INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO...
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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA- AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA ALFABETIZAÇÃO
REGINA FERNANDES SANTIAGO
Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
ALTA FLORESTA/2012
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA- AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO INFANTIL E ALFABETIZAÇÃO
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA ALFABETIZAÇÃO
Regina Fernandes Santiago
Orientador: Prof. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Educação Infantil e Alfabetização.”
ALTA FLORESTA/2012
AGRADECIMENTOS
A DEUS por ter dado saúde. Aos meus familiares e professores que estiveram presente nesta caminhada. E a todos que colaboraram direta ou indiretamente para elaboração deste trabalho.
DEDICATÓRIA
Aos meus familiares, pela compreensão de Minha ausência e a todos que contribuíram para realização deste trabalho.
RESUMO
Através deste trabalho monográfico de referencial teórico bibliográfico para
conclusão de curso de pós-graduação em Educação Infantil e alfabetização, no
mesmo pretendo mostrar a importância do lúdico na aprendizagem da alfabetização,
onde o lúdico e aprendizagem é o foco a ser analisado visando entender e conhecer
a importância de jogos e brincadeiras no processo de ensino aprendizagem das
crianças em fase de alfabetização. Visto que a criança vem de casa acostumada a
ser livre e buscando melhorar o ambiente escolar tornando mais atrativo e visando
um interesse maior na aprendizagem lúdica, uma vez que atuante na alfabetização
vi a necessidade de pesquisar sobre a importância do lúdico bem como jogos e
brincadeiras no processo de aprendizagem dos alunos de alfabetização.
Visto que os mesmos ficam mais atentos à aprendizagem quando estão em
situações que envolvem o lúdico. Principalmente porque estão acostumados a ser
livre, ou seja, correr pular brincar ser livre fazendo o que querem a hora que der
vontade em sua vida cotidiana. Quando levado a escola muda sua rotina e a criança
passa a não querer ficar sentado em uma sala de aula 4 horas diárias olhando para
a professora, que não consegue motivar os alunos se não tiver atividades lúdicas
que sejam motivantes e que produza uma aprendizagem significativa considerando
essas observações é necessário o resgates da importância de se trabalhar com
jogos e brincadeiras e outras atividades desde que sejam de forma lúdica. Para
tanto a realização aprofundou os conhecimentos bibliográficos, ainda com a leitura e
sistematização dos mesmos considerando o aluno no processo de ensino e
aprendizagem e o educador como mediador desse processo transformando sua sala
de aula em um ambiente que ajude seus alunos na mediação de construção e na
resolução de problemas e em todos os demais processos de aprendizagem tendo
em vista a compreensão e o conhecimento da evolução dos educandos, ou seja,
que as crianças possam se desenvolver através de atividades prazerosas lúdicas.
Palavras-chaves: lúdico, aprendizagem, importância de jogos e brincadeiras,
SUMÁRIO
Introdução........................................................................................... .......................06
1.0- Capitulo I - Aprendizagem: um conceito.............................................................08
2.0-Capitulo II– Analisando a teoria de Piaget e Vygotsky........................................10
2.1-Fazes do desenvolvimento cognitivo segundo Piaget.........................................11
2.2-Desenvolvimento e jogos nas na alfabetização segundo Vygotsky.....................14
3.0- Capítulo III- O jogo e o brincar como recurso para o desenvolvimento
das crianças...............................................................................................................19
3.1- O brincar e brinquedo..........................................................................................20
3.2- O jogo e a brincadeira na escola ..................................................................21
3.3- Jogos teatrais na escola .....................................................................................22
4.0- o papel do professor na brincadeira educativa...................................................25
Considerações finais..................................................................................................28
Referências Bibliográficas .........................................................................................29
INTRODUÇÃO
Atualmente o brincar é visto como algo espontâneo da criança, sendo
assegurado por lei como mostra a LDB Artigo 29 “A educação infantil, primeira etapa
da educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até
os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade”.
Uma vez que atuante na alfabetização vi a necessidade de pesquisar sobre
a importância do lúdico bem como jogos e brincadeiras no processo de
aprendizagem dos alunos de alfabetização fazendo verificação de como o resgate
da importância do lúdico ajuda na alfabetização, seguindo algumas hipóteses tais
como: Professor muito preocupado o ato de ensinar a ler escrever deixa de lado o
lúdico, também verificar se o lúdico melhora na aprendizagem junto as estratégia
lúdica ou o professor não tem conhecimento teórico sobre a importância da
ludicidade e deixa a desejar as atividades com jogos e brincadeiras.
Segundo BRASIL (1998), o papel da educação infantil é o CUIDAR da
criança em espaço formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer
(brincar). Também é seu papel EDUCAR, sempre respeitando o caráter lúdico das
atividades, com ênfase no desenvolvimento integral da criança.
Visto que os mesmos ficam mais atentos a aprendizagem quando está em
situações que envolvem o lúdico. Quando levado a escola muda sua rotina e a
criança passa a não querer ficar sentado em uma sala de aula 4 horas diárias
olhando para a professora, que não consegue motivar os alunos se não tiver
atividades lúdicas que produza uma aprendizagem significativa considerando essas
observações é necessário o resgates da importância de se trabalhar com jogos e
brincadeiras e outras atividades desde que sejam de forma lúdica.
Neste estudo, os termos o lúdico e aprendizagem significativa, serão
empregados, em sentido amplo para que seja tratada de maneira pela qual, o
processo de ensino aprendizagem seja compreendido de forma perceptível a
importância do lúdico na aprendizagem das crianças de alfabetização, uma vez que
jogos brincadeiras são excelentes oportunidades entre os prazeres e o
conhecimento historicamente constituído já que o lúdico é eminentemente cultural.
