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Apresentao da disciplina.............................................................................................4
Mdulo I .................................................................................................................6 64
Mdulo II ........................................................................................................... 65 118
Mdulo III ........................................................................................................ 120 204
Mdulo IV ......................................................................................................... 205 - 269
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Caro Aluno,
Veremos nesta disciplina a importncia de mantermos sempre operacionais e confiveis os instrumentos de
uma aeronave, visto que a correta operao dos mesmos fundamental para a segurana operacional.
Aprenderemos aqui sua classificao, formas de instalao e os procedimentos de manuteno.
Espero sinceramente poder ajud-lo nesta empreitada e, em caso de dvida, fique vontade para consultar-
me.
Fraternalmente,
Prof. Evandro Ferreira
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
MDULO I
GENERALIDADES SOBRE INSTRUMENTOS
INTRODUO
Caro aluno,
No decorrer deste mdulo, estudaremos a classificao dos instrumentos, identificando se
os mesmos so de voo, navegao, motor ou diversos. Tambm veremos caractersticas de
construo e algumas prticas de manuteno.
Vamos l!
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Sabendo que a limitao dos rgos dos sentidos humanos em perceber com preciso as
mltiplas e variadas condies, tanto do meio fsico como em lidar com os complicados
mecanismos que equipam um avio moderno, tornou-se indispensvel que tal deficincia
fosse suprida por algo que medisse e indicasse com preciso certas grandezas fsicas.
Da o aparecimento de determinados instrumentos que, instalados a bordo dos avies, no
s garantem uma indicao precisa, mas por meio de utilizao criteriosa, asseguram maior
segurana do avio e economia de seus numerosos equipamentos, proporcionando ainda a
realizao de voos mesmo em condies atmosfricas adversas. Assim sendo, torna-se
bvio que h necessidade de se dedicar um cuidado especial aos instrumentos, pois, em
virtude de sua natureza delicada, eles s podero desempenhar de modo eficiente o papel
que lhes compete, quando respeitados todos os requisitos tcnicos de mant-los em timas
condies de funcionamento, acompanhados de uma interpretao correta de suas
indicaes.
Para que um especialista em manuteno de instrumentos possa exercer eficientemente sua
misso, ele dever possuir conhecimentos especializados e habilidade profissional. Os
conhecimentos tcnicos necessrios so: regras de segurana, uso adequado de ferramentas,
leitura correta dos aparelhos de medio, teoria do princpio de funcionamento de cada
instrumento, etc.
Esta matria, "INSTRUMENTOS", fornecer os conhecimentos acima citados.
1.1 CLASSIFICAO DOS INSTRUMENTOS
Os instrumentos foram agrupados, por analogia de funo ou pelo sistema a que
pertencem, conforme se segue.
A - Instrumentos de Voo
Os instrumentos de voo fornecem ao piloto as indicaes necessrias para o controle do
avio durante o voo, fornecem, portanto a atitude da aeronave de forma que saberemos
que ela se encontra parada, em movimento, subindo, descendo, inclinada, etc.
Este grupo constitudo dos seguintes instrumentos:
Velocmetro (Air SpeedIndicator - ASI);
Altmetro (Altimeter);
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Indicador de razo de subida e descida (Vertical SpeedIndicator - VSI);
Indicador de atitude (AttitudeIndicator);
Indicador de curva e derrapagem (TurnandSlipIndicator/Rate-of-ClimbIndicator);
Acelermetro (Accelerometer);
Machmetro (Mach NumberIndicator/Machmeter).
B - Instrumentos de Navegao
Os instrumentos de navegao fornecem as informaes e os recursos para navegao e
orientao durante o voo e compreendem os seguintes instrumentos:
Indicador de curso (Horizontal SituationIndicator - HSI);
Indicador radiomagntico (Radio MagneticIndicator - RMI);
Giro direcional (DirectionalGyro);
Bssola magntica (MagneticCompass);
Sistema pictorial de navegao (Pictorial Navigation System - PN).
C - Instrumentos do Motor
Os instrumentos do motor fornecem diretamente indicaes em termos de temperatura,
rotao, presso, etc., das condies de funcionamento do mesmo.
