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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ: RELATÓRIO TRIMESTRAL (OUTUBRO/12 a DEZEMBRO/12) FASE RESERVATÓRIO Fevereiro 2013

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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO

Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA

QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA

REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ: RELATÓRIO

TRIMESTRAL (OUTUBRO/12 a DEZEMBRO/12)

FASE RESERVATÓRIO

Fevereiro 2013

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS

Nome Profissão Registro de Classe Assinatura

Qualidade de Águas Superficiais

Nicole M. Brassac de Arruda Bióloga CRBio 28775-07D

Marianne S. F. Sieciechowicz Engenheira Ambiental CREA PR 85343/D

Gheysa do R. Morais Pires Tecnóloga em Quím. Ambiental CREA PR 110797/D

Letícia Uba da Silveira Engenheira Ambiental CREA SC 0715050/D

Tânia Lúcia Graf de Miranda Engenheira Agrônoma CREA 069105-D/RS

Comunidade Fitoplanctônica

Priscila Izabel Tremarin Bióloga CRBio 45593-07 D

Thelma Alvim Veiga Ludwig Farmacêutica CRF 9 2432

Comunidade Zooplanctônica

Moacyr Serafim Júnior Biólogo 17499-07D

Comunidade de Macroinvertebrados Bentônicos

Rosemary Brogim Bióloga 17494-07D

Monitoramento de Limnoperna fortunei

Camila Cardoso Fontanella Bióloga 66171-07D

Comunidade de Macrófitas Aquáticas

Letícia Larcher Bióloga 50469-07D

Maria Regina Torres Boeger Bióloga 09987-07D

Águas Subterrâneas

André Virmond Bittencourt Engenheiro Químico CREA PR 3885/D

Hidrologia e Atividades de Campo

Osneri Andrioli Engenheiro Civil CREA PR 13589/D

Paulo Cavichiolo Franco Engenheiro Civil CREA PR 12671/D

EQUIPE DE APOIO Adilson José de Lara – Equipe de Campo/LACTEC

Bruno Dalla Nora Santos – Estagiário/DPRA Roberta Gregório – Estagiária/DPRA

Karen Bueno – Estagiária/DPRA

Divisão de Meio Ambiente - Departamento de Recursos Ambientais

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SUMÁRIO

1 Introdução ..................................................................................................................................... 1

2 Metodologia .................................................................................................................................. 2

2.1 Área de Estudo ........................................................................................................................... 2

2.2 Procedimentos Técnicos ............................................................................................................ 3

2.2.1 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais ............................................. 3

2.2.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem ................................................... 3

2.2.1.2 Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas ........................................................ 5

2.2.1.3 Análises da Comunidade Fitoplanctônica ........................................................ 11

2.2.1.4 Análises da Comunidade Zooplanctônica ........................................................ 12

2.2.1.5 Análises de Macroinvertebrados bênticos ....................................................... 13

2.2.1.6 Análises para verificação da presença de larvas de Limnoperna fortunei ....... 15

2.2.2 Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas ...................................... 16

2.2.3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas ........................................ 20

2.2.3.1 Malha amostral e freqüência de amostragem ................................................. 20

3 Resultados Preliminares .............................................................................................................. 25

3.1 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais ....................................................... 25

3.1.1 Monitoramento de parâmetros físico-químicos e biológicos de qualidade de água .. 25

3.1.1.1 Índice de Qualidade de Água – IQA .................................................................. 31

3.1.1.2 Índice de Estado Trófico – IET .......................................................................... 32

3.1.1.3 Índice de Qualidade de Água de Reservatórios – IQAR ................................... 33

3.1.1.4 Perfis de Temperatura e Oxigênio Dissolvido .................................................. 35

3.1.2 Monitoramento da Comunidade Fitoplanctônica ....................................................... 40

3.1.2.1 Comentários sobre as algas que ocorreram em maiores densidades ou que se

caracterizam pela potencialidade tóxica. ................................................................................... 45

3.1.3 Monitoramento da Comunidade Zooplanctônica ....................................................... 47

3.1.4 Monitoramento de Macroinvertebrados bênticos ...................................................... 58

3.1.5 Monitoramento da Presença de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) ............... 63

3.2 Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas .................................................. 64

3.3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas .................................................... 73

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3.3.1 Atividades Realizadas ................................................................................................... 73

3.3.2 Piezômetros ................................................................................................................. 74

3.3.2.1 Medições automáticas do nível do freático e da temperatura ........................ 83

3.3.2.2 Interpretação preliminar dos resultados obtidos das baterias de piezômetros

86

3.3.3 Poços Profundos .......................................................................................................... 95

3.3.3.1 Campanhas de medições e amostragens dos aquíferos profundos ................ 96

3.3.3.2 Resultados analíticos dos poços profundos ..................................................... 96

3.3.3.3 Interpretação preliminar dos resultados obtidos para os poços profundos ... 99

4 Conclusões ................................................................................................................................ 101

5 Referências Bibliográficas ......................................................................................................... 106

6 Justificativa de atraso de resultados de macroinverbrados bentônicos .................................. 110

7 Errata do Primeiro relatório trimestral (julho/12 a setembro/12) ........................................... 111

8 Anexos ....................................................................................................................................... 112

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização da Área de Estudo. ................................................................................................................ 2

Figura 2 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo. .............................. 4

Figura 3 - Coletas em ambiente lótico e lêntico com rede de plâncton de 64 µm ................................................ 13

Figura 4 – Localização das estações de amostragem de macrófitas aquáticas ...................................................... 18

Figura 5 – Vista Geral das estações M1 (esquerda) e M2 (direita) ........................................................................ 18

Figura 6 – Vista Geral das estações M3 (esquerda) e M4 (direita) ........................................................................ 19

Figura 7 – Vista Geral das estações M6 (esquerda) e M9 (direita) ........................................................................ 19

Figura 8 – Vista Geral das estações M10 (esquerda) e M11 (direita) .................................................................... 19

Figura 9 – Vista Geral das estações M12 ................................................................................................................ 20

Figura 10 – Localização dos poços de monitoramento dos aqüíferos profundos e situação das baterias de

piezômetros BP1 e BP2, no contexto de um esboço dos compartimentos hidrogeológicos considerados pelo

Instituto das Águas do Paraná (extinta SUDERHSA). .............................................................................................. 21

Figura 11 – Poço BP1-P01 da bateria de piezômetros BP1 (dezembro/2012). ...................................................... 22

Figura 12 - Poços BP2-P01 e BP2-P02 da bateria de piezômetros BP2 (dezembro/2012). .................................... 22

Figura 13 – Poços P2 “Parque Ecológico” (maio/2010). ......................................................................................... 23

Figura 14 – Poço P3 “Pesquisa florestal” da Klabin (maio/2010). ......................................................................... 23

Figura 15 – Poço P4 “ViveiroFflorestal-1” da Klabin (maio/2010). ........................................................................ 24

Figura 16 – Poços P5 “Viveiro Florestal-2” da Klabin (fevereiro/2013). ................................................................ 24

Figura 17 – Cabeça do Poço P7 e estação de tratamento da água para instalações da UHE Mauá

(fevereiro/2013). .................................................................................................................................................... 25

Figura 18 – Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo. .............................................. 29

Figura 19 – Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo. ........................................ 30

Figura 20 – Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo. .......... 32

Figura 21 – Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo. ................... 33

Figura 22 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E4 . .............................................. 37

Figura 23 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E6. ............................................... 38

Figura 24 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E10. ............................................. 39

Figura 25 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá.

................................................................................................................................................................................ 40

Figura 26 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá.

................................................................................................................................................................................ 41

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Figura 27 - Contribuição mensal das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-

a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12. .............................................................. 42

Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da

clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12. ......................................................................... 43

Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da

clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12. ............................................... 44

Figura 29 – Número de táxons de rotíferos identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de

Mauá. ...................................................................................................................................................................... 55

Figura 30 – Número de táxons de cladóceros identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE

de Mauá. ................................................................................................................................................................. 55

Figura 31 – Número de táxons de copepódes identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE

de Mauá. ................................................................................................................................................................. 56

Figura 32 – Abundância de rotíferos (org.m-3) amostrados na área de influência da UHE de Mauá..................... 56

Figura 33 – Abundância de cladóceros (org.m-3) amostrados na área de influência da UHE de Mauá. ................ 57

Figura 34 – Abundância de copepódes (org.m-3) amostrados na área de influência da UHE de Mauá. ................ 57

Figura 35 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão do Número Total de Táxons dos macroinvertebrados

aquáticos nas estações de coletas sob influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de 2012. . 61

Figura 36 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão da Densidade Total de Táxons dos macroinvertebrados

aquáticos nas estações de coletas sob a influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de 2012.

................................................................................................................................................................................ 63

Figura 37 - Relação entre o hábito de vida e número de espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi na

região do Empreendimento UHE Mauá ................................................................................................................. 64

Figura 38 - Apinagia yguazuensis encontrada no ponto amostral M11 ................................................................. 65

Figura 39 - Commelina sp., encontrada no ponto amostral M2 ............................................................................ 66

Figura 40 - Echinodorus grandiflorus encontrado no ponto amostral M9 ............................................................. 66

Figura 41 - Eichhornia crassipes encontrada no ponto amostral M6..................................................................... 67

Figura 42 - Eleocharis sp. encontrado no ponto M1 ............................................................................................. 67

Figura 43 - Lemna sp. encontrada no ponto amostral M10 ................................................................................... 68

Figura 44 - Ludwigia sp1. encontrada no ponto amostral M2 ............................................................................... 69

Figura 45 - Ludwigia sp2. encontrada no ponto amostral M2 ............................................................................... 69

Figura 46 - Pistia stratiotes encontrada no ponto amostral M3 ............................................................................ 70

Figura 47 - Polygonum sp. encontrado no ponto M12 .......................................................................................... 70

Figura 48 - Polygonum sp. encontrado no ponto M2............................................................................................. 71

Figura 49 - Pontederia sp. encontrada no ponto amostral M1 .............................................................................. 71

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Figura 50 - Salvinia minima encontrada no ponto amostral M10 .......................................................................... 72

Figura 51 - Associação de espécies com potencial de crescimento excessivo encontrada nos pontos amostrados

................................................................................................................................................................................ 72

Figura 52 – Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre

julho/12 e janeiro/13. ............................................................................................................................................. 83

Figura 53 – Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre

julho/12 e janeiro/13 .............................................................................................................................................. 84

Figura 54 – Temperaturas obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12

e janeiro/13. ........................................................................................................................................................... 85

Figura 55 - Temperaturas, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12

e janeiro/13. ........................................................................................................................................................... 86

Figura 56 – Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi,

no município de Telêmaco Borba. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 22. ..................... 88

Figura 57 – Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio

Tibagi no município de Ortigueira. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 23. .................... 88

Figura 58 – Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP1,

nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 24. .......................................... 89

Figura 59 – Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pela bateria de piezômetros BP1. Os dados

usados nos gráficos constam da Tabela 27. ........................................................................................................... 90

Figura 60 – Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP2,

nos piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 25. .......................................... 91

Figura 61 – Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2. Os

dados usados nos gráficos constam da Tabela 27.................................................................................................. 91

Figura 62 – Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2

P1 e P13. O diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela 26. ..................................................... 93

Figura 63 – Distribuição das concentrações de elementos químicos no BP1-P01 ................................................. 95

Figura 64 – Diagrama de Durov representando a água dos aquíferos profundos. O diagrama foi construído com

os dados constantes da Tabela 38. ....................................................................................................................... 100

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Descrição e localização das estações de amostragem. ........................................................................... 4

Tabela 2 – Pesos dos parâmetros do IQA ................................................................................................................. 6

Tabela 3 – Classificação do Índice de Estado Trófico ............................................................................................... 8

Tabela 4 – Variáveis para o IQAR e seus respectivos pesos. .................................................................................... 9

Tabela 5 - Matriz da Qualidade de água ................................................................................................................. 10

Tabela 6 – Descrição dos pontos amostrados e respectivas coordenadas geográficas (UTM). ............................. 17

Tabela 7 – Localização dos poços tubulares profundos utilizados para o monitoramento da qualidade da água

subterrânea na área do reservatório da UHE Mauá. ............................................................................................. 21

Tabela 8 – Dados de Qualidade de água das estações E1, E2, E3 e E4, nos meses de outubro/12, novembro/12 e

dezembro/13 .......................................................................................................................................................... 26

Tabela 9 – Dados de Qualidade de água das estações E6, E7, E9 e E10, nos meses de outubro/12, novembro/12

e dezembro/13 ....................................................................................................................................................... 27

Tabela 10 – Resultados do IET por estação de amostragem. ................................................................................. 33

Tabela 11 – Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E6, em

diferentes profundidades. ...................................................................................................................................... 34

Tabela 12 – Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E10, em

diferentes profundidades. ...................................................................................................................................... 35

Tabela 13 – Profundidades Máximas medidas nas estações de amostragem do reservatório da UHE Mauá, ao

longo do monitoramento (enchimento). ............................................................................................................... 36

Tabela 14 - Ocorrência de cianobactérias (cél.mL-1) potencialmente tóxicas no reservatório de Mauá, no

período entre outubro/12 e dezembro/12. ........................................................................................................... 44

Tabela 15 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área

de influência da UHE de Mauá no mês de outubro/2012. ..................................................................................... 48

Tabela 16 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área

de influência da UHE de Mauá no mês de novembro/2012. ................................................................................. 50

Tabela 17 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área

de influência da UHE de Mauá no mês de dezembro/2012. .................................................................................. 52

Tabela 18 - Lista de Táxons de macroinvertebrados aquáticos amostrados nas 8 estações de coletas ao longo do

rio Tibagi e tributários sob influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá, durante os meses de julho e

outubro de 2012. .................................................................................................................................................... 59

Tabela 19 - Resultados de análises da possível presença de larvas de mexilhão dourado nas amostras coletadas

em julho e outubro de 2012. .................................................................................................................................. 64

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Tabela 20 - Lista das espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi (Paraná, Brasil), respectivas famílias,

nome comum, hábito e ocorrência nos pontos amostrais. ................................................................................... 64

Tabela 21 – Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e

dezembro de 2012. ................................................................................................................................................. 73

Tabela 22 – Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas de 2012 ........................................................ 75

Tabela 23 – Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas de 2012. ....................................................... 75

Tabela 24 – Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP1 nas campanhas realizadas em 2012. ................. 75

Tabela 25 – Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas realizadas em 2012. ................. 76

Tabela 26 – Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas

baterias de piezômetros BP1 e BP2 ........................................................................................................................ 77

Tabela 27 – Temperatura, condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de

água coletadas nas baterias de piezômetros, em 2012. ........................................................................................ 77

Tabela 28 – Li, Be, B, Na, Mg, Al, Si, P, S e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias

de piezômetros ....................................................................................................................................................... 79

Tabela 29 – K, Ca, Sc, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros. ........................................................................................................................................ 79

Tabela 30 – Zn, Ga, Ge, As, Se, Br, Rb, Sr, Y e Zr em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros. ........................................................................................................................................ 80

Tabela 31 – Nb, Mo, Ru, Rh, Pd, ag, Cd, In, Sn e Sb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros. ........................................................................................................................................ 80

Tabela 32 – Te, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu e Gd em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros ......................................................................................................................................... 81

Tabela 33 – Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu, Hf, Ta e W em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros. ........................................................................................................................................ 82

Tabela 34 – Re, Pt, Au, Hg, Ti, Tl, Pb, Bi, Th e U em solução, medidos em amostras de água coletadas nas

baterias de piezômetros. ........................................................................................................................................ 82

Tabela 35 - Poços tubulares profundos amostrados nas campanhas de 2012 ...................................................... 96

Tabela 36 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água coletadas em poços

tubulares profundos em 2012. ............................................................................................................................... 96

Tabela 37 - Condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas

nos poços tubulares profundos, em 2012. ............................................................................................................. 97

Tabela 38 - Elementos em solução em poços profundos medidos por ICP-MS nas campanhas de setembro e

dezembro de 2012. ................................................................................................................................................. 98

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1 INTRODUÇÃO

O presente relatório refere-se ao acompanhamento do Programa de Monitoramento da

Qualidade de Água do Projeto Básico Ambiental do Empreendimento Hidrelétrico UHE Mauá,

localizado no rio Tibagi.

Neste documento são apresentados resultados preliminares de três sub-programas inseridos

no Programa supracitado. São eles: Sub-Programa de Monitoramento das Condições Limnológicas e

da Qualidade da Água, Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas e Sub-Programa de

Macrófitas Aquáticas.

O Sub-Programa de Monitoramento das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água

apresenta dados físicos, químicos e biológicos da água superficial e das comunidades de fitoplâncton,

zooplâncton e macroinvertebrados bentônicos das águas do rio Tibagi na região do empreendimento.

Também são apresentados resultados preliminares do monitoramento da possível ocorrência de

Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) na área de estudo. O presente trabalho refere-se ao segundo

trimestre de monitoramento da fase reservatório, iniciada no mês de outubro/12. Desta forma, este

relatório corresponde ao monitoramento ocorrido nos meses de outubro/12, novembro/12 e

dezembro/12 para dados de águas superficiais.

O Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas teve suas atividades retomadas

em novembro/12, com nova incursão ao campo, no intuito de registrar a possível ocorrência de

macrófitas aquáticas e com potencial de infestação em ambientes lênticos. Este sub-programa segue

uma temporalidade própria, sendo que estão previstas novas atividades de campo para os meses de

fevereiro/13, maio/13 e julho/13, visando uma amostragem sazonal na região do empreendimento.

O Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas apresenta características físicas e

químicas das águas subterrâneas do freático da região, através da análise de dados coletados em

piezômetros instalados na área onde se insere o empreendimento, bem como de aquíferos

estabelecidos em rochas paleozóicas, a partir de dados coletados em poços profundos na área

supracitada. Para o monitoramento de água subterrânea, o presente relatório apresenta dados de

janeiro/12 a dezembro/12.

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

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2 METODOLOGIA

2.1 Área de Estudo

O empreendimento UHE Mauá (Figura 1) está situado no trecho médio do rio Tibagi, região

centro-leste do Estado do Paraná. As nascentes do rio Tibagi localizam-se entre os municípios de

Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa (Segundo Planalto Paranaense), no centro-sul do Estado, e tem

sua foz na margem esquerda do rio Paranapanema, que faz divisa entre os estados do Paraná e São

Paulo.

Figura 1 - Localização da Área de Estudo.

A barragem está situada nas coordenadas UTM (N) 7338819 e (E) 529752, na divisa dos

municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. Este barramento situa-se a montante da atual PCH

Presidente Vargas (pertencente à empresa Klabin Papel e Celulose S.A.) e está acompanhado das

estruturas do vertedouro e de uma casa de força complementar, que turbinará a vazão ecológica. A

casa de força principal está projetada a jusante, próxima à foz do ribeirão das Antas.

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No que concerne à geologia, a região da usina é imposta sobre um pacote sedimentar de

rochas granulares, onde dominam as frações finas com alguns estratos mais grosseiros com

características aqüíferas. Ocorrem alguns níveis pouco espessos contendo carbonatos, geralmente

sob a forma de cimento carbonático. Todo este conjunto sedimentar foi seccionado por um sistema

de fraturas que abrigam diques de diabásio, interrompendo a continuidade das unidades

sedimentares.

2.2 Procedimentos Técnicos

Os procedimentos aqui adotados seguem as orientações descritas no PBA da UHE Mauá para o

Programa de Monitoramento da Qualidade da Água, bem como os Sub-programas de Monitoramento

das Condições Limnológicas e da Qualidade da Água, Monitoramento das Águas Subterrâneas e

Macrófitas Aquáticas.

2.2.1 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais

2.2.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem

O monitoramento da qualidade de águas superficiais do empreendimento UHE Mauá teve

iniciou-se em dezembro de 2009, com a Fase Rio. A Fase Reservatório, referente ao o Sub-Programa

de Monitoramento de Águas Superficiais, iniciou-se em julho/12, com o enchimento do reservatório,

e contou com análises físico-químicas e bacteriológicas da água, bem como análises das comunidades

fitoplanctônica, zooplanctônica e de macroinvertebrados bênticos. No presente relatório são

apresentados os dados do último trimestre (outubro/12, novembro/12 e dezembro/12).

As estações de amostragem utilizadas para o monitoramento das águas superficiais formam

uma malha amostral de oito pontos. A maior parte destas estações corresponde a estações

monitoradas na Fase Rio. Assim como já reportado no relatório trimestral anterior, duas delas foram

alteradas para melhor contemplar a nova estrutura do ecossistema, com a formação do reservatório.

Estas alterações contaram com a anuência do órgão ambiental, e encontram-se descritas a seguir:

A estação E5, localizada na foz do rio Barra Grande, foi desativada e realocada no próprio rio

Barra Grande, mas na região lacustre, próximo à ponte sobre o reservatório, sendo agora denominada

estação E10. A estação E4, localizada na região do Salto Aparado, agora porção média do reservatório

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foi reativada e a estação E8, a jusante do empreendimento, localizada no ribeirão das Antas foi

desativada. A descrição de todas as estações de amostragem encontra-se na Tabela 1 e está ilustrada

na Figura 2. As coordenadas UTM apresentadas são referentes à ultima campanha realizada, uma vez

que a posição das mesmas pode variar em função do processo de enchimento do reservatório.

Figura 2 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo.

Tabela 1 - Descrição e localização das estações de amostragem.

Estação Descrição Coordenadas (UTM)

E N

E1 Rio Tibagi, a montante de Telêmaco Borba 541329 7304731

E2 Rio Tibagi, início do reservatório da UHE Mauá, a jusante da fábrica da Klabin 538643 7311136

E3 Rio Imbauzinho, a montante do futuro reservatório 528032 7311178

E4 Rio Tibagi, porção média reservatório da UHE Mauá 530888 7326642

E6 Rio Tibagi, reservatório da UHE Mauá, proximidades da barragem (montante) 530162 7338488

E7 Rio Tibagi, a jusante da casa de força 531335 7342172

E9 Rio Tibagi, a jusante da barragem 529442 7339171

E10 E10 - Rio Barra Grande, sob ponte do reservatório da UHE Mauá 523407 7332078

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2.2.1.2 Análises Físico-Químicas e Bacteriológicas

A metodologia de coleta de amostras de água seguiu o estabelecido por Santos et al. (2001).

As amostras coletadas foram do tipo “simples”, caracterizado por uma única amostra coletada em um

ponto, em um determinado instante e depositada em um frasco individual. Esse tipo de amostra

representa somente o local específico, naquele determinado tempo em que a coleta foi realizada.

As amostragens foram realizadas manualmente pela imersão de um frasco no corpo de água

até a profundidade desejada, sendo o mesmo inclinado com a boca direcionada contra a corrente até

se obter o volume desejado. Em seguida, os frascos foram devidamente vedados. Nas estações E6 e

E10 foram realizadas coletas em diferentes profundidades, com o auxílio de garrafa de Van Dorn, e de

acordo com o método do IQAR, descrito posteriormente.

Quanto ao acondicionamento das amostras, os frascos utilizados são quimicamente inertes, a

fim de evitar reações com as amostras. De acordo com a análise desejada, os frascos podem ser de

polietileno, vidro neutro ou borossilicato âmbar. Os frascos foram devidamente identificados com

etiquetas contendo o nome do projeto, o local de amostragem (estação de coleta), data e horário da

coleta, tipo de preservação e parâmetro a ser determinado. Para transporte os mesmos foram

acondicionados em caixas térmicas.

As amostras para fins de determinação microbiológica (coliformes totais e termotolerantes)

foram coletadas antes de qualquer outra amostra, para evitar risco de contaminação do local por

frascos não-estéreis.

Uma ficha de campo a ser preenchida pela equipe de coleta foi elaborada, contendo as

seguintes informações: procedência da amostra, data e hora de coleta, técnico responsável pela

coleta, tipo de amostra coletada, descrição das condições climáticas no momento da coleta e no

período de 48 horas anteriores, informações sobre a localização do ponto de amostragem incluindo

as coordenadas geográficas, altitude, profundidade do local e de coleta, largura da seção transversal,

medição de parâmetros no campo tais como pH, OD, temperatura do ar e da água, profundidade do

disco de Secchi e leitura de nível (esta última, quando aplicável).

Após a coleta, as amostras foram enviadas sob refrigeração para cada um dos laboratórios

responsáveis pelas respectivas análises na maior brevidade possível, a fim de evitar alterações físicas,

químicas ou biológicas no material coletado.

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Quanto ao diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, na região do empreendimento UHE

Mauá, tomou-se como base a análise de uma série de variáveis de qualidade de água. Para tanto, os

valores obtidos para as variáveis foram comparados com os limites dispostos pela legislação

ambiental, quando pertinente. O diagnóstico também se valeu dos resultados obtidos a partir do

Índice de Qualidade da Água (IQA), que incorpora nove parâmetros considerados relevantes para a

avaliação da qualidade das águas e do Índice do Estado Trófico (IET), que tem por finalidade classificar

corpos d’água em diferentes graus de trofia, ou seja, avalia a qualidade da água quanto ao

enriquecimento por nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo das algas ou ao

aumento da infestação de macrófitas aquáticas (CETESB, 2010). Para a avaliação da qualidade das

águas do reservatório foi utilizado o IQAR (Índice de Qualidade de Água de Reservatórios),

desenvolvido pelo IAP (2009), que incorpora diferentes variáveis de qualidade de água em até três

profundidades de coleta.