Para tanto é necessário demonstrar como os jogos e brincadeiras são importantes
para aprendizagem das crianças de alfabetização, assim entender a importância das
brincadeiras lúdicas no processo de alfabetização e conhecer a facilidade que o
lúdico trás ao trabalho com alfabetização para possibilitar o conhecimento das
relações entre motivação e aprendizagem diferenciando o que é jogo e brincadeira
para que estas atividades sejam propostos na atuação de uma sala de alfabetização
onde os alunos tenham o maior proveito de aprendizagem possível e para a atuação
é ainda necessário identificar qual o papel do professor na aprendizagem lúdica.
Para entender os processos de aprendizagem no capitulo I trataremos da
aprendizagem o que é e como ela ocorre. Posteriormente falaremos da
aprendizagem nas teorias de Piaget e Vygotsky, onde os mesmo tratam da
aprendizagem juntamente com os jogos e brincadeiras, tratando do desenvolvimento
e fases de aprendizagem.
No capitulo III trataremos de conceituar jogos e brincadeiras para entender a
importância dos jogos e brincadeiras na alfabetização é necessário entender como o
brincar e a brincadeira é uma linguagem natural da criança sendo importante e esta
deve estar presente na escola desde a educação infantil para que o aluno possa se
colocar e se expressar através de atividades lúdicas.
Também como deve ser o papel do educador que trabalha atividades lúdicas
na sala de alfabetização para tanto a atuação do professor na brincadeira deve ser
sempre como mediador da cultura lúdica com objetivos a ser alcançados, objetivos
esses que devem estar previsto com antecipação de acordo com o planejamento do
educador.
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1.0 -CAPITULO I - APRENDIZAGEM: UM CONCEITO
Para entender a aprendizagem de leitura e escrita é necessário se
aprofundar em vários fatores e existem vários conceitos do que aprendizagem e
como ela se constrói no processo educativo.
Para CAMPOS (2001), “A aprendizagem é uma modificação sistemática de
comportamento, por efeito da pratica ou experiência, com um sentido de progressiva
adaptação ou ajustamento.” (p. 30).
Dando a entender que a cada momento aprendemos novas formas de fazer
as coisas. Por isso que possuímos tantas habilidades. Habilidade estas que
melhoramos com a prática. A escola é mediadora desse acumulo de habilidades
promovendo de forma eficaz o desenvolvimento de aprendizagem que poderão ser
usadas posteriormente de formas variadas.
A aprendizagem depende de vários fatores internos e externos que tonam
possíveis a aprendizagem como exemplo de fator interno pode colocar nossa
natureza física, e capacidade de desenvolver sentimentos entre outros. Já em de
tratando de aspectos externos podemos dizer que a aprendizagem decorre da
adaptação com o meio ambiente, ou seja, aprendizagem ocorre por combinação da
carga genética e o ambiente no qual estamos inserido.
De acordo com CAMPOS (2001, p. 34), “A aprendizagem que envolve a
participação total e global do individuo, em seus aspectos físicos, intelectuais,
emocional e social.”
De acordo com isso a aprendizagem trará o conhecimento para a criança e
a mesma estará frente a novas oportunidades de transformação, onde possa ser
respeitado e capaz de dar a sua opinião quando necessário sem o constrangimento
de ser barrado, embasado em sua história de vida e toda aprendizagem adquirida.
Por isso é de grande importância um desenvolvimento sadio e que propicie uma
aprendizagem de qualidade e com saúde, para que a mesma deixe de ser vista
como um ser frágil, passando a ser vista como individuo independente que consiga
resolver todos os seus problemas sem constrangimento desde sua infância até a
chegada de sua vida adulta.
Segundo BARBOSA (2008, p. 13)
É principalmente por meio do seu desenvolvimento motor que a criança deixa de ser a criatura frágil da primeira infância e se transforma numa pessoa livre e independente do auxílio alheio. As atividades motoras desempenham também um papel importantíssimo em muitas das suas primeiras iniciativas intelectuais, enquanto explora o mundo que a rodeia, com os olhos e com as mãos, fornecendo-lhe também os meios pelos quais fará grande parte dos seus contatos sociais com outras crianças.
É muito importante que o educador que esteja acompanhado o
desenvolvimento dessa criança esteja atento e forneça todo o subsidio para um bom
desenvolvimento de aprendizagem que a mesma precise.
Para uma compreensão melhor sobre o desenvolvimento e a aprendizagem
é necessário estudar alguns autores tais como PIAGET e VYGOTSKY.
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2-CAPITULO II – ANALISANDO A TEORIA DE PIAGET E VYGOTSKY
Segundo PIAGET (1973) e VYGOTSKY (1998), podemos dizer que a
criança se transforma, cria e nos surpreende quando se refere a aprendizagem,
dessa forma o lúdico tem um papel importante no desenvolvimento cognitivo e social
e afetivo, onde as crianças se interagem umas com as outras participando
entendendo regras tendo responsabilidade no jogo e com os colegas, bem como em
situações mais corriqueiras possíveis, desde uma brincadeira informal na qual ela
mostra seu papel de responsabilidade imitando um adulto como nas brincadeiras de
faz de conta ou até mesmo em um jogo proposto pelo educador. PIAGET (1998),
acredita que os jogos são essenciais na vida das crianças, assim ele divide os jogos
para cada fase da criança. Como a criança vive cobranças e nesse tipo de
brincadeira elas demonstram como são cobrados na vida moderna. VALENTE
(2001, p. 42), diz que a criança vem sendo submetida precocemente a estímulos e
responsabilidades da vida adulta. É uma pressão social que deve ser muito bem
dosada pelos pais para não tirar do filho o direito de brincar, ter tempo livre e de ser
criança.
