval de Guerra
MARN Ministeacuterio do Ambiente e Recursos Naturais
MDN Ministeacuterio da Defesa Nacional
NATO North Atlantic Treaty Organisation
NCPA Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental
NEAA Nuacutecleo de Estudos de Assuntos Ambientais
NEP Norma de Execuccedilatildeo Permanente
NPA Nuacutecleo de Protecccedilatildeo Ambiental
OCAD Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo
ONGA Organizaccedilatildeo Natildeo Governamental de Ambiente
PNPA Plano Nacional da Poliacutetica de Ambiente
QOP Quadros Orgacircnicos de Pessoal
QP Quadros Permanentes
RCRV Regime de Contrato Regime voluntaacuterio
RGIE Regulamento Geral de Instruccedilatildeo do Exeacutercito
SEM Serviccedilo Efectivo Normal
SGA Sistema de Gestatildeo Ambiental
TPO Tirociacutenio para Oficiais
TN Territoacuterio Nacional
UEO Unidade Estabelecimento ou Oacutergatildeo
UICN Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza
UIPN Uniatildeo Internacional para a Protecccedilatildeo da Natureza
UNESCO Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura
WCED World Commission on Environment and Development
vii
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
IacuteNDICE RESUMO iii
ABSTRACT iv
AGRADECIMENTOSv
LISTA DE ABREVIATURAS vi
IacuteNDICE viii
IacuteNDICE DE FIGURASix
IacuteNDICE DE APEcircNDICESix
IacuteNDICE DE ANEXOS x
INTRODUCcedilAtildeO 1
CAPIacuteTULO I ndash OS CONCEITOS DE EDUCACcedilAtildeO E AMBIENTE5
1 A EVOLUCcedilAtildeO DAS QUESTOtildeES AMBIENTAIS 5
2 A POLIacuteTICA DE AMBIENTE EM PORTUGAL 11
3 AS QUESTOtildeES EDUCACIONAIS 13
CAPIacuteTULO II ndash A POLIacuteTICA DE AMBIENTE NA INSTITUICcedilAtildeO MILITAR16
1 O DESENVOLVIMENTO E A IMPLEMENTACcedilAtildeO DA POLIacuteTICA DE AMBIENTE NA
INSTITUICcedilAtildeO MILITAR 16
11 No Ministeacuterio da Defesa Nacional e no Estado ndash Maior General das Forccedilas Armadas
16
12 No Exeacutercito22
121 Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente22
122 Outras medidas implementadas26
2 A FORMACcedilAtildeO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS NA INSTITUICcedilAtildeO MILITAR31
CAPIacuteTULO III ndash IMPLICACcedilOtildeES DAS QUESTOtildeES AMBIENTAIS NO TREINO DE
FORCcedilAS MILITARES355
1 A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS355
2 A SENSIBILIZACcedilAtildeO DOS OFICIAIS PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS366
3 AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS E O TREINO DA FORCcedilA433
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 466
PROPOSTAS500
BIBLIOGRAFIA I
APEcircNDICES VI
ANEXOS XVIII viii
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
IacuteNDICE DE FIGURAS
Figura 1 ndash Enquadramento normativo para o Sistema de Instruccedilatildeo do
Exeacutercito 23
Figura 2 ndash Plano de Formaccedilatildeo Ambiental para os Ramos das FA 33
Figura 3 ndash Nordm de alunos por Distrito vs Nordm de alunos que tiveram Ambiente
na Escola 37
Figura 4 - Importacircncia das questotildees ambientais 37
Figura 5 ndash Definiccedilatildeo de Ecologia 38
Figura 6ndash Definiccedilatildeo de Poluiccedilatildeo 39
Figura 7 ndash Definiccedilatildeo de Ambiente 40
Figura 8 ndash Classificaccedilatildeo de Problemas Ambientais 40
Figura 9 ndash Temas ambientais nos Cursos da AM 41
Figura 10 ndash Comparaccedilatildeo da pergunta 2 com a 7 42
IacuteNDICE DE APEcircNDICES
Apecircndice A ndash Questionaacuterio aplicados aos Alunos do 4ordm ano da AM VI
Apecircndice B ndash Resultados do Inqueacuterito IX
Apecircndice C ndash Resultados do Inqueacuterito ndash perguntas nordm 4 5 6 e 7 XI
Apecircndice D ndash Resultados do Inqueacuterito ndash perguntas nordm 8 81 9 e 10 XIII
Apecircndice E ndash Proposta de Constituiccedilatildeo do Sistema de Protecccedilatildeo Ambiental do
Exeacutercito XV
ix
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
x
IacuteNDICE DE ANEXOS
Anexo A ndash Carta da TerraXVIII
Anexo B ndash Etapas da institucionalizaccedilatildeo da poliacutetica de Ambiente em Portugal
XXVI
Anexo C ndash Decreto Regulamentar nordm 1195 de 23 de Maio XXVIII
Anexo D ndash Mateacuterias de Protecccedilatildeo Ambiental nos EMES ndash 199900 XXXIX
Anexo E ndash Despacho Nordm 77MDN2001XL
Anexo F ndash Programa do Curso de Protecccedilatildeo Ambiental - 2003 XLV
Anexo G ndash Directiva 52CEME2003 XLVI
Anexo H ndash Programa do Curso de Protecccedilatildeo Ambiental - 1995 LIII
Anexo I ndash Programa de Ambiente ministrado na ESE ndash 2002LIV
Anexo J ndash NEP sobre Ambiente do CMSMLV
Anexo K ndash Instruccedilotildees para a Preservaccedilatildeo do Ambiente LX
Anexo L ndash STANAG 7141 LXII
ANEXO M ndash Apecircndice (CONSIDERACcedilOtildeES AMBIENTAIS) ao anexo
(ENGENHARIA)LXXIII
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
1
INTRODUCcedilAtildeO
A crescente importacircncia dos assuntos relacionados com a preservaccedilatildeo do Ambiente faz com
que esta temaacutetica seja das mais importantes Com efeito agrave medida que o mundo se torna mais
interdependente e fraacutegil o futuro enfrenta ao mesmo tempo grandes perigos e grandes
promessas A escolha eacute nossa formar uma alianccedila global para cuidar da Terra e uns dos outros
ou arriscar a nossa destruiccedilatildeo e a da diversidade da vida Para conseguirmos uma alianccedila para
cuidar da Terra satildeo necessaacuterias mudanccedilas fundamentais dos nossos valores instituiccedilotildees e
modos de vida Devemos entender que quando as necessidades baacutesicas forem atingidas o
desenvolvimento humano eacute primariamente ser mais natildeo ter mais Temos o conhecimento e a
tecnologia necessaacuteria para abastecer a todos e reduzir os nossos impactos no Ambiente O
surgimento de uma sociedade civil global estaacute criando novas oportunidades para construir um
mundo democraacutetico e humano (Agrisustentavel 2003)
As actividades desenvolvidas no acircmbito da Defesa Nacional satildeo susceptiacuteveis de ter
consequecircncias adversas para o Ambiente Os requisitos operacionais adequados ao
cumprimento das missotildees atribuiacutedas agraves Forccedilas Armadas (FA) por implicarem uma estreita
interacccedilatildeo com o meio permitem entender facilmente a importacircncia de que se reveste esta
temaacutetica Por conseguinte na conduta das modernas operaccedilotildees militares a componente da
protecccedilatildeo ambiental deveraacute ser articulada e harmonizada com o cumprimento da missatildeo
sendo este factor concorrente para atingir o objectivo (MDN 2001)
As FA deveratildeo actuar em conformidade com a poliacutetica ambiental do Governo contribuir para
a efectiva preservaccedilatildeo do Ambiente e para o desenvolvimento sustentaacutevel sendo para isso
indispensaacutevel que a Instituiccedilatildeo Militar disponha de uma doutrina ambiental e de uma
organizaccedilatildeo que se coadunem com as suas responsabilidades na protecccedilatildeo do Ambiente sem
comprometer a sua missatildeo (MDN 2001)
A missatildeo do Exeacutercito contempla acccedilotildees que se enquadram dentro da protecccedilatildeo ambiental tais
como a prevenccedilatildeo e apoio ao combate a incecircndios florestais a melhoria da qualidade de vida
das populaccedilotildees entre outras Contudo estas medidas devem estar integradas numa poliacutetica
ambiental global o que implica uma doutrina ambiental adequada uma sensibilizaccedilatildeo e
consciencializaccedilatildeo de todos os seus militares e a formaccedilatildeo e treino neste tema
Assim a finalidade deste trabalho eacute identificar as acccedilotildees desenvolvidas pelo Exeacutercito em prol
do Ambiente verificar a sensibilizaccedilatildeo e formaccedilatildeo dos Oficiais relativamente ao Ambiente
identificar as acccedilotildees de formaccedilatildeo a implementar e constatar se a introduccedilatildeo das questotildees
Ambientais provocaram alteraccedilotildees no Treino de Forccedilas Militares
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
2
A Importacircncia deste estudo justifica-se dada a complexidade que o tema apresenta pois apesar
de todos noacutes estarmos minimamente sensibilizados para a temaacutetica ambiental a
consciencializaccedilatildeo e a formaccedilatildeo do ser humano estaacute ligada agrave necessidade de alterar
comportamentos e atitudes sendo por isso fundamental determinar quem deve ser
sensibilizado e quem deve ser formado dada a afectaccedilatildeo de recursos que lhe estaraacute associada
A escolha deste assunto deve-se ao nosso interesse pelas questotildees ambientais e agrave sua
actualidade e tambeacutem ao facto deste assunto estar pouco estudado no Exeacutercito o que nos
levou a propor como Trabalho Individual de Longa Duraccedilatildeo ldquoa Formaccedilatildeo dos Oficiais do
Exeacutercito para as Questotildees Ambientais ndash Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas
Militaresrdquo
Considerando a crescente implementaccedilatildeo e ldquovisibilidaderdquo das questotildees ambientais em
Portugal e no ldquoMundordquo e a crescente participaccedilatildeo das Forccedilas Armadas em missotildees no exterior
do Territoacuterio Nacional (TN) eacute fundamental que o Exeacutercito compreenda a importacircncia desta
temaacutetica e implemente as medidas necessaacuterias Como Oficial do Exeacutercito consideraacutemos que
seria vantajoso focalizar o estudo neste Ramo permitindo assim uma maior pormenorizaccedilatildeo
na abordagem dos assuntos Como enquadramento do estudo foram abordados embora de
forma superficial o aparecimento das questotildees ambientais de um modo geral e a sua inserccedilatildeo
na Instituiccedilatildeo Militar
Desta forma com este trabalho pretendemos atingir-se os seguintes objectivos
bull apresentar os principais conceitos relacionados com a Educaccedilatildeo Formaccedilatildeo e
Sensibilizaccedilatildeo para as questotildees ambientais
bull apresentar os conceitos relacionados com o Ambiente
bull apresentar a Poliacutetica Nacional de Ambiente
bull identificar os oacutergatildeos relacionados com o Ambiente na Instituiccedilatildeo Militar e nas UEO do
Exeacutercito
bull identificar os cursos de formaccedilatildeo relacionados com o Ambiente no Exeacutercito
bull verificar a sensibilidade dos Cadetes (futuros Oficiais) para as questotildees ambientais
bull verificar a necessidade de criar ou alterar cursos de formaccedilatildeo relacionados com esta
temaacutetica
bull verificar quais as consequecircncias da introduccedilatildeo das questotildees ambientais no Treino de
Forccedilas Militares
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
3
A questatildeo central levantada foi ldquoqual a formaccedilatildeo para as questotildees ambientais ministrada
aos Oficiais do Exeacutercitordquo agrave qual procuraremos dar resposta ao longo deste trabalho A partir
desta questatildeo elaboraacutemos as seguintes questotildees derivadas
bull Quais os Cursos onde satildeo ministradas mateacuterias relacionadas com o Ambiente
bull Qual a Educaccedilatildeo (formaccedilatildeo) dos Cadetes para as questotildees ambientais
bull Quem deve ser formado para as questotildees ambientais e quem deve ser sensibilizado
bull Quais as implicaccedilotildees das questotildees ambientais para o Treino de Forccedilas Militares
Para responder a estas questotildees levantaacutemos as seguintes hipoacuteteses
bull satildeo ministradas mateacuterias relacionadas com as questotildees ambientais nos diversos cursos
frequentados na carreira de Oficial do QP
bull as mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas nos cursos da carreira de Oficial
satildeo de acircmbito geral
bull as mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas nos cursos da carreira de Oficial
satildeo relacionadas com a especificidade do Exeacutercito
bull os Cadetes (jaacute) tecircm bons conhecimentos relacionados com as questotildees ambientais
bull as mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas na AM satildeo de acircmbito geral
bull as mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas na AM satildeo relacionadas com a
especificidade do Exeacutercito
bull as questotildees ambientais tecircm implicaccedilotildees no Treino de Forccedilas Militares
O Meacutetodo de Investigaccedilatildeo utilizado foi a anaacutelise Bibliograacutefica o lanccedilamento de um
questionaacuterio (Apecircndice A) aos Cadetes do 4ordm ano da Academia Militar (AM) e a realizaccedilatildeo de
entrevistas procurando responder agrave questatildeo central e agraves questotildees derivadas levantadas
Assim organizaacutemos este estudo em trecircs capiacutetulos No capiacutetulo I apresentaacutemos uma breve
siacutentese do aparecimento das questotildees ambientais no ldquoMundordquo e em Portugal e procuraacutemos
definir alguns conceitos relacionados com o Ambiente a Educaccedilatildeo e a Formaccedilatildeo No capiacutetulo
II analisaacutemos a implementaccedilatildeo da Poliacutetica de Ambiente na Instituiccedilatildeo Militar ao niacutevel do
Ministeacuterio da Defesa Nacional (MDN) do Estado - Maior General das Forccedilas Armadas
(EMGFA) e do Exeacutercito No capiacutetulo III analisaacutemos o questionaacuterio atraveacutes do qual
procuraacutemos averiguar a sensibilidade dos Cadetes (futuros Oficiais) para as questotildees
ambientais Identificaacutemos ainda os cursos em que se ministram temas relacionados com o
Ambiente no Exeacutercito e quais as implicaccedilotildees para o Treino de Forccedilas Militares tendo em
consideraccedilatildeo as questotildees ambientais No final apresentaacutemos algumas consideraccedilotildees finais e
propostas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
4
Para realizar este trabalho foram estabelecidos contactos com o MDN Estado - Maior do
Exeacutercito (EME) e o Campo Militar de Santa Margarida que disponibilizaram diversa
informaccedilatildeo sobre o tema em estudo a Brigada Mecanizada Independente na pessoa do Chefe
de Estado - Maior concedeu uma entrevista sobre as implicaccedilotildees da introduccedilatildeo das questotildees
ambientais no treino da Brigada o Comando de Instruccedilatildeo forneceu elementos sobre os Cursos
sobre o Ambiente e o Regulamento Geral de Instruccedilatildeo do Exeacutercito (RGIE) o Comando
Operacional das Forccedilas Terrestres (COFT) sobre o treino das forccedilas para as questotildees
ambientais o Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) informando sobre os programas dos
seus cursos a Academia Militar autorizando a realizaccedilatildeo do questionaacuterio e fornecendo o
programa de Ambiente ministrado a Escola Praacutetica de Engenharia (EPE) e a Escola Praacutetica de
Infantaria (EPI) disponibilizando os programas de Ambiente que ministram nos seus cursos A
Brigada Aerotransportada Independente (BAI) e Brigada Ligeira de Intervenccedilatildeo (BLI)
informaram sobre as mateacuterias relacionadas com o Ambiente recebidas pelos Batalhotildees em
preparaccedilatildeo para as missotildees de Apoio agrave Paz A Divisatildeo de Logiacutestica (DL) do EME esclareceu
algumas questotildees acerca da directiva 52CEME2002 ndash ldquoActualizaccedilatildeo do Sistema de
Protecccedilatildeo Ambiental do Exeacutercitordquo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
5
CAPIacuteTULO I ndash OS CONCEITOS DE EDUCACcedilAtildeO E AMBIENTE 1 A evoluccedilatildeo das questotildees ambientais
Os laccedilos de dependecircncia e de conflitualidade que ligam o Homem ao Ambiente satildeo tatildeo
ancestrais como a espeacutecie humana Atraveacutes de arroteamentos da domesticaccedilatildeo de
determinadas espeacutecies ou do extermiacutenio de muitas outras de modificaccedilotildees geneacuteticas de
plantas visando o aumento da produccedilatildeo agriacutecola ou de obras de arte (barragens diques
esporotildees etc) ateacute ao planeamento e gestatildeo do territoacuterio o Homem tem actuado sobre a
natureza Do mesmo modo a natureza sempre agiu sobre o Homem por intermeacutedio por
exemplo do clima nas actividades agriacutecolas turiacutesticas e outras (secas ciclones tempestades
de neve etc) ou dos rios (abastecimento de aacutegua cheias produccedilatildeo de energia hidroeleacutectrica
etc) Contudo durante muito tempo as interacccedilotildees entre o Homem e a natureza
verificavam-se a um ritmo muito lento progredindo gradualmente e de forma muito
localizada (Chesneaux 1993)
A palavra laquoEcologiaraquo foi criada pelo bioacutelogo alematildeo Ernest Haeckel em 1866 para designar
a ciecircncia da economia dos costumes e das relaccedilotildees muacutetuas dos organismos no entanto natildeo
teve muito impacto Apenas na uacuteltima deacutecada do seacuteculo XIX o termo laquoEcologia1raquo passou a
ser utilizado por alguns naturalistas para designar a parte da geografia botacircnica que estuda as
relaccedilotildees das plantas entre si e com o meio (Drouin 1992)
Nas sociedades europeias do seacuteculo XIX reconhece-se a necessidade duma compreensatildeo da
evoluccedilatildeo da natureza com o intuito de alargar e aumentar a eficaacutecia da exploraccedilatildeo mas
tambeacutem a necessidade de garantir a perenidade dos recursos A primeira consciecircncia
ecoloacutegica naturalista nasce desta preocupaccedilatildeo e traduz-se por uma consciecircncia proteccionista
(Deleacuteage 1992a)
As primeiras deacutecadas do seacuteculo XX satildeo marcadas por um alargamento da consciecircncia
ambiental a problemas novos e a novas camadas sociais o que vai influenciar a poliacutetica de
Estado nos Estados Unidos na Europa e mesmo na Ruacutessia (posteriormente URSS) no
entanto este alargamento permanece subordinado agraves correntes poliacuteticas dominantes Na
Alemanha a partir dos anos trinta o nazismo impede o desenvolvimento de correntes
ecoloacutegicas Em Franccedila a Frente Popular concede feacuterias pagas a partir de 1936 o que permite
agraves pessoas das cidades uma verdadeira descoberta do campo Na URSS onde o estalinismo
1 Actualmente define-se Ecologia como o ldquoramo das ciecircncias da vida que estuda as relaccedilotildees dos organismos vivos
entre si e com o seu Ambiente fiacutesicordquo (Melo e Pimenta 1993 15)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
6
agrave data estava em plena expansatildeo satildeo criados os primeiros grandes parques naturais
(Deleacuteage 1992a)
A ciecircncia da ecologia nasce no fim do seacuteculo XIX e desenvolve-se ao longo do seacuteculo XX
em particular nos anos trinta em torno da noccedilatildeo de ecossistema2 a qual se afigura
extremamente importante pois introduz novos conceitos e perspectivas levando-nos agrave laquoteoria
sisteacutemicaraquo3 (Pereira e Gomes 1996)
Os enormes progressos da ciecircncia e tecnologia o raacutepido crescimento da induacutestria e a
explosatildeo demograacutefica conferiram ao Homem poderes para modificar profundamente o
Ambiente natural o seu equiliacutebrio inicial e a sua lenta evoluccedilatildeo Estes progressos
permitiram-lhe transformar o Ambiente de maneira a facilitar o seu modo de vida
agravando no entanto cada vez mais o equiliacutebrio dos ecossistemas (Fernandes 1998)
Apoacutes a Segunda Guerra Mundial criaram-se os primeiros organismos internacionais
dedicados agrave protecccedilatildeo da natureza Em 1948 sob a eacutegide da Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas
para a Educaccedilatildeo Ciecircncia e Cultura (UNESCO) reuniu-se o Congresso que institui a Uniatildeo
Internacional para a Protecccedilatildeo da Natureza (UIPN)4 com o objectivo de salvaguardar o
conjunto do mundo vivo e o habitat do Homem (Deleacuteage 1992a)
Paralelamente agraves iniciativas internacionais vatildeo-se desenvolvendo movimentos de cidadatildeos
expressando um protesto profundo contra a destruiccedilatildeo do seu quotidiano e da sua qualidade
de vida tanto num sentido material como cultural Estes problemas satildeo resultado do enorme
aumento da populaccedilatildeo mundial e de uma urbanizaccedilatildeo por vezes caoacutetica De facto a
populaccedilatildeo do planeta duplicou por quatro vezes na nossa era assim passou de 300 milhotildees
no tempo de Jesus Cristo para 600 milhotildees em 1500 12 mil milhotildees no iniacutecio do seacuteculo
XIX 25 mil milhotildees em 1950 atingindo os 5 mil milhotildees em 1987 e mais de 6 mil milhotildees
em 2003 de acordo com os dados do Fundo das Naccedilotildees Unidas para a Populaccedilatildeo (FNUAP
Comissatildeo Europeia 1998)
Actualmente de acordo com o FNUAP cerca de 50 da populaccedilatildeo mundial eacute urbana
quando em 1950 a taxa de urbanizaccedilatildeo era apenas de 29 A tendecircncia para a urbanizaccedilatildeo
2 Arthur Tansley (1871-1955) autor do conceito de ecossistema ldquocomplexo natural de populaccedilotildees vegetais e
animais e os conjuntos particulares de condiccedilotildees fiacutesicas em que existemrdquo (Gilpin 1992 60) 3 A teoria sisteacutemica foi ldquoproposta pelo bioacutelogo Ludwig von Bertalanff na deacutecada de 20 e adoptada em 1949 pela
ciberneacutetica A concepccedilatildeo baseia-se em que um sistema eacute constituiacutedo por um conjunto de componentes que se encontram em conexatildeo a modificaccedilatildeo de um deles provoca modificaccedilatildeo nas restantes componentes eles proacuteprios constituiacutedas por elementosrdquo (Pereira e Gomes 1996 142)
4 UIPN de 1948 a 1956 data a partir da qual passou a ser designada por Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (UICN Soromenho Marques 1998a)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
7
justifica-se porque na cidade5 haacute o incentivo de melhores capacidades produtivas uma
melhor organizaccedilatildeo conhecimento e um maior sentimento de liberdade relativamente aos
meios mais pequenos onde haacute uma menor liberdade individual No entanto esse facto leva
tambeacutem ao crescendo das necessidades em termos de educaccedilatildeo sauacutede emprego e de toda
uma variedade de serviccedilos (aacutegua saneamento energia) e consequentemente ao aumento do
nuacutemero de bairros degradados6 de lixos industriais e domeacutesticos da criminalidade
organizada da toxicodependecircncia do terrorismo e de outros conflitos sociais resultantes das
crescentes diferenccedilas entre ricos e pobres e entre os valores das diferentes civilizaccedilotildees
(Borges 1998)
A publicaccedilatildeo do manifesto inglecircs dos ecologistas e do ceacutelebre Relatoacuterio do Clube de Roma7
Limits to Growth (1972) advogando um crescimento econoacutemico estacionaacuterio
caracterizavam-se por uma criacutetica extremada a uma forma de poliacutetica de fazer a cidade e de
fazer economia (Craveiro 1993)
A primeira conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Ambiente realizada em Estocolmo em
1972 traduziu alguma da consciecircncia anti-capitalista dos movimentos ecologistas dos anos
60 encorajando ldquo a luta legiacutetima dos povos de todos os paiacuteses contra a poluiccedilatildeo8rdquo
Princiacutepio 6 (Tamames 1983 265) Apesar destes aspectos pela primeira vez os valores
ecoloacutegicos e econoacutemicos satildeo negociaacuteveis e o documento final produzido apresentou os
factores ecoloacutegicos e os processos econoacutemicos em situaccedilatildeo de perfeita paridade Princiacutepio
10 (Tamames 1983) Os valores ecologistas incorporavam-se nas preocupaccedilotildees econoacutemicas
e abandonavam a sua posiccedilatildeo de marginalidade poliacutetica A ecologia tomava o seu lugar no
cenaacuterio internacional em nome de uma solidariedade inter-geracional
A crise petroliacutefera dos anos 70 com importantes repercussotildees econoacutemicas e poliacuteticas viria a
consolidar definitivamente este processo de crescente integraccedilatildeo poliacutetica cultural e
econoacutemica dos valores ecologistas Esta crise e a divulgaccedilatildeo mundial das dimensotildees da
5 ldquoCidade designa um espaccedilo urbano com extensatildeo limitada em oposiccedilatildeo ao espaccedilo rural envolventerdquo e define-se
com maior precisatildeo pelas suas caracteriacutesticas demograacuteficas morfoloacutegicas funcionais e pelo seu papel econoacutemico e social (Baud 1999 39)
6 Actualmente cerca de 600 milhotildees das pessoas mais pobres do Mundo vivem em cidades Eacute o caso de 60 dos habitantes de Calcutaacute e de 64 dos de Guatemala (50000 em Londres e 10000 em Paris Borges 1998)
7 O Clube de Roma eacute definido como um grupo informal apoliacutetico e internacional profundamente interessado nos problemas que ameaccedilam a sociedade humana Fundado em 1968 engloba cerca de 70 pessoas de 25 nacionalidades com formaccedilatildeo e origem muito variadas tais como cientistas humanistas educadores industriais etc (Meadows 1987)
8 A Poluiccedilatildeo consiste na ldquodescarga para o Ambiente de mateacuteria ou energia originada por actividades humanas em quantidade tal que altera significativa e negativamente as qualidades dos meio receptor (Melo e Pimenta 1993 191)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
8
questatildeo ambiental (as chuvas aacutecidas o efeito de estufa o buraco do ozono e a perda
generalizada da biodiversidade) aumentaram a importacircncia concedida a uma sustentabilidade
ambiental Ecologia e economia natildeo se apresentam mais como valores dicotomizados O
conceito de Desenvolvimento Sustentaacutevel9 abordado pelo Relatoacuterio de Brundtland em 1987
resume este compromisso entre ecologia e economia (World Commision on Environment
and Development WCED 1987)
A progressiva regulaccedilatildeo poliacutetica das questotildees ambientais suscitou sobretudo nos paiacuteses
economicamente mais desenvolvidos um efeito multiplicador de regulamentaccedilatildeo estatal
referente a processos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo econoacutemica As medidas poliacuteticas de
caraacutecter ambiental passaram de uma perspectiva meramente conservacionista para
privilegiarem a acccedilatildeo preventiva e a regulamentaccedilatildeo de todos os sectores de actividade
Tornou-se um imperativo poliacutetico e econoacutemico e mesmo moral conciliar os limites
tecnoloacutegicos conhecidos com a capacidade de renovaccedilatildeo de recursos do planeta de maneira a
este suportar as actividades humanas Neste novo paradigma bio-econoacutemico que representa
a proposta de um Desenvolvimento Sustentaacutevel o desenvolvimento econoacutemico tem que
adaptar-se agraves capacidades biofiacutesicas do meio e sujeitar-se a ser determinado por
externalidades socio-culturais poliacuteticas e tecnoloacutegicas Desenvolvimento econoacutemico e
sustentabilidade socio-ecoloacutegica jaacute natildeo satildeo incompatiacuteveis e ambas reclamam o reforccedilo
institucional e legislativo das temaacuteticas ambientais (Banco Mundial 1993)
O Ambiente reflecte a sociedade que o modela e as responsabilidades situam-se a todos os
niacuteveis ao niacutevel poliacutetico onde se hesita em definir as novas prioridades que respondam agraves
necessidades reais do homem ao niacutevel cientiacutefico onde deve existir uma interrogaccedilatildeo
permanente sobre a finalidade do trabalho realizado e a sua adequaccedilatildeo agraves necessidades reais
da sociedade ao niacutevel individual uma vez que as pessoas devem fazer escolhas criteriosas
atraveacutes do seu comportamento (Martins 1996)
A noccedilatildeo de Ambiente varia consoante a formaccedilatildeo e sensibilidade de cada um De facto o
conceito de Ambiente eacute natildeo soacute variaacutevel de pessoa para pessoa mas tambeacutem entre as vaacuterias
Entidades que pretendem utilizaacute-lo nas suas actividades devido agrave riqueza do seu conteuacutedo o
qual eacute mais faacutecil intuir do que definir
Por definiccedilatildeo e de forma geneacuterica e ambiacutegua Ambiente eacute ldquoo que envolve ou estaacute agrave roda de
alguma coisa ou pessoardquo (Dicionaacuterio de Liacutengua Portuguesa 1996 93)
9 O conceito de Desenvolvimento Sustentaacutevel evidencia a interdependecircncia entre factores sociais econoacutemicos e
ambientais (WCED 1987)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
9
Em termos etimoloacutegicos ldquoo Ambiente evoca os lugares os espaccedilos e o conjunto de
elementos naturais e artificiais exteriores agrave pessoa nos quais o Homem vive e se exprimerdquo
(Antunes 1992 76)
A Lei de Bases do Ambiente define Ambiente como ldquoo conjunto de sistemas fiacutesicos
quiacutemicos bioloacutegicos e suas relaccedilotildees e dos factores econoacutemicos sociais e culturais com efeito
directo ou indirecto mediato ou imediato sobre os seres vivos e a qualidade de vida do
Homemrdquo (Lei nordm 1187 de 7 de Abril aliacutenea a) do artigo 5ordm)
A Protecccedilatildeo do Ambiente eacute entendida como a ldquoparte da gestatildeo dos recursos que diz respeito
agrave descarga no Ambiente de desperdiacutecios quiacutemicos e bioloacutegicos e de efeitos fiacutesicos (por
exemplo som e radioactividade) com o objectivo de proporcionar uma defesa contra
interferecircncia dano ou destruiccedilatildeo em relaccedilatildeo aos usos beneacuteficos dos recursos naturais
apreciados pela comunidaderdquo (Gilpin 1992 19)
A viragem em direcccedilatildeo a um desenvolvimento sustentaacutevel implica natildeo apenas uma visatildeo de
conjunto ao niacutevel do topo do Estado mas tambeacutem uma capacidade de lideranccedila a todos
niacuteveis da gestatildeo puacuteblica e privada conjugada com uma laquoacccedilatildeoraquo permanente sobre todos os
cidadatildeos consciencializando-os de que as suas acccedilotildees satildeo importantes ou seja laquopensar
globalmente e agir localmenteraquo Contudo muitos dos problemas ambientais globais
necessitam sobretudo de implementaccedilatildeo de medidas em conjunto por todos os estados ou
seja laquopensar e agir globalmenteraquo
Durante a Cimeira de Estocolmo (1972) as discussotildees centraram-se nos aspectos teacutecnicos da
contaminaccedilatildeo provocada pela industrializaccedilatildeo no crescimento populacional na urbanizaccedilatildeo
e na busca de soluccedilotildees para estes problemas Vinte anos mais tarde na Conferecircncia do Rio
surgiu a percepccedilatildeo de que os problemas do Ambiente jaacute natildeo podiam ser dissociados dos
problemas de desenvolvimento por isso tentaram-se acordos especiacuteficos e compromissos
dos governos e das organizaccedilotildees inter-governamentais com identificaccedilatildeo de prazos e
recursos financeiros para implementaccedilatildeo de estrateacutegias de desenvolvimento tendo contudo
estas tentativas pouco sucesso Temas como o da diacutevida externa dos paiacuteses do Sul cuja
soluccedilatildeo era considerada importantiacutessima para o desenvolvimento sustentaacutevel natildeo foram
sequer abordados assim como o da diacutevida ecoloacutegica do Norte para com o Sul Natildeo foi
atribuiacuteda qualquer responsabilidade agraves empresas transnacionais apesar de estas serem
tambeacutem responsaacuteveis pela desordem ecoloacutegica a niacutevel planetaacuterio e serem as responsaacuteveis
por 80 do comeacutercio mundial e das terras cultivadas para produtos de exportaccedilatildeo (Leroy
1997)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
10
Cinco anos depois da Conferecircncia do Rio realizou-se o Forum Rio+510 com o objectivo de
revitalizar o movimento do desenvolvimento sustentaacutevel e na procura de caminhos para
ultrapassar obstaacuteculos que continuam a impedir o seu progresso Do vaacuterio leque de
conclusotildees apresentadas destacamos (Strong 1997)
bull a necessidade de participaccedilatildeo de mais intervenientes (natildeo apenas os ministeacuterios do
Ambiente) e integrar as dimensotildees econoacutemica social e ecoloacutegica no desenvolvimento
sustentaacutevel
bull a necessidade de nos dirigirmos aos imperativos eacuteticos fundamentais do desenvolvimento
sustentaacutevel atraveacutes da Carta da Terra11
bull a revoluccedilatildeo da informaccedilatildeo estaacute a criar um novo tipo de empobrecimento
bull haacute muitos casos de sucesso de praacuteticas de desenvolvimento sustentaacutevel que podem ser
multiplicados
bull o actual sistema das Naccedilotildees Unidas natildeo estaacute apto a fazer cumprir os acordos
internacionais estes tecircm que estar mais profundamente enraizados nos apoios local e
nacional
O desenvolvimento sustentaacutevel eacute um apelo a uma abordagem distinta do desenvolvimento e a
um tipo diferente de cooperaccedilatildeo internacional reconhece que as decisotildees tomadas numa
parte do mundo podem afectar as pessoas de outras regiotildees e exige medidas ambiciosas que
visem promover a niacutevel mundial condiccedilotildees que apoiem o progresso e benefiacutecio para todos
Em 2002 reuniram-se na Aacutefrica do Sul dirigentes mundiais na Cimeira Mundial sobre
Desenvolvimento Sustentaacutevel tendo em vista a realizaccedilatildeo de novas iniciativas para assegurar
o desenvolvimento sustentaacutevel e a construccedilatildeo de um futuro proacutespero e seguro para os seus
cidadatildeos (Onuportugal 2003)
Podemos dizer que convivemos com duas realidades contrapostas Por um lado todos
concordam que o estilo de vida actual estaacute esgotado e eacute decididamente insustentaacutevel sob o
ponto de vista econoacutemico ambiental e social Por outro natildeo se adoptam as medidas
indispensaacuteveis para transformar as instituiccedilotildees econoacutemicas sociais e poliacuteticas que deram
sustento ao estilo actual ldquoQuando muito faz-se uso da noccedilatildeo de sustentabilidade para
introduzir o que equivale a uma restriccedilatildeo ambiental no processo de acumulaccedilatildeo capitalista
10 Cinco anos depois da Cimeira do Rio cerca de 500 peritos e pessoas de todo o mundo reuniram-se no Rio de
Janeiro sob o lema ldquoAvanccedilar da Agenda 21 para a Acccedilatildeordquo (Strong 1997 9) 11 A Carta da Terra foi aprovada pelas ONU em 2000 e constitui o Anexo A deste trabalho
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
11
sem enfrentar contudo os processos institucionais e poliacuteticos que regulam a propriedade
controle acesso e uso dos recursos naturaisrdquo (Leroy 1997 35)
Para conseguir estas mudanccedilas seraacute necessaacuterio a alteraccedilatildeo da consciecircncia humana e para
isso deveraacute haver outro tipo de educaccedilatildeo Esta teraacute de formar cidadatildeos plenamente
conscientes do seu papel dentro da sociedade onde eacute rejeitado o individualismo a
competiccedilatildeo desmedida o consumismo e o desrespeito pelo Ambiente Uma sociedade em
que todos os seus cidadatildeos satildeo responsaacuteveis e responsabilizam (poliacuteticos e empresas) pelos
seus actos eacute o objectivo maacuteximo a atingir
2 A poliacutetica de Ambiente em Portugal
O aparecimento de problemas ambientais alerta as pessoas para a importacircncia destas
questotildees A sua sensibilizaccedilatildeo e consciencializaccedilatildeo levam agrave criaccedilatildeo de estruturas poliacuteticas na
tentativa de minorarresolver tais problemas Com efeito muito antes de se formarem os
primeiros institutos poliacuteticos e juriacutedicos em mateacuteria de Ambiente surgem exemplos desta
tomada de consciecircncia Destacamos o ensaio de Francisco Flores em 1939 que faz o
balanccedilo das doutrinas e poliacuteticas conservacionistas agrave escala internacional e a fundaccedilatildeo da
Liga para a Protecccedilatildeo da Natureza em 1948 Numa outra dimensatildeo defendem-se as formas
culturais e sociais de determinadas regiotildees como por exemplo o livro de Raul Brandatildeo ldquoOs
Pescadores (1923)rdquo em que se denuncia a destruiccedilatildeo dos recursos pisciacutecolas e o livro de
Aquilino Ribeiro ldquoQuando os Lobos Uivam (1958)rdquo em que se pretende mostrar como as
poliacuteticas florestais intensivas satildeo uma ameaccedila para as formas de vida tradicional Para
Soromenho Marques (1998a) estes livros foram pioneiros na tomada de consciecircncia
ambiental em Portugal
Em 1972 Downs considera a existecircncia de vaacuterias etapas12 no sentido de uma
consciencializaccedilatildeo plena Na 1ordf etapa considera-se que apenas alguns peritos tecircm
conhecimento do problema mas ainda natildeo sabem como resolvecirc-lo na 2ordf etapa o
conhecimento do problema alarga-se a mais pessoas e toma-se consciecircncia de que jaacute se
deviam ter tomado medidas para o resolver na 3ordf etapa tem-se conhecimento dos custos
(geralmente elevados) necessaacuterios para a resoluccedilatildeo do problema na 4ordf etapa haacute o
desinteresse do puacuteblico devido ao conhecimento dos custos elevados este desinteresse seraacute
ultrapassado com uma persistente e adequada informaccedilatildeo do puacuteblico sobre o problema na 5ordf
12 Estas etapas ficaram conhecidas pelo ciclo de Downs e aplicam-se a outros problemas para aleacutem dos relacionados
com o Ambiente (Sadler 1987)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
12
etapa considera-se miacutenimo o decliacutenio na consciencializaccedilatildeo do puacuteblico sobre o problema
tratado quando se consegue ultrapassar a 4ordf fase (Sadler 1987)
Nos anos 70 Portugal encontrava-se na primeira fase ou seja apenas alguns especialistas
comeccedilavam a ter consciecircncia do problema A consciencializaccedilatildeo do puacuteblico em geral eacute
essencial por forma a pressionar o poder poliacutetico e assim os problemas serem tratados
convenientemente como afirmou Odum ldquonuma democracia natildeo basta simplesmente haver
algumas pessoas que compreendam o que estaacute a suceder deve existir isso sim uma
populaccedilatildeo vigilante que faccedila pressatildeo rdquo (em Madoni 1976 354) Em Portugal as
influecircncias externas tiveram um papel importante para o aumento da consciencializaccedilatildeo
tanto do puacuteblico em geral como das instituiccedilotildees poliacuteticas em particular
Com efeito o convite feito a Portugal pela Organizaccedilatildeo das Naccedilotildees Unidas (ONU) para
participar no processo que conduziria agrave Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Ambiente
Humano (1972) levou a que Portugal isolado na cena internacional participasse activamente
nas reuniotildees preparatoacuterias e na referida Conferecircncia Esta participaccedilatildeo proporcionou a
criaccedilatildeo da Comissatildeo Nacional de Ambiente (CNA 1971 Anexo B) e a elaboraccedilatildeo tambeacutem
em 1971 do primeiro relatoacuterio sobre o estado do Ambiente em Portugal
O 25 de Abril veio permitir alguns progressos na poliacutetica de Ambiente mas sem grandes
resultados praacuteticos O aspecto mais significativo foi o reconhecimento de uma esfera de
direitos do Ambiente consagrados na constituiccedilatildeo de 1976 que permitiram criar uma
ldquoestrutura de serviccedilos puacuteblicos dirigidos para a execuccedilatildeo de uma incipiente poliacutetica
ambientalrdquo (Anexo B Soromenho Marques 1998a 84)
Apesar de Portugal ser um dos primeiros paiacuteses a introduzir os direitos do Ambiente na sua
constituiccedilatildeo e a dispor de um Serviccedilo Nacional de Parques Reservas e Patrimoacutenio
Paisagiacutestico soacute com a integraccedilatildeo na entatildeo Comunidade Europeia em 1987 se
desenvolveram os mecanismos que permitiriam a implantaccedilatildeo de uma poliacutetica de Ambiente
eficaz
A integraccedilatildeo de Portugal na Uniatildeo Europeia levou agrave aceleraccedilatildeo dos instrumentos poliacuteticos
juriacutedicos e financeiros que permitiram ao Estado desempenhar o seu papel normativo de
coordenador das poliacuteticas puacuteblicas e tambeacutem agrave aceleraccedilatildeo do processo de
institucionalizaccedilatildeo da poliacutetica puacuteblica de Ambiente apesar do reconhecimento constitucional
dos direitos do Ambiente soacute se ter efectivado em 1987 com a publicaccedilatildeo da Lei de Bases do
Ambiente (Soromenho Marques 1998a)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
13
A aprovaccedilatildeo em 1987 da Lei das Associaccedilotildees de Defesa do Ambiente (ADA) veio
reconhecer a importacircncia destas associaccedilotildees na sua luta pela melhoria do estado do
Ambiente A Lei nordm 3598 de 18 de Julho revogou a anterior lei designou as ADA por
Organizaccedilotildees Natildeo Governamentais de Ambiente (ONGA) e conferiu-lhes o estatuto de
utilidade puacuteblica o mecenato ambiental o direito de representaccedilatildeo e o estatuto do dirigente
associativo consagrando assim estas associaccedilotildees como um parceiro social importante e
meritoacuterio nas questotildees relacionadas com o Ambiente
Apesar da aprovaccedilatildeo destas leis podemos afirmar que os grandes passos em mateacuteria de
poliacutetica ambiental foram ditados pela Uniatildeo Europeia com a publicaccedilatildeo das suas directivas
e natildeo por uma pressatildeo interna da opiniatildeo puacuteblica ou das forccedilas sociais e poliacuteticas
dominantes
Seguidamente iremos destacar o papel da Educaccedilatildeo na aquisiccedilatildeo de novos valores e atraveacutes
destes a praacutetica de atitudes e comportamentos individuais e colectivos que permitam formar
uma opiniatildeo puacuteblica que participe na melhoria dos problemas que afligem a sociedade em
que vivemos
3 As questotildees educacionais
A educaccedilatildeo tem por fim uacuteltimo o desenvolvimento do ser humano O desenvolvimento dos
seus talentos e das suas aptidotildees na perspectiva da laquoeducaccedilatildeo humanistaraquo exigiraacute a
equidade na poliacutetica educativa e levar-nos-aacute a um desenvolvimento endoacutegeno respeitador
do Ambiente humano e natural da diversidade de tradiccedilotildees e culturas (Delors et al 1997)
A Educaccedilatildeo em termos gerais pode ser entendida como o conjunto de ldquoactividades que tecircm
por finalidade o desenvolvimento do conhecimento dos valores e do raciociacutenio como
formaccedilatildeo geral em vez de proporcionarem conhecimentos e capacidades praacuteticas
relacionadas com uma aacuterea especiacutefica da actividade humanardquo segundo o Glossaacuterio do RGIE
(MDNEME 2002 1-12)
A Educaccedilatildeo para o Ambiente (EpA)13 eacute algo que deve abranger todos os sectores da
sociedade e por isso eacute fundamental que faccedila parte do processo educativo porque a
laquoaprendizagem do Ambienteraquo deve ser algo que progressivamente atingiraacute todos os Homens
de tal forma que o Ambiente faraacute parte da sua proacutepria cultura A Educaccedilatildeo para o Ambiente
deve assim
13 Giordan e Souchon utilizam a expressatildeo Educaccedilatildeo para o Ambiente em vez de Educaccedilatildeo Ambiental porque
consideram que esta expressatildeo estaacute laquobanalizadaraquo pois qualquer acccedilatildeo o mais simples que seja eacute designada de Educaccedilatildeo Ambiental (1997)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
14
bull ser integrada nos programas educativos e natildeo ser apresentada como uma disciplina
separada ou um dos vaacuterios temas de estudo
ser o resultado de toda uma reorientaccedilatildeo e articulaccedilatildeo das diversas disciplinas e
das diferentes experiecircncias educativas que permitam ter uma percepccedilatildeo integrada do
Ambiente de onde possa resultar uma vontade e capacidade de iniciativa em relaccedilatildeo a
este mais racional e adequada para responder agraves necessidades sociais e uma garantia da
durabilidade dos recursos naturais disponiacuteveis (Carvalho 1996)
pressupor como a palavra ldquoEducaccedilatildeordquo sugere a compreensatildeo dos fenoacutemenos a
interiorizaccedilatildeo das questotildees o equacionamento dos problemas o alcance de determinados
objectivos e a participaccedilatildeo (Carvalho 1991)
soacute atingiraacute a sua plena eficaacutecia atraveacutes da interdisciplinaridade14 (Talhinhas
1994)
Numa perspectiva pedagoacutegica podemos afirmar que a EpA eacute compreendida como um