Os instrumentos do motor so:
Indicador de temperatura (TemperatureIndicator);
Indicador de torque (Torque Indicator);
Indicador de temperatura do leo (OilTemperatureIndicator);
Indicador de presso de leo (OilPressureIndicator);
Indicador de rotao (TachometerIndicator).
D - Instrumentos Diversos
O grupo de indicadores diversos consta dos instrumentos, cuja funo no avio avulsa,
no pertencendo a nenhum dos principais sistemas que englobam as operaes
fundamentais de voo, navegao e desempenho do motor.
Estes instrumentos so:
Voltampermetro;
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Relgio;
Medidor de fadiga;
Indicador de temperatura do ar externo;
Indicador de quantidade de combustvel;
Indicador de fluxo de combustvel;
Indicador de posio de flape;
Indicador de ngulo de ataque.
Nota:
S foram relacionados nesta classificao os instrumentos que fazem parte deste manual.
Alm disso, a classificao apresentada a melhor, no sentido didtico, j que os
instrumentos podem ser classificados segundo vrios e diferentes critrios.
1.2 CARACTERSTICAS DE CONSTRUO DOS INSTRUMENTOS
Na construo dos instrumentos de bordo modernos so levados em considerao os
requisitos gerais descritos a seguir.
a. Temperatura
Os instrumentos devem funcionar satisfatoriamente, dentro de uma variao de
temperatura de -35C a +60C, sendo que a temperatura normal considerada de 15C.
b. Vibrao
Os instrumentos devem funcionar satisfatoriamente, sob vibrao. Como a vibrao pode
ser, s vezes, excessiva, todos os instrumentos so montados em painis prova de choque,
que lhes diminuem a vibrao. Deve ser notado que os mtodos normais de
amortecimento, ora em uso, no eliminaram totalmente a vibrao, a qual entra nas
cogitaes dos fabricantes.
As atuais especificaes estipulam um funcionamento satisfatrio e preciso, mesmo
quando o instrumento est num plano de 45 com a horizontal e sujeito a vibraes de no
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menos de 0,003 da polegada a no mais de 0,005 da polegada de amplitude e frequncia de
600 a 2200 oscilaes por minuto.
c. Vedao
Todos os instrumentos devem ser vedados. H dois modos de vedao.
Os mais rsticos que funcionam por diferena de presso, so vedados prova de gua.
Essa espcie de vedao impede que a poeira e a umidade penetrem na caixa de
instrumentos e so facilmente reconhecidos pela presena de um pequeno orifcio na parte
de baixo da caixa.
Os indicadores de presso absoluta, bem como os instrumentos giroscpicos requerem
vedao especial prova de ar. muito importante que a vedao apropriada seja
conservada no instrumento depois de sua instalao no avio, a fim de assegurar indicaes
precisas e evitar-se a corroso do mecanismo.
d. Posio
Os mecanismos da maioria dos instrumentos devem ser equilibrados e ficar de maneira que
suas indicaes no sejam afetadas pelas variaes de inclinao de at 180, para ambos os
lados.
e. Amortecimento
Apesar da fora centrfuga, da acelerao e da super tenso, os instrumentos devem operar
corretamente ou quase corretamente. Quando se tornar necessrio, devem usar fixadores
apropriados, restries ou qualquer outro artifcio de amortecimento.
f. Escala
Todos os instrumentos possuem uma escala apropriada quantidade que se deve medir.
Esta escala normalmente calibrada com uma margem de 50% a 100% sobre os limites
normais de utilizao do instrumento.
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g. Marcaes
As marcaes de limites de operao, operao ideal, etc. so apresentadas em faixas
coloridas pintadas na forma de arco ou com decalque nos vidros dos instrumentos ou, em
alguns casos, diretamente no mostrador.
Quando as marcaes so externas, isto , nos vidros, possvel modific-las caso haja
alterao em alguns dos limites.
No caso de marcas no mostrador, somente o fabricante ou a oficina autorizada poder
faz-las.
Esta pintura uma composio tratada a radium, que torna possvel a leitura no escuro,
sem auxlio de iluminao artificial. Essa composio altamente venenosa e sua aplicao
ou retoques s podero ser feitos por pessoal autorizado.