No entanto para VYGOTSKY (1998), a criança possui certas habilidades que
ainda não são esperadas para a sua idade, assim a aprendizagem desperta
inúmeros processo do desenvolvimento interno da criança, ou seja, a aprendizagem
cria uma zona de desenvolvimento proximal.
É preciso atentar ao processo que acontece na troca de conhecimento entre
professores e alunos. Isso significa pensar em um processo educativo que se ajuste
a variadas experiências educacional existente. Na qual o professor pode usar em
seu cotidiano escolar, procurando conhecer estilos e atitudes para aprender a
aprender, a fim de promover uma aprendizagem significativa, envolvente que possa
atrair o aluno. VYGOTSKY (1987), cita que é importante mencionar a língua escrita,
como a aquisição de um sistema simbólico de representação da realidade, onde as
crianças transformam tudo a sua volta e passado até mesmo frutas se
transformarem em animais e um cabo de vassoura ser no mesmo momento um
cavalo. Também contribui para esse processo o desenvolvimento dos gestos, dos
desenhos e do brinquedo simbólico, pois essas são também atividades do caráter
representativo, isto é, utiliza-se de signos para representar significados.
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta deque se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras. (VYGOTSKY, 1987, p.134).
O professor deve partir do lúdico trazido de casa e partir aos jogos de
regras, para formar cidadãos capazes de fazer trocas de conhecimento, envolvendo
sempre a brincadeira para tirar de dentro das brincadeiras todos os objetivos
proposto, fazendo com que a criança interage com os conhecimentos propostos no
currículo escolar. Tornando o trabalho do professor criativo e valioso para o aluno,
que vão brincar aprendendo, até mesmo nos momentos que surgir conflitos com o
lúdico será mais fácil contornar as situações que surgir.
2.1- FASES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO SEGUNDO PIAGET
Nos estudos realizados por Piaget sobre o desenvolvimento da criança
PIAGET (1976), diz que o desenvolvimento do indivíduo se faz ao longo de um
processo gradual, dinâmico e contínuo, de forma integrada com os aspectos
cognitivo, afetivo, físico-motor, moral, linguístico e social.
Atentando para o desenvolvimento cognitivo, este desenvolvimento acontece
por meio de interação da criança com o meio em que vive. Assim ela assimila as
informações com suas vivencias cotidianas. Seja esta na sala de aula ou em casa,
ela consegue transpor com dinamismo todos os aspectos que sejam envolvidos.
PIAGET (1976), ainda trata o pensamento da criança, onde mostra a
importância do brincar em vários períodos do desenvolvimento infantil. Segundo o
autor, a criança inicia a brincadeira por meio do próprio corpo, já que no primeiro ano
de vida não consegue representar os objetos externos. Com o passar das fases de
desenvolvimento, formam imagens mentais, da função simbólica e da linguagem, a
conduta da criança modifica-se; surgindo nesse momento o pensamento, onde a
criança passa a ter compreensão dos signos, possibilitando à criança o
desenvolvimento do jogo simbólico, a imaginação e a imitação, nos quais ela revive
prazeres e/ou conflitos elaborando-os, compensando-os e completando a realidade
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por meio da ficção. Só entram em jogo a partir de uma utilização pratica com
materiais concretos para que a mesma seja interiorizada. Ou seja, a criança vai
entender um determinado conceito se vivenciar na pratica. Atividades que utiliza a
pratica trabalham conceitos principalmente nos conteúdos de matemáticas, onde o
aluno necessita ter mais compreensão com materiais manipuláveis e conceitos de
pensamentos simbólicos, passando o domínio da linguagem que para a criança a
linguagem apresenta um duplo progresso: pode pensar antes de agir e também
trazer para as mesma o conhecimento de regras que organiza uma situação. O
brincar nesse nível, baseado na cooperação e na compreensão das regras
explícitas, possibilita à criança uma construção progressiva de sua aprendizagem
lúdica. Para PIAGET (1976), o brincar constitui-se expressão e condição para o
desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam, acomodam e
podem interferir na realidade.
Interferência essa que pode ser positiva ou negativa conforme o tratamento
utilizado para a criança e o jogo. Este deve ser de atrativo para possibilitar
aprendizagem, conforto, e bem estar para os educandos. Sendo que o mesmo deve
ser flexível a mudanças conforme o publico e o interesse dos mesmos.
Segundo PIAGET (1973), os jogos e as atividades lúdicas tornaram-se
significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de
materiais variados, ela passa a reconstituir, reinventar as coisas, o que já exige uma
adaptação mais completa. Para que haja um significado o professor deve estar
atento ao meio em que ela vive, pois elas terão mais facilidade a partir do momento
em que em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades
lúdicas, que é o concreto da vida dela, assim ela internaliza o jogo e transforma em
linguagem escrita. E no momento de transpor a linguagem escrita o professor deve
mediar da mesma forma no qual media os jogos e brincadeiras.
Dado então a importância do lúdico em sala de aula e como a aprendizagem
ocorre de forma significativa, principalmente quando se tratam de jogos, brincadeiras
e materiais concretos que faz parte do meio em que vive a criança.
Trazendo para os educando a assimilação de conteúdos e divertimentos das
mesmas já que as crianças estão saindo da pré-escola para a alfabetização na qual
brincam parte do dia em casa e na escola as mesma permanece no intuito de que
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vai ser tudo brincadeira, então a aquisição da escrita e conhecimentos do currículo
deve ser passado através de todas as brincadeiras lúdicas seja ela jogos de regras
ou não. De certa forma ela compreendera se comportar em meio as regras que
possuem na escola, e saberá entender como deve ser com jogos de regras. Ainda
ocorrerá uma aprendizagem maior conforme o meio familiar em que vive.