ldquomovimento educacional que elogia o desenvolvimento de uma pedagogia especiacutefica
caracterizada pela semelhanccedila de vaacuterios princiacutepios pedagoacutegicos diferentes dos da pedagogia
dita tradicional entre outros a aproximaccedilatildeo global e sisteacutemica da realidade a
interdisciplinaridade pedagoacutegica a abertura da escola sobre o meio o recurso agrave tentativa de
resoluccedilatildeo de problemas reais a implicaccedilatildeo activa do aluno no processo de aprendizagem a
aproximaccedilatildeo cooperativa da aprendizagemrdquo (Sauveacute 1997 22-23)
A EpA tem como finalidade a ldquoformaccedilatildeo da populaccedilatildeo mundial consciente e preocupada
com o Ambiente e com os seus problemas uma populaccedilatildeo que tenha os conhecimentos as
competecircncias o estado de espiacuterito as motivaccedilotildees e o sentido de compromisso que lhe
permitam trabalhar individual e colectivamente na resoluccedilatildeo das dificuldades actuais e
impedir que elas se apresentem de novordquo (Giordan e Souchon 1997 9)
Estes autores utilizam a expressatildeo laquoformaccedilatildeo da populaccedilatildeo mundialraquo mas em nosso
entender deveriam ter utilizado a expressatildeo laquosensibilizaccedilatildeo da populaccedilatildeo mundialraquo pois a
definiccedilatildeo de formaccedilatildeo como preconiza o RGIE15 eacute o ldquoprocesso de organizaccedilatildeo das
situaccedilotildees de aprendizagem especiacuteficas da instituiccedilatildeo cuja finalidade eacute conferir desenvolver e
inculcar capacidades (conhecimentosaptidotildeesatitudes) para o desempenho de uma funccedilatildeo
especiacuteficardquo (MDNEME 2002 1-4) ou seja eacute mais restritiva pois destina-se a preparar
14 Consideramos a interdisciplinaridade como a cooperaccedilatildeo entre todas as disciplinas do sistema de ensino
procurando os princiacutepios baacutesicos que permitam o tratamento de temas ambientais a partir de qualquer disciplina e convertendo os alunos em agentes da sua proacutepria aprendizagem
15 Aprovado pelo GEN CEME em 14 de Fevereiro de 2002
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
15
laquoalgueacutemraquo para uma funccedilatildeo especiacutefica como por exemplo o Oficial do Nuacutecleo de Protecccedilatildeo
Ambiental de uma Unidade Estabelecimento ou Oacutergatildeo (UEO)
Neste sentido a Formaccedilatildeo para o Ambiente visa transmitir um conjunto de conhecimentos a
todos aqueles que tecircm que laquoensinar Ambienteraquo Destina-se aos Militares que desempenham
funccedilotildees relacionadas com o Ambiente na estrutura do Exeacutercito a professores de todos os
niacuteveis de ensino (do Preacute-primaacuterio ao Universitaacuterio) teacutecnicos de Ambiente e a todos aqueles
que mesmo temporariamente tenham que participar de algum modo em alguma acccedilatildeo de
formaccedilatildeo Os conhecimentos devem ser transmitidos atraveacutes de acccedilotildees de formaccedilatildeo cursos
ou outras iniciativas as mateacuterias a serem ministradas devem ser adequadas agraves funccedilotildees a que
os formandos iratildeo desempenhar no seu local de trabalho Para o ecircxito destas acccedilotildees eacute
fundamental que os intervenientes estejam sensibilizados para as questotildees ambientais Por
isso satildeo fundamentais todas as campanhas de sensibilizaccedilatildeo
A Sensibilizaccedilatildeo para o Ambiente eacute uma consciencializaccedilatildeo generalizada que chama a
atenccedilatildeo para os problemas ambientais eacute por isso pontual e certas vezes social Deve
destinar-se agrave populaccedilatildeo em geral com destaque para os poliacuteticos autarcas empresaacuterios
jornalistas e todos aqueles que tenham a capacidade de levar as pessoas a laquoimitaacute-losraquo
(actores muacutesicos cantores desportistas entre outros)
Ateacute hoje a sensibilizaccedilatildeo ambiental tem sido feita essencialmente por associaccedilotildees e
movimentos ambientalistas Estes atraveacutes das mais diversas campanhas e explorando a
cobertura da comunicaccedilatildeo social em algumas das suas acccedilotildees tecircm conseguido progressiva
e pontualmente sensibilizar e alertar um maior nuacutemero de cidadatildeos para as suas causas
Tambeacutem a comunicaccedilatildeo social tem cada vez mais dado destaque agraves questotildees ambientais
com a exibiccedilatildeo de programas que chamam a atenccedilatildeo para as questotildees ambientais
Tendo em consideraccedilatildeo as aacutereas de actuaccedilatildeo das Forccedilas Armadas associadas agrave crescente
laquovisibilidaderaquo das questotildees ambientais a Instituiccedilatildeo Militar veio aprovar a sua poliacutetica
ambiental por forma a proteger o Ambiente e a minimizar os danos ambientais entretanto
provocados ou que possam vir a ocorrer Eacute essa poliacutetica ambiental que iremos abordar no
proacuteximo capiacutetulo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
16
CAPIacuteTULO II ndash A POLIacuteTICA DE AMBIENTE NA INSTITUICcedilAtildeO MILITAR
1 O Desenvolvimento e a Implementaccedilatildeo da Poliacutetica de Ambiente na Instituiccedilatildeo
Militar
11 No Ministeacuterio da Defesa Nacional e no Estado ndash Maior General das Forccedilas Armadas
A Defesa Nacional ldquoeacute uma estrateacutegia integrada que o Estado potildee em praacutetica para garantir
uma situaccedilatildeo de seguranccedila que permita fazer face a preocupaccedilotildees relativas agrave unidade
soberania e independecircncia da Naccedilatildeo agrave unidade do Estado e ao normal desenvolvimento das
suas tarefas agrave liberdade de acccedilatildeo poliacutetica rdquo (MDN 1994 37) A Defesa Nacional eacute assim
um conceito muito mais amplo que a defesa militar e requer por isso o empenho dos
cidadatildeos da sociedade e dos poderes puacuteblicos por forma a que os objectivos nacionais sejam
alcanccedilados (MDN 1994)
A ldquomissatildeo primaacuteria das Forccedilas Armadas eacute defender a Soberania Nacional Para atingir este
objectivo estas tecircm de estar bem equipadas e os seus elementos treinados no uso eficaz
desses equipamentosrdquo Os requisitos de formaccedilatildeo treino militar e utilizaccedilatildeo desses
equipamentos teratildeo efeitos no Ambiente (MDN 2001 1) Assim as FA parte integrante da
nossa sociedade natildeo podem alhear-se dos problemas ambientais e cumpre-lhes tambeacutem
defender o Ambiente procurando contribuir para a promoccedilatildeo da melhoria da qualidade de
vida quer individual quer colectivamente (Leitatildeo 1997)
Para tal e com a finalidade de consciencializar e sensibilizar todos os elementos das FA para
os problemas ambientais foi publicada uma Directiva Conjunta do Chefe do Estado-Maior
General das Forccedilas Armadas e dos Chefes de Estado - Maior da Armada do Exeacutercito e da
Forccedila Aeacuterea em 4 de Janeiro de 1989 na qual foram definidas entre outras as seguintes
normas e medidas a implementar (EMGFA 1989)
bull foi recomendado que em todos os cursos de formaccedilatildeo e a todos os niacuteveis sejam
ministrados ensinamentos sobre ecologia e protecccedilatildeo do Ambiente Igualmente devem
ser pormenorizados os cuidados a ter em especial durante os exerciacutecios
bull promover campanhas e palestras de sensibilizaccedilatildeo e de consciencializaccedilatildeo nas unidades
sobre a protecccedilatildeo do Ambiente
bull elaborar e executar planos directores para melhoria do Ambiente em unidades com grande
efectivo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
17
bull nas unidades que ocupam grandes aacutereas tomar medidas de prevenccedilatildeo contra incecircndios
visando a manutenccedilatildeo da flora tradicional
Foram feitas ainda as seguintes recomendaccedilotildees devem continuar a ser tidos em
consideraccedilatildeo os diversos instrumentos de poliacutetica do Ambiente e do ordenamento do
territoacuterio entre os quais se salientam os Planos Regionais de Ordenamento Integrado do
Territoacuterio os Planos Directores Municipais a Reserva Ecoloacutegica Nacional e a Reserva
Agriacutecola Nacional devem procurar as unidades e serviccedilos das FA colaborar em actividades
de interesse puacuteblico relacionadas com a poliacutetica do Ambiente e do ordenamento do
territoacuterio sem prejuiacutezo das missotildees militares que primariamente lhes competem (EMGFA
1989)
Constata-se que jaacute em 1989 as chefias das FA estavam conscientes da importacircncia que as
questotildees ambientais viriam a ter por isso recomendavam o ensino sobre ldquoecologia e
protecccedilatildeo do Ambienterdquo em todos os cursos desde a formaccedilatildeo ateacute aos restantes cursos
frequentados durante a carreira dos militares Ao apelarem para a elaboraccedilatildeo e execuccedilatildeo de
ldquoplanos para a melhoria do Ambiente em unidades com grande efectivordquo natildeo estariam a
sugerir a implementaccedilatildeo de Sistemas de Gestatildeo Ambiental16 como hoje os designamos
Ao niacutevel do Ministeacuterio da Defesa Nacional as preocupaccedilotildees com o Ambiente apenas
surgem em 1990 atraveacutes do Conselho de Ciecircncia e Tecnologia de Defesa que elabora um
documento intitulado ldquoAmbiente ndash Preocupaccedilatildeo da NATO no domiacutenio do Ambienterdquo que eacute
o primeiro documento onde as questotildees ambientais satildeo abordadas neste oacutergatildeo e surge
devido agrave presenccedila de elementos deste Conselho em reuniotildees da NATO onde o assunto eacute
tratado
Em 1991 inicia-se o processo que levaraacute agrave criaccedilatildeo do Nuacutecleo de Estudos de Assuntos
Ambientais (NEAA) com o objectivo de ldquoPortugal natildeo desperdiccedilar a oportunidade para dar
alguns passos no sentido de uma maior conformidade ambientalrdquo e permitir ao MDN
participar e acompanhar alguns Pilot Study entatildeo em curso na NATO (Peixoto 20031)
De acordo com o disposto na aliacutenea f) do nordm 2 do Artordm 13ordm do DL Nordm 4793 de 26 de
Fevereiro compete agrave Direcccedilatildeo-Geral de Infra-Estruturas (DGIE) ldquocoordenar os aspectos
relativos agrave definiccedilatildeo e apreciaccedilatildeo de normas de funcionalidade e racionalizaccedilatildeo de recursos
designadamente nos domiacutenios energeacuteticos do Ambiente e do ordenamento do territoacuteriordquo
16 Sistema de gestatildeo ambiental ldquoa componente do sistema global de gestatildeo que inclui a estrutura organizacional as
actividades de planeamento as responsabilidades as praacuteticas os procedimentos os processos e os recursos para desenvolver implementar atingir rever e manter a poliacutetica ambientalrdquo segundo as ISO 140001 (1996)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
18
Em 1993 foi criado o NEAA atraveacutes do Despacho nordm 23MDN de 23 Fevereiro Entrou em
funccedilotildees no 2ordm semestre de 93 contudo este oacutergatildeo estava ligado ao Conselho de Ciecircncia e
Tecnologia de Defesa e natildeo agrave DGIE algumas das competecircncias atribuiacutedas ao NEAA eram
bull organizar a recolha e tratamento da informaccedilatildeo destinada a verificar caracterizar e
acompanhar as questotildees ambientais procurando a sua aplicaccedilatildeo agrave aacuterea da Defesa
Nacional
bull identificar as tendecircncias de evoluccedilatildeo tecnoloacutegica com incidecircncia no Ambiente com
especial relevacircncia na instalaccedilatildeo equipamento modernizaccedilatildeo e treino das FA
bull acompanhar os estudos de impacte ambiental designadamente os relativos aos novos
meios agraves infra-estruturas e agraves aacutereas de treino militar
bull orientar a promoccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo especiacutefica no campo do Ambiente
Tambeacutem em 1993 foi instituiacutedo o Preacutemio laquoDefesa Nacional e Ambienteraquo pelo Ministeacuterio da
Defesa Nacional e pelo Ministeacuterio do Ambiente e Recursos Naturais (MARN) para vigorar a
partir de 1994 destinado a galardoar unidades oacutergatildeos estabelecimentos e elementos das
Forccedilas Armadas que melhor contributo prestem em prol da qualidade do Ambiente em
Portugal em especial atraveacutes da salvaguarda dos recursos naturais na perspectiva dos
princiacutepios da Defesa Nacional com o objectivo de incentivar as boas praacuteticas ambientais nas
Forccedilas Armadas (MDN 1994)
Em 1994 na 14ordf reuniatildeo do NEAA foi acordado que cada Ramo enviaria seis elementos ao
Curso de Formadores17 e o MDN enviaria um representante por cada Direcccedilatildeo-Geral Foi
acordado tambeacutem que os ramos das FA deveriam ter autonomia em relaccedilatildeo agrave instruccedilatildeo na
aacuterea do Ambiente tendo o MDN um papel coordenador
Atraveacutes do Despacho Nordm 30MDN95 foi determinado que as competecircncias e informaccedilatildeo
atribuiacutedas ao NEAA passariam a ser asseguradas pela DGIE e a estrutura de coordenaccedilatildeo e
de intercacircmbio da informaccedilatildeo criada no acircmbito do NEAA seria mantida e desenvolvida pela
DGIE atraveacutes dos elementos de representaccedilatildeo de cada uma das Direcccedilotildees Gerais do
EMGFA e de cada um dos Ramos das FA do antecedente nomeados no sentido de dar
continuidade ao tratamento das questotildees no quadro do Ministeacuterio
Com a reformulaccedilatildeo da estrutura do MDN18 em 1995 foi criada a Divisatildeo de Estudos
Ambientais na dependecircncia da Direcccedilatildeo-Geral de Infra-Estruturas a DEA tecircm as seguintes
competecircncias
17 O 1ordm curso realizou-se em Janeiro de 1995 na Escola de Serviccedilo de Sauacutede Militar 18 Decreto Regulamentar nordm 1195 de 23 de Maio (Anexo C)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
19
bull promover estudos e difundir directivas de protecccedilatildeo ambiental relativas agraves instalaccedilotildees e
actividades da defesa nacional
bull promover a difusatildeo de informaccedilatildeo e a realizaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo no
domiacutenio do Ambiente
bull promover e acompanhar estudos de protecccedilatildeo de impacte ambiental relativos
designadamente agraves infra-estruturas aos novos meios e agraves aacutereas de treino militar
bull fomentar e desenvolver actividades de prevenccedilatildeo e correcccedilatildeo das agressotildees ao Ambiente
na aacuterea da defesa nacional
bull coordenar a participaccedilatildeo do Ministeacuterio da Defesa Nacional em actividades e projectos
relativos agrave protecccedilatildeo do Ambiente
Constata-se que eacute competecircncia desta divisatildeo a elaboraccedilatildeo dos programas de formaccedilatildeo
relativamente agrave temaacutetica ambiental a serem ministrados pelos Ramos das Forccedilas Armadas
Em 1995 foi aprovado o Plano Nacional da Poliacutetica de Ambiente (PNPA) pelo qual ficou
estabelecido que ldquoo Ministeacuterio da Defesa Nacional eacute o responsaacutevel pela implementaccedilatildeo da
poliacutetica ambiental no acircmbito da defesa nomeadamente na aacuterea militar devendo ser
consideradas prioritaacuterias a todos os niacuteveis as questotildees ambientais rdquo (MARN 1995 234)
O MDN tem especiais responsabilidades no que se refere agraves questotildees ambientais atendendo
ao papel que as FA devem desempenhar como exemplo de utilizaccedilatildeo global do meio em que
vivem treinam e operam ndash a terra o mar e o ar ndash cumprindo e respeitando integralmente
todas as normas que protegem o Ambiente (MARN 1995)
O PNPA considera quatro ldquoobjectivos prioritaacuterios articulados entre si de forma a que a
Defesa Nacional no seu todo e os Ramos das Forccedilas Armadas em particular se integrem de
forma eficaz na Poliacutetica Ambiental do Governo contribuindo para a preservaccedilatildeo do
Ambiente e para o desenvolvimento sustentaacutevel da sociedaderdquo (MARN 1995 234)
Estes objectivos constituem a Conformidade Ambiental devendo esta ser atingida atraveacutes da
criaccedilatildeo de uma organizaccedilatildeo para o Ambiente que permita a abordagem das questotildees
ambientais aos vaacuterios niacuteveis da Defesa e das Forccedilas Armadas de forma a criar condiccedilotildees de
perfeita consciecircncia formaccedilatildeo e treino ambiental a Prevenccedilatildeo Ambiental deve ser alcanccedilada
atraveacutes de iniciativas dos responsaacuteveis a todos os niacuteveis da hierarquia e com o apoio de todos
os elementos que servem na Defesa Nacional Sensibilizar consciencializar e formar os
seus recursos humanos no sentido do cumprimento e promoccedilatildeo das regras baacutesicas de
preservaccedilatildeo e defesa do Ambiente enquanto instrumentos necessaacuterios agrave melhoria da
qualidade de vida colectiva a Recuperaccedilatildeo Ambiental consegue-se atraveacutes de acccedilotildees de
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
20
reparaccedilatildeo de danos no meio tendo especial atenccedilatildeo os problemas causados pelas actividades
da defesa no passado com consequecircncias graves nos dias de hoje para o sistema ecoloacutegico e
patrimoacutenios natural e construiacutedo afecto agrave Defesa Nacional a Conservaccedilatildeo Ambiental
abrange o desenvolvimento de acccedilotildees regulares de manutenccedilatildeo nas aacutereas recuperadas ou em
recuperaccedilatildeo por forma a manter a identidade fiacutesica do territoacuterio e a valorizaccedilatildeo das suas
particularidades (MARN 1995)
Estes objectivos seratildeo plenamente atingidos atraveacutes da colaboraccedilatildeo com outras entidades
nomeadamente departamentos do Estado autarquias entidades civis ONGrsquos e
incrementando o relacionamento dos diversos oacutergatildeos da estrutura da Defesa Nacional a niacutevel
nacional regional e local de forma a conseguir atraveacutes duma estreita cooperaccedilatildeo um efeito
sinergeacutetico na conjugaccedilatildeo de esforccedilos na defesa do Ambiente (MARN 1995)
Algumas actividades desenvolvidas no acircmbito da Defesa Nacional satildeo susceptiacuteveis de
provocar problemas ambientais gerais e especiacuteficos decorrentes da actividade militar da
Armada Exeacutercito e Forccedila Aeacuterea Por isso a consciencializaccedilatildeo dos militares das FA para a
preservaccedilatildeo do meio eacute fundamental jaacute que este eacute o seu campo de actuaccedilatildeo preferencial Eacute
portanto necessaacuterio manter o esforccedilo na articulaccedilatildeo e harmonizaccedilatildeo dos requisitos de
formaccedilatildeo e treino militar com as medidas inerentes agrave defesa do Ambiente por cada um dos
Ramos das FA (MARN 1995)
Em 1995 realiza-se o primeiro curso de protecccedilatildeo do Ambiente na ESSM esta
responsabilidade eacute posteriormente remetida agrave Escola Pratica de Engenharia situaccedilatildeo que se
manteacutem ateacute hoje A formaccedilatildeo de alguns Oficiais nesta aacuterea veio permitir que algumas
Unidades desenvolvessem iniciativas no sentido de melhorar o seu desempenho ambiental
Contudo estas iniciativas foram pontuais e natildeo tiveram seguimento dado o nuacutemero reduzido
de Oficiais formados nesta aacuterea
O Despacho Nordm 77 do MDN publicado em 2001 (Anexo E) atribuiu responsabilidades
sobre a protecccedilatildeo ambiental nas FA tanto de caraacutecter poliacutetico como a oacutergatildeos especiacuteficos das
FA como os Estados - Maiores os Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo
Comandos Territoriais e os Oacutergatildeos de Execuccedilatildeo
Como orientaccedilotildees poliacuteticas salienta-se o compromisso das FA cumprirem a sua missatildeo sem
afectar significativamente os recursos naturais e culturais do local ou regiatildeo onde operam e
em alguns casos ateacute melhorarem a sua performance e capacidade operacional resultante do
treino realiacutestico e sustentaacutevel e do uso de materiais e processos mais eficientes As FA
deveratildeo tambeacutem constituir um exemplo para o resto da sociedade pois ao actuarem de
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
21
forma ldquoresponsaacutevel em relaccedilatildeo ao Ambienterdquo exerceratildeo uma influecircncia positiva ldquolevando-a
a comportar-se da mesma maneirardquo Estas deveratildeo ainda implementar um Sistema de
Gestatildeo Ambiental nas UEO com a finalidade de integrar os aspectos ambientais na gestatildeo
corrente das FA (MDN 2001 2)
O referido despacho refere que o Estado - Maior eacute responsaacutevel pela definiccedilatildeo da doutrina
ambiental do Ramo e deveraacute dispor de um oacutergatildeo integrado numa das divisotildees ou constituir um
Gabinete de Ambiente competindo-lhe genericamente (MDN 2001 3)
bull elaborar a doutrina de protecccedilatildeo ambiental bem como as respectivas directivas planos e
regulamentos em consonacircncia com a poliacutetica ambiental definida neste despacho
bull definir a estrutura orgacircnica de protecccedilatildeo ambiental e as respectivas
responsabilidades e competecircncias
bull elaborar estudos divulgar e coordenar as actividades de protecccedilatildeo ambiental
Relativamente aos Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo Comandos Territoriais
estes satildeo os responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo da doutrina de protecccedilatildeo ambiental e pela
programaccedilatildeo e controlo de todas as restantes acccedilotildees desta natureza nas UEO Cada um destes
oacutergatildeos possui um Oficial Gestor de Ambiente ou um Gabinete de Ambiente chefiado por
um oficial a quem compete entre outras elaborar e controlar a execuccedilatildeo do programa de
formaccedilatildeo do pessoal na aacuterea do Ambiente (MDN 2001)
Quanto aos Oacutergatildeos de Execuccedilatildeo o despacho mencionado refere que as UEO satildeo
responsaacuteveis pela execuccedilatildeo dos planos e programas que visam implementar a doutrina de
protecccedilatildeo ambiental Cada um destes organismos dispotildee de um Oficial Delegado de
Ambiente ou de um Gabinete de Ambiente na dependecircncia directa do Comandante Director
ou Chefe sendo o responsaacutevel perante este pela protecccedilatildeo ambiental na sua UEO
competindo-lhe entre outras fomentar a consciencializaccedilatildeo do pessoal para as questotildees
ambientais atraveacutes da divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo e da realizaccedilatildeo de acccedilotildees de formaccedilatildeo e de
sensibilizaccedilatildeo (MDN 2001)
Resumindo podemos afirmar que este despacho vem atribuir responsabilidades aos Ramos
das FA procurando desta forma um maior empenho das chefias na implementaccedilatildeo na
poliacutetica ambiental Vem criar o ldquoOficial Gestor do Ambienterdquo e o ldquoOficial Delegado de
Ambienterdquo a diferentes niacuteveis um ao niacutevel da RegiatildeoZona Militar e outro ao niacutevel da
UnidadeEstabelecimentoOacutergatildeo
De referir que Portugal tem participado no Committee on the Challenges of Modern Society
(CCMS) que visa a aplicaccedilatildeo de um Sistema de Gestatildeo Ambiental ao sector militar Um
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
22
exemplo da aplicaccedilatildeo deste sistema seraacute a certificaccedilatildeo ambiental de UEO19 e de aacutereas de
treino como por exemplo o Campo Militar de Santa Margarida20 ou o Campo de Tiro de
Alcochete segundo indicaccedilatildeo da Divisatildeo de Estudos Ambientais do MDN
No nuacutemero seguinte analisaremos a documentaccedilatildeo produzida pelo Exeacutercito Portuguecircs
relativa agrave temaacutetica ambiental especialmente o Anexo G ao Plano de Instruccedilatildeo Militar e a
uacuteltima directiva do General Chefe de Estado - Maior do Exeacutercito (CEME) sobre o tema em
estudo
12 No Exeacutercito
Como referimos anteriormente uma das principais missotildees do Exeacutercito eacute ldquocooperar de
forma integrada na defesa militar da Repuacuteblica atraveacutes da realizaccedilatildeo de operaccedilotildees
terrestresrdquo de acordo com o Artordm 1ordm do Dec - Lei nordm 5093 de 26 de Fevereiro
Nas suas missotildees especiacuteficas encontraacutemos entre as ldquotarefas de interesse puacuteblicordquo a
colaboraccedilatildeo em acccedilotildees de defesa do Ambiente nomeadamente na prevenccedilatildeo e combate aos
fogos florestais na remoccedilatildeo do crude nas praias na construccedilatildeo de aterros sanitaacuterios em
acccedilotildees de salvaguarda da flora e fauna em Campos Militares em acccedilotildees de repovoamento e
adensamento florestal entre outras (MDN 1994)
121 Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente
Com base no Regulamento Geral da Instruccedilatildeo do Exeacutercito de 1993 foi publicado em 1994
atraveacutes do Comando de InstruccedilatildeoEME o Plano de Instruccedilatildeo Militar ndash Plano CHARLIE 2
O Anexo G a este plano foi designado como o Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do
Ambiente
Em 2002 eacute aprovado um novo Regulamento Geral da Instruccedilatildeo do Exeacutercito por despacho do
GEN CEME de 14 de Fevereiro Contudo este Regulamento nada refere sobre o anterior
relativamente agrave sua revogaccedilatildeo Ateacute agrave data ainda natildeo foi publicado nenhum Plano de Instruccedilatildeo
Militar documento subsequente agrave aprovaccedilatildeo do RGIE como se observa na figura 1
Face ao referido deduz-se que o Anexo G ndash Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do
Ambiente se encontra ainda em vigor
Este Plano tinha como finalidade ldquodefinir e aplicar o conceito de protecccedilatildeo do Ambiente agraves
actividades de instruccedilatildeo do Exeacutercito a fim de consciencializar e sensibilizar todos os
19 O Instituto Geograacutefico do Exeacutercito encontra-se certificado (NP EN ISO 140001) desde o ano 2001 20 Processo em curso prevendo-se a sua certificaccedilatildeo em 2004
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
elementos do Exeacutercito para os problemas ecoloacutegicos de modo a continuamente colaborarem
na criaccedilatildeo de um Ambiente sadio e naturalmente equilibrado visando a melhoria da qualidade
de vida Despertar os quadros e tropas para um comportamento e desenvolvimento de acccedilotildees
sistemaacuteticas de protecccedilatildeo ambiental em todas as actividades do Exeacutercitordquo Ressalvava
contudo que as questotildees ambientais natildeo poderiam sobrepor-se agraves necessidades primaacuterias do
Exeacutercito em ldquomateacuteria de formaccedilatildeo e treino operacional que satildeo a sua razatildeo de serrdquo
(MDNEME 1994 3)
Figura 1 ndash Enquadramento normativo para o Sistema de Instruccedilatildeo do Exeacutercito
RGIE
Regulamento Desportivo do Exeacutercito
23
Extraiacutedo de MDNEME 2002 1-7
O Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente definiu os seguintes oacutergatildeos a estruturar
no acircmbito da protecccedilatildeo do Ambiente no Exeacutercito (MDNEME 1994 6 e 7)
bull Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental (NCPA) do Exeacutercito com a missatildeo de
coordenar as mateacuterias a ministrar aos diferentes niacuteveis estaacutegios e cursos propor todas as
Manual Teacutecnico
de Tiro
Manual Teacutecnico
de Equitaccedilatildeo
Regulamento de
Educaccedilatildeo Fiacutesica
Etc
MT 110-1
MC 110-10 Instruccedilatildeo Baacutesica
MC 110-20 Instruccedilatildeo
Complementar
MC 110-20 Treino na
Funccedilatildeo
Regulamento de Execuccedilatildeo de Fogos
Reais do Exeacutercito
Regulamento de Infra-Estruturas de
Tiro
Etc
Plano de Treino
Orientado
Plano de Ensino no
Exeacutercito
Plano de Formaccedilatildeo
Nacional
Plano de Formaccedilatildeo
no Estrangeiro
Plano de Instruccedilatildeo
Militar
Plano de Aptidatildeo
Fiacutesica e Desportiva
Plano de Formaccedilatildeo
Profissional
Plano de Inspecccedilotildees
ao SIE
Plano de Instruccedilatildeo
Cidadatildeos
Convocados
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
24
medidas para uma permanente actuaccedilatildeo com vista agrave protecccedilatildeo do Ambiente de acordo
com as orientaccedilotildees da Divisatildeo de Estudos Ambientais do MDN coordenar e controlar a
nomeaccedilatildeo de Oficiais para a frequecircncia de cursos nacionais e internacionais manter o
relacionamento com todas as entidades nacionais que se dedicam agrave aacuterea do Ambiente
participar na poliacutetica do Ambiente nas FA atraveacutes de um seu representante na Estrutura
Coordenadora de Assuntos Ambientais do MDN onde tambeacutem se encontram
representantes dos outros Ramos e todos os oacutergatildeos e serviccedilos centrais receber seleccionar
e difundir toda a documentaccedilatildeo da aacuterea do Ambiente
bull Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental da Regiatildeo Militar que coordena e
difunde pelas Unidades subordinadas toda a documentaccedilatildeo referida ao Ambiente
recebida do NCPA do Exeacutercito daacute execuccedilatildeo a todas as normas e directivas na aacuterea do
Ambiente e procede agrave verificaccedilatildeo do seu cumprimento na sua zona de acccedilatildeo propotildee ao
NCPA do Exeacutercito medidas ou acccedilotildees consideradas convenientes em especial na sua zona
de acccedilatildeo para melhoria da protecccedilatildeo do Ambiente
bull Nuacutecleo de Protecccedilatildeo Ambiental (NPA) das Unidades cuja funccedilatildeo eacute dar execuccedilatildeo agraves
normas e directivas recebidas do NCPA da Regiatildeo Militar garantir o ministrar da
instruccedilatildeo a todo o pessoal militar e civil das Unidades sobre procedimentos para
protecccedilatildeo do Ambiente propor para a Regiatildeo Militar outras medidas ou acccedilotildees a
implementar na sua unidade
O Anexo G ndash Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente estabeleceu ldquoum conceito
de acccedilatildeo a desenvolverrdquo do qual constava (MDNEME 1994 3)
bull obter estudar definir e aplicar no ensino e instruccedilatildeo conceitos e acccedilotildees que garantam uma
comparticipaccedilatildeo efectiva dos quadros e tropas do Exeacutercito na ajuda agrave protecccedilatildeo
Ambiental
bull atraveacutes do ensino e instruccedilatildeo garantir um estado de espirito e comportamento abertos agrave
permanente preservaccedilatildeo e protecccedilatildeo ambiental durante a vida normal das UEO em
instruccedilatildeo e exerciacutecios de campo nomeadamente no que diz respeito
o agrave manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo do Ambiente nas aacutereas e infra-estruturas agrave
responsabilidade das UEO
o agrave prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo na terra mar e ar nas instalaccedilotildees e actividades militares
o agrave preservaccedilatildeo dos recursos materiais culturais e histoacutericos agrave responsabilidade do
Exeacutercito
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
25
o agrave classificaccedilatildeo catalogaccedilatildeo e gestatildeo de materiais normalmente utilizados pelo Exeacutercito
eventualmente susceptiacuteveis de afectar o Ambiente
bull indigitar responsaacuteveis aos vaacuterios niacuteveis da estrutura do Exeacutercito pelo desenvolvimento do
ensino instruccedilatildeo e aplicaccedilatildeo praacutetica das medidas activas a implementar nestas aacutereas
bull estabelecer programas de ensino e instruccedilatildeo dos Quadros Permanentes (QP) e do
Serviccedilo Efectivo Normal (SEN) aos vaacuterios niacuteveis
bull fomentar o apoio a iniciativas concretas de reconhecido efeito praacutetico na melhoria e
protecccedilatildeo ambiental nas UEO dando prioridade a medidas preventivas e correctivas de
efeito imediato ou a curto prazo
bull apoiar campanhas e palestras de sensibilizaccedilatildeo e consciencializaccedilatildeo de protecccedilatildeo do
Ambiente nomeadamente em acccedilotildees efectivas no acircmbito da vegetaccedilatildeo florestaccedilatildeo
higiene e limpeza anti-poluiccedilatildeo atmosfeacuterica e das aacuteguas gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos e
liacutequidos prevenccedilatildeo de incecircndios e outros
O Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente atribuiacutea tambeacutem responsabilidades aos
seguintes oacutergatildeos (MDNEME 1994 4 e 5)
bull AM Escola de Sargentos do Exeacutercito (ESE) e Instituto Superior Militar (ISM21)
o propotildee a mateacuteria relativa agrave Protecccedilatildeo do Ambiente a incluir nos cursos de formaccedilatildeo de
todos os alunos
o propotildee os tempos destinados aos ensino desta mateacuteria e a forma individualizada ou
integrada em cadeira jaacute existente
o a inclusatildeo desta mateacuteria deveraacute ter iniacutecio no ano lectivo de 199495
o a AM ministra esta mateacuteria de preferecircncia durante o 1ordm ano Os professores para
ministrar esta cadeira seratildeo de preferecircncia militares habilitados na aacuterea do Ambiente
eou civis enquanto natildeo estiver disponiacutevel o pessoal militar
bull Escolas Praacuteticas
o estudam e propotildeem a duraccedilatildeo da instruccedilatildeo e mateacuterias a incluir nos Tirociacutenio para
Oficial (TPO) e nos Cursos de Promoccedilatildeo a Capitatildeo (CPC)
o ministram instruccedilatildeo durante o Tirociacutenio em coordenaccedilatildeo com as Escolas referidas no
paraacutegrafo anterior Esta instruccedilatildeo seraacute especiacutefica para as funccedilotildees que o oficial iraacute
desempenhar em cada armaserviccedilo procurando a exemplificaccedilatildeo e resoluccedilatildeo de
situaccedilotildees concretas Durante o CPC seraacute ministrada instruccedilatildeo sobre protecccedilatildeo do
21 Entretanto extinto A partir de 1996 foi criada a Escola Superior Politeacutecnica do Exeacutercito (ESPE)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
26
Ambiente no acircmbito da gestatildeo e planeamento de acordo com a especificidade de cada
Arma ou Serviccedilo
bull Instituto de Altos Estudos Militares
define e propotildee a forma de ministrar e as mateacuterias a incluir nos programas do Curso de
Promoccedilatildeo a Oficial Superior (CPOS) Curso de Estado Maior (CEM) e Curso Superior de
Comando e Direcccedilatildeo (CSCD) tendo nomeadamente como base palestras e trabalhos de
grupo sobre assuntos especiacuteficos de protecccedilatildeo do Ambiente
bull UEO incluem na instruccedilatildeo contiacutenua a todos os quadros tropas e pessoal civil mateacuterias
relativas agrave preservaccedilatildeo e protecccedilatildeo do Ambiente Esta missatildeo eacute da responsabilidade do
NPA da UEO Fazem parte do NPA de cada UEO o 2ordm Comandante (Chefe) um
Oficial um Sargento e um Praccedila O Oficial e o Sargento deveratildeo possuir um curso sobre
protecccedilatildeo do Ambiente frequentado na Escola Praacutetica de Engenharia a qual funciona
como centro nacional de formaccedilatildeo na aacuterea da protecccedilatildeo do Ambiente O Curso de
Instrutores de Protecccedilatildeo Ambiental tem o programa constante do Anexo F
Este Plano previa a formaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo de todos os militares do Exeacutercito para isso
todos os cursos ministrados no Ramo teriam uma componente ambiental e estipulava a
criaccedilatildeo de uma estrutura ambiental com a criaccedilatildeo de Nuacutecleos de Protecccedilatildeo Ambiental nos
vaacuterios niacuteveis da estrutura da organizaccedilatildeo atribuindo responsabilidades e competecircncias a
cada um deles
122 Outras medidas implementadas
Em 1998 atraveacutes do Despacho nordm 109 do CEME de 17 de Abril foi determinado ao Nuacutecleo
de Coordenaccedilatildeo de Protecccedilatildeo Ambiental do Exeacutercito para adaptar as suas funccedilotildees em
conformidade com o Plano Nacional de Poliacutetica do Ambiente Considerando que as
principais actividades ldquopassiacuteveis de serem considerados como do acircmbito do Ambienterdquo satildeo
da Instruccedilatildeo e a ldquomaior parte se insere no acircmbito de actuaccedilatildeo especiacutefico do Comando de
Logiacutestica (CmdLog)rdquo foi determinado que (EME 1998 1 e 2)
bull o CmdLog seja a entidade responsaacutevel pela gestatildeo das tarefas da aacuterea do Ambiente e que
represente o Exeacutercito na Estrutura Coordenadora dos Assuntos Ambientais da DGIE
bull o Comando de Instruccedilatildeo apoie o CmdLog na aacuterea ambiental nos assuntos relacionados
com Instruccedilatildeo e Formaccedilatildeo
bull a Divisatildeo de Logiacutestica do EME seja a entidade responsaacutevel a niacutevel do EME pelos
assuntos ambientais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
27
Em 2003 a Directiva nordm 52CEME (Anexo G) de 15 de Maio veio revogar o Despacho nordm
10998 e dar cumprimento ao estipulado na Directiva nordm 77MDN de Abril de 2001 Define
as responsabilidades a cinco niacuteveis da organizaccedilatildeo e respectivas funccedilotildees no acircmbito da
protecccedilatildeo do Ambiente a saber (EME 2003 4 a 9)
bull Inspecccedilatildeo - Geral do Exeacutercito (IGE)
o conduz na aacuterea do Ambiente as inspecccedilotildees necessaacuterias agrave avaliaccedilatildeo do cumprimento
das leis e regulamentos em vigor utilizando preferencialmente pessoal qualificado
nessa aacuterea
o pronuncia-se sobre os relatoacuterios das auditorias conduzidas por entidades exteriores ao
Exeacutercito
o acompanha as acccedilotildees correctivas tomadas e pronuncia-se sobre a sua eficaacutecia
bull Estado - Maior do Exeacutercito (EME)
o Divisatildeo de Pessoal - define em colaboraccedilatildeo com a Divisatildeo de Logiacutestica do EME os
requisitos e as necessidades de formaccedilatildeo do pessoal civil e militar na aacuterea da protecccedilatildeo
ambiental do Exeacutercito nomeadamente nos Estaacutegios Cursos a ministrar aos Quadros e
na instruccedilatildeo agraves Praccedilas incorporadas
o Divisatildeo de Operaccedilotildees - revecirc periodicamente os Quadros Orgacircnicos de Pessoal (QOP)
definindo e mantendo permanentemente actualizada a estrutura orgacircnica de protecccedilatildeo
ambiental do Exeacutercito e as respectivas responsabilidades e competecircncias
o Divisatildeo de Logiacutestica - elabora a doutrina de protecccedilatildeo ambiental para o Exeacutercito e
consequentes directivas e planos elabora estudos para apoio agrave decisatildeo do CEME na
aacuterea do Ambiente colabora com a Divisatildeo de Pessoal do EME na definiccedilatildeo dos
requisitos e das necessidades de formaccedilatildeo do pessoal civil e militar na aacuterea da protecccedilatildeo
ambiental nomeadamente nos EstaacutegiosCursos a ministrar aos Quadros e na instruccedilatildeo
agraves Praccedilas incorporadas colabora com a Divisatildeo de Operaccedilotildees do EME na definiccedilatildeo da
estrutura orgacircnica inerente ao sistema de protecccedilatildeo ambiental e das respectivas
responsabilidades e competecircncias representa o Exeacutercito na Estrutura Coordenadora dos
Assuntos Ambientais da DGIEMDN e em organizaccedilotildees nacionais e internacionais
civis e militares recolhe centraliza e difunde a legislaccedilatildeo nacional aplicaacutevel define os
requisitos teacutecnicos de caraacutecter ambiental nos processos de aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos e
na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo de infra-estruturas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
28
bull Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo (OCAD)
o Comando de Pessoal - nomeia o pessoal civil e militar para a frequecircncia de Estaacutegios
Cursos nacionais e internacionais necessaacuterios ao desempenho de funccedilotildees relacionadas
com a protecccedilatildeo ambiental
o Comando de Instruccedilatildeo - garante a sensibilizaccedilatildeo e a consciencializaccedilatildeo ambiental em
todos os Estaacutegios Cursos ministrados no Exeacutercito garante a formaccedilatildeo dos Quadros do
Exeacutercito atraveacutes de programas de instruccedilatildeo adequados elabora os programas e manuais
de instruccedilatildeo para formaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo ambiental no acircmbito dos Estaacutegios Cursos
programa a formaccedilatildeo exterior ao Exeacutercito colabora com a Divisatildeo de Pessoal do EME
na definiccedilatildeo dos requisitos de caraacutecter ambiental
o Comando de Logiacutestica - regulamenta e programa as acccedilotildees decorrentes da
implementaccedilatildeo da poliacutetica ambiental do Exeacutercito e difunde os correspondentes
regulamentos e planos exerce autoridade teacutecnica sobre os assuntos de natureza
ambiental avalia os impactes sobre o Ambiente provocados pelas actividades
desenvolvidas nas UEO do Exeacutercito desenvolve as acccedilotildees necessaacuterias agrave correcccedilatildeo das
situaccedilotildees que tenham ou possam vir a ter um impacte ambiental negativo assegura a
supervisatildeo e o controlo das actividades desenvolvidas pelas UEO do Exeacutercito em
coordenaccedilatildeo com os Comandos Funcionais Comandos Territoriais Comandos de
Natureza Territorial COFT e IGE colabora com a DLEME na elaboraccedilatildeo da doutrina
ambiental e definiccedilatildeo dos requisitos teacutecnicos de caraacutecter ambiental
bull Comandos Territoriais e Comandos de Natureza Territorial
o asseguram a programaccedilatildeo e o controlo da actividade ambiental das UEO que de si
dependam de acordo com as orientaccedilotildees difundidas pelo Comando da Logiacutestica
o avaliam o impacto ambiental das actividades desenvolvidas e a desenvolver pelas
UEO
o programam e promovem a implementaccedilatildeo de medidas correctivas para situaccedilotildees em
que o impacte ambiental seja negativo
o executam ou fazem executar de acordo com as orientaccedilotildees superiores os apoios que
lhe forem determinados no acircmbito da respectiva aacuterea de responsabilidade
funcionaloperacional
o apoiam outros Comandos no cumprimento das respectivas missotildees quando solicitado
o programam e conduzem inspecccedilotildees perioacutedicas de modo a supervisionar e avaliar o
estado das UEO em relaccedilatildeo agrave protecccedilatildeo do Ambiente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
29
o desenvolvem acccedilotildees conducentes agrave manutenccedilatildeo do equiliacutebrio ambiental nas respectivas
aacutereas de implantaccedilatildeo territorial
bull Comando Operacional das Forccedilas Terrestres
o assegura a programaccedilatildeo e o controlo da actividade ambiental das unidades operacionais
que de si dependam de acordo com as orientaccedilotildees difundidas pelo Comando da
Logiacutestica
o avalia os riscos ambientais associados agrave realizaccedilatildeo de exerciacutecios e operaccedilotildees
o estabelece as regras de conduta e os constrangimentos ambientais para os exerciacutecios e
operaccedilotildees
o elabora Planos de Contingecircncia Ambiental aplicaacuteveis agraves actividades que durante a
realizaccedilatildeo de exerciacutecios e operaccedilotildees sejam susceptiacuteveis de provocar danos no
Ambiente
o na realizaccedilatildeo de exerciacutecios em Territoacuterio Nacional respeitar as leis e regulamentos em
vigor no acircmbito da protecccedilatildeo ambiental
o na realizaccedilatildeo de exerciacutecios e em operaccedilotildees fora do TN respeitar a legislaccedilatildeo da naccedilatildeo
hospedeira no que concerne ao Ambiente
o assume a responsabilidade em mateacuteria ambiental quando forccedilas forem colocadas agrave sua
disposiccedilatildeo dotando-as com os meios necessaacuterios e suficientes para fazerem face agraves
orientaccedilotildees existentes
bull Unidades Estabelecimentos ou Oacutergatildeos
o asseguram o cumprimento das orientaccedilotildees superiores no acircmbito da protecccedilatildeo ambiental
o asseguram a instruccedilatildeo e formaccedilatildeo de protecccedilatildeo ambiental a todo o pessoal militar e civil
da UEO promovendo a integraccedilatildeo dos requisitos ambientais nas actividades
desenvolvidas
o propotildeem superiormente todas as medidas ou acccedilotildees julgadas convenientes no acircmbito da
protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercito ou do seu proacuteprio funcionamento