A metodologia dos ensaios realizados mantém-se a mesma de relatórios anteriores. Para

maior referência, consultar LACTEC (2011).

Cabe destacar que as medições de concentração de oxigênio dissolvido são realizadas in situ

por meio de sonda multiparamétrica modelo YSI 6820 e Hidrolab MS5.

Índice de Qualidade da Água (IQA)

Na metodologia do IQA, que irá auxiliar no diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, para

cada uma das nove variáveis (ou parâmetros) de qualidade de água que compreendem o índice

corresponde uma curva de variação da qualidade da água, que o correlaciona a um sub-índice q, e um

peso de importância w (Tabela 2).

Tabela 2 – Pesos dos parâmetros do IQA

Parâmetro Peso (w)

Oxigênio dissolvido (OD) 0,17

Coliformes fecais 0,15

pH 0,12

Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 0,10

Nitrogênio total 0,10

Fósforo total 0,10

Temperatura (desvio) 0,10

Turbidez 0,08

Sólidos totais 0,08

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A formulação do índice é o produtório ponderado dos sub-índices (qi) de cada parâmetro (i):

wii

w

iqIQA

1

A classificação da qualidade da água superficial pelo IQA é dividida em cinco classes: ÓTIMA

(IQA: 80-100); BOA (IQA: 52-79); ACEITÁVEL (IQA: 37-51); RUIM (IQA: 20-36) e PÉSSIMA (IQA: 0-19).

Índice do Estado Trófico (IET)

O cálculo do Índice de Estado Trófico (IET) segue a mesma metodologia adotada pela CETESB

que utiliza o Índice de Estado Trófico de Carlson (1977) modificado por Toledo et al. (1983 e 1984).

Desta forma, das iniciais três variáveis apenas duas são aplicadas para o cálculo do índice, clorofila-a e

fósforo total. O emprego dos valores de transparência (disco de Secchi) para a obtenção do IET, de

acordo com CETESB (2011), pode não ser ideal, visto que tais valores muitas vezes não são

representativos do estado de trofia, pois podem ser afetados pela elevada turbidez decorrente de

material mineral em suspensão e não apenas pela densidade de organismos planctônicos

Na avaliação correspondente a clorofila-a, o índice é tido como medida da resposta do corpo

hídrico ao agente causador do processo de eutrofização, indicando de forma adequada o nível de

crescimento de algas que tem lugar em suas águas (CETESB, 2011). Em relação ao fósforo,

consideram-se os resultados como uma medida do potencial de eutrofização do corpo hídrico, uma

vez que este nutriente atua como o agente causador do processo (CETESB, 2011).

Assim o Índice do Estado Trófico, será composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo –

IET(PT) e o Índice do Estado Trófico para a clorofila-a – IET(CL), modificados por Lamparelli (2004),

sendo que as equações para rios e reservatórios serão utilizadas, respectivamente, para ambientes

lóticos e lênticos, seguindo a classificação presente na CONAMA 357/05.

RIOS

20

2ln

ln.6,07,06.10)(

CLCLIET

202ln

ln.36,042,06.10)(

PTPTIET

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RESERVATÓRIOS

onde:

PT: concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µg.L-1;

CL: concentração de clorofila a medida à superfície da água, em µg.L-1;

ln: logaritmo natural.

Nos meses em que estejam disponíveis dados de ambas variáveis, o resultado apresentado nas

tabelas será a média aritmética simples dos índices relativos ao fósforo total e a clorofila-a, segundo a

equação:

O resultado final segue a classificação abaixo (Tabela 3).

Tabela 3 – Classificação do Índice de Estado Trófico

Categoria Ponderação

Ultraoligotrófico IET ≤ 47

Oligotrófico 47 < IET ≤ 52

Mesotrófico 52 < IET ≤ 59

Eutrófico 59 < IET ≤ 63

Supereutrófico 63 < IET ≤ 67

Hipereutrófico IET > 67

Índice de Qualidade de Água de Reservatórios (IQAR)

A metodologia do IQAR foi desenvolvida pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP, 2002) e

atualizada em 2009 (IAP, 2009) com o objetivo de conhecer as principais características ecológicas de

cada reservatório, determinando, em particular, a qualidade das águas e sua tendência ao longo do

tempo.

O método define amostragens de água em duas profundidades (Prof.I e Prof.II) para todas as

variáveis que compõem este índice (Tabela 4) e, nos casos de anóxia (ausência de oxigênio), em uma

terceira profundidade da coluna de água (Prof.III). Exceção se faz à clorofila-a, amostrada apenas na

2ln

ln34,092,06.10)(

CLCLIET

2ln

ln.42,077,16.10)(

PTPTIET

2

CLIETPTIETIET

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profundidade I, e às variáveis OD e temperatura, cujas medidas são feitas metro a metro ao longo da

profundidade.

As medidas de oxigênio dissolvido e temperatura foram utilizadas para o cálculo da

porcentagem de saturação e déficit de oxigênio dissolvido em cada profundidade. Para o cálculo do

IQAR o déficit de OD representou a média desta variável ao longo da coluna de água.

Tabela 4 – Variáveis para o IQAR e seus respectivos pesos.

Variáveis Pesos (wi)

Déficit de oxigênio dissolvido (%) * 17

Fósforo Total (mg.L-1

P) ** 12

Nitrogênio Inorgânico Total (mg.L-1

N) ** 8

Clorofila "a" (mg/m3) *** 15

Profundidade Secchi (metros) 12

DQO (mg.L-1

O2) ** 12

Cianobactérias (nº de cél./mL) *** 8

Tempo de residência (dias) 10

Profundidade Média (metros) 6

(*) média da coluna de água (**) média das profundidades I e II (***) Concentração da profundidade I

O cálculo das profundidades I, II e III, onde devem ser realizadas as amostragens, é realizado

com o valor da profundidade do corpo de água e da medida do Disco de Secchi, segundo as fórmulas:

Profundidade I = ZdS x 0,54, onde: Zds= profundidade de Secchi; 0,54 = fator de cálculo da

profundidade da zona eufótica onde há 40% da luz incidente (representativa da camada de maior

produção primária, i.e, da zona trofogênica).

Profundidade II = (Zmax + Zeu) / 2, onde: Zmax= profundidade máxima (m) na estação de

amostragem; Zeu=zona eufótica, que é igual à profundidade de Secchi x 3 (sendo 3 o fator de cálculo

da profundidade onde há aproximadamente 1% da luz que incide na superfície da água e na qual a

respiração e a decomposição predominam sobre a produção).

Profundidade III = (início Zanox + final Zanox) / 2, onde: Zanox = zona de anóxia; a profundidade III

representa a porção intermediária da zona de anóxia.

O cálculo do IQAR é feito segundo a fórmula:

wi

qiwiIQAR

)(

onde: wi é o peso da variável e qi a classe da variável

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A classe de cada variável (qi) é um valor numérico entre 1 e 6 (Tabela 5) e é definida pela

média dos valores de cada variável nas Profundidades I e II, e, nos casos excepcionais, também na

profundidade III, observando-se os intervalos da Matriz de Qualidade de Água. Com relação ao déficit

de OD, o valor que define a respectiva classe (qi) representa a média dos déficits calculados metro a

metro na coluna de água (o déficit é calculado a partir das medidas de OD e dos respectivos

percentuais de saturação).

Tabela 5 - Matriz da Qualidade de água

Variáveis Classes (qi) *

1 2 3 4 5 6

Déficit de Oxigênio (%) ≤ 5 6 - 20 21 - 35 36 - 50 51 - 70 > 70

Fósforo Total (mg.L-1) ≤ 0,010 0,011 - 0,025 0,026 - 0,040 0,041 - 0,085 0,086 - 0,210 > 0,210

Nitrogênio Inorg. Total (mg.L-1) ≤ 0,15 0,16 - 0,25 0,26 - 0,60 0,61 - 2,00 2,00 - 5,00 > 5,00

Clorofila “a” (mg.m-3) ≤ 1,5 1,5 - 3,0 3,1 - 5,0 5,1 - 10,0 11,0 - 32,0 > 32

Disco de Secchi (m) ≥ 3 3 - 2,3 2,2 - 1,2 1,1 - 0,6 0,5 - 0,3 < 0,3

DQO (mg.L-1) ≤ 3 3 - 5 6 - 8 9 - 14 15 - 30 > 30

Tempo de residência (dias) ≤ 10 11 - 40 41 - 120 121 - 365 366 - 550 > 550

Profundidade média (m) ≥ 35 34 - 15 14 - 7 6 - 3,1 3 - 1,1 < 1

Cianobactérias (cel. mL-1) * ≤ 1.000 1.001 - 5.000 5.001 - 20.000 20.001 - 50.000 50.001 - 100.000 > 100.000

* Modificada pelo IAP em 2009

A cada campanha de monitoramento são calculados IQAR parciais, sendo que o IQAR final, que

define a classe do reservatório, é obtido pela média dos índices parciais. O valor numérico do IQAR

final classifica o reservatório em uma das seis classes, que representam diferentes níveis de

comprometimento, conforme descrição abaixo:

• Classe I (não impactado a muito pouco degradado): corpos de água saturados de

oxigênio, baixas concentrações de nutrientes e matéria orgânica, alta transparência das águas,

densidade de algas muito baixa, normalmente com pequeno tempo de residência das águas e/ou

grande profundidade média. A qualidade da água é excelente/ótima;

• Classe II (pouco degradado): corpos de água com pequeno aporte de nutrientes,

orgânicos e inorgânicos, e matéria orgânica, pequena depleção de oxigênio dissolvido, transparência

das águas relativamente alta, baixa densidade de algas, normalmente com pequeno tempo de

residência das águas e/ou grande profundidade média. A qualidade da água é muito boa/boa;

• Classe III (moderadamente degradado): corpos de água com déficit considerável de OD

na coluna d’água, podendo ocorrer anoxia na camada de água próxima ao fundo, em determinados

períodos, médio aporte de nutrientes e matéria orgânica, grande variedade e/ou densidade de

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algumas espécies de algas (sendo que algumas espécies podem ser predominantes), tendência

moderada à eutrofização, tempo de residência das águas considerável. A qualidade da água é

regular/aceitável;

• Classe IV (criticamente degradado a poluído): corpos de água com entrada de matéria

orgânica capaz de produzir uma depleção crítica nos teores de OD da coluna de água, consideráveis

aportes de nutrientes, alta tendência a eutrofização, ocasionalmente com desenvolvimento maciço de

populações de algas e/ou cianobactérias, ocorrência de reciclagem de nutrientes, baixa transparência

das águas associada principalmente à alta turbidez biogênica, ocorrência possível de mortandade de

peixes em determinados períodos de acentuado déficit de OD. A qualidade da água é crítica/ruim;

• Classe V (muito poluído): corpos de água com altas concentrações de matéria orgânica,

geralmente supersaturação de OD na camada superficial e baixa saturação na camada de fundo,

grande aporte e alta reciclagem de nutrientes, corpos de água eutrofizados, com florações de algas

e/ou cianobactérias que frequentemente cobrem grandes extensões da superfície da água, o que

limita a sua transparência. A qualidade da água é muito ruim;

• Classe VI (extremamente poluído): corpos de água com condições bióticas seriamente

restritas, resultantes da severa poluição por matéria orgânica ou outras substâncias consumidoras de

OD , ocasionalmente ocorrem processos de anoxia em toda a coluna de água, aporte e reciclagem de

nutrientes muito altos, águas hipereutróficas, com intensas florações de algas e/ou cianobactérias

cobrindo todo o espelho d’água e eventual presença de substâncias tóxicas. A qualidade da água é

péssima.

2.2.1.3 Análises da Comunidade Fitoplanctônica

As amostras de fitoplâncton para estudo quali-quantitativo foram coletadas mergulhando-se

um frasco de polietileno (1.000 mL) na sub-superfície da água e fixadas com solução de lugol acético a

1%. Alíquotas de 5 a 30 mL foram colocadas para sedimentar em câmaras de Ütermohl (ÜTERMOHL,

1958) e analisadas em microscópio ótico invertido Olympus BX70, sob aumento de 400 a 600x. A

contagem dos organismos seguiu as indicações de Huszar & Giani (2004), que considera transectos e

curva de estabilização de espécies. Recomenda-se que pelo menos 100 indivíduos da espécie mais

freqüente sejam contados. Os resultados da densidade fitoplanctônica total e individual foram

expressos de duas maneiras, em células e em indivíduos por mL. Foram considerados indivíduos: talos

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unicelulares, coloniais e filamentosos. Os diferentes grupos fitoplanctônicos (Cyanophyceae,

Chlorophyceae, Zygnemaphyceae, Chlamydophyceae, Bacillariophyceae, Cryptophyceae,

Euglenophyceae e outros) foram analisados, quantificados e identificados no menor nível taxonômico

possível (gêneros e espécies). A densidade celular de cianobactérias potencialmente hepato ou

neurotóxicas e presença ou ausência de florações foram destacadas.

As análises de clorofila-a seguiram as recomendações da USEPA (1997). As amostras foram

filtradas através de filtro de fibra de vidro GF/C e os pigmentos foram extraídos através de acetona

alcalina 90% (hidróxido de amônia) e estimados em espectrofotômetro Hitachi U2001. O cálculo

baseou-se no método tricromático de Humphrey & Jeffrey (1975).

2.2.1.4 Análises da Comunidade Zooplanctônica

As amostras de zooplâncton (um total de 24) foram obtidas entre outubro/12 a dezembro/12

de acordo com os pontos de coleta descritos no item 2.1 (área de estudo). As coletas foram realizadas

com uma rede de plâncton com abertura de malha de 64 µm. Nos pontos de coleta com

características lóticas filtrou-se aproximadamente 200 litros de água por amostra com o auxílio de um

balde graduado de 20 litros. Com a formação do reservatório, as coletas dos pontos com

características lênticas começaram a ser feitas através de arrastos verticais filtrando a partir de 10

metros de profundidade até a superfície (Figura 3). Nesses pontos, o volume filtrado em cada arrasto

é calculado através da fórmula descrita abaixo do volume do cilindro, considerando a altura como a

distância do arrasto (m).

Vf = π.r2.d

Onde:

Vf = o volume de água filtrada;

R = o raio da rede de plâncton;

d = a distância percorrida pela rede

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 13

Figura 3 - Coletas em ambiente lótico e lêntico com rede de plâncton de 64 µm

O material coletado foi acondicionado em frascos plásticos de 500 mL, fixados com solução de

formaldeído a 4 % e tamponado com borax.

No laboratório, o material coletado foi transferido para frascos plásticos de 120 mL com adição

de corante vital Rosa-de-Bengala, para posteriormente serem identificados e quantificados.

Os grupos zooplanctônicos, rotíferos (pertencentes à Classe Monogononta) e os

microcrustáceos (cladóceros e copépodos), foram quantificados e identificados a nível específico,

utilizando bibliografia especializada. Os náuplios e copepoditos de Cyclopoida e Calanoida foram

apenas quantificados. As análises quali-quantitativas do zooplâncton foram realizadas através de sub-

amostragens com pipeta do tipo Stempell, sendo essas contadas em câmaras de Sedgwick-Rafter e

placa de Petri, sob microscópios óptico e estereoscópico. Foram contados pelo menos 100 indivíduos

de cada grupo zooplanctônico, e a densidade final expressa em indivíduos por m3. As amostras com

menores densidades foram analisadas em sua totalidade.

Dados sobre a composição específica da comunidade zooplanctônica foram ordenados em

tabelas considerando-se as famílias de cada grupo e a ocorrência dos táxons foi discriminada nos 8

pontos de amostragem nesta fase que antecede o represamento do rio Tibagi no trecho estudo.

2.2.1.5 Análises de Macroinvertebrados bênticos

Um total de oito estações de coletas está sendo monitorado mensalmente através da

comunidade de macroinvertebrados no reservatório da UHE Mauá. As estações E1, E2 e E3 são as

mesmas localidades dos dois primeiros anos do monitoramento e localizam-se a montante do

reservatório. As E4, E6 e E10 localizam-se no eixo do reservatório. As estações E7 e E9 ficam a jusante

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

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da barragem e da Usina Presidente Vargas. Doze meses consecutivos serão amostrados durante a

Fase Reservatório. O monitoramento Fase Reservatório iniciou-se em julho/12 com cerca de 40% do

volume total do reservatório preenchido.

Até o momento já foram realizadas sete campanhas. A primeira deu-se em julho/12 entre os

dias 26 a 28, e as demais em agosto/12 (dias 23 a 25), setembro/12 (dias 27 a 29), outubro/12 (dias 25

a 27), novembro/12 (dias 28 a 30), dezembro/12 (dias 13 a 15) e no mês de janeiro/13, nos dias 26 a

28.

Todas as amostras das campanhas já foram triadas, contudo, a identificação dos organismos

dos meses de novembro/12 a janeiro/13 ainda está sendo realizada, sendo seus dados apresentados

no próximo relatório trimestral. Para maiores detalhes sobre o atraso na leitura das amostras

supracitadas, consultar o anexo deste relatório.

Para a coleta dos macroinvertebrados bênticos foram utilizadas várias técnicas de captura

dependendo do substrato amostrado e da profundidade (Bicudo & Bicudo, 2004).

Nas estações que apresentaram mais de 1,0 m de profundidade, foi utilizado um pegador de

fundo do tipo Petit Ponar, solto através de um guincho elétrico. Esta técnica de amostragem foi

realizada nas estações E3, E4, E6 e E10.

Embora tenham sido feitas várias tentativas de coletas nas estações localizadas no

reservatório poucas amostras foram bem sucedidas, em função da vegetação submersa nas regiões

mais rasas. Em algumas tentativas o equipamento ficou preso na vegetação não conseguindo atingir o

fundo, sendo difícil até o resgate do mesmo.

Neste estudo, as coletas dos macroinvertebrados no reservatório estão sendo coletados na

zona litoral já que as regiões mais profundas possivelmente sejam anóxicas (EPA, 1998).

Para as coletas dos macroinvertebrados bênticos associados aos fundos rochosos nas estações

E1, E2, E7 eE 9 foi utilizado um amostrador do tipo Surber posicionado junto às margens em locais

mais rasos. Nas duas técnicas quantitativas foram realizadas cinco réplicas amostrais em cada estação

de coleta.

Coletas manuais em troncos, restos de vegetação submersa e em raízes e partes aéreas de

macrófitas foram realizadas para a obtenção de uma amostragem qualitativa dos organismos. Nos

ambientes marginais, como gramíneas, macrófitas emersas ou baixios não vegetados, uma rede do

tipo puçá, com malha de 0,5 mm de diâmetro, foi arrastada sob a vegetação.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 15

As amostras foram fixadas em campo com formalina a 10 %. Em laboratório as amostras foram

lavadas em uma peneira com malha 0,5 mm e transferidas para cubas plásticas para o procedimento

das triagens. Os animais foram coletados com auxílio de pinças e preservados em álcool 70 %. Os

organismos foram contados e identificados sob microscópio estereoscópico até a menor categoria

taxonômica possível.

Os exemplares serão tombados junto às coleções de invertebrados do Museu de História

Natural Capão da Imbuia em Curitiba e ficarão disponíveis para consultas.

2.2.1.6 Análises para verificação da presença de larvas de Limnoperna fortunei

Para análise da possível presença de larvas de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado),

amostras de água são coletadas trimestralmente nos pontos E2 (rio Tibagi a jusante da Kablim) e E6

(rio Tibagi, nas proximidades da futura barragem), através da técnica de arrasto com rede de plâncton

de malha de 64 μm, pelo período de 5 minutos. As amostras são concentradas, transferidas para

recipientes adequados e fixadas com álcool 70%. Em laboratório, estas são analisadas com duas

diferentes técnicas, uma analise morfológica preliminar é realizada sob microscópio estereoscópio,

posteriormente as amostras são submetidas à técnica molecular de monitoramento por meio de

identificação do DNA do mexilhão dourado. Através dessa técnica, extremamente precisa, uma única

larva de mexilhão em uma amostra de até 2.000 litros de água é detectada, o processo é rápido e

seguro.

Para a realização da análise morfológica a amostra é homogeneizada e filtrada em peneira

com malha de 64 μm. O filtrado é depositado em placas de petri com superfície quadriculada e diluído

em álcool. A placa é levada ao microscópio estereoscópio onde é percorrida em sua integridade em

busca de larvas, quando encontradas é realizada a identificação morfológica de larvas de moluscos,

considerando como larvas possivelmente de mexilhão dourado ou não (a confirmação da espécie das

larvas é realizada na análise molecular).

Para a análise molecular, as amostras de plâncton são filtradas com auxílio de uma bomba a

vácuo, assim separando o plâncton da água e possibilitando a extração mais eficiente do DNA dessas

amostras. A extração do DNA do plâncton ocorre com a utilização de protocolo especial definido

previamente pela equipe de trabalho. Em seguida, o DNA extraído é amplificado com marcadores

específicos para a espécie Limnoperna fortunei. Após a amplificação, o DNA é submetido à

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eletroforese de agarose (1,5%) e o padrão de bandas visualizado é utilizado na determinação da

presença ou ausência de larvas de L. fortunei na amostra. Essa análise é feita pela comparação com o

padrão de bandas formadas por um controle positivo (DNA L. fortunei adulto). Também são

amplificadas diluições de 1:10, 1:100 e 1:1000 de todas amostras de DNA extraído, a fim de melhor

visualização dos resultados, já que em testes realizados anteriormente, bandas de amostras diluídas

em comparação às concentradas foram mais evidentes, pois o excesso de DNA pode inibir sua própria

amplificação.

As duas análises realizadas são complementares, a análise molecular é mais sensível e está

menos suscetível ao erro humano. A análise sob microscópio estereoscópio, embora menos sensível,

é a única capaz de quantificar as larvas encontradas (a metodologia para quantificar as larvas de

mexilhão na análise molecular não está totalmente concluída), essa técnica também é menos sujeita a

falha na conservação da amostra. Em algumas situações como calor intenso, excesso de matéria

orgânica e substrato, o DNA pode ser degradado impossibilitando a confiabilidade da análise

molecular. Para otimizar o resultado das análise das amostras optou-se em realizar tanto a análise sob

microscópio estereoscópio quanto a análise molecular.

2.2.2 Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas

A primeira campanha para o levantamento de macrófitas aquáticas foi realizada em

novembro/12. Outras expedições complementares serão realizadas nos meses de fevereiro/13,

maio/13 e julho/13, no intuito de avaliar a comunidade de forma sazonal.

O material botânico fértil foi coletado e processado segundo técnicas usuais de secagem e

montagem e, posteriormente, incorporado aos acervos do Herbário UPCB, pertencente ao

departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR.

Para identificação das espécies foram feitas consultas à bibliografia especializada, como floras,

descrições, chaves de identificação, dentre outros estudos a respeito de plantas aquáticas. Além

disso, quando necessário, as duplicatas coletadas foram enviadas aos especialistas das diversas

famílias botânicas, para confirmação ou determinação das identificações.

Neste estudo, as macrófitas aquáticas foram classificadas da seguinte maneira (Pott & Pott,

2000):

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 17

Planta anfíbia: plantas que vivem em áreas alagadas, de hábito arbustivo, arbóreo ou

herbáceo.

Planta emergente: planta enraizada no fundo, parcialmente submersa.

Planta enraizada com folhas flutuantes: planta enraizada no fundo, com caule e/ou ramos

e/ou folhas flutuantes.

Planta flutuante livre: planta não enraizada no fundo, podendo ser levada pela correnteza.

Planta submersa livre: planta não enraizada no fundo, totalmente submersa.

Planta submersa fixa: planta enraizada no fundo, com caule e folhas submersas.

As espécies de plantas aquáticas e semi-aquáticas, ocorrentes nas margens dos Rios

Tibagi, Imbaú, Barra Grande e áreas adjacentes, além de vários pontos no reservatório, em contato

com a água, parcialmente emersas ou totalmente submersas foram observadas e registradas nos

pontos amostrados (Tabela 6 e Figura 4).

Tabela 6 – Descrição dos pontos amostrados e respectivas coordenadas geográficas (UTM).

Estações Coordenadas Geográficas

Descrição

E N

M1 541329

7304731 Rio Tibagi, a montante de Telêmaco Borba. Margem em alguns pontos sem vegetação, arenosa. Em alguns pontos, o solo está revolvido devido à dragagem. Em outras áreas, mata ciliar preservada (presença de Araucaria).

M2 538643

7311136 Rio Tibagi, a jusante da Fábrica da Klabin. Mata ciliar preservada, alguns pontos da margem bem poluídos (lixo doméstico), margem bem íngreme.

M3 528032

7311178 Rio Imbauzinho. Margem com mata ciliar preservada, com presença de macrófitas flutuantes e certo grau de poluição doméstica.

M4 534402

7326613 Rio Tibagi. Área inundada.

M6 530162

7338488

Rio Tibagi, eixo da barragem – margem esquerda.

M9 529442

7339171 Usina Presidente Getúlio Vargas - Vegetação de margem de braço presente.

M10 523593

7331922

Rio Barra Grande, próximo a foz. Margem pouco preservada, em algumas áreas. O ponto está localizado dentro de uma fazenda (Fazenda Santana). Margens com bambus, gramíneas e outras áreas com mata ciliar.

