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1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO CAMPUS CUIABÁ- BELA VISTA COORDENAÇÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO LAURA CRISTINA DIAS CORRÊA PERFIL DA LOGÍSTICA REVERSA NO RAMO DA TELEFONIA MÓVEL NA CIDADE DE CUIABÁ Cuiabá 2016

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO

CAMPUS CUIABÁ- BELA VISTA COORDENAÇÃO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

LAURA CRISTINA DIAS CORRÊA

PERFIL DA LOGÍSTICA REVERSA NO RAMO DA TELEFONIA MÓVEL NA

CIDADE DE CUIABÁ

Cuiabá 2016

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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL

LAURA CRISTINA DIAS CORRÊA

PERFIL DA LOGÍSTICA REVERSA NO RAMO DA TELEFONIA MÓVEL NA

CIDADE DE CUIABÁ

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Tecnologia em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso, Campus Cuiabá - Bela Vista. Orientador: Prof. Ms. Reinaldo de Souza Bílio

Cuiabá 2016

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Divisão de Serviços Técnicos. Catalogação da Publicação na Fonte. IFMT Campus

Cuiabá Bela Vista Biblioteca Francisco de Aquino Bezerra

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DEDICATÓRIA

A minha mãe Geny Dias, irmã Cristhiane

Corrêa e Dorothy, companheiras de todas

as horas.

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AGRADECIMENTO

A esta Instituição Federal de Ensino.

Ao orientador Prof. Ms. Reinaldo de Souza Bilio

Aos membros da banca Engª. Ambiental Joyce Ferreira de Souza e a Gestora

Ambiental Suelem Christina dos Reis.

Aos Familiares, em especial minha mãe Geny Dias, minha irmã Cristhiane Corrêa, e

minha companheirinha Dorothy.

Aos amigos Anderson, Marcia Rocha, Marcia Danila, Rejane e Vívian.

À Divindade.

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“Onde houver vida, onde houver consciência... ali está Deus.”

Osho

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RESUMO

A sociedade tem assistido na última década um crescimento significativo no consumo de aparelhos eletrônicos, principalmente os aparelhos celulares. O telefone móvel tornou-se essencial no cotidiano das pessoas, sendo símbolo de inclusão e status nas redes sociais. Devido ao rápido avanço tecnológico e facilidades de acesso ao consumo destes produtos, o celular tornou-se descartável. Com isso, surge um problema ambiental gravíssimo, o grande volume de resíduo eletrônico e sua deposição em local inadequado, uma alternativa para mitigar esse impacto ambiental pode vir das empresas, através da implantação da Logística Reversa no seu Sistema de Gestão Ambiental - SGA, tendo como finalidade acompanhar o ciclo do produto, da venda até o retorno aos fabricantes, que serão responsáveis pela destinação ambiental adequada. Este trabalho fez uma análise do perfil da logística no ramo de telefonia móvel na cidade de Cuiabá, através da aplicação do questionário estruturado em operadoras de telefonia móvel, lojas de eletrodomésticos e seus consumidores. Após a análise dos dados, foi possível verificar que as operadoras de telefonia móvel possuem instrumentos e procedimentos da logística reversa, contudo não apresenta eficiência por não ser do conhecimento dos consumidores. As lojas de eletrodomésticos ainda demostram pouca iniciativa na adoção de medidas sustentáveis para gestão de seus resíduos, mantendo seu foco em maiores índices de vendas dos seus produtos, inclusive os telefones celulares. Palavras-chaves: Fluxo Reverso, Aparelho de Celular, Consumidores.

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ABSTRACT

The society have been watching in the last decade a meaningful growth at eletronics consumption, especially at cell phones. The mobiles have become essential at daily life, being a symbol of social media inclusion and status. Due to the fast technological progress and facilities in access the consumption of these products, the cell phone became disposable. Thereby, emerge a serious environmental issue: the big volume of eletronic waste and their deposition on inappropriate places. An alternative to mitigate this environmental impact can come from companies, through the implementation of Reverse Logistic in its environmental management system – EMG, which the goal is to follow the product cycle, from the sale to the feedback, that will be responsable for the appropriate environmental destination. This work made an analysis of the profile from logistic in the branch of Cuiabá´s mobiles, through the structured questionnaire in mobile operators, appliance stores and their consumers. After the data analysis, it was possible to verify that the mobile operators possess logistic reverse instruments and procedures, although they don´t show efficiency by unawareness consumers. The appliance store still demonstrate inadequate initiative in adoption of sustainable measures to management of their waste, keeping their focus in their products biggest sales index, including the mobiles.

Key word: Reverse Logistic, mobile, consumers.

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LISTA DE FIGURA

FIGURA 1. COMO FUNCIONA A LOGÍSTICA REVERSA ...................................... 17 FIGURA 2. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS PROCESSOS LOGÍSTICOS DIRETO E REVERSO. .............................................................................................. 18 FIGURA 3. ATIVIDADES TÍPICAS DO PROCESSO LOGÍSTICO REVERSO. ....... 19 FIGURA 4. ÁREA DE PESQUISA (CENTRO NORTE - CUIABÁ). .......................... 25 FIGURA 5. ÁREA DE PESQUISA (SHOPPING). ..................................................... 25

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1. MÉDIA DE TEMPO PARA TROCA DO CELULAR ........................... 27

GRÁFICO 2. MOTIVO PARA A TROCA DO CELULAR .......................................... 28

GRÁFICO 3. DESTINO DO CELULAR OBSOLETO ............................................... 29

GRÁFICO 4. DESTINOU ALGUM APARELHO PARA RECICLAGEM ................... 30

GRÁFICO 5. CONHECIMENTO SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................................. 31