As faixas coloridas podem ser: vermelha, verde, amarela, azul e branca.
Arco vermelho - operao proibida;
Arco verde - operao normal;
Arco amarelo - operao indesejvel pode existir perigo (usado em emergncia);
Arco azul - operao em regime econmico;
Arco branco - operao normal com alguma caracterstica especial (exemplo: no
velocmetro a faixa de operao com o flape atuado);
As linhas curtas radiais (azuis) so usadas para indicar uma condio especfica
(exemplos: no velocmetro a melhor razo de subida monomotor ou o limite de operao
econmica com a mistura de combustvel na situao empobrecida, porm de segurana,
sem prejuzo na sustentao do avio);
As linhas curtas radiais (vermelhas) so usadas para indicar os limites mnimos e
mximos de funcionamento.
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Fonte: www.aerospaceweb.org
Figura 1.1
h. Tamanho
Tanto quanto possvel, as dimenses das caixas de instrumentos so de dois tamanhos
padronizados nos avies modernos. A maioria das caixas de 2 3/4 da polegada e de 1 7/8
da polegada.
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i. Peso
Em face do nmero muito grande de instrumentos, usados nos modernos avies e o
aproveitamento do espao nos painis, foram reduzidos o peso e o tamanho dos
instrumentos.
j. Caixa
A maioria das caixas de instrumentos de avio moldada numa composio
fenlica. H tipos de instrumentos que possuem caixas construdas em duas peas, sendo
uma a do corpo principal e a outra do anel fixador da cobertura e parafusos, para fixao
do anel ao corpo da caixa.
k. Iluminao
Existem vrios tipos de iluminao para os instrumentos:
Lmpadas eltricas situadas no painel e cobertas com um segundo painel protetor de
reflexo;
Lmpadas eltricas instaladas em anis refletores acondicionados nos prprios mostradores
dos instrumentos;
Lmpadas eltricas individuais convenientemente situadas na parte inferior do prprio
instrumento;
Lmpadas eltricas de luz ultravioleta, cheias de Argnio. Neste caso, os mostradores dos
instrumentos de bordo so pintados com uma substncia sensvel ao raio ultravioleta. As lmpadas
so instaladas nas proximidades do painel e suas intensidades so controladas por um reostato.
l. Outras Caractersticas:
Os instrumentos de bordo devem possuir ainda as seguintes caractersticas:
Preciso;
Segurana;
Durabilidade;
Leveza;
Fcil instalao;
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Mnimo de manuteno;
Leitura simples.
1.3 REMOO E INSTALAO DOS INSTRUMENTOS
A.- Instrumentos com Flange
Para estes instrumentos, seguem-se os procedimentos seguintes das figuras 1-2.
1. Desligam-se os conectores eltricos e as tubulaes flexveis;
2. Retiram-se os parafusos de fixao (em nmero de 3 ou 4, conforme o caso);
3. Remove-se o instrumento.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-2 Instalao de instrumentos com flange
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B - Instrumentos com Braadeira
Para estes instrumentos, seguem-se os procedimentos da figura 1-3.
1. Afrouxa-se o parafuso de travamento da braadeira situado, normalmente, no lado
direito do instrumento;
2. Com uma das mos, retira-se o instrumento pela frente e com a outra, solta-se o
conector na traseira do mesmo.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-3 Instalao dos instrumentos montados com braadeira
1.4 CUIDADOS COM OS INSTRUMENTOS
As exigncias surgidas a respeito de segurana e a utilidade dos voos so os resultados das
caractersticas alcanadas pelo avio moderno, cuja performance, alta velocidade, grande
capacidade de carga e grande raio de ao, fizeram dele um valioso veculo para fins
militares e transportes comerciais.
A construo de instrumentos de aviao obedece aos seguintes requisitos: preciso,
segurana, simplicidade, durabilidade, leveza, capacidade de funcionamento em
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temperaturas extremas, leituras fceis, resistncia corroso, bom amortecimento,
insensibilidade acelerao, possibilidade de indicao alm dos limites dentro dos quais
vai trabalhar, ser de fcil instalao e requerer o mnimo de manuteno.