o controlam a situaccedilatildeo do pessoal orgacircnico tendo em vista a manutenccedilatildeo dos niacuteveis de
qualificaccedilatildeo adequados e propor superiormente a frequecircncia de acccedilotildees de formaccedilatildeo
julgadas necessaacuterias e convenientes
Salienta-se ainda que esta Directiva refere que o ldquopessoal nomeado para a estrutura
ambiental do Exeacutercito desempenha as funccedilotildees em regime de acumulaccedilatildeo com excepccedilatildeo dos
casos pontuais que venham a ser considerados pertinentesrdquo e as atribuiccedilotildees competecircncias e
responsabilidades atribuiacutedas aos Nuacutecleos de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental do
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
30
Exeacutercito Nuacutecleos de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental das RMZMBrig e Nuacutecleos de
Protecccedilatildeo Ambiental das UEO passam para a ldquoestrutura orgacircnica existenterdquo (EME 2003
9)
A anaacutelise da Directiva Nordm 52CEME 2003 permite concluir que o ldquooacutergatildeordquo a existir ao niacutevel
de Estado - Maior como refere o Despacho 77 MDN01 se localiza na DLEME Parece-
nos confuso a atribuiccedilatildeo de responsabilidades ao Comando de Instruccedilatildeo sobre a ldquoformaccedilatildeo
dos Quadros do Exeacutercito atraveacutes de programas de instruccedilatildeo adequadosrdquo porque a formaccedilatildeo
inicial dos Oficiais do QP depende da AM e ainda porque como veremos no nuacutemero
seguinte o MDN pretende implementar um programa sobre a temaacutetica ambiental nos trecircs
ramos permitindo ao ramos consoante o tipo de curso e de alunos ministrar mais ou menos
horas dentro dos criteacuterios definidos pela DGIE (90 horas para o Curso de Formadores de
Protecccedilatildeo do Ambiente e 20 horas para os cursos de formaccedilatildeo na AM)
Esta Directiva preconiza tambeacutem a extinccedilatildeo dos Nuacutecleos de Protecccedilatildeo Ambiental
existentes tanto ao niacutevel dos OCAD e das UEO ao passar as suas atribuiccedilotildees e
responsabilidades para a ldquoestrutura orgacircnica existenterdquo por outro lado refere que o pessoal
nomeado para a ldquoestrutura ambiental do Exeacutercitordquo desempenha as funccedilotildees em regime de
acumulaccedilatildeo ficando sem se compreender da sua extinccedilatildeo ou natildeo Apoacutes contacto com a
DLEME fomos informados que se pretende evitar a criaccedilatildeo de NPA exceptuando-se alguns
casos especiacuteficos como eacute o caso do Campo Militar de Santa Margarida ou outros a propor
Observa-se tambeacutem que o Comandante fica com a responsabilidade sobre a aacuterea Ambiental
e poderaacute nomear o Oficial ldquomelhorrdquo preparado para esta temaacutetica
Assim em nosso entender esta directiva vem extinguir uma estrutura perfeitamente
definida em mateacuteria de Ambiente e com atribuiccedilotildees e responsabilidades perfeitamente
identificadas atribuindo estas agrave ldquoestrutura orgacircnica existenterdquo diluindo assim as
responsabilidades pela organizaccedilatildeo ou seja vem responsabilizar um grande nuacutemero de
entidades da organizaccedilatildeo Ao dissiparem-se as atribuiccedilotildees e responsabilidades pela
organizaccedilatildeo iraacute aumentar o nuacutemero de ldquopessoasrdquo a lidar com assuntos relacionados com o
Ambiente o que implica a necessidade de um maior nuacutemero de Oficiais receberem formaccedilatildeo
nesta temaacutetica
A acumulaccedilatildeo de funccedilotildees dos Oficiais responsaacuteveis pela aacuterea ambiental indicia uma menor
importacircncia atribuiacuteda a esta aacuterea numa eacutepoca em que a legislaccedilatildeo ambiental eacute cada vez mais
complexa e extensa os ldquodanos ambientaisrdquo satildeo cada vez menos justificaacuteveis os custos com
a gestatildeo de resiacuteduos seratildeo cada vez mais onerosos e pretende-se implementar Sistemas de
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
31
Gestatildeo Ambiental nas UEO como preconiza o Despacho nordm 77 MDN2001 A formaccedilatildeo
ministrada na Instituiccedilatildeo e no Exeacutercito eacute o assunto que abordaremos em seguida
2 A Formaccedilatildeo para as Questotildees Ambientais na Instituiccedilatildeo Militar
Em 1994 o NEAA ao fim de vaacuterias reuniotildees com representantes do MDN da Direcccedilatildeo -
Geral do Ambiente do EMGFA e dos trecircs ramos das Forccedilas Armadas apresentou um
projecto de Programa para o Curso de Ambiente22 com uma duraccedilatildeo prevista de 60 horas
Apoacutes os primeiros cursos de formadores realizados na Escola de Serviccedilo de Sauacutede Militar
em 1995 esta competecircncia passou para a Escola Praacutetica de Engenharia que desde entatildeo tem
formado Oficiais e Sargentos com o Curso de Protecccedilatildeo Ambiental
Em 1998 inicia-se novamente um conjunto de reuniotildees no MDN com o objectivo de
aprovar um programa de formaccedilatildeo a ser ministrado ao niacutevel dos Estabelecimentos Militares
de Ensino Superior (EMES) ou seja as Academias Militares do Exeacutercito e Forccedila Aeacuterea e a
Escola Naval Este programa23 de formaccedilatildeo no domiacutenio do Ambiente foi aprovado em 1999
e deveria ter uma ldquocarga horaacuteria de 20 horas a distribuir ao longo dos respectivos cursosrdquo
(MDN 1999 3) Considerou-se tambeacutem necessaacuterio ministrar um ldquoCurso de Formaccedilatildeo de
Formadoresrdquo aos Oficiais que iriam ministrar estas mateacuterias nas Academias e Escola Naval
este curso foi ministrado pelo MDN em Marccedilo de 2000 (MDN 20001) Previa-se a entrada
em vigor deste programa no ano lectivo 19992000 mas tal natildeo se verificou A Academia
Militar por exemplo ministra um programa sobre a temaacutetica ambiental com uma duraccedilatildeo de
sete horas
Considerou-se que os Institutos de Altos Estudos (IAEM IAEFA e ISNG) natildeo se
enquadravam na designaccedilatildeo ldquotiacutepica da formaccedilatildeo de quadrosrdquo e que o programa acima
referido serviria de ldquoreferecircncia para se encontrar o tipo de ensino compatiacutevel com o estatuto
dos Altos Estudosrdquo por exemplo conferecircncias seminaacuterios jornadas (MDN 1999 2)
Face agrave natildeo implementaccedilatildeo do programa e tempos escolares definidos em 1999 a DEA do
MDN realizou em 27Mar03 uma reuniatildeo com os representantes da Marinha Exeacutercito e
Forccedila Aeacuterea para ldquoRevisatildeoActualizaccedilatildeo e Uniformizaccedilatildeo dos Programas de Formaccedilatildeo
22 Este curso abordava os seguintes temas Introduccedilatildeo aos Problemas Ambientais Poluiccedilatildeo da Aacutegua Gestatildeo de
Resiacuteduos Soacutelidos Poluiccedilatildeo Atmosfeacuterica Poluiccedilatildeo Sonora Planeamento de Recursos Naturais Legislaccedilatildeo e Poliacutetica Ambiental Estudos de Impacto Ambiental O Militar e o Ambiente
23 O Programa do curso constitui o Anexo D
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
32
Ambiental nas Forccedilas Armadasrdquo Os principais assuntos abordados nesta reuniatildeo foram a
necessidade de (MDN 2003)
bull ministrar formaccedilatildeo na aacuterea ambiental
bull implementar Sistemas de Gestatildeo Ambiental (SGA) nas Unidades Estabelecimentos e
Oacutergatildeos das Forccedilas Armadas
bull a revisatildeoactualizaccedilatildeo dos programas de formaccedilatildeo ambiental
A DEA apresentou as conclusotildees do estudo sobre a actual formaccedilatildeo ambiental ministrada nos
trecircs Ramos das Forccedilas Armadas tendo chegado agrave conclusatildeo que relativamente ao Exeacutercito
natildeo apresenta evidecircncias de formaccedilatildeo ambiental em alguns cursos de formaccedilatildeo dos seus
quadros Ou seja constatou que haacute cursos no Exeacutercito que natildeo tecircm qualquer componente
relacionada com o Ambiente ao contraacuterio do que estaacute estipulado
Perante esta situaccedilatildeo a DGIE apresentou uma proposta para um novo Plano de Formaccedilatildeo
Ambiental Figura 2
bull este novo Plano de Formaccedilatildeo proposto estaacute organizado em 6 moacutedulos dos quais os trecircs
primeiros constituem a formaccedilatildeo base e os restantes moacutedulos a formaccedilatildeo especiacutefica A
sua carga horaacuteria deve adequar-se tendo em consideraccedilatildeo a especificidade do Ramo o tipo
de curso e o universo dos formandos
bull pretende-se que a formaccedilatildeo base (trecircs moacutedulos iniciais) seja ministrada a todos os
militares que venham a ser incorporados nos quadros permanentes ou temporaacuterios
(RCRV) podendo eventualmente abranger atraveacutes de campanhas de
divulgaccedilatildeosensibilizaccedilatildeo o quadro de pessoal civil das Forccedilas Armadas
bull os trecircs primeiros moacutedulos satildeo focalizados para a percepccedilatildeo e consciencializaccedilatildeo da
necessidade de proteger o Ambiente devendo simultaneamente sensibilizar os militares
para adoptarem boas praacuteticas ambientais no desempenho das suas actividades militares
bem como na implementaccedilatildeo eou melhoria de Sistemas de Gestatildeo Ambiental que
decorram em UEO tudo isto em benefiacutecio de um desenvolvimento sustentaacutevel
bull os uacuteltimos trecircs moacutedulos contecircm um programa de mateacuterias mais especiacuteficas sendo
aconselhaacutevel por esse motivo serem ministrados aos militares dos quadros permanentes
que frequentem cursos de formaccedilatildeo eou de promoccedilatildeo
bull no que respeita agrave carga horaacuteria esta deve ser adequada ao tipo de curso
(formaccedilatildeopromoccedilatildeo) e ao tipo de formandos (OficiaisSargentosPraccedilas)
bull os alunos dos Estabelecimentos Militares de Ensino Superior (AcademiasEscola Naval)
bem como das Escolas de Sargentos deveratildeo integrar no seu programa de formaccedilatildeo geral
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
33
a totalidade dos moacutedulos de formaccedilatildeo ambiental devendo os primeiros trecircs moacutedulos ser
ministrados ao longo do 1ordm ano enquanto os restantes trecircs moacutedulos podem ser ministrados
ateacute ao final do respectivo curso
Figura 2 ndash Plano de Formaccedilatildeo Ambiental para os Ramos das FA
MOacuteDULOS OBJECTIVOS 1 - Introduccedilatildeo ao
tema Ambiente Adquirir conhecimentos gerais sobre Ambiente ao niacutevel do Ar Aacutegua Solo
Ruiacutedo Resiacuteduos Conservaccedilatildeo da Natureza
2 - Agressotildees ao Ambiente
Identificar as diferentes formas de poluiccedilatildeo e contaminaccedilatildeo Atmosfeacuterica Hiacutedrica Solo e subsolo Sonora Produccedilatildeo de Resiacuteduos
Consequecircncias Problemas Globais
3 ndash Protecccedilatildeo
Ambiental
Princiacutepios 3 eRRRes Responsabilizaccedilatildeo Precauccedilatildeo Prevenccedilatildeo e Reacccedilatildeo Gestatildeo de Resiacuteduos Separaccedilatildeo Recolha selectiva Armazenamento
Encaminhamento para destino final Gestatildeo de Efluentes Domeacutestico Industrial Pluvial Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo de consumos (monitorizaccedilatildeo
mediccedilatildeo) Prevenccedilatildeo de acidentes Desenvolvimento Sustentaacutevel
4 - Actividades das
Forccedilas
Armadas e
Ambiente
Estrutura orgacircnica das Forccedilas Armadas para o Ambiente bull MDNDGIEDSPNDivisatildeo de Estudos Ambientais bull MDNOSC (representaccedilatildeo ECAA) bull EMGFA ndash Ramos (representaccedilatildeo ECAA) bull Ramos (MarExFA) Estado-Maior Oacutergatildeos Centrais Comandos
Territoriais Oacutergatildeos de execuccedilatildeo Poliacutetica Ambiental das Forccedilas Armadas Implementaccedilatildeo de Sistemas de Gestatildeo Ambiental (SGA) bull Levantamento de aspectos ambientais especiacuteficos da actividade do ramo bull Estabelecer Programas de gestatildeo Ambiental
Procedimentos Ambientais em treinos e exerciacutecios militares bull Preparaccedilatildeo e planeamento bull Adopccedilatildeo de medidas minimizadoras monitorizaccedilatildeo e controlo bull Correcccedilatildeo de eventuais danos ou impactes ambientais
5 - Legislaccedilatildeo
Ambiental
Direito Fundamental do Ambiente bull Diplomas que alicerccedilam este Direito Lei de Bases do Ambiente Avaliaccedilatildeo
do Impacte Ambiental Lei das ONGA bull Outros ramos associados Direito da Aacutegua Direito do Ar Direito dos
Resiacuteduos Direito da Conservaccedilatildeo da Natureza Direito do Ruiacutedo Outra legislaccedilatildeo aplicaacutevel bull Protecccedilatildeo da Paisagem bull Patrimoacutenio Cultural bull Aacutereas Protegidas e Ordenamento bull Licenciamento Industrial
6 - Referencial
normativo
NORMAS ISO EN NP 140001 Referencial para implementaccedilatildeo de SGA Natildeo conformidade ambiental Auditoria Ambiental Concessatildeo Seguimento Acompanhamento Certificaccedilatildeo de SGA
EMAS Declaraccedilatildeo Ambiental Medidas de monitorizaccedilatildeo mediccedilatildeo e controlo bull STANAG 7141 Protecccedilatildeo Ambiental aplicada a cada Ramo Poliacutetica Ambiental da NATO
Fonte MDN 2003
bull no caso dos militares com mais antiguidade e que ainda natildeo tenham recebido qualquer
formaccedilatildeo ambiental ao longo da sua carreira o Ramo deveraacute equacionar a possibilidade
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
34
de integrar todos os moacutedulos de formaccedilatildeo durante a frequecircncia de cursos de qualificaccedilatildeo
promoccedilatildeo ou formaccedilatildeo (com uma carga horaacuteria adequada) garantindo deste modo que
todos os militares das Forccedilas Armadas adquiram a formaccedilatildeo ambiental base
bull com a finalidade de uma possiacutevel uniformizaccedilatildeo e aproximaccedilatildeo dos conteuacutedos
programaacuteticos da formaccedilatildeo ambiental que actualmente satildeo ministrados nos vaacuterios Ramos
foi solicitado e proposto aos seus representantes o envio e permuta dos respectivos
programas ministrados nos diferentes cursos de Oficiais Sargentos e Praccedilas
bull foi tambeacutem referido a necessidade de alguns quadros de formadores em Ambiente nos
vaacuterios Ramos adquirirem formaccedilatildeo especiacutefica no estrangeiro respectivamente nos cursos
da NATO School (Shape) em Oberammergau - Alemanha dos quais se destacam os
seguintes C-75 Environmental Protection of Military Forces Course C-76 Commanders
and Staff Environmental Orientation Course C-78 Environmental Planning and Execution
for NATO-Led Operations and Exercises Course
bull este assunto seraacute colocado na agenda de trabalhos da proacutexima reuniatildeo onde se pretende
que tambeacutem estejam presentes representantes dos Institutos e Estabelecimentos de Ensino
Superior das Forccedilas Armadas
bull oportunamente seratildeo efectuadas diligecircncias no sentido de estes novos programas de
formaccedilatildeo ambiental serem aplicados jaacute no proacuteximo ano lectivo dos EMES devendo os
Ramos ao niacutevel dos vaacuterios locais onde eacute ministrada a formaccedilatildeo ambiental proceder agraves
necessaacuterias adaptaccedilotildees com vista a rever e actualizar os respectivos programas
Pelo descrito constata-se que a Divisatildeo de Estudos Ambientais do MDN no acircmbito das suas
competecircncias de ldquorealizar os programas de formaccedilatildeo no domiacutenio do Ambienterdquo procura que
os Ramos implementem um mesmo programa e que este seja ministrado a todos os Oficiais
das FA Nos cursos de formaccedilatildeo com uma duraccedilatildeo miacutenima de 20 horas e nos restantes
cursos os formandos deveratildeo receber uma carga horaacuteria tendo em consideraccedilatildeo a formaccedilatildeo
anterior relativa ao Ambiente
A formaccedilatildeo dos oficiais para as questotildees ambientais eacute importante para um correcto
entendimento das responsabilidades atribuiacutedas aos diversos niacuteveis da Instituiccedilatildeo Assim no
capiacutetulo seguinte vamos analisar qual a formaccedilatildeo recebida pelos oficiais durante a sua
carreira observar a sensibilidade dos cadetes do 4ordm ano da AM para as questotildees ambientais
e quais as implicaccedilotildees que este assunto provocou no treino de forccedilas militares
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
35
CAPIacuteTULO III ndash IMPLICACcedilOtildeES DAS QUESTOtildeES AMBIENTAIS NO TREINO DE FORCcedilAS MILITARES
1 A Formaccedilatildeo dos Oficiais para as Questotildees Ambientais
A Formaccedilatildeo dos Oficiais do Exeacutercito para as questotildees ambientais eacute muito limitada uma vez
que esta temaacutetica apenas foi introduzida nas mateacuterias a ministrar na AM e ESE24 a partir de
1994 ou seja a maioria dos Oficiais nunca recebeu qualquer formaccedilatildeo nesta aacuterea O Plano
de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente veio estipular que todos os cursos ministrados no
Exeacutercito deveriam ter uma componente ambiental contudo a concretizaccedilatildeo desta medida tem
sido difiacutecil e por isso a maioria dos Oficiais do Exeacutercito nunca receberam formaccedilatildeo na
temaacutetica ambiental
A partir de 1995 a Escola Praacutetica de Engenharia comeccedilou a ministrar o Curso de Protecccedilatildeo
Ambiental (Anexo H) destinado aos oficiais que iriam guarnecer os Nuacutecleos de Protecccedilatildeo
Ambiental do Exeacutercito das Regiotildees Militares ou Zonas Militares ou UEO como
verificaacutemos anteriormente Nos anos subsequentes algumas Unidades e Regiotildees Militares
criaram os seus NPA e implementaram diversas iniciativas no sentido de sensibilizar todo o
pessoal para as questotildees ambientais tendo desenvolvido iniciativas de modo a preservar o
meio e a qualidade de vida da UEO Contudo estas iniciativas estavam muito dependentes
dos Oficiais agrave frente dos NPA e do apoio do Comandante sucedendo por vezes que a
mudanccedila de um elemento levava a que o trabalho desenvolvido se ldquoperdesserdquo
A Academia Militar introduziu a temaacutetica ambiental no programa dos cursos mas
actualmente satildeo ministradas somente sete horas (2 horas no 1ordm e 2ordm anos e 3 no 4ordm ano) os
temas abordados satildeos seguintes introduccedilatildeo agraves questotildees ambientais termos e definiccedilotildees
ambientais solo e aacutegua termos e definiccedilotildees ambientais o ar e o ruiacutedo prevenccedilatildeo da
Poluiccedilatildeo teacutecnicas de prevenccedilatildeo ambiental reduzir reutilizar e reciclar gestatildeo de resiacuteduos
Durante o TPO natildeo eacute ministrado este tema No CPC25 satildeo ministradas 2 horas abordando os
seguintes temas
bull enunciar os princiacutepios e conceitos da Protecccedilatildeo do Ambiente
bull discriminar acccedilotildees a tomar pelos Comandantes em exerciacutecios de campo
bull discriminar acccedilotildees a tomar pelos Comandantes em unidades de guarniccedilatildeo
24 Consideramos a ESE em virtude dos Alunos da ESPE terem a sua formaccedilatildeo inicial nessa Escola 25 Esta mateacuteria eacute ministrada durante a parte comum do CPC ministrado na EPI por isso eacute igual para todos os
futuros Capitatildees do Exeacutercito oriundos da AM
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
36
Nos cursos ministrados no IAEM ou seja o CPOS o CEM e o Curso Superior de Comando
e Direcccedilatildeo (CSCD) natildeo eacute abordado qualquer tema relacionado com as questotildees ambientais
A ESPE tambeacutem natildeo ministra qualquer formaccedilatildeo sobre o tema o que quer dizer que a
formaccedilatildeo dos Oficiais dos Quadros Teacutecnicos para este assunto eacute somente a mateacuteria
ministrada sobre Ambiente na ESE26 (Anexo I)
Segundo informaccedilatildeo da EPE e do Comando de Instruccedilatildeo a designaccedilatildeo do Curso de
Protecccedilatildeo Ambiental iraacute ser alterada para ldquoCurso de Formadores de Protecccedilatildeo Ambientalrdquo27
e o curso seraacute reformulado aumentando a carga horaacuteria (actualmente 60 Horas) por forma a
integrar o moacutedulo seis do quadro 1 A EPE passaraacute a ministrar mais dois cursos ldquoCurso de
Protecccedilatildeo Ambiental em Operaccedilotildeesrdquo destinado a Oficiais de Operaccedilotildees especialmente das
Unidades em Operaccedilotildees de Paz e o ldquoCurso de Protecccedilatildeo Ambiental para Cmdtacutes Directores
e Chefesrdquo destinado aos Comandantes das UEO com a duraccedilatildeo de um dia tendo como
objectivo a sensibilizaccedilatildeo dos Comandantes para esta temaacutetica Com efeito a sensibilizaccedilatildeo
do Comandante para as questotildees ambientais eacute fundamental para implementar atribuir
recursos e dinamizar as questotildees ambientais nas UEO
Face agrave situaccedilatildeo exposta procuraacutemos saber qual a sensibilizaccedilatildeo dos Cadetes do 4ordm ano da
AM para esta temaacutetica tendo para o efeito submetido estes alunos um questionaacuterio para
indagar os seus conhecimentos sobre Ambiente a anaacutelise do questionaacuterio eacute apresentada no
ponto seguinte
2 A Sensibilizaccedilatildeo dos Oficiais para as Questotildees Ambientais
Responderam ao questionaacuterio 93 alunos dos quais 88 satildeo do sexo masculino e 5 do
feminino A distribuiccedilatildeo geograacutefica dos cadetes eacute diversificada uma vez que frequentaram o
Ensino Secundaacuterio em 16 distritos do paiacutes (Apecircndice B) O nuacutemero de alunos de alguns
distritos natildeo permite tirar grandes conclusotildees contudo os distritos de Coimbra e Setuacutebal
aparentam ser aqueles onde a temaacutetica ambiental eacute menos abordada ao inveacutes dos distritos
do Porto Aveiro Vila Real e Leira onde esta temaacutetica eacute mais abordada (Figura 3)
Analisando os resultados da primeira questatildeo ou seja se na Escola onde frequentou o
Ensino Baacutesico eou Secundaacuterio foram abordados temas relacionados com o Ambiente 79
alunos responderam ldquosimrdquo o que corresponde a 85 dos inquiridos ou seja somente 14
alunos responderam natildeo terem abordado este tema na Escola
26 Para os alunos que entraram depois de 1994 27 Esta alteraccedilatildeo deve-se a uma uniformizaccedilatildeo na designaccedilatildeo dos Cursos ao niacutevel das FA segundo informaccedilatildeo da
DGIEMDN
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Figura 3 ndash Nordm de alunos por Distrito vs Nordm de alunos que tiveram Ambiente na Escola
05
10152025
Aveiro
B eja
Braga
Braganccedila
Coim
bra
Eacutevora
Faro
Guarda
Leiria
Lisboa
Portalegre
Porto
Santareacutem
Setuacutebal
Vila R
eal
Viseu
N d
e A
luno
sNordm de Alunos no DistritoNordm de Alunos teve Ambiente
Na segunda questatildeo interrogaacutemos os alunos se durante o Ensino Baacutesico eou Secundaacuterio
tinham realizado algum trabalho relacionado com o Ambiente 71 alunos responderam ldquosimrdquo
correspondendo a 76 dos alunos
Na questatildeo seguinte abordaacutemos a importacircncia que os alunos atribuiacuteam agraves questotildees
ambientais figura 4 na qual se observa que 69 dos alunos considera as questotildees
ambientais ldquomuito importantesrdquo e 31 ldquoimportantesrdquo salienta-se o facto de nenhum aluno
ter considerado as questotildees ambientais ldquopouco importantesrdquo ou ldquosem importacircnciardquo
Figura 4 - Importacircncia das questotildees ambientais
64
29
00Muito Importantes
Importantes
Pouco Importantes
Sem importacircncia
Nas questotildees seguintes colocaacutemos algumas perguntas sobre a temaacutetica ambiental para
averiguar quais os ldquoreaisrdquo conhecimentos dos alunos (Apecircndice C) Assim na questatildeo 4
pedimos ao aluno para seleccionar a frase que melhor definia ecologia as hipoacuteteses foram as
seguintes
a A Ecologia natildeo eacute uma ciecircncia e verifica o comportamento dos animais para analisar o seu
comportamento
37
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
b A Ecologia eacute o ramo das ciecircncias da vida que estuda as relaccedilotildees dos organismos vivos
entre si e com o seu Ambiente fiacutesico
c A Ecologia verifica como os organismos vivos se organizam entre si e na natureza por
forma a compreende-los
d A Ecologia analisa as relaccedilotildees dos organismos vivos entre si e com o seu Ambiente
fiacutesico
Os resultados satildeo os apresentados na figura 5 na qual se observa que 69 dos alunos
responderam correctamente seleccionando a frase b e que nenhum aluno seleccionou a frase
a aquela que natildeo considera a ecologia uma ciecircncia a frase errada
Figura 5 ndash Definiccedilatildeo de Ecologia
0
64
6
23abcd
Na questatildeo 5 pedimos ao aluno para seleccionar a frase que melhor definia poluiccedilatildeo as
hipoacuteteses foram as seguintes
a A Poluiccedilatildeo consiste na descarga de lixo para o Ambiente
b A Poluiccedilatildeo consiste em enviar para o Ambiente lixo provocado pelas actividades
humanas em quantidade tal que altera significativa e negativamente as qualidades do
meio receptor
c A Poluiccedilatildeo consiste na descarga para o Ambiente de mateacuteria ou energia originada por
actividades humanas em quantidade tal que altera significativa e negativamente as
qualidades dos meio receptor
d A Poluiccedilatildeo consiste na descarga para o Ambiente de mateacuteria ou energia originada por
actividades humanas
Os resultados satildeo os apresentados na figura 6 na qual se observa que 71 dos alunos
responderam correctamente seleccionando a frase c e que penas 3 dos aluno seleccionou a
frase a a frase menos correcta entre as apresentadas
38
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Figura 6ndash Definiccedilatildeo de Poluiccedilatildeo
315
66
9
abcd
Na questatildeo 6 pedimos ao aluno para seleccionar a frase que melhor definia Ambiente as
hipoacuteteses foram as seguintes
a Ambiente eacute o que envolve ou estaacute agrave roda de alguma coisa ou pessoa
b Ambiente eacute o conjunto de sistemas fiacutesicos quiacutemicos bioloacutegicos e suas relaccedilotildees e dos
factores econoacutemicos sociais e culturais com efeito directo ou indirecto mediato ou
imediato sobre os seres vivos e a qualidade de vida do Homem
c Ambiente eacute uma relaccedilatildeo de harmonia e de equiliacutebrio de relacionamento entre o ser
humano e a natureza
d Ambiente eacute o conjunto dos aspectos fiacutesicos quiacutemicos e bioloacutegicos e dos factores sociais e
econoacutemicos susceptiacuteveis de terem um efeito directo ou indirecto imediato ou a longo
prazo sobre os seres vivos e as actividades humanas
Os resultados satildeo os apresentados na figura 7 na qual se observa que apenas 43 dos alunos
responderam correctamente seleccionando a frase b seguindo-se a frase d com 29 das
respostas a frase d difere da b porque natildeo considera os aspectos ldquoculturaisrdquo pelo que se
constata que uma percentagem significativa de alunos natildeo considera erroneamente os
aspectos culturais como fazendo parte do conceito de Ambiente (apresentado na lei de bases
do Ambiente)
Na questatildeo 7 pedimos ao aluno para classificar alguns problemas ambientais em globais ou
locais as situaccedilotildees colocadas foram as seguintes
a Alteraccedilotildees climaacuteticas
b Lixeiras (sem protecccedilatildeo)
c Diminuiccedilatildeo da Biodiversidade
d Destruiccedilatildeo das Florestas Tropicais
39
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Figura 7 ndash Definiccedilatildeo de Ambiente
6
40
20
27 abcd
Os resultados satildeo os apresentados na figura 8 na qual se observa que 97 dos alunos
responderam correctamente ao classificarem as ldquoalteraccedilotildees climaacuteticasrdquo como um problema
global 77 dos alunos responderam correctamente que as ldquolixeiras (sem protecccedilatildeo)rdquo eacute um
problema local tambeacutem responderam correctamente 88 dos alunos ao considerarem a
ldquodiminuiccedilatildeo da biodiversidaderdquo como um problema global e 72 dos alunos consideraram
bem a ldquodestruiccedilatildeo das florestas tropicaisrdquo como um problema global
Figura 8 ndash Classificaccedilatildeo de Problemas Ambientais
90
321
7282
11
76
17
020406080
100
Glo
bal
Loca
l
Glo
bal
Loca
l
Glo
bal
Loca
l
Glo
bal
Loca
l
a b c d
Na questatildeo 8 interrogaacutemos os alunos sobre a abordagem da temaacutetica ambiental durante o
curso na Academia Militar dos quais responderam ldquosimrdquo 72 dos alunos (Apecircndice D) A
anaacutelise a esta pergunta por curso mostra que os temas relacionados com o Ambiente foram
abordados em todos os cursos (valores em percentagem) com excepccedilatildeo do Curso de Sauacutede28
como se observa na figura 9
40
28 Salienta-se contudo que os Cursos de Sauacutede soacute frequentam o 1ordm ano na AM estudando os restantes anos dos seus cursos em Universidades civis Os temas ambientais satildeo abordados no acircmbito das mateacuterias ministradas na ldquoInstruccedilatildeo Militarrdquo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Figura 9 ndash Temas ambientais nos Cursos da AM
7767
100 100 100 100 100
11
89
020406080
100120
Infantaria
Artilharia
Cavalaria
Engenharia
Transmissotildees
Svc Adm
Mil
Svc Material
Svc Sauacutede
GN
R
Cursos
Aos alunos que responderam afirmativamente agrave questatildeo anterior (63) perguntaacutemos quais os
temas abordados (podendo seleccionar mais que um tema) as respostas foram temas gerais
relacionados com o Ambiente 42 do total de respostas impactos que a actividade Militar
provoca no Ambiente 12 a poluiccedilatildeo que as actividades Militares provocam 6 cuidados
a ter com o Ambiente quando na realizaccedilatildeo de exerciacuteciossemanas de campo 35 outro
tema 5 do total de respostas os ldquooutros temasrdquo que alunos responderam foram acerca da
temaacutetica dos ldquotrecircs Rrdquo ndash Reciclar Reduzir e Reutilizar ndash a poluiccedilatildeo e quais os cuidados a ter
com o Ambiente
Na questatildeo seguinte questionaacutemos os alunos se durante o curso na AM jaacute haviam realizado
algum trabalho relacionado com o Ambiente e as respostas foram conclusivas pois 99 dos
alunos responderam ldquonatildeordquo somente um aluno respondeu ter realizado um trabalho no acircmbito
da Instruccedilatildeo Militar
Para terminar o questionaacuterio perguntaacutemos se considerava que como futuro Oficial era
importante ter conhecimentos sobre as questotildees ambientais ao que 98 dos alunos
respondeu afirmativamente
Fomos analisar se os 79 alunos que responderam que no Ensino Baacutesico foram abordados
temas relacionados com o Ambiente (pergunta 1) obtinham uma maior percentagem de
respostas certas agraves definiccedilotildees apresentadas Constatou-se que os resultados satildeo semelhantes
ao restante universo (93 alunos) nas perguntas 4 5 e 6 Relativamente agrave classificaccedilatildeo dos
problemas ambientais em globais ou locais (pergunta 7) verificou-se que as respostas quanto
agraves ldquoAlteraccedilotildees Climaacuteticasrdquo e as ldquoLixeirasrdquo satildeo idecircnticas agraves respostas totais jaacute as respostas agraves
questotildees da ldquoDiminuiccedilatildeo da Biodiversidaderdquo e a ldquoDestruiccedilatildeo das Florestas Tropicaisrdquo
apresentam valores superiores de 3 e 12 respectivamente
41
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Relativamente agrave pergunta 2 fomos tambeacutem analisar se os 71 alunos que responderam jaacute
terem realizado trabalhos relacionados com o Ambiente correspondia uma maior
percentagem de respostas certas agraves definiccedilotildees apresentadas Quanto agrave definiccedilatildeo de Ecologia
(pergunta 4) verificou-se que natildeo porque os 49 alunos que responderam correctamente
(69) corresponde exactamente agrave mesma percentagem do total de alunos Sobre a definiccedilatildeo
de Poluiccedilatildeo (pergunta 5) responderam certo 54 alunos o que corresponde a uma percentagem
de 76 superior em 5 ao total de alunos Quanto agrave definiccedilatildeo de Ambiente (pergunta 6)
constatou-se que 30 alunos responderam certo (42) percentagem semelhante agrave dada pela
totalidade dos alunos Quanto agrave classificaccedilatildeo dos problemas ambientais em globais ou locais
(pergunta 7) observou-se que as respostas quanto agraves ldquoAlteraccedilotildees Climaacuteticasrdquo e as ldquoLixeirasrdquo
satildeo idecircnticas agraves respostas totais jaacute as respostas agraves questotildees da ldquoDiminuiccedilatildeo da
Biodiversidaderdquo e a ldquoDestruiccedilatildeo das Florestas Tropicaisrdquo apresentam valores ligeiramente
superiores de 4 e 6 respectivamente como se constata pela anaacutelise das figuras 8 e 10
Figura 10 ndash Comparaccedilatildeo da pergunta 2 com a 7
69
2
17
5465
6
55
16
Global Local Global Local Global Local Global Local
a b c d
Podemos assim deduzir que os alunos que afirmaram terem sido abordados temas
relacionados com o Ambiente durante o seu percurso escolar natildeo apresentam maiores
conhecimentos sobre o Ambiente tendo em consideraccedilatildeo as definiccedilotildees apresentadas com
excepccedilatildeo para o problema da ldquoDestruiccedilatildeo das Florestas Tropicaisrdquo em que existe uma
diferenccedila de 12 quanto aos alunos que realizaram trabalhos relacionados com o Ambiente
apresentam uma ligeira melhoria na pergunta 5 (5) e na pergunta 7 nos problemas
relacionados com a ldquoDiminuiccedilatildeo da Biodiversidaderdquo 4 e com a ldquoDestruiccedilatildeo das Florestas
Tropicaisrdquo 6
De uma forma sucinta podemos afirmar que os Cadetes de uma maneira geral estatildeo
sensibilizados para a importacircncia das questotildees ambientais tecircm bons conhecimentos sobre
42
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
43
esta temaacutetica e como futuros Oficiais do Exeacutercito estatildeo conscientes da necessidade de terem
conhecimentos sobre o assunto
No ponto seguinte analisaacutemos as consequecircncias da introduccedilatildeo das questotildees ambientais no
treino de forccedilas militares seguindo como referecircncia o Campo Militar de Santa Margarida 3 As Questotildees Ambientais e o Treino da Forccedila
Os Campos Militares como por exemplo o de Santa Margarida tem por finalidade principal
apoiar a ldquoinstruccedilatildeo e treino de militares possibilitando a realizaccedilatildeo de exerciacutecios e fogos
reaisrdquo Contudo deve-se envidar todos os esforccedilos no sentido de manter o ldquoequiliacutebrio
ecoloacutegico minimizando ao maacuteximo os efeitos resultantes da acccedilatildeo dos militares e civis
presentes no Campo sobre os solos a fauna e a florardquo com particular destaque para os
equipamentos que realizam o reabastecimento (Fernandes 2000 17)
Tendo em consideraccedilatildeo esta realidade ou seja por um lado a preocupaccedilatildeo do ldquoequiliacutebrio
ecoloacutegicordquo e por outro a ldquoinstruccedilatildeo e treinordquo entrevistaacutemos o Chefe da 3ordf Secccedilatildeo Estado -
Maior da Brigada Mecanizada Independente para saber como conseguir ultrapassar esta
situaccedilatildeo Assim agrave questatildeo ldquose a introduccedilatildeo das preocupaccedilotildees com o Ambiente tiveram
influecircncia no treino da forccedilardquo a resposta foi ldquonenhuma antes pelo contraacuteriordquo concretizando
referiu que natildeo prejudicou em nada uma vez que ldquoem termos operacionais haacute terrenos
impeditivos e restritivos e por isso as aacutereas que natildeo podem ser utilizadas (do ponto de vista
do Ambiente) satildeo consideradas impeditivas e assim eacute mais um aspecto a considerar ao niacutevel
do planeamento e serve igualmente para o treino da forccedilardquo Relativamente agrave florestaccedilatildeo do
Campo referiu que apenas ldquoeacute necessaacuterio haver um maior espaccedilamento entre as aacutervores e
esta ser feita no sentido dos eixos de aproximaccedilatildeordquo e ressalvou a importacircncia de as
sementeiras se efectuarem numa altura que natildeo coincida com a realizaccedilatildeo de exerciacutecios que
envolvam um grande volume de forccedilas
Questionado sobre a sensibilidade dos seus subordinados para esta temaacutetica referiu que no
ldquocampo natildeo havia problemas o problema eacute na aacuterea urbanardquo ao niacutevel do aproveitamento de
oacuteleos lavagem de viaturas das cozinhas entre outros Falando sobre a necessidade de mais
formaccedilatildeo dos Quadros referiu que ldquonatildeo podem ser todos especializados e que este assunto
natildeo era um problema do Militar mas sim do cidadatildeo O Soldado tem que saber que natildeo pode
derrubar as aacutervores deitar para o chatildeo o oacuteleo das viaturas entre outrosrdquo
Resumindo podemos afirmar que a introduccedilatildeo das questotildees ambientais no Campo permitiu
introduzir melhorias numa perspectiva ambiental natildeo prejudicando a sua funccedilatildeo principal
que eacute apoiar a instruccedilatildeo e o treino das forccedilas De facto foi instalado haacute mais de duas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
44
deacutecadas no CMSM um sistema de lavagem de Carros de Combate no Regimento de
Cavalaria 4 que poupa milhares de m3 de aacutegua por ano e um sistema de lavagem no Grupo
de Artilharia de Campanha na Bateria Antiaeacuterea no 2ordm Batalhatildeo de Infantaria Mecanizado e
na Companhia de Engenharia da BMI que evita que milhares de litros de oacuteleo entrem na rede
de saneamento baacutesico (Fernandes 2001)
Procurando saber mais sobre a aacuterea onde se situa o comando do CMSM tem assinado alguns
protocolos procurando conhecer todas as suas ldquoriquezasrdquo ecoloacutegicas como por exemplo com
o Museu Laboratoacuterio e Jardim Botacircnico da Universidade de Lisboa sobre a flora das lagoas
temporaacuterias do Campo e outro com o Instituto de Ambiente e Vida da Universidade de
Coimbra que estaacute a estudar a biodiversidade da flora existente no Campo
O Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo e Protecccedilatildeo Ambiental do CMSM tecircm desenvolvido diversas
iniciativas entre as quais destacaacutemos a realizaccedilatildeo anual de uma Semana do Ambiente a
aprovaccedilatildeo de uma Norma de Execuccedilatildeo Permanente (NEP) pioneira no Exeacutercito sobre a
temaacutetica Ambiental definindo a estrutura ambiental do CMSM e as responsabilidades do
NCPA do Campo e dos NPA das Unidades da Brigada (Anexo J) a criaccedilatildeo do preacutemio de
Ambiente com o ldquoobjectivo principal de fomentar os projectos e actividades de preservaccedilatildeo e
conservaccedilatildeo ambientais das unidades ou oacutergatildeos quer na zona urbana quer na zona ruacutestica do
CMSM Subsidiariamente visa apoiar candidaturas ao Preacutemio de Defesa Nacional e
Ambiente29rdquo (NEP 2001) e a introduccedilatildeo de um Anexo sobre o Ambiente em todas as
Ordens de Operaccedilotildees aquando da realizaccedilatildeo de Exerciacutecios (Anexo K)
O CMSM com o apoio do MDN estaacute a aplicar um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA)
tendo por fim a sua Certificaccedilatildeo Ambiental de acordo com a norma internacional ISO 14001
O SGA permite conhecer e cumprir a legislaccedilatildeo ambiental reduzir significativamente
acidentes de trabalho racionalizar recursos energeacuteticos reduzir os custos e riscos ambientais
atraveacutes da prevenccedilatildeo e melhorar a notoriedade e imagem do Campo e do Exeacutercito
(Fernandes 2003)
Pelo acima apresentado podemos afirmar que o planeamento de exerciacutecios estaacute de acordo
com o preconizado no STANAG 7141 (Anexo L) onde eacute referido que os ldquoexerciacutecios na
situaccedilatildeo de paz devem ser conduzidos de uma maneira consistente com os regulamentos
ambientais aplicaacuteveisrdquo e atraveacutes de um ldquoplaneamento adequado pode-se reduzir o impacto
destas limitaccedilotildees Os comandantes da NATO devem incorporar o respectivo risco de gestatildeo
29 O CMSM ganhou duas vezes o Preacutemio Nacional de Ambiente 1996 e 1998
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
45
para conseguir os objectivos do exerciacutecio ao mesmo tempo que minimizam os impactos
ambientaisrdquo (NATO sd 6 e 7)
De acordo com o STANAG 7141 o treino ambiental na NATO deve (NATO sd 11)
bull incorporar a protecccedilatildeo e a consciencializaccedilatildeo ambiental na rotina militar - tanto quanto a
consciencializaccedilatildeo taacutectica e mais recentemente a seguranccedila se tem tornado parte da
educaccedilatildeo individual
bull desenvolver a consciencializaccedilatildeo ambiental o mais cedo possiacutevel na carreira de todo o
pessoal Cada etapa da carreira deve receber instruccedilatildeo de modo a que coincida com o
aumento da responsabilidade
bull aumentar a consciencializaccedilatildeo nos comandos das suas responsabilidades ambientais
Ou seja preconiza a formaccedilatildeo ambiental nos cursos iniciais (AM e ESE) durante o
planeamento e realizaccedilatildeo de Exerciacutecios e nos cursos de promoccedilatildeo por forma a manter os
Oficiais actualizados nesta temaacutetica e a serem abordados outros temas conforme as suas
responsabilidades futuras
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
46
CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
A protecccedilatildeo do Ambiente eacute uma questatildeo complexa porque exige um equiliacutebrio entre as
actividades econoacutemicas que pretendemos preservar e a conservaccedilatildeo de um Ambiente
natural cada vez mais ameaccedilado essencial para a sobrevivecircncia das geraccedilotildees futuras
A Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Ambiente Humano que se realizou em Estocolmo
em 1972 teve o meacuterito inegaacutevel de trazer para a ribalta e inscrever nas agendas poliacuteticas
nacionais e internacionais as questotildees relativas ao Ambiente Em 1977 dando cumprimento
agrave recomendaccedilatildeo 96 da Conferecircncia de Estocolmo realizou-se a primeira Conferecircncia Inter-
Governamental sobre Educaccedilatildeo Ambiental contudo esta eacute ainda muito insipiente e se tem
algum significado nos paiacuteses industrializados eacute completamente nula nos paiacuteses em
desenvolvimento A Conferecircncia do Rio em 1992 veio mostrar a grande dificuldade em
conciliar os interesses dos paiacuteses do Norte apostados em manter os actuais estilos de vida e
a maioria dos paiacuteses do Sul procurando melhores condiccedilotildees de sobrevivecircncia
A entrada de Portugal na entatildeo Comunidade Econoacutemica Europeia (CEE) em 1986
constituiu um marco decisivo para tornar mais visiacutevel e actuante a poliacutetica de Ambiente no
nosso paiacutes Foram acelerados os mecanismos poliacutetico-juriacutedicos sendo possiacutevel a sua
combinaccedilatildeo com linhas de financiamento comunitaacuterias
Foi igualmente acelerado o processo de institucionalizaccedilatildeo da ldquoPoliacutetica Puacuteblica de
Ambienterdquo conduzindo entre outros aspectos agrave publicaccedilatildeo em 1987 de dois diplomas
legais fundamentais a Lei de Bases do Ambiente (Lei 1187 de 7 de Abril) e a Lei das
Associaccedilotildees de Defesa do Ambiente (Lei nordm1087 de 4 de Abril) e ao iniacutecio do processo de
transiccedilatildeo e integraccedilatildeo de directivas comunitaacuterias nas mais diversas aacutereas
A criaccedilatildeo do Instituto Nacional do Ambiente (INamb) no quadro da Lei de Bases do
Ambiente com competecircncias no domiacutenio da formaccedilatildeo e informaccedilatildeo dos cidadatildeos vem
incrementar de modo significativo as praacuteticas de Educaccedilatildeo Ambiental no nosso paiacutes
Foi portanto a partir dos anos 70 que a Educaccedilatildeo Ambiental comeccedilou no nosso paiacutes a ter
peso e visibilidade institucionais atraveacutes dos esforccedilos desenvolvidos pela Comissatildeo Nacional
do Ambiente renovados posteriormente pela lei de Bases do Ambiente e pelas competecircncias
legais assumidas pelo entatildeo Instituto Nacional do Ambiente passando para o Instituto de
Promoccedilatildeo Ambiental (IPamb) e actualmente Instituto do Ambiente
O conceito de Educaccedilatildeo Ambiental tem experimentado uma assinalaacutevel evoluccedilatildeo de