GRÁFICO 6. MARCA MAIS VENDIDA .................................................................... 32

GRÁFICO 7. MÉDIA DE VENDA DAS EMPRESAS POR MÊS ............................... 33

GRÁFICO 8. RECEBIMENTO DE CELULARES OBSOLETOS .............................. 34

GRÁFICO 9. DESTINO DOS CELULARES OBSOLETOS ...................................... 35

GRÁFICO 10. PONTO DE RECOLHIMENTO CELULARES/BATERIAS ................ 36

GRÁFICO 11. ORIENTAÇÃO SOBRE A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS .................................................................................................................. 37

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 15

2.1 USO DO APARELHO DE TELEFONIA MÓVEL ..................................................................... 15

2.2 LOGÍSTICA REVERSA .................................................................................................... 17

2.3 OBJETIVOS E BENEFÍCIOS DA LOGÍSTICA REVERSA ........................................................ 21

3 MATERIAL E MÉTODO ......................................................................................... 23

3.1 METODOLOGIA DE PESQUISA ........................................................................................ 23

3.2 ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................................... 25

3.3 ANÁLISE DOS DADOS .................................................................................................... 26

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 27

4.1 PERFIL DOS CONSUMIDORES ......................................................................................... 27

4.2 PERFIL DAS EMPRESAS ................................................................................................. 32

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 38

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 39

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1 INTRODUÇÃO

A população tem assistido a partir do final da década de 90 um crescimento

no consumo de aparelhos celulares. Este objeto tornou-se essencial no cotidiano

das pessoas, sendo símbolo de inclusão e status nas redes sociais. Devido ao

rápido avanço tecnológico e facilidades de acesso ao consumo, o telefone móvel

transformou-se em um bem descartável.

O elevado consumo de telefone celular tem como resultado a grande geração

de resíduo eletrônico. Neste aspecto, um dos componentes que tem causado

preocupação são as baterias, já que elas apresentam em sua composição metais

pesados responsáveis por danos à saúde humana e ao meio ambiente. Com isso,

surge um problema ambiental gravíssimo, que é o grande volume de resíduo

tecnológico e sua deposição em local inadequado.

Pressionadas pelo avanço da legislação ambiental e na ânsia da conquista de

mais consumidores, as empresas buscam soluções através do seu Sistema de

Gestão Ambiental – SGA, com a inserção de práticas sustentáveis, que visem à

diminuição desse “lixo” tecnológico e a vinculação de uma imagem de organização

ambientalmente responsável.

Uma alternativa para mitigar esse impacto pode vir das empresas, através da

implantação da logística reversa, que tem como finalidade acompanhar o ciclo do

produto, ou seja, desde sua venda até o retorno ao seu ponto de origem (os

fabricantes), que serão responsáveis pela destinação final.

A logística reversa tem mostrado bons resultados, pois busca a eficiência

produtiva sustentável depois que os produtos são consumidos, garantido que sejam

encaminhados para reaproveitamento ou destinação segura, como em aterros

controlados. Porém, convém dizer que problemas relacionados com infraestrutura e

custo operacional, são entraves para a inserção e ampliação do fluxo em seus

Sistemas de Gestão Ambiental - SGAs.

Mesmo de forma incipiente a logística reversa promove ganhos ambientais,

econômicos e sociais para todos os atores envolvidos, por isso, é necessário que as

empresas tenham um controle criterioso sobre a saída da matéria prima em relação

ao produzido, e o que retorna após a utilização do cliente.

Quando se pensa em logística reversa, o primeiro quesito que as empresas

consideram, é a questão do custo para sua implantação, com isso, cria-se uma

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barreira para a sua integração e possível ampliação dentro do seu - Sistema de

Gestão Ambiental - SGA.

Outro ponto a ser considerado é a falta de uma visão em longo prazo sobre a

implantação desse sistema, em que decisões realizadas com falta de planejamento

e criterioso estudo do mercado consumidor, irá resultar na ineficácia de qualquer

projeto que vise atitudes sustentáveis durante todo ciclo de vida do telefone celular.

Vale ressaltar que o desconhecimento desta prática por uma parte dos

consumidores, é uma realidade que reforça a não inserção da logística nos Sistemas

de Gestão Ambiental - SGAs das organizações, tornando-se uma medida isolada,

com resultados que permitam apenas benefícios pontuais.

Sendo implementada de forma planejada, o fluxo reverso irá proporcionar

ganhos econômicos (diminuição no uso de matérias primas para obtenção de novos

produtos), ganhos ambientais (minimiza a pressão sobre os recursos naturais) e os

ganhos sociais (maior sensibilização dos colaboradores e consumidores com as

questões que envolvam preservação do meio ambiente, atuação de cooperativas de

catadores no processo), pois de fato, a logística reversa tem um papel relevante na

gestão de resíduos sólidos do município.

Desta forma, a pesquisa teve como objetivo analisar o perfil da logística

reversa no ramo da telefonia móvel na cidade de Cuiabá. Através da aplicação de

um questionário estruturado junto as grandes lojas de eletrodomésticos e

operadoras de telefonia móvel, levantou-se informações sobre a implantação da

metodologia reversa no seu Sistema de Gestão Ambiental - SGA e sua contribuição

na gestão destes resíduos eletrônicos.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Uso do Aparelho de Telefonia Móvel

O mundo globalizado assistiu ao longo das duas últimas décadas o

surgimento de um fenômeno cultural e social: a disseminação do uso de telefones

celulares. Estes aparelhos passaram a constituir parte essencial do cotidiano de um

número crescente de pessoas, em todas partes do planeta. Consequentemente

tornou-se uma forma importante de inclusão simbólica, representando uma maneira

de estar no mundo, mediada pelas tecnologias de comunicação e informação, que

são pontos importante da cultura atual (SILVA, 2007).