M11 538643

7311136 Rio Tibagi – Cidade de Tibagi/Parque. Margem exposta.

M12 528144

7316327 Rio Imbaú. Margem com mata ciliar preservada, com presença certo grau de poluição doméstica.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 18

Figura 4 – Localização das estações de amostragem de macrófitas aquáticas

As estações de amostragem encontram-se ilustradas nas figuras abaixo.

Figura 5 – Vista Geral das estações M1 (esquerda) e M2 (direita)

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Figura 6 – Vista Geral das estações M3 (esquerda) e M4 (direita)

Figura 7 – Vista Geral das estações M6 (esquerda) e M9 (direita)

Figura 8 – Vista Geral das estações M10 (esquerda) e M11 (direita)

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Figura 9 – Vista Geral da estação M12

2.2.3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas

2.2.3.1 Malha amostral e freqüência de amostragem

No que concerne ao monitoramento do aqüífero freático, este foi realizado através de duas

baterias de poços de monitoramento, cada uma composta por 13 poços, com 20 m de profundidade,

distanciados 12,5 m uns dos outros, ao longo de uma linha com cerca de 150 m de comprimento. As

baterias de piezômetros estão localizadas na margem direita (BP1) e esquerda (BP2) do rio Tibagi,

conforme apresentado na Figura 10.

A bateria BP1 (Figura 11) se localiza contígua a uma drenagem situada na margem direita do

rio Tibagi, na antiga estrada de acesso às minas desativadas da Klabin e ao canteiro de obras da UHE

Mauá, logo após as linhas de transmissão de alta tensão que cruza a estrada. Após o enchimento do

reservatório, a estrada foi interrompida pelo referido corpo d’água a poucos metros da bateria de

piezômetros.

A bateria BP2 (Figura 12) está localizada na área do segmento do reservatório correspondente

ao rio Barra Grande, nas proximidades onde foi construída a ponte sobre este rio que constitui

atualmente um braço do reservatório. A bateria de piezômetros encontra-se em uma área coberta

por pastagem artificial à esquerda da estrada, antes da cabeceira do flanco direito da ponte referida.

Os piezômetros do aqüífero freático implantados nas imediações das margens do reservatório

da UHE Mauá foram perfurados em rochas clásticas finas paleozoicas, sendo o substrato constituído

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 21

por folhelhos, síltico-argilosos e algumas lentes de arenitos finos. Geralmente as propriedades

hidráulicas são desfavoráveis à infiltração da água e seu acúmulo em subsuperfície.

O monitoramento dos aqüíferos profundos foi realizado no período relatado, em cinco poços

tubulares profundos localizados na região linderia ao reservatório da UHE Mauá. Aspectos da boca

dos poços tubulares profundos estão ilustrados nas figuras abaixo (Figura 13, Figura 14, Figura 15,

Figura 16 e Figura 17). As coordenadas de localização dos poços profundos (Tabela 7) e a indicação do

início da bateria de piezômetros estão ilustradas na Figura 10.

Tabela 7 – Localização dos poços tubulares profundos utilizados para o monitoramento da qualidade da água subterrânea na área do reservatório da UHE Mauá.

Poço Local Situação UTM (N) UTM (E)

P2 IKPC - Parque ecológico Em produção 7314012 541629

P3 IKPC - Pesquisa florestal Em produção 7321060 545996

P4 IKPC – Viveiro Poço 1 Em produção 7320255 546532

P5 IKPC - Viveiro Poço 2 Em produção 7320136 546359

P7 JM - Acesso Em produção 7339785 531000

Figura 10 – Localização dos poços de monitoramento dos aqüíferos profundos e situação das baterias de piezômetros BP1 e BP2, no contexto de um esboço dos compartimentos hidrogeológicos considerados pelo Instituto das Águas do Paraná

(extinta SUDERHSA).

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Figura 11 – Poço BP1-P01 da bateria de piezômetros BP1 (dezembro/2012).

Figura 12 - Poços BP2-P01 e BP2-P02 da bateria de piezômetros BP2 (dezembro/2012).

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Figura 13 – Poços P2 “Parque Ecológico” (maio/2010).

Figura 14 – Poço P3 “Pesquisa florestal” da Klabin (maio/2010).

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Figura 15 – Poço P4 “ViveiroFflorestal-1” da Klabin (maio/2010).

Figura 16 – Poços P5 “Viveiro Florestal-2” da Klabin (fevereiro/2013).

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Figura 17 – Cabeça do Poço P7 e estação de tratamento da água para instalações da UHE Mauá (fevereiro/2013).

3 RESULTADOS PRELIMINARES

3.1 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais

3.1.1 Monitoramento de parâmetros físico-químicos e biológicos de qualidade de água

A Tabela 8 e a Tabela 9, a seguir, mostram os resultados das análises físicas, químicas e

microbiológicas das amostras de água coletadas mensalmente nas estações de amostragem

localizadas no rio Tibagi e afluentes, além dos respectivos Índices de Qualidade das Águas ‐ IQA e

Índice de Estado Trófico - IET, referentes ao período monitorado entre os meses de outubro/12 e

dezembro/12. Os resultados considerados fora dos limites estabelecidos pela Resolução CONAMA

357/05 foram destacados em vermelho.

Com relação à avaliação da qualidade de água do rio Tibagi e afluentes no período

compreendido neste relatório, foram registradas não conformidades com relação à Resolução

CONAMA 357/05 para as variáveis pH, fósforo, coliformes termotolerantes, densidade de

cianobactérias, clorofila-a e fenóis totais, sendo as mesmas discutidas a seguir.

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Page 36: INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de ... · INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza DIAGNÓSTICO

DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 27

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47

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mg.

L-1)

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mg.

L-1)

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pH

> 8

,5.

E6

E7

E9

E10

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 28

O pH das águas da região de estudo esteve fora do limite estabelecido pela Resolução

CONAMA 357/05, entre 6,0 e 9,0, para rios de Classe 2, somente na estação E6 (reservatório,

proximidade da barragem), no mês de novembro/12. Apesar de que nos demais meses e estações, os

valores registrados estiveram dentro do limite, vale registrar valor também elevado na estação E10

(rio Barra Grande, reservatório de Mauá), também no mês de novembro/12, com valor de 9,0.

Coliformes termotolerantes ultrapassaram o limite estabelecido pela Resolução CONAMA

357/05, para rios de Classe 2 (≤ 1.000 NMP.100mL-1), nas estações E1, E2, E3 e E7. Nas estações E1 e

E2, localizadas a montante e no início do reservatório, estes desacordos variaram entre

2.500 NMP.100mL-1 (E1) e 5.800 NMP.100mL-1 (E2) e foram registrados somente no mês de

novembro/12. Nas estações E3 (rio Embauzinho) e E7 (rio Tibagi a jusante da casa de força), os

desacordos foram registrados em outubro/12, com valores de 7.900 NMP.100mL-1 (E3) e

3.300 NMP.100mL-1 (E7). A presença de coliformes termotolerantes, neste caso medidos em

concentração de Escherichia coli, é indicativo de contaminação das águas em estudo por material de

origem fecal, uma vez que estas bactérias são exclusivas do trato intestinal de animais de sangue

quente. A ocorrência de concentrações elevadas de coliformes termotolerantes pode inviabilizar os

usos múltiplos da água, conforme preconizado pela Resolução CONAMA 357/05.

Fenóis totais vêm sendo avaliados na estação E2, localizada a jusante da cidade de Telêmaco

Borba e também da indústria Klabin Papel & Celulose. Desde o início do monitoramento da Fase Rio, e

também na atual Fase Reservatório, as concentrações medidas na estação E2 estão acima do limite

máximo de 0,003 mg.L-1, estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05. No presente período de

monitoramento, de outubro/12 a dezembro/12, os valores registrados estiveram até 20 vezes acima

do limite, chegando à concentração de 0,06 mg.L-1, no mês de outubro/12. No trimestre de

monitoramento anterior, o valor registrado no mês de julho foi 45 vezes superior ao limite. Nas águas

naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos. Nas águas tratadas, os

fenóis reagem com o cloro livre formando os clorofenóis que produzem sabor e odor na água

(CETESB, 2009).

Segundo Yabe e colaboradores (2000), os fenóis e seus derivados aparecem nas águas naturais

através das descargas de efluentes industriais. Podem também ser encontrados em pequenas

concentrações em águas superficiais por serem constituintes das plantas, podendo também ser

formados durante os processos de humificação no solo, além de serem liberados para o ambiente

pela degradação de pesticidas com estrutura fenólica. Também, indústrias de processamento da

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borracha, colas e adesivos, resinas impregnantes, componentes elétricos (plásticos) e as siderúrgicas,

entre outras, são responsáveis pela presença de fenóis nas águas naturais. Os fenóis são encontrados

também em efluentes de indústrias que não tem como base principal de produção o fenol ou seus

derivados. Exemplos de indústrias que tem fenóis em seus efluentes são a de papel e celulose, têxtil,

cerâmica, mineradoras de carvão, coquerias entre tantas outras (BARBOSA et al., 1994 citado por

CESCONETTO-NETO, 2002).

Para a avaliação do fósforo total (Figura 18), de acordo com a Resolução CONAMA 357/05, o

reservatório de Mauá (estações E2, E4, E6 e E10) foi classificado como ambiente lêntico, em função

do seu tempo de residência, que é superior a 40 dias (cerca de 88 dias). Para esta situação, o limite do

fósforo para a Classe 2 (0,030 mg.L-1) foi ultrapassado nas estações E4 e E10. Na estação E4 (porção

média do reservatório), o limite foi ultrapassado no mês de novembro/12, com concentração de

0,032 mg.L-1. Na estação E10, localizada no rio Barra Grande, no reservatório da UHE Mauá, o

desacordo ocorreu no mês de outubro/12, quando a concentração de 0,035 mg.L-1 foi registrada. Na

estação de reservatório E6, os valores observados não ultrapassaram o limite, no entanto, atingiram o

limite (0,030 mg.L-1) no período monitorado.

Figura 18 – Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo.

Ainda com relação ao fósforo total, as estações E1, E2 e E3 classificadas como tributários

diretos de ambiente lênticos tem seu limite de concentração de fósforo em 0,05 mg.L-1. Este limite foi

ultrapassado também na estação E1, a montante do reservatório e da cidade de Telêmaco Borba, nos

meses de novembro/12 (0,080 mg.L-1) e dezembro/12 (0,059 mg.L-1). A estação E2, localizada a

0,000

0,010

0,020

0,030

0,040

0,050

0,060

0,070

0,080

0,090

0,100

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Fósf

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To

tal (

mg.

L-1

)

Fósforo Total (mg.L -1)

out/12 nov/12 dez/12

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 30

montante do reservatório, a jusante do município de Telêmaco Borba e da Indústria Klabin

apresentou desacordos em todos os meses de monitoramento, com concentrações que variaram

entre 0,051 mg.L-1 e 0,094 mg.L-1. Estas situações vêm sendo registradas ao longo do monitoramento

e aportes de fósforo podem contribuir para processos de eutrofização no reservatório. Nas estações

E9 e E7, classificadas como ambientes lóticos (0,100 mg.L-1), não foram registrados desacordos.

Assim como registrado no relatório anterior, também se observa que as estações E1

(montante) e E2 (jusante de Telêmaco Borba) são aquelas onde são registradas as concentrações mais

elevadas de fósforo total (Figura 18).

No intuito de contribuir com o diagnóstico de nutrientes que influenciam o estabelecimento

da comunidade fitoplanctônica, o comportamento espacial e temporal da variável nitrogênio total foi

ilustrado na Figura 19. Valores elevados de nitrogênio total foram observados na região de estudo,

especialmente nas estações do início do reservatório (E1, E2), bem como dos tributários (E3 e E10).

No trimestre anterior, os valores já haviam sido considerados elevados, quando concentrações ao

redor de 4,0 mg.L-1 foram registradas. No presente trimestre de monitoramento, valores

expressivamente mais elevados foram registrados em novembro/12, e em menor grau em

dezembro/12. Em novembro/12, concentrações altas foram observadas em todas as estações, com

exceção de E7 (2,4 mg.L-1), variando nestes locais entre 3,1 mg.L-1 e 8,0 mg.L-1. No mês de

dezembro/12, valores altos foram registrados nas estações E1, E2, E3, E4 e E7, variando entre

3,2 mg.L-1 e 4,6 mg.L-1.

Figura 19 – Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo.

Nitrogênio Total (mg.L-1

)

0,00

1,00

2,00

3,00

4,00

5,00

6,00

7,00

8,00

9,00

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Nit

rogê

nio

To

tal (

mg.

L-1)

out/12 nov/12 dez/12

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Apesar do nitrogênio não ser o fator limitante ao crescimento da comunidade fitoplanctônica

no reservatório de Mauá, trata-se de um macronutriente que influencia o crescimento dos produtores

primários, e pode contribuir para o estabelecimento de processos de eutrofização. A avaliação do

nutriente limitante é feita através da análise da relação molar nitrogênio/fósforo (N/P). Segundo

Jorgensen & Vollenweider (1989), quando o resultado desta relação é um número superior a 12, o

fator limitante é o fósforo, e quando o valor está entre 7 e 12, o fator limitante é o nitrogênio (Tabela

8 e Tabela 9).

Os valores registrados para DBO estiveram dentro do limite de 5,0 mg.L-1, constante na

Resolução CONAMA 357/05. Assim como no trimestre anterior de monitoramento, a concentração

mais elevada registrada ocorreu na estação E10, no mês de novembro/12, de 4,78 mg.L-1.

Com relação ao oxigênio dissolvido, não foram registrados desacordos com relação às

concentrações de superfície, legisladas pela Resolução CONAMA 357/05. Nesta situação, o limite

mínimo é de 5,0 mg.L-1. No entanto, na avaliação do perfil vertical (a ser detalhada em item posterior

- 3.1.1.4) das estações E4, E6 e E10, foi registrada anóxia no reservatório.

A comunidade fitoplanctônica, avaliada através da densidade de cianobactérias e a

concentração de clorofila-a, também são legisladas pela Resolução CONAMA 357/05. Em ambientes

de Classe 2, o limite máximo para a densidade de cianobactérias é de 50.000 cél.mL-1 e para a

clorofila, de 30 µg.L-1. No mês de outubro foram registradas concentrações de cianobactérias que

ultrapassaram 100.000 cél.mL-1, tanto na estação E1, quando na estação E2, demonstrando

contribuições de montante ao reservatório. Também a clorofila-a foi observada em valores acima do

limite máximo da Resolução nos meses de outubro (E1 e E2), novembro/12 (E10) e dezembro/12 (E4).

Pela especificidade do grupo, estas variáveis foram tratadas em detalhes em item a parte (3.1.2).

3.1.1.1 Índice de Qualidade de Água – IQA

Os índices de qualidade das águas (Figura 20) indicam uma classificação para a qualidade dos

corpos hídricos a partir da integração de variáveis de qualidade específicas, de acordo com os

múltiplos usos desse recurso (CETESB, 2009).

Os valores de IQA, no período avaliado, estiveram entre 60 e 91, indicando águas de boa e

ótima qualidade, segundo critérios da CETESB, desde que não apresentem qualquer grau de

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toxicidade. Cabe salientar que este índice apresenta algumas limitações, entre elas a de considerar

apenas a sua utilização para o abastecimento público.

Temporalmente observa-se que os valores observados foram mais baixos no mês de

novembro/12 e, espacialmente, também mais baixos nas estações de montante (E1, E2 e E3), assim

como registrado no trimestre anterior.

Figura 20 – Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo.

3.1.1.2 Índice de Estado Trófico – IET

O Índice de Estado Trófico (IET) tem por finalidade classificar os corpos d’água em diferentes

graus de trofia (Figura 21). Assim, o IET avalia a qualidade da água quanto ao enriquecimento por

nutrientes e seu efeito relacionado ao crescimento excessivo de cianobactérias, algas e macrófitas

aquáticas. O Índice de Estado Trófico foi calculado com base nos valores de Fósforo Total e Clorofila-a

obtidos para as estações de monitoramento.

Para as estações E1, E2, E3, E7 e E9, foi utilizada a fórmula específica para rios, sendo que para

as estações E4, E6 e E10 foi aplicada a fórmula do IET para reservatórios (LAMPARELLI, 2004).

Valores mais elevados de IET, que indicam águas mais enriquecidas por nutrientes, foram

registrados nas estações E1, E2, E4, E6 e E10, sendo o índice mais elevado registrado para as estações

E1 e E2, no mês de outubro/12. Ressalta-se que as estações de reservatório indicaram valores mais

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

IQA

out/12 nov/12 dez/12

Péssim

aR

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Aceit.

Boa

Óti

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elevados de IET em relação às estações de rio, por ser mais restritiva a situação encontrada em um

reservatório, refletido nas fórmulas de cálculo do índice (Tabela 10).

Tabela 10 – Resultados do IET por estação de amostragem.

Campanha E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Outubro/12 Hipereutrófico Hipereutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico

Novembro/12 Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico

Dezembro/12 Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico

Média Período

Supereutrófico Eutrófico Mesotrófico Eutrófico Eutrófico Mesotrófico Mesotrófico Eutrófico

Figura 21 – Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo.

3.1.1.3 Índice de Qualidade de Água de Reservatórios – IQAR

Algumas variáveis limnológicas foram analisadas em duas estações no reservatório, E6 e E10,

em duas profundidades ou três profundidades, com objetivo do cálculo do IQAR. Os resultados

analíticos relativos à estação E6 encontram‐se na Tabela 11 .

Os valores calculados a partir das médias dos meses dos meses de outubro/12, novembro/12 e

dezembro/12, para as estações E6 e E10 para o Índice de Qualidade de Água de Reservatórios

resultaram nos valores de 3,53 e 4,13, respectivamente.

Para a estação E6, o valor calculado classifica as águas do reservatório daquela porção do

Mauá como moderadamente degradadas, de acordo com critérios do IAP (2009). Segundo a

metodologia do IAP (2009), reservatórios como este são incluídos na Classe III e caracterizam‐se por

IET - Fase Resevatório

0

10

20

30

40

50

60

70

80

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

out/12 nov/12 dez/12

Ultraoligotrófico

M esotrófico

Eutrófico

Supereutrófico

Hipereutrófico

Oligotrófico

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apresentar déficit considerável de OD na coluna de água, médio aporte de nutrientes e matéria

orgânica, grande variedade e/ou densidade de algumas espécies de algas e tendência moderada à

eutrofização. A qualidade de água é regular/aceitável.

Tabela 11 – Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E6, em diferentes profundidades.

Para a estação E10 (Tabela 12), o resultado do índice, de 4,13, classificou a porção do

reservatório referente ao braço do rio Barra Grande como um ambiente criticamente degradado a

poluído. Segundo a metodologia do IAP (2009), reservatórios como este são incluídos na Classe IV e

apresentam entrada de matéria orgânica capaz de produzir uma depleção crítica nos teores de

oxigênio dissolvidos na coluna de água, aporte considerável de nutrientes, alta tendência à

eutrofização, ocasionalmente desenvolvimento maciço de populações de algas, ocorrência de

reciclagem de nutrientes, baixa transparência da água associada à alta turbidez biogênica. A partir

desta classe é possível a ocorrência de mortandade de peixes em determinados períodos de déficit de

oxigênio dissolvido. A qualidade da água é crítica/ruim.

Para a estação E6, os fatores que mais influenciaram o valor do índice foram o déficit de

oxigênio na coluna de água (95,7% em dezembro/12) e a concentração de clorofila-a (19,19 µg.L-1 em

novembro/12). Na estação E10, as variáveis influenciadoras foram o déficit de oxigênio dissolvido

Limites*

Data da coleta -

Profundidade - Prof. I Prof. I I Prof. I I I Prof. I Prof. I I Prof. I I I Prof. I Prof. I I Prof. I I I

Prof. de Coleta (m) - 1,00 19,78 20,50 0,54 28,50 29,50 1,03 31,85 31,00

T água (°C) - 22,8 16,6 16,6 27,7 16,5 16,4 28,1 16,1 16,2

OD (mg.L-1) ≥ 5,00 6,72 0,14 0,14 11,50 0,00 0,00 5,65 0,00 0,00

P Total (mg.L-1) 0,03 0,030 0,019 0,034 0,030 0,034 0,032 0,023 0,044 0,043

N Total (mg.L-1) ** 1,00 2,30 2,70 3,10 2,50 2,70 1,20 1,60 1,80

N-NH3 (mg.L-1) *** 0,09 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08

N-Nitrito(mg.L-1) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

N-Nitrato (mg.L-1) 10 0,06 0,25 0,18 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

N Total Inorgânico(mg.L-1) - 0,18 0,36 0,29 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14 0,14

DBO (mgO2. L-1) < 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,89 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00

DQO (mg.L-1

) - 8,50 10,05 7,54 11,05 6,03 9,04 10,55 6,53 4,02

Clorofila-a (μg.L-1

) 30 11,40 19,19 8,68

Fitoplâncton (cel.mL-1

) - 32.170 330 33.696 299 6.219 80

Cianobactérias (cel.mL-1) 50.000 0 29 6.454 96 0 32

Cianobactérias potencialmente tóxicas (cel.mL-1) - 0 29 0 0 0 0

Nível Médio do Reservatório (m)

Média Deficit OD da coluna d´água (%) -

Disco de Secchi (m) -

Profundidade Média (m) -

Profundidade Máx. (m) -

Tempo de Residência (dias) -

IQAR Parcial -

IQAR Trimestral - Classe III

Reservatório de Mauá - Estação E6

1,0

**Ambientes lênticos: < 1,27mg.L-1 e ambientes lóticos: < 2,18mg.L-1; quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.

24/10/12 21/11/12

3,59

* Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2

3,71 3,28

3,53 Moderadamente Degradado

25,50

1,9

*** 3,7mg/L em águas de pH ≤ 7,5; 2,0mg/L em águas de pH entre 7,5 e 8,0; 1,0mg/L em águas de pH entre 8,0 e 8,5; 0,5mg/L em águas de pH> 8,5

88

12/12/12

77,50

628 632 631

1,9

81,36 91,71 95,70

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 35

(91,23% em dezembro/12), a concentração de clorofila-a (32,10 µg.L-1 em novembro/12), a média da

concentração de fósforo e de nitrogênio inorgânico, além da DQO.

Tabela 12 – Resultados analíticos de qualidade de água do reservatório da UHE Mauá, estação E10, em diferentes profundidades.

3.1.1.4 Perfis de Temperatura e Oxigênio Dissolvido

As medidas de temperatura e oxigênio dissolvido foram realizadas com o intuito do

estabelecimento dos padrões de circulação em diferentes regiões do reservatório. Neste sentido,

estas variáveis são avaliadas metro a metro nas estações E4 (porção média do reservatório), E6

(porção lacustre próximo à barragem) e E10 (porção alagada do rio Barra Grande). No período

monitorado, as profundidades totais observadas em cada estação de amostragem variaram,

especialmente em função de se tratar do período de enchimento do reservatório, onde o nível está

em contínua alteração e também em função dos acessos aos locais de amostragem, que se alteram de

um mês para outro, em função de alterações nas margens do corpo hídrico. Estas profundidades

estão indicadas na Tabela 13.

Limites*

Data da coleta -

Profundidade - Prof. I Prof. I I Prof. I I I Prof. I Prof. I I Prof. I I I Prof. I Prof. I I Prof. I I I

Prof. de Coleta (m) - 0,84 14,32 16,00 0,43 25,70 29,50 0,97 26,20 25,50

T água (°C) - 23,6 18,2 17,5 26,4 17,1 16,5 28,2 17,3 17,6

OD (mg.L-1) ≥ 5,00 5,74 0,16 0,16 9,45 0,06 0,06 7,84 0,00 0,00

P Total (mg.L-1) 0,03 0,035 0,034 0,043 < 0,010 0,121 0,119 0,029 0,160 0,189

N Total (mg.L-1) ** 1,00 1,60 1,40 6,50 4,30 5,50 2,00 3,40 3,40

N-NH3 (mg.L-1) *** < 0,08 0,21 0,26 < 0,08 0,63 0,61 < 0,08 1,39 < 0,08

N-Nitrito(mg.L-1) 1,00 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

N-Nitrato (mg.L-1) 10 < 0,03 < 0,03 < 0,03 0,04 0,06 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03

N Total Inorgânico(mg.L-1) - 0,14 0,27 0,32 0,15 0,72 0,67 0,14 1,45 0,14

DBO (mgO2. L-1) < 5,00 1,88 < 1,00 1,49 4,78 10,08 10,96 4,28 < 1,00 < 1,00

DQO (mg.L-1

) - 14,54 14,04 12,54 27,36 24,87 23,38 17,59 14,57 7,03

Clorofila-a (μg.L-1

) 30 16,90 32,10 14,93

Fitoplâncton (cel.mL-1

) - 8.883 819 116.971 150 15.803 1.586

Cianobactérias (cel.mL-1) 50.000 0 0 21.785 0 8.247 0

Cianobactérias potencialmente tóxicas (cel.mL-1) - 0 0 523 0 0 0

Nível Médio do Reservatório (m)

Média Deficit OD da coluna d´água (%) -

Disco de Secchi (m) -

Profundidade Média (m) -

Profundidade Máx. (m) -

Tempo de Residência (dias) -

IQAR Parcial -

IQAR Trimestral - Classe IV

**Ambientes lênticos: < 1,27mg.L-1 e ambientes lóticos: < 2,18mg.L-1; quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.