significado Inicialmente assume um caraacutecter naturalista actualmente assume um caraacutecter
realista o qual assenta na existecircncia de um equiliacutebrio entre o meio e o homem com vista agrave
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
47
construccedilatildeo de um futuro pensado e vivido numa loacutegica de desenvolvimento e progresso
Neste contexto a Educaccedilatildeo Ambiental eacute aceite cada vez mais como sinoacutenimo de educaccedilatildeo
para o desenvolvimento sustentaacutevel Com efeito a necessidade de uma educaccedilatildeo que tenha
como finalidade a formaccedilatildeo de cidadatildeos ambientalmente cultos intervenientes e
preocupados com a defesa e melhoria da qualidade do Ambiente reuacutene um largo consenso
tanto a niacutevel internacional como no nosso paiacutes Neste sentido a Educaccedilatildeo Ambiental deveraacute
constituir uma preocupaccedilatildeo de caraacutecter geral e permanente na implementaccedilatildeo do processo de
educaccedilatildeo
Estando o Ministeacuterio da Defesa Nacional particularmente vocacionado para a afirmaccedilatildeo e
manutenccedilatildeo da soberania do Paiacutes tem no domiacutenio da preservaccedilatildeo do meio importantes
responsabilidades competindo-lhe a implementaccedilatildeo da poliacutetica governamental definida para
o sector da defesa nomeadamente na aacuterea militar fazendo com que as questotildees ambientais
sejam consideradas determinantes no planeamento das acccedilotildees do acircmbito operacional
logiacutestico e de instruccedilatildeo das Forccedilas Armadas
A publicaccedilatildeo do Despacho nordm 77MDN2001 veio clarificar as intenccedilotildees poliacuteticas e atribuir
responsabilidades a diversas entidades das Forccedilas Armadas e recomenda que as UEO
implementarem um Sistema de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de consagrarem na vida
corrente as questotildees ambientais
O Exeacutercito consciente de que no desenrolar da sua actividade poderaacute contribuir para a
degradaccedilatildeo ambiental elaborou em 1994 um plano por forma a minorar tal possibilidade e
inseriu conteuacutedos programaacuteticos relacionados com o Ambiente nos seus planos de instruccedilatildeo
a serem ministrados a todos os seus elementos visando essencialmente a sensibilizaccedilatildeo das
chefias militares e a formaccedilatildeoeducaccedilatildeo dos jovens quadros para a necessidade de proteger o
Ambiente Contudo como vimos a sua implementaccedilatildeo praacutetica tem sido reduzida e apesar de
estar previsto desde 1994 que todos os cursos ministrados no Exeacutercito deveriam ter uma
componente ambiental tal natildeo se verifica
A Directiva Nordm 52CEME2003 se por um lado extingue os Nuacutecleos de Protecccedilatildeo
Ambiental das UEO passando as suas competecircncias para a ldquoestrutura orgacircnica existenterdquo
vecircm atribuir responsabilidades aos vaacuterios niacuteveis do Exeacutercito ou seja a necessidade de
conhecimentos sobre a temaacutetica ambiental em grande nuacutemero de cargos na estrutura do
Exeacutercito Este aspecto aponta indirectamente para a necessidade de uma maior formaccedilatildeo
dos Oficiais do Exeacutercito para as questotildees ambientais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
48
Face ao apresentado e tendo em consideraccedilatildeo as hipoacuteteses levantadas podemos afirmar que
a hipoacutetese ldquosatildeo ministradas mateacuterias relacionadas com as questotildees ambientais nos diversos
cursos frequentados na carreira de Oficial do QPrdquo refuta-se apesar de no caso da AM e no
CPC serem ministradas 7 e 2 Horas respectivamente Relativamente agrave hipoacutetese ldquoas mateacuterias
relacionadas com o Ambiente ministradas nos cursos da carreira de Oficial satildeo de acircmbito
geralrdquo tambeacutem se confirma Salienta-se contudo que o MDN em conjugaccedilatildeo com os Ramos
deseja implementar um Programa que contempla as especificidades das Forccedilas Armadas
Refuta-se por isso a hipoacutetese ldquoas mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas nos
cursos da carreira de Oficial satildeo relacionadas com a especificidade do Exeacutercitordquo
Quanto agrave hipoacutetese ldquoos Cadetes (jaacute) tecircm bons conhecimentos relacionados com as questotildees
ambientaisrdquo consideramos que se confirma dada a sua sensibilidade sobre a importacircncia
desta temaacutetica dado o bom conhecimento sobre as definiccedilotildees apresentadas e sobre a
necessidade de como Oficiais do Exeacutercito terem conhecimentos sobre este assunto
Relativamente agrave hipoacutetese ldquoas mateacuterias relacionadas com o Ambiente ministradas na AM
satildeo de acircmbito geralrdquo confirma-se e refuta-se a hipoacutetese ldquoas mateacuterias relacionadas com o
Ambiente ministradas na AM satildeo relacionadas com a especificidade do Exeacutercitordquo
Quanto agrave hipoacutetese ldquoas questotildees ambientais tecircm implicaccedilotildees no Treino de Forccedilas Militaresrdquo
confirma-se veja-se o exemplo do anexo agrave Ordem de Operaccedilotildees sobre questotildees ambientais
introduzido na BMI Contudo os impactos no treino da forccedila militar foram reduzidos senatildeo
nulos uma vez que a preservaccedilatildeo ecoloacutegica dos campos de treino natildeo impede o treino das
forccedilas desde que sejam introduzidas medidas na fase de planeamento do exerciacutecio como
estaacute estabelecido no STANAG 7141
Podemos entatildeo afirmar que deveraacute ser ministrada formaccedilatildeo ambiental a todos os militares
das FA em especial aos Quadros Permanentes esta formaccedilatildeo deveraacute ser um complemento
da Educaccedilatildeo Ambiental ministrada na Escola e deveraacute ser contiacutenua e actualizada ao longo
das carreiras deve ser adequada agraves funccedilotildees a desempenhar pelo Militar como por exemplo
se Oficial do Ambiente deveraacute frequentar o Curso de Formadores de Protecccedilatildeo do Ambiente
Como a participaccedilatildeo das FA em diversos Exerciacutecios e em Operaccedilotildees de Apoio agrave Paz sob o
Comando da NATO tecircm vindo a aumentar o desempenho das forccedilas aleacutem da componente
operacional tem de contemplar as questotildees ambientais facto este que vem realccedilar a
necessidade de formaccedilatildeo dos Oficiais nesta temaacutetica
Face ao apresentado consideraacutemos fundamental que os Oficiais do exeacutercito recebam
formaccedilatildeo em Ambiente Desta forma o Curso da AM e da ESE deve conter uma
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
49
componente ambiental com uma duraccedilatildeo miacutenima de 20 Horas como preconiza a
DEAMDN as mateacuterias abordadas devem ter maior incidecircncia sobre a forma de evitar
prejuiacutezos no Ambiente devido agraves actividades militares de acordo com as funccedilotildees que os
cadetes iratildeo desempenhar (Comandantes de Pelotatildeo) No CPC eacute importante manter no plano
de instruccedilatildeo uma componente ambiental pois como vimos esta deve ser contiacutenua as
mateacuterias abordadas devem fazer uma actualizaccedilatildeo de conhecimentos e outros sobre as
funccedilotildees a desempenhar como Comandantes de Companhia No CPOS seria importante
introduzir laquoalgumas horasraquo sobre a componente ambiental tendo por objectivo a formaccedilatildeo
contiacutenua dos oficiais nesta aacuterea e para apresentar novas mateacuterias necessaacuterias para os postos
de oficial superior pois como vimos pela directiva nordm 52CEME2003 os cargos onde satildeo
necessaacuterios conhecimentos nesta aacuterea satildeo cada vez mais Ao niacutevel do CSCD uma
conferecircncia ou palestra seria suficiente para sensibilizar os futuros Generais para as grandes
questotildees relacionadas com o Ambiente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
50
PROPOSTAS
Temos a noccedilatildeo que as questotildees ambientais satildeo ainda uma questatildeo marginal para o nosso
Exeacutercito fruto de ser um tema relativamente recente e principalmente devido agrave natildeo
implementaccedilatildeo do Anexo G (Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente) ao Plano
CHARLIE 2
Assim entendemos propor a actualizaccedilatildeo do Anexo G em virtude da aprovaccedilatildeo do RGIE
em 2002 e do despacho Nordm 77MDN2001 Que as mateacuterias relativas ao Ambiente passem a
ser leccionadas em todos os cursos ministrados no Exeacutercito sendo contudo fundamental que
para aleacutem dos programas adoptados em cada curso as questotildees ambientais sejam
consideradas nas restantes mateacuterias dos Estabelecimentos de Ensino como por exemplo no
acircmbito da taacutectica o planeamento de um tema deve considerar as questotildees ambientais ao
niacutevel da anaacutelise de risco como preconizado no STANAG 7141 a Ordem ou Plano de
Operaccedilotildees deve conter nas ldquoinstruccedilotildees de coordenaccedilatildeordquo aspectos referidos ao Ambiente ou
um Apecircndice de Protecccedilatildeo Ambiental ao Anexo de Engenharia (Anexo M) entre outros
A publicaccedilatildeo de uma nova directiva revogando a Nordm 52CEME2003 que defina claramente
ao niacutevel das UEO quem satildeo os responsaacuteveis pela aacuterea ambiental O Curso de Protecccedilatildeo
Ambiental ministrado na EPE destina-se a Oficiais e Sargentos por isso os Sargentos
habilitados com este curso devem ser integrados na estrutura ambiental a criar em cada
UEO Os Oficiais e Sargentos que desempenham estas funccedilotildees poderatildeo estar em
acumulaccedilatildeo de funccedilotildees consoante o entendimento do Comandante a ldquodimensatildeordquo da UEO
o ldquoestadordquo de implementaccedilatildeo do SGA entre outros factores Consideramos fundamental a
existecircncia de um local nas operaccedilotildees na logiacutestica ou outro onde as questotildees ambientais
sejam tratadas e arquivadas No apecircndice E apresentaacutemos uma proposta de ldquoconstituiccedilatildeo do
sistema de protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercitordquo no qual se apresenta a estrutura orgacircnica de
qualificaccedilatildeo e de inspecccedilatildeo
Que todas as UEO iniciem o processo de implementaccedilatildeo do Sistema de Gestatildeo Ambiental
como preconizado no despacho Nordm77 do MDN de 2001 e que as inspecccedilotildees realizadas pela
IGE tenham em consideraccedilatildeo a temaacutetica ambiental ao niacutevel da administraccedilatildeo tendo em
consideraccedilatildeo a separaccedilatildeo de resiacuteduos (vidro papel oacuteleos pilhas entre outros) a poupanccedila
de energia e aacutegua e outros aspectos ao niacutevel da instruccedilatildeo nas unidades que ministram
instruccedilatildeo e ao niacutevel do ensino em todas as UEO que datildeo cursos de formaccedilatildeo tendo especial
atenccedilatildeo aos cursos da Academia Militar do Instituto de Altos Estudos Militares e da Escola
Superior Politeacutecnica do Exeacutercito
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
I
BIBLIOGRAFIA
- ANTUNES L F C (1992) Para uma Noccedilatildeo Juriacutedica de Ambiente Scientia Ivridica Tomo
XLI Universidade do Minho paacuteg 76 - 94
- BANCO MUNDIAL (1993) World Development Report 1992 Development and the
Environment the World Bank Washington
- BAPTISTA C (1997) Sistema Terra uma nova linguagem traduccedilatildeo e adaptaccedilatildeo do artigo
ldquoThe Nature-Culture Distintion and the Future of Environmental Educationrdquo de Thomas
Colwell Cadernos de EA IPamb nordm 5 paacuteg 10 - 11
- BAUD Pascal et al (1999) Dicionaacuterio de Geografia traduccedilatildeo de Raquel Mota e Joatildeo
Atanaacutesio Editora Plaacutetano Lisboa
- BERTRAND Y VALOIS P e JUTRAS F (1997) A Ecologia na Escola inventar um
futuro para o planeta Instituto Piaget Horizontes Pedagoacutegicos Lisboa
- BORGES J B V (1998) A Demografia e a estrateacutegia uma perspectiva para o seacuteculo XXI
Academia Militar Lisboa
- CARVALHO C (1991) Educaccedilatildeo Ambiental na Comunidade Correio da Natureza nordm 10
paacuteg 49 - 50
- CARVALHO N (1996) - A Educaccedilatildeo Ambiental Rumo a um Novo Paradigma Cultural
Revista Educar nordm 12 paacuteg 18 - 19
- CCE (1990) Livro Verde sobre o Ambiente Urbano Comissatildeo das Comunidades Europeias
COM (90) Bruxelas
- CHESNEAUX J (1993) Histoacuteria Natural Histoacuteria Humana in Vaacuterios O Estado do
Ambiente no Mundo Instituto Piaget Lisboa paacuteg 20 - 22
- COMISSAtildeO EUROPEIA (1998) Relatoacuterio Demograacutefico 1997 Luxemburgo
- CRAVEIRO J L (1993) Estudos de Impacte Ambiental uma contribuiccedilatildeo Socioloacutegica
ICT Lisboa
- DELEacuteAGE J P (1992a) As etapas da consciencializaccedilatildeo in Vaacuterios La terre outrageacutee
Eacuteditions Autrement Paris paacuteg 35 - 41
- DELEacuteAGE J P (1992b) A ecologia poliacutetica e a consciecircncia planetaacuteria in Vaacuterios La terre
outrageacutee Eacuteditions Autrement Paris paacuteg 42 - 47
- DELORS J et al (1997) Educaccedilatildeo um tesouro a descobrir Relatoacuterio para a UNESCO da
Comissatildeo Internacional sobre Educaccedilatildeo para o seacuteculo XXI Ediccedilotildees ASA 3ordf Ediccedilatildeo Porto
- DICIONAacuteRIO DA LIacuteNGUA PORTUGUESA (1996) Lello Editores 1ordf Ediccedilatildeo Porto
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
II
- DROWIN J M (1992) Lrsquoeacutecologie geacuteneacutealogie drsquoune discipline in Vaacuterios La terre
outrageacutee Eacuteditions Autrement Paris paacuteg 54 - 65
- EME (1998) Despacho nordm 109CEME ndash Coordenaccedilatildeo dos assuntos ambientais Estado -
Maior do Exeacutercito Lisboa
- EME (2003) Directiva nordm 57CEME ndash Actualizaccedilatildeo do Sistema de Protecccedilatildeo Ambiental do
Exeacutercito Estado - Maior do Exeacutercito Lisboa
- EMGFA (1989) Directiva conjunta do Chefe do Estado-Maior General da Forccedilas
Armadas Estado - Maior General das Forccedilas Armadas Lisboa
- EPE (1996) Curso de Instrutores de Protecccedilatildeo Ambiental Escola Praacutetica de Engenharia
Tancos
- EPE (2003a) Programa do Curso de Instrutores de Protecccedilatildeo Ambiental Escola Praacutetica de
Engenharia Tancos
- EPE (2003b) Apecircndice ndash Consideraccedilotildees Ambientais ao Anexo de Engenharia Escola
Praacutetica de Engenharia Tancos
- ESE (2002) Programa de Ambiente Escola de Sargentos do Exeacutercito Caldas da Rainha
- FERNANDES J L O (1998) O Plano de protecccedilatildeo Ambiental da FAP Boletim do
Instituto de Altos Estudos da Forccedila Aeacuterea nordm 13 paacuteg 77 - 109
- FERNANDES J F E (2000) Guerra agraves Hakeas Revista Atoleiros nordm4 Outubro Santa
Margarida
- FERNANDES J F E (2001) Ambiente no CMSMBMI um desafio contiacutenuo Revista
Atoleiros nordm 5 Abril Santa Margarida
- FERNANDES J F E (2003) Aplicaccedilatildeo de Sistema de Gestatildeo Ambiental ao CMSMBMI
Revista Atoleiros nordm 9 Abril Santa Margarida
- GILPIN A (1992) Dicionaacuterio de Ecologia Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa
- GIORDAN A e SOUCHON C (1997) Uma Educaccedilatildeo para o Ambiente IPamb Instituto
de Inovaccedilatildeo Educacional Algueiratildeo-Mem Martins
- IPamb (1997) De Estocolmo ao Rio as Declaraccedilotildees do Ambiente Instituto de Promoccedilatildeo
Ambiental Lisboa
- INamb (1990a) Educaccedilatildeo Ambiental Instituto Nacional do Ambiente Lisboa
- INamb (1990b) Educaccedilatildeo Ambiental Textos Baacutesicos Instituto Nacional do Ambiente
Lisboa
- INamb (1993) Agenda 21 Documentos da Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Ambiente
e Desenvolvimento Instituto Nacional do Ambiente Lisboa
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
III
- INE (1997) Estatiacutesticas do Ambiente Instituto Nacional de Estatiacutestica Lisboa
- ISO 14001 (1996) Sistema de Gestatildeo Ambiental ndash Especificaccedilotildees com guia de Utilizaccedilatildeo
Norma Internacional
- LEITAtildeO I (1997) Poliacutetica de Ambiente nas Forccedilas Armadas Relatoacuterio de poacutes-graduaccedilatildeo
em Direito do Ambiente Centro de Estudos Judiciaacuterios Lisboa
- LEROY J P et al (1997) Cinco anos depois do Rio 92 in Vaacuterios Brasil Seacuteculo XXI Os
caminhos da sustentabilidade cinco anos depois do Rio 92 Foacuterum Brasileiro de ONGs e
Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento FASE Rio de Janeiro
paacuteg 25 - 74
- MA (1997) Educar hoje para acautelar o amanhatilde Revista do Ambiente Ministeacuterio do
Ambiente nordm 5 paacuteg 36 - 37
- MADONI P (1976) Pour une environment humain Perspectives II(4) paacuteg 494 - 496
- MARN (1995) Plano Nacional da Poliacutetica de Ambiente Ministeacuterio do Ambiente e
Recursos Naturais Lisboa
- MARTINS M C C (1996) Atitudes dos Jovens face ao Ambiente perspectiva diferencial
e desenvolvimentista dissertaccedilatildeo de Mestrado em Educaccedilatildeo Universidade de Lisboa
Departamento de Educaccedilatildeo da Faculdade de Ciecircncias Lisboa
- MDN (1994) A Defesa de Portugal 1994 Ministeacuterio da Defesa Nacional Lisboa
- MDN (1999) Informaccedilatildeo nordm 96DSPN ndash Programas de Formaccedilatildeo no Domiacutenio da
Protecccedilatildeo Ambiental da Direcccedilatildeo Geral de Infra-Estruras Ministeacuterio da Defesa Nacional
Lisboa
- MDN (2000) Informaccedilatildeo nordm 102DSPN ndash Curso de Formaccedilatildeo de Formadores no Domiacutenio
da Protecccedilatildeo Ambiental da Direcccedilatildeo Geral de Infra-Estruras Ministeacuterio da Defesa
Nacional Lisboa
- MDN (2001) Despacho Nordm 77MDN ndash A Protecccedilatildeo Ambiental nas Forccedilas Armadas
Gabinete do Ministro Ministeacuterio da Defesa Nacional Lisboa
- MDN (2003) Relatoacuterio Nordm 4556 ndash Reuniatildeo para revisatildeoactualizaccedilatildeo e uniformizaccedilatildeo dos
programas de formaccedilatildeo ambiental nas Forccedilas Armadas da Direcccedilatildeo Geral de Infra-
Estruras Ministeacuterio da Defesa Nacional Lisboa
- MDNEME (1994) Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente Anexo G ao Plano
de Instruccedilatildeo Militar Plano Charlie 2 Ministeacuterio da Defesa Nacional Estado - Maior do
Exeacutercito Departamento de Instruccedilatildeo 6ordf Reparticcedilatildeo Lisboa
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
IV
- MDNEME (2002) Regulamento Geral da Instruccedilatildeo do Exeacutercito Ministeacuterio da Defesa
Nacional Exeacutercito Portuguecircs Estado - Maior do Exeacutercito Lisboa
- MEADOWS D H et al (1987) Os limites do crescimento publicaccedilotildees Dom Quixote
Lisboa
- MELO J J e PIMENTA C (1993) O que eacute Ecologia Difusatildeo Cultural Lisboa
- MORIN E (1991) La meacutethode t 4 - Les Ideacutees leur Habitat leur vie leurs moeurs leur
organisation Seuil Paris
- MORIN E (1992) Pour une penseacutee eacutecologique in Vaacuterios La terre outrageacutee Eacuteditions
Autrement Paris paacuteg 66 - 78
- NACcedilOtildeES UNIDAS (1992) Agenda 21 ECOrsquo92 Vol III United Nations Conference on
Environment and Development Rio de Janeiro
- NATO (1999) Environment Guidelines for the Military Sector North Atlantic Treaty
Organisation Committee on the Challenges of Modern Society Bruxelas
- NATO (sd) Doutrina comum da OTAN para a Protecccedilatildeo Ambiental durante Operaccedilotildees e
Exerciacutecios conduzidos pela OTAN STANAG 7141 North Atlantic Treaty Organisation
Bruxelas
- NEP (2001) Preacutemio do Ambiente do CMSM BMI Norma de Execuccedilatildeo Permanente Nordm 4
de 16 de Fevereiro Santa Margarida
- OPIE F (1993) O Escuteiro Global Litografia Serigrafia e Tipografia Lda Cidade do
Cabo
- PEIXOTO R M C (2003) Formaccedilatildeo Ambiental DEADGIE Memorando da Divisatildeo de
Estudos Ambientais DGIE Lisboa
- PEREIRA A R e GOMES M (1996) Educaccedilatildeo Ambiental e Geografia Revista Inforgeo
nordm 11 paacuteg 135 - 150
- ROCHA O C (1997) Exeacutercito as Directivas da Reestruturaccedilatildeo Oficinas Graacuteficas do
Exeacutercito Lisboa
- SADLER B (1987) Communication strategies for heightening awareness of water
Prepared for the International Hydrological Programme by the Working Group of Project
C1 UNESCO
- SAUVEacute L (1997) Pour une eacuteducation relative agrave lrsquoenvironnement Gueacuterin eacutediteur limiteacutee
2e Eacutedition Montreal Queacutebec
- SCHMIDT L (1999) Portugal Ambiental Casos amp Causas Celta Editora Oeiras
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
V
- SONNTAG R (1998) Desenvolvimento Sustentado Revista Nova Berlim nordm 5 paacuteg 26 -
30
- SOROMENHO MARQUES V (1994) Regressar agrave Terra Consciecircncia Ecoloacutegica e
Poliacutetica de Ambiente Ed Fim de Seacuteculo Lisboa
- SOROMENHO MARQUES V (1998a) O Futuro Fraacutegil Os desafios da crise global do
Ambiente Publicaccedilotildees Europa-Ameacuterica Mem Martins
- SOROMENHO MARQUES V (1998b) Os paradigmas Ambiente e Sustentabilidade do
futuro Revista Dirigir Instituto do Emprego e Formaccedilatildeo Profissional SetembroOutubro
nordm 57 paacuteg 3 - 7
- SOROMENHO MARQUES V (1998c) Cidadania Democracia e Crise Ambiental in
Vaacuterios Eacutetica e o Futuro da Democracia Ediccedilotildees Colibri Sociedade Portuguesa de
Filosofia Lisboa paacuteg 421 - 428
- STRONG M F (1997) Comunicaccedilatildeo agrave Reuniatildeo Ministerial da 5ordf Sessatildeo da Comissatildeo de
Desenvolvimento Sustentaacutevel das Naccedilotildees Unidas em 8 de Abril de 1997 De Estocolmo ao
Rio as declaraccedilotildees do Ambiente Instituto de Promoccedilatildeo Ambiental Lisboa paacuteg 9 - 20
- TALHINHAS M A R (1994) Reflexotildees sobre uma Experiecircncia em Educaccedilatildeo Ambiental
relatoacuterio policopiado Lisboa
- TAMAMES R (1983) Criacutetica dos Limites do Crescimento Ecologia e Desenvolvimento
trad J M Brandatildeo de Brito Publicaccedilotildees Dom Quixote Lisboa
- UNESCO (1975) The belgrade Charter A global framework for environmental education
United Nation Education Science Culture Organisation Paris
- WCED (1987) O Nosso Futuro Comum World Commission on Environment and
Development MeribeacutericaLiber Lisboa
Sites da Internet
- AGRISUSTENTAVEL 2003 httpwwwagrisustentavelcom em 15 de Setembro
- IAMBIENTE 2003 httpwwwiAmbientept em 12 de Setembro
- ONUPORTUGAL 2003 httpwwwonuportugalpt em 15 de Setembro
- MDN 2003 httpwwwmdngovpt em 2 de Setembro
- EXEacuteRCITO 2003 httpwwwexercitopt em 4 de Setembro
- IGEOE 2003 httpwwwigeoept em 17 de Setembro
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
APEcircNDICES Apecircndice A ndash Questionaacuterio aplicados aos Alunos do 4ordm ano da AM
Este Inqueacuterito insere-se no Trabalho Individual de Longa Duraccedilatildeo do Maj Inf Jorge Sequeira
a frequentar o Curso de Estado Maior no Instituto de Alto Estudos Militares A sua
finalidade eacute identificar a sensibilidade dos Cadetes da Academia Militar para as questotildees
ambientais O inqueacuterito eacute anoacutenimo e os resultados serviratildeo somente para a fundamentaccedilatildeo e
validaccedilatildeo do deste trabalho intitulado A FORMACcedilAtildeO NO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES
AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
Coloque um X no quadrado que melhor se adequacutee agrave sua resposta
Obrigado pela sua colaboraccedilatildeo
Data de Nascimento do Aluno___________ Sexo _______________ Curso _____________
Escola onde frequentou o Ensino Secundaacuterio _____________________________________
Nome do Distrito da Escola ___________________________________________________
1 Na Escola (Ensino Baacutesico eou Secundaacuterio) foram abordados temas relacionadas com o
Ambiente
Sim
Natildeo
2 Durante o Ensino Baacutesico eou Secundaacuterio realizou algum trabalho relacionado com o
Ambiente
Sim
Natildeo
3 Como classifica as questotildees ambientais
Muito Importantes
Importantes
Pouco Importantes
Sem Importacircncia
VI
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
4 Das frases seguintes seleccione a que melhor define Ecologia
a A Ecologia natildeo eacute uma ciecircncia e verifica o comportamento dos animais para analisar o
seu comportamento
b A Ecologia eacute o ramo das ciecircncias da vida que estuda as relaccedilotildees dos organismos vivos
entre si e com o seu Ambiente fiacutesico
c A Ecologia verifica como os organismos vivos se organizam entre si e na natureza
por forma a compreende-los
d A Ecologia analisa as relaccedilotildees dos organismos vivos entre si e com o seu Ambiente
fiacutesico
5 Das frases seguintes seleccione a que melhor define Poluiccedilatildeo
a A Poluiccedilatildeo consiste na descarga de lixo para o Ambiente
b A Poluiccedilatildeo consiste em enviar para o Ambiente lixo provocado pelas actividades
humanas em quantidade tal que altera significativa e negativamente as qualidades dos
meio receptor
c A Poluiccedilatildeo consiste na descarga para o Ambiente de mateacuteria ou energia originada por
actividades humanas em quantidade tal que altera significativa e negativamente as
qualidades dos meio receptor
d A Poluiccedilatildeo consiste na descarga para o Ambiente de mateacuteria ou energia originada por
actividades humanas
6 Tendo em consideraccedilatildeo as questotildees ambientais seleccione nas frases seguintes a que
melhor define Ambiente
a Ambiente eacute o que envolve ou estaacute agrave roda de alguma coisa ou pessoa
b Ambiente eacute o conjunto de sistemas fiacutesicos quiacutemicos bioloacutegicos e suas relaccedilotildees e dos
factores econoacutemicos sociais e culturais com efeito directo ou indirecto mediato ou
imediato sobre os seres vivos e a qualidade de vida do Homem
c Ambiente eacute uma relaccedilatildeo de harmonia e de equiliacutebrio de relacionamento entre o ser
humano e a natureza
d Ambiente eacute o conjunto dos aspectos fiacutesicos quiacutemicos e bioloacutegicos e dos factores
sociais e econoacutemicos susceptiacuteveis de terem um efeito directo ou indirecto imediato ou
a longo prazo sobre os seres vivos e as actividades humanas
VII
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
7 Dos problemas ambientais indicados classifique-os como Globais ou Locais
a Alteraccedilotildees climaacuteticas Global Local
b Lixeiras (sem protecccedilatildeo) Global Local
c Diminuiccedilatildeo da Biodiversidade Global Local
d Destruiccedilatildeo das Florestas Tropicais Global Local
8 Durante o Curso na Academia Militar foram abordados temas relacionadas com o
Ambiente
Sim
Natildeo
81 Se respondeu sim diga quais (coloque os X que entender)
a temas gerais relacionados com o Ambiente
b impactos que a actividade Militar provoca no Ambiente
c a poluiccedilatildeo que as actividades Militares provocam
d cuidados a ter com o Ambiente quando na realizaccedilatildeo de exerciacuteciossemanas
de campo
e Outro Tema Qual __________________________________________
9 Durante o Curso na Academia Militar (jaacute) realizou algum trabalho relacionado com o
Ambiente
Sim
Natildeo
91 Se respondeu sim diga em que disciplina aacuterea ou actividade _________________
___________________________________________________________________
10 Como futuro Oficial considera que eacute importante ter conhecimentos sobre as questotildees
ambientais
Sim
Natildeo
VIII
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
IX
Apecircndice B ndash Resultados do Inqueacuterito - Destrios Distrito Curso AM Sexo Pergunta 1 Pergunta 2 Aveiro Artilharia Feminino Sim Sim Aveiro Cavalaria Masculino Sim Natildeo Aveiro Engenharias Masculino Sim Natildeo Aveiro Infantaria Masculino Sim Sim Aveiro Infantaria Masculino Sim Sim Aveiro Serviccedilo Adm Mil Masculino Sim Sim Aveiro Serviccedilo Sauacutede Feminino Sim Sim Beja GNR Masculino Sim Sim Braga Artilharia Masculino Sim Sim Braga Cavalaria Masculino Sim Sim Braga GNR Masculino Sim Natildeo Braga Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Braganccedila Transmissotildees Masculino Sim Natildeo Coimbra Engenharias Masculino Sim Natildeo Coimbra GNR Masculino Sim Sim Coimbra Serviccedilo Sauacutede Feminino Natildeo Sim Coimbra Serviccedilo Sauacutede Masculino Natildeo Natildeo Eacutevora GNR Masculino Sim Sim Eacutevora GNR Masculino Sim Sim Eacutevora GNR Masculino Natildeo Sim Faro GNR Masculino Sim Sim Guarda GNR Masculino Sim Natildeo Guarda GNR Masculino Sim Sim Guarda Infantaria Masculino Sim Sim Guarda Infantaria Masculino Sim Natildeo Guarda Infantaria Masculino Natildeo Natildeo Guarda Serviccedilo Mat Masculino Sim Natildeo Guarda Serviccedilo Sauacutede Masculino Natildeo Natildeo Leiria Cavalaria Masculino Sim Sim Leiria GNR Masculino Sim Natildeo Leiria GNR Masculino Sim Sim Lisboa Artilharia Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Sim Natildeo Lisboa GNR Masculino Sim Natildeo Lisboa GNR Masculino Sim Sim Lisboa GNR Masculino Natildeo Sim Lisboa Infantaria Masculino Sim Sim Lisboa Infantaria Masculino Sim Sim Lisboa Infantaria Masculino Natildeo Natildeo Lisboa Serviccedilo Adm Mil Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Adm Mil Masculino Natildeo Sim
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
X
Distrito Curso AM Sexo Pergunta 1Pergunta 2 Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Lisboa Transmissotildees Masculino Sim Sim Portalegre Cavalaria Masculino Sim Sim Portalegre GNR Masculino Sim Sim Porto GNR Masculino Sim Sim Porto GNR Masculino Sim Sim Porto Serviccedilo Adm Mil Feminino Sim Sim Porto Serviccedilo Adm Mil Masculino Sim Natildeo Porto Serviccedilo Mat Masculino Sim Natildeo Porto Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Porto Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Natildeo Porto Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Porto Transmissotildees Masculino Sim Sim Santareacutem Engenharias Masculino Sim Sim Santareacutem GNR Masculino Sim Sim Santareacutem GNR Masculino Sim Sim Santareacutem GNR Masculino Sim Sim Santareacutem GNR Masculino Sim Sim Santareacutem Infantaria Masculino Sim Sim Santareacutem Infantaria Masculino Sim Sim Santareacutem Serviccedilo Sauacutede Masculino Natildeo Sim Setuacutebal Artilharia Masculino Sim Sim Setuacutebal Artilharia Masculino Sim Sim Setuacutebal Artilharia Masculino Natildeo Natildeo Setuacutebal GNR Masculino Sim Sim Setuacutebal GNR Masculino Sim Sim Setuacutebal GNR Masculino Sim Sim Setuacutebal GNR Masculino Natildeo Sim Setuacutebal GNR Masculino Natildeo Natildeo Setuacutebal Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Setuacutebal Serviccedilo Sauacutede Masculino Natildeo Natildeo Vila Real GNR Masculino Sim Sim Vila Real GNR Masculino Sim Sim Vila Real GNR Masculino Sim Sim Vila Real Infantaria Masculino Sim Sim Vila Real Serviccedilo Sauacutede Feminino Sim Sim Vila Real Serviccedilo Sauacutede Masculino Sim Sim Vila Real Transmissotildees Masculino Sim Sim Viseu GNR Masculino Natildeo Natildeo Viseu Infantaria Masculino Sim Sim Viseu Infantaria Masculino Sim Sim Viseu Transmissotildees Masculino Sim Sim
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XI
Apecircndice C ndash Resultados do Inqueacuterito ndash perguntas nordm 4 5 6 e 7 Curso AM Pergunta 4 Pergunta 5 Pergunta 6 Pergunta 7A Pergunta 7B Pergunta 7C Pergunta 7D Artilharia B C C Globais Locais Globais Globais Artilharia B C C Globais Locais Globais Globais Artilharia B C B Globais Locais Locais Globais Artilharia B C A Globais Locais Globais Globais Artilharia B C D Globais Globais Globais Globais Artilharia B C D Globais Locais Globais Globais Cavalaria B C A Globais Locais Globais Globais Cavalaria B C B Globais Globais Globais Globais Cavalaria D D C Globais Locais Globais Globais Cavalaria D D D Globais Locais Globais Locais Engenharias B D A Globais Locais Globais Globais Engenharias B B B Globais Locais Globais Globais Engenharias D C B Globais Locais Globais Locais GNR B C C Globais Locais Globais Globais GNR B D D Globais Locais Globais Globais GNR B B B Globais Globais Globais Globais GNR B C B Globais Globais Globais Globais GNR B C D Globais Locais Globais Locais GNR B C C Globais Locais Globais Globais GNR B B B Globais Globais Globais Globais GNR B C D Globais Locais Locais Globais GNR B C D Globais Globais Globais Globais GNR B C D Globais Locais Locais Locais GNR B C B Globais Locais Globais Locais GNR B C D Globais Locais Globais Locais GNR B C D Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR B A D Locais Globais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Locais GNR B D D Globais Locais Globais Locais GNR B C C Globais Globais Globais Globais GNR B C B Globais Globais Globais Globais GNR B C D Globais Locais Globais Globais GNR B C B Globais Locais Globais Globais GNR C C B Globais Locais Globais Locais GNR D C B Globais Locais Globais Locais GNR D B B Globais Globais Globais Globais GNR D D C Globais Locais Globais Locais GNR D C C Globais Locais Globais Globais GNR D C D Globais Locais Globais Globais GNR D C C Globais Locais Globais Globais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XII
Curso AM Pergunta 4 Pergunta 5 Pergunta 6 Pergunta 7A Pergunta 7B Pergunta 7C Pergunta 7D GNR D B B Globais Locais Locais Globais GNR D D B Globais Locais Globais Globais GNR D C C Globais Globais Globais Globais GNR D C D Globais Locais Globais Globais Infantaria B C C Globais Locais Globais Globais Infantaria B C D Globais Locais Globais Globais Infantaria B B C Globais Locais Globais Globais Infantaria B B D Globais Locais Globais Locais Infantaria B C B Globais Locais Globais Globais Infantaria C C B Globais Locais Globais Globais Infantaria C B C Globais Locais Globais Globais Infantaria D B D Globais Locais Globais Globais Infantaria D C D Globais Locais Locais Locais Infantaria D C B Globais Locais Globais Globais Infantaria D C C Globais Locais Globais Globais Infantaria D D D Globais Locais Locais Globais Infantaria D B A Globais Globais Globais Globais SAM B B B Globais Locais Locais Globais SAM B C B Globais Locais Globais Globais SAM B C D Globais Locais Globais Locais SAM B C C Globais Locais Globais Globais SAM D B C Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Mat B C B Globais Globais Globais Globais Serviccedilo Mat B A B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B B B Globais Locais Locais Globais Serviccedilo Sauacutede B D A Globais Globais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B B B Globais Locais Locais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Locais Globais Globais Locais Serviccedilo Sauacutede B C D Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Globais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C C Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Globais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B B C Globais Locais Locais Globais Serviccedilo Sauacutede B C A Globais Globais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede B C B Globais Locais Globais Globais Serviccedilo Sauacutede C C B Locais Globais Globais Locais Serviccedilo Sauacutede D C D Globais Globais Locais Globais Serviccedilo Sauacutede D C C Globais Globais Globais Globais Transmissotildees B C C Globais Locais Globais Globais Transmissotildees B C D Globais Locais Globais Globais Transmissotildees C C D Globais Locais Globais Locais Transmissotildees C A D Globais Locais Globais Globais Transmissotildees D C D Globais Locais Globais Globais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XIII
Apecircndice D ndash Resultados do Inqueacuterito ndash perguntas nordm 8 81 9 e 10 Curso AM Pergunta 8 Pergunta 8-1 Pergunta 9 Pergunta 10 Artilharia Sim A B C e D Natildeo Sim Artilharia Sim B e D Natildeo Sim Artilharia Sim D Natildeo Sim Artilharia Sim A Natildeo Sim Artilharia Natildeo Natildeo Sim Artilharia Natildeo Natildeo Sim Cavalaria Sim A Natildeo Sim Cavalaria Sim B Natildeo Sim Cavalaria Sim E Natildeo Sim Cavalaria Sim D Natildeo Sim Engenharias Sim B e D Natildeo Sim Engenharias Sim A Natildeo Sim Engenharias Sim B C e D Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A B C e D Natildeo Sim GNR Sim A D e E Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim GNR Sim A C e D Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim E Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A C D e E Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim A e D Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim GNR Sim A Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim GNR Sim D Natildeo Sim
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XIV
Curso AM Pergunta 8 Pergunta 8-1Pergunta 9 Pergunta 10 GNR Sim A Natildeo Sim GNR Natildeo Natildeo Sim GNR Natildeo Natildeo Sim GNR Natildeo Natildeo Sim GNR Natildeo Natildeo Sim Infantaria Sim A e D Natildeo Sim Infantaria Sim A Natildeo Sim Infantaria Sim A Natildeo Sim Infantaria Sim A Natildeo Sim Infantaria Sim A e D Natildeo Sim Infantaria Sim A B C e D Natildeo Sim Infantaria Sim B e E Natildeo Sim Infantaria Sim A Natildeo Sim Infantaria Sim A B C e D Natildeo Sim Infantaria Sim E Sim Sim Infantaria Natildeo Natildeo Sim Infantaria Natildeo Natildeo Sim Infantaria Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Adm Mil Sim A B e D Natildeo Sim Serviccedilo Adm Mil Sim A Natildeo Sim Serviccedilo Adm Mil Sim D Natildeo Sim Serviccedilo Adm Mil Sim A Natildeo Sim Serviccedilo Adm Mil Sim A Natildeo Sim Serviccedilo Mat Sim D Natildeo Sim Serviccedilo Mat Sim A Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Sim B e D Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Sim D Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Natildeo Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Natildeo Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Serviccedilo Sauacutede Natildeo Natildeo Sim Transmissotildees Sim D Natildeo Sim Transmissotildees Sim A Natildeo Sim Transmissotildees Sim A e D Natildeo Sim Transmissotildees Sim A Natildeo Sim Transmissotildees Sim A B e D Natildeo Sim
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XV
Apecircndice E ndash Proposta de Constituiccedilatildeo do Sistema de Protecccedilatildeo Ambiental do
Exeacutercito 1 Estrutura Orgacircnica
a Gabinete de Planeamento e Coordenaccedilatildeo Ambiental do Exeacutercito (GPCAEx)
(1) Insere-se na Reparticcedilatildeo de Estudos da DLEME
(2) Constituiacutedo por 1 Tenente - Coronel ou Major especialista em Engenharia do
Ambiente e por 1 Sargento - Chefe ou Sargento - Ajudante instrutor de Protecccedilatildeo
Ambiental
b Gabinetes de Programaccedilatildeo e Controlo Ambiental dos Cmd Funcionais e do COFT
(GPCA ndash Cmd Log Pess Instr GPCA ndash COFT)
(1) Inserem-se na orgacircnica de cada Comando Funcional e do COFT
(2) Dependem tecnicamente do GabCmdtFunc EM compreendendo 1 Oficial e 1
Sargento instrutorencarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo Ambiental30
(3) As nomeaccedilotildees referidas em 1 b (2) satildeo feitas por norma em acumulaccedilatildeo de
funccedilotildees
(4) Apoiam-se tecnicamente no GPCAEx
c Gabinetes de Programaccedilatildeo e Controlo Ambiental das Brigadas (GPCA ndash
BMIBAIBLI)31
(1) Inserem-se na orgacircnica de cada Brigada
(2) Dependem do Chefe de EM compreendendo 1 Oficial e 1 Sargento instrutor
encarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo Ambiental32
(3) As nomeaccedilotildees referidas em 1 c (2) satildeo feitas por norma em acumulaccedilatildeo de
funccedilotildees
(4) Apoiam-se tecnicamente no GPCA (Ex)
d Gabinetes de Protecccedilatildeo Ambiental (GPA)
(1) Inserem-se na orgacircnica de cada UEO
(2) Dependem do 2ordm Cmdt Subdir Subch compreendendo 1 Oficial e 1 Sargento
instrutor encarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo Ambiental33
30 Preferencialmente Major ou Capitatildeo e Sargento - Ajudante ou 1ordm Sargento respectivamente 31 Natildeo consideramos os Comandos Territoriais e de Natureza Territorial em virtude de a Directiva 193CEME03
de 14 de Outubro prever a sua extinccedilatildeo (exceptua-se a Zona Militar da Madeira e a Zona Militar dos Accedilores) 32 Preferencialmente Major ou Capitatildeo e Sargento - Ajudante ou 1ordm Sargento respectivamente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XVI
(3) As nomeaccedilotildees referidas em 1 d (2) satildeo feitas por norma em acumulaccedilatildeo de
funccedilotildees
(4) Apoiam-se tecnicamente no GPCA de que a UEO depender
e Gabinete de Protecccedilatildeo Ambiental da EPE (GPA EPE)
(1) Insere-se na orgacircnica da EPE
(2) Apoia-se tecnicamente no GPCAEx
(3) Manteacutem a orgacircnica actual ateacute agrave futura aprovaccedilatildeo do respectivo QOP34
2 Estrutura de Qualificaccedilatildeo35
a Niacutevel Planeamento e Coordenaccedilatildeo Ambiental (GPCAEx)
(1) De acordo com o referido em 1 a (2) eacute necessaacuterio dispor a este niacutevel de 1 Oficial
do QP com uma poacutes-graduaccedilatildeo em Engenharia do Ambiente36 complementada
com a frequecircncia dos seguintes cursos
(a) Curso de Instrutor de Protecccedilatildeo Ambiental (CIPA) ndash EPE37
(b) Environmental Protection of Military Forces Course (C75) -NATO
SchoolSHAPE (Oberammergau)38
(c) Unit Commanders and Staff Environmental Orientation Course (C76) -
NATO SchoolSHAPE (Oberammergau)39
(2) Eacute ainda necessaacuterio 1 Sargento do QP encarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo
Ambiental com formaccedilatildeo conferida atraveacutes da frequecircncia do CIPA
b Niacutevel Programaccedilatildeo e Controlo Ambiental (GPCA - Cmd FuncCOFT e GPCA ndash
BMIBAIBLI)
De acordo com o referido em 1 b (2) e 1 c (2) eacute necessaacuterio dispor a este niacutevel e em
cada GPCA de 1 Oficial e 1 Sargento instrutorencarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo
Ambiental com formaccedilatildeo a conferir pelo CIPA
33 Preferencialmente Capitatildeo ou Tenente e 1ordm Sargento ou 2ordm Sargento respectivamente 34 O GPAEPE funciona actualmente sem QOP aprovado com 1 Cap Eng e 1 Sarg Aj Eng este uacuteltimo acumulando
funccedilotildees em outros Gabinetes da Unidade 35 Visa satisfazer as necessidades de qualificaccedilatildeo da estrutura orgacircnica anteriormente descrita 36 Em alternativa com uma licenciatura em Engenharia do Ambiente 37 Duraccedilatildeo de 2 semanas 38 Duraccedilatildeo de 2 semanas 39 Duraccedilatildeo de 1 semana
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XVII
c Niacutevel Gabinetes de Protecccedilatildeo Ambiental (GPA)
A este niacutevel eacute necessaacuterio dispor tal como referido em 1 d (2) de 1 Oficial e 1
Sargento instrutorencarregado de instruccedilatildeo de Protecccedilatildeo Ambiental com formaccedilatildeo a
conferir pelo CIPA
d Gabinete de Protecccedilatildeo Ambiental da EPE
(1) O Chefe do Gabinete deveraacute no miacutenimo estar habilitado com os trecircs cursos
referidos em 2 a (1) (a) (b) e (c)
(2) Os restantes instrutores deveratildeo no miacutenimo estar habilitados com o CIPA
3 Estrutura de Inspecccedilatildeo
a Inspecccedilatildeo ndash Geral do Exeacutercito
(1) Inspecciona as estruturas referidas em 1 e 2 utilizando preferencialmente pessoal
com qualificaccedilatildeo adequada natildeo pertencente agraves mesmas
(2) Apoia-se tecnicamente no GPCAEx ou se necessaacuterio em qualquer outro
organismo dentro ou fora do Exeacutercito
b Gabinetes de Programaccedilatildeo e Controlo Ambiental (GPCA - Cmd FuncCOFT e
Brigadas)
(1) Estabelecem um calendaacuterio de inspecccedilotildees a cumprir com o respectivo pessoal
orgacircnico junto das UEO subordinadas
(2) Apoiam-se tecnicamente no GPCAEx para a sua actividade neste acircmbito
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XVIII
ANEXOS Anexo A ndash Carta da Terra
Preacircmbulo
Estamos diante de um momento criacutetico na histoacuteria da Terra numa eacutepoca em que a
humanidade deve escolher o seu futuro Agrave medida que o mundo torna-se cada vez mais
interdependente e fraacutegil o futuro enfrenta ao mesmo tempo grandes perigos e grandes
promessas Para seguir adiante devemos reconhecer que no meio da uma magniacutefica