Segundo PIAGET (1982), a inteligência é, pois, o resultado da experiência
do indivíduo, e é através da experiência (como ação e movimento) que o indivíduo
incorpora o mundo exterior e o vai transformando ao longo de sua vida.
Portanto, para que ocorra a aprendizagem significativa e um
desenvolvimento da inteligência, torna se necessário que a criança se adaptar ao
meio em que esta inserida, a partir de então o contato com o mesmo possa garantir
a construção do seu próprio pensamento, do ato de conhecer e aprender, dando
significados aos símbolos, transformando-os em conhecimentos de forma eficaz.
Assim o conhecimento torna se organizado e realizado através de experiências
vividas no cotidiano familiar e escolar quando caminham ambos, lado a lado
pretendendo alcançar os mesmos objetivos, ou seja, a aprendizagem do educando.
Assim, se ambas escola e família estiverem em acordo uma com a outra e
comprometidas com o seu desenvolvimento e aprendizagem do aluno conseguira
desenvolver um trabalho onde o brincar, jogar, fara parte da rotina da criança
deixando-a alegre e feliz tanto no âmbito escolar como em casa ou na sociedade em
que vive diariamente. Assim a escola deve aproveitar todas as manifestações de
alegria da criança, através de atividades lúdicas educativas. Atividades estas que
quando bem direcionadas, trazem grandes benefícios que proporcionam aos
educandos saúde física, mental, social e intelectual à criança. Neste caso cabe a
escola aproveitar todas as oportunidades que surge para o bom desenvolvimento da
criança.
O desenvolvimento cognitivo e aprendizagem de escrita ligada com todo o
meio em que vive, segundo PIAGET (1982), traz para a criança maturação na qual
ela criará hábitos que possibilitará a aprendizagem e aquisição de valores, já que a
o desenvolvimento cognitivo, uma vez que este se constitui a partir das
transformações que ocorre com o individuo desde o seu nascimento e ficando cada
vez mais diferenciados conforme o desenvolvimento e conhecimento da criança.
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PIAGET (1982), baseia-se na ideia da criança pesquisadora/exploradora que
constrói o seu conhecimento pela experiência. Ele ainda procura falar da interação
do individuo com o meio, onde ocorre constantes equilíbrios e desiquilíbrios
causadas por transformações que ocorre por assimilação como meio.
Assim se o meio estimula o sujeito de varias formas, dentro de sala de aula
ele deve continuar sendo estimulado e um desses meios é o lúdico.
Para PIAGET (1973)
Os jogos e as atividades lúdicas tornam-se significativas à medida que a criança se desenvolve, com a livre manipulação de materiais variados, ela passa a reconstituir reinventar as coisas, que já exige uma adaptação mais completa. Essa adaptação só é possível, a partir do momento em que ela própria evolui internamente, transformando essas atividades lúdicas, que é o concreto da vida dela, em linguagem escrita que é o abstrato. (p. 156).
O mesmo acontece quando as crianças brincam de faz-de-conta, onde elas
transformam um simples cabo de vassoura em um lindo cavalo ou vê diversos
animais da fazenda nos legumes que tem em casa. Assim as crianças brincam de
formas variadas usando a imaginação. Segundo PIAGET (1987, 134), afirma que "O
jogo é um tipo de atividade particularmente poderosa para o exercício da vida social
e da atividade construtiva da criança". Pelo lúdico, procura-se integrar os fatores
cognitivos e afetivos que atuam nos níveis conscientes e inconscientes da conduta,
não se pode deixar de lado a importância do símbolo que age com toda sua força
integradora no lúdico, atividade simbólica por excelência.
Na sala de aula o professor apenas vai mediar a atividade lúdica para
posteriormente ajudá-los a transformar a brincadeira em aprendizagem escrita. Além
da aprendizagem escrita envolvem as regras e comportamentos.
2.2-DESENVOLVIMENTO E JOGOS NA ALFABETIZAÇÃO SEGUNDO
VYGOTSKY
Outro estudioso que trata do brincar é VYGOTSKY, este fala
especificamente do “faz-de-conta”. Para ele os desejos não realizáveis podem ser
alcançados pelo mundo imaginário, por meio do brinquedo.
Para VYGOTSKY
As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do individuo
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e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade. (1989, p.84).
Essas brincadeiras fazem parte da necessidade das crianças de idade até
seis anos, fase em que elas ainda estão na alfabetização e sente falta dos pais.
Uma forma de ela se sentirem pertos dos pais é o faz de conta.
Segundo PASTORAL da criança (2005), nessas brincadeiras a criança pode
vivenciar também situações de medo e angustias para conseguir conviver com
esses sentimentos.
A brincadeira e o jogo de faz-de-conta usada como espaço de construção de
conhecimentos pelas crianças vivenciam e transmitem significado que são
assimilados por elas de forma de contribuição para a aprendizagem e
desenvolvimento infantil. Onde pode haver mudanças entre a criança e
determinados objetos e conceitos que para as crianças podem não ter significados
algum e com a brincadeira podem ser estimulados e contribuindo para com o
desenvolvimento da mesma.
"A criança vê um objeto, mas age de maneira diferente em relação ao que
vê. Assim, é alcançada uma condição que começa a agir independentemente
daquilo que vê”. (VYGOTSKY, 1998, p. 127). Assim a criança usando de sua
imaginação nos jogos e brincadeiras produzem sentidos em que o professor pode
estar se baseando para entender relações familiares e com colegas em sala de aula.
Diagnosticando e mediando conflitos eventuais que possam surgir, situações em
que podem estar auxiliando para o bom desempenho do aluno.
Para VYGOTSKY,
A criança aprende muito ao brincar. O que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo, emocional, social, psicológico. (1979, p.45).
Além de que, a brincadeira tem a função de transmitir conhecimentos os
tipos de relações valorizadas por uma cultura especificas, crenças.