*** 3,7mg/L em águas de pH ≤ 7,5; 2,0mg/L em águas de pH entre 7,5 e 8,0; 1,0mg/L em águas de pH entre 8,0 e 8,5; 0,5mg/L em águas de pH> 8,5

* Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2

Reservatório de Mauá - Estação E10

23/10/12 20/11/12 12/12/12

4,13

25,50

1,6 0,8 1,8

77,50

88

Criticamente Degradado à Poluído

3,63 4,46

82,35 88,73 91,23

628 632 631

4,31

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 36

Tabela 13 – Profundidades Máximas medidas nas estações de amostragem do reservatório da UHE Mauá, ao longo do monitoramento (enchimento).

Estação Data Profundidade

E4

24/10/12 30 m

21/11/12 37 m

13/12/12 45 m

E6

24/10/12 30 m

21/11/12 54 m

12/12/12 58 m

E10

23/10/12 24 m

20/11/12 49 m

12/12/12 47 m

No presente trimestre de monitoramento, as três estações avaliadas apresentaram

estratificação térmica e química, com hipóxia ou anóxia de fundo.

Na estação E4 (Figura 22), a estratificação do reservatório inicia-se próximo à superfície. No

mês de outubro/12, há perda de mais de 4oC, nos primeiros 4 metros e perda gradativa de

temperatura em direção ao fundo, caracterizando a estratificação térmica. Em relação ao oxigênio

dissolvido, há perda de quase 4 mg.L-1, também nos primeiros 4 metros, e mais significativamente em

relação ao fundo do reservatório, naquela estação. Em 7 metros, há o registro de hipóxia

hipolimnética, com concentração de 2,5 mg.L-1. A partir de 18 metros as concentrações são inferiores

a 1,0 mg.L-1, chegando a 0,3mg.L-1 na região de fundo.

No mês de novembro/12, observam-se duas camadas distintas de estratificação no

reservatório, na estação E4, uma estabelecida nos primeiros três metros, com perda de mais de 3oC, e

outra em, aproximadamente 18 metros de profundidade, com nova perda de mais de 4oC, em menos

de 1 m. O perfil químico também acompanhou o perfil térmico, apresentando-se estratificado, com

anóxia de fundo, a partir de 17 m de profundidade.

No mês de dezembro/12, verifica-se pequena circulação nos primeiros 3 a 4 metros, com forte

estratificação térmica e de oxigênio dissolvido a partir desta profundidade. A termoclina pode ser

observada a partir de três metros, com perda gradativa de temperatura da superfície em relação ao

fundo. Com relação às concentrações de oxigênio dissolvido, registra-se hipóxia hipolimética em 6 m

(OD = 2,4 mg.L-1). A partir desta profundidade as concentrações de OD caem fortemente, com

concentração de 0,7 mg.L-1 em 7 m e anóxia a partir de 8 m.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 37

Figura 22 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E4 .

Na estação E6 (Figura 23), bons nível de oxigenação de superfície foram observados nos três

eventos de amostragem. No mês de outubro/12, ocorreu circulação da camada superficial, até,

aproximadamente 5 m. A partir desta profundidade observou-se estratificação térmica e de oxigênio

dissolvido, com hipóxia estabelecida em 6 m (2,1 mg.L-1) e oxiclina iniciada em 7 m. A partir desta

profundidade, as concentrações de oxigênio variaram entre 0,6 mg.L-1 e 0,1 mg.L-1 até o fundo do

reservatório, naquela estação de monitoramento.

Nos meses de novembro/12 e dezembro/12, os perfis observados foram semelhantes, com

estratificação térmica e química desde a superfície e anóxia a partir de 4 m (dezembro/12) e 5 m

(novembro/12). Em ambos os meses, o perfil de temperatura mostrou-se estratificado com perda

significativa e contínua de temperatura da superfície em relação ao fundo.

24 de outubro de 2012

secchi0

8

16

24

32

40

48

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

28

m

21 de novembro de 2012

secchi0

8

16

24

32

40

48

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16

oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

32

m

13 de dezembro de 2012

secchi0

8

16

24

32

40

48

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

31

m

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 38

Figura 23 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E6.

Na estação E10 (Figura 23), o comportamento observado dos perfis verticais de oxigênio e

temperatura foram semelhantes aos descritos para a estação E6. Bons níveis de oxigenação de

superfície foram observados nos três eventos de amostragem. No mês de outubro/12, ocorreu

circulação da camada superficial, mas somente nos 3 primeiros metros. Na sequência, observou-se

estratificação, tanto térmica quanto química, a partir de 4 m de profundidade. A partir desta

profundidade, as concentrações de oxigênio variaram entre 2,8 mg.L-1 e 0,1 mg.L-1 até o fundo do

reservatório, naquela estação de monitoramento.

Nos meses de novembro/12 e dezembro/12, os perfis observados também foram semelhantes

entre si, com estratificação térmica e química desde a superfície, hipóxia registrada a partir de 7 m

(novembro/12) e 4 m (dezembro/12) e anóxia a partir de 11 m (dezembro/12) e 18 m (novembro/12).

Em ambos os meses, o perfil de temperatura mostrou-se estratificado com perda significativa e

contínua de temperatura da superfície em relação ao fundo.

24 de outubro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

60

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N.m

= 6

28

m

21 de novembro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

60

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

32

m

12 de dezembro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

60

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

31

m

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 39

Figura 24 – Perfis verticais de Temperatura e Oxigênio Dissolvido na estação E10.

23 de outubro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N.m

= 6

28

m

20 de novembro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

15 17 19 21 23 25 27 29 31

temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

32

m

12 de dezembro de 2012

secchi0

10

20

30

40

50

15 17 19 21 23 25 27 29 31temperatura (°C)

pro

fun

did

ade

(m

)

0 2 4 6 8 10 12 14 16oxigênio dissolvido (mg.L-1)

N. m

= 6

31

m

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 40

3.1.2 Monitoramento da Comunidade Fitoplanctônica

A comunidade fitoplanctônica foi representada pelas seguintes classes de algas:

Cyanophyceae, Chlorophyceae, Prasinophyceae, Chlamydophyceae, Zygnemaphyceae,

Bacillariophyceae, Cryptophyceae, Chrysophyceae, Euglenophyceae, Dinophyceae e Xanthophyceae.

Espécies, representando as diferentes classes, encontram-se ilustradas a seguir (Figura 25 e Figura

26).

Figura 25 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá.

Cyanophyceae

Aphanocapsa delicatissima

Aphanocapsa incerta

Aphanocapsa holsatica

Microcystis aeroginosa

Coelomoron sp.

Chroococcus sp.1

Chroococcus sp.2

Dolichospermum sp.2

Merismopedia tenuissima

Merismopedia trolleri

Dinophyceae

Cylindrospermopsis

raciborskii

Dolichospermum

planctonicum

Pseudoanabaena mucicola

Peridinium wisconsinense

Peridinium sp.9

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae

Chlamydomonas sp.2

Chlamydonephris

pommiformis

Chlorogonium fusiforme

Volvox sp.

Mougeotia sp.1

Prasinophyceae Cryptophyceae

Pedinomonas sp.

Nephroselmis sp.

Cryptomonas brasiliensis

Cryptomonas sp.2

Rhodomonas lacustris

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A comunidade fitoplanctônica ao longo do rio Tibagi foi analisada em estudos prévios, com

registro de 139 e 170 algas, respectivamente na fase rio (LACTEC, 2011) e nos primeiros três meses de

monitoramento da fase reservatório (LACTEC, 2012), predominando as Bacillariophyceae

(diatomáceas) e as Chlorophyceae (algas verdes).

Figura 26 - Representantes do fitoplâncton no rio Tibagi e afluentes, na região do empreendimento UHE Mauá.

Estudos desenvolvidos por Bittencourt-Oliveira (2002), baseada em amostras coletadas no ano

de 1990 e 1991, nas quais se registraram 202 táxons de microalgas em amostras coletadas com rede.

Chlorophyceae

Characium sp.

Nephrochlamys subsolitaria

Dyctiosphaerium pulchellum

Micractinium pusillum

Diplochloris lunata

Coronastrum sp.

Coronastrum sp.

Diplochloris raphidioides

Eutetramorus fottii

Eutetramorus sp.

Xanthophyceae

Desmodesmus acuminatus

Desmodesmus sp.38

Desmodesmus sp.40

Pediastrum duplex

Tetraëdriella jovetii

Bacillariophyceae

Urosolenia longiseta

Urosolenia eriensis

Aulacoseira pusilla

Aulacoseira granulata var.

australiensis

Discostella stelligera

Euglenophyceae Chrysophyceae

Asterionella formosa

Trachelomonas sp.2

Kephyrion sp.2

Chromulina gyrans

Chrysophyceae sp.6

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 42

Segundo Round (1979), diatomáceas e clorofíceas cocóides tendem a ser as algas mais comuns em

ambientes límnicos, pois necessitam de pouca turbulência para completarem seu ciclo de vida.

Bittencourt-Oliveira (2002), analisando amostras do rio Tibagi, encontrou predominância de

48,5% de Zygnemaphyceae, 25% de Bacillariophyceae e 10% de Chlorophyceae.

Estudos quantitativos do fitoplâncton e estimativas da clorofila-a (Figura 27, Figura 28 e Figura

29) foram realizados e apresentaram boa correlação p = 0,88 (outubro/12); p = 0,96 (novembro/12) e

p = 0,98 (dezembro/12). O valor médio referente à quantificação de clorofila-a (12,6 µg.L-1) foi

relativamente mais elevado do que o obtido na fase rio do empreendimento (1,0 µg.L-1), e

semelhante ao encontrado no trimestre anterior julho/agosto/setembro de 2012 (13,8 µg.L-1). Estes

valores, superiores aos da fase rio do empreendimento, eram esperados, pois ambientes mais lênticos

facilitam o crescimento de algas.

As densidades celulares médias dos períodos entre julho/12 e setembro/12 (18.686 cél.mL-1) e

outubro/12 a dezembro/12 (26.098 cél.mL-1), também foram bem superiores à da fase rio de

monitoramento (894 cél.mL-1). No trimestre foco deste relatório, os valores foram mais elevados em

outubro/12 (média 45.375 cél.mL-1) e em novembro/12 (21.491 cél.mL-1), sendo inferior em

dezembro/12 (11.426 cél.mL-1). Os valores correspondem ao esperado para ambientes límnicos, onde

as algas encontram maior facilidade de sobrevivência pela menor turbulência e turbidez das águas

(TUNDISI & TUNDISI, 2005) (Figura 27).

Figura 27 - Contribuição mensal das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12.

0

15.000

30.000

45.000

60.000

75.000

90.000

105.000

120.000

135.000

150.000

Outubro Novembro Dezembro

cél.

mL-1

Densidade celular do Fitoplâncton - trimestral

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

0

10

20

30

40

50

Outubro Novembro Dezembro

µg

.L-1

Clorofila-a - trimestral

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 43

As classes que predominaram em outubro/12 foram Cyanophyceae e Chlorophyceae. As

estações localizadas no rio Tibagi apresentaram elevada biomassa algal (densidades acima de 50.000

cél.mL-1 e clorofila-a de 30 µg.L-1) neste mês, pela abundância de cianobactérias coloniais, tais como:

Aphanocapsa spp., Merismopedia spp. e Coelomoron sp. (estações E1 e E2), e de Microcystis

aeruginosa e Pseudanabaena mucicola (estação E4). A clorofícea Eutetramorus spp foi representativa

nas demais estações de coleta, destacando-se que em E6 registraram-se cerca de 30.000 cél.mL-1

(Figura 28).

Figura 28 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12.

Em novembro/12, as Zygnemaphyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae foram representativas

(Figura 29). A alga verde Mougeotia, uma Zygnemaphyceae filamentosa, de biomassa elevada, foi

proporcionalmente representativa nas estações E1, E2, E4, em novembro/12. Este grupo de algas

apresenta afinidade com águas de pH mais baixo (Figura 29). Em E6, detectou-se a Chlamydophyceae

Vovox sp, espécie cenobial móvel (13.892 cél.mL-1), que juntamento com Eutetramorus e

Aphanocapsa delicatissima totalizaram 98,5% do total do fitoplâncton (33.969 cél.mL-1). A clorofícea

colonial Eutetramorus fottii foi a responsável pela floração, na estação E10, e pela elevação da

densidade celular registrada na estação E6, que correspondem, respectivamente aos rios Barra

Grande e Tibagi (próximo ao eixo da barragem) (Figura 29).

Em dezembro/12, proporcionalmente, também predominaram espécies das classes

Zygnemaphyceae, Chlorophyceae e Cyanophyceae (Figura 29). Novamente, foi Mougeotia a

responsável pela densidade mais alta na estação E4 (58.246 ind.mL-1) no mês. Em E10, Aphanocapsa

delicatissima e Eutetramorus sp. perfizeram 94,5% do total de algas do plâcton (15.803 cél.mL-1).

0

10

20

30

40

50

0

25.000

50.000

75.000

100.000

125.000

µg

.L-1

cél.

mL-

1

Outubro 2012

Densidade Celular Clorofila

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Outubro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Novembro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0

5

10

15

20

25

30

35

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

µg

.L-1

cél.

mL

-1

Novembro 2012

Densidade Celular Clorofila

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Dezembro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0

5

10

15

20

25

30

35

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

µg

.L-1

cél.

mL

-1

Dezembro 2012

Densidade Celular Clorofila

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 44

Figura 29 - Contribuição percentual das classes do fitoplâncton, dos valores de densidades celulares e da clorofila-a, por estação de coleta, no período entre outubro/12 e dezembro/12.

Registros de cianobactérias potencialmente tóxicas constam na Tabela 14. Microcystis

aeruginosa foi a cianobactéria que ocorreu em maior densidade (13.665 cél.mL-1), mas abaixo dos

valores considerados floração (50.000 cél.mL-1).

Tabela 14 - Ocorrência de cianobactérias (cél.mL-1) potencialmente tóxicas no reservatório de Mauá, no período entre outubro/12 e dezembro/12.

Espécie Outubro/12 Novembro/12 Dezembro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E9 E10 E4

Dolichospermum planctonicum 0 0 0 972 0 0 0 0

Dolichospermum solitarium 0 0 0 0 0 0 295 0

Dolichospermum sp. 2.134 3.336 0 0 0 0 0 0

Microcystis aeruginosa 0 0 0 13.665 0 0 0 0

Cylindrospermopsis raciborskii 0 0 230 0 0 0 228 1.673

Phormidium sp. 0 0 0 0 0 116 0 0

Pseudanabena sp. 0 0 0 0 29 0 0 0

0

10

20

30

40

50

0

25.000

50.000

75.000

100.000

125.000

µg

.L-1

cél.

mL-

1

Outubro 2012

Densidade Celular Clorofila

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Outubro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Novembro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0

5

10

15

20

25

30

35

0

20.000

40.000

60.000

80.000

100.000

120.000

µg

.L-1

cél.

mL

-1

Novembro 2012

Densidade Celular Clorofila

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E1 E2 E4 E6 E7 E9 E3 E10

Dezembro 2012

Cyanophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae

Chlamydophyceae Zygnemaphyceae Bacillariophyceae

Cryptophyceae Chrysophyceae Outros

0

5

10

15

20

25

30

35

0

10.000

20.000

30.000

40.000

50.000

60.000

µg

.L-1

cél.

mL

-1

Dezembro 2012

Densidade Celular Clorofila

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3.1.2.1 Comentários sobre as algas que ocorreram em maiores densidades ou que se caracterizam pela

potencialidade tóxica.

Espécies do gênero Microcystis, presentes em novembro/12 (particularmente, na estação E4,

com densidade de 13.665 cél.mL-1), são potencialmente produtoras de microcistina, substância

hepatotóxica que pode provocar necrose dos hepatócitos ou aparecimento de tumores no fígado

(bioensaios). A toxicidade varia de espécie para espécie, ou seja, dentro dos gêneros podem ocorrer

cepas produtoras e não produtoras de toxinas, dependendo da dinâmica populacional e competição

entre as populações, ou da presença de estressores ambientais. As cianobactérias apresentam

elevada capacidade adaptativa aos mais diversos ambientes, sendo consideradas excelentes

colonizadoras ambientais. Os mecanismos que favorecem sua dominância em sistemas aquáticos

eutrofizados são as habilidades de armazenamento do fósforo e de migração na coluna d´água. A

presença de aerótopos nas células de Microcystis spp. possibilita melhor posicionamento na zona

eufótica e proteção contra a fotoinibição, quando as colônias encontram-se na superfície da coluna

d´água. Conseqüentemente, as estratégias altamente competitivas da cianobactéria passam a inibir o

aparecimento de outras algas planctônicas. Outros fatores que contribuem para a ocorrência de

florações de cianofíceas são as temperaturas da água acima de 20°C, a possibilidade de estes

organismos realizarem fotossíntese em profundidades com menor luminosidade, em não

constituírem o alimento prefencial do zooplâncton e maior competitividade quando o pH do

ecossistema é elevado e há baixa disponibilidade de CO2 (CALIJURI et al., 2006).

Cylindrospermopsis raciborskii, cianobactéria potencial produtoras de toxinas, foi detectada

nas amostras coletadas durante o trimestre, mas em baixa densidade. A ocorrência da espécie já

havia sido reportada em coletas anteriores, com certa frequência.

Cylindrospermopsis raciborskii é uma espécie potencialmente tóxica freqüente em sistemas

límnicos brasileiros eutrofizados. Várias cepas produtoras de saxitoxinas e neosaxitoxinas já foram

identificadas no país. Estas neurotoxinas estão entre as mais potentes já analisadas (SANT´ANNA et

al., 2008; CALIJURI et al., 2006; BOUVY et al., 2000). A ocorrência de florações de Cylindrospermopsis

raciborskii tem sido constantemente relatada em águas superficiais para abastecimento público,

caracterizando sérios problemas às estações de tratamento, riscos à saúde e comprometimento da

qualidade da água (FUNASA, 2003; TUCCI & SANT´ANNA, 2003). Segundo Beyruth & Pereira (2002),

Cylindropermopsis raciborskii foi associada à mortandade de peixes em vários reservatórios paulistas.

Sua permanência nos ambientes está associada às eficazes estratégias de sobrevivência que possuem

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e alta capacidade de adaptação. Estes organismos conseguem migrar na coluna d´água, buscando as

melhores condições de vida, estocando boa quantidade de fósforo em suas células. Desenvolvem-se

bem sob baixa luminosidade e temperaturas mais elevadas. São impalatáveis ao zooplâncton, não

sendo sensíveis à herbivoria, podendo inclusive oferecer certa toxicidade a esta biocenose. Os

tricomas finos e alongados não promovem sombreamento como outras cianobactérias (Microcystis

spp), permitindo a coexistência de outras espécies (TUCCI & SANT´ANNA, 2003).

Há possibilidade de ocorrerem problemas de superpopulação de Cylindrospermopsis

raciborskii no reservatório da UHE Mauá, pois se acredita que, com a instalação da barragem e

consequente diminuição da velocidade das águas do rio, haverá maior concentração de nutrientes,

condições ideais para ocorrência de florações. Salienta-se que, Cylindrospermopsis raciborskii tem

sido registrada em elevadas concentrações nos reservatórios de UHEs instaladas no rio Pitangui (UHE

São Jorge e UHE Pitangui) localizados na bacia do Tibagi, a mesma da UHE Mauá.

O conhecimento das condições que favorecem o desenvolvimento desta espécie,

potencialmente neurotóxica e fortemente competitiva, dará suporte às decisões de manejo no caso

de florações de Cylindrospermopsis.

Alerta-se sobre a ocorrência de Dolichospermum spp., apesar de presentes em baixas

densidades, são frequentes causadoras de florações em reservatórios e potenciais produtoras de

microcistina (hepatotóxica), anatoxina-a (neurotóxica) e saxitoxina (neurotóxica). A anatoxina, em

animais selvagens e domésticos, podem provocar sinais de envenenamento, tais como: desequilíbrio,

contrações musculares desordenadas, respiração ofegante, convulsões e cianose, podendo ocorrer

morte por parada respiratória. A ingestão de saxitoxinas pode ocasionar tontura, adormecimento da

boca e extremidades, fraqueza muscular, náusea, vômito, sede e taquicardia, desaparecendo os

sintomas entre 1 e 6 dias. Mas, em doses letais, pode haver morte em minutos (CALIJURI et al. 2006).

São conhecidas algumas espécies de Pseudoanabaena produzindo microcistinas (hepatotoxinas) e

MIB (Metil-isoborneol), esta última substância atribui forte odor de BHC (Hexaclorociclo-hexano) às

águas (CHORUS & BARTRAM, 1999).

As espécies de cianofíceas Aphanocapsa spp. e Merismopedia sp., da mesma forma que todos

os gêneros de cianobactérias, contêm lipopolissacarídeos (LPS) com efeitos dermatotóxicos na

composição dos envoltórios celulares. Após o contato direto com as dermatotoxinas pode haver

manifestação da seguinte sintomatologia: vermelhidão e lesões na pele, irritação nos olhos,

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conjutivite, urticária, obstrução nasal e asma (CALIJURI et al., 2006), mas não são potencialmente

produtoras de hepatotoxinas ou neurotoxinas.

Eutetramorus fottii, uma clorofícea cocóide colonial com mucilagem, e Mougeotia sp., uma

espécie de alga verde filamentosa, de elevada biomassa, foram registradas em elevadas densidades

no trimestre. Refletem as condições moderadamente degradadas das águas, que possuem maior

disponibilidade de nutrientes. Florações de algas verdes, apesar de não serem potencialmente

tóxicas, podem ser nocivas, pois causam entupimento de filtros, alteração no odor e no sabor da água

tratada e dificultam a sobrevivência dos demais grupos fitoplanctônicos (YUNES et al., 2005).

3.1.3 Monitoramento da Comunidade Zooplanctônica

O represamento de um rio resulta em grandes transformações nas comunidades biológicas a

jusante e montante da barragem. Segundo Thornton (1990) os reservatórios possuem características

espaciais bem definidas, apresentando geralmente uma sequência longitudinal onde predominam

zonas fluviais, zonas de transição e zonas lacustres. As interações que ocorrem entre o fluxo do rio, a

bacia do reservatório e a coluna de água conduzem à formação de um gradiente longitudinal (no

corpo central do reservatório) das variáveis abióticas e bióticas (KENNEDY, 1999). Por outro lado,

tributários e canais laterais do rio represado podem contribuir para a formação de um gradiente

lateral (WARD, 1989; VAN DEN BRINK et al., 1994).

O zooplâncton nestes ecossistemas artificiais responde a essas interações apresentando um

gradiente longitudinal e lateral, onde são esperadas maiores densidades nas zonas de transição entre

o rio principal e reservatório e entre tributários e reservatório (zonas de remanso) (MARZOLF, 1990).

Ainda, outras funções de força, como alterações climatológicas e o tempo de residência de água,

podem interferir na estrutura e dinâmica dessa comunidade em reservatórios (TUNDISI et al., 2008).

Após a formação do reservatório, a sucessão de espécies zooplanctônicas é evidenciada

durante a colonização. Espécies r estrategistas, como protozoários e rotíferos, são as primeiras a

colonizar o novo ambiente, seguidas por espécies k estrategistas, como copepódes calanóides

(ROCHA et al., 1995). De modo geral, esses organismos são favorecidos nessas condições,

estabelecendo assembléias em um curto período de tempo após o represamento.

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3.1.4.1 Composição e riqueza

Nas 24 amostras analisadas qualitativamente e quantitativamente no trimestre de outubro/12

a dezembro/12, foi identificado um total de 78 táxons, dos quais 51 pertencem aos rotíferos, 17 aos

cladóceros e dez aos copepódes. Entre as 16 Famílias registradas para os rotíferos, Brachionidae (12

táxons), Notommatidae e Trichocercidae (seis táxons) foram as mais representativas. Para os

cladóceros sete Famílias foram registradas, sendo Chydoridae (seis táxons) e Daphniidae (cinco

táxons) as que apresentaram maior riqueza de táxons. Os copepódes registraram duas Famílias

(Cyclopidae e Diaptomidae) com maior número de táxons observado para Cyclopidae.

No mês de outubro/12, os rotíferos mais frequentes nas amostras foram Polyarthra vulgaris

(100%), Kellicottia bostoniensis (75%), Keratella lenzi (75%) e os Bdelloidea (63%). Os cladóceros com

maior ocorrência no período foram Diaphanosoma brevireme com 75%, Bosmina hagamanni e

Ceriodaphnia reticulata com 63%. Para os copepódes da Ordem Cyclopoida, os náuplios ocorreram

em 100 % das amostras e os copepoditos em 88 %, dados similares aos obtidos no trimestre passado.

As espécies mais frequentes foram Microcyclops sp. e Acanthocyclops sp. (Tabela 15).

Tabela 15 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de outubro/2012.