diversidade de culturas e formas de vida somos uma famiacutelia humana e uma comunidade
terrestre com um destino comum Devemos somar forccedilas para gerar uma sociedade
sustentaacutevel global baseada no respeito pela natureza nos direitos humanos universais na
justiccedila econoacutemica e numa cultura da paz Para chegar a este propoacutesito eacute imperativo que noacutes
os povos da Terra declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros com a grande
comunidade da vida e com as futuras geraccedilotildees
Terra Nosso Lar
A humanidade eacute parte de um vasto universo em evoluccedilatildeo A Terra nosso lar estaacute viva com
uma comunidade de vida uacutenica As forccedilas da natureza fazem da existecircncia uma aventura
exigente e incerta mas a Terra providenciou as condiccedilotildees essenciais para a evoluccedilatildeo da vida
A capacidade de recuperaccedilatildeo da comunidade da vida e o bem-estar da humanidade
dependem da preservaccedilatildeo de uma biosfera saudaacutevel com todos seus sistemas ecoloacutegicos uma
rica variedade de plantas e animais solos feacuterteis aacuteguas puras e ar limpo O Ambiente global
com seus recursos finitos eacute uma preocupaccedilatildeo comum de todas as pessoas A protecccedilatildeo da
vitalidade diversidade e beleza da Terra eacute um dever sagrado
A Situaccedilatildeo Global
Os padrotildees dominantes de produccedilatildeo e consumo estatildeo causando devastaccedilatildeo ambiental
reduccedilatildeo dos recursos e uma massiva extinccedilatildeo de espeacutecies Comunidades estatildeo sendo
arruinadas Os benefiacutecios do desenvolvimento natildeo estatildeo sendo divididos equitativamente e o
fosso entre ricos e pobres estaacute aumentando A injusticcedila a pobreza a ignoracircncia e os conflitos
violentos tecircm aumentado e eacute causa de grande sofrimento O crescimento sem precedentes da
populaccedilatildeo humana tem sobrecarregado os sistemas ecoloacutegico e social As bases da seguranccedila
global estatildeo ameaccediladas Essas tendecircncias satildeo perigosas mas natildeo inevitaacuteveis
Desafios Para o Futuro
A escolha eacute nossa formar uma alianccedila global para cuidar da Terra e uns dos outros ou
arriscar a nossa destruiccedilatildeo e a da diversidade da vida Satildeo necessaacuterias mudanccedilas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XIX
fundamentais dos nossos valores instituiccedilotildees e modos de vida Devemos entender que
quando as necessidades baacutesicas forem atingidas o desenvolvimento humano eacute primariamente
ser mais natildeo ter mais Temos o conhecimento e a tecnologia necessaacuterios para abastecer a
todos e reduzir nossos impactos ao Ambiente O surgimento de uma sociedade civil global
estaacute criando novas oportunidades para construir um mundo democraacutetico e humano Nossos
desafios ambientais econoacutemicos poliacuteticos sociais e espirituais estatildeo interligados e juntos
podemos forjar soluccedilotildees includentes
Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspiraccedilotildees devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade
universal identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa
comunidade local Somos ao mesmo tempo cidadatildeos de naccedilotildees diferentes e de um mundo no
qual a dimensatildeo local e global estatildeo ligadas Cada um comparte responsabilidade pelo
presente e pelo futuro pelo bem estar da famiacutelia humana e do grande mundo dos seres vivos
O espiacuterito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida eacute fortalecido quando
vivemos com reverecircncia o misteacuterio da existecircncia com gratidatildeo pelo presente da vida e com
humildade considerando o lugar que ocupa o ser humano na natureza Necessitamos com
urgecircncia de uma visatildeo de valores baacutesicos para proporcionar um fundamento eacutetico agrave
emergente comunidade mundial Portanto juntos na esperanccedila afirmamos os seguintes
princiacutepios todos interdependentes visando um modo de vida sustentaacutevel como criteacuterio
comum atraveacutes dos quais a conduta de todos os indiviacuteduos organizaccedilotildees empresas de
negoacutecios governos e instituiccedilotildees transnacionais seraacute guiada e avaliada
PRINCIacutePIOS
I RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1 Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade
a Reconhecer que todos os seres satildeo interligados e cada forma de vida tem valor
independentemente do uso humano
b Afirmar a feacute na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial
intelectual artiacutestico eacutetico e espiritual da humanidade
2 Cuidar da comunidade da vida com compreensatildeo compaixatildeo e amor
a Aceitar que com o direito de possuir administrar e usar os recursos naturais vem o
dever de impedir o dano causado ao Ambiente e de proteger o direito das pessoas
b Afirmar que o aumento da liberdade dos conhecimentos e do poder comporta
responsabilidade na promoccedilatildeo do bem comum
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XX
3 Construir sociedades democraacuteticas que sejam justas participativas sustentaacuteveis e
paciacuteficas
a Assegurar que as comunidades em todos niacuteveis garantam os direitos humanos e as
liberdades fundamentais e dar a cada a oportunidade de realizar seu pleno potencial
b Promover a justiccedila econoacutemica propiciando a todos a consecuccedilatildeo de uma subsistecircncia
significativa e segura que seja ecologicamente responsaacutevel
4 Garantir a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e as futuras geraccedilotildees
a Reconhecer que a liberdade de acccedilatildeo de cada geraccedilatildeo eacute condicionada pelas
necessidades das geraccedilotildees futuras
b Transmitir agraves geraccedilotildees futuras valores tradiccedilotildees e instituiccedilotildees que apoiem a longo
termo a prosperidade das comunidades humanas e ecoloacutegicas da Terra Para poder
cumprir estes quatro extensos compromissos eacute necessaacuterio
II INTEGRIDADE ECOLOacuteGICA
5 Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecoloacutegicos da Terra com especial
preocupaccedilatildeo pela diversidade bioloacutegica e pelos processos naturais que sustentam a
vida
a Adoptar planos e regulaccedilotildees de desenvolvimento sustentaacutevel em todos os niacuteveis que
faccedilam com que a conservaccedilatildeo ambiental e a reabilitaccedilatildeo sejam parte integral de todas
as iniciativas de desenvolvimento
b Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viaacutevel e da biosfera incluindo
terras selvagens e aacutereas marinhas para proteger os sistemas de sustento agrave vida da
Terra manter a biodiversidade e preservar nossa heranccedila natural
c Promover a recuperaccedilatildeo de espeacutecies e ecossistemas em perigo
d Controlar e erradicar organismos natildeo-nativos ou modificados geneticamente que
causem dano agraves espeacutecies nativas ao Ambiente e prevenir a introduccedilatildeo desses
organismos daninhos
e Manejar o uso de recursos renovaacuteveis como a aacutegua solo produtos florestais e a vida
marinha com maneiras que natildeo excedam as taxas de regeneraccedilatildeo e que protejam a
sanidade dos ecossistemas
f Manejar a extracccedilatildeo e uso de recursos natildeo renovaacuteveis como minerais e combustiacuteveis
foacutesseis de forma que diminua a exaustatildeo e natildeo cause seacuterio dano ambiental
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXI
6 Prevenir o dano ao Ambiente como o melhor meacutetodo de protecccedilatildeo ambiental e
quando o conhecimento for limitado tomar o caminho da prudecircncia
a Orientar acccedilotildees para evitar a possibilidade de seacuterios ou irreversiacuteveis danos ambientais
mesmo quando a informaccedilatildeo cientiacutefica seja incompleta ou natildeo conclusiva
b Impor o oacutenus da prova agravequeles que afirmam que a actividade proposta natildeo causaraacute
dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano
ambiental
c Garantir que a decisatildeo a ser tomada oriente-se pelas consequecircncias humanas globais
cumulativas de longo prazo indirectas e de longa distacircncia
d Impedir a poluiccedilatildeo de qualquer parte do meio natildeo permitir o aumento de substacircncias
radioactivas toacutexicas ou outras substacircncias perigosas
e Evitar que actividades militares causem dano ao Ambiente
7 Adoptar padrotildees de produccedilatildeo consumo e reproduccedilatildeo que protejam as
capacidades regenerativas da Terra os direitos humanos e o bem-estar
comunitaacuterio
a Reduzir reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produccedilatildeo e consumo e
garantir que os resiacuteduos possam ser assimilados pelos sistemas ecoloacutegicos
b Actuar com restriccedilatildeo e eficiecircncia no uso de energia e recorrer cada vez mais aos
recursos energeacuteticos renovaacuteveis como a energia solar e do vento
c Promover o desenvolvimento a adopccedilatildeo e a transferecircncia equitativa de tecnologias
ambientais saudaacuteveis
d Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviccedilos no preccedilo de venda
e habilitar aos consumidores identificar produtos que satisfaccedilam as mais altas normas
sociais e ambientais
e Garantir acesso universal ao cuidado da sauacutede que fomente a sauacutede reprodutiva e a
reproduccedilatildeo responsaacutevel
f Adoptar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e o suficiente material num
mundo finito
8 Avanccedilar o estudo da sustentabilidade ecoloacutegica e promover a troca aberta e uma
ampla aplicaccedilatildeo do conhecimento adquirido
a Apoiar a cooperaccedilatildeo cientiacutefica e teacutecnica internacional relacionada agrave sustentabilidade
com especial atenccedilatildeo agraves necessidades das naccedilotildees em desenvolvimento
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXII
b Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas
as culturas que contribuem para a protecccedilatildeo ambiental e o bem-estar humano
c Garantir que informaccedilotildees de vital importacircncia para a sauacutede humana e para a protecccedilatildeo
ambiental incluindo informaccedilatildeo geneacutetica estejam disponiacuteveis ao domiacutenio puacuteblico
III JUSTICcedilA SOCIAL E ECONOcircMICA
9 Erradicar a pobreza como um imperativo eacutetico social econoacutemico e ambiental
a Garantir o direito agrave aacutegua potaacutevel ao ar puro agrave seguranccedila alimentar aos solos natildeo
contaminados ao abrigo e saneamento seguro distribuindo os recursos nacionais e
internacionais requeridos
b Prover cada ser humano de educaccedilatildeo e recursos para assegurar uma subsistecircncia
sustentaacutevel e dar seguro social (meacutedico) e seguranccedila colectiva a todos aqueles que natildeo
satildeo capazes de manter-se a si mesmos
c Reconhecer ao ignorado proteger o vulneraacutevel servir agravequeles que sofrem e permitir-
lhes desenvolver suas capacidades e alcanccedilar suas aspiraccedilotildees
10 Garantir que as actividades econoacutemicas e instituiccedilotildees em todos os niacuteveis
promovam o desenvolvimento humano de forma equitativa e sustentaacutevel
a Promover a distribuiccedilatildeo equitativa da riqueza dentro e entre naccedilotildees
b Incrementar os recursos intelectuais financeiros teacutecnicos e sociais das naccedilotildees em
desenvolvimento e aliviar as diacutevidas internacionais onerosas
c Garantir que todas as transaccedilotildees comerciais apoiem o uso de recursos sustentaacuteveis a
protecccedilatildeo ambiental e normas laborais progressistas
d Exigir que corporaccedilotildees multinacionais e organizaccedilotildees financeiras internacionais
actuem com transparecircncia em benefiacutecio do bem comum e responsabilizaacute-las pelas
consequecircncias de suas actividades
11 Afirmar a igualdade e a equidade de geacutenero como preacute-requisitos para o
desenvolvimento sustentaacutevel e assegurar o acesso universal agrave educaccedilatildeo ao
cuidado da sauacutede e agraves oportunidades econoacutemicas
a Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
violecircncia contra elas
b Promover a participaccedilatildeo activa das mulheres em todos os aspectos da vida econoacutemica
poliacutetica civil social e cultural como parceiros plenos e paritaacuterios tomadores de
decisatildeo liacutederes e beneficiaacuterios
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXIII
c Fortalecer as famiacutelias e garantir a seguranccedila e a criaccedilatildeo amorosa de todos os membros
da famiacutelia
12 Defender sem discriminaccedilatildeo os direitos de todas as pessoas a um Ambiente
natural e social capaz de assegurar a dignidade humana a sauacutede corporal e o
bem-estar espiritual dando especial atenccedilatildeo aos direitos dos povos indiacutegenas e
minorias
a Eliminar a discriminaccedilatildeo em todas suas formas como as baseadas na raccedila cor geacutenero
orientaccedilatildeo sexual religiatildeo idioma e origem nacional eacutetnica ou social
b Afirmar o direito dos povos indiacutegenas agrave sua espiritualidade conhecimentos terras e
recursos assim como agraves suas praacuteticas relacionadas a formas sustentaacuteveis de vida
c Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades habilitando-os para cumprir seu
papel essencial na criaccedilatildeo de sociedades sustentaacuteveis
d Proteger e restaurar lugares notaacuteveis de significado cultural e espiritual
IVDEMOCRACIA NAtildeO VIOLEcircNCIA E PAZ
13 Fortalecer as instituiccedilotildees democraacuteticas em todos os niacuteveis e proporcionar-lhes
transparecircncia e prestaccedilatildeo de contas no exerciacutecio do governo a participaccedilatildeo
inclusiva na tomada de decisotildees e no acesso agrave justiccedila
a Defender o direito a todas as pessoas de receber informaccedilatildeo clara e oportuna sobre
assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e actividades que poderiam
afectaacute-las ou nos quais tivessem interesse
b Apoiar sociedades locais regionais e globais e promover a participaccedilatildeo significativa de
todos os indiviacuteduos e organizaccedilotildees na toma de decisotildees
c Proteger os direitos agrave liberdade de opiniatildeo de expressatildeo de assembleia paciacutefica de
associaccedilatildeo e de oposiccedilatildeo (ou discordacircncia)
d Instituir o acesso efectivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais
independentes incluindo mediaccedilatildeo e rectificaccedilatildeo dos danos ambientais e da ameaccedila de
tais danos
e Eliminar a corrupccedilatildeo em todas as instituiccedilotildees puacuteblicas e privadas
f Fortalecer as comunidades locais habilitando-as a cuidar dos seus proacuteprios Ambientes
e designar responsabilidades ambientais a niacutevel governamental onde possam ser
cumpridas mais efectivamente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXIV
14 Integrar na educaccedilatildeo formal e aprendizagem ao longo da vida os conhecimentos
valores e habilidades necessaacuterias para um modo de vida sustentaacutevel
a Oferecer a todos especialmente a crianccedilas e a jovens oportunidades educativas que
possibilite contribuir activamente para o desenvolvimento sustentaacutevel
b Promover a contribuiccedilatildeo das artes e humanidades assim como das ciecircncias na
educaccedilatildeo sustentaacutevel
c Intensificar o papel dos meios de comunicaccedilatildeo de massas no sentido de aumentar a
conscientizaccedilatildeo dos desafios ecoloacutegicos e sociais
d Reconhecer a importacircncia da educaccedilatildeo moral e espiritual para uma subsistecircncia
sustentaacutevel
15 Tratar todos os seres vivos com respeito e consideraccedilatildeo
a Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e diminuir seus
sofrimentos
b Proteger animais selvagens de meacutetodos de caccedila armadilhas e pesca que causem
sofrimento externo prolongado e evitaacutevel
c Evitar ou eliminar ao maacuteximo possiacutevel a captura de espeacutecies que natildeo satildeo o alvo (ou
objectivo)
16 Promover uma cultura de toleracircncia natildeo violecircncia e paz
a Estimular e apoiar o entendimento muacutetuo a solidariedade e a cooperaccedilatildeo entre todas as
pessoas dentro das e entre as naccedilotildees
b Implementar estrateacutegias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboraccedilatildeo
na resoluccedilatildeo de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras
disputas
c Desmilitarizar os sistemas de seguranccedila nacional ateacute chegar ao niacutevel de uma postura
natildeo provocativa da defesa e converter os recursos militares em propoacutesitos paciacuteficos
incluindo restauraccedilatildeo ecoloacutegica
d Eliminar armas nucleares bioloacutegicas e toacutexicas e outras armas de destruiccedilatildeo em massa
e Assegurar que o uso do espaccedilo orbital e coacutesmico mantenha a protecccedilatildeo ambiental e a
paz
f Reconhecer que a paz eacute a plenitude criada por relaccedilotildees correctas consigo mesmo com
outras pessoas outras culturas outras vidas com a Terra e com a totalidade maior da
qual somos parte
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXV
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na histoacuteria o destino comum nos conclama a buscar um novo comeccedilo
Tal renovaccedilatildeo eacute a promessa dos princiacutepios da Carta da Terra Para cumprir esta promessa
temos que nos comprometer a adoptar e promover os valores e objectivos da Carta
Isto requer uma mudanccedila na mente e no coraccedilatildeo Requer um novo sentido de
interdependecircncia global e de responsabilidade universal Devemos desenvolver e aplicar
com imaginaccedilatildeo a visatildeo de um modo de vida sustentaacutevel aos niacuteveis local nacional
regional e global Nossa diversidade cultural eacute uma heranccedila preciosa e diferentes culturas
encontraratildeo suas proacuteprias e distintas formas de realizar esta visatildeo Devemos aprofundar e
expandir o diaacutelogo global gerado pela Carta da Terra porque temos muito que aprender a
partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria
A vida muitas vezes envolve tensotildees entre valores importantes Isto pode significar
escolhas difiacuteceis Poreacutem necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade
com a unidade o exerciacutecio da liberdade com o bem comum objectivos de curto prazo com
metas de longo prazo Todo indiviacuteduo famiacutelia organizaccedilatildeo e comunidade tecircm um papel
vital a desempenhar As artes as ciecircncias as religiotildees as instituiccedilotildees educativas os meios
de comunicaccedilatildeo as empresas as organizaccedilotildees natildeo-governamentais e os governos satildeo
todos chamados a oferecer uma lideranccedila criativa A parceria entre governo sociedade
civil e empresas eacute essencial para uma governabilidade efectiva
Para construir uma comunidade global sustentaacutevel as naccedilotildees do mundo devem renovar
seu compromisso com as Naccedilotildees Unidas cumprir com suas obrigaccedilotildees respeitando os
acordos internacionais existentes e apoiar a implementaccedilatildeo dos princiacutepios da Carta da
Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao Ambiente e ao
desenvolvimento Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova
reverecircncia face agrave vida pelo compromisso firme de alcanccedilar a sustentabilidade a
intensificaccedilatildeo da luta pela justiccedila e pela paz e a alegre celebraccedilatildeo da vida
Fonte Agrisustentavel 2003
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXVI
Anexo B ndash Etapas da institucionalizaccedilatildeo da poliacutetica de Ambiente em Portugal Instituiccedilotildees poliacuteticas
1971 Comissatildeo Nacional de Ambiente
1972 Eacute criada a Subsecretaria de Estado do Ambiente na sequecircncia da Conferecircncia de Estocolmo
1974-75 Ministeacuterio do Equipamento Social e do Ambiente
1975 Eacute criada a Secretaria de Estado do Ambiente
1978-85 Ministeacuterio da Qualidade de Vida
1985 Eacute criada a Secretaria de Estado do Ambiente e Recursos Naturais
1990-95 Ministeacuterio do Ambiente e Recursos Naturais
1995-99 Ministeacuterio do Ambiente
1999-02 Ministeacuterio do Ambiente e ordenamento e desenvolvimento urbano
2002 - Ministeacuterio das Cidades Ordenamento do territoacuterio e Ambiente
Dimensatildeo juriacutedico-legal 1976 Direitos do Ambiente na Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa
1987 Lei de Bases do Ambiente (Lei nordm 1187) cria o Instituto Nacional do Ambiente (INamb artigo 39ordm)
1990 O Decreto-Lei nordm18690 determina a Avaliaccedilatildeo de Impacte Ambiental (revogado em 1997)
2000 Decreto-Lei nordm 6900 transpotildee a directiva nordm 85337CEE com a alteraccedilotildees introduzidas pela Directiva 9711CE
Interface Administraccedilatildeo-Sociedade Civil 1986 Criaccedilatildeo do Grupo de Estudos de Ordenamento do Territoacuterio e Ambiente (GEOTA)
1986 Criaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Nacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (QUERCUS)
1987 INamb mais tarde Instituto de Promoccedilatildeo Ambiental (IPamb)
1987 Lei das Associaccedilotildees de Defesa do Ambiente (Lei 1087) revogada pela Lei nordm 3598
1992 ADA (ou ONGA) com representaccedilatildeo no Conselho Econoacutemico e Social
2002 Extinccedilatildeo da Direcccedilatildeo Geral do Ambiente e do IPamb e criaccedilatildeo do Instituto do Ambiente
Monitorizaccedilatildeo e capacidade cientiacutefico-teacutecnica 1987 Relatoacuterios de qualidade ambiental (a partir de 1987)
1991 Livro Branco (apenas uma ediccedilatildeo)
1994 Plano Nacional de Poliacutetica do Ambiente (versatildeo preliminar)
1996 Rede Natura (apresentada para consulta puacuteblica)
Dificuldades na criaccedilatildeo de sistemas de informaccedilatildeo eficazes e actualizados nas aacutereas do Ambiente
A Educaccedilatildeo para o Ambiente
1990 Formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Portuguesa de Educaccedilatildeo Ambiental
1990 1ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
1991 2ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Luso
1992 3ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Oeiras
1993 4ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
1994 5ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Olhatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXVII
1995 6ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Coniacutembriga
1996 7ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Funchal
1997 8ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Alcanena
1998 9ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
1999 10ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental na HortaAccedilores
2000 11ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Porto
2001 12ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Lisboa
Adaptado de Pereira e Gomes 1996 e de Soromenho Marques 1998a e IAmbiente 2003
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXVIII
Anexo C ndash Decreto Regulamentar nordm 1195 de 23 de Maio
A Lei Orgacircnica do Ministeacuterio da Defesa Nacional aprovada pelo Decreto-Lei nordm 4793 de 26 de
Fevereiro criou a Direcccedilatildeo-Geral de Infra-Estruturas a partir de uma cisatildeo da anterior Direcccedilatildeo-
Geral de Pessoal e Infra-Estruturas e determinou que se procedesse por decreto regulamentar agrave
estatuiccedilatildeo da organizaccedilatildeo e competecircncias dos serviccedilos centrais do Ministeacuterio
No quadro da reestruturaccedilatildeo do Estado-Maior-General das Forccedilas Armadas (EMGFA) e dos
ramos das Forccedilas Armadas foram cometidas aos oacutergatildeos e serviccedilos centrais do Ministeacuterio da
Defesa Nacional novas competecircncias de ordem essencialmente administrativa que antes se
encontravam dispersas por oacutergatildeos e serviccedilos dependentes das Forccedilas Armadas que agora se
extinguiram ou se subordinaram aos serviccedilos centrais do Ministeacuterio
No que diz respeito agrave Direcccedilatildeo-Geral de Infra-Estruturas concebida como o serviccedilo de
concepccedilatildeo coordenaccedilatildeo e apoio teacutecnico na gestatildeo do patrimoacutenio e infra-estruturas concretiza-se
com este diploma a transferecircncia de competecircncias anteriormente cometidas ao EMGFA e a
absorccedilatildeo das atribuiccedilotildees da Comissatildeo Executiva de Infra-Estruturas OTAN (CEIOTAN) da
Comissatildeo de Manutenccedilatildeo de Infra-Estruturas OTAN (COMIN) e da Comissatildeo Coordenadora de
Informaacutetica das Forccedilas Armadas (CCIFA) serviccedilos que se extinguem
Assim
Ao abrigo do disposto no nordm 1 do artigo 23ordm do Decreto-Lei nordm 4793 de 26 de Fevereiro e nos
termos da aliacutenea c) do artigo 202ordm da Constituiccedilatildeo o Governo decreta o seguinte
CAPIacuteTULO I
Natureza
Artigo 1ordm
Natureza
A Direcccedilatildeo-Geral de Infra-Estruturas (DGIE) eacute o serviccedilo de concepccedilatildeo coordenaccedilatildeo e apoio
teacutecnico no domiacutenio da gestatildeo do patrimoacutenio e das infra-estruturas necessaacuterios agraves Forccedilas
Armadas
Artigo 2ordm
Competecircncias
Agrave DGIE compete em especial
a) Elaborar os estudos conducentes ao estabelecimento das poliacuteticas de logiacutestica e de
infra-estruturas militares e civis necessaacuterias agrave defesa nacional
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXIX
b) Participar na elaboraccedilatildeo dos planos globais de logiacutestica e de infra-estruturas das
Forccedilas Armadas e dos programas deles decorrentes designadamente as propostas
da Lei de Programaccedilatildeo Militar (LPM)
c) Emitir pareceres sobre a constituiccedilatildeo modificaccedilatildeo ou extinccedilatildeo de servidotildees
militares bem como sobre licenciamento de obras nas aacutereas por elas
condicionadas
d) Participar na preparaccedilatildeo e execuccedilatildeo de medidas que envolvam a requisiccedilatildeo aos
particulares de coisas ou serviccedilos
e) Colaborar no planeamento de infra-estruturas natildeo militares que pela sua natureza
possam interessar agrave defesa nacional
f) Coordenar os aspectos relativos agrave definiccedilatildeo e apreciaccedilatildeo de normas de
funcionalidade e racionalizaccedilatildeo de recursos designadamente nos domiacutenios
energeacutetico do Ambiente e do ordenamento do territoacuterio
g) Assegurar a coordenaccedilatildeo de todos os aspectos normativos e funcionais no acircmbito
das actividades relativas ao conhecimento do mar e aos serviccedilos de cartografia e
sistemas de informaccedilatildeo geograacutefica
h) Promover os estudos necessaacuterios e coordenar a elaboraccedilatildeo dos planos e
programas bem como a execuccedilatildeo das medidas e normas teacutecnicas de
enquadramento dos sistemas de informaccedilatildeo e das tecnologias associadas
i) Propor e executar a poliacutetica de defesa nacional e o respectivo planeamento
estrateacutegico no acircmbito dos sistemas de comunicaccedilotildees comando e controlo e
informaccedilatildeo assegurando a ligaccedilatildeo com as competentes organizaccedilotildees nacionais e
internacionais
j) Coordenar e executar em colaboraccedilatildeo com os serviccedilos competentes as acccedilotildees
relativas agrave aquisiccedilatildeo e disposiccedilatildeo do patrimoacutenio do Estado afecto ao Ministeacuterio da
Defesa Nacional
CAPIacuteTULO II
Oacutergatildeos e serviccedilos
Artigo 3ordm
Director-geral
1 - A DGIE eacute dirigida por um director-geral coadjuvado por um subdirector-geral
2 - O director-geral eacute substituiacutedo nas suas ausecircncias e impedimentos pelo subdirector-geral
Artigo 4ordm
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXX
Serviccedilos
Satildeo serviccedilos da DGIE
a) A Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Programaccedilatildeo e Normalizaccedilatildeo (DSPN)
b) A Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Infra-Estruturas e Comunicaccedilotildees (DSIEC)
c) A Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Gestatildeo Patrimonial (DSGP)
d) A Reparticcedilatildeo de Administraccedilatildeo (RA)
Artigo 5ordm
Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Programaccedilatildeo e Normalizaccedilatildeo
1 - A DSPN eacute o serviccedilo de estudo preparaccedilatildeo coordenaccedilatildeo e controlo das actividades relativas
ao planeamento programaccedilatildeo projecto e execuccedilatildeo das infra-estruturas necessaacuterias agrave defesa
nacional
2 - A DSPN compreende
a) A Divisatildeo de Planeamento e Programas (DPP)
b) A Divisatildeo de Normalizaccedilatildeo e Tipificaccedilatildeo (DNT)
c) A Divisatildeo de Estudos Ambientais (DEA)
Artigo 6ordm
Divisatildeo de Planeamento e Programas
Agrave DPP compete
a) Propor a definiccedilatildeo das poliacuteticas de infra-estruturas militares e civis necessaacuterias agrave
defesa nacional
b) Estabelecer directivas referentes ao planeamento e programaccedilatildeo de infra-
estruturas
c) Coordenar a elaboraccedilatildeo propor a aprovaccedilatildeo e avaliar a execuccedilatildeo dos planos de
infra-estruturas de meacutedio e longo prazos
d) Promover a elaboraccedilatildeo e aprovaccedilatildeo e acompanhar a execuccedilatildeo dos planos
directores de grandes infra-estruturas militares
e) Emitir parecer sobre planos e orccedilamentos anuais de construccedilotildees e grandes
reparaccedilotildees de infra-estruturas militares e controlar os seus projectos e execuccedilatildeo
em especial dos previstos na LPM e nos planos anuais de obras dos ramos
f) Proceder agrave anaacutelise de custos de infra-estruturas militares e estabelecer regras para
o seu controlo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXI
g) Colaborar no planeamento e programaccedilatildeo de infra-estruturas natildeo militares que
pela sua natureza possam interessar agrave defesa nacional em caso de exerciacutecios
cataacutestrofe emergecircncia ou guerra
Artigo 7ordm
Divisatildeo de Normalizaccedilatildeo e Tipificaccedilatildeo
Agrave DNT compete
a) Coordenar e controlar os assuntos relativos agrave definiccedilatildeo e aplicaccedilatildeo de normas de
funcionalidade e racionalizaccedilatildeo das infra-estruturas afectas agrave defesa nacional
b) Promover estudos relativos agrave normalizaccedilatildeo e tipificaccedilatildeo de instalaccedilotildees militares
c) Promover a definiccedilatildeo de normas relativas agraves caracteriacutesticas teacutecnicas gerais de
construccedilotildees aos modos de execuccedilatildeo de trabalhos aos materiais e equipamentos
de infra-estruturas militares
d) Difundir directivas referentes agrave manutenccedilatildeo de infra-estruturas
e) Promover estudos e assegurar a coordenaccedilatildeo dos aspectos normativos e
funcionais do acircmbito das actividades e serviccedilos de cartografia e sistemas de
informaccedilatildeo geograacutefica
f) Propor aacutereas de Investigaccedilatildeo e Desenvolvimento (IampD) no domiacutenio das
construccedilotildees e tecnologia dos materiais de interesse para a defesa nacional
Artigo 8ordm
Divisatildeo de Estudos Ambientais
Agrave DEA compete
a) Promover estudos e difundir directivas de protecccedilatildeo ambiental relativas agraves
instalaccedilotildees e actividades da defesa nacional
b) Promover a difusatildeo de informaccedilatildeo e a realizaccedilatildeo de programas de formaccedilatildeo no
domiacutenio do Ambiente
c) Promover e acompanhar estudos de protecccedilatildeo de impacte ambiental relativos
designadamente agraves infra-estruturas aos novos meios e agraves aacutereas de treino militar
d) Fomentar e desenvolver actividades de prevenccedilatildeo e correcccedilatildeo das agressotildees ao
Ambiente na aacuterea da defesa nacional
e) Coordenar a participaccedilatildeo do Ministeacuterio da Defesa Nacional em actividades e
projectos relativos agrave protecccedilatildeo do meio Ambiente
Artigo 9ordm
Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Infra-Estruturas e Comunicaccedilotildees
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXII
1 - A DSIEC eacute o serviccedilo coordenador da execuccedilatildeo operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo de infra-estruturas
atribuiacutedas aos ramos para utilizaccedilatildeo bilateral internacional e de uso muacuteltiplo na aacuterea da defesa
nacional
2 - A DSIEC coordena na aacuterea de defesa nacional e em estreita articulaccedilatildeo com o Estado-Maior-
General das Forccedilas Armadas (EMGFA) as acccedilotildees relativas agrave definiccedilatildeo dos sistemas de
informaccedilatildeo comunicaccedilatildeo e tecnologias associadas
3 - A DSIEC compreende os seguintes serviccedilos
a) A Divisatildeo de Infra-Estruturas (DIE)
b) A Divisatildeo de Sistemas de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilotildees (DSIC)
Artigo 10ordm
Divisatildeo de Infra-Estruturas
Agrave DIE compete
a) Preparar e difundir directivas referentes ao projecto e execuccedilatildeo de infra-estruturas
internacionais de interesse para a defesa nacional
b) Participar na programaccedilatildeo de infra-estruturas internacionais
c) Promover e coordenar a elaboraccedilatildeo de projectos de infra-estruturas internacionais
propondo-os agrave aprovaccedilatildeo dos organismos competentes
d) Elaborar propostas de atribuiccedilatildeo de fundos para a execuccedilatildeo dos projectos e das
obras promover o respectivo processo financeiro e assegurar o registo e
contabilizaccedilatildeo de comparticipaccedilotildees de fundos internacionais
e) Promover a realizaccedilatildeo de concursos para a execuccedilatildeo de infra-estruturas
adjudicaccedilatildeo das obras e celebraccedilatildeo dos contratos
f) Coordenar fiscalizar e controlar a execuccedilatildeo dos projectos de infra-estruturas
g) Promover coordenar e controlar o processo de recepccedilatildeo e primeiro
estabelecimento das infra-estruturas
h) Promover a aplicaccedilatildeo de directivas nacionais ou internacionais relativas agrave gestatildeo
das infra-estruturas de utilizaccedilatildeo internacional
i) Coordenar a elaboraccedilatildeo de acordos de utilizaccedilatildeo de infra-estruturas OTAN em
territoacuterio nacional assegurando todos os contactos com os comandos e utentes em
relaccedilatildeo agrave operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo
j) Acompanhar os processos de operaccedilatildeo das infra-estruturas internacionais e
verificar o seu estado de prontidatildeo e do respectivo equipamento
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXIII
k) Preparar coordenar e participar nas inspecccedilotildees anuais e nas auditorias financeiras
agraves infra-estruturas OTAN e coordenar as acccedilotildees correctivas definidas
l) Coordenar e controlar a manutenccedilatildeo das infra-estruturas e as responsabilidades
dos utentes
m) Participar na fiscalizaccedilatildeo e controlo da gestatildeo das infra-estruturas da
responsabilidade nacional usadas por outros paiacuteses
n) Propor a rentabilizaccedilatildeo econoacutemica e social das infra-estruturas da sua
competecircncia de actuaccedilatildeo
Artigo 11ordm
Divisatildeo de Sistemas de Informaccedilatildeo e Comunicaccedilotildees
Agrave DSIC compete
a) Promover a definiccedilatildeo e difusatildeo no acircmbito da defesa nacional da poliacutetica geral e
do planeamento estrateacutegico aplicaacuteveis agrave informaacutetica e sistemas de informaccedilatildeo
b) Promover e assegurar a coordenaccedilatildeo do planeamento programaccedilatildeo e execuccedilatildeo de
medidas e normas teacutecnicas enquadrantes dos sistemas de informaccedilatildeo e
tecnologias associadas para a aacuterea da defesa nacional
c) Assegurar a representaccedilatildeo nos organismos nacionais e internacionais
coordenadores das poliacuteticas de informaacutetica e dos sistemas de informaccedilatildeo
d) Coordenar o desenvolvimento de projectos envolvendo a aquisiccedilatildeo de
equipamentos e ou serviccedilos de informaacutetica no acircmbito da defesa nacional
e) Elaborar e actualizar o cadastro dos sistemas informaacuteticos das Forccedilas Armadas
f) Promover a definiccedilatildeo no acircmbito da defesa nacional da poliacutetica de comunicaccedilotildees
e o respectivo planeamento estrateacutegico
g) Coordenar o estabelecimento da doutrina nacional de comunicaccedilotildees comando e
controlo na aacuterea da defesa nacional
h) Assegurar no acircmbito da defesa nacional a representaccedilatildeo nos organismos
nacionais e internacionais coordenadores da poliacutetica de comunicaccedilotildees comando e
controlo
i) Assegurar junto dos operadores puacuteblicos de telecomunicaccedilotildees em coordenaccedilatildeo
com outras entidades nacionais e internacionais e no acircmbito da defesa nacional
todos os pedidos temporaacuterios de circuitos sua actualizaccedilatildeo e tarifaacuterio
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXIV
j) Assegurar a gestatildeo do espectro das radiofrequecircncias nas faixas atribuiacutedas agrave
defesa nacional e nos termos dos acordos estabelecidos a niacutevel nacional e
internacional em cooperaccedilatildeo com outras entidades civis e militares
k) Propor e acompanhar no acircmbito da defesa nacional as posiccedilotildees nacionais sobre
os programas de infra-estruturas internacionais na aacuterea das comunicaccedilotildees
comando e controlo
l) Propor e coordenar as acccedilotildees nacionais no domiacutenio das comunicaccedilotildees comando
e controlo relativas agrave satisfaccedilatildeo de compromissos decorrentes de acordos
internacionais na aacuterea da defesa nacional
m) Elaborar o cadastro de infra-estruturas civis de comunicaccedilotildees consideradas de
interesse para a defesa nacional
n) Propor no acircmbito da defesa nacional aacutereas de IampD no domiacutenio das
comunicaccedilotildees comando e controlo que visem incrementar o desenvolvimento da
induacutestria nacional
Artigo 12ordm
Direcccedilatildeo de Serviccedilos de Gestatildeo Patrimonial
1 - A DSGP eacute o serviccedilo de estudo coordenaccedilatildeo e execuccedilatildeo das actividades relativas agrave gestatildeo do
patrimoacutenio agraves servidotildees militares e ao licenciamento de obras nas respectivas aacutereas
2 - A DSGP compreende
a) A Divisatildeo de Inventaacuterio Cadastro e Gestatildeo Patrimonial (DICGP)
b) A Divisatildeo de Servidotildees e Licenciamentos (DSL)
Artigo 13ordm
Divisatildeo de Inventaacuterio Cadastro e Gestatildeo Patrimonial
Agrave DICGP compete
a) Elaborar e manter actualizado o inventaacuterio e o cadastro de todos os imoacuteveis afectos ao
Ministeacuterio da Defesa Nacional
b) Promover e assegurar a clarificaccedilatildeo juriacutedica designadamente a inscriccedilatildeo matricial e o
registo a favor do Estado dos imoacuteveis do seu domiacutenio privado afectos ao Ministeacuterio da
Defesa Nacional
c) Propor e coordenar a execuccedilatildeo das medidas de poliacutetica relativas agrave gestatildeo do patrimoacutenio
afecto agrave defesa nacional
d) Elaborar planos e programas relativos agrave aquisiccedilatildeo utilizaccedilatildeo e alienaccedilatildeo de imoacuteveis
pela defesa nacional
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXV
e) Colaborar no acircmbito das suas competecircncias com as entidades responsaacuteveis pela
preservaccedilatildeo e valorizaccedilatildeo do patrimoacutenio cultural
f) Elaborar e manter actualizada uma base de dados relativa agrave legislaccedilatildeo aplicaacutevel agrave
manutenccedilatildeo e gestatildeo do patrimoacutenio com interesse para a defesa nacional
Artigo 14ordm
Divisatildeo de Servidotildees e Licenciamentos
Agrave DSL compete
a) Colaborar no acircmbito das competecircncias da DGIE com as entidades responsaacuteveis
pelo planeamento urbaniacutestico e ordenamento do territoacuterio
b) Emitir pareceres sobre a constituiccedilatildeo modificaccedilatildeo ou extinccedilatildeo de servidotildees
militares ou outras restriccedilotildees agrave propriedade em funccedilatildeo dos interesses da defesa
nacional
c) Emitir pareceres sobre o licenciamento de obras em aacutereas condicionadas por
servidotildees militares e administrativas de interesse para a defesa nacional
d) Promover a simplificaccedilatildeo legislativa e de procedimentos relativa a servidotildees e
licenciamentos que interessem agrave defesa nacional
Artigo 15ordm
Reparticcedilatildeo de Administraccedilatildeo
1 - A RA eacute o serviccedilo responsaacutevel pelo apoio administrativo e logiacutestico agrave DGIE designadamente
nos domiacutenios de contabilidade patrimoacutenio seguranccedila administraccedilatildeo do pessoal expediente e
arquivo
2 - A RA compreende
a) A Secccedilatildeo de Administraccedilatildeo Geral (SAG)
b) A Secccedilatildeo de Pessoal e Expediente (SPE)
Artigo 16ordm
Secccedilatildeo de Administraccedilatildeo Geral
Agrave SAG compete
a) Preparar os projectos de orccedilamento e acompanhar a execuccedilatildeo orccedilamental da
DGIE
b) Assegurar os procedimentos contabiliacutesticos necessaacuterios agrave correcta execuccedilatildeo do
orccedilamento
c) Promover a aquisiccedilatildeo de material equipamento mobiliaacuterio e demais bens e
serviccedilos necessaacuterios ao funcionamento da DGIE
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXVI
d) Assegurar a gestatildeo dos bens patrimoniais da DGIE e manter organizado e
actualizado o respectivo inventaacuterio
Artigo 17ordm
Secccedilatildeo de Pessoal e Expediente
Agrave SPE compete
a) Assegurar os procedimentos relativos agrave administraccedilatildeo do pessoal colocado na
DGIE
b) Garantir o cumprimento das medidas de seguranccedila superiormente definidas
relativas a pessoal documentaccedilatildeo e instalaccedilotildees
c) Assegurar a recepccedilatildeo registo classificaccedilatildeo encaminhamento e arquivo do
expediente e prestar apoio de secretariado aos serviccedilos da DGIE
CAPIacuteTULO III
Funcionamento
Artigo 18ordm
Princiacutepios
1 - A DGIE exerce as suas competecircncias de acordo com as orientaccedilotildees superiormente
estabelecidas e em articulaccedilatildeo com o EMGFA com os ramos e com os organismos e serviccedilos do
Ministeacuterio da Defesa Nacional quando justificaacutevel em razatildeo das mateacuterias e dos resultados a
alcanccedilar
2 - A prossecuccedilatildeo das actividades da DGIE obedece em regra aos princiacutepios do planeamento
programaccedilatildeo orccedilamentaccedilatildeo e controlo segundo um plano anual aprovado pelo Ministro da
Defesa Nacional
3 - Os serviccedilos da DGIE cooperam entre si em mateacuterias afins constituindo-se quando
justificaacutevel equipas de projecto matriciais cujo mandato composiccedilatildeo e duraccedilatildeo constam de
despacho do director-geral
Artigo 19ordm
Colaboraccedilatildeo com outras entidades
1 - A DGIE pode solicitar aos ramos bem como aos serviccedilos e organismos do Ministeacuterio da
Defesa Nacional os elementos de informaccedilatildeo e a colaboraccedilatildeo de recursos humanos qualificados
que se mostrem necessaacuterios ao exerciacutecio das suas competecircncias ou ao desenvolvimento de
projectos especiacuteficos
2 - Quando considerado uacutetil e conveniente a DGIE promove o intercacircmbio de conhecimentos e
protocolos com entidades nacionais estrangeiras e internacionais congeacuteneres ou afins
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXVII
CAPIacuteTULO IV
Pessoal
Artigo 20ordm
Quadro e regime de pessoal
1 - O quadro de pessoal da DGIE eacute aprovado por portaria conjunta dos Ministros da Defesa
Nacional e das Financcedilas
2 - O regime do pessoal civil eacute o constante das leis gerais da funccedilatildeo puacuteblica e do Decreto-Lei nordm
4793 de 26 de Fevereiro
3 - O regime de pessoal militar eacute aleacutem do que decorre da legislaccedilatildeo especiacutefica que lhe eacute