Para VYGOTSKY,
As crianças formam estruturas mentais pelo uso de instrumentos e sinais. A brincadeira, a criação de situações imaginárias surge da tensão do individuo e a sociedade. O lúdico liberta a criança das amarras da realidade. (1989, p.84).
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A medida que a criança vão crescendo e se deparam com situações
cotidiana ela transforma em brincadeira usando seu imaginário como acontece com
criança que são filhos único que pela falta de amigos e companhia criam amigos
imaginários, nesta perspectiva, a brincadeira infantil assume uma posição
privilegiada para a análise do processo de constituição do sujeito, deixando de ser
uma mera atividade de brincadeira sem valor de aprendizagem, passando a
desenvolvimento afetivo e cognitivo do individuo.
Para VYGOTSKY (1984, p. 118)
A criança começa com uma situação imaginaria, que é uma reprodução da situação real sendo brincadeira muito mais lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginaria nova.
Para a criança a imaginação pode ser apenas uma representação ou
imitação do que os adultos fazem, mas para o aprendizado acaba sendo muito mais
do que atividades sem proposito e tendo grande valor teórico para o
desenvolvimento cognitivo afetivo da criança.
Tornando o brincar cada vez mais necessário dentro e fora de sala de aula
para o desenvolvimento de aprendizagem do aluno principalmente em se tratando
das crianças de seis anos que estão iniciando a alfabetização onde recai uma
cobrança maior para a questão de aprendizagem de leitura e escrita. Pois, existe
uma pressão dos pais e superiores da escola quando ao desenvolvimento de
aprendizagem dos alunos, no qual os mesmo devem aprender o mais rápido
possível sem contar com o tempo de amadurecimento do individuo. Onde cada um
desenvolve em seu tempo, mesmo que o professor utilize de todos os métodos
possíveis e variados que contribuem para o desenvolvimento da criança passando
da ludicidade como meio simbólico pra a aquisição de leitura e escrita.
VYGOTSKY (1987), cita que é importante mencionar a língua escrita, como
a aquisição de um sistema simbólico de representação da realidade. Também
contribui para esse processo o desenvolvimento dos gestos, dos desenhos e do
brinquedo simbólico, pois essas são também atividades de caráter representativo,
isto é, utilizam-se de signos para representar significados.
Quanto ao desenvolvimento simbólico citado por Piaget quando trabalha as
fases do desenvolvimento. Quanto a essa questão para VYGOTSKY
O brinquedo simbólico das crianças pode ser entendido como um sistema muito complexo de fala através de gestos que comunicam e indicam os
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significados dos objetos usados para brincar. É somente na base desses gestos indicativos que esses objetos adquirem, gradualmente, seu significado – assim como o desenho que, de início apoiado por gestos, transforma-se num signo independente. (1991, p.123).
De acordo com que a criança se desenvolve diante de brincadeiras e jogos,
podemos observar que a mesma traça um trajeto para atingir seus objetivos que é a
satisfação e gosto no que está fazendo. Finalmente surgem as regras que irão
possibilitar a divisão do trabalho e do jogo na idade escolar. Onde o mesmo será
trabalhado com propósito mediado pelo educador.
VYGOTSKY (1984, p. 64), afirma que, “brincar leva a criança a tornar-se
mais flexível e a buscar alternativas de ação. Enquanto brinca, a criança concentra
sua atenção na atividade em si e não em resultados e efeitos.” Sem perceber ela se
interagem aprende significativamente, socialmente e com satisfação de alegria que
pode ser observada de acordo com o interesse pelos jogos e brincadeiras proposto
em sala de aula.
VYGOTSKY (1988), refere o brincar como meio para criar situações
simbólicas predominantes na primeira infância e que configuram o desenvolvimento
dos processos psicológicos e a inserção social e cultural da criança. O brincar ainda
contribui para interiorizar e compreender diversos grupos sociais, fazendo com que
os educando se relacionam com diversos grupos diferentes sem discriminação ou
preconceito.
O brincar assume uma função fundamental no desenvolvimento do
comportamento infantil pela criação da situação imaginária, considerando que o que
passa despercebido na vida da criança torna-se regra de comportamento na
brincadeira.
Ainda levando em conta todas as forma de brincadeira que inicia desde cedo
no desenvolvimento da criança e que esta deve permanecer ate o final da infância
sem prejudicadores e cortes esta deve ser inserida como fase de preparação para
acompanhar o desenvolvimento e aprendizagem da língua escrita.
VYGOTSKY
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas ações e todo o complexo processo de transição de um tipo de linguagem escrita para outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a fala. Se quiséssemos
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resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a linguagem escrita e não apenas a escrita de letras. (1987, p.134).
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3-CAPITULO III- O JOGO E O BRINCAR COMO RECURSO PARA O
DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA
Para entender a importância dos jogos e brincadeiras na alfabetização é
necessário entender como o brincar e a brincadeira é uma linguagem natural da
criança sendo importante e esta deve estar presente na escola desde a educação
infantil para que o aluno possa se colocar e se expressar através de atividades
lúdicas, para que as mesmas desenvolvam processos psicológicos, motores,
cognitivos, onde as brincadeiras são ações com significado atribuído por quem
pratica e quando se trata de crianças elas desenvolvem e conseguem resolver
situações problemas que surgem, aprendem a seguir regras como esperar sua vez,
usar a sequencia logica e para o educador é fundamental observar a crescente
autoestima da criança e a relação pessoal com quem brinca, verificando a interação
da criança em seu meio social. KISHIMOTO (1996, p.19), afirma que:
O brinquedo propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criador do objeto lúdico. No caso da criança, o imaginário vária conforme a idade: para o pré-escolar de 3 anos está carregado de animismo; de 5 a 6 anos integra predominantemente elementos da realidade.