UHE MAUÁ - 2012 Outubro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

ROTIFERA

Brachionidae

Anuraeopsis navicula X 13

Brachionus angularis X 13

Brachionus calyciflorus X X 25

Brachionus mirus angustus X 13

Brachionus quadridentatus X X 25

Kellicottia bostoniensis X X X X X X 75

Keratella americana X X X 38

Keratella cochlearis X X X X X 63

Keratella lenzi X X X X X X 75

Keratella tropica X X 25

Platyias quadricornis X X 25

Collothecidae

Collotheca sp. X 13

Conochilidae

Conochilus unicornis X X X 38

Colurellidae

Lepadella patella X 13

Epiphanidae

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UHE MAUÁ - 2012 Outubro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Epiphanes clavulata X X 25

Euchlanidae

Euchlanis dilatata X X X 38

Fillinidae

Filinia longiseta X 13

Filinia pjeleri X X 25

Hexarthridae

Hexarthra intermedia braziliensis X X X 38

Lecanidae

Lecane bulla X X 25

Lecane lunaris X X X X 50

Lecane stenroosi X 13

Notommatidae

Cephalodella gibba X X X 38

Notommata copeus X X 25

Notommata sp. X X 25

Gastropodidae

Ascomorpha ecaudis X 13

Synchaetidae

Ploesoma truncatum X X X 38

Polyarthra vulgaris X X X X X X X X 100

Synchaeta longipes X X 25

Testudinellidae

Testudinella patina X 13

Trichocercidae

Trichocerca capuccina X 13

Trichocerca cylindrica chattoni X X X X 50

Trichocerca mus X X 25

Trichocerca pusilla X X X X 50

Trichocerca scipio X 13

Trichocerca similis grandis X X 25

Trichotriidae

Trichotria tetractis X X 25

Ordem Bdelloidea X X X X X 63

CLADOCERA

Bosminidae

Bosmina hagmanni X X X X X 63

Bosminopsis deitersi X 13

Chydoridae

Alona monacantha X 13

Chydorus eurynotus X X 25

Daphniidae

Ceriodaphnia cornuta X 13

Ceriodaphnia reticulata X X X X X 63

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UHE MAUÁ - 2012 Outubro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Ceriodaphnia silvestrii X X X X 50

Daphnia gessneri X X X 38

Daphnia parvula X X X 38

Ilyocryptidae

Ilyocryptus spinifer X X 25

Moinidae

Moina minuta X 13

Sididae

Diaphanosoma brevireme X X X X X X 75

COPEPODA

Cyclopidae

Acanthocyclops sp. X X X X X 63

Mesocyclops longisetus X 13

Microcyclops sp. X X X X X X 75

Paracyclops fimbriatus andinus X 13

Thermocyclops decipiens X 13

Cyclopoida sp. 2 X X 25

Diaptomidae

Argirodiaptomus furcatus X X 25

Calanoida sp. 1 X X X 38

Calanoida sp. 2 X X 25

Náuplios

Calanoida X X X X X 63

Cyclopoida X X X X X X X X 100

Copepodito

Calanoida X X 25

Cyclopoida X X X X X X X 88

Em novembro/12, os rotíferos Trichocerca cylindrica chattoni e a Ordem Bdelloidea foram

registradas em 63% das amostras. Entre os cladóceros, Bosmina hagmanni registrou 75% de

frequência e Ceriodaphnia reticulata, Ceriodaphnia silvestrii, Daphnia gessneri e Diaphanosoma

brevireme 50%. Os náuplios (88%) e copepoditos de Cyclopoida (75%) mantiveram-se como os táxons

mais frequentes para os copepódes seguidos de Acanthocyclops sp. (63%) (Tabela 16).

Tabela 16 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de novembro/2012.

UHE MAUÁ - 2012 Novembro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

ROTIFERA

Brachionidae

Brachionus mirus angustus X 13

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UHE MAUÁ - 2012 Novembro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Kellicottia bostoniensis X X X X 50

Keratella americana X 13

Keratella cochlearis X X X X 50

Keratella lenzi X X X 38

Keratella tropica X 13

Collothecidae

Collotheca sp. X 13

Conochilidae

Conochilus coenobasis X 13

Conochilus unicornis X X 25

Dicranophoridae

Aspelta angusta X 13

Dicranophorus epicharis X 13

Fillinidae

Filinia longiseta X 13

Filinia pjeleri X 13

Hexarthridae

Hexarthra intermedia braziliensis X X 25

Lecanidae

Lecane bulla X 13

Lecane lunaris X 13

Notommatidae

Cephalodella gibba X 13

Notommata cerberus X 13

Gatropodidae

Gastropus hyptopus X 13

Synchaetidae

Ploesoma truncatum X 13

Polyarthra vulgaris X X X X 50

Synchaeta longipes X 13

Testudinellidae

Testudinella patina X 13

Trichocercidae

Trichocerca cylindrica chattoni X X X X X 63

Trichocerca pusilla X X 25

Ordem Bdelloidea X X X X X 63

CLADOCERA

Bosminidae

Bosmina hagmanni X X X X X X 75

Bosminopsis deitersi X 13

Chydoridae

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 52

UHE MAUÁ - 2012 Novembro/12

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Alona karua X 13

Alona poppei X 13

Daphniidae

Ceriodaphnia reticulata X X X X 50

Ceriodaphnia silvestrii X X X X 50

Daphnia gessneri X X X X 50

Daphnia parvula X 13

Moinidae

Moina minuta X 13

Sididae

Diaphanosoma brevireme X X X X 50

COPEPODA

Acanthocyclops sp. X X X X X 63

Mesocyclops longisetus X 13

Microcyclops sp. X X X 38

Cyclopoida sp. 2 X X 25

Argirodiaptomus furcatus X X X 38

Náuplios

Calanoida X X X X 50

Cyclopoida X X X X X X X 88

Copepodito

Calanoida X X X X 50

Cyclopoida X X X X X X 75

Os rotíferos apresentaram baixa frequência de ocorrência em dezembro/12 e apenas

Trichocerca cylindrica chattoni registrou valor superior a 50%. Os microcrustáceos seguiram a mesma

tendência, com os cladóceros Ceriodaphnia reticulata e Diaphanosoma brevireme apresentando 63%

de ocorrência nas amostras. Os náuplios (100%) e copepoditos de Cyclopoida (63%) mantiveram-se

como os táxons mais frequentes do zooplâncton (Tabela 17).

Tabela 17 - Lista e frequência de ocorrência do zooplâncton registrados nas amostras de zooplâncton na área de influência da UHE de Mauá no mês de dezembro/2012.

UHE MAUÁ - 2012 Dezembro/12

ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Brachionidae

Kellicottia bostoniensis X 13

Keratella cochlearis X 13

Keratella lenzi X X X 38

Keratella tropica X 13

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 53

UHE MAUÁ - 2012 Dezembro/12

ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Platyias quadricornis X 13

Conochilidae

Conochilus coenobasis X X X 38

Conochilus unicornis X X X X 50

Colurellidae

Lepadella benjamini X 13

Epiphanidae

Epiphanes clavulata X 13

Epiphanes sp. X 13

Euchlanidae

Euchlanis dilatata X X X 38

Fillinidae

Filinia longiseta X X 25

Gatropodidae

Gastropus hyptopus X 13

Hexarthridae

Hexarthra intermedia braziliensis X X 25

Lecanidae

Lecane bulla X X 25

Lecane hamata X 13

Lecane lunaris X 13

Lecane stenroosi X 13

Lecane stichaea X 13

Notommatidae

Cephalodella gibba X 13

Monommata sp. X 13

Notommata sp. X 13

Synchaetidae

Polyarthra vulgaris X X 25

Synchaeta longipes X 13

Testudinellidae

Testudinella patina X X X X 50

Pompholyx complanata X X 25

Trichocercidae

Trichocerca capuccina X 13

Trichocerca cylindrica chattoni X X X X X 63

Trichocerca pusilla X X 25

Trichotriidae

Trichotria tetractis X 13

Ordem Bdelloidea X X X X 50

CLADOCERA

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 54

UHE MAUÁ - 2012 Dezembro/12

ROTIFERA E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10 Freq. %

Bosminidae

Bosmina hagmanni X X X X 50

Bosminopsis deitersi X 13

Chydoridae

Alona intermedia X X 25

Alona monacantha X 13

Chydorus eurynotus X 13

Daphniidae

Ceriodaphnia cornuta X X 25

Ceriodaphnia reticulata X X X X X 63

Ceriodaphnia silvestrii X X 25

Daphnia gessneri X X X X 50

Ilyocryptidae

Ilyocryptus spinifer X 13

Macrothricidae

Macrothrix laticornis X 13

Moinidae

Moina minuta X X X X 50

Sididae

Diaphanosoma brevireme X X X X X 63

COPEPODA

Acanthocyclops sp. X X X X 50

Mesocyclops longisetus

Microcyclops sp. X X X 38

Thermocyclops decipiens X X 25

Cyclopoida sp. 1 X X X X 50

Argirodiaptomus furcatus X X X 38

Notodiaptomus sp. X X 25

Náuplios

Calanoida X X X X 50

Cyclopoida X X X X X X X X 100

Copepodito

Calanoida X X X X 50

Cyclopoida X X X X X 63

Para os rotíferos a maior riqueza de táxons ocorreu no mês de outubro/12, nos pontos E1 (23)

e E2 (17) e as menores no mês de novembro/12, nos pontos E2 e E7, onde foram registrados apenas

dois táxons. Para esse grupo, os pontos com características lóticas e a região intermediária

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apresentaram as maiores riquezas e os pontos com características mais lênticas, as menores (Figura

30).

Figura 30 – Número de táxons de rotíferos identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá.

Os cladóceros registraram suas maiores riquezas de táxons nos meses de outubro/12, no

ponto E4 (7 táxons), e dezembro/12, no ponto E9 (8 táxons). Os menores valores ocorreram no mês

de outubro/12 no ponto E3 (1 táxon). A Figura 31 mostra que em termos de riqueza, os cladóceros

foram favorecidos com a formação do reservatório, principalmente nos pontos E4, E6 e E9.

Figura 31 – Número de táxons de cladóceros identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá.

Entre os copepódes, a riqueza apresentou um padrão similar ao observado para os cladóceros,

com maiores valores registrado nos pontos do reservatório. A maior riqueza ocorreu no mês de

0

5

10

15

20

25

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Riq

ue

za d

e T

áxo

ns

Rotifera

out/12 nov/12 dez/12

0

2

4

6

8

10

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Riq

ue

za d

e T

áxo

ns

Cladocera

out/12 nov/12 dez/12

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dezembro/12, no ponto E6 (9 táxons). Os menores valores para riqueza de táxons foram registrados

nos pontos E1, E2 e E3 (Figura 32).

Figura 32 – Número de táxons de copepódes identificados nos pontos de coleta na área de influência da UHE de Mauá.

3.1.4.2 Abundância

No período estudado, os maiores picos de abundância do zooplâncton foram registrados nos

pontos localizados nos pontos com características lênticas e os menores nos ambientes lóticos.

As maiores abundâncias para os rotíferos ocorreram nos pontos E4 (rio Tibagi, porção média

do reservatório da UHE Mauá) e E10 (rio Barra Grande, no reservatório de Mauá), no mês de

outubro/12, com registros de 68.864 org.m-3 e 75.410 org.m-3, respectivamente. As menores

abundâncias ocorreram no ponto E3 (rio Imbauzinho), com valores inferiores a 1.600 org.m-3 nos três

meses amostrados (Figura 33).

Figura 33 – Abundância de rotíferos (org.m-3

) amostrados na área de influência da UHE de Mauá.

0

2

4

6

8

10

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Riq

ue

za d

e T

áxo

ns

Copepoda

out/12 nov/12 dez/12

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Org

./m

³

Rotifera

out/12 nov/12 dez/12

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 57

Os cladóceros registraram os maiores picos de abundância para o zooplâncton. Bosmina

hagmanni foi responsável pelo maior pico de abundância com 549.470 org.m-3 registrados no ponto

E10, em de outubro/12. Os menores valores foram registrados em ambientes lóticos da área de

influência da UHE Mauá (Figura 34).

Figura 34 – Abundância de cladóceros (org.m-3

) amostrados na área de influência da UHE de Mauá.

Os náuplios e copepoditos de Cyclopoida foram dominantes entre os copepódes. As maiores

abundâncias desse grupo foram registradas no mês de outubro/12 nos pontos E6 e E10, e os menores

nos pontos localizados nos ambientes lóticos (Figura 35).

Figura 35 – Abundância de copepódes (org.m-3

) amostrados na área de influência da UHE de Mauá.

O maior número de táxons registrados para os rotíferos em relação aos demais grupos, nesse

estudo, nas duas fases de estudo, é um padrão observado na maioria dos ecossistemas aquáticos

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Org

./m

³

Cladocera

out/12 nov/12 dez/12

0

25000

50000

75000

100000

125000

150000

175000

200000

E1 E2 E3 E4 E6 E7 E9 E10

Org

./m

³

Copepoda

out/12 nov/12 dez/12

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continentais (SERAFIM-JUNIOR et al., 2011). Com a formação do reservatório (fase pós-

represamento), houve uma dominância de táxons planctônicos que foram favorecidos pelo ambiente

recém-formado. Entre os microcrustáceos as formas de náuplios e copepoditos mantiveram-se

dominantes na fase pós-represamento. Nesse último trimestre foi possível observar nas amostras um

número maior de indivíduos adultos de copepódes e maior riqueza de cladóceros.

A dominância de náuplios na fase de enchimento do reservatório da UHE Mauá pode ser

atribuída fatores como: i) estratégia reprodutiva do grupo, onde as fêmeas portam um grande

número de ovos, especialmente Cyclopoida, e ii) predação. Alguns estudos apontam que embora os

rotíferos sejam dominantes numericamente na maioria dos ambientes aquáticos, os microcrustáceos

contribuem com maior participação relativa em termos de biomassa (MELÃO, 1999).

Estudos mostram que a composição, riqueza e abundância do zooplâncton em reservatórios

está associada às condições morfométricas da bacia hidrográfica e climáticas regionais, as quais

governam importantes características físicas dos corpos de água; e químicas, que geralmente são

determinadas pela cobertura vegetal e condições edáficas do solo (MARGALEF, 1983). Fatores

biogeográficos podem influenciar na colonização de espécies e interações bióticas, principalmente na

competição por recursos e presas (ROCHA et al., 1995).

3.1.4 Monitoramento de Macroinvertebrados bênticos

Os reservatórios são ecossistemas que estabelecem padrões distintos em relação ao tempo de

renovação da água, morfometria e principalmente, o desenvolvimento da zona litoral. Quanto à

sazonalidade, alterações na altura do nível do reservatório produzem mudanças na zona litoral,

modificações nas margens e, em alguns casos, mortandade das macrófitas, além de interferir na

sucessão das comunidades planctônicas, bênticas e de peixes (TUNDISI, 1993).

As comunidades biológicas, em geral, sofrem modificações envolvendo redução da abundância

de determinadas espécies, dando lugar a espécies com maior capacidade de adaptação a ambientes

lênticos, como é o caso das larvas de dípteros e a espécie invasora Corbicula fluminea. Isto ocorre

porque nem todas as espécies possuem adaptações para estes ambientes, gerando a redução de

riqueza.

Na Tabela 18 estão listados os táxons amostrados durante os meses de julho/12 a outubro/12

na fase de enchimento do reservatório.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 59

Em julho/12, foram capturados 28 táxons e em agosto/12, setembro/12 e outubro/12

respectivamente 32, 36 e 20 táxons. Estes valores foram mais baixos do que os coletados no mesmo

período nos dois anos anteriores. Estes resultados embora possam refletir a ausência de amostras

coletadas nas estações do reservatório, também sugerem a diminuição da riqueza em função do

alagamento e ao impacto causado pela redução da vazão nas estações a jusante da barragem.

O maior número de táxons registrados em setembro/12 se deve ao período reprodutivo das

efemerópteros, odonatos, plecópteros e tricópteros.

Com a estabilização da zona litoral alguns grupos de macroinvertebrados poderão colonizar os

novos ambientes. Como por exemplo, os animais mais tolerantes às baixas concentrações de oxigênio

e os comedores de depósitos, como os oligoquetos e larvas de quironomídeos.

A transformação na dinâmica da água e a alteração na profundidade propiciada pelo

represamento são as principais determinantes das alterações nas comunidades biológicas. Os padrões

de distribuição dos fatores físicos, como a incidência da luz e temperatura da água e químicos, como a

concentração de oxigênio dissolvido e de nutrientes refletem na disponibilidade de recursos

alimentares para todo o ambiente (JULIO-JÚNIOR et al., 1997).

Tabela 18 - Lista de Táxons de macroinvertebrados aquáticos amostrados nas 8 estações de coletas ao longo do rio Tibagi e tributários sob influência do reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá, durante os meses de julho e outubro de 2012.

Família Táxons Julho 2012

Agosto 2012

Setembro 2012

Outubro 2012

Turbellaria X X X

Nematoda X X

Oligochaeta X X X X

Hirudinea X

Bivalvia Corbiculidae Corbicula fluminea X X

Insecta

Diptera Chironomidae Chironominae X X X X

Ortocladinae X X X

Tanypodinae X X X X

Ceratopogonidae X

Culicidae Culicidae (pupa) X X

Empididae Empididae sp X

Simulidae Simulium sp (pupa) X X X X

Psycodidae Psychodidae sp X

Coleoptera Elmidae Heterelmis sp X X

Macrelmis sp X X

Hexanchorus sp X X X

Larva E X X X

Xenelmis sp X

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 60

Família Táxons Julho 2012

Agosto 2012

Setembro 2012

Outubro 2012

Haliplidae Haliplidae sp X

Hydrophilidae Hidrophilidae X

Psephenidae Psephenus sp X X

Ephemeroptera Baetidae Baetis sp X X X

Baetodes sp X X X

Cloeodes sp X X

Camelobaetidius sp X X

Caenidae Caenis sp X

Leptophleibiidae Farrodes sp X X X X

Needhamella sp X

Thraulodes sp X X X

Traveryphes sp X

Hagenulopsis sp X

Leptohyphidae Leptohyphes sp X X X X

Hylister sp X

Tricorythodes sp X

Tricorytropsis sp X

Polymirtacidae Campsurus sp X X

Hemiptera Veliidae Rhagovelia sp X X X

Lepidoptera Pyralidae Pyralidae sp X X

Odonata Coenagrionidae Ischura sp X

Gomphidae Archeogomphus sp X

Desmogomphus sp X

Gomphoides sp X

Praevigomphus sp X X

Progomphus sp X

Libellulidae Elasmothemis sp X

Perilestidae Perilestis sp X

Plecoptera Perlidae Anacroneuria sp X X X

Paragrypopteryx sp X X

Polycentropodidae Cyrnellus sp X

Trichoptera Hydrobiosidae Atopsyche sp X

Hydropsychidae Leptonema sp X

Smicridae sp X X X X

Leptoceridae Nectopsyche sp X

Crustacea

Decapoda Aeglidae Aegla sp X

O número médio de táxons não ultrapassou a média de 10 táxons por estação em nenhum dos

quatro meses amostrados. A estação que obteve o maior número de táxons amostrados foi a E9

durante agosto/12 (Figura 36). Mesmo nas estações E1, E2 e E3 onde não houve alterações nas

margens ou redução da vazão o número de táxons também foi muito baixo quando comparado aos

anos anteriores de monitoramento.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 61

Os valores médios do número de táxons registrados em todas as estações durante o período

do monitoramento foi inferior ao apresentado por Jorcin & Nogueira (2008) em uma estação situada

na foz do rio Tibagi. Contudo, as percentagens dos grandes grupos taxonômicos foram semelhantes.

Os grupos com maior número de táxons foram Diptera, Ephemeroptera e Coleoptera que

possuem organismos mais resistentes às alterações no ambiente, além de alguns táxons de Odonata.

Nas estações E1, E7 e E9 localizadas no rio Tibagi o número de táxons foi maior na maioria dos

meses analisados (Figura 36).

Figura 36 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão do Número Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos nas

estações de coletas sob influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de 2012.

Na estação E1, o ambiente foi pouco alterado, ainda que a atividade de mineração de areia e

poluição pronunciada de lixo sólido sejam problemas ambientais inerentes da região. Nesta estação

foram registradas maior riqueza de dípteros e coleópteros em julho/12 e ephemerópteros, odonatos

e tricópteros em setembro/12 (Tabela 18).

De maneira geral, a estação E2 situada no rio Tibagi a jusante da indústria Klabin e a montante

da barragem e a estação E3 no rio Imbauzinho foram as localidades que obtiveram os menores

valores do número de táxons ao longo do período estudado. Os grupos mais frequentes e abundantes

foram os oligoquetas, dípteros e os efemerópteros Baetes sp, Baetodes sp e Cloeodes sp, que são

mais tolerantes a ambientes alterados.

Em E7 e E9, o fundo rochoso e as margens íntegras, continuam proporcionando maior aporte

de nutrientes para as larvas e abrigo para os adultos alados. Nestas estações foi registrada a

Estações

me

ro m

éd

io d

e tá

xon

s

E1 E2 E3 E7 E9 E10-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14

15

16 julho 2012

agosto 2012

setembro 2012

outubro 2012

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 62

substituição, da macrófita Apinagia sp utilizada pelos dípteros como substrato, pelas algas

filamentosas epilíticas que normalmente são indicadoras de poluição moderada (BEIRUTH, 2000). Em

função deste fato, não foram registradas altas abundâncias de larvas de simulídeos durante o período

do inverno como nos anos anteriores.

A densidade média nas estações de coletas ao longo do período estudado foi baixa não

ultrapassando 20 indivíduos na maioria das estações (Figura 37). Estes valores foram menores que

dos anos anteriores nas mesmas estações.

A estação E9 apresentou maiores densidades durante os meses de julho/12 e agosto/12 em

função das abundâncias de simulídeos e chironomídeos que reproduziram na região (Figura 37).

As baixas densidades registradas na E7 podem ser atribuídas a maior alteração na região. Além

da grande supressão de hábitats pela pouca vazão do rio em função do barramento, as margens na

região da casa de força também foram alteradas. Apenas os grupos mais resistentes foram mais

abundantes na estação como baetídeos e dípteros.

Os macroinvertebrados bênticos apresentaram grande sensibilidade aos diversos tipos de

impactos, como poluentes domésticos e industriais, represamentos, uso do solo, mineração dentre

outros que ocorrem no ambiente.

A continuidade do monitoramento dos ecossistemas através das respostas dos

macroinvertebrados em função do meio em que vivem, está sendo uma boa estimativa das

influências deletérias ao ambiente.

Os organismos tendem a integrar as condições ambientais durante todo o ciclo da sua vida,

permitindo que a avaliação biológica seja utilizada com eficiência em impactos pontuais ou difusos.

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 63

Figura 37 - Gráfico das médias, desvios e erros padrão da Densidade Total de Táxons dos macroinvertebrados aquáticos

nas estações de coletas sob a influência da Usina Hidrelétrica de Mauá, de julho a outubro de 2012.

3.1.5 Monitoramento da Presença de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado)

Nos dias 22 e 24 de outubro de 2012 foi realizada a coleta trimestral de água para análise da

possível presença de larvas de Limnoperna fortunei (mexilhão dourado) na área de influencia da UEH

Mauá. Foram amostrados os pontos “A jusante da Klabin” (E2) no dia 22 de outubro e “Próximo ao

eixo da futura barragem” (E6) no dia 24 do mesmo mês.

A análise morfológica sob microscópio estereoscópico revelou a ausência de larvas de

moluscos na amostra da estação de amostragem 2, por consequência, ausência de larvas de mexilhão

dourado. A análise molecular também teve resultado negativo para a presença de DNA de L. fortunei

nessa amostra.

Nessa campanha a amostra da estação 6 apresentou problemas de conservação, o fixador foi

ineficiente (provavelmente devido ao grande volume de substrato e matéria orgânica na amostra)

inviabilizando a análise. Medidas foram tomadas para evitar que o fato volte a ocorrer, como ajuste

do protocolo de coleta e repetição da coleta se necessário.

As amostras coletadas no mês de julho de 2012 apresentaram DNA degradado (conforme

errata em anexo). Diante da ausência de larvas de molusco na análise morfológica, entretanto, as

amostras podem ser consideradas negativas, levando-se em conta a menor sensibilidade da análise.

Estações

De

nsi

da

de

dia

E1 E2 E3 E7 E9 E10-5

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

50

55

60

65

70

75

80

85

julho 2012 agosto 2012 setembro 2012 outubro 2012

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Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 64

Ajustes de coleta e conservação das amostras também foram realizados para otimizar a conservação

do DNA das amostras em condições diversas.

Tabela 19 - Resultados de análises da possível presença de larvas de mexilhão dourado nas amostras coletadas em julho e outubro de 2012.

Campanha Data Ponto Resultado

microscopia Resultado molecular

16/07/2012 Jusante Klabin (E2) Negativo - Larvas

ausentes DNA degradado

18/07/2012 Próximo ao eixo da barragem

(E6) Negativo - Larvas

ausentes DNA degradado

22/10/2012 Jusante Klabin (E2) Negativo - Larvas

ausentes

Negativo - DNA de L.

fortunei ausente

24/10/2012 Próximo ao eixo da barragem

(E6) Amostra degradada -

3.2 Sub-Programa de Monitoramento de Macrófitas Aquáticas

Até o momento, foram encontradas 16 espécies de macrófitas, pertencentes a 10 famílias do

grupo das angiospermas e Salvinia minima Baker, pertencente ao grupo das pteridófitas (Tabela 20).

As espécies emergentes foram as mais frequentes, seguidas das flutuantes livres (Figura 38).

Figura 38 - Relação entre o hábito de vida e número de espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi na região do

Empreendimento UHE Mauá

Tabela 20 - Lista das espécies encontradas nas margens do Rio Tibagi (Paraná, Brasil), respectivas famílias, nome comum, hábito e ocorrência nos pontos amostrais.

