INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL DEPARTAMENTO … · ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MEDICINA MONOGRAFIA...

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL DEPARTAMENTO DE ENSINO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LAT0 SENSU EM HOMEOPATIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MEDICINA MONOGRAFIA REVISITANDO A ENERGIA VITAL KELLY RAFAEL GOMES PINTO RIO DE JANEIRO 2013

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INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

DEPARTAMENTO DE ENSINO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LAT0 SENSU EM HOMEOPATIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MEDICINA

MONOGRAFIA

REVISITANDO A ENERGIA VITAL

KELLY RAFAEL GOMES PINTO

RIO DE JANEIRO

2013

INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

DEPARTAMENTO DE ENSINO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LAT0 SENSU EM HOMEOPATIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MEDICINA

MONOGRAFIA

REVISITANDO A ENERGIA VITAL

KELLY RAFAEL GOMES PINTO

Monografia submetida à banca

examinadora, como requisito parcial

para obtenção do certificado de

conclusão do curso de pós graduação

lato sensu em Homeopatia área de

concentração: Medicina

RIO DE JANEIRO

2013

Pinto, Kelly Rafael Gomes

Revisitando a energia vital. / Kelly Rafael Gomes Pinto. Rio de Janeiro. RJ.

Instituto Hahnemanniano do Brasil. 2013.

24p:30cm

Bibliografia: p.16

1.Energia Vital. I. Título

INSTITUTO HAHNEMANNIANO DO BRASIL

DEPARTAMENTO DE ENSINO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LAT0 SENSU EM HOMEOPATIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: MEDICINA

MONOGRAFIA

REVISITANDO A ENERGIA VITAL

KELLY RAFAEL GOMES PINTO

MONOGRAFIA APROVADA EM _____/_____/ _____

Nota: ____

____________________________________________

Elisa Maria de Bulhões Carvalho - Especialista

Instituto Hahnemanniano do Brasil

(Orientadora & Coordenadora)

DEDICATÓRIA

A Deus primeiro, sempre e em todo lugar, pela oportunidade.

À vida por ter aberto as portas necessárias para eu ser para o mundo o

melhor que tenho dentro de mim.

Às águas dos rios por terem me ensinado a sabedoria de começar como

um filete, contornar os obstáculos – ora com mansidão, ora com a força

necessária, para um dia ter a paz de me reintegrar ao grande mar.

A todos aqueles que torcem por mim e me enchem de força. Não sei o

que seria da minha vida sem vocês. Obrigada pelo amor e carinho.

Aos meus queridos professores pela dedicação, carinho e excelência no

ensino!

Aos meus pacientes por cada reporte de melhora. Não há maior

estímulo que fazer a diferença na trajetória de vida das pessoas, seja em seu

início, meio ou “bem no finalzinho”.

RESUMO

Apesar de amplamente difundida ao redor do mundo, ainda é um

mistério o mecanismo de funcionamento da homeopatia. Este trabalho visa

realizar um levantamento bibliográfico sobre o desenvolvimento histórico da

teoria base desta modalidade terapêutica.

ABSTRACT

Despite widespread around the world, is still a mystery the operating

mechanism of homeopathy. This paper aims to conduct a review on the

historical development of the basic theory of this therapeutic modality.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.....................................................................9

2. UM POUCO DE HISTÓRIA.................................................10

3. O VITALISMO......................................................................12

4. A MEDICINA VIBRACIONAL..............................................16

5. EVIDÊNCIAS RECENTES..................................................18

6. AS POSSÍVEIS BASES FÍSICAS DA HOMEOPATIA........20

7. O EFEITO TÚNEL E A HOMEOPATIA...............................22

8. CONCLUSÃO......................................................................23

9. BIBLIOGRAFIA....................................................................24

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1. INTRODUÇÃO

Ao longo de minha vida sempre me perguntei o que levava o corpo a

funcionar de maneira tão perfeitamente orquestrada. Deveria haver algo que

fizesse um link entre o equilíbrio interno (micro) e o equilíbrio externo (macro).

Durante a faculdade de Medicina tive a oportunidade de conhecer desde

a homeostase da célula até as grandes síndromes e doenças que afligem a

humanidade mas nada que satisfizesse a minha curiosidade científica do

conhecimento do “início e do fim”.