De 2005 e 2013, o percentual de pessoas com celular avançou 131,4% (73,9

milhões de pessoas), já em relação a 2008, o aumento foi de 49,4%, que

corresponde a 43 milhões de pessoas. Foi registrado uma maior ausência de celular

entre as pessoas com menores rendimentos (50,9% onde a faixa de rendimento per

capita até um quarto do salário mínimo), com baixa escolaridade (60,2% das

pessoas sem instrução ou com menos de um ano de estudo) e trabalhadores

agrícolas que ficou com 48,9% (BRASIL, 2015).

Dados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística –

IBGE (2014) mostram que o percentual de pessoas de 10 anos ou mais de idade

que possuíam telefone celular chegou a 82,7% no Estado de Mato Grosso.

Uma preocupação diante desse crescimento no consumo de celular foi

levantada por Souza e Carvalho et al., (2015), onde consideraram as baterias

usadas em celulares como um componente eletrônico responsável por impactos

ambientais, pois, apresentam na sua composição metais pesados como níquel e

cádmio, e quando depositados junto ao lixo comum provocam danos à saúde

humana e ao meio ambiente. Quando esses metais tóxicos entram em contato com

o solo contaminam as águas dos lençóis freáticos, que são meios usados para

irrigação de cultivos, assim contaminam os vegetais, peixes e de forma indireta o ser

humano.

A bateria do tipo Lítio-íon é bastante utilizada pelos aparelhos celulares, pois,

possuem algumas vantagens como, ser recarregável, ter maior densidade de

energia, sendo ideal para equipamentos cada vez menores e mais leves, além disso,

apresenta componentes menos poluentes. Contudo, deve-se tomar cuidado com

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altas temperaturas, devido a riscos de explosão ou vazamento, circunstâncias que

poderão ocasionar impactos negativos ao meio ambiente e a saúde, se estás

baterias não forem tratadas e dispostas adequadamente (REIDLER e GÜNTHER,

2003).

Ainda de acordo Renner (2012), o crescente consumo de aparelhos

celulares, trata-se de um mecanismo que pode ser utilizado para a indução ao

consumo conhecido como obsolescência programada, prática esta que já vem

sendo utilizada desde a década de 20 do século passado, após a Grande

Depressão, como uma forma de estimular o consumo, o que também ficou

conhecido como descartalização, então, com a diminuição da vida útil dos produtos,

fez com que se garantissem níveis elevados de consumo através da insatisfação

dos consumidores.

Segundo Celinsk et al., (2011), um ponto a ser lembrado com relação a esse

consumo exagerado de equipamentos eletrônicos, como computadores e aparelhos

celulares, entre outros, é o que fazer com os equipamentos usados, seu descarte, e

a responsabilidade pela gestão dos resíduos eletrônicos.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2012), a Política Nacional de

Resíduo Sólidos - PNRS, tem como destaque a responsabilidade compartilhada dos

geradores de resíduos: dos fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes,

o cidadão e titulares de serviços de manejo dos resíduos sólidos urbanos na

logística reversa dos resíduos e embalagens pós-consumo.

A Lei 12.305 obriga as organizações fabricantes de celulares a estabelecer

programas de Logística Reversa e a comunicar seus consumidores sobre como

proceder após o término do ciclo de vida útil dos produtos (DEMAJOROVIC e

HUERTAS et al., 2011).

Diante disto, o desenvolvimento sustentável deve ser prioridade das

empresas e da população. Desta forma, as questões ambientais vêm sendo

debatidas com o objetivo de tomar medidas que controlem a degradação dos

ecossistemas e recursos naturais. Nisso, o Sistema de Gestão Ambiental –SGA e

suas normas, a exemplo ISO 14001, são instrumentos que auxiliam na implantação

de práticas socioambientais, que vão além da simples ideia de produzir ou alcançar

o desenvolvimento sustentável. A Gestão Ambiental está alicerçada em propostas

ou objetivos que podem ser realizadas pelas empresas, pelas comunidades e pelo

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Estado, com a intenção de efetivar a preservação do meio ambiente (VIEIRA,

SOARES et al., 2009).

2.2 Logística Reversa

Várias medidas podem ser adotadas pelas organizações que almejam ser

responsáveis, entres elas podemos citar a logística reversa, que consiste em uma

ferramenta essencial de estudo cujo a meta principal é acompanhar o produto desde

sua venda até o retorno ao seu ponto de origem (os fabricantes), que serão

responsáveis pela destinação ambientalmente adequada (VIEIRA, SOARES et al.,

2009).

Para Nhan et al. (2003), o conceito de logística está ligado ao gerenciamento

do fluxo de materiais do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo.

Porém, existe também um fluxo inverso, do ponto de consumo até o ponto de

origem, que precisa ser gerenciado. Esse fluxo inverso é denominado logística

reversa e vem crescendo devido às atividades de reaproveitamento e reciclagem de

produtos e embalagens que tem sofrido uma elevação significativa nos últimos anos.

Na figura 1, percebemos que, o fabricante será responsável, junto com

consumidor e a loja que vendeu o produto, pela reciclagem o produto e pelo

descarte correto do objeto quando sua vida útil chegar ao fim. Apenas o que não for

possível aproveitar vai para o lixo (SENADO FEDERAL, 2014).

Figura 1. Como funciona a logística reversa (SENADO FEDERAL, 2014).

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De modo geral, a metodologia reversa pode ser dividida em duas grandes

áreas, logística reversa de pós-venda e pós-consumo. A logística reversa de pós-

venda compõem-se basicamente por aqueles produtos que são devolvidos por

razões comerciais, erros em processamento de pedidos, avarias no transporte

dentre outros. A logística reversa de pós-consumo caracteriza-se por aqueles

produtos que de um modo geral são descartados pela sociedade, e que acabam

retornando para o seu ciclo produtivo. Desta forma, são produtos considerados em

fim de vida útil ou usados, mas que novamente possam novamente ser reutilizados

(MARAVIESKI et al., 2008).