Espécie Família Nome comum Hábito Ocorrência

Echinodorus sp Alismataceae Chapeu-de-couro Flutuante M9

Pistia stratiotes L. Araceae Alface-dágua Flutuante M3

Commelina sp. Commelinaceae Trapoeraba Anfíbia M2

0

1

2

3

4

5

6

Emergente Flutuante livre Submersa fixa Anfíbia

mero

de e

sp

écie

s

Hábito de vida

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Espécie Família Nome comum Hábito Ocorrência

Eleocharis sp. Cyperaceae Junco manso Emergente M1

Lemna sp Lemnaceae Lentilha-dágua Flutuante M3, M6, M10

Ludwigia sp 1. Onagraceae Cruz-de-malta Emergente M2, M9, M12

Ludwigia sp 2. Onagraceae Cruz-de-malta Emergente M2

Apinagia yguazuensis Chodat & Vischer Podostemaceae - Submersa fixa M12

Polygonum sp. Polygonaceae Erva-de-bicho Emergente M2, M12

Polygonum hydropiperoides Michx. Polygonaceae Erva-de-bicho Emergente M2, M12

Eichhornia crassipes (Mart.) Solms** Pontederiaceae Aguapé Flutuante M1, M6

Pontederia sp. Pontederiaceae Aguapé Emergente M1

Salvinia minima Baker Salviniaceae Orelha-de-onça Flutuante M3, M6, M10

A seguir, são apresentadas as descrições das espécies encontradas nos locais amostrados,

incluindo aspectos morfológicos e ecológicos:

Apinagia yguazuensis: planta submersa, herbácea e fixa (Figura 39). Forma um manto denso

aderido fortemente sobre as rochas, em sítios com corrente forte e pouco turbulenta. Essa espécie

apresenta duas formas morfológicas, de acordo com a velocidade da água e exposição ao sol. Em

águas mais rápidas e com insolação direta, as plantas são mais rígidas e com folhas finamente

divididas e orientadas a favor da corrente, apresentando uma coloração verde amarelo brilhante. As

plantas que vivem mais a sombra e em águas com menor turbulência, possuem folhas menos rígidas e

com coloração verde mais escura. Essa espécie é endêmica de rios e cachoeiras.

Figura 39 - Apinagia yguazuensis encontrada no ponto amostral M11

Commelina sp. conhecida como trapoeraba, é uma planta perene, herbácea, com caule semi-

suculento e semiprostado (Figura 40). As flores apresentam coloração azulada. É bastante frequente

em lavouras e margens dos corpos de água. Apresenta preferência por solos férteis e sombreados

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Figura 40 - Commelina sp., encontrada no ponto amostral M2

Echinodorus grandiflorus: planta herbácea, perene, emergente, que pode atingir até 2 m de

altura (Figura 41). Possui folhas coriáceas, de grandes dimensões. A inflorescência é formada por

séries florais (6 a 15) com 12 a 14 flores por série. Infesta canais, margens de lagos, lagoas e várzeas.

Apresenta crescimento vigoroso, podendo influenciar o fluxo de águas de drenagem. Utilizada

ocasionalmente como ornamental e medicinal.

Figura 41 - Echinodorus grandiflorus encontrado no ponto amostral M9

Eichhornia crassipes: planta aquática flutuante, com raízes que podem atingir até 60 cm de

comprimento e caule curto (Figura 42). As folhas apresentam pecíolo inflado, esponjoso. Em águas

muito eutrofizadas, os pecíolos das folhas podem se alongar, alterando a forma da planta. É

considerada a planta de maior poder invasor de corpos d’água em vários países, com distribuição

generalizada, principalmente nas regiões tropicais.

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Figura 42 - Eichhornia crassipes encontrada no ponto amostral M6

Produz milhares de sementes, que podem ficar dormentes por vários anos, além de se

reproduzir vegetativamente. Apresenta um crescimento vigoroso, podendo dobrar sua biomassa em

curto período de tempo (6 a 7 dias), principalmente em águas eutrofizadas. Acarreta vários danos aos

ambientes aquáticos, como a cobertura total da superfície, impedindo a penetração de luz na coluna

d’água, incrementa a perda de água por evapotranspiração, além de ser vetor de doenças como a

esquistossomose.

Eleocharis sp.: As espécies deste gênero são emergentes (ocasionalmente submersas),

perenes, herbáceas, rizomatosas, eretas, formando touceiras. O caule é oco e seccionado

internamente (Figura 43). As inflorescências são terminais, em espiguetas.

Figura 43 - Eleocharis sp. encontrado no ponto M1

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A reprodução se dá por sementes e por rizomas. Possui distribuição ampla na América tropical.

Apresenta um crescimento bastante vigoroso e é frequente em locais úmidos, beira de lagos, lagoas,

reservatórios. Infesta lavouras de arroz inundado e águas poluídas, germinando no lodo. Alguns

autores sugerem que seu controle pode ser feito por carpas, quando a planta encontra-se submersa.

Lemna sp.: as espécies pertencentes a este gênero em geral possuem tamanho diminuto,

providas apenas de folhas solitárias ou em grupos de 2 ou 4 e raízes não ramificadas (Figura 44).

Propaga-se por sementes e principalmente por meios vegetativos. Apresenta grande vigor vegetativo

e reprodutivo, cobrindo vastas superfícies em pouco tempo.

Figura 44 - Lemna sp. encontrada no ponto amostral M10

Ludwigia sp.: subarbusto emergente ou anfíbio, ereto, podendo atingir até 3 m de altura

(Figura 45 e Figura 46). A flor é característica do gênero, formada por quatro pétalas geralmente

amarelas, que deram origem ao nome comum, cruz de malta. As flores são solitárias e florescem de

outubro a maio. A semente pode ser dispersada pela água e coloniza áreas abertas, desnudas por

perturbação ou devido à cheia. Invasora de culturas irrigadas.

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Figura 45 - Ludwigia sp1. encontrada no ponto amostral M2

Figura 46 - Ludwigia sp2. encontrada no ponto amostral M2

Pistia stratiotes: planta flutuante, com folhas dispostas em roseta, densamente pilosas (Figura

47). Reproduz-se por propagação vegetativa e sementes. As sementes podem permanecer dormentes

por vários meses, mesmo no solo seco e no frio. Acredita-se que tenha origem na América do Sul, mas

atualmente, é uma das espécies de macrófitas aquáticas de maior distribuição mundial, com exceção

da Europa e Antártica. Apresenta altas taxas de crescimento, sendo considerada danosa onde se

prolifera, por aumentar as taxas de evapotranspiração, ser vetor de doenças (esquistossomose) e

comprometer a qualidade da água.

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Figura 47 - Pistia stratiotes encontrada no ponto amostral M3

Polygonum sp: planta geralmente emergente, ereta, com folhas alternadas. As inflorescências

terminais são formadas por flores pequenas que variam de coloração entre brancas a rosáceas (Figura

48 e Figura 49). Reproduzem-se por sementes e foram densos agrupamentos nas margens dos rios,

açudes. Tem propriedades medicinais.

Figura 48 - Polygonum sp. encontrado no ponto M12

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Figura 49 - Polygonum sp. encontrado no ponto M2

Pontederia sp.: planta enraizada e com folhas flutuantes, o que facilita o acompanhamento da

subida da água, nos períodos de cheia, mantendo-se assim, parcialmente emersa (Figura 50). Floresce

durante grande parte do ano e pode se reproduzir por sementes e, por propagação vegetativa,

através de pedaços de rizomas e folhas. Pode apresentar crescimento excessivo em condições

favoráveis.

Figura 50 - Pontederia sp. encontrada no ponto amostral M1

Salvinia minima: é uma pteridófita flutuante, nativa da América Tropical. Essa espécie

apresenta folhas pequenas, ovais e flutuantes (Figura 51). As folhas são cobertas por pelos e destas,

projetam-se raízes filiformes. Essa espécie ocorre principalmente em ambientes de água doce. A

maioria das espécies do gênero Salvinia tem sido classificadas como uma espécie daninha devido ao

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seu rápido crescimento. Por exemplo, Salvinia minima tem o potencial de dobrar o seu tamanho em

aproximadamente em 3,5 dias.

Figura 51 - Salvinia minima encontrada no ponto amostral M10

Os resultados indicaram a presença de várias espécies com potencial de crescimento

excessivo: Pistia stratiotes, Eichhornia crassipes, Lemna sp. e Salvinia minina (Tabela 20; Figura 52).

Figura 52 - Associação de espécies com potencial de crescimento excessivo encontrada nos pontos amostrados

No período avaliado, essas espécies encontravam-se restritas as margens de alguns pontos,

mas com a tendência à ocupação de outras áreas. Dependendo das condições ambientais favoráveis

como alta taxa de nutrientes e altas temperaturas devido verão, o crescimento dessas espécies pode

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se intensificar, levando ao crescimento excessivo de macrófitas aquáticas. Estudos com Lemna sp.,

sob essas condições, mostrou que o crescimento dessa espécie pode dobrar a cada três dias

(ASSESSORIA, 2002).

O grau de colonização dos pontos amostrais está associado às condições ambientais. No ponto

(M6), a área ocupada por estas espécies é maior do que no ponto (M10) do rio Barra Grande. Thomaz

(2003) afirma que em determinadas situações, o incremento de nutrientes na água estimula a

colonização por espécies macrófitas aquáticas livres-flutuantes, que extraem os nutrientes da coluna

de água. Esse fato é comum no início da formação de reservatórios, como o encontrado no

reservatório da UHE Mauá.

As demais espécies registradas estão restritas às áreas de margens do rio e, sob condições

favoráveis ao crescimento excessivo, podem formar agrupamentos localizados mas pouco

provavelmente formarão bancos extensos de macrófitas, como as flutuantes livres. Em geral, estas

espécies colonizam áreas de remanso ou locais em que a mata ciliar está ausente, com o solo exposto,

e espalham-se rapidamente quando não há competidores ou predadores naturais presentes no

ecossistema.

Ao final, até o presente momento, foi encontrada uma baixa diversidade de macrófitas

aquáticas. Apesar da baixa diversidade, a ocorrência de algumas espécies flutuantes e emergentes

indica a necessidade do monitoramento dos pontos amostrados, principalmente aqueles que se

caracterizam por serem ambientes lênticos, como os pontos localizados no reservatório da UHE

Mauá.

3.3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas

3.3.1 Atividades Realizadas

Entre dezembro/10 e dezembro/12, foram realizadas 14 campanhas de medições nos

piezômetros distribuídos nas duas baterias, BP1 e BP2, e em quatro poços profundos, conforme a

Tabela 21.

Tabela 21 – Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e dezembro de 2012.

Campanha Data Atividades de campo (*)

Locais

11 22-23/12/2010 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

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Campanha Data Atividades de campo (*)

Locais

12 23-24/02/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

13 16-17/05/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

14 31/08-01/09/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

15 06/10/2011 a, b, c,d

BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

16 21-22/11/2011 a, b c,d

BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

a BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

17 24/01/2012 b BP1 (P01, P05, P09 e P13) e BP2 (P01, P06, P10 e P13)

c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

18 19-20/03/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

19 29-30/05/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

20 04/07/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)

c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

21 11-12/09/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

c,d,e P2, P4 e P7

23 17/10/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

c,d,e P2, P3, P5 e P7

24 13-14/11/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

c,d,e P2, P3, P5 e P7

25 04-05/12/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13) BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)

c,d,e P2, P3, P5 e P7

(*) a) Medições de nível de água do freático com sonda elétrica a cabo; b) Medições de pH e condutividade; c) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes majoritários; d) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes minoritários por ICP-MS; e) Coleta de água em poços profundos

3.3.2 Piezômetros

As baterias de piezômetros, já descritas em relatórios anteriores (LACTEC, 2011), são divididas

em dois conjuntos, sendo a bateria de piezômetros BP1 implantada na margem direita do rio Tibagi,

no município de Telêmaco Borba, enquanto a bateria de piezômetros BP2 está situada na margem

esquerda do Tibagi na bacia do afluente Barra Grande. Atualmente ambas estão próximas à margem

do reservatório da UHE Mauá.

Os resultados das medições de piezometria na BP1 e BP2 estão registrados na Tabela 22 e na

Tabela 23 e de condutividade na Tabela 24 e na Tabela 25.

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Tabela 22 – Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas de 2012

Piezômetro

Altitude ortométrica do nível de água do freático (m)

24/01/12 19/03/12 29/05/12 04/07/12 12/09/12 17/10/12 14/11/12 05/12/12

P1 635,426 634,646 634,696 635,376 633,966 633,966 637,576 639,146

P2 635,448 634,848 634,768 635,528 634,088 634,088 637,798 639,148

P3 635,660 635,170 635,000 635,830 634,340 634,340 638,030 639,100

P4 636,449 636,039 635,509 636,979 634,569 634,569 637,889 638,719

P5 638,143 637,713 637,423 638,433 636,703 636,703 639,533 638,943

P6 639,183 638,523 638,213 639,493 637,243 637,243 639,193 639,333

P7 640,630 638,360 640,340 638,650 640,050 640,050 640,760 640,910

P8 641,710 641,450 641,220 641,940 640,730 640,730 641,760 641,780

P9 641,712 641,362 641,322 641,752 640,932 640,932 641,762 641,772

P10 642,082 641,872 641,772 642,182 641,462 641,462 642,102 641,952

P11 641,070 639,250 638,700 641,620 636,330 636,330 641,220 641,160

P12 641,182 639,722 639,352 641,552 637,522 637,522 641,452 641,442

P13 643,519 643,399 643,329 643,589 643,139 643,139 643,399 643,239

Tabela 23 – Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas de 2012.

Piezômetro

Altitude ortométrica do nível de água do freático (m)

24/01/2012 20/03/2012 30/05/2012 04/07/2012 11/09/2012 17/10/2012 14/11/2012 04/12/2012

P1 641,040 629,490 637,820 632,710 634,600 634,600 641,100 641,370

P2 642,659 638,229 639,789 641,099 636,919 636,919 641,569 641,729

P3 642,320 635,170 641,270 636,220 640,220 640,220 641,870 641,990

P4 643,591 642,121 643,261 642,451 642,931 642,931 643,021 642,951

P5 643,474 642,124 642,924 642,674 642,374 642,374 643,494 643,284

P6 643,859 642,629 643,399 643,089 642,939 642,939 644,539 643,629

P7 638,272 635,562 636,332 637,502 634,392 634,392 642,012 642,012

P8 644,884 639,474 644,594 639,764 644,304 644,304 641,574 642,604

P9 644,895 642,665 644,555 643,005 644,215 644,215 643,135 644,485

P10 644,121 640,791 642,061 642,851 640,001 640,001 641,351 642,461

P11 645,590 640,680 642,200 644,070 638,810 638,810 642,360 642,060

P12 646,743 641,103 642,323 645,523 637,903 637,903 640,603 641,793

P13 648,654 642,304 648,014 642,944 647,374 647,374 645,224 641,834

Tabela 24 – Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP1 nas campanhas realizadas em 2012.

Piezômetros Condutividade elétrica (µS.cm

-1)

24/01/12 19/03/12 29/05/12 04/07/12 08/08/12 12/09/12 17/10/12 15/11/12 05/12/12

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

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P1 19,1 18,9 16,8 17,2 16 17 32 168 206

P2 30,4 37,2 33,8 31 28 29 184 204

P3 181 131 170 169 172 178 179 206

P4 62,6 69,2 85,4 103 107 113 187 153

P5 231,0 212 219 199 217 217 222 218 134

P6 202 202 183 200 201 202 194 214

P7 200 200 187 196 199 204 195 216

P8 182 182 167 177 178 183 174 191

P9 104,1 115 131 148 169 155 148 145 164

P10 24,5 24,3 29,4 25 24 25 25,2 27,3

P11 25,6 25,1 33,7 27 26 26 27,8 185

P12 61,8 64,4 58,6 60 61 67 54,1 89,4

P13 32,2 32,2 29,0 29,4 31 29 23 29,5 32,1

Tabela 25 – Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas realizadas em 2012.

Piezômetros Condutividade elétrica (µS.cm

-1)

24/01/12 20/03/12 30/05/12 04/07/12 08/08/12 11/09/12 17/10/12 14/11/12 04/12/12

P1 37,2 42,4 41,3 24,8 33 38 55 71,3 102

P2 31,9 30,6 33,8 33 37 45 43,1 50,5

P3 40,5 42,4 38,2 41 43 50 61,8 73,4

P4 34,8 38,8 39,4 38 40 41 46,7 48,4

P5 97,1 84,6 71,4 81 83 93 91,4 100

P6 100,3 106 72,8 80,3 94 98 106 111 121

P7 429 249 202 253 318 326 318 221

P8 118 130 93,9 114 119 124 128 153

P9 222 94,0 146 161 204 216 222 250

P10 339,0 398 364 214 258 296 270 288 338

P11 142 136 114 138 145 155 155 31,2

P12 85,1 95,0 62 69 352 452 479 521

P13 86,2 64,5 78,8 61,7 63 114 277 237 118

Em todas as amostras coletadas foram analisados os componentes químicos majoritários, além

de variáveis físico-químicas totalizadoras, conforme especificado na Tabela 26 e na Tabela 27.

Nas amostras coletadas nos piezômetros, nas cinco campanhas de 2012 foram realizadas

análises de constituintes elementares minoritários por ICP/MS. Os resultados constam da Tabela 28 à

Tabela 34.

Alguns analitos foram determinados em algumas amostras através de dois conjuntos de

metodologias e por dois laboratórios diferentes, como é o caso dos elementos alcalinos sódio,

potássio, cálcio e magnésio. Os resultados obtidos não foram idênticos, porém apresentaram

coerência, o que pode ser utilizado como validação dos resultados para os respectivos analitos.

Detalhes e especificações das metodologias adotadas foram apresentados em referências de

relatórios anteriores (LACTEC, 2011).

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Tabela 26 – Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas baterias de piezômetros BP1 e BP2

Local Data HCO3

- Cl

- SO4

2- NO3

- Ca

2+ Mg

2+ Na

+ K

+

(mg,L-1

)

BP1-P1 24/01/2012 7,37 0,83 0,05 0,16 1,56 0,39 0,70 0,60

BP1-P13 24/01/2012 18,56 0,36 0,05 0,05 1,93 0,44 3,00 1,30

BP2-P1 24/01/2012 15,70 1,61 0,05 0,04 4,27 0,41 1,80 1,00

BP2-P13 24/01/2012 42,35 0,83 0,05 0,13 9,03 1,58 4,30 1,10

BP1-P1 19/03/2012 11,67 0,29 0,05 0,17 1,66 0,82 0,6 1

BP1-P13 19/03/2012 20,03 0,29 0,05 0,06 2,51 0,39 3,1 1,5

BP2-P1 20/03/2012 23,34 1,23 0,05 0,02 5,5 1,48 1,4 1,1

BP2-P13 20/03/2012 35,59 1,17 0,05 0,09 7,69 1,2 4 1,3

BP1-P1 04/07/2012 9,86 0,11 0,5 0,15 1,53 0,51 0,80 0,90

BP1-P13 04/07/2012 19,96 0,33 0,5 0,15 1,66 0,51 4,20 1,60

BP2-P1 04/07/2012 13,19 1,27 0,5 0,02 2,90 0,49 1,80 0,70

BP2-P13 04/07/2012 37,45 1,05 0,5 0,15 5,89 1,65 6,00 1,50

BP1-P1 08/08/2012 5,41 0,18 0,5 0,12 1,18 0,19 0,80 1,10

BP1-P13 08/08/2012 15,68 0,18 0,5 0,05 1,94 0,24 4,10 1,70

BP2-P1 08/08/2012 14,06 1,01 0,5 0,09 3,69 0,46 1,60 0,90

BP2-P13 08/08/2012 30,52 1,24 0,5 0,19 5,85 1,02 5,60 1,60

BP1-P1 12/09/2012 6,13 0,46 0,5 0,11 1,51 0,46 0,90 0,80

BP1-P13 12/09/2012 26,07 0,29 0,5 0,05 2,53 0,09 3,10 1,50

BP2-P1 11/09/2012 17,78 1,33 0,5 0,02 4,08 0,99 1,40 0,80

BP2-P13 11/09/2012 65,85 1,56 6,3 0,01 13,13 6,34 9,70 2,10

BP1-P1 17/10/2012 7,44 0,16 0,5 0,06 1,28 0,24 0,70 0,90

BP1-P13 17/10/2012 18,96 0,56 0,5 0,08 1,70 0,49 3,00 1,10

BP2-P1 17/10/2012 30,84 1,67 1 0,03 5,95 1,46 1,50 0,50

BP2-P13 17/10/2012 156,94 1,28 6,3 0,04 27,20 8,51 20,40 2,70

BP1-P1 14/11/2012 104,8 1,33 0,5 0,12 31,56 3,16 1,50 1,00

BP1-P13 14/11/2012 22,57 1,15 0,5 0,02 1,26 0,97 3,50 1,60

BP2-P1 13/11/2012 47,42 10,67 0,5 0,04 8,42 3,16 3,80 0,50

BP2-P13 13/11/2012 147,18 1,45 0,5 0,04 26,10 8,27 15,50 2,80

BP1-P1 05/12/2012 129,93 0,36 4,22 0,005 21,05 12,15 6,30 1,80

BP1-P13 05/12/2012 21,86 0,1 0,5 0,005 6,31 0,24 3,60 1,60

BP2-P1 04/12/2012 67,36 1,09 0,5 0,005 21,05 0,48 3,40 1,10

BP2-P13 04/12/2012 73,67 1,19 0,5 0,03 17,68 1,21 7,20 1,40

Tabela 27 – Temperatura, condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros, em 2012.

Local Data temp Cond, pH alcalinidade

total STD

(oC) (µS cm

-1) (mg,L

-1 CaCO3) (mg,L

-1)

24/01/2012 BP1-P1 3,9 5,32 6,04 3

24/01/2012 BP1-P13

5,7 6,39 15,21 4

24/01/2012 BP2-P1 7, 7 5,5 12,87 5

24/01/2012 BP2-P13

17,0 5,92 34,71 11

19/03/2012 BP1-P1 22 18,9 5,53 9,56 12

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Local Data temp Cond, pH alcalinidade

total STD

(oC) (µS cm

-1) (mg,L

-1 CaCO3) (mg,L

-1)

19/03/2012 BP1-P13

22 32,2 6,02 16,52 21

20/03/2012 BP2-P1 21 42,4 5,96 19,13 28

20/03/2012 BP2-P13

22 64,5 5,98 29,17 42

29/05/2012 BP1-P1 28,5 8,01 18,60 19

29/05/2012 BP1-P13

15,3 8,35 10,16 10

30/05/2012 BP2-P1 78,0 8,03 50,23 50

30/05/2012 BP2-P13

40,6 7,93 26,33 26

04/07/2012 BP1-P1 20,5 17,2 5,83 8,08 11

04/07/2012 BP1-P13

29,4 6,29 29,4 19

04/07/2012 BP2-P1 22 24,8 6,13 10,81 16

04/07/2012 BP2-P13

20 61,7 6,27 30,7 40

08/08/2012 BP1-P1 16,0 5,16 4,43 10

08/08/2012 BP1-P13

31,0 5,83 12,8 20

08/08/2012 BP2-P1 33,0 5,68 11,52 22

08/08/2012 BP2-P13

63,0 5,95 25,02 41

12/09/2012 BP1-P1 20 17,0 6,82 5,02 11

12/09/2012 BP1-P13

21 29,0 6,19 21,37 19

11/09/2012 BP2-P1 22 38,0 7,13 14,58 25

11/09/2012 BP2-P13

21 114 6,46 53,98 74

17/10/2012 BP1-P1 22 32,0 5,83 6,1 15

17/10/2012 BP1-P13

22 23,0 5,46 15,54 21

17/10/2012 BP2-P1 21 55,0 5,89 25,28 36

17/10/2012 BP2-P13

22 277 6,46 128,64 180

14/11/2012 BP1-P1 20,6 168 7,28 85,9 109

14/11/2012 BP1-P13

21 29,5 6,1 18,5 19

13/11/2012 BP2-P1 21 71,3 6,26 38,87 46

13/11/2012 BP2-P13

21 237 6,77 120,64 154

05/12/2012 BP1-P1 21,5 206 6,97 106,5 134

05/12/2012 BP1-P13

21 32,1 5,42 17,92 21

04/12/2012 BP2-P1 22 102,2 5,76 55,21 66,4

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Local Data temp Cond, pH alcalinidade

total STD

(oC) (µS cm

-1) (mg,L

-1 CaCO3) (mg,L

-1)

04/12/2012 BP2-P13

21,5 118 5,8 60,39 77

Obs: os valores em itálico foram gerados por correlação linear pela condutividade.

