Instituto Florence de Ensino Superior
-
Upload
ana-lucia-moraes -
Category
Documents
-
view
39 -
download
2
Transcript of Instituto Florence de Ensino Superior
INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO SUPERIORCURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
DISCIPLINA DE CENTRO CIRÚRGICO
HEMORROIDECTOMIA
Discentes
Ana Lucia Lobo Moraes
Elcilene Silva de França Leite
Deivith Matias
Gisella Monteiro
Mariane Alves Furtado
Vinicius Rafael Lima Fernandes
Anatomia do Reto e do Ânus e aDoença Hemorroidária
A porção terminal do intestino é composta pelo reto, pelo canal anal e pelo ânus;
Esta região é vascularizada por artérias e veias, que recebem o nome de artérias e veias hemorroidárias;
Anatomia do Reto e do Ânus
O que é popularmente conhecido como hemorróida é na verdade o que chamamos de doença hemorroidária.
Hemorróidas Hemorróidas são coxins teciduais formados por tecido
vascular, tecido conjuntivo e elástico e fibras de musculatura lisa existentes no canal anal e ânus.
São constituintes normais da anatomia anorretal humana, existindo em maior ou menor grau em todas as pessoas, sendo a maioria assintomática.
Como Surgem? Surgem devido às válvulas das veias não funcionarem
adequadamente, deixando o sangue voltar em sentido contrário ao da circulação, ficando estagnado. Causando, desta forma, dilatação de veias localizadas ao redor do ânus.
Causas e Fatores de Risco
Constipação intestinal;
Esforço para evacuar;
Obesidade;
Diarreia crônica;
Prender as fezes com frequência;
Dieta pobre em fibras;
Gravidez;
História familiar de hemorroidas;
Tabagismo;
Cirrose e hipertensão portal;
Ficar longos períodos sentados no vaso sanitário.
Classificação
EXTERNA
INTERNA
Aguda
Crônica
Grau IGrau IIGrau IIIGrau IV
Classificação das Hemorróidas Internas
Sintomas Sangramento;
Prolapso do mamilo hemorroidário;
Dor e/ou desconforto anal e/ou tenesmo anal;
Inflamação aguda (trombose), com ou sem sinais de flebite;
Irritações e/ou dermatites perianais;
Sensação de esvaziamento incompleto do reto pós-evacuação;
Epidemiologia 50% das pessoas com mais de 50 anos são portadores de
doença hemorroidária;
A doença hemorroidária pode ocorrer em ambos os sexos e tem prevalência entre as idades de 45-65 anos, com decréscimo após os 65 anos de idade;
Indivíduos brancos parecem ser mais afetados do que os negros e a prevalência da doença cresce na medida em que o nível socioeconômico da população aumenta.
Tratamento
Grau da Doença Hemorroidária Opções de Tratamento
Grau I
Grau II
Grau III
Dieta e correção dos hábitos Dilatação Anal/Crioterapia
Eletrocoagulação Escleroterapia
Ligadura Elástica(LE) Fotocoagulação por
infravermelho
Grau III
Grau IV
Reicidivantes
Ressecção do Tecido Hemorroidário
(Hemorroidectomia) Sem ressecção de Tecido
Hemorroidário
Tratamento Cirúrgico
O tratamento cirúrgico esta indicado em aproximadamente 15% a 20% dos casos, ficando reservado para as hemorróidas muito sintomáticas e avançadas (3º e 4º Graus) e hemorróidas de 2º grau que não melhoraram com tratamento conservador, também nos casos com complicações (tromboses, pseudoestrangulamento e tromboflebites).
Ressecção Do Tecido Hemorroidário-Hemorroidectomia
Consiste na remoção cirúrgica das hemorróidas;
Na hemorroidectomia é removido o excesso de tecido que causa a hemorragia e o prolapso;
A intervenção é realizada sob anestesia geral ou loco-regional (epidural ou raquianestesia);
Período de internação, normalmente não ultrapassa as 24 horas.
A hemorroidectomia pode ser realizada pela técnica aberta, fechada, semi-fechada e associada ou não à esfincterotomia.
Técnica Aberta ou Milligan Morgan
As feridas são feitas em formato de raquete, com o cabo da mesma voltado para o orifício anal, e são deixadas abertas para cicatrizar por segunda intenção.
Tais feridas cicatrizam em média em 30 a 45 dias.
Técnica Semi-fechada ou Obrando
A mucosa é reaproximada até a altura da linha pectínea e, daí para fora, a ferida é deixada aberta como na técnica anteriormente descrita. nela as feridas cicatrizam dentro de 21 a 30 dias.
Técnica Fechada ou Ferguson As hemorróidas são retiradas por descolamento
subcutaneomucoso a partir de incisões lineares sobre a substância dos coxins vasculares hipertróficos.
Na técnica fechada, quando não ocorre deiscência das feridas cirúrgicas anais, as mesmas cicatrizam por completo em 7 dias.
Hemorroidectomia Por Grampeamento Automático
Nesta técnica, produz-se a excisão circunferencial da área do canal anal cirúrgico onde se assentam as hemorróidas.
O procedimento é de realização rápida e é reputado como menos doloroso do que as técnicas convencionais de hemorroidectomia.
Planos de Cuidados
Orientações Gerais O repouso e o retorno ao trabalho, geralmente em uma a
duas semanas;
Seguir com todo o rigor as orientações dietéticas, os cuidados locais e a prescrição médica.
Retornar ao hospital na data marcada para controle clínico pós-operatório.
Conclusão
A hemorroidectomia é o tratamento mais eficaz no que diz respeito ao desaparecimento dos sintomas hemorroidários. Não fossem o desconforto pós-operatório e as complicações que envolvem a adoção desta forma de terapia, ela seria seguramente mais empregada do que é atualmente.
Referências http://www.projetodiretrizes.org.br/4_volume/14-Hemorroida-diagnostico.pdf
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/hemorroidas/index.php#ixzz1xSMGMGGT
http://www.cbcsp.com.br/aulas/hemorroidas.pdf
http://procolon.blogspot.com.br/2011/06/caso-cirurgico-hemorrodectomia-tecnica.html
http://coloproctoegastro.blogspot.com.br/
Silva J H. Manual de Coloproctologia, 1a edição, São Paulo, Associação Paulista de Medicina, 2000.
Reis Neto J A, Quilici FA; Reis Jr J A . Classificacão e tratamento das estenoses anais cicatriciais. Rev. bras. colo-proctol;1987,7(1):7-12, jan.-mar.
Matos D & al. Guia de Medicina ambulatorial e hospitalar de Coloproctologia. 1 a edição, São Paulo, Manole, 2004.
Keighley M. Cirurgia do ânus reto e colo, 1a edição brasileira, São Paulo, Manole, 1998
ANDREU, J. M.; DEGHI, L.P. Enfermagem Perioperatória: considerações gerais sobre a temática. In: MALAGUTTI, W.; BONFIM, I.M. (Org.). Enfermagem em Centro Cirúrgico: atualidades e perspectivas no ambiente cirúrgico. São Paulo, SP: Martinari, 2008.
PORTAL EDUCAÇÃO. Curso on-line: Assistência de Enfermagem no Pós-Operatório. Campo Grande: Portal Educação, 2011.
SMELTZER, S. C.;BARE, B. G.Enfermagem médico-cirúrgica.10 ed. V.01Trad.BRUNNER E SUDDARTH, Rio de Janeiro: Güanabara Koogan, 2005