De acordo com Lacerda (2002), o processo de fluxo reverso gera materiais

reaproveitados que retornam ao processo tradicional de suprimento, produção e

distribuição, conforme a figura 2.

Figura 2. Representação esquemática dos processos logísticos direto e reverso (LACERDA, 2002).

A base deste processo está em coletar, separar, embalar e expedir itens

usados, danificados ou obsoletos dos pontos de consumo até os locais de

reprocessamento revenda ou de descarte. Além disso, a logística reversa tem

variantes com relação ao tipo de reprocessamento dos materias, alguns podem

retornar ao fornecedor quando houver acordos neste sentido, também podem ser

revendidos se ainda estiverem em condições adequadas de comercialização. Outra

opção é serem recondicionados, desde que haja justificativa econômica e serem

reciclados se não houver possibilidade de recuperação. De qualquer forma estas

alternativas geram materiais reaproveitados, que entram de novo no sistema

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logístico direto, sendo que em último caso, o destino pode ser a seu descarte final

conforme a figura 3 (LACERDA, 2002).

O fluxo reverso varia desde a simples revenda de um produto até processos

que englobam inúmeras etapas como: coleta, inspeção, separação, levando a uma

remanufatura ou reciclagem. A logística reversa compreende todas as operações

relacionadas à reutilização de materiais e produtos, com a finalidade de uma

recuperação sustentável. Como procedimento logístico, trata-se também do fluxo de

materiais que retornam por algum motivo – devoluções de clientes, retorno de

produtos, retorno de materiais e/ou embalagens para atender à legislação etc. A

logística reversa não refere-se apenas ao fluxo físico de produtos, mas também de

todas as informações envolvidas nesse processo (SOUZA e FONSECA, 2009).

Para Oliveira et al., (2013), o retorno eficiente de produtos por meio de

cadeias reversas de pós-consumo requerem a satisfação de diversas condições:

mercado de destino, tecnologia de reaproveitamento, rentabilidade em todas as

fases de retorno e uma logística reversa organizada.

O papel da empresa na logística reversa é a de recolher o produto ou

equipamento de forma completa, mesmo os componentes que não servirão. Em

alguns casos a recuperação não é vantajosa, por exemplo: mesmo que possa

aproveitar partes dos invólucros das pilhas e baterias, terá de captar a peça

completa, ou as metalúrgicas só recolherem as partes metálicas de um veículo

descartado, desprezando pneus, estofamentos, lubrificantes, plásticos etc (SHIBAO

e MOORI et al., 2013).

Existem alguns fatores que reforçam a necessidade de implantação da

logística reversa no sentido de “equacionar o retorno e a destinação correta desses

Figura 3. Atividades típicas do processo logístico reverso (LACERDA, 2002).

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produtos”: a concorrência acirrada, os clientes e os consumidores finais mais

exigentes e conscientes, desenvolvimento tecnológico rápido, a redução do ciclo de

vida dos produtos e a alta volatilidade do mercado. Vale destacar que as empresas

líderes de mercado estabelecem prioridades equivalentes nos três eixos de

sustentabilidade, nas perspectivas social, ambiental e econômica (LEITE, 2012,

apud OLIVEIRA et al., 2013).

Diante da necessidade de implantação do fluxo reverso é importante observar

alguns pontos críticos, que quando bem planejados e monitorados contribuem

positivamente para o desempenho do sistema, são eles: Bons controles de entradas

dos materiais que retornam; desenvolver projetos de logística reversa padronizados

e mapeados; ter tempo de ciclo reduzidos; sistema de informação com capacidade

de interligar todos os integrantes do processo; uma definição de uma infraestrutura

logística adequada para lidar com o fluxo dos materiais; estabelecer relações

colaborativas entre os varejistas e indústrias. O autor ainda sustenta que estas

atitudes irão refletir em menor custo no momento da implantação e manutenção do

fluxo reverso (FERREIRA, 2002).

Aos poucos a logística reversa vem conquistando espaço e atenção de

empresários a partir do momento que seus processos são incorporados às

atividades de logística que é a área que traz competitividade no nível de serviço de

cada organização, ou seja, já existem iniciativas por parte de algumas organizações

em investir também nos processos de fluxo reverso proporcionando significativas

reduções de custo operacionais e ganho de competitividade, contudo, todo esse

projeto é interessante desde que o processo de logística reversa se aplique e traga

benefícios à companhia (MARAVIESKI et al., 2008).

Convém lembrar que os produtos descartados no meio ambiente, são

responsáveis pela poluição, desta forma torna-se um fato gerador de custos tanto

para empresas quanto a sociedade, com relação à sociedade o impacto está em

termos de gastos para destinação final e, para as empresas na repercussão

negativa em sua imagem corporativa (COSTA e VALLE, 2006).

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2.3 Objetivos e Benefícios da Logística Reversa

A Logística Reversa tem como objetivo principal, estabelecer condições

necessárias para sustentabilidade do meio ambiente, ou seja, a organização que

produziu o objeto fica encarregada em dar destino adequado a esse resíduo gerado,

após o consumo, fazendo o processo reverso para trazer o “lixo” até a empresa para

serem processados de forma correta, seja para serem remanufaturados,

consertados, reciclados ou reutilizados, podendo entrar no processo de fabricação

novamente, assim reduzindo custos da empresa (SOARES e RODRIGUES et al.,

2012).

Nas últimas décadas, a atenção dada ao fluxo reverso aumentou

consideravelmente pelos mais variados motivos. Inicialmente visava às

preocupações com meio ambiente e reciclagem, e com o passar dos anos, motivos

econômicos, expressos pela acirrada competição e pelo marketing tornaram-se

grandes responsáveis pelo crescimento da logística reversa (SOUZA e FONSECA,

2009).