Assim o educador pode intervir quando necessário proporcionando uma
aprendizagem que valoriza o brincar, já que a que a criança não é um adulto que
ainda não cresceu, pois as mesmas quando chega na alfabetização na maioria das
vezes é imposta um monte de responsabilidade para ocorrer a aprendizagem e
esquece que ainda é criança e precisa de brincadeiras que sejam atrativas. Ainda
deve considerar que elas possuem características próprias e antes de se tornar um
adulto, ela precisa percorrer todas as etapas de seu desenvolvimento físico,
cognitivo, social e emocional. Seu primeiro apoio nesse desenvolvimento é a família,
posteriormente, esse grupo se amplia com os colegas de brincadeiras e a escola.
Para OLIVEIRA (1990), as atividades lúdicas é a essência da infância. Com a
brincadeira a criança deixa de ser aquele ser considerada miniatura do adulto, assim
brincar é um direito de todas as crianças e é uma atividade de grande importância
para a criança, pois a torna ativa, criativa, e lhe dá oportunidade de relacionar-se
com os outros; também a faz feliz e, por isso, mais propensa a ser bondosa, a amar
o próximo, a ser solidária.
3.1 O BRINCAR E BRINQUEDO
Os educadores da alfabetização tem notado a falta de oferta de brinquedos
paras as crianças, além da pouca importância dada à atividade lúdica para
desenvolvimento de aprendizagem da criança. Um dos motivos é que os brinquedos
são prioridade de educação infantil e por as crianças de seis anos estar no inicio do
ensino fundamental os brinquedos vão sendo deixado de lado. Sabendo que o
brinquedo é a essência da infância e sua principal atividade no seu dia a dia, assim
educadores devem colocar o brincar como rotina na aprendizagem das crianças
fazer com que o brincar faça parte da realidade. Onde as crianças serão
estimuladas a criar simulações e organização de experiências por elas vividas,
sendo então instrumento de aprendizagem quando a mesmo a trabalha o emocional
de forma que participa da construção de caraterística pessoais das mesmas.
O brincar é uma atividade cotidiana na vida das crianças, que deve ser
exploradas o máximo possível desenvolvendo o máximo de habilidades motoras e
implicações de regras que devem ser seguidas. É o brinquedo a forma pela qual ela
resolve a maioria dos conflitos criados pelas limitações do mundo em que vive e que
é, eminentemente, um mundo dos adultos. Através da brincadeira a criança
expressa sua forma de representação da realidade e auxilia no desenvolvimento
psíquico do ser humano.
Segundo NEGRINE (1994, p. 41), podemos destacar:
•As atividades lúdicas possibilitam fomentar a "resiliência", pois permitem a formação do autoconceito positivo;
•As atividades lúdicas possibilitam o desenvolvimento integral da criança, já que através destas atividades a criança se desenvolve afetivamente, convive socialmente e opera mentalmente.
•O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade;
•Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
•Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.
Assim entendemos que as brincadeiras são linguagem verbal não verbal em
que a criança estabelece contato entre o real e o mundo do faz de conta. Então
podemos deixar que o brincar faça parte da aprendizagem das crianças de
alfabetização, que o lúdico toma de conta, deixar que o mesmo faça parte da rotina
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das crianças, na maioria das vezes e nessa situações que conseguimos atingir os
objetivos desejados. Mesmo que outras pessoas achem que é só bagunça, mas se
essa bagunça for bem trabalhada produzira muitos frutos de conhecimento.
Ainda se discute muito sobre como ocorrem a aprendizagem das crianças de
como elas aprendem e como é que elas constroem o conhecimento e como elas são
capazes de aprender a cuidar e brincar ao mesmo tempo?
Para resposta de tal pergunta só mesmo usando o lúdico em sala de aula
para responder, pois se percebe que os educadores da atualidade precisam utilizar-
se do lúdico na educação infantil e alfabetização. Ao diferenciar o trabalho da
brincadeira a observou a importância da criança que brinca, de como ela pode ser
mais ativa e feliz e ainda consegue transpor essa felicidade no processo de
aprendizagem. Assim levantando hipóteses de possibilidades em que criança
compreende o pensamento e linguagem do outro.
3.2 O JOGO E A BRINCADEIRA NA ESCOLA
Assim a escola deve continuar a vida cotidiana do aluno na apresentação da
aprendizagem já que o educando traz de casa uma bagagem de brincadeiras e
jogos. Com relação ao jogo, PIAGET (1998), acredita que ele é essencial na vida da
criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete
uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos. Em torno
dos 2-3 e 5-6 anos nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a
necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas
de executar a representação. Para as crianças, o brincar e o jogar são modos de
aprender e se desenvolver. Não importa que as crianças saibam disso, o importante
ao fazer essas atividades é que elas vivem experiências fundamentais. Dai porque
se interessam em repeti-las e representá-las até criarem ou aceitarem regras que
possibilitem compartilhar com colegas e brincar e jogar em espaços e tempos
combinados. Mas que essa introdução da brincadeira nas crianças da educação
infantil seja de forma satisfatória embora deva ser definida como ação livre e
espontânea da criança. Quando introduzida no conteúdo do currículo deve ser uma
atividade orientada ora livre de forma que as crianças tenham uma aprendizagem
significativa. Os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades fundamentais da
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infância, para isso, é importante que a escola dê condições adequadas visando a
promover situações compatíveis com as necessidades apresentadas pelas crianças
e oportunizando estimulação para seu desenvolvimento integral.
Na escola é possível o professor se soltar e trabalhar os jogos como forma
de difundir os conteúdos. Para isso, entendo ser necessários a vivência, a
percepção e o sentido, ou seja, o educador precisa selecionar situações importantes
dentro da vivência em sala de aula; perceber o que sentiu como sentiu e de que
forma isso influencia o processo de aprendizagem; além de compreender que no
vivenciar, no brincar, a criança é mais espontânea.