Da ento a necessidade de um estudo simples que venha trazer no s aos pilotos como
aos tcnicos de manuteno noes sobre a finalidade, princpio de funcionamento,
utilizao, manuteno, reparao, inspeo dos instrumentos mais comuns.
Para se manter o nvel de segurana e preciso do instrumento de bordo, o mais alto
possvel, deve-se executar periodicamente certos exames e inspees.
A explanao que se segue de natureza geral, tendo sido redigida para fins de instruo
prtica. Os trabalhos de inspeo, conservao, reparao e armazenagem, devem obedecer
s prescries traadas pelo fabricante do instrumento, contidas nos respectivos manuais.
Os reparos s podem ser executados por oficinas e pessoal especializado.
Os reparos podem ser: os retoques da pintura luminosa dos mostradores e ponteiros,
substituies de peas, reajustamento do mecanismo do instrumento, lubrificaes
especiais de certas partes, etc.
Os trabalhos de reparao exigem tcnicos habilitados, ferramentas apropriadas, tornos,
equipamentos de equilibragens e calibragem, etc.
Os instrumentos de natureza particularmente delicados so lacrados quando saem da
fbrica, no sendo absolutamente permitido inutilizar este selo durante os trabalhos de
manuteno, tampouco, abrir as caixas de proteo.
1.5 INSPEES
Inspeo Diria
Compreende os cuidados que devem ter os mecnicos, com os instrumentos, antes de dar
partida nos motores.
As recomendaes que se seguem so aplicveis a todos os instrumentos.
Verificar todos os ponteiros para erro excessivo no zero, exceto termmetros e
instrumentos que funcionam por presso absoluta, os quais devem propiciar modificaes de
acordo com as condies de presso e temperatura ambiente;
Verificar todos os instrumentos quanto vidros soltos ou rachados;
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Verificar todos os botes de travamento e ajustagem, quanto liberdade de movimento e
funcionamento correto;
As prescries especiais sobre inspeo aplicveis a determinados instrumentos bem como
conduta a ser seguida, sero explanadas quando se estudar individualmente os instrumentos.
Inspeo antes do Voo
Compreende as precaues a serem tomadas pelos mecnicos, todas as vezes que os
motores so postos em funcionamento.
As prescries que se seguem so de ordem geral e aplicveis a todos os instrumentos.
Verificar todos os ponteiros quanto a oscilao excessiva;
Verificar se as leituras do indicador de RPM esto de acordo com as exigncias contidas no
manual de operao.
Inspeo Peridica
Quando o avio completa certo nmero de horas de voo, feita uma inspeo por uma
equipe de especialistas. Esta inspeo especificada pelo Programa de Manuteno (PM)
do avio.
A parte da inspeo relativa aos instrumentos feita por um especialista de instrumentos.
As prescries gerais que se seguem so aplicveis a todos os instrumentos.
Verificar todos os instrumentos e suas unidades, quanto segurana de montagem;
Verificar todas as tubulaes e conexes, quanto s fugas;
Verificar todos os ponteiros e marcaes do mostrador, quanto descolorao das marcas
luminosas;
Verificar se as marcas para os limites de utilizao esto na posio exata e bem visveis;
Verificar todas as ligaes eltricas, quanto ao bom contato e segurana na fixao;
Verificar os amortecedores, quanto segurana da fixao e tenso conveniente.
Substituio de Instrumentos
Os instrumentos s devem ser substitudos por outros em boas condies e da mesma
espcie, pelas seguintes razes:
Impossibilidade de indicar;
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Indicao duvidosa;
Defeito da caixa ou vedao defeituosa;
Ponteiro solto;
Cobertura de vidro, solta ou rachada;
Orelha de fixao no painel, quebrada ou rachada;
Mecanismo de trava ou ajustagem defeituoso;
Bornes ou niples de conexo defeituosos;
Marcas luminosas escuras ou descoloridas;
Defeito no mecanismo interno, conhecido ou suspeito.