Para Costa e Valle (2006) a aplicação do fluxo reverso oferece diversas

vantagens à sociedade: preservação do meio ambiente, economia de energia e

geração de empregos. Isso decorre do fato da logística reversa conseguir diminuir a

descartabilidade de produtos, implicando em uma redução dos custos para as

empresas, amenizando impactos ambientais e diminuindo o consumo de matérias-

primas.

Com a adoção da metodologia de logística reversa a organização tem um

controle sobre os desperdícios causados pelo sucateamento de produtos devolvidos,

seja por problemas na função para qual foi projetado ou pelo cumprimento da vida

útil do mesmo, podendo influenciar diretamente os resultados organizacionais. Ter

essa visão sistêmica do processo produtivo através da realização de uma rede

reversa, priorizando a redução dos impactos negativos de seus produtos ao meio

ambiente, adiantando-se as pressões que possam surgir e procurando sempre uma

postura flexível que permita adaptarem-se as novas condições do mercado

competitivo, pode tornar-se uma importante estratégia de negócios (LIMA e

SEVERO et al., 2013).

A logística reversa, de maneira geral, ainda não está na pauta de prioridades

das empresas, a partir disso, pode-se dizer que esta prática sustentável encontra-se

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em um estado inicial. Porém, esta realidade está mudando em decorrência do rigor

da legislação ambiental, da necessidade em diminuir os custos e em repostas as

pressões externas (LACERDA, 2009).

Os desafios para implantação da logística está no desenvolvimento de uma

infraestrutura que possibilite o recolhimento do resíduo após o consumo dos

clientes, buscando garantir o seu reaproveitamento ou destino seguro, estabelecer

um canal de informação voltada aos integrantes da cadeia produtiva, especialmente

os consumidores finais. Por fim, a aplicação do fluxo reverso depende,

principalmente, da coordenação dos diversos atores da cadeia produtiva, sejam

clientes, intermediários ou consumidores finais, dispostos a colaborar no processo

de retorno dos bens pós-consumo (DEMAJOROVIC e HUERTAS et al., 2011).

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3 MATERIAL E MÉTODO

3.1 Metodologia de Pesquisa

Primeiramente foi realizado o levantamento bibliográfico em livros, artigos

científicos, sites oficiais, relatórios, periódicos, legislação com o intuito de oferecer

informações sobre a logística reversa.

O Segundo passo concentrou-se na aplicação de um questionário estruturado

(anexo 1) aos consumidores e as empresas no início do mês de junho de 2016, para

o levantamento dos dados referentes ao perfil da logística reversa. Foram

entrevistados 57 pessoas para verificar a percepção dos consumidores, referente

aos conhecimentos sobre a logística reversa.

E posteriormente outro questionário estruturado foi aplicado nas operadoras

de telefonia móvel A, B, e C e três grandes lojas de eletrodomésticos com seguintes

nomes fictícios (Comprar Bem, Global e Romã) que realizam vendas de celulares.

As respostas basearam-se na confiabilidade dos participantes (empresas e

consumidores).

A aplicação do questionário constitui-se em duas etapas:

1º Perfil do consumidor destas empresas:

� Hábito de consumo com relação ao aparelho celular;

� Perguntas relacionadas ao processo de logística reversa;

� E ao conhecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.

2º Perfil da empresa do ramo de telefonia móvel:

� Dado da empresa (nome, endereço, média de vendas por mês);

� Perguntas relacionadas ao processo de logística reversa;

� E ao conhecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

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Após a compilação dos dados foi feita a tabulação em gráficos percentuais

com auxílio do programa Excel, correlacionando às informações obtidas para

estabelecer um perfil da logística reversa das organizações.

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3.2 Área de Estudo

O município de Cuiabá está situado entre as coordenadas geográficas de

15°10’, 15°10’ de longitude oeste, na região central do Brasil (OLIVEIRA, 2011).

Segundo o instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE possui atualmente

uma população estimada de 580.489 habitantes e área da unidade territorial (Km2)

3.291,812. O estudo foi realizado nas lojas de eletrodomésticos e operadoras de

telefonia móvel na região central da cidade de Cuiabá e posteriormente em um

shopping localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça.

Figura 4. Área de pesquisa (Centro Norte - Cuiabá). Fonte: Google Maps, 2016.

Figura 5. Área de pesquisa (Shopping). Fonte: Google Maps, 2016.

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26

3.3 Análise dos dados

Os dados foram analisados através de estatística descritiva e demonstrados

comparativamente em gráficos.

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 Perfil dos consumidores

Na ocasião foram entrevistadas 57 pessoas, com o intuito de obter dados

sobre a média de tempo de uso do celular e de como é feito o descarte desse

aparelho. E por fim, sendo indagados sobre o conhecimento da lei que estabelece a

Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS.

De acordo com os dados do Gráfico 1, a média de tempo para troca de

aparelhos celulares, apresenta resultados balanceados, pois, para 40,35% dos

entrevistados, o período para troca está em um e três anos, já 38,59% dos

consumidores ficam acima dos três anos. Um critério levantado por esses dois

grupos é que compram um novo telefone móvel somente quando está com um

defeito, enquanto 21,05% dos consumidores mudam de aparelho em menos de um

ano, sempre na busca de um produto com mais funções e que esteja na moda.

Gráfico 1. Média de tempo para troca do celular

Segundo Lima (2005) e Luiz (2008), neste contexto de transformações e de

novos produtos tecnológicos, o celular exemplifica a nova ordem. Há tempos ele

vem incorporando novas funções e tecnologias das mais avançadas, dando-se este

processo de expansão por dois caminhos: o de redução de custos dos aparelhos

básicos para ampliar o número de usuários e o da incorporação de novos recursos,

para estimular o processo de troca.