Entendo ainda que o primeiro passo para se trazer o lúdico, a brincadeira
para dentro da escola, é o resgate da infância dos próprios educadores, onde os
mesmos possam fazer um resgate das brincadeiras que brincavam, como brincavam
e lembrar-se ainda de um personagem que marcou sua infância. É um momento de
humanizar as relações, de resgatar o sentimento e lembrar como eles eram e o que
sentiam quando viviam o momento que as crianças, seus alunos, estão vivendo
agora. Todo mundo foi criança e teve essa vivência. Preparar as crianças para o
convívio do grupo e em sociedade. Despertando a inteligência para que sejam
curiosas, ativas, solidárias, criativas, integrada no meio em que vive que dialoga e
participa da construção de seu caminho, ao mesmo tempo, ávida por afeto, brincar,
correr, sorrir, chorar, viver e por sonhar. Por fim, brincar é uma necessidade do ser
humano, quando brinca ele pode aprender de uma maneira mais profunda, podendo
relacionar pensamentos, criar e recriar seu tempo e espaço adaptando-se melhor as
modificações na vida real. No momento da brincadeira a criança pode pensar
livremente, pode ousar imaginar, não tendo medo de errar, fazendo de um pedaço
de madeira o que quiser. Temos muito que aprender sobre a condução dos
trabalhos com os pequeninos.
3.3- JOGOS TEATRAIS NA ESCOLA
O teatro na escola, segundo MACHADO (2009), tende a propiciar diversas
oportunidades de expressão que favoreçam o desenvolvimento cognitivo da criança,
principalmente daquelas que gostam das histórias de conto de fadas, trabalhando
ainda no aluno o desenvolvimento de forma integral onde eles podem viver os
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personagens que vivenciam em seu dia a dia como papeis que representam seus
pais, tios, avos assim fazendo uma transmissão do que vivenciam em casa fazendo
com que o professor possa conhecer sua personalidade como já foi citado no
capitulo sobre brincadeiras de faz de conta.
Podemos considerar ainda a grande importância da escola como meio de
aprendizado sendo um espaço de conhecimento e aprendizagem, assim o teatro a
musica entre outros métodos passam a ser fundamentais para a aquisição de ensino
aprendizado, ‘’ainda pode se dizer que o teatro é uma forma de expressão capaz de
alcançar todos os humanos.” (NEVES. e SANTIAGO, 2009, p.10).
Diante disso, podemos usar do teatro para ensinar e expressar através da
arte tudo o que com apenas palavras não conseguimos passar para os alunos, cuja
qual dependendo da linguagem utilizada não consegue compreender.
O homem sempre teve necessidade de representar. Representar suas
tristeza, angústia alegria. A partir dessa representação a criança demonstrara
algumas necessidades, o professor então poderá identificar em que momento a
criança está inserida, assim analisar o contexto histórico da criança e para isso esta
deve estar inserida no teatro com o corpo, fazendo vários movimentos, ou seja
deixar o corpo falar com gestos e ações, utilizar de toda liberdade de expressão
possível deixando com que o raciocínio e a emoção, assim esta transpondo suas
ideias raciocínio e sentimentos. Para tanto o educador que estiver acompanhando
esses grupos teatrais deve se ter claro qual objetivo a ser alcançado para que não
fique na mesma e ainda surgir fatos em que apenas utiliza-se para enrolar o tempo e
não fazer parte da aprendizagem significativa na qual o aluno deve estar sempre
inserido, onde ele passa de espectador a ser criado e possa compreender e passe a
usar os jogos teatrais para o seu desenvolvimento e sua socialização já que teatro
significa , ver o mundo se ver no mundo, se perceber , perceber o outro e até
mesmo sua relação com os demais , além de mostrar o comportamento social e
moral , aprender valores e ter um bom relacionamento com as pessoas.
O aluno com o teatro, segundo NEVES. e SANTIAGO (2009), aprende a
improvisar desenvolver sua oralidade, expressão corporal, imposição da voz,
entrosamento com os demais desenvolver vocabulário, trabalhe o emocional entre
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outras, enfim é incontável as vantagens em se trabalhar o teatro em sala de aula e
até mesmo inseri-la obrigatoriamente no currículo escola.
O desenvolvimento do teatro na infantil tem inúmeras funções o que fica
evidente é que não se pode esgotar são as possibilidades de contribuição do teatro
infantil no desenvolvimento da criança e como as escolas podem fazer para ajudar o
aluno a desenvolver suas próprias potencialidades.
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4- PAPEL DO PROFESSOR NA APRENDIZAGEM LÚDICA
Diante de atividades que usa o jogo e a brincadeira para o desenvolvimento
da criança, seja na aprendizagem de leitura ou da escrita, o professor deve estar
sempre atento a favorecer o aprender da criança seguindo os processos de
exigências que surgem na aplicação de conteúdos da grade curricular.
A atuação do professor na brincadeira, deve ser sempre como mediador da
cultura lúdica com objetivos a ser alcançados, objetivos esses que devem estar
previsto com antecipação de acordo com o planejamento do educador.
Principalmente para sanar as dificuldades de aprendizagem e
desenvolvimento cognitivo da criança, pois nessa fase da infância todos ou a
maiorias dos conflitos que surgem são sanados ou apontados caminhos de
resolução através da brincadeira.
Quando a criança brinca, age acima de sua idade, onde as mesmas passam
a ser protagonista de seu desenvolvimento, em que ela passa a fazer imitações dos
adultos.