Tabela 28 – Li, Be, B, Na, Mg, Al, Si, P, S e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros

Local Data Li Be B Na Mg Al Si P S Cl

PPB PPB PPB PPM PPM PPB PPM PPB PPM PPM

20/03/2012 BP1-P01 2,7 0,09 20 1188 3,40 27 5382 126 2 1

20/03/2012 BP1-P13 4,3 <0.05 9 3795 3,40 20 12587 40 1 <1

19/03/2012 BP2-P01 5,9 0,11 12 1938 3,40 17 6254 32 2 <1

19/03/2012 BP2-P13 4,0 <0.05 10 4706 3,40 17 13069 103 2 1

12/09/2012 BP1-P01 2,4 0,07 <5 0,80 0,73 205 4765 132 <1 <1

12/09/2012 BP1-P13 1,8 <0.05 <5 2,99 0,75 62 10957 62 <1 <1

11/09/2012 BP2-P01 3,8 <0.05 <5 1,36 0,76 48 4147 142 <1 <1

11/09/2012 BP2-P13 3,9 <0.05 6 7,57 2,70 51 11485 45 2 <1

12/10/2012 BP1-P01 2,2 <0.05 <5 0,67 0,58 8 5257 11 <1 <1

12/10/2012 BP1-P13 2,2 0,05 <5 3,32 0,78 11 12835 28 <1 <1

11/10/2012 BP2-P01 4,7 <0.05 <5 2,35 0,96 4 6870 10 <1 <1

11/10/2012 BP2-P13 6,7 0,05 19 22,23 7,84 20 11352 14 5 <1

12/11/2012 BP1-P01 3,0 <0.05 <5 1,19 2,16 14 6135 25 <1 <1

12/11/2012 BP1-P13 2,4 0,05 <5 3,30 0,81 13 12684 30 <1 <1

11/11/2012 BP2-P01 4,8 <0.05 5 3,16 1,39 98 8234 23 2 <1

11/11/2012 BP2-P13 8,5 <0.05 17 16,61 7,35 20 13048 15 2 <1

12/12/2012 BP1-P01 7,5 <0.05 <5 6,72 10,22 8 14128 58 1 <1

12/12/2012 BP1-P13 2,1 <0.05 <5 3,22 0,82 11 12933 21 <1 <1

12/12/2012 BP2-P01 4,4 <0.05 6 3,24 1,39 5 8134 <10 1 <1

12/12/2012 BP2-P13 7,3 <0.05 10 6,89 2,99 11 15514 <10 <1 <1

Tabela 29 – K, Ca, Sc, V, Cr, Mn, Fe, Co, Ni e Cu em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros.

Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu

PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 1,33 1,51 <1 <10 <0.2 <0.5 24,55 <10 0,31 4,0

20/03/2012 BP1-P13 1,82 1,60 2 <10 0,3 0,6 13,18 <10 0,16 1,3

19/03/2012 BP2-P01 1,32 5,47 1 <10 <0.2 <0.5 98,97 241 1,46 3,3

19/03/2012 BP2-P13 1,53 7,06 2 <10 <0.2 <0.5 212,79 <10 1,41 2,3

12/09/2012 BP1-P01 0,97 1,23 <1 <10 0,2 5,8 24,54 156 0,19 3,1

12/09/2012 BP1-P13 1,44 1,04 <1 <10 0,3 5,0 11,62 47 1,13 0,8

11/09/2012 BP2-P01 0,88 4,23 <1 <10 <0.2 5,4 64,07 101 0,77 1,9

11/09/2012 BP2-P13 1,52 10,31 <1 <10 0,2 4,6 330,87 73 1,35 1,8

12/10/2012 BP1-P01 0,89 0,79 <1 <10 <0.2 <0.5 10,22 <10 0,06 2,6

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Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu

PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

12/10/2012 BP1-P13 1,51 1,28 <1 <10 0,3 <0.5 13,41 10 0,10 0,8

11/10/2012 BP2-P01 0,97 5,49 <1 <10 <0.2 <0.5 77,27 <10 0,12 2,8

11/10/2012 BP2-P13 2,64 26,34 <1 <10 <0.2 <0.5 15,55 53 0,07 0,4

12/11/2012 BP1-P01 1,20 32,97 <1 <10 <0.2 <0.5 3,92 <10 0,31 3,2

12/11/2012 BP1-P13 1,50 1,11 <1 <10 0,4 <0.5 5,58 10 0,10 0,8

11/11/2012 BP2-P01 1,36 9,23 <1 <10 0,4 2,2 289,77 999 3,25 4,5

11/11/2012 BP2-P13 2,53 27,58 <1 <10 0,5 <0.5 312,12 12 0,22 1,2

12/12/2012 BP1-P01 2,34 21,66 <1 <10 0,7 <0.5 355,37 <10 0,23 1,2

12/12/2012 BP1-P13 1,54 1,28 <1 <10 0,4 0,6 8,78 10 0,05 0,7

12/12/2012 BP2-P01 1,26 11,21 <1 <10 <0.2 <0.5 304,89 630 3,15 3,8

12/12/2012 BP2-P13 1,65 13,10 <1 <10 0,4 <0.5 190,61 12 0,20 1,0

Tabela 30 – Zn, Ga, Ge, As, Se, Br, Rb, Sr, Y e Zr em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros.

Local Data Zn Ga Ge As Se Br Rb Sr Y Zr

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 77,2 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 25 3,92 6,40 0,04 0,03

20/03/2012 BP1-P13 63,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 14 4,81 10,13 0,02 <0.02

19/03/2012 BP2-P01 57,2 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 11 2,48 15,76 0,03 0,02

19/03/2012 BP2-P13 32,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 22 2,12 31,14 0,04 <0.02

12/09/2012 BP1-P01 57,6 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 3,39 7,11 0,36 0,13

12/09/2012 BP1-P13 26,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,16 9,58 0,06 0,07

11/09/2012 BP2-P01 44,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 1,62 13,44 0,05 0,06

11/09/2012 BP2-P13 29,4 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 7 2,16 64,04 0,16 0,04

12/10/2012 BP1-P01 37,1 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 3,47 5,20 <0.01 <0.02

12/10/2012 BP1-P13 38,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,13 10,74 <0.01 <0.02

11/10/2012 BP2-P01 66,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 1,85 20,05 <0.01 <0.02

11/10/2012 BP2-P13 10,1 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 8 3,44 206,34 0,03 <0.02

12/11/2012 BP1-P01 164,2 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 5 4,19 41,08 0,10 <0.02

12/11/2012 BP1-P13 18,3 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,04 10,29 0,07 <0.02

11/11/2012 BP2-P01 162,5 <0.05 <0.05 5,9 <0.5 <5 2,58 30,67 0,11 0,04

11/11/2012 BP2-P13 28,8 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 10 2,92 220,10 0,07 <0.02

12/12/2012 BP1-P01 24,4 <0.05 <0.05 0,7 <0.5 <5 4,21 186,60 0,02 <0.02

12/12/2012 BP1-P13 44,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 4,21 10,84 0,02 <0.02

12/12/2012 BP2-P01 60,0 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 2,46 32,77 <0.01 <0.02

12/12/2012 BP2-P13 15,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 11 2,01 92,89 <0.01 <0.02

Tabela 31 – Nb, Mo, Ru, Rh, Pd, ag, Cd, In, Sn e Sb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros.

Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 <0.01 1,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,35 <0.01 0,07 <0.05

20/03/2012 BP1-P13 <0.01 1,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,12 <0.01 0,08 <0.05

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 81

Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

19/03/2012 BP2-P01 <0.01 1,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,16 <0.01 0,09 <0.05

19/03/2012 BP2-P13 <0.01 0,7 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,11 <0.01 <0.05 <0.05

12/09/2012 BP1-P01 0,01 5,0 <0.05 <0.01 <0.2 0,07 0,52 <0.01 0,37 <0.05

12/09/2012 BP1-P13 <0.01 3,4 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,27 <0.01 0,25 <0.05

11/09/2012 BP2-P01 <0.01 4,0 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,32 <0.01 0,33 <0.05

11/09/2012 BP2-P13 <0.01 3,3 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,24 <0.01 0,26 <0.05

12/10/2012 BP1-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 <0.05

12/10/2012 BP1-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 <0.05

11/10/2012 BP2-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,19 <0.01 <0.05 <0.05

11/10/2012 BP2-P13 <0.01 0,3 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05

12/11/2012 BP1-P01 <0.01 0,1 0,08 <0.01 <0.2 <0.05 0,72 <0.01 <0.05 <0.05

12/11/2012 BP1-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05

11/11/2012 BP2-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,45 0,01 0,16 1,46

11/11/2012 BP2-P13 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,06 <0.01 <0.05 <0.05

12/12/2012 BP1-P01 <0.01 0,2 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,07 <0.01 <0.05 <0.05

12/12/2012 BP1-P13 <0.01 0,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 0,27 <0.05

12/12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,20 <0.01 0,07 <0.05

12/12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05

Tabela 32 – Te, Cs, Ba, La, Ce, Pr, Nd, Sm, Eu e Gd em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros

Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 <0.05 0,01 48,24 0,02 0,05 <0.01 0,03 <0.02 <0.01 <0.01

20/03/2012 BP1-P13 <0.05 <0.01 39,31 0,03 0,07 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 <0.01

19/03/2012 BP2-P01 <0.05 <0.01 67,93 0,02 0,06 <0.01 0,02 <0.02 <0.01 <0.01

19/03/2012 BP2-P13 <0.05 <0.01 68,63 0,02 0,07 <0.01 0,02 <0.02 <0.01 <0.01

12/09/2012 BP1-P01 <0.05 0,04 107,69 0,69 1,43 0,18 0,71 0,13 <0.01 0,12

12/09/2012 BP1-P13 <0.05 <0.01 50,18 0,11 0,23 0,02 0,13 <0.02 <0.01 <0.01

11/09/2012 BP2-P01 <0.05 <0.01 59,09 0,08 0,17 0,01 0,06 <0.02 <0.01 <0.01

11/09/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 104,89 0,21 0,50 0,05 0,20 0,03 <0.01 0,04

12/10/2012 BP1-P01 <0.05 <0.01 43,69 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

12/10/2012 BP1-P13 <0.05 <0.01 40,14 <0.01 0,02 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

11/10/2012 BP2-P01 <0.05 <0.01 69,49 <0.01 <0.01 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 <0.01

11/10/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 211,94 0,02 0,07 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 <0.01

12/11/2012 BP1-P01 <0.05 0,04 64,77 0,10 0,10 0,07 0,09 0,06 0,04 0,06

12/11/2012 BP1-P13 <0.05 0,03 39,14 0,08 0,09 0,07 0,07 0,06 0,05 0,05

11/11/2012 BP2-P01 <0.05 0,05 97,58 0,20 0,13 0,08 0,13 0,08 0,04 0,09

11/11/2012 BP2-P13 <0.05 0,04 220,89 0,06 0,10 0,04 0,05 0,02 <0.01 0,03

12/12/2012 BP1-P01 <0.05 0,03 319,05 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

12/12/2012 BP1-P13 <0.05 <0.01 38,44 0,02 0,05 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 <0.01

12/12/2012 BP2-P01 <0.05 <0.01 96,92 <0.01 0,02 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 82

Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

12/12/2012 BP2-P13 <0.05 0,02 122,07 <0.01 0,04 <0.01 0,01 <0.02 <0.01 <0.01

Tabela 33 – Tb, Dy, Ho, Er, Tm, Yb, Lu, Hf, Ta e W em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros.

Local Data Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Hf Ta W

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

20/03/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

19/03/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

19/03/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/09/2012 BP1-P01 <0.01 0,07 0,01 0,03 <0.01 0,02 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/09/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 0,17

11/09/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

11/09/2012 BP2-P13 <0.01 0,02 <0.01 0,01 <0.01 0,01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/10/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/10/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

11/10/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

11/10/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/11/2012 BP1-P01 0,06 0,06 0,05 0,06 0,06 0,05 0,06 <0.02 <0.02 <0.02

12/11/2012 BP1-P13 0,07 0,06 0,06 0,06 0,06 0,06 0,07 <0.02 <0.02 <0.02

11/11/2012 BP2-P01 0,08 0,07 0,08 0,07 0,07 0,05 0,08 <0.02 <0.02 <0.02

11/11/2012 BP2-P13 0,04 0,04 0,03 0,03 0,02 0,02 0,02 <0.02 <0.02 <0.02

12/12/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/12/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

12/12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

Tabela 34 – Re, Pt, Au, Hg, Ti, Tl, Pb, Bi, Th e U em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros.

Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

20/03/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,3 0,02 9,2 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

20/03/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,2 <0.01 5,5 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

19/03/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,4 0,03 3,5 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

19/03/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,1 0,03 5,9 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

12/09/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 1,0 0,03 9,9 0,07 0,06 0,03 <0.01

12/09/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,6 <0.01 5,5 0,06 <0.05 <0.02 <0.01

11/09/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 1,3 0,02 4,3 0,06 <0.05 <0.02 <0.01

11/09/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 1,2 0,02 8,7 <0.05 <0.05 0,02 <0.01

12/10/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,8 0,02 3,8 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

12/10/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 0,4 <0.01 13,9 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

11/10/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 0,2 0,02 0,4 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

11/10/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 2,0 <0.05 <0.05 0,04 <0.01

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 83

Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

12/11/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 80,0 <0.05 <0.05 0,03 <0.01

12/11/2012 BP1-P13 <0.01 0,01 <0.05 <0.1 <0.01 5,9 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

11/11/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 16,7 0,08 13,3 0,08 <0.05 0,03 <0.01

11/11/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 2,2 0,02 6,9 <0.05 <0.05 0,04 <0.01

12/12/2012 BP1-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,03 7,2 <0.05 <0.05 0,11 <0.01

12/12/2012 BP1-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 10,2 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

12/12/2012 BP2-P01 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,03 4,3 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

12/12/2012 BP2-P13 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 0,02 1,7 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

3.3.2.1 Medições automáticas do nível do freático e da temperatura

As medições automáticas do nível do freático e da temperatura tiveram seqüência e foram

realizadas por equipamentos medidores da coluna de água pela pressão exercida sobre uma célula

baro-sensível, marca Solinst modelo Levelogger gold 3001.

As altitudes do nível da água anotadas nos piezômetros podem ser observadas nas Figura 53 e

Figura 54.

Figura 53 – Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e

janeiro/13.

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 84

Os valores foram obtidos a partir dos registros automáticos dos dataloggers, foram calculados

utilizando-se valores da pressão barométrica média da região. Os dados apresentados nas figuras

estão sendo reavaliados frente a variáveis levantadas na estação meteorológica operada pelo

SIMEPAR em Telêmaco Borba. Para facilitar a comparação entre os níveis dos quatro piezômetros, os

perfis das figuras estão apresentados na mesma escala.

Os registros automáticos da temperatura estão ilustrados nas Figura 55 e Figura 56. Como nos

períodos anteriores, as variações de temperatura continuaram sendo mais regulares e de menor

amplitude no BP1-P13. As maiores variações foram observadas no BP1-P01 e as temperaturas mais

baixas foram registradas no BP1-P13. As temperaturas mais elevadas foram registradas no BP2-P01.

Figura 54 – Altitudes do freático, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e

janeiro/13

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 85

Figura 55 – Temperaturas obtidas por medidor automático nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13 entre julho/12 e

janeiro/13.

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2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 86

Figura 56 - Temperaturas, obtidas por medidor automático nos piezômetros BP2-P01 e BP2-P13 entre julho/12 e

janeiro/13.

3.3.2.2 Interpretação preliminar dos resultados obtidos das baterias de piezômetros

No período que se seguiu ao relatório final da fase rio, ademais dos aspectos salientados

naquele documento alguns mais merecem destaque.

No que concerne à piezometria do freático, ficou evidenciada a diferença de comportamento

hidrogeológico entre as duas baterias de piezômetros. Enquanto na BP1 a variação da altura do nível

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 87

de água foi de no máximo 5,3 m, no BP1-P01, esta foi de apenas 45 cm no BP1-P13. Por outro lado, na

BP2, a variação foi bem mais acentuada, variando em cerca de 10 m, tanto no P01 como no P13.

Em ambas as baterias, o efeito do enchimento do reservatório da UHE-Mauá está se

manifestando nos piezômetros BP1-P01 e BP1-P13.

A maior heterogeneidade e anisotropia no padrão de circulação de água subterrânea ocorre

na área da BP2, o que pode ter relação com a intrusão do corpo de diabásio nas proximidades. Este

fenômeno geológico veio acompanhado de fraturamento nas rochas sedimentares do substrato,

rochas estas com graus diferentes de permeabilidade, em função da proporção relativa variada das

frações granulométricas. Estes aspectos levam a que o fluxo subterrâneo seja descontinuado por

zonas de baixa permeabilidade, promovendo desvios e consequentes interferências no nível

piezométrico.

A temperatura da água variou muito pouco nos quatro poços piezométricos monitorados

(Figura 55 e Figura 56). No BP1-P13 a temperatura decresceu continuamente de 18,4o C a 19,05o C. No

BP2-P13 a variação foi de cerca de 0,3oC, com um máximo de 20,06o C, por outro lado no BP2-P01 a

temperatura praticamente ficou constante, em torno de 20oC. No BP1-P01 a temperatura pouco

variou, permanecendo no entorno de 19,8o C.

Uma interpretação mais consolidada dos registros será apresentada ao final da presente fase

do programa de monitoramento, quando se tiver acesso aos dados de um período maior de

observações.

O monitoramento dos perfis piezométricos através de dados obtidos em oito campanhas

confirmou comportamentos distintos entre os sítios das duas baterias de piezômetros, o que é

reforçado pelos dados dos datalogers. A BP1 apresentou uma boa homogeneidade no perfil

piezométrico (Figura 57), com um aumento regular no nível do freático entre P1 e P10, havendo um

abaixamento em P11 e P12, e uma retomada do perfil anterior no P13. Este aspecto pode estar

relacionado a uma zona de fluxo facilitado naquele setor do perfil.

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 88

Figura 57 – Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi, no

município de Telêmaco Borba. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 22.

A bateria BP2 (Figura 58) indica uma maior anisotropia nas condições de fluxo de água

subterrânea.

Figura 58 – Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio Tibagi no

município de Ortigueira. A figura foi construída com os dados constantes da Tabela 23.

O padrão de fluxo indica, como seria de se esperar, a tendência geral de uma elevação no nível

do freático entre P1 e P13, no entanto ocorrem no mínimo três importantes descontinuidades,

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 89

caracterizando um padrão de fluxo transversal à linha da bateria de piezômetros. O perfil da BP2 é

cruzado por duas ou três faixas de maior facilidade para o fluxo de água subterrânea, caracterizadas

por abaixamentos sensíveis no nível piezométrico do aquífero livre, perto do P3, P7 e do P10.

O perfil da condutividade (Figura 59) também explicita as descontinuidades no perfil da BP1.

Enquanto em determinados poços há diferença muito pequena entre todas as medições, em P3, P4,

P9 e P13, ocorre uma dispersão maior dos valores de condutividade.

Figura 59 – Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP1, nos

piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 24.

O comportamento do perfil de pH (Figura 60), em linhas gerais, é coerente com a

condutividade, sendo que as descontinuidades da sequencia de valores coincidem, estando os valores

inferiores de pH correspondentes às condutividades mais baixas.

-

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cm)

Perfís de condutividadena BP1 - Mauá (margem direita)

24/01/2012

19/03/2012

29/05/2012

04/07/2012

08/08/2012

12/09/2012

17/10/2012

15/11/2012

05/12/2012

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC 90

Figura 60 – Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pela bateria de piezômetros BP1. Os dados usados nos

gráficos constam da Tabela 27.

Em algumas campanhas, como em 29/05/12 e em 17/10/12, os valores de pH registrados

podem não estar corretos, devido aos valores diferirem muito daqueles medidos até então, em alguns

pontos.

A BP2 apresenta um substrato com padrões de fluxo mais heterogêneo, o que tem

consequências nos perfis de condutividade e pH. A anormalidade no perfil obtido na campanha de

17/10/2012 reforça a conclusão de que os dados obtidos na ocasião são espúrios.

Em se tratando da BP2, há que se considerar que, nos últimos meses o local sediou a montante

da bateria, uma guarita da empresa construtora da ponte sobre o rio Barra Grande. No local

circularam alguns veículos e funcionários da construtora, além de um coxo de sal para plantéis de

gado que eventualmente eram colocados no terreno, podendo ter havido alguma contaminação do

freático.

Também nas proximidades da BP2 foi estabelecido um sítio provisório para armazenagem de

troncos de árvores seccionados e dispostos em pilhas na superfície do terreno. Para tal atividade o

sítio sediou circulação de operários e equipamentos podendo ter causado alguma contaminação da

água.

Notável foi o acréscimo nos valores de condutividade em P12 e P13 da BP2, o que pode ser

atribuído também à presença de um rebanho bovino, que permaneceu por certo tempo aproveitando

o pasto do local.

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13

pH

Perfís do pH na BP1 - Mauá (margem direita)

24/01/2012

19/03/2012

29/05/2012

04/07/2012

08/08/2012

12/09/2012

17/10/2012

15/11/2012

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Figura 61 – Variação na condutividade da água medida em nove campanhas em amostras coletadas na BP2, nos

piezômetros P1 a P13. Os dados apresentados na figura constam da Tabela 25.

Na BP2, o perfil do pH, como a condutividade, em P2 apresenta máximos em P7 e P10 e entre

estes extremos superiores há um abaixamento no valor da variável em P8. A tendência geral de P1 a

P13 é de um aumento do pH.

Figura 62 – Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2. Os dados usados

nos gráficos constam da Tabela 27.

0,0

100,0

200,0

300,0

400,0

500,0

600,0

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13

con

du

tivi

dad

e (µ

S/cm

)

Perfís de condutividade

na BP2 - Mauá (margem esquerda)

24/01/2012

20/03/2012

30/05/2012

04/07/2012

08/08/2012

11/09/2012

17/10/2012

14/11/2012

04/12/2012

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

7,5

8,0

8,5

9,0

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13

pH

Perfís do pH na BP2 - Mauá (margem esquerda)

24/01/2012

20/03/2012

30/05/2012

04/07/2012

08/08/2012

11/09/2012

17/10/2012

14/11/2012

04/12/2012

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Um panorama geral do quimismo das águas do freático nos dois sítios estudados,

representado pela distribuição relativa dos macro-constituintes iônicos, por meio de um Diagrama de

Durov (Figura 63), foi descrito no relatório relativo ao final da fase rio.

No presente documento o diagrama foi refeito tendo sido acrescidos os pontos

correspondentes às demais campanhas realizadas no período.

Para facilitar a visualização e interpretações, foram construídos polígonos de relações

intercatiônicas (PRIC) envolvendo os pontos das campanhas anteriores ao período prioritariamente

aqui relatado. Os pontos recentes estão locados individualmente no diagrama para visualizar sua

relação com o polígono envolvente dos pontos anteriores. No apêndice do diagrama que representa a

concentração total de materiais dissolvidos, está indicada por setas a relação dos pontos mais

distantes dos conjuntos anteriores, notadamente no caso do BP2-P13.

O diagrama evidencia alguns fatos, destacando-se a maior dispersão dos pontos

caracterizadores da composição do BP2-P13. As águas do referido P13 ficaram mais sódicas, o que

não deixa de ser coerente com alguma contaminação de atividades humanas e da presença de gado

no local.

No último trimestre, a maior diferença de composição detectada foi no BP1-P01. As duas

últimas campanhas mostraram uma água, em novembro, proporcionalmente mais rica em cálcio e

nos dois últimos meses mais condutiva, ou seja, mais concentrada em material dissolvido.

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Figura 63 – Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2 P1 e P13. O

diagrama foi construído com os dados constantes da Tabela 26.

O BP1-P13, com suas águas mais sódicas, apresentou pequena variação composicional,

principalmente pela presença mais baixa de magnésio detectada em algumas ocasiões. O mesmo

ocorreu com o BP1-P01 e causa desta pequena variação ainda não está clara.

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Quanto à concentração de elementos menos abundantes por ICP-MS, muito há que ser

explorado e interpretado. Se os elementos majoritários da solução são sobretudo controlados pela

solubilização de compostos minerais próprios, grande parte dos elementos minoritários não estão

alojados em minerais dos quais eles são componentes principais.

Neste relatório, a título de exemplo de possibilidades de organização de dados de composição,

está apresentado um diagrama triangular contendo a proporção relativa de bário, rubídio e estrôncio,

expresso em termos de percentuais molares (Figura 64). Tais elementos foram selecionados por

serem todos ou alcalino-terrosos, como o bário e o estrôncio ou alcalinos como é o caso do rubídio.

Eles, comumente acompanham outros elementos do grupo 1A e 2A da Tabela Periódica,

notadamente o cálcio, o magnésio, sódio e potássio. Ao diagrama triangular foi acrescido um

apêndice na parte inferior em que os pontos do triângulo são projetados para baixo e locados

conforme a concentração dos três elementos somada.

Dos três elementos, o rubídio é o menos abundante, sendo que a relação bário x estrôncio é

um fator que discrimina os diversos piezômetros quanto à composição das águas. A relação Ba/Sr

mais elevada corresponde a BP1-P01 e mais baixa ao conjunto das amostras do BP2-P13. As águas

correspondentes aos meses de novembro e dezembro do BP1-P01 apresentaram pontos que diferem

bastante do conjunto do pontos anteriores devido à relação Ba/Sr mais baixa nas amostras recentes.

Semelhantemente, as duas últimas amostras do piezômetro BP2-P01 também apresentam valores

relativamente mais elevados para estrôncio.

A relação Ba/Sr está na mesma faixa em BP1-P13 e BP2-P01, porém as concentrações de

rubídio, via de regra, são mais elevadas no caso de BP1-P13.

A dispersão maior de valores corresponde ao BP2-P13, o que reforça a hipótese da influência

de contaminações locais nos últimos meses de 2012.