O que leva, após a junção de gametas, à formação brilhante de um

organismo vivo? O que leva cada célula ao processo de diferenciação para a

formação de órgãos e, posteriormente, a sistemas funcionais onde cada um é

essencial ao funcionamento do todo? E, após algum tempo, o que de fato

ocorre para a total parada de funcionamento dos organismos vivos?

Tenho a convicção pessoal de que assim como foram as teorias

matemáticas, físicas e astronômicas, consideradas ocultistas e pseudociências

ao longo de anos na história da humanidade, ocorrerá o mesmo com o que há

séculos entende-se como princípio vital. A humanidade aos poucos esclarece o

que o mecanicismo não conseguiu explicar.

Será inevitável a fundição do conhecimento médico às novas

descobertas do mundo quântico.

Ao longo desta monografia, iremos revisitar o conceito em questão em

alguns períodos históricos e abordar o status quo do tema.

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2. UM POUCO DE HISTÓRIA

Ao darmos início aos estudos em homeopatia e em terapias

complementares, nos deparamos com o conceito inicial de energia vital.

Tal conceito parte do princípio de que todo indivíduo é dotado de uma

energia determinada, que pode ser empregada tanto para melhorar a própria

saúde, mas também ser transmitida aos outros, seja fisicamente ou

mentalmente.

Esta concepção de que há no organismo uma espécie de corpo dotado

de propriedades diferentes do corpo material é muito antiga.

A primeira teoria remonta aos povos primitivos que inferiam de suas

sombras e imagens refletidas em água de que existia um outro corpo próximo

aos seus mas que não fazia parte do mesmo.

A segunda teoria já admite a possibilidade de uma maior capacidade

sensorial dos organismos primitivos para a captação deste tipo de energia.

Esta energia ligada aos organismos seria dispensadora de vida, ora ligada à

potência sexual, ora ligada a uma força espiritual.

Um dos primeiros registros concretos que remetem ao conhecimento

desta forma de energia está no papiro de Ebers (1.500 a.C.), antigo Egito,

chamada por eles de Ka.

Papiro de Ebers

11

Os antigos místicos hindus também conheciam algo do tipo e a

chamavam de Kundalini, um sistema de condutos convergentes que se ligavam

em determinados pontos com a estrutura física, os chacras.

Chacras

Na antiga China era conhecido o princípio do “Yin-Yang”. A base do

mesmo consiste em uma grande e única célula transbordante de Ki (energia

vital), que era ativada por uma força chamada Tao (caminho). Como

consequência, a célula se manifestava em duas partes complementares, o Yin

e o Yang.

Yin – Yang

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3. O VITALISMO

A ideia de que uma energia sutil era a responsável real pelo

funcionamento dos organismos também permeava os pensamentos de grandes

filósofos gregos. Para eles, não havia matéria inanimada. Toda a natureza

estava impregnada de vida e espiritualidade, em tudo se manifestava o

princípio dinâmico vital.

Dentre os filósofos deste período, pode-se destacar os vitalistas Tales

de Mileto, Anaximandro e Heráclito de Éfeso. Neste período também surgia

junto aos pensamentos de Demócrito de Abdera a base do mecanicismo (já

afirmava que a matéria era formada por átomos).

Para Hipócrates (460 – 377 a.C.), o que originava a vida era a

convergência do pneuma, que penetrava o corpo pela boca, nariz e poros da

pele tendo como função alimentar, impulsionar, refrigerar e vivificar o

organismo.

Além disso, havia o calor inato que, segundo o filósofo, situava-se no

ventrículo esquerdo do coração, tendo por função primordial manter os quatro

humores em atividade, expulsando-os ou reequilibrando-os, quando

perturbados em suas relativas posições. Para Hipócrates e a escola de Cós,

havia doentes e não doenças.

Era a vis medicatrix naturae mantendo o corpo em harmonia.

“Não há enfermidades, há enfermos. No fundo de cada

doente há uma discrasia dos humores que condiciona à

patologia, com infinitas variantes individuais. A verdadeira

medicina não se deve limitar a conhecer a natureza do corpo,

e sim dedicar-se à natureza do todo e ver, por conseguinte,

como se comporta o organismo em relação ao Universo

inteiro, tendo sempre duas coisas em mente: ser útil e não

prejudicar.” Hipócrates

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Sendo assim, era inaugurado na história o embrião do pensamento

vitalista.