É nesse momento, que o educador deve usar de sua criatividade para que a
criança assuma diversos papéis sociais, internalizando os conteúdos, adquirindo
conhecimentos para que ocorra uma aceleração da aprendizagem por meio das
brincadeiras, jogos ou outras atividades lúdicas que proporciona para as crianças
conhecimento de mundo no qual estão inseridas.
Onde muitas vezes é através de brincadeiras que a criança vai se desinibir
ou se interagir com outras e através das brincadeiras ele desenvolve varias áreas do
conhecimento facilitando o aprender.
A criança se empenha durante o brincar da mesma maneira que se esforça para aprender a andar, a falar, a se desinibir, a comer. Esse esforço é tão intenso que, às vezes, ela fica concentrada na atividade e em escuta quando alguém a chama. Essa mobilização presente nas condutas, lúdicas, por si só, deveria servir-nos como indicativo a respeito da importância que elas tem para as próprias crianças. (SEBER, 1995, p.53).
Quando o professor observa uma criança brincando, pode-se notar que
qualquer objeto que ela esteja utilizando passa a ser um determinado brinquedo,
como por exemplo se ela estiver com um cabo de vassoura, o mesmo em segundos
passa a ser um lindo cavalo.
O professor precisa estar atento a todas as brincadeiras para tirar o maior
proveito de aprendizagem possível, até mesmo nas brincadeiras mais corriqueiras
possíveis, o mesmo deve estar preparado para utilizar todos os tipos de brincadeiras
e os mais variáveis tipos de materiais que dispõe para ter um número de estratégias
a sua disposição. Assim será possível promover o seu desenvolvimento integral.
Segundo o referencial curricular nacional para educação infantil (BRASIL,
1998, p.169), as crianças iniciam o reconhecimento de certas regularidades que dos
fenômenos sociais e naturais e identificam contexto nos quais ocorrem.
Sendo exemplo de aprendizagem que ocorre com a criança e estas são
sinais de aprendizagem significativa que o professor pode usar em sala, são
bichinhos infláveis usados na hora do banho que a criança tenta afundar por várias
vezes sempre terá o mesmo resultado que é o não afundamento do objeto assim
dizemos que as crianças aprendem seguindo uma linha de interesse gerada pela
curiosidade de novas descobertas onde é importante destacar que esta curiosidade
deve ser explorada pelo educador, por meio de diversas atividades para que a
mesma consiga se expressar de maneira que produza conhecimento sobre os
fenômenos que ocorrem no dia a dia, que faz parte do mundo de interesse no qual a
criança está inserida, trabalhamos assim de forma prazerosa a inter-relação do eixo
da natureza e da sociedade de forma atraente que pode ser trabalhada com as
crianças de 0 a 6 anos, ou seja até as crianças que estão na fase de alfabetização
que aprenderá de forma lúdica , de acordo com um ritmo de aprendizagem no qual o
professor poderá utilizar hábitos resgatando atividades de brincar, onde as mesma
estarão desenvolvendo o cognitivo-afetivo e social e ainda suprindo a necessidade
das brincadeiras que ocorrem nessa idade.
Muitas vezes os jogos e brincadeiras poderão ser utilizados pelos
professores para estimular às crianças para uma aprendizagem muito mais fácil do
que ficar em uma sala de aula apenas ouvindo o professor.
O educador deve ser em sala de aula, um facilitador de conhecimento e com
o brincar a criança fica tão envolvida com que está fazendo as mesmas colocam na
ação seu sentimento e emoção.
O sucesso do processo de ensino-aprendizagem, segundo VYGOSTKY
(1987), depende em grande parte da interação entre professor e aluno, pois quando
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o educador consegue envolver-se de maneira eficaz nas atividades ou brincadeiras
proposta aos seus alunos, por sua vez as crianças conseguem com mais facilidade
compreender as informações assimilando os conteúdos que o professor tinha como
objetivo alcançar.
O professor ainda deve antes de tudo, ser um mediador da aprendizagem,
criando condições para que as crianças utilizem a brincadeira e explorem em um
todo, a brincadeira, ou seja, em todos os aspectos de situações em esteja ocorrendo
aprendizagem como em resolução de situações-problemas. Assim em cada dia a
crianças que está sempre cheia de atividades tende a se envolver e a cada
experiência a cada brincadeira fazendo novas descobertas, onde o professor sendo
facilitador, ajudando seus alunos na leitura de mundo através da mediação lúdica.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Sendo assim podemos verificar que o lúdico faz parte do cotidiano de toda
criança, tendo fundamental importância para o desenvolvimento cognitivo e
aprendizagem da mesma. Onde os alunos precisam da mediação do professor para
que as brincadeiras dentro de sala de aula não seja vista apenas como uma perca
de tempo, mas como aprendizagem de conteúdos que apareça através dos jogos e
brincadeiras. Ainda podemos usar o faz de conta com o objetivo de solucionar
conflitos, já que é através dele que a criança expõe todo seu sentimento de angustia
e alegrias imaginando serem os adultos que o cercam. Assim a criança passa por
diversas etapas na brincadeira, sendo que cada uma delas possui tempo para
conseguir assimilar o conteúdo. Para tanto pode ter uma interferência com o meio
em que vive. O jogo representa sempre uma situação-problema a ser resolvida pela
criança, e a solução deve ser construída pela mesma, sendo, portanto, uma boa
proposta o jogo na sala de aula, pois propicia a relação entre as crianças, podemos
ainda observar o comportamento umas com as outras. Outra possibilidade de ver
essas relações são os jogos teatrais.
De acordo com todas essas observações feitas e entendendo que o lúdico
deve fazer parte do currículo escolar da criança de alfabetização, vejo que é
necessário continuar com uma nova pesquisa aprofundando com o tema e as
metodologias usadas com o lúdico em sala com os alunos de educação infantil e
alfabetização.
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