aplicaacutevel o definido no Decreto-Lei nordm 4793 e nas leis gerais da funccedilatildeo puacuteblica que lhe sejam
aplicaacuteveis
CAPIacuteTULO V
Disposiccedilotildees finais e transitoacuterias
Artigo 21ordm
Estaccedilatildeo Ibeacuteria NATO
A Estaccedilatildeo Ibeacuteria NATO transita para a DGIE no acircmbito das responsabilidades nacionais
Artigo 22ordm
Extinccedilatildeo de serviccedilos
1 - A Comissatildeo Executiva de Infra-Estruturas OTAN a Comissatildeo de Manutenccedilatildeo de Infra-
Estruturas OTAN e a Comissatildeo Coordenadora de Informaacutetica das Forccedilas Armadas (CCIFA) satildeo
extintas com a entrada em vigor do presente diploma
2 - Os direitos e obrigaccedilotildees das Comissotildees referidas no nuacutemero anterior transitam para a DGIE
Artigo 23ordm
Transiccedilatildeo de pessoal
1 - O preenchimento dos lugares do quadro de pessoal da DGIE a que se refere o nordm 1 do artigo
20ordm do presente diploma faz-se de entre os funcionaacuterios providos no quadro proacuteprio da ex-
Direcccedilatildeo-Geral de Pessoal e Infra-Estruturas e no quadro de pessoal comum do Ministeacuterio da
Defesa Nacional constantes respectivamente dos mapas III e VI anexos ao Decreto
Regulamentar nordm 3289 de 27 de Outubro bem como de entre os funcionaacuterios abrangidos pelo
disposto no artigo 28ordm do Decreto-Lei nordm 4793 de 26 de Fevereiro
2 - A transiccedilatildeo de pessoal faz-se de acordo com as regras estabelecidas no artigo 24ordm do
Decreto-Lei nordm 4793 de 26 de Fevereiro
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXVIII
3 - A transiccedilatildeo de pessoal em serviccedilo na Estaccedilatildeo Ibeacuteria NATO e nas Comissotildees extintas nos
termos do artigo 22ordm eacute regulada por diploma proacuteprio
Artigo 24ordm
Pessoal dirigente
O pessoal dirigente da DGIE com excepccedilatildeo do abrangido pelo nordm 2 do artigo 20ordm do Decreto-
Lei nordm 4793 de 26 de Fevereiro eacute o constante do mapa anexo ao presente diploma do qual faz
parte integrante
Artigo 25ordm
Validade dos concursos
Os concursos que se encontrem abertos agrave data da entrada em vigor do presente diploma mantecircm-
se vaacutelidos para os lugares do novo quadro de pessoal da DGIE
Presidecircncia do Conselho de Ministros 13 de Marccedilo de 1995 - Aniacutebal Antoacutenio Cavaco Silva -
Joaquim Fernando Nogueira - Eduardo de Almeida Catroga
Promulgado em 26 de Abril de 1995
Publique-se
O Presidente da Repuacuteblica MAacuteRIO SOARES
Referendado em 27 de Abril de 1995
O Primeiro-Ministro Aniacutebal Antoacutenio Cavaco Silva
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XXXIX
Anexo D ndash Mateacuterias de Protecccedilatildeo Ambiental nos EMES ndash 199900
Temas Conteuacutedos
Introduccedilatildeo ao Ambiente Solo Ar Aacutegua Ruiacutedo termos e definiccedilotildees ambientais
Prevenccedilatildeo da Poluiccedilatildeo Reduzir Reutilizar Reciclar e Gestatildeo de Resiacuteduos Conservaccedilatildeo dos Recursos Naturais e Culturais
Conservaccedilatildeo da Energia e Protecccedilatildeo da Floresta
Forccedilas Armadas e Ambiente Como evitar danos durante o treino e exerciacutecios de campo gestatildeo de aacutereas de treino e Protecccedilatildeo Ambiental no Exeacutercito
Poliacutetica de Ambiente nas Forccedilas Armadas
Sistema de Gestatildeo Ambiental Plano de Protecccedilatildeo Ambiental e Auditoria Ambiental
Protecccedilatildeo Ambiental na NATO CCMS estudos piloto STANAGs (regras a aplicar por todos os paiacuteses da NATO em exerciacutecios comuns e em tempo de paz
Fonte NATO 1999
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XL
Anexo E ndash Despacho Nordm 77MDN2001
A PROTECCcedilAtildeO AMBIENTAL NAS FORCcedilAS ARMADAS
1 INTRODUCcedilAtildeO
As actividades desenvolvidas no acircmbito da Defesa Nacional tal como noutros sectores da
sociedade satildeo susceptiacuteveis de ter consequecircncias adversas para o Ambiente decorrentes da
actuaccedilatildeo da Marinha do exeacutercito e Forccedila Aeacuterea Os requisitos operacionais adequados ao
cumprimento das missotildees atribuiacutedas agraves Forccedilas armadas por implicarem uma estreita
interacccedilatildeo com o Ambiente permitem entender facilmente a importacircncia de que se reveste a
preservaccedilatildeo do Ambiente Por conseguinte na conduta das modernas operaccedilotildees militares a
componente da protecccedilatildeo ambiental deveraacute ser articulada e harmonizada na consecuccedilatildeo do
objectivo isto eacute o cumprimento da missatildeo assumindo-se aquela como um factor
concorrente para este objectivo
Tal como os restantes sectores da sociedade as Forccedilas Armadas deveratildeo tambeacutem elas actuar
em conformidade com a poliacutetica de Ambiente do Governo evidenciando-se como uma
referecircncia na utilizaccedilatildeo exemplar do meio em que operam a terra o mar e o ar contribuindo
assim para a efectiva preservaccedilatildeo do Ambiente e para o desenvolvimento sustentaacutevel da
sociedade
Para este fim eacute indispensaacutevel que as Forccedilas Armadas disponham de uma doutrina ambiental
e de uma organizaccedilatildeo que se coadunem com as suas responsabilidades na protecccedilatildeo do
Ambiente sem comprometer o cumprimento da missatildeo
2 FINALIDADE
A finalidade da presente directiva eacute definir a poliacutetica ambiental das Forccedilas Armadas e
estabelecer o modelo da estrutura orgacircnica de responsabilidades e competecircncias no acircmbito
da protecccedilatildeo ambiental nos Ramos das Forccedilas Armadas
3 POLIacuteTICA
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLI
a A missatildeo primaacuteria das forccedilas Armadas eacute defender a Soberania Nacional Para atingir esse
objectivo estas tecircm de estar convenientemente equipadas e os seus elementos treinados
no uso eficaz desses equipamentos Necessariamente os adequados requisitos de
formaccedilatildeo treino militar e utilizaccedilatildeo desses equipamentos teratildeo efeitos no Ambiente
b Sem comprometer o cumprimento da missatildeo as Forccedilas Armadas deveratildeo cumprir com as
poliacuteticas e a legislaccedilatildeo ambiental estabelecidas para os outros sectores da sociedade
c Atraveacutes de um planeamento adequado as Forccedilas Armadas poderatildeo satisfazer os
requisitos da missatildeo sem afectar significativamente os recursos naturais e culturais do
local ou regiatildeo onde operam Na verdade a consideraccedilatildeo dos aspectos ambientais
contribui para a prontidatildeo dos meios para o cumprimento da missatildeo e nalguns casos
melhora a performance e a capacidade operacional resultante de treino mais realiacutestico e
sustentaacutevel do uso de materiais e processos mais eficientes e de uma opiniatildeo puacuteblica
mais favoraacutevel
d Actuando de uma forma responsaacutevel em relaccedilatildeo ao Ambiente as Forccedilas Armadas
exerceratildeo uma influecircncia positiva no resto da sociedade levando-a a comportar-se da
mesma maneira Neste acircmbito como gestores de extensas aacutereas de treino e de inuacutemeras
instalaccedilotildees e administradoras de alguns complexos industriais tecircm uma situaccedilatildeo
privilegiada para influenciar a sociedade civil na implementaccedilatildeo da gestatildeo ambiental
e Por outro lado com a passagem pelas fileiras de grande nuacutemero de jovens as Forccedilas
Armadas poderatildeo atraveacutes da educaccedilatildeo e treino ambiental exercer um papel decisivo na
formaccedilatildeo da consciecircncia ambiental dos cidadatildeos
f Assim em tempo de paz a missatildeo das Forccedilas Armadas seraacute cumprida de acordo com a
legislaccedilatildeo ambiental em vigor devendo estas
1) Considerar o Ambiente em todo o planeamento de actividades
2) Incorporar consideraccedilotildees ambientais nos projectos de desenvolvimento de novos
sistemas de armas bem como no processo de aquisiccedilatildeo de equipamentos
3) Prevenir a poluiccedilatildeo minimizando o uso de substacircncias prejudiciais agrave natureza e a
produccedilatildeo de resiacuteduos ou introduzindo melhorias que evitem a sua dispersatildeo
acidental
4) Poupar energia e os recursos finitos
5) Reduzir a emissatildeo de ruiacutedo
6) Promover a biodiversidade
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLII
7) Promover a consciecircncia ambiental de todo o seu pessoal militar e civil das forccedilas
Armadas
8) Promover a formaccedilatildeo e treino ambiental nas Forccedilas Armadas
9) Esforccedilar-se por introduzir melhorias contiacutenuas na aacuterea ambiental
10) Apoiar a sociedade civil em caso de desastre ambiental
Seraacute desejaacutevel que este compromisso seja consubstanciado atraveacutes da implementaccedilatildeo de um
Sistema de Gestatildeo Ambiental nas UEO com a finalidade de integrar os aspectos ambientais
na gestatildeo corrente das Forccedilas Armadas
4 ORGANIZACcedilAtildeO
A estrutura de responsabilidade e competecircncias no acircmbito da protecccedilatildeo ambiental dos
Ramos das Forccedilas Armadas deveraacute integrar-se em todos os niacuteveis de decisatildeo da orgacircnica jaacute
existente natildeo implicando a criaccedilatildeo de novos oacutergatildeos ou departamentos para uma maior
racionalizaccedilatildeo de meios embora se admita que tal possa acontecer se for julgado
conveniente
Para a definiccedilatildeo das responsabilidades e competecircncias da organizaccedilatildeo no acircmbito da
protecccedilatildeo ambiental tipificam-se os trecircs niacuteveis da organizaccedilatildeo adoptada pelos Ramos das
forccedilas Armadas e respectivas funccedilotildees nomeadamente
ORGANIZACcedilAtildeO FUNCcedilAtildeO
Estado - Maior Planeamento e Coordenaccedilatildeo
Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo Comandos Territoriais Programaccedilatildeo e Controlo da Execuccedilatildeo
Oacutergatildeos de Execuccedilatildeo Execuccedilatildeo
a Estado ndash Maior
O Estado ndash Maior eacute o responsaacutevel pela definiccedilatildeo da doutrina ambiental do Ramo Para o
efeito dispotildee de um oacutergatildeo integrado numa das divisotildees do Estado ndash Maior ou constitui
um Gabinete de Ambiente competindo-lhe entre outras
1) Elaborar a doutrina de protecccedilatildeo ambiental bem como as respectivas directivas
planos e regulamentos em consonacircncia com a poliacutetica ambiental definida nesta
directiva
2) Definir a estrutura orgacircnica de protecccedilatildeo ambiental e as respectivas responsabilidades
e competecircncias
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLIII
3) Coordenar as actividades de protecccedilatildeo ambiental
4) Elaborar estudos para apoio agrave decisatildeo neste acircmbito
5) Promover a divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo ambiental
6) Relacionar-se com entidades externas em mateacuteria de Ambiente atraveacutes dos Oacutergatildeos
Competentes
b Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo Comandos Territoriais
Estes oacutergatildeos satildeo os responsaacuteveis pela implementaccedilatildeo da doutrina de protecccedilatildeo ambiental
e pela programaccedilatildeo e controlo de todas as restantes acccedilotildees desta natureza nas Unidades
Estabelecimentos e Oacutergatildeos Cada um destes oacutergatildeos possui um Oficial Gestor de
Ambiente ou um Gabinete de Ambiente chefiado por aquele oficial a quem compete
entre outras
1) Supervisar e avaliar o cumprimento das directivas e planos relativos agrave protecccedilatildeo
ambiental
2) Programar e conduzir inspecccedilotildees de conformidade ambiental
3) Efectuar a avaliaccedilatildeo de impacte ambiental das actividades a desenvolver
4) Programar e promover a implementaccedilatildeo de medidas correctivas para situaccedilotildees com
impacte ambiental negativo
5) Elaborar e controlar a execuccedilatildeo do programa de formaccedilatildeo do pessoal na aacuterea do
Ambiente
c Oacutergatildeos de Execuccedilatildeo
As UEO satildeo responsaacuteveis pela execuccedilatildeo dos planos e programas que visam
implementar a doutrina de protecccedilatildeo ambiental Cada um destes organismos dispotildee de
um Oficial Delegado de Ambiente ou de um Gabinete de Ambiente na dependecircncia
directa do Comandante Director ou Chefe sendo o responsaacutevel perante este pela
protecccedilatildeo ambiental na sua UEO competindo-lhe entre outras
1) Promover a integraccedilatildeo dos requisitos ambientais nas actividades desenvolvidas
2) Efectuar inspecccedilotildees e avaliar o impacte ambiental da actividade desenvolvida ateacute ao
niacutevel sectorial
3) Fomentar a consciencializaccedilatildeo do pessoal para as questotildees ambientais atraveacutes da
divulgaccedilatildeo de informaccedilatildeo e da realizaccedilatildeo de acccedilotildees de formaccedilatildeo e de sensibilizaccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLIV
4) Estabelecer e manter a ligaccedilatildeo teacutecnica sem prejuiacutezo da sua dependecircncia hieraacuterquica
de Comando com os Oacutergatildeos de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo em mateacuteria de Ambiente
5) Estabelecer e manter um sistema de registo documental da gestatildeo ambiental
5 INSTRUCcedilOtildeES DE COORDENACcedilAtildeO
A Direcccedilatildeo - Geral de Infra-estruturas deste Ministeacuterio eacute o oacutergatildeo responsaacutevel pela definiccedilatildeo
e coordenaccedilatildeo da poliacutetica ambiental nas Forccedilas Armadas
Lisboa 18 de Abril de 2001
O Ministro da Defesa Nacional
Juacutelio Castro Caldas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLV
Anexo F ndash Programa do Curso de Protecccedilatildeo Ambiental - 2003 Mateacuteria Nordm de Horas
BLOCO I ndash Sensibilizaccedilatildeo Ambiental 28 Introduccedilatildeo agraves questotildees ambientais 2 Poluiccedilatildeo atmosfeacuterica hiacutedrica e sonora 3 Solo e subsolo 1 Problemas globais 1 Resiacuteduos Soacutelidos 2 Reduccedilatildeo impacte ambiental 2 Avaliaccedilatildeo do impacte ambiental 1 Palestra com Eng Jorge Paiva (Jardim Botacircnico) ndash Tema Livre 3 Palestra com Engordf Maria A Henriques ndash ACT Humana e o Ambiente 3 Visita ldquoValorlis SArdquo 3 Visita ldquoSIMLIS ndash ETARrdquo 4 Visita ldquoRenovardquo 3 Bloco II ndash Actividade Militar e Ambiente 25 Actividade militar e a protecccedilatildeo do Ambiente 3 Palestra Sist de Gestatildeo Amb e Normas Internacionais ISO 14000 4 Estrutura da protecccedilatildeo ambiental no Exeacutercito 2 NEP da Unidade 3 Legislaccedilatildeo 2 Visita ao Instituto Geograacutefico do Exeacutercito 3 Visita ao Campo Militar de Santa Margarida 3 Visita ao Campo de Tiro de Alcochete 4 Visita agrave EPE 1 Bloco III ndash Protecccedilatildeo Ambiental em Operaccedilotildees 20 STANAG 7141 1 Planeamento de Operaccedilotildees 3 Gestatildeo de Risco 3 Processo de decisatildeo militar 3 Apecircndice de Protecccedilatildeo Ambiental ao Anexo de Engenharia 7 Visita de Estudo agrave Cacircmara Municipal de Constacircncia 3 Diversos 23 Apresentaccedilatildeo e Encerramento 5 Questionaacuterio 1 Disposiccedilatildeo do Comando 3 Treino Fiacutesico 9 Teste 5 TOTAL PROGRAMA CURRICULAR 96
Fonte EPE 2003a
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLVI
Anexo G ndash Directiva 52CEME2003 ASSUNTO ACTUALIZACcedilAtildeO DO SISTEMA DE PROTECCcedilAtildeO AMBIENTAL DO
EXEacuteRCITO
1 FINALIDADE
Actualizar o Sistema de Protecccedilatildeo Ambiental do Exeacutercito (SPAEx) definindo a orientaccedilatildeo
ambiental e o modelo da estrutura orgacircnica de responsabilidades e competecircncias relativos ao
seu funcionamento 2 SITUACcedilAtildeO
A crescente importacircncia que os assuntos relacionados com a preservaccedilatildeo do meio Ambiente
vecircm assumindo faz com que esta temaacutetica marque de forma decisiva as sociedades
modernas
Estas preocupaccedilotildees surgem no contexto do aparecimento de legislaccedilatildeo cada vez mais
restritiva de medidas concretas que fomentam a protecccedilatildeo ambiental e de um aumento das
preocupaccedilotildees de partes interessadas sobre os assuntos ambientais natildeo devendo o Exeacutercito
eximir-se dessa realidade
De facto as actividades desenvolvidas pelos militares em tempo de paz satildeo susceptiacuteveis de
provocar problemas ambientais gerais equivalentes a outras actividades do homem e
problemas ambientais especiacuteficos decorrentes da actividade operacional
A missatildeo do Exeacutercito devido agrave estreita ligaccedilatildeo que tem com o meio onde actua permite criar
condiccedilotildees de faacutecil compreensatildeo da importacircncia da preservaccedilatildeo do Ambiente No entanto
seraacute sempre necessaacuterio articular e harmonizar os requisitos de formaccedilatildeo e treino operacional
com medidas inerentes agrave defesa do meio Ambiente
Consciente das suas responsabilidades o Exeacutercito tem vindo a participar em acccedilotildees de defesa
do meio Ambiente nomeadamente na prevenccedilatildeo e apoio ao combate a incecircndios florestais
na colaboraccedilatildeo com as autoridades civis na satisfaccedilatildeo das necessidades baacutesicas e melhoria da
qualidade de vida das populaccedilotildees e no cumprimento das leis e regulamentos em vigor na aacuterea
do Ambiente
Poreacutem por si soacute estas medidas natildeo satildeo suficientes porque desenquadradas de uma poliacutetica
ambiental global a ser prosseguida Tal desiderato impotildee a assunccedilatildeo de uma doutrina
ambiental adequada que permita a criaccedilatildeo de uma perfeita sensibilizaccedilatildeo e
consciencializaccedilatildeo e a formaccedilatildeo e treino ambientais a par do conjunto de medidas a tomar na
prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e conservaccedilatildeo do meio Ambiente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLVII
Neste contexto importa uma actualizaccedilatildeo dos normativos actualmente em vigor no Exeacutercito
(Despacho Nordm 109CEME17Abr98) procurando traduzir uma maior e melhor explicitaccedilatildeo
dos variados factores em presenccedila e reflectir o enquadramento poliacutetico existente a montante
(Despacho Nordm 77MDN18Abr01)
3 EXECUCcedilAtildeO
a Conceito
(1) Os adequados requisitos de formaccedilatildeo treino operacional e utilizaccedilatildeo de
equipamentos e sistemas de armas variados decorrentes da actividade do Exeacutercito
tecircm efeitos no meio Ambiente pelo que relevam as acccedilotildees necessaacuterias a minimizar
tal impacto
(2) Com a finalidade de preservar o meio Ambiente sem contudo comprometer o
cumprimento da missatildeo que lhe estaacute atribuiacuteda o Exeacutercito deveraacute
(a) Contribuir para a protecccedilatildeo do meio Ambiente e para o desenvolvimento
sustentaacutevel das populaccedilotildees atraveacutes da implementaccedilatildeo de normas e
procedimentos que visem prevenir a poluiccedilatildeo minimizando o uso de
substacircncias prejudiciais agrave natureza bem como a adopccedilatildeo de boas praacuteticas
ambientais
(b) Considerar em tempo de paz os aspectos ambientais em todo o processo de
tomada da decisatildeo
(c) Integrar requisitos ambientais no planeamento e execuccedilatildeo de treinos e
actividades operacionais
(d) Integrar os requisitos ambientais nos projectos de desenvolvimento e aquisiccedilatildeo
de novos sistemas de armas no processo de aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos e na
construccedilatildeo de infra-estruturas
(e) Orientar a acccedilatildeo das UUEEOO em termos ambientais de acordo com a
legislaccedilatildeo em vigor de uma forma sustentaacutevel procurando constituir-se como
um referencial positivo para o resto da sociedade
(f) Garantir a formaccedilatildeo e sensibilizaccedilatildeo ambiental do seu pessoal (militares e
civis)
(g) Apoiar campanhas simpoacutesios conferecircncias e palestras de sensibilizaccedilatildeo e
consciencializaccedilatildeo de protecccedilatildeo do Ambiente nomeadamente em acccedilotildees
efectivas no acircmbito da vegetaccedilatildeo florestaccedilatildeo higiene e limpeza anti-poluiccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLVIII
atmosfeacuterica e das aacuteguas gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos prevenccedilatildeo de
incecircndios e outros
(h) Ter em consideraccedilatildeo a Poliacutetica Nacional do Ambiente e do Ordenamento do
Territoacuterio nomeadamente os planos existentes e as Reservas Nacionais
estabelecidas em especial no acircmbito Ecoloacutegico e Agriacutecola
(i) Apoiar a sociedade civil em caso de desastre ambiental
(j) Promover a biodiversidade
(l) Poupar energia e os recursos finitos
b Estrutura Orgacircnica do Sistema de Protecccedilatildeo Ambiental
(1) A estrutura orgacircnica da aacuterea da protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercito integra-se na
orgacircnica jaacute existente com excepccedilatildeo de casos pontuais que se venham a considerar
pertinentes resultando esse facto numa maior racionalizaccedilatildeo dos meios
(2) Para definiccedilatildeo das responsabilidades do Exeacutercito tipificam-se cinco niacuteveis da
organizaccedilatildeo e respectivas funccedilotildees no acircmbito da protecccedilatildeo do Ambiente
ORGANIZACcedilAtildeO FUNCcedilAtildeO
bull Inspecccedilatildeo Geral do Exeacutercito (IGE) Inspecccedilatildeo
bull Estado Maior do Exeacutercito (EME) Doutrina Planeamento e Coordenaccedilatildeo
bull Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo (OCAD)
Regulamentaccedilatildeo Programaccedilatildeo e Controlo da Execuccedilatildeo
bull Cmd Territoriais (CT) Cmd Natureza Territorial (CNT)
bull Cmd Operacional das Forccedilas Terrestres (COFT)
Programaccedilatildeo e Controlo da Execuccedilatildeo
bull Oacutergatildeos de Execuccedilatildeo Execuccedilatildeo (3) Assim no Exeacutercito as entidades responsaacuteveis para os assuntos ambientais satildeo a IGE
o EME os Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo os Comandos Territoriais
e de Natureza Territorial o COFT e as UUEEOO competindo-lhes
(a) Inspecccedilatildeo - Geral do Exeacutercito (IGE)
1 Conduzir na aacuterea do Ambiente as inspecccedilotildees necessaacuterias agrave avaliaccedilatildeo do
cumprimento das leis e regulamentos em vigor utilizando
preferencialmente pessoal qualificado nessa aacuterea
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XLIX
2 Pronunciar-se sobre os relatoacuterios das auditorias conduzidas por entidades
exteriores ao Exeacutercito
3 Acompanhar as acccedilotildees correctivas tomadas e pronunciar-se sobre a sua
eficaacutecia
(b) EME
1 Divisatildeo de Pessoal
Definir em colaboraccedilatildeo com a Divisatildeo de Logiacutestica do EME os
requisitos e as necessidades de formaccedilatildeo do pessoal civil e militar na aacuterea
da protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercito nomeadamente nos Estaacutegios Cursos
a ministrar aos Quadros e na instruccedilatildeo agraves Praccedilas incorporadas
2 Divisatildeo de Operaccedilotildees
Rever periodicamente os QOP definindo e mantendo permanentemente
actualizada a estrutura orgacircnica de protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercito e as
respectivas responsabilidades e competecircncias
3 Divisatildeo de Logiacutestica
a Elaborar a doutrina de protecccedilatildeo ambiental para o Exeacutercito e
consequentes directivas e planos
b Elaborar estudos para apoio agrave decisatildeo do CEME na aacuterea do
Ambiente
c Colaborar com a Divisatildeo de Pessoal do EME na definiccedilatildeo dos
requisitos e das necessidades de formaccedilatildeo do pessoal civil e militar
na aacuterea da protecccedilatildeo ambiental nomeadamente nos EstaacutegiosCursos
a ministrar aos Quadros e na instruccedilatildeo agraves Praccedilas incorporadas
d Colaborar com a Divisatildeo de Operaccedilotildees do EME na definiccedilatildeo da
estrutura orgacircnica inerente ao sistema de protecccedilatildeo ambiental e das
respectivas responsabilidades e competecircncias
e Representar o Exeacutercito na Estrutura Coordenadora dos Assuntos
Ambientais da DGIEMDN e em organizaccedilotildees nacionais e
internacionais civis e militares
f Recolher centralizar e difundir a legislaccedilatildeo nacional aplicaacutevel
g Definir os requisitos teacutecnicos de caraacutecter ambiental nos processos de
aquisiccedilatildeo de bens e serviccedilos e na construccedilatildeo e manutenccedilatildeo de infra-
estruturas
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
L
(c) Oacutergatildeos Centrais de Administraccedilatildeo e Direcccedilatildeo (OCAD)
1 CmdPess
Nomear o pessoal civil e militar para a frequecircncia de Estaacutegios Cursos
nacionais e internacionais necessaacuterios ao desempenho de funccedilotildees
relacionadas com a protecccedilatildeo ambiental
2 CmdInstr
a Garantir a sensibilizaccedilatildeo e a consciencializaccedilatildeo ambiental em todos
os Estaacutegios Cursos ministrados no Exeacutercito
b Garantir a formaccedilatildeo dos Quadros do Exeacutercito atraveacutes de programas
de instruccedilatildeo adequados
c Elaborar os programas e manuais de instruccedilatildeo para formaccedilatildeo e
sensibilizaccedilatildeo ambiental no acircmbito dos Estaacutegios Cursos
d Programar a formaccedilatildeo exterior ao Exeacutercito
e Colaborar com a Divisatildeo de Pessoal do EME na definiccedilatildeo dos
requisitos de caraacutecter ambiental
3 CmdLog
a Regulamentar e programar as acccedilotildees decorrentes da implementaccedilatildeo
da poliacutetica ambiental do Exeacutercito e difundir os correspondentes
regulamentos e planos
b Exercer autoridade teacutecnica sobre os assuntos de natureza ambiental
c Avaliar os impactes sobre o Ambiente provocados pelas actividades
desenvolvidas nas UUEEOO do Exeacutercito
d Desenvolver as acccedilotildees necessaacuterias agrave correcccedilatildeo das situaccedilotildees que
tenham ou possam vir a ter um impacte ambiental negativo
e Assegurar a supervisatildeo e o controlo das actividades desenvolvidas
pelas UUEEOO do Exeacutercito em coordenaccedilatildeo com os Comandos
Funcionais Cmd Territoriais Cmd de Natureza Territorial COFT e
IGE
f Colaborar com a DLEME na elaboraccedilatildeo da doutrina ambiental e
definiccedilatildeo dos requisitos teacutecnicos de caraacutecter ambiental
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LI
(d) Comandos Territoriais e Comandos de Natureza Territorial
1 Assegurar a programaccedilatildeo e o controlo da actividade ambiental das
UUEEOO que de si dependam de acordo com as orientaccedilotildees difundidas
pelo Comando da Logiacutestica
2 Avaliar o impacto ambiental das actividades desenvolvidas e a
desenvolver pelas UUEEOO
3 Programar e promover a implementaccedilatildeo de medidas correctivas para
situaccedilotildees em que o impacte ambiental seja negativo
4 Executar ou fazer executar de acordo com as orientaccedilotildees superiores os
apoios que lhe forem determinados no acircmbito da respectiva aacuterea de
responsabilidade funcionaloperacional
5 Apoiar outros Comandos no cumprimento das respectivas missotildees
quando solicitado
6 Programar e conduzir inspecccedilotildees perioacutedicas de modo a supervisionar e
avaliar o estado das UUEEOO em relaccedilatildeo agrave protecccedilatildeo do meio
Ambiente
7 Desenvolver acccedilotildees conducentes agrave manutenccedilatildeo do equiliacutebrio ambiental nas
respectivas aacutereas de implantaccedilatildeo territorial
(e) COFT
1 Assegurar a programaccedilatildeo e o controlo da actividade ambiental das
unidades operacionais que de si dependam de acordo com as orientaccedilotildees
difundidas pelo Comando da Logiacutestica
2 Avaliar os riscos ambientais associados agrave realizaccedilatildeo de exerciacutecios e
operaccedilotildees
3 Estabelecer as regras de conduta e os constrangimentos ambientais para os
exerciacutecios e operaccedilotildees
4 Elaborar Planos de Contingecircncia Ambiental aplicaacuteveis agraves actividades que
durante a realizaccedilatildeo de exerciacutecios e operaccedilotildees sejam susceptiacuteveis de
provocar danos no meio Ambiente
5 Na realizaccedilatildeo de exerciacutecios em Territoacuterio Nacional (TN) respeitar as leis e
regulamentos em vigor no acircmbito da protecccedilatildeo ambiental
6 Na realizaccedilatildeo de exerciacutecios e em operaccedilotildees fora do TN respeitar a
legislaccedilatildeo da naccedilatildeo hospedeira no que concerne ao Ambiente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LII
7 Assumir a responsabilidade em mateacuteria ambiental quando forccedilas forem
colocadas agrave sua disposiccedilatildeo dotando-as com os meios necessaacuterios e
suficientes para fazerem face agraves orientaccedilotildees existentes
(f) UUEEOO
1 Assegurar o cumprimento das orientaccedilotildees superiores no acircmbito da
protecccedilatildeo ambiental
2 Assegurar a instruccedilatildeo e formaccedilatildeo de protecccedilatildeo ambiental a todo o pessoal
militar e civil da UEO promovendo a integraccedilatildeo dos requisitos
ambientais nas actividades desenvolvidas
3 Propor superiormente todas as medidas ou acccedilotildees julgadas convenientes
no acircmbito da protecccedilatildeo ambiental do Exeacutercito ou do seu proacuteprio
funcionamento
4 Controlar a situaccedilatildeo do pessoal orgacircnico tendo em vista a manutenccedilatildeo dos
niacuteveis de qualificaccedilatildeo adequados e propor superiormente a frequecircncia de
acccedilotildees de formaccedilatildeo julgadas necessaacuterias e convenientes
c Instruccedilotildees de Coordenaccedilatildeo
(1) O pessoal nomeado para a estrutura ambiental do Exeacutercito desempenha as funccedilotildees
em regime de acumulaccedilatildeo com excepccedilatildeo dos casos pontuais que venham a ser
considerados pertinentes
(2) Neste sentido a estrutura orgacircnica existente absorve as atribuiccedilotildees competecircncias e
responsabilidades do antecedente cometidas ao Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo da
Protecccedilatildeo Ambiental do Exeacutercito Nuacutecleos de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo
Ambiental das RMZMBrig e Nuacutecleos de Protecccedilatildeo Ambiental das UUEEOO
(3) Tal situaccedilatildeo deveraacute reflectir-se nos QOP
(4) Fica revogado o Despacho Nordm 109CEME1998
Lisboa 15 de Maio de 2003
O Chefe do Estado - Maior do Exeacutercito
Joseacute Manuel da Silva Viegas
General
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LIII
Anexo H ndash Programa do Curso de Protecccedilatildeo Ambiental - 1995 Temas Conteuacutedos
Introduccedilatildeo agraves questotildees Ambientais
Generalidades conceitos baacutesicos qualidade do Ambiente e poluiccedilatildeo controlo da poluiccedilatildeo Ambiente e desenvolvimento a evoluccedilatildeo das poliacuteticas ambientais teacutecnicas de regulamentaccedilatildeo ambiental
Poluiccedilatildeo Hiacutedrica Generalidades o Ciclo Hidroloacutegico principais problemas aspectos legislativos
Poluiccedilatildeo Atmosfeacuterica
Generalidades principais problemas aspectos legislativos o ar em Portugal
Resiacuteduos Soacutelidos
Generalidades principais problemas aspectos legislativos soluccedilotildees
Poluiccedilatildeo Sonora
O ruiacutedo e o Homem comunicaccedilatildeo o ouvido humano anatomo-fisiologia da audiccedilatildeo sensibilidade auditiva conceitos baacutesicos mediccedilatildeo do ruiacutedo medidas gerais de reduccedilatildeo do ruiacutedo efeitos do ruiacutedo paracircmetros de estiacutemulos que afectam as perdas de audiccedilatildeo efeitos do ruiacutedo ambiental na audiccedilatildeo prevenccedilatildeo protecccedilatildeo individual
Fauna e Flora Introduccedilatildeo biodiversidade a situaccedilatildeo em Portugal Solo e Subsolo Noccedilatildeo de Solo e Subsolo principais problemas Patrimoacutenio Arquitectoacutenico e Arqueoloacutegico
Evoluccedilatildeo do conceito de Patrimoacutenio lei do patrimoacutenio cultural portuguecircs Instituto Portuguecircs do Patrimoacutenio Arquitectoacutenico e Arqueoloacutegico protecccedilatildeo e conservaccedilatildeo detecccedilatildeo e salvaguarda do patrimoacutenio arqueoloacutegico
Problemas Globais
A desertificaccedilatildeo chuvas aacutecidas buraco do ozono a desflorestaccedilatildeo efeito de estufa
Os Cidadatildeos e o Ambiente
Generalidades a avaliaccedilatildeo do impacte ambiental
A actividade Militar e o Ambiente
Coacutedigo de conduta nos exerciacutecios e manobras
Fonte EPE 1996
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LIV
Anexo I ndash Programa de Ambiente ministrado na ESE ndash 2002
Temas Conteuacutedos
Protecccedilatildeo Ambiental Conhecer os conceitos baacutesicos de ecologia Caracterizar as principais actividades humanas poluentes
Estado do Ambiente - Ar
Conhecer os principais poluentes atmosfeacutericos e os seus efeitos
Estado do Ambiente - Aacutegua
Conhecer os principais poluentes hiacutedricos e os seus efeitos
Estado do Ambiente - Solo
Conhecer os principais poluentes do solo e os seus efeitos
Estado do Ambiente - Resiacuteduos
Conhecer os principais tipos de resiacuteduos e os procedimentos a adoptar
Estado do Ambiente - Ruiacutedo
Conhecer os efeitos do ruiacutedo ambiental
Actividade militar e Ambiente
Conhecer os procedimentos ambientais em treino e em instruccedilatildeo Caracterizar a actividade ambiental em infra-estruturas militares
Incecircndios florestais e urbanos
Conhecer as vaacuterias classes de fogo e respectivos processos de extinccedilatildeo Caracterizar o apoio agrave protecccedilatildeo civil em tempo de paz
Total de Horas 18 horas
Fonte ESE 2002
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LV
Anexo J ndash NEP sobre Ambiente do CMSM NORMAS DE EXECUCcedilAtildeO EXEMPLAR Nordm
C M S M DATA 05Set00 PERMANENTE NEP Nordm 003
ASSUNTO SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL - NUacuteCLEOS DE PROTECCcedilAtildeO AMBIENTAL DO CMSM
1 REFEREcircNCIAS a Legislaccedilatildeo Base
(1) Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa artigos 9ordm e 66 ordm (Ambiente e qualidade de vida)
(2) Lei nordm 11 87 de 7 Abril (Lei de Bases do Ambiente) (3) Dec lei 692000 de 3 de Maio (Avaliaccedilatildeo de Impacte Ambiental) (4) Anexo G (Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente) ao Plano de Instruccedilatildeo
Militar - Plano Charlie 2 de ABR94 do CMD INSTR DEP INSTR (5) Dec Lei nordm 32295 DR I Seacuterie de 2811 e Portaria nordm 31396 I Seacuterie -B de 297
Direito de opccedilatildeo do consumidor agrave embalagem reutilizaacutevel de bebidas refrigerantes cervejas aacuteguas minerais vinhos de mesa etc
(6) Portaria nordm 81897 DR I Seacuterie-B de 59 - Lista de Resiacuteduos perigosos (7) Despacho Conjunto 432 98 DR II Seacuterie de 17- Institui o Preacutemio Defesa Nacional
e Ambiente (8) Normas ISO 14001 96 (E) de 01 Set 96 (Certificaccedilatildeo Ambiental)
b Legislaccedilatildeo Complementar (1) Coacutedigo Penal - Crimes Ambientais - Artordm 278 - Danos contra a Natureza Artordm 279 -
Crime Poluiccedilatildeo e Artordm 280 - Crime Poluiccedilatildeo com perigo comum (2) Lei nordm 8395 de 31 de Agosto (Direito de participaccedilatildeo procedimental e direito de
acccedilatildeo popular) (3) Lei nordm 9499 de 16 de Julho (Acesso dos cidadatildeos aos documentos da administraccedilatildeo) (4) COMMITTEE ON THE CHALLENGES OF MODERN SOCIETY (CCMS) - Publicaccedilatildeo NATO
2 FINALIDADE a Descrever a estrutura e o modo de funcionamento da Protecccedilatildeo Ambiental do
CMSMBMI b Consciencializar todas as unidades e oacutergatildeos do CMSM BMI para os problemas
ecoloacutegicos de modo a continuamente colaborarem na criaccedilatildeo de um Ambiente sadio e naturalmente equilibrado visando a melhoria da sua Qualidade Estas actividades natildeo poderatildeo no entanto sobrepor-se agraves necessidades primaacuterias em mateacuteria de formaccedilatildeo e treino operacional que satildeo essenciais agrave razatildeo de ser das Unidades militares mas constituiacuterem um seu complemento fundamental
c Despertar os quadros tropas e civis do QPCE para um comportamento e desenvolvimento de acccedilotildees sistemaacuteticas de protecccedilatildeo ambiental em todas as actividades das unidades e oacutergatildeos do CMSM BMI
d Proteger os componentes legais do Ambiente definidos no artordm 6ordm da Lei de Bases do Ambiente - o ar a luz a aacutegua o solo vivo e o subsolo a flora e a fauna
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LVI
PAacuteG 2 DE 5 PAacuteGS NEP Nordm 003
3 EXECUCcedilAtildeO a Organizaccedilatildeo e funcionamento
(1) O Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo e Protecccedilatildeo Ambiental (NCPAmbnCMSM) eacute chefiado pelo Chefe EM e constituiacutedo por representantes das Sec EM Coordenador QG A 4ordf Sec EM tem agrave sua responsabilidade o arquivo de entrada e saiacuteda de correspondecircncia do NCPAmbn
(2) Seraacute nomeado um Oficial Superior com formaccedilatildeo na aacuterea do Ambiente para Chefe do NCPAmbn CMSM sempre que o General Comandante o determine e mande publicar Nesta situaccedilatildeo este Oficial integraraacute o EM Teacutecnico do CMSMBMI
(3) O NCPAmbnCMSM depende funcionalmente do Cmd do CMSM BMI e tecnicamente do Nuacutecleo de Coordenaccedilatildeo da Protecccedilatildeo Ambiental Exeacutercito e tem por missatildeo (a) Coordenar e difundir pelas UUOO subordinados toda a documentaccedilatildeo
referida ao Ambiente recebida do Nuacutecleo do Exeacutercito (b) Dar execuccedilatildeo a todas as Normas e Directivas na aacuterea do Ambiente e proceder
agrave verificaccedilatildeo do seu cumprimento na sua zona de acccedilatildeo (c) Propor ao Nuacutecleo do Exeacutercito medidas ou acccedilotildees consideradas convenientes
em especial na sua zona de acccedilatildeo para melhoria de protecccedilatildeo do Ambiente (d) Fazer a assessoria teacutecnica das instruccedilotildees a ministrar pelos NPAmbn de
UUOO (4) O NPAmbn de Unidade ou Oacutergatildeo
(a) Eacute chefiado pelo 2ordm Cmdt da unidade ou pelo SubChefe de Oacutergatildeo (b) Eacute constituiacutedo por um oficial e por um sargento com o Curso de Instrutor do
Ambiente (c) Coordena tecnicamente com o NCPAmbn CMSM (d) Promove a execuccedilatildeo das Normas e Directivas recebidas do escalatildeo superior (e) Promove a instruccedilatildeo de todo o pessoal militar e civil da UUOO sobre
procedimentos de protecccedilatildeo do Ambiente (f) Propotildee ao Cmd do CMSMBMI outras medidas ou acccedilotildees a implementar na
sua unidade ou aacuterea de influecircncia b Acccedilotildees a desenvolver pelos NPAmbn de unidade ou oacutergatildeo
(1) Atraveacutes da instruccedilatildeo e acompanhamento garantir um estado de espiacuterito e comportamentos conscientes activos e permanentes de preservaccedilatildeo e protecccedilatildeo ambiental quer durante a vida normal da unidade quer em instruccedilatildeo ou exerciacutecios de campo nomeadamente no que diz respeito (a) Agrave manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo do Ambiente nas aacutereas e infra-estruturas da
responsabilidade da unidade (b) Agrave prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo da terra dos cursos de aacutegua das lagoas temporaacuterias
ou permanentes e do ar nas instalaccedilotildees e actividades militares (c) Agrave preservaccedilatildeo dos recursos materiais culturais e histoacutericos agrave
responsabilidade da unidade
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LVII
PAacuteG 3 DE 5 PAacuteGS NEP Nordm 003
(d) Agrave catalogaccedilatildeo e gestatildeo de materiais normalmente utilizados pelas UUOO eventualmente susceptiacuteveis de afectar o Ambiente
(2) Propor ao NCPAmbn em Janeiro de cada ano para a frequecircncia do Curso de Instrutor Protecccedilatildeo Ambiental (EPE) os militares (Sarg ou Of ) necessaacuterios agrave continuidade das suas actividades com pessoal devidamente habilitado
(3) Incluir na instruccedilatildeo contiacutenua a todos os militares (QP RCRV e SEN) e civis mateacuterias relativas agrave preservaccedilatildeo e protecccedilatildeo do Ambiente
(4) Apoiar campanhas e palestras de sensibilizaccedilatildeo e consciencializaccedilatildeo de protecccedilatildeo do Ambiente nomeadamente em acccedilotildees efectivas no acircmbito da vegetaccedilatildeo florestaccedilatildeo higiene e limpeza anti-poluiccedilatildeo atmosfeacuterica e das aacuteguas gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos prevenccedilatildeo de incecircndios e outros
(5) Ter em consideraccedilatildeo a Poliacutetica Nacional do Ambiente e do Ordenamento do Territoacuterio nomeadamente os planos existentes e as Reservas Nacionais estabelecidas em especial no acircmbito Ecoloacutegico e Agriacutecola
(6) Estar atento e avaliar previamente o impacte ambiental provocado por novas infra-estruturas novas actividades tecnoloacutegicas ou de produtos susceptiacuteveis de afectarem o Ambiente e a paisagem
(7) Elaborar directivas internas para melhoria do Ambiente que constituam um guia para comandos subordinados e forneccedilam os elementos de informaccedilatildeo necessaacuterios
(8) Promover acccedilotildees ou colaborar com o NCPAmbnCMSM nos seguintes eventos (a) Certificaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da certificaccedilatildeo ambiental do CMSM (b) Semana do Ambiente (c) Actividades do Dia Mundial do Ambiente - 5 de Junho (d) Outras jornadas promotoras do Ambiente (Dia da Aacutervore da Aacutegua do Ar
etc)
4 RESPONSABILIDADES DAS UUOO a Administrativas
(1) Constituir apoiar e assegurar o funcionamento do Nuacutecleo de Protecccedilatildeo Ambiental de Unidade ou Oacutergatildeo (NPAmbnUUOO)
(2) Nomear e publicar em OS o iniacutecio e fim de funccedilotildees dos responsaacuteveis pela instruccedilatildeo e aplicaccedilatildeo praacutetica das medidas activas de Protecccedilatildeo e Conservaccedilatildeo do Ambiente na unidade ou oacutergatildeo
(3) Elaborar anualmente Relatoacuterio das Actividades desenvolvidas no acircmbito do Ambiente e enviaacute-lo para o NCPAmbn ateacute 31Jan
(4) Elaborar e entregar ateacute 15Fev no NCPAmbn sempre que as acccedilotildees da UUOO o justifiquem a Candidatura ao Preacutemio de Defesa Nacional e Ambiente nos Termos do Despacho Conjunto do MDN e MA nordm 432 98 publicado no DR II Seacuterie de 17
(5) Procurar estar permanentemente informado sobre possibilidades de candidatura a subsiacutedios quer nacionais quer comunitaacuterios no acircmbito das acccedilotildees de Conservaccedilatildeo e Protecccedilatildeo Ambiental
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LVIII
PAacuteG 4 DE 5 PAacuteGS NEP Nordm 003
b Logiacutesticas (1) Orccedilamentar as actividades de Protecccedilatildeo Ambiental e incluir no Relatoacuterio Anual as
despesas e receitas realizadas nas acccedilotildees desenvolvidas (2) Incentivar as acccedilotildees e comportamentos que visem reduzir o consumo
nomeadamente de combustiacuteveis energia eleacutectrica e aacutegua sem prejuiacutezo da missatildeo (3) Aplicar a legislaccedilatildeo nos bares refeitoacuterios e messes Isto eacute assegurar o direito agrave
opccedilatildeo do consumidor comercializando ou fornecendo bebidas refrigerantes cervejas aacuteguas minerais e vinhos de mesa tambeacutem em embalagens reutilizaacuteveis
(4) Introduzir claacuteusulas nos contratos de fornecimento de bebidas quer por Ajuste Directo concurso limitado ou puacuteblico que obrigue os fornecedores a respeitar os valores miacutenimos legais de embalagens reutilizaacuteveis - Refrigerantes (30) aacuteguas (10) cervejas (80) e vinhos (65 )
(5) Introduzir claacuteusulas nos contratos de fornecimento de papel quer por Ajuste Directo concurso limitado ou puacuteblico que obrigue os fornecedores a respeitar o valor miacutenimo de 30 do papel reciclado em cada fornecimento
c Operacionais (1) Incluir nas Directivas de Planeamento e Planos de Operaccedilotildees referecircncias agrave