Estas formas de pensar influenciam diretamente Sócrates (470 – 399

a.C.) e, posteriormente, Platão (427 – 347 a.C.). Este último, discípulo do

primeiro, afirmava haver uma alma aprisionada no corpo e que, de alguma

forma, lhe dava vida.

“ Da alma fluem todos os males e bens do corpo e do

homem, e daí fluem para o resto. Portanto, a verdadeira

cura deve começar pelo espírito antes de tocar o corpo. Não

se pode curar a parte antes do todo.” Sócrates

“Quando o todo se encontra em mau estado, é

impossível que a parte se comporte bem. É da alma que

vem para o corpo e para o homem, na sua totalidade, todos

os males e todos os bens. É pois da alma que é preciso

desde logo cogitar, tratando-a antes de tudo. Constitui erro

disseminado, hoje, entre os homens, o procurar curar

separadamente a Alma ou o corpo.” Platão

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Pouco depois de Sócrates e Platão (em 130-200 d.C.), surge Galeno.

Este priorizava a parte em detrimento do todo, conhecimento herdado da

escola de Cnido (que se opunha ao pensamento hipocrático). Eram os

primórdios do que conhecemos hoje como Medicina no ocidente do planeta.

Grande apoio à difusão de suas ideias deveu-se ao catolicismo que classificava

como heresia qualquer pensamento antagônico à Galeno. Introduziu o conceito

de materia pecans e a sua eliminação pelos meios naturais (vômitos, sangrias).

Durante a idade média, predominou a ideia de que o médico deveria

cuidar do corpo e a igreja da alma. E, desta forma, o pensamento Hipocrático

perdeu força, sendo apenas retomado em meados do século XV com

Paracelsus (1493 – 1541). Este último retoma os pensamentos Hipocráticos

com sua lei dos semelhantes e influencia, posteriormente, Hahnemann que

adotou a concepção de uma força oculta no homem.

Já durante a idade moderna, a partir do século XVII, há um rompimento

filosófico entre a medicina e a religião, ou seja, corpo e alma são separadas e

inicia-se a busca pelas explicações racionais sobre os fenômenos observados

– o racionalismo científico.

Isac Newton (1642 – 1727), intitulado de o Pai da Física, lança sua obra

“Princípios matemáticos da filosofia natural”. Nesta, o mesmo corrobora com o

pensamento predominante no século anterior e conclui que a matéria é

constituída de átomos. Separa completamente o corpo de qualquer espécie de

energia que o anime e inaugura a busca compartimentada das explicações dos

fenômenos naturais – era o mecanicismo reducionista.

Dentre este amalgama materialista, surge o alemão George Stahl (1660

– 1734), que exerceu enorme influência no meio científico e filosófico,

propagando seu animismo. Seguidor de Leibniz (filósofo alemão que manteve o

pensamento vitalista vivo durante o século XVII), formou uma escola

universalista, que via o ser humano como uma totalidade.

Afirmava que movimentos sadios ou mórbidos provinham da atuação da

alma sobre o corpo, sem mecanismos intermediários. Foi contra as ideias

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mecanicistas e desenvolveu uma terapêutica naturalista que tinha por base o

princípio hipocrático vis medicatrix naturae, substituindo este conceito pela

ideia de alma. “O que conserva o corpo, afirma Stahl, o movimento, é algo

totalmente estranho à essência e ao caráter do corpo, mas gêmeo da essência

da alma, isto é, incorporal em si e capaz de agir sobre o corpo.”

A partir de Stahl surgira a escola francesa de Montpellier. Nesta

florescem os pensamentos de Barthez (1734 – 1806). Afirma que o princípio

vital não é a alma, introduzindo o conceito de princípio vital - “a causa que

produz todos os fenômenos da vida no corpo do ser humano.”

Hahnemann (1755 – 1843), inspirado pela concepção vitalista de

Montpellier, afirma que o ser humano é composto pelo corpo, alma e princípio

vital.

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4. A MEDICINA VIBRACIONAL

Conforme mencionado no início desta breve revisão de literatura, na

concepção oriental, o corpo é formado a partir de uma contraparte intangível

pelos sentidos humanos e afirmam que há uma interação entre o corpo físico e

o denominado corpo etérico, através de canais de energia – os meridianos.

Tais canais energéticos são a base da acupuntura, terapêutica proveniente da

medicina tradicional Chinesa.

A ciência ocidental usualmente refuta a possibilidade de haver canais de

energia fluindo no corpo humano. Explicaram os efeitos analgésicos da

acupuntura através de teorias baseadas nos conhecimentos anatômicos e

neuroendócrinos.