Quando retirar ou colocar instrumentos no avio, tomar as seguintes precaues:
A maioria dos instrumentos de bordo sofre desgastes, mas recupervel. Portanto, deve o
instrumento, que estiver em mau estado, ser retirado e remetido s oficinas especializadas e outro,
em bom estado, ser colocado em seu lugar;
Os instrumentos danificam-se facilmente, por conseguinte devem ser tratados com o
mximo cuidado;
Sempre que possvel, substitua o instrumento por outro do mesmo tipo e da mesma marca
de fabricao;
Em alguns casos pode-se substitu-lo por outro da mesma espcie, mas de fabricao
diferente;
Nunca troque a localizao de um instrumento ou uma de suas unidades de funcionamento
sem a competente autorizao;
Nunca deforme ou marque um instrumento;
Quando examinar ou testar um instrumento, nunca o sujeite a presses excessivas ou
anormais. Use valores abaixo da gama de funcionamento;
Em algumas instalaes torna-se necessrio retirar outros instrumentos para se ter acesso
ao que est com defeito.
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1.6 INSTRUMENTOS DE VOO
1.7 SISTEMA ANEMOMTRICO
O sistema anemomtrico responsvel por colher e distribuir as presses esttica e
dinmica para alguns instrumentos.
Trs dos mais importantes instrumentos de voo so conectados ao sistema
anemomtrico: velocmetro, altmetro e o indicador de razo de subida
(varimetro). Existem dois tipos de arranjos para alimentar os instrumentos
convenientemente conforme segue.
A Tubo Pitot com Tomada Esttica Acoplada
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-4 Tubo de pitot em corte
Este tubo apresenta duas sees: uma cmara de presso esttica (O) e uma cmara de
presso dinmica (E).
A presso esttica entra no sistema por trs orifcios na parte superior e trs na inferior.
Dois desses orifcios (G e M) aparecem na figura.
Esses orifcios ajudam a compensar o erro na percepo, causado por diferentes ngulos de
ataque.
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Os orifcios inferiores tambm servem para escorrer a gua proveniente da condensao. O
tubo vertical (F) na cmara esttica uma precauo suplementar para evitar que a umidade
chegue aos instrumentos.
A presso dinmica entra pela abertura (J). Uma placa defletora (I) impede que corpos
estranhos ou umidade penetrem no sistema.
Um pequeno orifcio (K) deixa escapar a umidade.
O tubo vertical (D) e o orifcio de escape (C) na cmara de presso dinmica impedem que
a umidade que se forma na cmara chegue aos tubos e aos instrumentos.
Os tubos (A e P) levam as presses aos instrumentos. As resistncias aquecedoras (L e N)
esto conectadas em srie e servem para evitar a formao de gelo no tubo.
A figura 1-5 ilustra os trs instrumentos bsicos alimentados com presso fornecida pelo
tubo pitot com tomada esttica acoplada e uma foto de um tubo de pitot clssico, sendo
ainda que neste caso temos uma fonte alternada de presso esttica que pode vir da cabine
comando, considerando que esta aeronave no pressurizada.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-5 Tubo de pitot com tomada esttica acoplada
B - Tubo Pitot com Tomada Esttica Separada
O arranjo mais completo do sistema anemomtrico pode ser feito tambm como mostrado
na figura 1-6.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-6 Tubo de Pitot com tomada esttica separada e alternada.
As vantagens do uso de presso esttica separada so listadas a seguir.
a. Presso esttica mais precisa, pois fica compensada a sua diferena devida a desvios
laterais ou ventos cruzados (j que as tomadas estticas so embutidas uma em cada lado da
fuselagem);
b. Menor possibilidade de formao de gelo.
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Operao do Sistema Anemomtrico
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-7 Sistema anemomtrico com tomada esttica acoplada.
A figura 1-7 mostra a aplicao prtica do tubo pitot acoplado com tomada esttica
(EMB111) e a figura 1-8 mostra o arranjo com os componentes em separado (EMB-312).
O princpio de operao dos dois sistemas o mesmo.
A presso esttica a presso atmosfrica. O ar atmosfrico pesado, exercendo sobre
os corpos, nele mergulhados, uma presso igual a 1.033kgf/cm2, ou seja, 1,033 bares. A
presso dinmica a presso que se desenvolve como resultado direto da velocidade do
avio e da densidade do ar que o rodeia. Essa presso aumenta com a velocidade e
diminui com a altura.