Legislaccedilatildeo Geral e agraves NEP dos escalotildees superiores relacionadas com a Aacuterea Ambiental
(2) Especificar nos anexos de ApSvc os LRecResd e os procedimentos daiacute decorrentes (3) Fazer cumprir e incluir nas Ordens de Operaccedilotildees as instruccedilotildees constantes do Anexo
A agrave presente NEP d De Instruccedilatildeo
(1) As UU com responsabilidades de instruccedilatildeo incluem um miacutenimo de 3 tempos durante a Preparaccedilatildeo Militar Geral (PMG) Durante a Preparaccedilatildeo Complementar (PCompl) seraacute incluiacutedo tambeacutem um miacutenimo de 3 tempos adaptada ao desempenho de cada famiacutelia de especialidade Seratildeo utilizados as Fichas de Instruccedilatildeo Individual aprovadas pelo Cmd da Instruccedilatildeo- quer as actualmente publicadas (ou outras que venham a ser difundidas) - Coacutedigo PA(00) -03-01 PA(00) -02-02 PA(00) -02-01 PA(00) -01-01 PA(00) -01-03 PA(00) -01-02
e Recolha de Resiacuteduos (1) A responsabilidade primaacuteria da gestatildeo dos Ecopontos (Recolha Selectiva) e recolha
de Resiacuteduos Soacutelidos (RSU) eacute das UUOO O BCSCMSM eacute responsaacutevel pela execuccedilatildeo dos protocolos celebrados pelo Cmd do CMSMBMI com entidades ou empresas civis que assegurem a recolha e o transporte de todos os resiacuteduos para locais legalmente autorizados
(2) Nos termos do nordm 3 do Artordm 24 da Lei 1187 de 7 Abril a responsabilidade do destino dos diversos tipos de resiacuteduos e efluentes eacute de quem os produz Os produtores de resiacuteduos e ou efluentes satildeo os responsaacuteveis legais por eles ateacute agrave sua deposiccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo em locais determinados para o efeito pelas autoridades competentes
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LIX
PAacuteG 5 DE 5 PAacuteGS NEP Nordm 003
f Propostas de projectos no CMSM (1) Sempre que for considerado necessaacuterio a SIEMCMSM obteraacute do
NCPAmbnCMSM um parecer sumaacuterio de impacte ambiental sobre as propostas de obras (infra-estruturas edifiacutecios grandes remodelaccedilotildees) que elaborar O NCPAmbnCMSM emitiraacute esse parecer no prazo de 8 dias apoacutes o respectivo pedido
(2) O Gabinete Agro-FlorestalCMSM deveraacute dar conhecimento ao NCPAmbnCMSM dos projectos e actividades de exploraccedilatildeo agro-pecuaacuteria florestal e de erradicaccedilatildeo de infestantes que elaborar a fim de que possa ser elaborado o respectivo parecer sumaacuterio de impacte ambiental O NCPAmbn CMSM disporaacute de 8 dias para o efeito
5 INSTRUCcedilOtildeES DE COORDENACcedilAtildeO a Agraves unidades sem Sec Log natildeo se aplicam as claacuteusulas (4) e (5) da aliacutenea b do nordm 4 b A presente NEP entra em vigor imediatamente e seraacute revista sempre que as alteraccedilotildees
legais o justifiquem
O Comandante do CMSM BMI
_________________________________
__________________
JORGE MANUEL SILVEacuteRIO Major General
Autenticaccedilatildeo
O Chefe do Estado Maior
_________________________________
__________________
JORGE MANUEL VIEIRA ALVES FERREIRA TCorInf
Fonte NPA do CMSM
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LX
Anexo K ndash Instruccedilotildees para a Preservaccedilatildeo do Ambiente SECCcedilAtildeO O
INSTRUCcedilOtildeES PARA A PRESERVACcedilAtildeO DURANTE O FTX DO MEIO AMBIENTE
1ordf EDICcedilAtildeO 14Jul00
(0) Conceitos
(a) Qualquer militar deve ter uma atitude ambiental em todos os momentos da sua
actividade
(b) Compreender e praticar atitudes ambientais satildeo um sinal de sabedoria e inteligecircncia
(c) Ao preservar a natureza contribuiacutemos para a nossa seguranccedila
(d) A defesa do Ambiente eacute tatildeo importante como a defesa da paz (1) Aacuteguas superficiais e subterracircneas
(a) Natildeo atravessar lagoas ou lenccediloacuteis de aacutegua (b) Ter atenccedilatildeo agraves nascentes e poccedilos (c) Ter cuidado com as aacutereas de parqueamento evitando o derramamento de POL
(Combustiacuteveis e Lubrificantes) (d) Controlar as aacutereas das lavagens evitando produtos toacutexicos (e) Descontaminar e fazer simulaccedilatildeo NBQ em zonas preparadas
(2) Animais e vida selvagem (a) Aves e animais precisam de silecircncio reduzir o ruiacutedo ao miacutenimo (b) Desligar motores sempre que se puder (c) Respeitar a vida das plantas e animais nos seus habitats (d) Evitar capturar animais ou danificar ninhos (e) Poupar os peixes evitando rebentamentos subaquaacuteticos (f) Respeitar os sinais de zonas protegidas e reservadas
(3) Cobertura vegetal (a) Natildeo destruir a vegetaccedilatildeo utilizar redes de camuflagem (b) Utilizar quanto possiacutevel trilhos e estradas jaacute marcadas (c) Ter em atenccedilatildeo as aacutereas protegidas e aramadas (d) Ter cuidados especiais com plantaccedilotildees novas (e) Colaborar no arranque dos peacutes das ldquoHakea Sericeardquo (salinas) ou outras infestantes sempre que possiacutevel de acordo com as instruccedilotildees especiacuteficas do Of Ambn (f) Ter a preocupaccedilatildeo de deixar o local utilizado melhor do que o encontraram
(4) Gasolinas oacuteleos e lubrificantes (a) Lembrar que uma gota de oacuteleo contamina mil litros de aacutegua (b) Natildeo fazer trasfega de combustiacuteveis perto de leitos ou nascentes (c) Natildeo derramar POL
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXI
(d) Informar as autoridades locais sempre que houver derramamento de oacuteleo ou combustiacuteveis
(5) Lixos e resiacuteduos (a) Reduzir o lixo ao miacutenimo (b) Natildeo abandonar ou enterrar materiais e resiacuteduos alimentares (c) Natildeo abandonar qualquer espeacutecie de materiais inertes (d) Separar e acondicionar os resiacuteduos segundo os princiacutepios da recolha selectiva (e) Respeitar os locais de reuniatildeo de resiacuteduos (LRnResd) durante os exerciacutecios (f) Cumprir as instruccedilotildees da unidade de ApSvc deixando o local de acantonamento limpo
(6) Municcedilotildees explosivos e tiro (a) Reduzir o transporte de municcedilotildees e substacircncias perigosas ao estritamente necessaacuterio (b) Aproveitar a tecnologia dos simuladores reduzindo os efeitos negativos do tiro (c) Saber delimitar e verificar as zonas do tiro localizando sempre municcedilotildees natildeo
deflagradas (d) Controlar a destruiccedilatildeo de municcedilotildees agentes quiacutemicos explosotildees fumiacutegeros e irritantes (e) Procurar rotaccedilatildeo de aacutereas quanto possiacutevel para possibilitar programa de recuperaccedilatildeo
(7) Propriedades e culturas
(a) Reconhecer com antecedecircncia a Zona de Acccedilatildeo evitando as culturas existentes
(b) Utilizar os caminhos das propriedades soacute apoacutes autorizaccedilatildeo dos proprietaacuterios fechando todos os portotildees existentes
(c) Evitar lanccedilar piroteacutecnicos ou fazer fogos desnecessaacuterios em zonas arborizadas (d) Refazer as aacutereas de irrigaccedilatildeo que vierem a ser danificadas
(8) Patrimoacutenio cultural e aacutereas habitadas
(a) Evitar rebentamentos em zonas habitadas por causa das vibraccedilotildees (b) Utilizar edifiacutecios abandonados sem os danificar (c) Evitar a aproximaccedilatildeo de locais de culto ou praacutetica desportiva (d) Respeitar os usos e costumes das populaccedilotildees da aacuterea (e) Evitar a aproximaccedilatildeo de estaacutebulos ou outros locais de criaccedilatildeo de vida animal
(9) Solos e escavaccedilotildees (a) Evitar alargar ou aprofundar os trilhos (b) Conduzir devagar evitar manobras perigosas e bruscas (c) Nunca escavar em reservas naturais e fazer o levantamento dos danos (d) Repocircr o terreno natural como encontrado apoacutes a actividade (e) Reduzir ao miacutenimo as escavaccedilotildees e tapar os abrigos
(10) Viaturas (a) Cuidado com a lavagem e reciclagem da aacutegua (b) Diminuir o ruiacutedo das viaturas conduzindo sem aceleraccedilotildees (c) Evitar derramamento de oacuteleos jaacute que um litro contamina um milhatildeo de litros de aacutegua (d) Nunca lavar no campo as viaturas com detergente (e) Encaminhar a aacutegua das lavagens para a conduta das aacuteguas residuais
Fonte NPA do CMSM
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXII
Anexo L ndash STANAG 7141
(Ediccedilatildeo 1)
NATO STANDARDIZATION AGREEMENT
(STANAG)
DOUTRINA COMUM DA OTAN PARA A PROTECCcedilAtildeO AMBIENTAL DURANTE
OPERACcedilOtildeES E EXERCIacuteCIOS CONDUZIDOS PELA OTAN
Anexos
A Doutrina Ambiental
B Responsabilidades Ambientais dos Comandantes
C Educaccedilatildeo Ambiental
Documentos relacionados
AJP 4 Doutrina Logiacutestica Combinada Aliada
AMEPP-01 Poliacuteticas de reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo nas Marinhas da OTAN
AMEPP-02 Regulamentos nacionais da Marinha para a eliminaccedilatildeo de resiacuteduos
AMEPP-03 Cataacutelogo da reduccedilatildeo da poluiccedilatildeo nos navios
AMEPP-04 Orientaccedilatildeo para a integraccedilatildeo de exigecircncias mariacutetimas da protecccedilatildeo ambiental no projecto de navios
AMEPP-05 Alternativa aos agentes solventesde limpeza no empobrecimento do ozono
AMEPP-06 Guia dos materiais perigosos das Marinhas da OTAN
AMEPP-07 Glossaacuterio de termos e definiccedilotildees usados nas seacuteries AMEPP
AmedP-3 Meacutetodos quiacutemicos do controlo de insectos e roedores
MARPOL7 378 Convenccedilatildeo da IMO para a Prevenccedilatildeo da Poluiccedilatildeo dos Navios
STANAG 2982 Requisitos Sanitaacuterios Essenciais do Campo
STANAG 7102 Requisitos de Protecccedilatildeo Ambiental para Instalaccedilotildees Petroliacuteferas e Equipamentos
Reporte do CCMS nordm 240+240B Sistema de Gestatildeo Ambiental no Sector Militar
Seacuteries da ISO 14000 referentes aos Sistemas de Gestatildeo Ambiental
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXIII
OBJECTIVO
1 O objectivo deste acordo eacute indicar a doutrina ambiental para as operaccedilotildees e exerciacutecios
conduzidos pela OTAN e fornecer orientaccedilotildees no planeamento ambiental para todas as
actividades militares
ACORDO
2 As naccedilotildees participantes concordam com
a A doutrina ambiental da OTAN mencionada no Anexo A e as responsabilidades dos
comandantes mencionados em Anexo B
b Orientaccedilotildees para a educaccedilatildeo ambiental mencionados em Anexo C
IMPLEMENTACcedilAtildeO DO ACORDO
3 Este STANAG eacute implementado quando uma naccedilatildeo emitir as necessaacuterias ordensinstruccedilotildees
respeitantes agraves forccedilas tornando efectivos os procedimentos detalhados neste acordo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXIV
ANEXO A ao STANAG 7141 (Ediccedilatildeo1)
DOUTRINA COMBINADA DA OTAN PARA A PROTECCcedilAtildeO AMBIENTAL
DURANTE OPERACcedilOtildeES E EXERCIacuteCIOS CONDUZIDOS PELA OTAN
INTRODUCcedilAtildeO
1 No desempenho da sua missatildeo militar devem ser atribuiacutedas agraves Forccedilas da OTAN a aplicaccedilatildeo
de todas as medidas consideradas razoaacuteveis para proteger o Ambiente40 Para o conseguir os
comandantes devem saber como as operaccedilotildees e os exerciacutecios conduzidos pela OTAN afectam e
satildeo afectados pelo Ambiente O planeamento ambiental eacute um processo essencial para assegurar
uma protecccedilatildeo ambiental apropriada
PLANEAMENTO AMBIENTAL
2 O planeamento ambiental pode identificar as questotildees ambientais resoluacuteveis durante o seu
processo Pela preacutevia consideraccedilatildeo de potenciais impactes41 ambientais os comandantes ficaratildeo
cientes dos efeitos ambientais no cumprimento da missatildeo quando ainda existem alternativas
Pela compreensatildeo das leis e dos regulamentos aplicaacuteveis os comandantes estaratildeo aptos a
elaborar um planeamento eficaz e agir em conformidade
3 Os danos ambientais podem ser uma consequecircncia inevitaacutevel das operaccedilotildees Contudo o
planeamento deve minimizar estes efeitos sem comprometer os requisitos quer operacionais
quer de treino Embora os requisitos operacionais sejam de suma importacircncia somente pela
inclusatildeo preacutevia de considerandos ambientais no processo de planeamento pode ser tomada uma
decisatildeo consciente acerca de todas as consequecircncias das acccedilotildees propostas
4 Para implementar esta doutrina os comandantes da OTAN devem assegurar-se que a gestatildeo
do risco ambiental estaacute integrada no planeamento geral para exerciacutecios e operaccedilotildees A gestatildeo de
risco ambiental eacute o processo de detecccedilatildeo avaliaccedilatildeo42 e controlo do risco inerente aos factores
operacionais juntamente com o balanccedilo entre o risco e os benefiacutecios da missatildeo Os comandantes
da OTAN devem ter em conta a protecccedilatildeo ambiental em cada fase de uma operaccedilatildeo ou de um
40 Os meios circundantes onde uma organizaccedilatildeo opera incluindo o ar a terra os recursos naturais flora fauna seres humanos e sua inter-relaccedilatildeo 41 Qualquer mudanccedila no Ambiente quer seja adversa ou beneacutefica completa ou parcial resultante das actividades produtos ou serviccedilos de uma organizaccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXV
exerciacutecio O risco associado aos esforccedilos para proteger o Ambiente seraacute diferente para cada fase
e consequentemente deveraacute ser considerado separadamente antes durante e apoacutes a operaccedilatildeo ou
o exerciacutecio Os comandantes devem sempre fazer o balanccedilo entre a protecccedilatildeo ambiental os
riscos para as suas forccedilas e o cumprimento da missatildeo
5 Os comandantes da OTAN devem igualmente estar conscientes das diferenccedilas na prioridade
dada agrave protecccedilatildeo ambiental pelas diferentes naccedilotildees Aleacutem disto as inconsistecircncias na
terminologia devido a ldquonuancesrdquo de interpretaccedilatildeo satildeo desafios adicionais para a realizaccedilatildeo da
protecccedilatildeo ambiental no seio da OTAN
ORIENTACcedilOtildeES PARA O PLANEAMENTO AMBIENTAL NAS OPERACcedilOtildeES E EXERCIacuteCIOS CONDUZIDOS PELA OTAN 6 A principal responsabilidade de todos os comandantes consiste na realizaccedilatildeo das suas tarefas
militares Todos os niacuteveis de comando devem seguir as orientaccedilotildees do planeamento ambiental
antes de comeccedilar um exerciacutecio ou uma operaccedilatildeo Consequentemente os comandantes devem
assegurar-se que o seu pessoal afecto ao planeamento se encontra convenientemente treinado nos
aspectos ambientais Protecccedilatildeo ambiental pode tambeacutem abranger alguns aspectos relacionados
com a sauacutede e a seguranccedila do pessoal sob a responsabilidade dos comandantes
7 A fim de integrar eficazmente consideraccedilotildees ambientais para um exerciacutecio ou operaccedilatildeo
conduzida pela OTAN os comandantes devem onde for praticaacutevel seguir as seguintes
orientaccedilotildees
a Identificar as actividades operacionais que possam ter um potencial impacte
ambiental incluindo alternativas e contingecircncias
b Identificar as caracteriacutesticas ambientais que podem ser afectadas ou terem um impacte
nas actividades conduzidas pela OTAN isto eacute
(1) condiccedilatildeo ambiental geral da aacuterea
(2) clima
(3) qualidade da aacutegua
(4) qualidade do ar
(5) recursos naturais flora e fauna
(6) presenccedila de espeacutecies em perigo e habitates criacuteticos
42 Muitos incidentes e desastres da poluiccedilatildeo poderiam ter sido previstos ou prevenidos pela antecipaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo do risco As perguntas a serem feitas quando se faz a avaliaccedilatildeo de uma actividade de um desenvolvimento novo seratildeo ldquoQuais as piores coisas que poderatildeo acontecer rdquo e ldquoComo poderemos prevenir este(s) acontecimento(s) rdquo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXVI
c Identificar os potenciais efeitos causados pelas actividades militares incluindo os
efeitos das alternativas e contingecircncias por exemplo
(1) Poluiccedilatildeo da Aacutegua Esta poluiccedilatildeo pode incluir resiacuteduos provocados por
actividades humanas (aacutegua preta) aacuteguas de lavar e enxaguar (aacutegua cinzenta)
erosatildeo e drenagem incontroladas operaccedilotildees anfiacutebias construccedilotildees militares
derrames de oacuteleos e substacircncias perigosas e efluentes de combate a incecircndios
(2) Poluiccedilatildeo do Ar A poluiccedilatildeo do ar poderaacute ser causada por gases provenientes dos
veiacuteculos aviotildees e navios queimadas a ceacuteu aberto uso de piroteacutecnicos e geradores
de fumo e libertaccedilatildeo de materiais perigosos
(3) Contaminaccedilatildeo por Pesticidas A contaminaccedilatildeo por pesticidas poderaacute resultar do
uso de insecticidas roenticidas herbicidas desinfectantes e repelentes
(4) Contaminaccedilatildeo por Resiacuteduos Perigosos Resiacuteduos perigosos se manuseados
incorrectamente podem causar poluiccedilatildeo e problemas importantes durante as
actividades de limpeza e restauro apoacutes uma operaccedilatildeo militar
(5) Contaminaccedilatildeo por Resiacuteduos Soacutelidos A produccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (isto eacute
restos de construccedilatildeo lixo etc) ocorre em todas a operaccedilotildees militares A gestatildeo
improacutepria dos resiacuteduos soacutelidos pode causar contaminaccedilatildeo Em aacuteguas
internacionais a gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos eacute mencionada no MARPOL 7378
(referecircncia C)
(6) Contaminaccedilatildeo por Resiacuteduos Meacutedicos e Contagiosos Resiacuteduos que possam
conter agentes patogeacutenicos em nuacutemero e virulecircncia suficiente para causar doenccedilas
infecciosas em hospedeiros humanos susceptiacuteveis satildeo considerados resiacuteduos
contagiosos O controlo e gestatildeo destes e de outros resiacuteduos meacutedicos eacute muito
importante Tais resiacuteduos deveratildeo ser manuseados separadamente isto eacute natildeo
devem ser tratados e destruiacutedos juntamente com os restantes resiacuteduos soacutelidos
(7) Derrames de Oacuteleo e de Substacircncias Perigosas (Contingecircncias Ambientais) A
libertaccedilatildeo de oacuteleo ou de materiais perigosos no Ambiente
(8) Impactes do Ruiacutedo O impacte do ruiacutedo originado pelas actividades militares
principalmente o impacte em tempo de paz na populaccedilatildeo civil
(9) Pocircr em Risco os Recursos Naturais e Culturais Impactes nos recursos naturais
e culturais (histoacuterico e arquitectoacutenico)
(10) Pacircntanos e Biodiversidade Impactes nos pacircntanos e biodiversidade em geral
foram reconhecidos internacionalmente como merecedores de protecccedilatildeo especial
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXVII
d Identificar medidas praticaacuteveis se aplicaacutevel para reduzir o risco para o Ambiente e
para a seguranccedila e sauacutede dos seres humanos
e Identificar medidas para a prevenccedilatildeo da reduccedilatildeo e conservaccedilatildeo dos recursos limpeza
e remediaccedilatildeo isto eacute
(1) Prevenccedilatildeo da Poluiccedilatildeo e Conservaccedilatildeo de Recursos O objectivo da prevenccedilatildeo da
poluiccedilatildeo eacute impedir a poluiccedilatildeo futura atraveacutes da conservaccedilatildeo dos recursos
reduccedilatildeo do uso de materiais perigosos e minimizaccedilatildeo da libertaccedilatildeo de poluentes
para o Ambiente Haacute cinco estrateacutegias que o comandante pode usar para
conservar os recursos e reduzir as exigecircncias de limpeza e restauro
(a) Reduccedilatildeo da fonte ndash reduccedilatildeo ou eliminaccedilatildeo do uso de materiais perigosos e
resultante fluxo de resiacuteduos
(b) Reciclar ndash renovaccedilatildeo de resiacuteduos gerado pela manufactura de novos produtos
similares
(c) Re-usar ndash uso repetido do mesmo produto
(d) Tratamento ndash tornar os resiacuteduos perigosos em natildeo perigosos
(e) Destruiccedilatildeo ndash o uacuteltimo recurso
(2) Limpeza e Restauro Inclui a identificaccedilatildeo e limpeza dos resiacuteduos soacutelidos
liacutequidos e perigosos e o restauro quando for aplicaacutevel dos impactes ambientais
resultantes das actividades conduzidas pela OTAN
f Determinar quais as leis nacionais eou internacionais que se aplicam agrave operaccedilatildeo ou
exerciacutecio
g Identificar restriccedilotildees ou limites operacionais impostos pela aplicaccedilatildeo dos regulamentos
ou da poliacutetica ambiental
GESTAtildeO DO RISCO AMBIENTAL
8 Exerciacutecios Os exerciacutecios na situaccedilatildeo de paz devem ser conduzidos de uma maneira
consistente com os regulamentos ambientais aplicaacuteveis As uacutenicas excepccedilotildees a esta exigecircncia
seratildeo as situaccedilotildees de emergecircncia que ameacem a vida humana ou a sua seguranccedila Embora
possam ser impostas limitaccedilotildees agraves forccedilas atribuiacutedas de modo a ir ao encontro dos requisitos
ambientais um planeamento adequado pode reduzir o impacte destas limitaccedilotildees Os
comandantes da OTAN devem incorporar o respectivo risco de gestatildeo para conseguir os
objectivos do exerciacutecio ao mesmo tempo que minimizam os impactes ambientais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXVIII
9 Operaccedilotildees A chave para a gestatildeo do risco ambiental reside no balanccedilo entre a protecccedilatildeo
ambiental e os objectivos da missatildeo Uma operaccedilatildeo deve ser minuciosamente planeada e
executada de modo a minimizar riscos desnecessaacuterios ao Ambiente e agrave sauacutede humana
10 Estrutura ambiental da gestatildeo do risco Os elementos chave satildeo
a Poliacutetica ambiental ou orientaccedilatildeo do comandante O comandante deve fornecer uma clara
orientaccedilatildeo da protecccedilatildeo ambiental para o exerciacutecio ou operaccedilatildeo tatildeo cedo quanto
possiacutevel no processo de planeamento
b Planeamento ambiental Um planeamento ambiental deve ser desenvolvido usando esta
orientaccedilatildeo para fazer parte do OPLAN ou da directiva de exerciacutecio como anexo No
planeamento devem ser incluiacutedas claacuteusulas para as contingecircncias ambientais
c Implementaccedilatildeo O comandante deve assegurar-se que todo o pessoal estaacute treinado e
ciente dos assuntos ambientais Deve haver uma clara atribuiccedilatildeo de responsabilidades
para a protecccedilatildeo ambiental
d Verificaccedilatildeo e acccedilotildees correctivas As actividades devem ser continuadamente
monitorizadas para se assegurar a consistecircncia com os objectivos de protecccedilatildeo ambiental
emanados pelo comandante
e Revisatildeo posterior da acccedilatildeo As liccedilotildees aprendidas devem ser reportadas para uma
melhoria dos planeamentos futuros
IMPACTE AMBIENTAL NAS AacuteREAS DE TREINO
11 De modo a assegurar-se que os impactes negativos nas aacutereas de treino satildeo minimizados eacute
importante
a estabelecer as bases ambientais para os locais
b assegurar a protecccedilatildeo da natureza da flora e da fauna
c assegurar a protecccedilatildeo paisagiacutestica dos monumentos histoacutericos e dos cursos de aacutegua
d realizar inspecccedilotildees perioacutedicas aos locais e monitorizar qualquer mudanccedila
e assegurar que os necessaacuterios trabalhos de reparaccedilatildeo foram efectuados
f incorporar as liccedilotildees aprendidas nos planeamentos futuros
g trabalhar com as autoridades e a comunidade de modo a identificar e a resolver os
problemas locais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXIX
ANEXO B ao STANAG 7141 (Ediccedilatildeo1)
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL DO COMANDANTE
1 A principal responsabilidade de todos os comandantes da OTAN reside no cumprimento das
suas tarefas militares Eacute possiacutevel consegui-lo mantendo um compromisso para com a
protecccedilatildeo ambiental Todos os niacuteveis de comando devem
a Demonstrar lideranccedila e consciecircncia sobre protecccedilatildeo ambiental e promover
consciencializaccedilatildeo ambiental a todo o pessoal sob o seu comando
b Identificar a atribuir de modo claro responsabilidades e recursos por exemplo
financiamento pessoal e equipamento de modo a ir ao encontro dos objectivos da
protecccedilatildeo ambiental
c Considerar os impactes ambientais na tomada de decisatildeo
d Assegurar a conformidade desde que praticaacutevel dentro da confinidade do cumprimento
da missatildeo com as leis e acordos ambientais aplicaacuteveis
e Assegurar o uso cuidado da terra e de outros recursos naturais sob o seu controlo
f Estreitar o relacionamento com as comunidades vizinhas pela partilha de preocupaccedilotildees
ambientais
g Integrar o conceito de prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo em todas as actividades militares atraveacutes da
promoccedilatildeo do re-uso reciclagem material e processos de substituiccedilatildeo melhorando a
eficiecircncia da operaccedilatildeo e do treino
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXX
ANEXO C ao STANAG 7141 (Ediccedilatildeo1)
EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
TREINO AMBIENTAL E EDUCACcedilAtildeO
1 Treino apropriado e materiais de educaccedilatildeo para a protecccedilatildeo ambiental devem estar
disponiacuteveis para todo o pessoal
2 Cada naccedilatildeo da OTAN necessita de efectuar a anaacutelise das necessidades de treino para as suas
forccedilas e de estabelecer as linhas de acccedilatildeo de modo a conseguir esse treino Uma vez
estabelecidas as orientaccedilotildees poliacuteticas de acccedilatildeo o programa de treino detalhado e o material de
instruccedilatildeo podem ser produzidos
ANAacuteLISE DAS NECESSIDADES DE TREINO
3 A anaacutelise das necessidades de treino compreende trecircs passos Primeiro revisatildeo da poliacutetica
ambiental de modo a assegurar que os toacutepicos de acccedilatildeo ambiental da agenda foram
adequadamente definidos Cada aacuterea de preocupaccedilatildeo eacute brevemente definida com as razotildees dessa
preocupaccedilatildeo (legislativa e de ldquoboa praacuteticardquo) Segundo revisatildeo das actividades do pessoal de
serviccedilo e da sua participaccedilatildeo e responsabilidades de modo a que os toacutepicos de acccedilatildeo ambiental
sejam estabelecidos O terceiro estaacutedio eacute a anaacutelise subsequente da revisatildeo da actividade de modo
a produzir uma imagem sistemaacutetica das necessidades de treino
TREINO AMBIENTAL NA OTAN
4 O problema de introduzir o treino ambiental necessita de ser pensado e discutido num estaacutedio
preacutevio de modo a assegurar a integraccedilatildeo bem sucedida de novos conceitos e ideias Deste
modo o treino ambiental deve ser incorporado dentro dos programas de treino existentes de um
modo pragmaacutetico
5 Embora o treino ambiental seja primariamente uma responsabilidade nacional as naccedilotildees da
OTAN devem estar cientes que os requisitos da protecccedilatildeo ambiental podem variar entre as
naccedilotildees Com esta finalidade as naccedilotildees devem ser incentivadas para apoiar os cursos de treino
ambiental na escola da OTAN (SHAPE) em Oberammergau Alemanha Um foacuterum da OTAN
como o Grupo de Trabalho de Treino Ambiental (ETWG) tem igualmente um papel chave em
promover a compreensatildeo do relacionamento entre os requisitos de treino e o Ambiente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXI
OBJECTIVOS DA EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
6 Os objectivos da educaccedilatildeo ambiental satildeo
a incorporar a protecccedilatildeo e a consciencializaccedilatildeo ambiental na rotina militar - tanto
quanto a consciencializaccedilatildeo taacutectica e mais recentemente a seguranccedila se tem tornado
parte da educaccedilatildeo individual
b desenvolver a consciencializaccedilatildeo ambiental o mais cedo possiacutevel na carreira de todo o
pessoal Cada etapa da carreira deve receber instruccedilatildeo de modo a que coincida com o
aumento da responsabilidade
c aumentar a consciencializaccedilatildeo nos comandos das suas responsabilidades ambientais
7 Consciencializaccedilatildeo Ambiental Os comandantes devem educar o seu pessoal de modo a
integrar a protecccedilatildeo e a consciencializaccedilatildeo ambiental na rotina diaacuteria das operaccedilotildees A natureza e
a aplicaccedilatildeo do treino deveraacute reflectir o posto e a especializaccedilatildeo do receptor A educaccedilatildeo deveraacute
ser direccionada atraveacutes do aumento da consciencializaccedilatildeo para a necessidade de
a Protecccedilatildeo ambiental
(1) Protecccedilatildeo dos recursos hiacutedricos (oceacircnicos litorais superficiais e freaacuteticos)
(2) Protecccedilatildeo da qualidade do ar e da atmosfera
(3) Protecccedilatildeo da vegetaccedilatildeo e do solo (inclui a protecccedilatildeo das florestas)
(4) Reduccedilatildeo do ruiacutedo
(5) Protecccedilatildeo da qualidade paisagiacutestica (urbana e rural incluindo a prevenccedilatildeo de
lixos)
(6) Recursos naturais como por exemplo os animais selvagens e a protecccedilatildeo do
habitat
(7) Meacutetodos correctos na gestatildeo de materiais e resiacuteduos especialmente dos materiais
perigosos
(8) Prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo
b Conservaccedilatildeo de recursos
(1) Protecccedilatildeo do patrimoacutenio (natural e construiacutedo pelo homem)
(2) Protecccedilatildeo de recursos no contexto de um desenvolvimento sustentaacutevel
(a) Conservaccedilatildeo da energia
(b) Reduccedilatildeo do uso de recursos natildeo renovaacuteveis
(c) Minimizaccedilatildeo dos resiacuteduos e reciclagem
c Poliacutetica ambiental
(1) Poliacutetica ambiental nacional
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXII
(2) Poliacutetica ambiental da Naccedilatildeo hospedeira
(3) Poliacutetica ambiental da OTAN
(4) Acordos ambientais multilaterais se aplicaacutevel
8 Procedimentos e medidas ambientais especiacuteficas Relacionam-se com os procedimentos ou
com as medidas de natureza especiacutefica projectada para assegurar uma protecccedilatildeo ambiental
durante o desempenho do dever e que necessitam de uma educaccedilatildeo ambiental mais detalhada
provavelmente dada a um nuacutemero menor de pessoas Por exemplo a engenharia civil a
manutenccedilatildeo de aeronaves a manipulaccedilatildeo de resiacuteduos no mar e a manipulaccedilatildeo de combustiacuteveis
9 Responsabilidades de supervisatildeo Esta eacute uma aacuterea de interesse particular para os comandantes
e para o pessoal de supervisatildeo por ele nomeado A necessidade de peritos profissionais em
Ambiente pode requerer o pronto acesso a peritosconsultores especializados Atenccedilatildeo particular
deveraacute ser dada agrave poliacutetica e agrave orientaccedilatildeo ambiental gestatildeo do risco e planeamento
OPORTUNIDADES PARA A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL
10 A educaccedilatildeo ambiental deve ser incorporada tanto quanto possiacutevel em programas de treino jaacute
existentes As oportunidades incluem
a Treino individual Os cursos de treino baacutesico os cursos para capitatildeo e oficiais
subalternos e os cursos de sargentos podem constituir a oportunidade ideal para
fornecer noccedilotildees sobre consciecircncia ambiental e supervisatildeo
b Treino colectivo Fornece a oportunidade para iniciativas como sejam a apresentaccedilatildeo
de ordens permanentes para exerciacutecios e aacutereas de treino manuseamento de resiacuteduos e
prevenccedilatildeo da poluiccedilatildeo
c Treino continuado O conhecimento e o treino ambiental necessitaratildeo de ser
continuamente actualizados e as reciclagens deveratildeo ser fornecidas de acordo com a
legislaccedilatildeo e as praacuteticas de trabalho
CONCLUSAtildeO
11 O tipo de abordagem feita agrave educaccedilatildeo ambiental determinaraacute o seu ecircxito ou o seu fracasso A
determinaccedilatildeo das abordagens que empregam os conceitos de responsabilidade individual de boa
praacutetica militar de ldquoboa vizinhanccedilardquo e de responsabilidade global seratildeo muito provavelmente os
requeridos
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXIII
ANEXO M ndash Apecircndice (CONSIDERACcedilOtildeES AMBIENTAIS) ao Anexo
(ENGENHARIA)
Referecircncias
a Normas especiacuteficas aplicaacuteveis na naccedilatildeo de origem
b Directivas para o teatro
c Acordos da Naccedilatildeo Hospedeira padrotildees operativos locais se for diferente da naccedilatildeo de origem
instruccedilotildees especiais do comando NEP poliacuteticas orientaccedilatildeo para consideraccedilotildees ambientais ou
referecircncias relativas aos factores ambientais significativos no TO
d NEP da unidade
Fuso horaacuterio utilizado atraveacutes da Ordem
1 SITUACcedilAtildeO
a Forccedilas Inimigas Deve-se referir a uma OOp ou um anexoapecircndice ambiental de uma OOp
Deve-se declarar quaisquer factores ou condiccedilotildees que podem afectar negativamente a conclusatildeo
com sucesso da missatildeo eou a sauacutede ou bem-estar das forccedilas amigas e a populaccedilatildeo indiacutegena As
ameaccedilas ambientais podem ser naturais colaterais acidentais ou causadas por acccedilotildees da
populaccedilatildeo ou forccedilas inimigas
(esta operaccedilatildeo depende da nossa capacidade em fornecer aacutegua para as nossas forccedilas e para a populaccedilatildeo
indiacutegena atraveacutes de unidades de dessalinizaccedilatildeo retirando aacutegua do Golfohellip o inimigo tem grandes
quantidades de municcedilotildees quiacutemicas Cuidados especiais devem ser tomados durante a destruiccedilatildeo de
depoacutesitos de municcedilotildees inimigas para assegurar que as municcedilotildees quiacutemicas natildeo sejam detonadashellip devido
ao lenccedilol de aacutegua muito elevada na aacuterea cuidados especiais e consideraccedilotildees devem ser tomadas na
determinaccedilatildeo da localizaccedilatildeo dos aterros e na reuniatildeo de quaisquer desperdiacutecioshellip)
(1) Terreno Deve-se listar todos os aspectos vitais do terreno que tecircm um impacto sobre as aacutereas
funcionais das operaccedilotildees
(2) Condiccedilotildees Meteoroloacutegicas Deve-se listar todos os aspectos de meteorologia vitais que tecircm
um impacte nas aacutereas funcionais das operaccedilotildees
(3) Capacidade de aacuterea funcional do inimigo eou actividade
(a) Devem-se listar os perigos ambientais significativos conhecidos ou graficados Se a
informaccedilatildeo for suficientemente importante ou especiacutefica esta lista pode tornar-se num
transparente
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXIV
(b) Devem-se listar as capacidades inimigas significativas para utilizar a manipulaccedilatildeo
ambiental como meio de impedir o avanccedilo das forccedilas amigaacuteveis ou pocircr em risco
objectivos de longo prazo (O inimigo pode libertar petroacuteleo directamente para o
Golfohellip o inimigo pode incendiar poccedilos de petroacuteleo para cobrir a sua retiradahellip)
(c) Deve-se declarar o emprego esperado dos meios da aacuterea funcional inimiga baseado na
modalidade de acccedilatildeo mais esperado (O inimigo natildeo seraacute afectado pela opiniatildeo
internacionalhellip utilizaratildeo todos os meios agrave sua disposiccedilatildeo para incluir a libertaccedilatildeo
directa de petroacuteleo para o Golfo e incendiando poccedilos de petroacuteleo numa orgia de
destruiccedilatildeohellip)
(4) Factores limitativos Deve-se sublinhar as limitaccedilotildees que existem devido agrave falta de acesso
estrangeiro tempo seguranccedila de operaccedilotildees (OPSEC) regras da HN ou sensibilidades
assuntos puacuteblicos (estrangeiros e domeacutesticos) consideraccedilotildees legais e recursos (As
Operaccedilotildees da 54ordf DIV MEC teratildeo inevitavelmente um impacto ambiental As consideraccedilotildees
ambientais requerem a sua integraccedilatildeo muito cedo no processo de planeamento e seraacute feito
em conjunto com outros planeamentos e o processo de gestatildeo de risco O niacutevel de protecccedilatildeo
ambiental iraacute variar enquanto os niacuteveis de risco satildeo antecipados como sendo mais baixos e
os esforccedilos ambientais correspondentes mais compreensivos em proporccedilatildeo agrave distacircncia da
zona de combate Este apecircndice natildeo foca o armazenamentoeliminaccedilatildeo de municcedilotildees
actividades quiacutemicas bioloacutegicas e radioloacutegicas ou actividades em embarcaccedilotildees navais no
mar)
b Forccedilas amigas Deve-se referir a uma OOp ou a um anexo de uma OOp Deve-se declarar o
conceito de operaccedilotildees ambientais do escalatildeo superior Este conceito cobre relacionamentos entre
consideraccedilotildees ambientais e a OOpPlOp
c Reforccedilos e cedecircncias Deve-se referir a uma OOp ou um anexo de uma OOp Deve-se tambeacutem
identificar equipas especiais ou pessoal de protecccedilatildeo ambiental
2 MISSAtildeO
Deve-se declarar o conceito do comandante para acccedilotildees ambientais Este conceito daacute resposta aos
quem o quecirc quando onde como e porquecirc do relacionamento entre consideraccedilotildees ambientais e a
OOpPlOp apoiados Normalmente a missatildeo seraacute de proteger o melhor possiacutevel a sauacutede e bem-estar
de pessoal militar a populaccedilatildeo indiacutegena de ameaccedilas ambientais durante a conduccedilatildeo da operaccedilatildeo para
reduzir o impacto adverso de longo prazo sobre a economia e sauacutede puacuteblica e para reduzir os custos
e responsabilidades no final das operaccedilotildees
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXV
3 EXECUCcedilAtildeO
a Conceito de Operaccedilotildees ambientais Deve-se resumir o conceito do comandante de acccedilotildees
ambientais necessaacuterias para apoiar a OOpPlOp Deve-se tambeacutem identificar os assuntos e acccedilotildees
que devem ser focadas durante todas as fases da operaccedilatildeo Deve-se identificar o estado final
ambiental desejado
(1) Efeito operacional sobre o Ambiente Deve-se listar recursos vitais que devem ser protegidos
durante a operaccedilatildeo como as florestas campos agriacutecolas ou instalaccedilotildees de tratamento de aacutegua
ou de esgotos Deve-se tambeacutem descrever factores que devem ser tomados em consideraccedilatildeo
pelos comandantes das unidades subordinadas durante a tomada de decisotildees sobre danos
colaterais
(2) Efeitos dos recursos ambientais na operaccedilatildeo Deve-se listar quaisquer condiccedilotildees ambientais
ou factores que podem impedir a conclusatildeo com sucesso da missatildeo operacional ou pocircr em
risco o estado final desejado Deve-se tambeacutem identificar alvos possiacuteveis de sabotagem ou
terrorismo ambiental
(3) Requerimentos para conformidade Deve-se declarar os requerimentos para conformidade
legais e HN que aplicar-se-atildeo e sob quais condiccedilotildees podem ser aplicaacuteveis (combate versus
operaccedilatildeo natildeo-hoacutestil estabilidade ou operaccedilatildeo de apoio diferencias geograacuteficas ou alteraccedilotildees
provocadas por eventos)
(4) Conformidade faseada Deve-se descrever em termos gerais as preocupaccedilotildees ambientais
importantes e necessidades durante fases diferentes da operaccedilatildeo Deve-se especificar as
tarefas de transiccedilatildeo e as medidas de controlo iniciais apropriadas
b Missotildees agraves unidades subordinadas Natildeo seraacute normal ter missotildees neste sub-paraacutegrafo Se for
suficientemente importante para atribuir a um determinado elemento de manobra a tarefa de
executar uma tarefa ambiental esta atribuiccedilatildeo de tarefas deve estar identificada no paraacutegrafo 3b
da ordem base Um exemplo eacute a atribuiccedilatildeo de tarefas a unidades especiacuteficas (em conjunto com o
cirurgiatildeo ou oficial quiacutemico) para executar missotildees de reconhecimento ambiental Se for somente
colocado aqui eacute provaacutevel que possa ser deixado passar pela unidade a quem foi atribuiacuteda a tarefa
Se incluirmos tarefas para unidades subordinadas
(1) Devem-se listar tarefas de aacuterea funcional que elementos de manobra especiacuteficos devem
executar e que a OOp de base natildeo conteacutem
(2) Devem-se listar tarefas de aacuterea funcional que as unidades que apoiam os elementos de
manobra devem executar somente quando for necessaacuterio para assegurar a unidade de esforccedilo
c Instruccedilotildees de Coordenaccedilatildeo Deve-se sublinhar a coordenaccedilatildeo chave que deve ser feita por duas
ou mais unidades e natildeo rotineiramente cobertas em NEP das unidades Deve-se tambeacutem prestar
particular atenccedilatildeo agraves necessidades de coordenaccedilatildeo com os QGs superiores e outras agecircncias
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXVI
governamentais As responsabilidades e necessidades das unidades podem variar de acordo com a
localizaccedilatildeo actividade ou fase da operaccedilatildeo Deve-se juntar uma matriz que especifica vaacuterios
niacuteveis de protecccedilatildeo ambiental As responsabilidades ambientais do oficial meacutedico e do oficial de
logiacutestica pode ser incluiacutedas aqui se natildeo estiverem incorporadas nos seus respectivos anexos
(1) Reconhecimento ambiental Deve-se identificar responsabilidades gerais
(2) Vulnerabilidades ambientais Deve-se especificar responsabilidades gerais para a recolha de
informaccedilotildees identificaccedilatildeo e planeamento de respostas para ameaccedilas ambientais ao sucesso
da missatildeo
(3) Avaliaccedilotildees ambientais Deve-se listar condiccedilotildees sob as quais avaliaccedilotildees ambientais podem
ser necessaacuterias condiccedilotildees quando as avaliaccedilotildees podem ser realizadas mesmo quando natildeo
forem exigidas pela lei e responsabilidades para a conduccedilatildeo e aprovaccedilatildeo de avaliaccedilotildees (ver
Adenda A e B)
(4) Ocupaccedilatildeo de acampamentos e aacutereas da retaguarda (A ocupaccedilatildeo de acampamentos e aacutereas da
retaguarda e operaccedilotildees subsequentes seratildeo feitas incorporando consideraccedilotildees ambientais
quando necessaacuterio e aplicaacuteveis agrave situaccedilatildeo operacional)
(a) Um Reconhecimento Inicial (ver Adenda A) seraacute conduzido para determinar as condiccedilotildees
preacute-existentes no local e os seus recursos ecoloacutegicos Deve-se dirigir a conduccedilatildeo de
Relatoacuterio de Condiccedilotildees Ambientais baseado na duraccedilatildeo da presenccedila num dado local
(para relatoacuterios de condiccedilatildeo intermeacutedios) e em resposta a incidentes ambientais
(b) Antes da partida e abandono do local as unidades executam um Reconhecimento final
(ver Adenda A) para documentar as condiccedilotildees do local incluindo fontes de aacutegua solo
flora instalaccedilotildees arqueoloacutegicashistoacutericas qualidade do ar e outras condiccedilotildees
ambientais Deve-se documentar a localizaccedilatildeo das latrinas locais de resiacuteduos perigosos
aterros hospitais actividades de manutenccedilatildeo armazenamento de POL e quaisquer
outras actividades ambientalmente sensiacuteveis
(5) Instalaccedilotildees
(a) Reconhecimentos ambientais Deve-se especificar as condiccedilotildees formatos
responsabilidades e relatoacuterios de reconhecimentos inicial e final e quaisquer Relatoacuterios
intermeacutedios (ver documentos 1 e 2 e Adenda C)
(b) Procedimentos de operaccedilatildeo Deve-se providenciar orientaccedilatildeo para consideraccedilotildees
ambientais e serviccedilos em instalaccedilotildees estabelecidas
(c) Encerramento Deve-se especificar actividades de encerramento como a documentaccedilatildeo
da localizaccedilatildeo das latrinas locais Resiacuteduos Perigosos aterros hospitais actividades de
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXVII
manutenccedilatildeo armazenamento de POL e outras actividades ambientalmente sensiacuteveis A
publicaccedilatildeo destes procedimentos pode ser atrasada ateacute uma fase mais apropriada da
operaccedilatildeo
(6) Construccedilatildeo Quando se estiver a planear e conduzir acccedilotildees de trabalhos gerais de engenharia
os projectistas militares devem considerar o efeito do projecto no Ambiente bem como os
acordos nacionais e da HN leis e regulamentos ambientais aplicaacuteveis (Procedimentos de
erosatildeo do solocontrolo de perda de solo araacutevel e outros procedimentos de senso comum
seratildeo aplicados na maior extensatildeo possiacutevel de qualquer forma)
(7) Reclamaccedilotildees (Sob as provisotildees do Artigo hellip da SOFA reclamaccedilotildees feitas por indiviacuteduos
nacionais locais ou organizaccedilotildees por danos resultantes de derrames seraacute resolvido atraveacutes
dos procedimentos de reclamaccedilotildees estabelecidos)
4 APOIO DE SERVICcedilOS
a Devem-se identificar aqueles factores de planeamento ambiental que apesar de natildeo estarem
mandatados como leis ou regulamentos iratildeo apoiar a execuccedilatildeo com sucesso da OOpPlOp em
todas as fases e proteger a sauacutede e seguranccedila dos militares forccedilas aliadas e natildeo-combatentes No
miacutenimo deve-se focar a certificaccedilatildeo de fontes locais de aacutegua por unidades sanitaacuterias de campo
gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos gestatildeo de materiais perigosos protecccedilatildeo da fauna e flora
preservaccedilatildeo arqueoloacutegica ou histoacuterica e resposta a derrames A eliminaccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos e
liacutequidos dependeraacute da localizaccedilatildeo e Ambiente circundante da aacuterea de eliminaccedilatildeo A intenccedilatildeo eacute de
minimizar o impacto ambiental e de limitar a potencial contaminaccedilatildeo do local de armazenamento
(1) Desenvolvimento utilizaccedilatildeo e protecccedilatildeo de fontes de aacutegua potaacutevel A certificaccedilatildeo de
fontes de aacutegua incluiacute consideraccedilotildees especiais para a protecccedilatildeo de aacutegua de superfiacutecie
aacutegua subterracircnea e aacutegua nos sistemas de distribuiccedilatildeo a localizaccedilatildeo e necessidades de
protecccedilatildeo especial para instalaccedilotildees de tratamento de aacutegua e aacuteguas residuais
eliminaccedilatildeo de efluentes de chuvas e instalaccedilotildees de lavandaria eliminaccedilatildeo de aacutegua
salmoura (ou aacutegua residual) de operaccedilotildees das unidades de purificaccedilatildeo de aacutegua por
osmose inversa (ROWPU) Em territoacuterio nacional deveratildeo ser realizados exerciacutecios
de treino tendo em atenccedilatildeo a necessidade de requerer a permissatildeo para descarregar
aacutegua salmoura ROWPU para dentro de uma fonte de aacutegua Fazendo regressar aacutegua
salmoura (ou aacutegua residual) directamente para a fonte sem ter sido tratada tambeacutem
pode violar as normas (Aacutegua seraacute obtida ou processada de fontes aprovadas
Certificaccedilotildees de qualidade da aacutegua seratildeo feitas de acordo com os procedimentos
sublinhados nos procedimentos de operaccedilatildeo uniformizados de campo (NEP) da 54ordf
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXVIII
Div Mec Elementos operacionais e de apoio natildeo contaminaratildeo recursos de aacutegua
potaacutevel)
(2) Manuseamento de resiacuteduos soacutelidos e liacutequidos (A eliminaccedilatildeo resiacuteduos soacutelidos e
liacutequidos seraacute dependente da localizaccedilatildeo e Ambiente circundante da aacuterea de
eliminaccedilatildeo A intenccedilatildeo eacute de minimizar o impacto ambiental e de limitar a
contaminaccedilatildeo potencial do local de contenccedilatildeo)
b Resiacuteduos soacutelidos As necessidades incluem eliminaccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (inclui lodo)
processo de aprovaccedilatildeo para a utilizaccedilatildeo de aterros ou incineradores e protecccedilatildeo de
instalaccedilotildees de transporte transferecircncia e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos (Os resiacuteduos
soacutelidos seratildeo removidos e eliminados em instalaccedilotildees aprovadas pelo ministeacuterio do
Ambiente via acordos de apoio HN em tempo de guerra Na ausecircncia de apoio HN os
resiacuteduos soacutelidos devem ser incinerados como forma preferida de eliminaccedilatildeo
Alternativamente o enterro de resiacuteduos eacute aceitaacutevel e empregaraacute as caracteriacutesticas de
operaccedilotildees de aterros As trincheiras teratildeo de ser perpendiculares ao vento
predominante suficientemente profundas para conter a escavaccedilatildeo de resiacuteduos de longo
prazo esperado e para executar um cobrimento de natildeo menos de 15 centiacutemetros de terra
com um cobrimento final de natildeo menos de 75 centiacutemetros Qualquer trincheira seraacute
correctamente marcada quando for fechada)
c Resiacuteduos humanos Deve-se lidar com o armazenamento e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos
humanos na forma que melhor apoia a missatildeo e que mais protectivo seja para a sauacutede
humana Este factor eacute particularmente significativo em aacutereas densamente povoadas onde
os serviccedilos de sauacutede puacuteblica baacutesicos podem ser interrompidos e os procedimentos de
condiccedilotildees sanitaacuterias satildeo inadequadas (Latrinas sanitaacuterias existentes esgotos e
instalaccedilotildees de tratamento devem ser utilizadas o mais extensivamente possiacutevel Se tais
instalaccedilotildees tiverem excedido as suas capacidades ou natildeo existirem os resiacuteduos humanos
seratildeo eliminados de acordo com a operaccedilatildeo e a situaccedilatildeo que for encontrada Os
meacutetodos preferidos de eliminaccedilatildeo em ordem de precedecircncia satildeo sistemas de eliminaccedilatildeo
de aacuteguas residuais sanitaacuterias latrinas portaacuteteis e trincheiras de corte A recolha e
eliminaccedilatildeo expedicionaacuteria de esgotos seraacute localizada e operada para minimizar o
impacto ambiental de acordo com procedimentos de condiccedilotildees sanitaacuterias da unidade Se
for possiacutevel natildeo se deve conduzir operaccedilotildees de queima aberta de tal forma que o vento
empurre o fumo na direcccedilatildeo de aacutereas populacionais Como miacutenimo todas as trincheiras
de corte devem ser cobertos com natildeo menos que 60 centiacutemetros de terra (30 centiacutemetros
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXIX
de terra compactada nivelada com a superfiacutecie e 30 centiacutemetros de terra em monte)
antes da partida do local Um sinal mostrando a data de encerramento e as palavras
ldquoLatrina Fechadardquo seraacute colocado em cada local fechado)
d Aacuteguas brancas (Em locais onde faltam instalaccedilotildees de tratamento de esgotos o meacutetodo
preferido para lidar com aacuteguas brancas seraacute a recolha e eliminaccedilatildeo correcta via apoio
da HN Na eventualidade destas opccedilotildees natildeo serem possiacuteveis durante operaccedilotildees de
contingecircncia ou tempo de guerra os efluentes de chuvasinstalaccedilotildees de banhos seratildeo
localizados a jusante de fontes de aacutegua quer civil quer militar A construccedilatildeo de
instalaccedilotildees de drenagem temporaacuteria deve assegurar a drenagem apropriada de aacuteguas
brancas que precede a formaccedilatildeo de charcos Devem ser tomadas medidas para evitar a
criaccedilatildeo de locais de reproduccedilatildeo de parasitas)
(1) Resiacuteduos hospitalares Esta secccedilatildeo incluiacute procedimentos e localizaccedilotildees para o
armazenamento e eliminaccedilatildeo de resiacuteduos hospitalares sob condiccedilotildees normais e de
emergecircncia bem como as responsabilidades e procedimentos para a aprovaccedilatildeo de
meacutetodos de eliminaccedilatildeo (A eliminaccedilatildeo de resiacuteduos hospitalares seraacute de acordo com
as linhas-guia estabelecidas pelo Oficial Meacutedico Na eventualidade de tais
instalaccedilotildees estarem indisponiacuteveis para eliminaccedilatildeo permanente a eliminaccedilatildeo
temporaacuteria adequada deve ser feita atraveacutes da utilizaccedilatildeo de uma aacuterea de contenccedilatildeo
segregada e correctamente classificada Os resiacuteduos devem ser contidos em
contentores selados ou de outra forma apropriada que minimiza a libertaccedilatildeo de
contaminaccedilatildeo bioloacutegica para o Ambiente Um registo seraacute feito do tipo quantidade
e localizaccedilatildeo da aacuterea de contenccedilatildeo Uma coacutepia do registo seraacute enviado agrave unidade de
Engenharia e ao Oficial meacutedico)
(2) Gestatildeo de ResMat P
(a) Gestatildeo de Resiacuteduos Perigosos Esta secccedilatildeo inclui os procedimentos e localizaccedilotildees
para o armazenamento e eliminaccedilatildeo de Res P sob condiccedilotildees normais e de
emergecircncia ou instalaccedilotildees de contratados aprovados e o registo de locais de Res
P abandonados (Os Res P seratildeo juntados embalados e transferidos para um
local aprovado quando for possiacutevel de acordo com as linhas-guia estabelecidas
pelo G4) (Se a situaccedilatildeo operacional ditar o abandono de ResMat P deve-se
consolidar conter e registar a localizaccedilatildeo dos itens tipos de itens e qualquer
outra informaccedilatildeo que facilitaraacute futuras operaccedilotildees de recuperaccedilatildeo Deve-se
mandar uma coacutepia do relatoacuterio para a Engenharia e ao G4)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXX
(b) Gestatildeo de Materiais Perigosos (Mat P seratildeo armazenados transportados e
utilizados de acordo com procedimentos estabelecidos e de uma forma que
impeccedila a exposiccedilatildeo humana ou ecoloacutegica improacutepria Ateacute agrave extensatildeo que for
praticaacutevel deve-se aplicar a consolidaccedilatildeo e reutilizaccedilatildeo para reduzir a
quantidade de Mat P utilizados e resiacuteduos criados)
(c) Abandono (se a situaccedilatildeo operacional ditar o abandono de resiacuteduos perigosos
consolidar conter e registar a localizaccedilatildeo dos itens tipos de itens e qualquer
outra informaccedilatildeo que assistiraacute futuras operaccedilotildees de recuperaccedilatildeo Deve-se
mandar uma coacutepia para a Engenharia e ao G4)
(d) Procedimentos de prevenccedilatildeocontrolo de derrames (Os Comandantes manteratildeo
planos de prevenccedilatildeocontrolo de derrames com equipas de resposta a derrames
de niacutevel batalhatildeo de acordo com a NEP da 54ordf DivMec As Unidades tomaratildeo
acccedilatildeo imediatamente para conter o derrame limpar o local ateacute ao limite das suas
capacidades balizar o local e relatar o derrame ao longo da sua cadeia de
comando para a Engenharia e G4 O relatoacuterio do derrame deve ter um formato
(ver Adenda B) e conter no miacutenimo a localizaccedilatildeo tipo e quantidade de
contaminaccedilotildees situaccedilatildeo da limpeza e uma estimativa dos recursos adicionais
necessaacuterios para completar a limpeza)
(3) Protecccedilatildeo de Ecossistema Deve-se proteger a flora e fauna especial terras
pantanosas florestas e terras de cultivo e obter aprovaccedilatildeo para a limpeza de vastas
aacutereas atraveacutes de meacutetodos aprovados (A necessidade para limpar campos de tiro bem
como a limpeza para sauacutede seguranccedila e o bem-estar das tropas pode provocar a
destruiccedilatildeo de ecossistemas A destruiccedilatildeo e limpeza de aacutereas de mais de 100 hectares
requer a aprovaccedilatildeo do Comandante do Corpo)
(4) Emissotildees de gases e ruiacutedo Deve-se prestar atenccedilatildeo especial para evitar a emissatildeo de
gases e ruiacutedos ndash normalmente confinados agraves aacutereas da retaguarda do teatro ou agraves
missotildees de seguranccedila apoio ou acccedilatildeo humanitaacuteria (Os geradores seratildeo operados
somente no modo de assinatura de ruiacutedos reduzido na forma que for definida nas
NEP da 54ordf DivMechellipO movimento de viaturas com lagartas fora das aacutereas
designadas de 0001 agraves 2400 aos Domingos eacute proibida sem a permissatildeo do
Comandante do Corpo)
(5) Preservaccedilatildeo arqueoloacutegicas e histoacutericas Deve-se declarar o que eacute necessaacuterio para
minimizar danos nos locais histoacutericos e edifiacutecios monumentos e peccedilas de arte Um
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXI
transparente separado pode ser necessaacuterio (Actividades operacionais que tecircm um
impacto adverso sobre locais arqueoloacutegicos e histoacutericos e edifiacutecios devem ser
minimizados Se houver danos um relatoacuterio das circunstacircncias deveraacute ser feito
atraveacutes de canais operacionais para os Assuntos Civis do Corpo)
e Logiacutestica Deve-se focar sobre qualquer orientaccedilatildeo necessaacuteria para a administraccedilatildeo do esforccedilo
ambiental pelo comandante Providenciar toda a orientaccedilatildeo que for necessaacuteria para o apoio
logiacutestico do esforccedilo ambiental
(1) Gestatildeo Mat P Especificar as medidas de controlo uacutenicas utilizadas no fornecimento
armazenamento transporte e retrocesso para reduzir e regular a utilizaccedilatildeo de Mat P
(2) Consideraccedilotildees ambientais e locais de serviccedilo Deve-se providenciar quando for
apropriado a localizaccedilatildeo de aterros incineradores instalaccedilotildees de recolha de Res P
instalaccedilotildees de tratamento de aacutegua e aacuteguas residuais aacutereas de protecccedilatildeo de reservas de
aacutegua aacutereas ecologicamente sensiacuteveis aacutereas contaminadas instalaccedilotildees industriais
potencialmente perigosas e outros pontos de sensibilidade ambiental ou de interesse
para o comando Deve-se incluir recursos culturais se natildeo estiverem anotados em
outro lugar
5 COMANDO E TRANSMISSOtildeES
a Comando Identificar o agente executivo para funccedilotildees ambientais no comando e local do
PC Deve-se especificar responsabilidades e niacuteveis para a emissatildeo de orientaccedilatildeo e
renuacutencias
b Transmissotildees Deve-se listar instruccedilotildees de relatos ambientais natildeo especificados nas NEP
das unidades identificar os relatoacuterios necessaacuterios formatos tempos e listas de
distribuiccedilatildeo
NOME (Um apecircndice pode ser assinado
pelo comandante ou pelo oficial Ambiente)
POSTO
Adendas
A Avaliaccedilotildees Ambientais
B Isenccedilotildees de Avaliaccedilotildees Ambientais
C Reconhecimentos de Instalaccedilotildees
D Padrotildees de Encerramento de Acampamentos
E Formatos de Mensagem de Relatoacuterios Ambientais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXII
Adenda A (AVALIACcedilOtildeES AMBIENTAIS) AO APEcircNDICE (CONSIDERACcedilOtildeES
AMBIENTAIS) PARA ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp DA 54ordf DIV MEC
Referecircncias
a Normas especiacuteficas do paiacutes
b NEP da Unidade
1 Finalidade Declarar a razatildeo reguladora legal de protecccedilatildeo de tropas financeira ou outra
para a conduccedilatildeo de uma avaliaccedilatildeo ambiental em conjunto com a operaccedilatildeo apoiada
2 Antecedentes e Situaccedilatildeo Declarar a finalidade e concepccedilatildeo da operaccedilatildeo e uma explicaccedilatildeo
breve da relaccedilatildeo das avaliaccedilotildees ambientais com a conclusatildeo com sucesso da missatildeo
operacional
3 Descriccedilatildeo das acccedilotildees Declarar os tipos de avaliaccedilotildees e as condiccedilotildees sob as quais as acccedilotildees
satildeo necessaacuterias Quando ldquograndes acccedilotildeesrdquo satildeo incluiacutedas na operaccedilatildeo deve-se indicar se se
aplica uma isenccedilatildeo (Adenda B deste apecircndice) Se nenhuma isenccedilatildeo for invocada deve-se
declarar quais os tipos de avaliaccedilotildees devem ser preparadas
4 Isenccedilatildeo ou Exclusatildeo Deve-se descrever a base para uma isenccedilatildeo (Adenda B deste apecircndice)
Finalmente deve-se determinar e documentar a aplicabilidade para a operaccedilatildeo Deve-se
procurar aprovaccedilatildeo de uma autoridade superior se a aplicabilidade natildeo estiver claramente
declarada
5 Anaacutelise de opccedilotildees ou alternativas Se um relatoacuterio ou reconhecimento for necessaacuterio deve-se
documentar as acccedilotildees e alternativas que foram consideradas durante o planeamento da
operaccedilatildeo apoiada para minimizar o impacto ambiental
6 Quadro Ambiental da Operaccedilatildeo (Os paraacutegrafos seguintes satildeo uacuteteis para a anaacutelise) Deve-se
descrever ou providenciar referecircncias para a descriccedilatildeo das condiccedilotildees ambientais gerais da
aacuterea operacional incluindo (a) vegetaccedilatildeo (b) clima (c) vida selvagem (d) locais
arqueoloacutegicos ou histoacutericos (e) qualidade da aacutegua e (f) a qualidade do ar
7 Impacto ambiental da operaccedilatildeo Deve-se descrever o impacto sobre (a) a topografia (b)
vegetaccedilatildeo (c) qualidade da aacutegua (d) qualidade do ar (e) funcionamento do ecossistema (f)
locais arqueoloacutegicos e histoacutericos (g) vida selvagem (h) estado final poliacutetico e socio-
econoacutemico (i) utilizaccedilatildeo da terra (j) seguranccedila e sauacutede puacuteblica e ocupacional e (k) a
utilizaccedilatildeo ResMat P e eliminaccedilatildeo
8 Mitigaccedilatildeo e Monitorizaccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXIII
a Necessidades Devem-se descrever as acccedilotildees e atribuir responsabilidades para a mitigaccedilatildeo
e monitorizaccedilatildeo de impactos ambientais da operaccedilatildeo
b Responsabilidades de Conformidade Deve-se declarar a aplicabilidade e responsabilidade
para a implementaccedilatildeo das normas durante a fase poacutes-hostilidades
ADENDA B (ISENCcedilOtildeES DE AVALIACcedilOtildeES AMBIENTAIS) AO APEcircNDICE
(CONSIDERACcedilOtildeES AMBIENTAIS) AO ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp DA 54ordf DIV
MEC
Referecircncias
1 Finalidade Deve-se declarar a base para a invocaccedilatildeo ou pedido de uma isenccedilatildeo ou exclusatildeo
da avaliaccedilatildeo ambiental para a operaccedilatildeo apoiada
2 Antecedentes e Situaccedilatildeo Deve-se declarar factos identificados no processo de planeamento
que apoiam uma isenccedilatildeo da necessidade de anaacutelise ambiental e documentaccedilatildeo
3 Discussatildeo Deve-se providenciar razotildees factuais para invocar uma isenccedilatildeo Deve-se atribuir
responsabilidade para determinar uma isenccedilatildeo
4 Determinaccedilatildeo Identificar e documentar a autoridade que determina a isenccedilatildeo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXIV
ADENDA C (RECONHECIMENTO AMBIENTAL) AO APEcircNDICE
(CONSIDERACcedilOtildeES AMBIENTAIS) AO ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp DA 54ordf DIV
MEC
Referecircncias
1 Finalidade A finalidade primaacuteria de um Reconhecimento eacute de identificar as condiccedilotildees
ambientais de sauacutede e seguranccedila que constituem uma possiacutevel ameaccedila de sauacutede para pessoal
militar e civis que ocupam propriedades utilizadas pelos militares no TO A finalidade
secundaacuteria eacute de documentar as condiccedilotildees ambientais no iniacutecio da ocupaccedilatildeo da propriedade para
evitar que se recebam reclamaccedilotildees sem fundamento por danos ambientais passados
2 Necessidade Reconhecimento Deve-se declarar a necessidade para a execuccedilatildeo de um
Reconhecimento o tempo dentro do qual o Reconhecimento inicial deve ser concluiacutedo e as
responsabilidades para a conduccedilatildeo e relatoacuterios
3 Aplicabilidade Deve-se descrever as condiccedilotildees sob as quais o Reconhecimento eacute necessaacuterio
ou pode ser desnecessaacuterio
4 Descriccedilatildeo Os Reconhecimentos etatildeo divididos em investigaccedilotildees iniciais e de encerramento A
investigaccedilatildeo inicial eacute projectada para fornecer uma ideia inicial da propriedade utilizando
amostragens de campo em tempo real A investigaccedilatildeo inicial eacute actualizada quando existem
indicaccedilotildees para um potencial perigo ambiental ou de sauacutede significativa e envolve uma anaacutelise
mais completa desenhada para quantificar um determinado perigo Uma anaacutelise completa requer
mais tempo e deve ser utilizado equipamento mais especializado que pode natildeo estar disponiacutevel a
todas as equipas de estudo O Reconhecimento de encerramento faz parte dos padrotildees de
encerramento de acampamentos mas natildeo estaacute limitado aos mesmos (aacutereas logiacutesticas locais de
comunicaccedilotildees pistas aeacutereas aacutereas de preparaccedilatildeo etc) Para completar eficazmente o relatoacuterio
de encerramento eacute essencial referenciar o inicial (e actualizaacute-lo se for possiacutevel) e o diaacuterio de
relatoacuterios de condiccedilotildees ambientais perioacutedicos que tenham sido completados no local em
particular O Relatoacuterio eacute escrito periodicamente para documentar condiccedilotildees na aacuterealocal bem
como e quando ocorre um evento com significado ambiental provaacutevel Deve-se ver o documento
2 desta Adenda para ver um exemplo Esta descriccedilatildeo identifica o protocolo a ser utilizado na
conduccedilatildeo dos Reconhecimentos iniciais e de encerramento Isto pode incluir uma lista de um
regulamento de teatro ou avaliaccedilatildeo de conformidade ambiental ou outro meio de orientaccedilatildeo
Deve-se tambeacutem focar na frequecircncia de Relatoacuterios e o que constitui um ldquoevento ambientalmente
significativordquo
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXV
5 Apoio Deve-se listar o apoio militar ou contratual para a conduccedilatildeo de um Reconhecimento
Esta lista pode incluir treino para oficiais da unidade pessoal de medicina preventiva pelototildees
de reconhecimento quiacutemico e apoio de Engenharia
6 Relatando Deve-se descrever formatos de relatoacuterios a cadeia de relatoacuterios e disposiccedilatildeo
Documentos
1 Reconhecimento Ambiental
2 Relatoacuterio de Condiccedilotildees Ambientais
3 Mapas fotografias e dados digitais
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXVI
DOCUMENTO 1 (RECONHECIMENTO AMBIENTAL) Agrave ADENDA C
(RECONHECIMENTO AMBIENTAL) AO APENDICE (CONSIDERACcedilOtildeES
AMBIENTAIS) AO ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp DA 54ordf DIV MEC
Referecircncias
a Leis e regulamentos ambientais aplicaacuteveis
b Referecircncias de orientaccedilatildeo de Comando
c Para um Reconhecimento de encerramento o inicial (e qualquer actualizaccedilatildeo aplicaacutevel) e
quaisquer Relatoacuterios
1 Localizaccedilatildeo LocalPropriedade Deve-se listar a morada legal e localizaccedilatildeo por coordenadas
militares de 6 diacutegitos ou latitude e longitude
2 Localizaccedilatildeo Geral Deve-se notar se o local foi observado visualmente ou identificado a
partir de entrevistas ou de revisotildees de registo Para um Reconhecimento inicial actualizado
ou um de encerramento o local deve sempre ser visualmente observado
a A metodologia utilizada e limitaccedilotildees encontradas durante o reconhecimento do local
inicial (ou actualizado) ou a inspecccedilatildeo de encerramento Deve-se descrever o meacutetodo
utilizado para reconhecer a propriedade por exemplo a utilizaccedilatildeo de padrotildees de rede ou
qualquer outra aproximaccedilatildeo sistemaacutetica Deve-se listar e descrever quaisquer limitaccedilotildees
encontradas durante o reconhecimento como obstruccedilotildees fiacutesicas corpos de aacutegua
pavimento clima ou ocupantes natildeo cooperativos
b As utilizaccedilotildees actuais da propriedade Seja o mais especiacutefico possiacutevel
c As utilizaccedilotildees passadas da propriedade Deve-se listar as utilizaccedilotildees passadas da
propriedade conhecidas Se uma utilizaccedilatildeo passada tiver possivelmente implicado a
utilizaccedilatildeo tratamento armazenamento eliminaccedilatildeo ou geraccedilatildeo de Mat P ou produtos de
petroacuteleo deve-se incluir uma descriccedilatildeo pormenorizada ou indicadores desta utilizaccedilatildeo
Um Reconhecimento de encerramento inclui informaccedilatildeo obtida de Relatoacuterios
d Utilizaccedilotildees actuais das propriedades contiacuteguas Seja o mais especiacutefico possiacutevel
e Utilizaccedilotildees passadas das propriedades contiacuteguas Se uma utilizaccedilatildeo passada eacute capaz de
ter indicado condiccedilotildees ambientais adversas reconhecidas deve-se incluir uma descriccedilatildeo
pormenorizada
f Utilizaccedilotildees actuais ou passadas das aacutereas circundantes deve-se listar tipos gerais de
utilizaccedilotildees passadas por exemplo residencial agriacutecola ou industrial Deve-se limitar
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXVII
estas aacutereas circundantes para aquilo que pode ser visto ou podia claramente afectar a
aacuterea como um riacho ou outro caminho de aacutegua
g Condiccedilotildees geoloacutegicas hidrogeoloacutegicas hidroloacutegicas ou topograacuteficas Deve-se listar as
condiccedilotildees e dar uma discriccedilatildeo geral da topografia da aacuterea Se for indicado deve-se
analisar a possibilidade de migraccedilatildeo de contaminaccedilatildeo na ou para a propriedade atraveacutes
do solo ou aacuteguas subterracircneas das propriedades contiacuteguas ou aacutereas circundantes
h Descriccedilatildeo geral de estruturas Deve-se listar os edifiacutecios e as suas localizaccedilotildees
dimensatildeo tipo de construccedilatildeo baacutesica andares e idades aproximadas
i Estradas Deve-se listar todos os caminhos puacuteblicos contiacuteguos agrave propriedade e descrever
todas os caminhos estradas aacutereas de estacionamento e caminhos de peacute
j Fornecimento de aacutegua Deve-se listar e diferenciar todas as fontes de aacutegua potaacutevel e
natildeo-potaacutevel
k Sistema de eliminaccedilatildeo de esgotos Deve-se descrever todos os sistemas de eliminaccedilatildeo
de esgotos na propriedade e a sua condiccedilatildeo geral e idade aproximada
3 Observaccedilotildees Interiores e Exteriores Para a extensatildeo visualmentefisicamente observado ou
identificado de entrevistas ou revisotildees de relatoacuterios (listar fonte actual)
a Res P e produtos de petroacuteleo Deve-se descrever os usos e tipos de produtos na
propriedade e a quantidade aproximada e condiccedilotildees de armazenamento Deve-se
indicar se o tratamento armazenamento eliminaccedilatildeo ou geraccedilatildeo ocorreu na
propriedade
b Tanques de armazenamento Deve-se descrever a dimensatildeo localizaccedilatildeo condiccedilatildeo e
idade aproximada de todos os tanques de armazenamento acima e abaixo da superfiacutecie
c Odores Deve-se descrever quaisquer odores que se note e a sua origem
d Charcos de liacutequidos Deve-se notar toda a aacutegua superficial e descrever todos os charcos
que contecircm aacutegua ou outros liacutequidos que possam conter Res P
e Tambores Descrever todos os tambores e as suas condiccedilotildees Se se sabe que natildeo contecircm
Mat P deve-se somente listar o seu conteuacutedo
f Substacircncias perigosas e produtos de petroacuteleo Deve-se descrever todos os produtos para
incluir tipo quantidade e formacondiccedilatildeo de armazenamento
g Contentores de substacircncias desconhecidas Deve-se descrever quaisquer contentores
abertos ou danificados suspeitos de conterem Mat P ou produtos de petroacuteleo
h PCBs Deve-se incluir uma descriccedilatildeo de equipamento hidraacuteulico ou eleacutectrico capaz de
conter PCBs
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXVIII
i Observaccedilotildees internas do seguinte
(1) Sistemas de aquecimento e arrefecimento Deve-se descrever para incluir a fonte de
combustiacutevel e quantidade agrave matildeo
(2) Manchas e corrosatildeo Deve-se descrever manchas no chatildeo paredes e tectos
(3) Drenagens e caacuterter Deve-se descrever drenagens e caacuterters
j Observaccedilotildees exteriores do seguinte
(1) Poccedilos charcos e lagoas Deve-se descrever o poccedilo charco ou lagoa especialmente
se possa ter sido visto a ser utilizado para eliminaccedilatildeo de Res P ou tratamento de
resiacuteduos Deve-se incluir uma discussatildeo e discriccedilatildeo de quaisquer destes nos terrenos
contiacuteguos ou circundantes tambeacutem
(2) Solo ou pavimento manchado Descrever qualquer solo ou pavimento manchado
(3) Vegetaccedilatildeo doente Descrever qualquer vegetaccedilatildeo doente e causa provaacutevel
(4) Resiacuteduos soacutelidos Deve-se descrever quaisquer aacutereas cheias fechadas ou em monte
que possam sugerir a eliminaccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos
(5) Aacuteguas residuais Deve-se descrever qualquer descarga de um liquido para um riacho
ou fosso que estaacute contiacuteguo agrave propriedade
(6) Poccedilos Deve-se localizar e descrever todos os poccedilos (monitorizaccedilatildeo potaacutevel seco
irrigaccedilatildeo injecccedilatildeo abandonado etc) na propriedade
(7) Sistemas seacutepticos Deve-se listar indicaccedilotildees ou a existecircncia de sistemas seacutepticas no
local
(8) Qualidade do ar ambiental Smog fumo e odores de instalaccedilotildees industriais e muitos
produtos HW podem ser detectados facilmente O terreno pode tambeacutem afectar a
qualidade do ar Montanhas e desfiladeiros podem causar inversotildees de temperatura
o que causa um impacto na qualidade do ar A montagem de acampamentos com
unidades de aquecimento e veiacuteculos numa aacuterea com tendecircncia para inversotildees de
temperatura pode causar uma qualidade pobre de ar Os ventos dominantes devem
tambeacutem ser tomados em consideraccedilatildeo
(a) Ordenanccedila natildeo detonada Deve-se identificar e assegurar limpeza antes de
ocupaccedilatildeo
4 Rasuras e Desvios Deve-se descrever todas as rasuras e desvios do protocolo (lista)
utilizada ou padrotildees ambientais actualmente a serem utilizadas pelo Comandante Deve
discutir cada um individualmente e em pormenor
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
LXXXIX
5 Declaraccedilatildeo de Conclusotildees Deve-se listar o protocolo utilizado para o estudo excepccedilotildees ao
protocolo e quaisquer dados sobre condiccedilotildees ambientais adversas que tenham sido
reconhecidas
6 Declaraccedilatildeo de Qualificaccedilatildeo Deve-se listar as qualificaccedilotildees posiccedilotildees e dever(es) do(s)
indiviacuteduo(s) preparando o Reconhecimento
DOCUMENTO 2 (RELATOacuteRIO DE CONDICcedilOtildeES ANBIENTAIS) Agrave ADENDA C
(RECONHECIMENTOS AMBIENTAIS) AO APEcircNDICE (CONSIDERACcedilOtildeES
AMBIENTAIS) AO ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp DA 54ordf DIV MEC
Referecircncias
a Leis ambientais aplicaacuteveis e regulamentos OOp e NEP de unidades
b Reconhecimento ambiental para o local (se for aplicaacutevel)
c Formatos Electroacutenicos de Mensagem Ambiental na Adenda E
1 Localizaccedilatildeo do Incidente Deve-se listar a morada legal e localizaccedilatildeo em coordenadas
militares de 6 diacutegitos ou latitude e longitude do local do incidente ou referenciar o
Reconhecimento aplicaacutevel para o ligar a um dado local Deve-se referir aos Formatos de
Electroacutenicos de Mensagem Ambiental na Adenda E (O Relatoacuterio de Condiccedilotildees Ambientais
funciona como um relatoacuterio de situaccedilatildeo (SITREP) ou relatoacuterio intermeacutedio para um dado local
A frequecircncia de relatoacuterios eacute uma decisatildeo do escalatildeo superior mas apoia a necessidade para
documentar a condiccedilatildeo de um dado local ao longo do tempo bem como ajudando a assegurar
que uma atenccedilatildeo do ponto de vista ambiental apropriado estaacute a ser mantido sobre um dado local
O formato baacutesico do Relatoacuterio pode tambeacutem ser utilizado ao relatar um incidente como um
derrame POL natildeo relacionado com um dado Reconhecimento ou local)
2 Descriccedilatildeo e Antecedentes do LocalIncidente Deve-se dar uma descriccedilatildeo geral do local
(instalaccedilatildeo) incluindo a sua utilizaccedilatildeo histoacuterica de acordo com o Reconhecimento ou as
circunstacircncias agrave volta do incidente Para um incidente num local natildeo coberto por um
Reconhecimento eacute vital providenciar o mesmo tipo de informaccedilatildeo contida num relatoacuterio padratildeo
de acidente
3 MapaDescriccedilatildeo do Local do Incidente Se o Relatoacuterio estiver relacionado com um local
coberto por um Reconhecimento esta entrada eacute capaz de relacionar a informaccedilatildeo jaacute
providenciada no Reconhecimento Se o Relatoacuterio for de um local onde um incidente tenha
ocorrido que natildeo esteja coberto por um Reconhecimento a descriccedilatildeo deve ser a adequada para
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XC
dirigir os elementos que se seguem para o local Nesta situaccedilatildeo eacute similar ao relatoacuterio de registo
de sepulturas se o incidente ocorrer durante uma operaccedilatildeo taacutectica onde se prevecirc que seja de
manter-se no local por algum tempo
4 Sumaacuterio das Condiccedilotildees Ambientais Deve-se listar os eventos ambientais no local Todos os
derrames devem ser inventariados Se o Relatoacuterio for um relatoacuterio perioacutedico para um dado local
os eventos significativos como derrames de grande dimensatildeo devem ser relatados utilizando o
formato de Relatoacuterio baacutesico Neste caso deve-se simplesmente referenciar quaisquer Relatoacuterios
de incidentes significativos que possam ter ocorrido no local no periacuteodo de tempo que o
Relatoacuterio perioacutedico cobre Deve-se tambeacutem providenciar relatoacuterios abreviados dos tipos de
ResMat P que estatildeo armazenados no local Deve-se descrever pequenos derrames e outros
eventos que tenham ocorrido ao longo do periacuteodo de tempo em questatildeo em termos baacutesicos
incluindo quantidades e meacutetodos utilizados para limpar o local
Exemplo Quatro galotildees (Nota 1galatildeo ndash 4546 litros) de oacuteleo residual derramado no Local de
Acumulaccedilatildeo de Resiacuteduos Perigosos (LARP ou HWAS) localizado a noroeste do edifiacutecio de
manutenccedilatildeo (mostrado no mapa) agraves 1600 horas de 16 de Dezembro de 2000 O 22ordm Batalhatildeo de
Poliacutecia Militar (BPM ou MP Bn) conteve o derrame com a assistecircncia de White amp Jones agraves
1725 horas Cerca de 3 jardas cuacutebicas de solo contaminado foram enviadas para a aacuterea de
eliminaccedilatildeo de HW da White amp Jones em Juvoacutenia
Exemplo Esgotos derramaram de um casa de bomba de um armazeacutem principal (mostrado no mapa
durante cerca de 3 dias durante os estaacutegios iniciais da ocupaccedilatildeo do campo em Junho de 2000)
O problema foi identificado em 13 Junho e corrigido quando a bomba foi reparada em 14 de
Junho
Exemplo Uma viatura de transporte de ldquofuelrdquo virou na proximidade da intersecccedilatildeo de estrada NV
123456 agraves 092000 Novembro de 2000 durante a marcha de estrada para Bigtown Mitigaccedilatildeo
imediata incluiu a contenccedilatildeo do derrame com o emprego de todos os ldquokitsrdquo de derrames na
posse da unidade O QG superior foi imediatamente informado Uns 400 galotildees estimados de
petroacuteleo de jacto (JP)-8 foram derramados nesse local O veiacuteculo foi endireitado e a escavaccedilatildeo
do local iniciaraacute primeiras horas do dia 10 de Novembro
5 Observaccedilotildees Interiores e Exteriores Estas entradas devem ser vistas como uma versatildeo abreviada
da informaccedilatildeo que poderia ser encontrada num Reconhecimento Os itens somente devem ser
focados se forem diferentes do uacuteltimo Relatoacuterio ou variarem do Reconhecimento inicial
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XCI
6 Descobertas e Determinaccedilotildees com Declaraccedilatildeo de Qualificaccedilatildeo Uma declaraccedilatildeo similar ao
seguinte deve aparecer neste paraacutegrafo do Relatoacuterio
De acordo com _______________Reg_____________ eu considerei se ocorreratildeo ou natildeo
impactos ambientais significativos como resultado da entregaretorno deste local
(acampamento aacuterea de logiacutestica) e tenho determinado que (incluir uma das seguintes
declaraccedilotildees)
a Entrega desta aacuterea de acampamento natildeo resultaraacute em impactos ambientais
suficientemente graves para justificar anaacutelises ambientais adicionais
Ou
b Entrega desta aacuterea de acampamento resultaraacute em impactos ambientais
suficientemente graves para justificarem anaacutelises ambientais adicionais Acccedilotildees ou projectos
ambientais devem continuar apoacutes a transferecircncia da aacuterea do acampamento por causa da
ameaccedila substancial (iminente) para a seguranccedila e sauacutede humana Os impactos de preocupaccedilatildeo
satildeo
(listar impactos)
(Se o relatoacuterio for devido a um incidente natildeo relacionado com uma instalaccedilatildeolocal
especiacutefico este paraacutegrafo eacute uma avaliaccedilatildeo pelo comandanteindiviacuteduo no local)
John Q Jones
MAJQM
Mayor Camp Swampy
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XCII
ADENDA E (FORMATOS ELECTROacuteNICOS DE MENSAGEM AMBIENTAL) AO
APEcircNDICE (CONSIDERACcedilOtildeES AMBIENTAIS) AO ANEXO (ENGENHARIA) Agrave OOp
DA 54ordf DIV MEC
Referecircncias
1 () Formato Relatoacuterio
TITULORELATOacuteRIO DE CONDICcedilOtildeES AMBIENTAIS
NUacuteMERO DE RELATOacuteRIO E035
INSTRUCcedilOtildeES GERAIS utilizado para mandar informaccedilatildeo perioacutedica (intermeacutedios) do estatuto
ambiental de aacutereas especiacuteficas (aacutereas de montagem acampamentos aacutereas de apoio logiacutestico e
instalaccedilotildees meacutedicas) onde incidentes satildeo capazes de acontecer e podem resultar em efeitos de
curto ou longo prazo sobre o Ambiente natural eou sauacutede de forccedilas amigas e natildeo-combatentes
Enviado de acordo com as NEP da unidade e a directiva do comandante
LINHA 1 - DATA E HORA (Grupo Data-Hora)
LINHA 2 - UNIDADE (Unidade que realiza o relatoacuterio)
LINHA 3 - LOCALIZACcedilAtildeO ([UTM] ou outras coordenadas)
LINHA 4 - DESCRICcedilAtildeO (Descriccedilatildeo do localincidente)
LINHA 5 ndash ALTERACcedilOtildeES (alteraccedilotildees desde uacuteltimo Relatoacuterio ou Reonhecimento)
LINHA 6 - PERIGOS (perigos para Ambiente natural forccedilas amigas eou pessoal
civil)
LINHA 7 - ACCcedilOtildeES (Sumaacuterio de acccedilotildees para minimizar perigosefeitos)
LINHA 8 - POC DA UNIDADE (Ponto de contacto da unidade)
LINHA 9 - ASSISTEcircNCIA (Assistecircncia pedidanecessaacuteria)
LINHA 10 - REFEREcircNCIA (Reconhecimento especiacutefico do local se for necessaacuterio)
LINHA 11 - NARRATIVA (Texto livre para informaccedilatildeo adicional para clarificaccedilatildeo do
relatoacuterio)
LINHA 12 - AUTENTICACcedilAtildeO (Autenticaccedilatildeo do relatoacuterio)
A FORMACcedilAtildeO DOS OFICIAIS DO EXEacuteRCITO PARA AS QUESTOtildeES AMBIENTAIS Impacto e Consequecircncias no Treino de Forccedilas Militares
XCIII
2 () Formato Electroacutenico de Mensagem do Relatoacuterio de Derrame
TITULO RELATOacuteRIO DE DERRAME (SPILLREP)
NUacuteMERO DE RELATOacuteRIO S055
INSTRUCcedilOtildeES GERAIS Utilizado para enviar informaccedilatildeo rapidamente de um derrame de oacuteleo
material perigoso ou resiacuteduos perigosos que podem ter efeitos imediatos no Ambiente eou na
sauacutede Eacute enviado de acordo com as NEP e a directiva do comandante NOTA Relatar derrames e
quantidades relataacuteveis satildeo mandatadas por lei governamental e local
LINHA 1 - DATA E HORA (Grupo Data-Hora)
LINHA 2 ndash UNIDADE (Unidade que faz o relatoacuterio)
LINHA 3 - DATAHORA (Grupo Data-Hora da descoberta do derrame)
LINHA 4 - MATERIAL (Material derramado)
LINHA 5 - QUANTIDADE (Quantidade de material derramado)
LINHA 6 - LOCALIZACcedilAtildeO ([UTM] ou outras coordenadas com 6 diacutegitos)
LINHA 7 - CAUSA (Causa e unidade supervisora)
LINHA 8 - DIMENSAtildeO (Dimensatildeo da aacuterea afectada)
LINHA 9 - DANOS (Danos ao Ambiente natural se for necessaacuterio)
LINHA 10 - PERIGOS (perigos para Ambiente natural forccedilas amigas eou pessoal
civil)
LINHA 11 ndash ACCcedilOtildeES (Sumaacuterio de acccedilotildees para minimizar
LINHA 12 - POC DA UNIDADE (Ponto de contacto da unidade)
LINHA 13 - ASSISTEcircNCIA (Assistecircncia pedidanecessaacuteria)
LINHA 14 - NARRATIVA (Texto livre para informaccedilatildeo adicional para clarificaccedilatildeo do
relatoacuterio)
LINHA 15 - AUTENTIFICACcedilAtildeO (Autenticaccedilatildeo do relatoacuterio)
Fonte EPE 2003b
- RESUMO
- ABSTRACT
- AGRADECIMENTOS
- LISTA DE ABREVIATURAS
- IacuteNDICE
- IacuteNDICE DE FIGURAS
- IacuteNDICE DE APEcircNDICES
- IacuteNDICE DE ANEXOS
-
- 11 No Ministeacuterio da Defesa Nacional e no Estado ndash Maior General das Forccedilas Armadas
- 12 No Exeacutercito
-
- 121 Plano de Formaccedilatildeo para a Protecccedilatildeo do Ambiente
- 122 Outras medidas implementadas
-
- 2 A Formaccedilatildeo para as Questotildees Ambientais na Instituiccedilatildeo Militar
- 1 A Formaccedilatildeo dos Oficiais para as Questotildees Ambientais
- 2 A Sensibilizaccedilatildeo dos Oficiais para as Questotildees Ambientais
- 3 As Questotildees Ambientais e o Treino da Forccedila
-
- CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
- PROPOSTAS
- BIBLIOGRAFIA
-
- Sites da Internet
-
- APEcircNDICES
-
- Apecircndice A ndash Questionaacuterio aplicados aos Alunos do 4ordm ano da AM
- Apecircndice B ndash Resultados do Inqueacuterito - Destrios
-
- ANEXOS
-
- Terra Nosso Lar
- A Situaccedilatildeo Global
- Desafios Para o Futuro
- Responsabilidade Universal
- PRINCIacutePIOS
-
- Comissatildeo Nacional de Ambiente
- Eacute criada a Subsecretaria de Estado do Ambiente na sequecircncia da Conferecircncia de Estocolmo
- Ministeacuterio do Equipamento Social e do Ambiente
- Eacute criada a Secretaria de Estado do Ambiente
- Ministeacuterio da Qualidade de Vida
- Eacute criada a Secretaria de Estado do Ambiente e Recursos Naturais
- Ministeacuterio do Ambiente e Recursos Naturais
- Ministeacuterio do Ambiente
- Ministeacuterio do Ambiente e ordenamento e desenvolvimento urbano
- Ministeacuterio das Cidades Ordenamento do territoacuterio e Ambiente
- Dimensatildeo juriacutedico-legal
- Direitos do Ambiente na Constituiccedilatildeo da Repuacuteblica Portuguesa
- Interface Administraccedilatildeo-Sociedade Civil
- ADA (ou ONGA) com representaccedilatildeo no Conselho Econoacutemico e Social
- Extinccedilatildeo da Direcccedilatildeo Geral do Ambiente e do IPamb e criaccedilatildeo do Instituto do Ambiente
- Monitorizaccedilatildeo e capacidade cientiacutefico-teacutecnica
- Relatoacuterios de qualidade ambiental (a partir de 1987)
- Formaccedilatildeo da Associaccedilatildeo Portuguesa de Educaccedilatildeo Ambiental
- 1ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
- 2ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Luso
- 3ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Oeiras
- 4ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
- 5ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Olhatildeo
- 6ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Coniacutembriga
- 7ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Funchal
- 8ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Alcanena
- 9ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Vila Nova de Gaia
- 10ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental na HortaAccedilores
- 11ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental no Porto
- 12ordm Encontro sobre Educaccedilatildeo Ambiental em Lisboa
-