Em meados do século passado, entretanto, uma equipe de

pesquisadores Coreanos chefiados pelo professor Kim Bong Han, procurou

mapear a estrutura do sistema de meridianos e correlaciona-los com a

anatomia de animais.

O grupo de pesquisadores injetou Fósforo 32 em um conhecido ponto de

acupuntura de coelhos e observou o resultado através de microautoradiografia

(técnica capaz de captar radiação em nível celular). Foi observado a presença

do isótopo ao longo de um sutil sistema tubular, seguindo o trajeto do

meridiano de acupuntura em estudo (a concentração do isótopo no local de

injeção e no tecido adjacente ao sistema tubular observado era desprezível).

Ao injetar o mesmo isótopo em veia periférica ao local do ponto injetado, a

concentração do mesmo no sistema tubular era desprezível.

Com isto, ficou evidente que existia um sistema de condução de fluidos

independente do sistema vascular e que seguia uma trajetória prevista milênios

antes pelas culturas orientais.

Mais recentemente, já na década de 80 do século passado, o

pesquisador francês Pierre de Vernejoul confirmou as descobertas de Kim.

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O grupo do pesquisador injetou tecnécio 99 em pontos de acupuntura de

diversos pacientes e acompanharam o caminho percorrido pelos isótopos

através de uma câmara gama (um equipamento até hoje utilizado em medicina

nuclear capaz de localizar espacialmente fonte de emissão de raios gama no

corpo humano). O que foi observado é que o isótopo em questão percorria os

traçados clássicos dos meridianos de acupuntura. Repetiu a aplicação da

substância radioativa em pontos aleatórios da pele, do sistema venoso e

linfático e não observou resultados semelhantes. Tal descoberta nos permite

inferir que os meridianos de acupuntura tem uma morfologia distinta dos

sistemas em questão e torna altamente provável e passível de estudo algo que

era antes tido como místico e não como fenômeno natural.

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5. EVIDÊNCIAS RECENTES

Em 2003, foi testada a possibilidade de os sistemas hematológicos e

imunológicos de camundongos serem afetados pela prática da impostação de

mãos pelo pesquisador da USP, Professor Ricardo Monezi.

Os camundongos foram utilizados como cobaias para que fosse excluída

a possibilidade de ocorrer o efeito placebo pois tal resposta do organismo é

relacionada a componentes emocionais, físicos ou simbólicos que atuam na

tríade psicológica x neurológica x imunológica

(psiconeuroimunoendocrinologia).

Foram separados 3 grupos (um teste, um controle e um controle-luva) de

20 camundongos, sendo que os 60 animais foram criados e mantidos em

condições exatamente iguais.

No grupo teste, uma mesma pessoa impostou as mãos sobre a gaiola de

criação, sem contato físico com os animais, durante 15 minutos por 4 dias

consecutivos.

No grupo controle-luva, o mesmo procedimento acima foi adotado mas

com um par de luvas presas por um cabo de madeira que era segurado a cerca

de 1 metro de distância por uma pessoa.

No grupo controle, nada foi feito durante os 4 dias.

No quarto dia, todos as cobaias foram sacrificadas e colhidas amostras

de sangue por punção cardíaca dos 60 animais.

Foram aferidos o leucograma e a contagem de plaquetas. Também

foram obtidas células efetoras do sistema imunológico (linfócitos T, B e Natural

Killer – NK).

Os resultados estatisticamente significativos obtidos pelo grupo

“impostação” foram aumento do número de monócitos, redução da contagem

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plaquetária e aumento da porcentagem de células lisadas por células natural

killer.

Estes resultados abrem um campo de discussão sobre a capacidade

inata no ser humano de transmitir energia. Podemos inferir também que as

terapias que justificam seus resultados através da transmissão ou interferência

nesta energia são passíveis de verdade.

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6. AS POSSÍVEIS BASES FÍSICAS DA HOMEOPATIA

A homeopatia, desde os fundamentos a partir das observações de

Hahnemann, é intensamente criticada por não apresentar um escopo

compatível com o modelo científico-experimental vigente.

O que norteia esta extraordinária especialidade médica são os

resultados obtidos clinicamente. Ainda assim, é de extrema relevância

investigarmos de onde partem os efeitos corroborados pela clínica médica

humana e veterinária.