21,05%

40,35%

38,59%

Menos de 1 ano

1 e 3 anos

Acima de 3 anos

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Os motivos para a troca em sua maioria estão relacionados a defeito do

telefone móvel com 61,4%, outros 33,33% buscam aparelhos mais modernos, e os

5,26% apresentaram motivos diversos como: roubo e perda (Gráfico 2).

Gráfico 2. Motivo para a troca do celular

As pessoas que trocam o celular por defeito mencionaram a questão da

qualidade do produto adquirido. Destacaram também, que os aparelhos antigos

“duravam mais”, e os atuais “estragam mais rápido”, ou seja, introduz um novo

conceito ao seu hábito de consumo, denominado obsolescência programada. Como

infere Renner (2012), buscando estimular o consumo e o descarte de produtos, é

possível que, intencionalmente, os produtos sejam criados para durar um prazo

muito inferior ao que efetivamente se esperaria que este durasse.

Com base no consumo massificado e o fetichismo que certos objetos causam

naqueles que os possuem, o descarte de aparelhos que apresentam defeito ou que

são mais modernos levam os consumidores a se desfazerem destes produtos para

adquirir outros (RENNER, 2012).

Ao observar a Gráfico 3, nota-se que 36,84% das pessoas preferem guardar

seus celulares, já 22,8% que corresponde à alternativa Outros, teve como resposta o

termo doação ou “passar pra frente”.

61,4%

33,33%

5,26%

Defeito

Aparelho moderno

Outros

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Gráfico 3. Destino do celular obsoleto

Para 21,05% dos indivíduos pesquisados a melhor opção para seu telefone

móvel obsoleto é a venda, enquanto, 19,29% simplesmente jogam-o no lixo comum,

mostrando-se um dado bastante preocupante, pois retrata a falta de sensibilização

dessas pessoas às questões ambientais.

Outro fato de destaque foi a não citação da opção Devolução na loja, algo que

afetará diretamente na eficiência da logística reversa das empresas do ramo de

telefonia móvel, uma vez que, é com a devolução do aparelho celular pelo

consumidor que o fluxo reverso inicia-se.

Para Giaretta (2010), além da informação e acesso a coletores específicos,

outros aspectos e critérios pessoais ou coletivos interferem no procedimento de

descarte: percepção sobre risco, valor econômico disponibilizado na compra do

aparelho e vínculos afetivos, entre outros.

No que se refere à destinação para reciclagem, 85,96% dos consumidores

disseram que não adotaram essa prática ambientalmente correta, e somente

14,03% buscaram dar uma destinação adequada a seus resíduos (Gráfico 4).

36,84%

19,29%0

21,05%

22,8%

Guarda

Joga no Lixo

Devolve na loja

Vende

Outros

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Gráfico 4. Destinou algum aparelho para reciclagem

É importante ressaltar que os que tiveram está preocupação ambiental,

destacaram a relevância da participação de determinadas organizações do ramo de

supermercados no recolhimento de resíduos como, pilhas, lâmpadas e o próprio

celular, através de eco pontos.

As empresas do ramo de telefonia móvel que deveriam ser protagonistas

neste cenário praticamente não foram lembradas, sendo citada por apenas uma

pessoa. Mesmo apresentando pontos de coleta dos resíduos eletrônicos em seus

estabelecimentos, seus clientes não procuram retornar com o aparelho de celular

obsoleto ao local onde foi adquirido. Nesse momento, o elo do processo reverso é

quebrado, refletindo diretamente na gestão e retorno deste resíduo ao processo

produtivo, diminuindo consideravelmente o ciclo de vida do produto.

Neste sentido Resch et al. (2010), dizem que os eco pontos contribuem

significativamente para a destinação adequada dos resíduos em aterros, bem como

para a reincorporação dos produtos recicláveis ao processo produtivo, prolongando

o ciclo de vida dos mesmos.

No campo normativo, quando questionados sobre o conhecimento da lei que

estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, 92,98% dos

entrevistados disseram não conhece-la, e apenas 7,01% responderam que a

conhecia mesmo que superficialmente (Gráfico 5).

85,96%

14,03%

Não

Sim

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Gráfico 5. Conhecimento sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos

Essa pequena porcentagem de consumidores tiveram contato com a lei

através de reportagens na TV e palestras realizadas nas instituições de ensino.

Mesmo considerada por especialistas como uma boa lei, por envolver uma

participação ampla da sociedade, em algum momento ela pode falhar, pois, é

necessário uma ampla divulgação e mudança cultural da população.

De acordo com Leite (2011), a parte de penalização prevista nesta norma

para o consumidor, no caso de não cumprimento de separação ou disponibilização

dos produtos é menos pragmática. Certamente, relacionada as condições de

localizações logísticas e as demais condições de logística reversa estabelecidas,

que precisam ser adequadamente oferecidas para se ter efetividade nesta ação.

92,98%

7,01%

Não

Sim

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4.2 Perfil das empresas

Convém destacar, que muitas organizações não mostraram-se receptíveis em

colaborar com a pesquisa, o que culminou em um campo amostral pequeno,

contudo, não impossibilitou a obtenção de dados para realização das análises sobre

logística reversa.

No Gráfico 6, percebe-se que 100% dos consumidores optam pela marca

Samsung. É interessante colocar que uma parte dos entrevistados disseram que

esta marca possui um preço mais acessível e apresenta muitos recursos funcionais.

Gráfico 6. Marca mais vendida

Para Galdino (2014), o crescente índice de vendas dos aparelhos celulares,

faz com que as empresas busquem inovar seus produtos e investir em profissionais

altamente qualificados, tornando estes pontos, aspectos decisivos para a compra do

aparelho. E por fim, as organizações investem em pesquisa de qualidade e

acompanhamento da marca nos sites, fóruns pela internet, analisando os

comentários dos consumidores da marca para futura melhoria nos serviços.