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Figura 64 – Distribuição das concentrações de elementos químicos no BP1-P01

3.3.3 Poços Profundos

No período compreendido por este relatório foram realizadas cinco campanhas de

amostragem de qualidade de água nos poços profundos P2, P3, P5 e P7. A amostragem e análise de

água dos aquíferos profundos, realizada em sete poços tubulares profundos, foi interrompida em

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2011, visto que as principais características químicas dos respectivos corpos de água já haviam sido

levantadas.

Em agosto/12, em vistas do período de enchimento do reservatório, foram retomadas as

medidas em alguns poços selecionados dentre aqueles amostrados na fase inicial dos trabalhos.

3.3.3.1 Campanhas de medições e amostragens dos aquíferos profundos

As medições e amostragens dos aquíferos profundos foram realizadas nas mesmas ocasiões das

medições e amostragens nas baterias de piezômetros no freático, BP1 e BP2.

A partir de outubro/12, foram selecionados para a continuidade dos trabalhos, os poços P2, P3, P5

e P7, cujas características constam da Tabela 7. A despeito disso, a análise dos dados é feita

considerando todo o histórico disponível sobre a qualidade da água subterrânea do contexto

estudado.

No período entre agosto e dezembro de 2012 foram realizadas cinco campanhas de

amostragens conforme a Tabela 35.

Tabela 35 - Poços tubulares profundos amostrados nas campanhas de 2012

Campanha Data Atividades de campo Locais

11 08/08/2012 Amostragem em poços profundos P2 e P7

12 12/09/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4 e P7

13 17/10/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P7

14 13/11/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P7

15 05/12/2012 Amostragem em poços profundos P2, P4, P5 e P7

3.3.3.2 Resultados analíticos dos poços profundos

Nas amostras coletadas foram analisados os componentes químicos majoritários, além de

variáveis físico-químicas totalizadoras, conforme especificado na Tabela 36 e na Tabela 37.

Tabela 36 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água coletadas em poços tubulares profundos em 2012.

Local Data HCO3

- CO3

- Cl

- SO4

2- NO3

- Ca

2+ Mg

2+ Na

+ K

+

(mg.L-1

)

P2 08/08/2012 24,88 0 0,71 <1,0 0,14 2,15 1,12 5,60 2,40

P7 08/08/2012 148,66 13,36 49,08 - <0,01 4,21 0,53 91,30 0,70

P2 12/09/2012 24,39 0 0,87 <1.0 0,17 2,31 1,70 6,60 2,50

P4 12/09/2012 113,20 0 0,87 4,2 0,39 27,91 4,06 9,20 1,40

P7 12/09/2012 90,36 39,96 36,48 39,2 0,33 2,99 0,48 133,70 0,30

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Local Data HCO3

- CO3

- Cl

- SO4

2- NO3

- Ca

2+ Mg

2+ Na

+ K

+

(mg.L-1

)

P2 17/10/2012 25,68 0 0,61 <1,0 0,16 2,13 1,22 4,40 2,00

P3 17/10/2012 79,07 0 0,89 <1,0 <0,01 12,75 2,67 14,00 1,00

P5 17/10/2012 90,31 0 0,33 <1,0 <0,01 4,25 0,73 40,50 0,60

P7 17/10/2012 93,92 21,64 26,95 28,7 <0,01 2,55 0,24 132,0 1,60

P2 14/11/2012 30,85 0 0,42 <1,0 0,15 2,11 1,95 5,6 2,300

P3 14/11/2012 101,56 0 1,7 <1,0 <0,01 6,32 1,22 23,3 0,500

P5 14/11/2012 106,48 0 0,42 <1,0 <0,01 4,21 0,97 40,4 0,700

P7 14/11/2012 179,79 5,1 56,48 130,8 0,01 5,47 0,49 158,8 0,500

P2 05/12/2012 42,59 0 0,16 <1,0 0,1 2,1 1,7 5,2 2,000

P3 05/12/2012 88,34 0 0,16 <1,0 <0,01 14,73 2,19 14 0,700

P5 05/12/2012 102,13 0 0,47 10 <0,01 4,63 2,19 43,6 0,500

P7 05/12/2012 185,15 5,72 38,13 109,7 <0,01 4,63 2,19 91,8 0,900

Tabela 37 - Condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nos poços tubulares profundos, em 2012.

Local Data Cond, pH alcalinidade

total alcalinidade à

fenolftal. STD

(µS cm-1

) (mg.L-1

CaCO3) (mg.L-1

)

P2 08/08/2012 42 6,45 28,39 0 27

P7 08/08/2012 769 9,38 144,11 11,13 500

P2 12/09/2012 44 7,65 19,99 0 29

P4 12/09/2012 183 7,59 92,78 0 119

P7 12/09/2012 697 9,34 139,67 32,80 453

P2 17/10/2012 46 6,42 21,05 0 30

P3 17/10/2012 134 7,83 64,81 0 87

P5 17/10/2012 178 8,85 74,35 116

P7 17/10/2012 618 9,36 129,72 26,37 420

P2 14/11/2012 45 6,35 25,29 0 29

P3 14/11/2012 140,9 8,38 83,25 0 92

P5 14/11/2012 164,1 8,25 87,28 0 107

P7 14/11/2012 862 8,68 155,87 4,25 560

P2 05/12/2012 45,5 6,13 34,91 0 30

P3 05/12/2012 132,4 8,01 0 0 86

P5 05/12/2012 169,1 9,41 86,19 1,24 110

P7 05/12/2012 899 9,32 161,3 4.77 584

A Tabela 38 é continente dos resultados analíticos por ICP-MS , obtidos nos poços tubulares

profundos nas campanhas realizadas em 2012.

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Tabela 38 - Elementos em solução em poços profundos medidos por ICP-MS nas campanhas de setembro e dezembro de 2012.

Local Data Li Be B Na Mg Al Si P S Cl

PPB PPB PPB PPM PPM PPB PPM PPB PPM PPM

P2 12/09/2012 4,4 <0.05 <5 5,10 1,48 38 17299 164 <1 2

P4 12/09/2012 10,4 <0.05 15 10,01 4,24 16 14200 54 2 <1

P7 12/09/2012 96,1 <0.05 937 130,35 0,23 65 8739 118 36 22

P2 05/12/2012 4,0 <0.05 <5 4,87 1,41 3 19652 53 <1 <1

P3 05/12/2012 5,0 <0.05 <5 13,54 1,95 4 15504 60 <1 <1

P5 05/12/2012 3,9 <0.05 5 34,97 0,45 6 8135 16 4 <1

P7 05/12/2012 118,3 <0.05 612 196,17 0,39 6 5966 15 63 41

Local Data K Ca Sc V Cr Mn Fe Co Ni Cu

PPM PPM PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 2,21 1,81 <1 <10 0,3 5,9 2,95 56 <0.02 0,8

P4 12/09/2012 1,32 25,25 <1 <10 2,2 <0.5 1,78 <10 <0.02 <0.2

P7 12/09/2012 0,63 3,23 <1 <10 1,3 6,8 9,47 76 0,04 8,1

P2 05/12/2012 2,00 1,57 1 <10 0,2 0,8 1,50 <10 <0.02 <0.2

P3 05/12/2012 0,75 12,01 <1 <10 1,5 <0.5 2,26 <10 <0.02 <0.2

P5 05/12/2012 0,35 4,06 <1 <10 <0.2 <0.5 1,76 <10 <0.02 <0.2

P7 05/12/2012 0,64 4,75 <1 <10 0,4 <0.5 7,39 <10 <0.02 <0.2

Local Data Zn Ga Ge As Se Br Rb Sr Y Zr

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 55,1 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 0,74 25,50 0,02 0,06

P4 12/09/2012 44,9 <0.05 <0.05 3,1 6,0 <5 0,93 156,15 0,02 0,05

P7 12/09/2012 625,2 0,18 2,13 1,0 <0.5 38 1,11 128,28 0,05 0,21

P2 05/12/2012 26,7 <0.05 <0.05 <0.5 <0.5 <5 0,59 24,14 <0.01 <0.02

P3 05/12/2012 35,3 <0.05 0,05 2,4 2,4 <5 0,46 194,75 <0.01 <0.02

P5 05/12/2012 9,8 <0.05 0,19 18,9 <0.5 <5 0,68 183,58 <0.01 <0.02

P7 05/12/2012 108,5 0,12 2,29 0,9 <0.5 60 1,05 229,39 <0.01 0,04

Local Data Nb Mo Ru Rh Pd Ag Cd In Sn Sb

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 <0.01 3,9 <0.05 <0.01 <0.2 0,05 0,32 <0.01 0,40 0,12

P4 12/09/2012 <0.01 0,9 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,07 <0.01 <0.05 0,22

P7 12/09/2012 <0.01 9,4 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 0,25 <0.01 0,24 1,80

P2 05/12/2012 <0.01 <0.1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05

P3 05/12/2012 <0.01 0,9 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 <0.05

P5 05/12/2012 <0.01 2,0 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 <0.05 0,06

P7 05/12/2012 <0.01 6,1 <0.05 <0.01 <0.2 <0.05 <0.05 <0.01 0,07 0,13

Local Data Te Cs Ba La Ce Pr Nd Sm Eu Gd

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 0,05 <0.01 47,76 0,04 0,08 <0.01 0,04 <0.02 <0.01 <0.01

P4 12/09/2012 <0.05 0,02 196,38 0,02 0,05 <0.01 0,03 <0.02 <0.01 <0.01

P7 12/09/2012 <0.05 0,11 34,19 0,13 0,29 0,03 0,12 0,02 <0.01 0,01

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

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P2 05/12/2012 <0.05 <0.01 41,68 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

P3 05/12/2012 <0.05 <0.01 158,76 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

P5 05/12/2012 <0.05 0,03 188,03 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

P7 05/12/2012 <0.05 0,07 18,49 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.01 <0.01

Local Data Tb Dy Ho Er Tm Yb Lu Hf Ta W

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

P4 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

P7 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 1,97

P2 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

P3 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 <0.02

P5 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 0,29

P7 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.01 <0.02 <0.02 2,36

Local Data Re Pt Au Hg Ti Tl Pb Bi Th U

PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB

P2 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.05 0,5 <0.01 7,1 0,11 0,21 <0.02 <0.01

P4 12/09/2012 0,03 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,9 <0.05 <0.05 2,21 0,03

P7 12/09/2012 <0.01 <0.01 <0.05 0,7 <0.01 22,0 <0.05 0,06 0,21 <0.01

P2 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 1,9 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

P3 05/12/2012 0,01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,2 <0.05 <0.05 0,57 0,01

P5 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,2 <0.05 <0.05 <0.02 <0.01

P7 05/12/2012 <0.01 <0.01 <0.05 <0.1 <0.01 0,7 <0.05 <0.05 0,09 <0.01

Alguns analitos foram determinados em algumas amostras através de duas metodologias e em

dois laboratórios diferentes, como é o caso dos elementos alcalinos sódio, potássio, cálcio e

magnésio. Os resultados obtidos não foram idênticos, porém apresentaram coerência, o que pode ser

utilizado como validação dos resultados para os respectivos analitos.

Detalhes e especificações das metodologias adotadas foram apresentados em referências de

relatórios anteriores.

3.3.3.3 Interpretação preliminar dos resultados obtidos para os poços profundos

Um panorama geral do quimismo das águas dos aquíferos profundos, representado pela

distribuição relativa dos macro-constituintes iônicos, por meio de um Diagrama de Durov (Figura 65),

foi descrito no relatório relativo ao final da fase rio.

No presente documento o diagrama foi refeito tendo sido acrescidos os pontos

correspondentes às campanhas de 2012.

Os pontos recentes estão locados individualmente no diagrama para visualizar sua relação

com os polígonos envolventes dos pontos obtidos na fase rio.

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Em termos gerais, o caráter químico das amostras respeitou a posição ocupada pelas amostras

coletadas anteriormente nos mesmos pontos, todavia em alguns casos ocorrem variações. Para o

caso dos poços tubulares profundos, uma grande diferença em relação aos piezômetros é que os

primeiros tem sido constantemente utilizados. Para a utilização é feito um bombeamento, o que

provoca fluxo forçado no interior do aquífero.

Figura 65 – Diagrama de Durov representando a água dos aquíferos profundos. O diagrama foi construído com os dados

constantes da Tabela 38.

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O poço P7, que abastece o escritório da UHE Mauá, é aquele mais próximo ao reservatório da

usina e que, nos períodos de alta demanda foi incapaz de suprir as necessidades por sua baixa vazão e

apresentou concentrações mais altas de material dissolvido. Este fato sugere que a capacidade do

reservatório é relativamente pequena, porém o fluxo forçado pode ter induzido a que fluxos

incidentes de outros aquíferos contíguos menos salinos tenham contribuído para uma baixa na

concentração das águas. Pelo pequeno tempo decorrido após o enchimento da barragem da UHE

Mauá, certamente a diluição observada nas águas não é provocada pela maior carga hidráulica devida

ao reservatório.

O poço P2, que abastece o Parque Ecológico da Klabin apresenta valores mais baixos de

concentração de material dissolvido nas últimas determinações. Também no poço P5, que serve ao

Viveiro Florestal da Klabin, ocorre o mesmo fenômeno. Estes fatos provavelmente também estão

relacionados a uma captação intensificada em relação ao volume da água armazenada no aquífero.

4 CONCLUSÕES

Com base nos resultados do presente monitoramento de águas superficiais, no que concerne

as suas características físico-químicas e bacteriológicas, destaca-se:

1) Durante todo o período monitorado, variáveis de qualidade de água contempladas pela

Resolução CONAMA 357/05 que se apresentaram em não conformidade com os limites

dispostos para rios de Classe 2, em algum momento do monitoramento, foram pH,

fósforo total, coliformes termotolerantes, fenóis, clorofila-a e densidade de

cianobactérias.

a. Em especial sobre o fósforo, as concentrações mais elevadas foram registradas

nas estações E1, E2 e E3.

b. Maiores concentrações de clorofila-a também foram registradas nas estações

E1 e E2, em especial no mês de outubro/12. Valores acima do limite (30µg.L-1)

foram registrados da mesma forma nas estações E4 e E10 (reservatório).

2) Apesar de não tendo limite legislado pela Resolução CONAMA 357/05, também

salienta-se que as concentrações de nitrogênio total estiveram elevadas ao longo do

monitoramento.

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3) Segundo a metodologia do Índice de Qualidade de Água (IQA) proposto pela CETESB,

de forma geral, as águas do rio Tibagi e de seus afluentes, na região do

empreendimento UHE Mauá, apresentaram qualidade boa e ótima, no período

monitorado entre outubro/12 e dezembro/12.

4) Com relação ao grau de trofia do ecossistema, de acordo com o Índice de Estado

Trófico (IET) proposto pela CETESB, na maior parte do período monitorado, as águas do

rio Tibagi e afluentes na região de estudo, apresentaram característica mesotrófica ou

superior, indicando águas enriquecidas por nutrientes.

5) As estações de reservatório E6 e E10 foram avaliadas pelo método do IQAR, sendo

classificadas da seguinte maneira:

a. Estação E6, no reservatório, nas proximidades da barragem, foi classificada

como ambiente moderadamente degradado, ou seja, de Classe III.

b. Estação E10, no reservatório, no braço do rio Barra Grande, foi classificada

como ambiente criticamente degradado a poluído, ou seja, de Classe IV.

6) O perfil de temperatura e oxigênio mostrou-se estratificado nas estações monitoradas

para tal característica (E4, E6 e E10), com registro de hipóxia ou anóxia na região de

fundo das estações, em todos os meses de monitoramento.

Com base nos resultados do presente monitoramento de águas superficiais, no que concerne à

comunidade fitoplanctônica, destaca-se:

1) Os valores correspondentes à densidade do fitoplâncton e clorofila-a registrados foram

mais elevados em relação aos registrados na fase lótica do empreendimento, mas de

acordo com o esperado, pois as algas encontram dificuldade de sobrevivência diante da

maior turbulência e turbidez das águas.

2) Durante as análises processadas em 2012, elevadas densidades das algas verdes

Eutetramorus fottii (floração) e Mougeotia sp. foram registradas nesta fase de maior

disponibilidade de nutrientes, temperaturas mais elevadas e forte estratificação

térmica da coluna d´água. Apesar de não possuírem toxicidade, elevadas densidades

destas algas refletem as condições moderadamente degradadas das águas.

3) As cianobactérias Microcystis aeruginosa, Cylindrospermopsis raciborskii e

Dolichospermum spp., potencialmente neuro e/ou hepatotóxicas, foram constatadas.

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Estas cianobactérias têm sido causadoras de florações tóxicas em reservatórios

brasileiros. Apesar de registradas em quantidade abaixo das correspondentes à

floração, a existência de inóculos neste período, pode desencadear eventos de

florações em épocas de menor movimentação da coluna d´água e maior temperatura e

luminosidade, condições que facilitam o crescimento mais acelerado das espécies.

4) Com a formação do reservatório, é importante o monitoramento das condições tróficas

do sistema e da fonte de origem dos inóculos de cianobactérias potencialmente

tóxicas, para direcionar medidas mitigatórias em relação à superpopulação destes

microorganismos.

Com base nos resultados do presente monitoramento de águas superficiais, no que concerne à

comunidade zooplanctônica, destaca-se:

1) Com a formação do reservatório está ocorrendo um incremento de táxons. Nos pontos

localizados no corpo central do reservatório (pontos E4, E6 e E10) foram registrados os

maiores picos de abundância, principalmente para os rotíferos. Comparando os

períodos amostrados anteriormente, os microcrustáceos dominaram

quantitativamente em relação os rotíferos. Como abordado anteriormente, a formação

de um reservatório pelo represamento de um rio tende a favorecer espécies

colonizadoras oportunistas capazes de tolerar a instabilidade ambiental ou que se

adaptem facilmente às condições do meio.

Com base nos resultados do presente monitoramento de águas superficiais, no que concerne à

comunidade de macroinvertebrados bênticos, destaca-se:

1) Ainda não houve a formação da zona litoral propriamente dita no reservatório para

colonização dos macroinvertebrados.

2) A espécie exótica Corbicula fluminea já se faz presente na porção mediana do

reservatório.

3) As estações a jusante do reservatório foram fortemente afetadas quanto à supressão

de hábitats para os macroinvertebrados aquáticos.

4) Nos quatro meses avaliados os números de táxons e as densidades foram baixos na

maioria das estações quando comparados aos anos monitorados anteriormente.

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Com base nos resultados do presente monitoramento da presença de Limnoperna fortinei,

destaca-se:

1) Até o presente momento não foram identificadas larvas de Limnoperna fortunei

(mexilhão dourado) em nenhum dos pontos amostrados, não existe nenhuma

evidência da presença do molusco na área de interesse.

Com base nos resultados do presente monitoramento de macrófitas aquáticas, destaca-se:

1) Até o momento foi realizada uma coletas após o enchimento do reservatório do

Empreendimento UHE Mauá. Nesta coleta foi registrada a presença de espécies com

potencial de crescimento excessivo.

2) Foram identificadas áreas com Lemna sp. Salvinia minima e Eichhornia crassipes em

associação.

3) Apesar da baixa diversidade, a ocorrência de algumas espécies flutuantes e emergentes

indica a necessidade do monitoramento dos pontos amostrados, principalmente

aqueles que se caracterizam por serem ambientes lênticos. Em determinadas

situações, o incremento de nutrientes na água estimula a colonização por espécies

macrófitas aquáticas livres-flutuantes, que extraem os nutrientes da coluna de água.

Esse fato é comum no início da formação de reservatórios, como o encontrado no

reservatório da UHE Mauá.

Com base nos resultados do presente monitoramento de águas subterrâneas, destaca-se:

1) O monitoramento do freático até o momento indica que as águas subterrâneas dos

aquíferos rasos possuem boa qualidade química quanto aos parâmetros levantados, não

sendo ultrapassados valores limites legais vigentes.

2) O poço P7, que abastece as dependências da UHE Mauá, tem apresentado decréscimo na

concentração de material dissolvido, provavelmente como consequência da continuidade

da captação e diluição por acesso de água proveniente de outros aquíferos menos salinos

contíguos.

3) Na bateria de piezômetros da margem direita, o conjunto das análises dos macro-

constituintes iônicos evidencia águas contendo mais material em solução no poço de

jusante, o que é um comportamento esperado.

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4) Na bateria da margem esquerda, observou-se uma grande heterogeneidade na

composição da água, sendo que o poço de montante foi o que apresentou água mais

concentrada. Este fato sugere contaminação localizada, com possível contribuição

antrópica.

5) O quimismo indica que o fluxo subterrâneo tem direção transversal às linhas dos

piezômetros e que há uma heterogeneidade de fluxos em termos composicionais, mesmo

na escala abrangida pelas baterias de piezômetros. Este aspecto se dá em função de

descontinuidades do ambiente sub-superficial, sejam elas estruturais ou faciológicas. Esta

constatação se confirma pela análise dos dados piezométricos.

6) Do ponto de vista da piezometria observada nos perfis levantados durante as últimas

campanhas de medidas diretas nas duas baterias, fica confirmado que o perfil da margem

direita do Tibagi é mais contínuo e regular, ao passo que na margem esquerda são

evidenciadas descontinuidades significativas, o que é corroborado pelas diferenças no

quimismo das águas.

7) Nas últimas medidas diretas do nível da água, foi observado em ambas as baterias de

piezômetros uma influência do reservatório a partir do P-04, ou seja: cerca de 50 m da

margem da área alagada.

8) Os dados de medições contínuas registradas nos quatro “datalogers” indicaram

amplitudes de variação, no nível da água de ambos os piezômetros da margem direita,

BP1, inferiores a um metro. Os dados obtidos nos piezômetros da margem esquerda, BP2,

por sua vez indicaram variações muito maiores, na ordem de dois metros no ponto de

montante e de dez metros no ponto de jusante.

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DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ

2º RELATÓRIO TRIMESTRAL - FASE RESERVATÓRIO CECS/2013

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6 JUSTIFICATIVA DE ATRASO DE RESULTADOS DE MACROINVERBRADOS

BENTÔNICOS

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7 ERRATA DO PRIMEIRO RELATÓRIO TRIMESTRAL (JULHO/12 A SETEMBRO/12)

Durante a elaboração do Segundo Relatório Trimestral, foram revisadas as planilhas de cálculo

do Índice de Qualidade de Água de Reservatórios (IQAR). Com o processo de reavaliação dos cálculos

realizados para cada mês de monitoramento, foi observado que o valor de fósforo havia sido inserido

em miligramas/litro, e não em microgramas/litro, conforme determina o método.

Desta forma os cálculos foram refeitos, e o valor correto para o IQAR do trimestre anterior é

apresentado na tabela abaixo, sendo que os resultados apresentados nas tabelas das páginas 31 e 32

do relatório anterior devem ser considerados conforme abaixo.:

Julho/12 Agosto/12 Setembro/12*

E6 3,13 3,62 -

Média do Trimestre 3,37 - Classe III – Moderadamente Degradado

E10 3,04 4,22 -

Média do Trimestre 3,63 - Classe IV – Criticamente Degradado à Poluído

* conforme informado no relatório anterior, problemas com o ensaio de clorofila-a inviabilizaram o cálculo do Índice para o mês de setembro, sendo o cálculo do IQAR do trimestre calculado com a média dos meses de julho/12 e agosto/12

Também com relação ao monitoramento da presença de Limnoperna fortunei, no relatório

anterior (página 58), uma tabela foi apresentada indicando os resultados das análises desenvolvidas.

Nesta tabela, houve erro de digitação, sendo a tabela abaixo a correta:

Tabela 19 - Amostras de água coletadas e analisadas até o momento na região do empreendimento UHE Mauá e resultados obtidos.

Data Ponto Resultado microscopia Resultado molecular

16/07/2012 E2 - Jusante Klabin Negativo - Larvas ausentes DNA degradado

18/07/2012 E6 - Próximo ao eixo da barragem Negativo - Larvas ausentes DNA degradado

22/10/2012 E2 - Jusante Klabin Negativo - Larvas ausentes Negativo - DNA de L. fortunei ausente

24/10/2012 E6 - Próximo ao eixo da barragem Amostra degradada -

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8 ANEXOS

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ANEXO I Dados pluviométricos

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Out Nov Dez

1 0,00 0,20 0,00

2 0,00 0,00 0,00

3 0,40 13,00 0,00

4 0,00 0,00 0,00

5 0,00 0,00 0,00

6 0,00 0,00 1,10

7 0,00 0,00 0,00

8 0,00 5,60 0,00

9 0,00 29,60 1,40

10 0,00 1,60 0,00

11 7,00 0,00 3,60

12 0,20 10,60 0,00

13 0,00 0,20 2,80

14 0,00 0,00 39,40

15 0,00 2,80 11,50

16 0,00 0,20 5,40

17 0,00 0,00 2,80

18 2,00 0,00 3,40

19 2,20 0,00 11,80

20 1,60 0,00 0,00

21 0,80 0,00 0,80

22 0,00 0,00 0,00

23 30,40 0,90 0,00

24 1,40 4,60 0,00

25 16,60 0,00 12,50

26 4,20 8,50 7,20

27 4,80 0,00 23,50

28 2,60 0,00 3,50

29 0,00 0,80 29,00

30 0,00 0,00 8,00

31 7,60 - 0,90

Total 81,8 78,6 168,6

Máx 30,4 29,6 39,4Datas de coleta

SD Sem Dados

Dia2012

UHE MAUÁ - Estação: Telêmaco Borba Código ANA: 2450064

Alturas Pluviométricas Diárias (mm)