Criticar os resultados obtidos com o tratamento homeopático pelo

simples viés de efeito placebo é extremamente leviano e simplista. Tal

argumento é facilmente rebatido ao observarmos os efeitos em animais ao

redor do globo.

As atuais teorias que buscam um modelo científico que comprovem os

efeitos clínicos observados nos conduzem à física quântica.

Pelo já exposto neste trabalho, percebemos o corpo humano como um

complexo sistema com uma interface material e outra imaterial. Trabalhar com

homeopatia é utilizar a ressonância que um medicamento produz com a

interface intangível da matéria sob a perspectiva humana (interface não afetada

pelos sentidos da contraparte material).

Del Giudice e Preparata especulam, através de modelo matemático, que

o campo eletromagnético natural de uma substância em solução poderia gerar

no solvente certos domínios de coerência, os quais seriam específicos para a

referida substância, com estabilidade espacial e temporal. Assim, a

organização da água seria um processo dinâmico associado a interações

eletromagnéticas de baixíssima intensidade: moléculas com frequências

eletromagnéticas semelhantes poderiam atrair-se num processo auto-catalítico

e não num processo aleatório. Del Giudice aclara que tal especulação não

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explica o fenômeno das ultradiluições, mas sugere uma nova direção para

estudos futuros.

Experimentalmente na clínica observamos que a preparação

homeopática não apresenta efeito se não for diluído e dinamizado. Acredita-se

que com a diluição são obtidos maiores comprimento de onda, aumentando a

probabilidade de penetração da onda (efeito túnel). Paralelamente, com as

sucussões, acredita-se que a coerência quântica é mantida, obtendo-se uma

mistura homeopática homogênea, ou seja, a transformação de energia

potencial em energia cinética com a consequente liberação de calor para o

meio, acarreta uma perda (diminuição) do grau de liberdade do sistema

(soluto/solvente) pois a mistura tende a compensar a perda de calor para o

meio com mudanças estruturais internas.

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7. O EFEITO TÚNEL OU TUNELAMENTO E A HOMEOPATIA

Mais uma vez cabe ressaltar a necessidade de comprovações sólidas

sobre as afirmações que se seguem mas o fenômeno citado acima pode

explicar os efeitos homeopáticos.

Tal efeito afirma que um elétron mesmo com energia potencial menor

que a barreira que o opõe, tem a probabilidade de transpor a mesma devido à

sua propriedade quântica de se comportar ora como onda, ora como matéria.

Trazendo tal teoria para o campo macroscópico, é o mesmo que afirmar que

uma bola teria a probabilidade de transpor uma parede. Tal analogia aplicada

ao medicamento homeopático poderia explicar como uma solução altamente

diluída e sucussionada diversas vezes atravessaria as barreiras orgânicas para

obter tal efeito. Logicamente, para que isso faça sentido, por todo o exposto

nesta breve análise, deve-se considerar o modelo humano e animal como um

conjunto material e magnético, onde a informação se inicia no campo

extramaterial, manisfestando-se na contraparte material. Caso isso seja

desconsiderado, tal teoria passa a não ter qualquer sentido.

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8. CONCLUSÃO

Atualmente, com a evolução das observações e as novas descobertas

sobre o funcionamento da natureza não há como negar que o corpo humano é

também fonte emissora e receptora de energia.

A natureza desta energia é ainda oculta para o nosso amadurecimento

científico. Fato é que apenas negar a existência de fenômenos além de nossa

compreensão só resulta em atraso para os métodos de cura no ocidente.

Precisamos analisar com mais seriedade o que é reportado há milênios

pelas civilizações orientais. Cada vez mais nossas possibilidades de captação

e observação de partes cada vez menores da matéria são expandidas.

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9. BIBLIOGRAFIA

DE OLIVEIRA, R.M.J. Avaliação de efeitos da prática de impostação

de mãos sobre os sistemas hematológico e imunológico de

camundongos machos. Dissertação de mestrado, USP, 2003.

GERBER, R. Medicina vibracional. Uma medicina para o futuro. 7ª

ed, São Paulo, Cultrix.

HAHNEMANN, S. Organon da arte de curar. 3ª ed. Brasileira, São

Paulo, 2007, Ed. Bento Mure.

MOURÃO, L.C.S. Homeopatia na Universidade: Princípio vitalista

influenciando no ensino homeopático. Dissertação para Livre

Docência Superior, 2003.