Na média de vendas, as operadoras de telefonia móvel (A, B e C) e uma loja

de eletrodomésticos (Romã) ficaram entre 100 e 500 aparelhos de celulares

comercializados por mês, já as lojas de eletrodomésticos Comprar Bem e Global, ou

seja, 33,33% comercializam mais de 500 aparelhos de celulares ao longo de quatro

semanas (Gráfico 7).

100%

Nokia

Sanmsug

Motorola

Sony

Ericsson

LG

Outros

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Gráfico 7. Média de venda das empresas por mês

Possivelmente a média de vendas cresça, devido a política de preços

praticado pela empresa, associado as facilidades para obtenção de crédito com

formas de pagamento mais diversificadas.

Como é um setor onde os processos de evolução tecnológica são contínuos,

levando a grandes investimentos técnicos e de infraestrutura, as operadoras deste

tipo de serviço necessitam frequentemente efetuar estudos sobre a evolução da

demanda para formular estratégias de criação de oferta (FIGUEIREDO, 2009).

Quando questionadas sobre o recebimento de celulares que não podem ser

mais usados, 50% das organizações disseram que recebem estes aparelhos, e

neste caso apenas as operadoras (A, B e C), já as lojas (Comprar Bem, Global,

Romã) não possuem nenhum programa que promova a devolução destes telefones

móveis em desuso, o que dificulta o fluxo de retorno desses produtos, refletindo

diretamente na ineficácia do sistema de logística reverso (Gráfico 8).

66,66%

33,33%

Menos de 100

Entre 100 e 500

Mais de 500

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Gráfico 8. Recebimento de celulares obsoletos

As lojas de eletrodomésticos pesquisadas demonstraram estar mais

preocupadas com o volume de vendas, como é o caso das lojas Comprar Bem e

Global, por apresentarem um volume de vendas significativo (mais de 500 aparelhos

por mês). Dessa forma, deveriam incentivar seus consumidores a devolver os

telefones celulares obsoletos através de uma infraestrutura de logística reversa

planejada, e promover campanhas com descontos, para os que devolvem seu

aparelho antigo no momento que adquirem um telefone celular novo.

As empresas do ramo de telefonia móvel, por trabalhar apenas com um

segmento de produto eletrônico, conseguem definir minimamente sua política

ambiental, estabelecendo algumas diretrizes que estejam de acordo com o cenário

mercadológico atual, e a partir disso definir práticas sustentáveis que promovam

resultados satisfatórios.

Geralmente os varejistas líderes no mercado acreditam que os clientes

valorizam as empresas que possuem políticas mais liberais de retorno de produtos.

Essa é uma vantagem percebida na qual os fornecedores ou varejistas assumem os

riscos pela existência de produtos danificados. Isso envolve, é claro, uma estrutura

para recebimento, classificação e expedição de produtos retornados. Está é uma

tendência que se reforça pela existência de legislação de defesa dos consumidores,

garantindo-lhes o direito de devolução ou troca (FERREIRA, 2002).

No Gráfico 9, nota-se que apenas as operadoras de telefonia móvel (A, B e C)

destinam os aparelhos obsoletos a empresas de reciclagem, enquanto que as lojas

50%50%

Sim

Não

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de eletrodomésticos (Comprar Bem, Global e Romã) repassam esses aparelhos

celulares aos fabricantes.

Gráfico 9. Destino dos celulares obsoletos

Vale ressaltar que não foram computados dados nos itens “Jogam no lixo

comum” e “Outros”, uma postura totalmente contrária a dos consumidores, em que

19,29% ainda jogam os telefones móveis no lixo.

Assim, deve-se fazer um trabalho de sensibilização dos consumidores sobre

os riscos da destinação dos seus resíduos eletrônicos em locais inadequados e

estabelecer um compromisso por parte das empresas na disponibilização de pontos

de coleta, combinado com a divulgação em diversas mídias sobre a relevância e

funcionamento do processo reverso.

Não podemos esquecer que a participação de empresas terceirizadas do

setor da reciclagem promove uma valoração econômica para o produto em questão,

além de ser um fator de transformação social, pois possibilita a geração de emprego

e renda.

De acordo com Coelho (2010), a participação de empresas de reciclagem,

permite inserir no processo reverso outros atores sociais, que tem como objetivo de

negócio a reciclagem de materiais para um novo processo produtivo,

independentemente do fabricante original. Esses produtos não voltam para sua

indústria de origem, mas são fontes de matéria prima para indústrias completamente

diferentes.

50%

0

50%0

Devolvem aosfabricantes

Jogam no lixo comum

Destina a empresa dereciclagem

Outros

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O Gráfico 10 representa parte importante para o bom desempenho do

processo reverso.

Gráfico 10. Ponto de recolhimento celulares/baterias

Das organizações entrevistadas, 66,66% disseram possuir ponto de

recolhimento. Este é o caso das operadoras A, B e C e da loja Global. Já as lojas

Comprar Bem e Romã, ou seja, 33,33%, responderam não possuir ponto de

recolhimento de celulares/baterias, impossibilitando que o consumidor faça o retorno

de seu telefone celular. A loja Global, apesar de possuir ponto de recolhimento, não

costuma receber os telefones celulares obsoletos, desta forma o fluxo reverso

quebra-se já que não há participação do consumidor.

Com relação a Política Nacional de Resíduos Sólidos o resultado mostrou-se

bastante equilibrado, pois, das seis empresas entrevistadas, todas as operadoras de

telefonia móvel (A, B e C) receberam orientação sobre PNRS, enquanto as lojas de

eletrodomésticos (Comprar Bem, Global, Romã) não receberam nenhuma orientação

sobre está lei (Gráfico 11).

66,66%33,33%

Sim

Não

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Gráfico 11. Orientação sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos

A loja Comprar Bem, destacou-se por apresentar o maior volume de vendas

(500 aparelhos por mês), não possuir ponto de recolhimento destes telefones

celulares em desuso, portanto, não recebe-los, além de seus colaboradores não

terem nenhuma orientação sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS,

que obriga as empresas dar destinação corretas aos resíduos eletroeletrônicos

gerados.

Outra questão que chama atenção, é a loja Global não receber nenhuma

orientação sobre a PNRS, e mesmo assim, atender um critério básico exigido pela

lei no que tange a logística reversa, que é a disponibilização de ponto de coleta.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS destaca que os

equipamentos eletroeletrônicos estão entre os seis tipos de resíduos que necessitam

logística reversa obrigatória, dessa forma, espera-se que esta situação mude, uma

vez que a mesma prevê responsabilidade compartilhada sobre o ciclo de vida dos

produtos, o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável reciclável como um bem

econômico e de valor social, gerador de trabalho, renda e promotor de cidadania

(TOMBINI, 2014).

A PNRS deverá ser norteada pelos princípios básicos de minimização da

geração, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final seguindo esta ordem

de prioridade. Para tanto, são definidas como diretrizes: o desenvolvimento de

tecnologias limpas, alterações nos padrões de consumo e aperfeiçoamento da

legislação (BROLLO E SILVA, 2001).

50%50%

Sim

Não

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pesquisa mostrou que a logística reversa nas operadoras de telefonia móvel

é feita de forma incipiente, contemplado alguns aspectos do processo reverso,

contudo, o desconhecimento por parte dos consumidores, a falta de divulgação nas

mídias, e uma frequente capacitação dos colaboradores e excesso de tributos que

refletem nos custos das empresas, são entraves para a efetiva implantação desta

prática sustentável.

As lojas de eletrodomésticos não possuem um sistema de logística reversa,

pois, não disponibilizam pontos de coletas a seus consumidores. Apenas a loja

Global dispõe de eco pontos, entretanto, este estabelecimento não costuma receber

os telefones celulares obsoletos, ou seja, mais uma vez os consumidores ficam fora

do ciclo por falta de conhecimento e empenho das empresas na busca de melhorias

em suas iniciativas sustentáveis.

Esse estudo traz certa urgência em torno desse assunto, já que muitos

consumidores jogam seus celulares em desuso no lixo comum, demostrando a falta

de sensibilização as questões ambientais.

O desafio para o bom desempenho da logística reversa é desenvolvê-la de

maneira planejada, buscando estabelecer metas que permitam transformá-la em

uma prática regular nas organizações, garantindo sua eficácia através de

monitoramento de todo processo. Para atingir este patamar é preciso uma constante

capacitação dos colaboradores, a começar pela orientação sobre a PNRS, tornando-

os agentes disseminadores do fluxo reverso.

É importante, promover um programa de benefícios e descontos para os

consumidores que devolvem seus telefones celulares obsoletos, como forma de

atraí-los para a prática reversa, deve-se também investir em divulgação nas mídias,

sensibilizando toda comunidade em torna desta prática sustentável. Sem esquecer

da participação do poder público, através elaboração de programas que permitam a

desoneração, diminuição da carga tributária para empresas que adotarem

efetivamente a logística reversa nos seu Sistema de Gestão Ambiental – SGA.

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8 ANEXOS

QUESTIONÁRIO PARA O CONSUMIDOR

1) QUAL A MÉDIA DE TEMPO QUE VOCÊ TROCA DE CELULAR?

() MENOS DE 1 ANO

() ENTRE 1 E 3 ANOS

() ACIMA DE 3 ANOS

2) QUAL O MOTIVO PARA A TROCA DO CELULAR? () DEFEITO () APARELHO MAIS MODERNO OUTROS:___________

3) O QUE VOCÊ FAZ COM O CELULAR QUE NÃO USA MAIS? () GUARDA () JOGA NO LIXO () DEVOLVE NA LOJA ONDE COMPROU () VENDE OUTROS:______________

4) VOCÊ JÁ DESTINOU ALGUM CELULAR/BATERIA PARA RECICLAGEM? () SIM () NÃO SE SIM, ONDE?

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5) VOCÊ CONHECE A LEI DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS? () SIM () NÃO

QUESTIONÁRIO – EMPRESAS

NOME DO ESTABELECIMENTO:__________________________________

ENDEREÇO:__________________________________________________

OPERADORA:

TIM ()

VIVO ()

CLARO ()

OI ()

LOCAL:

SHOPPING ()

QUADRA COMERCIAL ()

OUTROS:__________

1) QUAL A MARCA DE CELULAR QUE A EMPRESA MAIS VENDE? ( ) NOKIA ( ) SANMSUNG ( ) MOTOROLA ( ) SONY ( ) ERICSSON ( ) LG

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OUTROS:______________

2) QUAL É A MÉDIA DE VENDAS DA EMPRESA POR MÊS? () MENOS DE 100 () ENTRE 100 E 500 () MAIS DE 500

3) A EMPRESA RECEBE CELULARES QUE NÃO FUNCIONAM MAIS? () SIM () NÃO

4) O QUE A EMPRESA FAZ COM OS CELULARES QUE NÃO PODEM SER MAI USADO? () DEVOLVEM AOS FABRICANTES () JOGAM NO LIXO COMUM () DESTINA A EMPRESAS DE RECICLAGEM () NÃO RECEBE CELULAR OUTROS:

5) HÁ PONTO DE RECOLHIMENTO DE CELULARES/ BATERIAS NA EMPRESA? () SIM () NÃO

6) VOCÊ RECEBEU ALGUMA ORIENTAÇÃO SOBRE A POLÍTICA NACIONAL

DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PNRS? () SIM () NÃO

(OLIVEIRA JÚNIOR et al., 2011).