Um avio que voe mesma velocidade desenvolve mais presso a baixa altitude que a
grande altitude, devido densidade do ar ser maior a baixa altitude.
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O velocmetro, o altmetro e o indicador de razo de subida (indicador de
velocidade vertical ou varimetro) so alimentados com presso esttica, sendo
que, o velocmetro tambm alimentado pela presso dinmica.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-8 Sistema anemomtrico com tomadas estticas separadas
Alguns sistemas possuem nas linhas estticas uma cmara amortecedora com a finalidade
de atenuar o excesso de sensibilidade.
Os tubos pitot e as tomadas estticas so sensveis a bloqueios de gelo, motivo pelo
qual aquecedores eltricos so instalados para evitar esta formao.
Estes aquecedores geram mais calor do que pode ser dissipado sem um fluxo de ar frio,
assim, os aquecedores no devem ser ligados, no solo, mais que o suficiente para uma
verificao, a fim de saber se eles iro funcionar adequadamente.
Deve-se manter o tubo pitot sempre limpo e, quando o avio no estiver em voo, ele
dever ser protegido com uma capa de lona que dever cobrir todas as aberturas do tubo.
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DADC
Nas aeronaves modernas cresce cada vez mais o uso de DADC (digital air data computer)
que um sistema onde as presses captadas pelo sistema anemomtrico so encaminhadas
at um computador que converte seus valores analgicos de presso em sinais digitais para
serem utilizados por outros sistemas das aeronaves como o controle de pressurizao,
piloto automtico, transponder, etc.
Abaixo temos um exemplo de um ADC (Air data computer) alm de um esquemtico
simplificado de um sistema DADC tpico.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-9
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-10
1.8 VELOCMETRO
Velocidades conhecidas e definidas em aviao.
Velocidade Indicada (IAS)
a que lida no velocmetro, sem correes para variaes de densidade atmosfrica e
sempre que as condies se alteram, erros so introduzidos.
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Velocidade Verdadeira (TAS)
aquela com que o avio se desloca em voo e obtida aps as correes de temperatura e
altitude da velocidade indicada.
Velocidade Absoluta
a velocidade do avio em relao ao solo.
Finalidades do Velocmetro
O indicador de velocidade do ar o instrumento que indica ao piloto a velocidade
com que seu avio se desloca atravs do ar.
construdo de tal modo que as velocidades indicada, verdadeira e absoluta so
praticamente iguais, quando o avio voa ao nvel do mar, estando o ar atmosfrico sob
condies padronizadas.
Quando as condies atmosfricas no so padronizadas, esta coincidncia entre as trs
velocidades no mais se verifica.
Entretanto, o piloto poder determinar, em qualquer circunstncia, a velocidade verdadeira,
aps as necessrias correes de temperatura e altitude da velocidade indicada e
conhecer a velocidade absoluta, desde que saiba qual a direo e velocidade do vento.
Sendo o velocmetro um manmetro calibrado em unidades de velocidade, ele nos indica
tambm, seja qual for a altitude, a fora de sustentao do ar.
Por exemplo, suponha que a velocidade mnima de sustentao de um avio, em voo
horizontal ao nvel do mar, seja de 60km/h.
Este avio, qualquer que seja a altitude, poder manter o voo horizontal, desde que seu
velocmetro indique uma velocidade de 60km/h. Acontece, porm, que para uma mesma
velocidade indicada, a velocidade absoluta do avio ser menor nas baixas altitudes que nas
altitudes elevadas.
Compreende-se assim que em virtude da densidade do ar variar inversamente com a
altitude, medida que o avio subir no espao, necessitar se deslocar mais rapidamente, a
fim de que a presso dinmica, consequentemente a fora de sustentao do ar, permanea
constante.
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Usos Especficos do Velocmetro
Permitir a determinao da velocidade absoluta do avio. Esta velocidade assume grande
importncia durante os voos de cruzeiro, sobretudo quando se trata de uma misso de Tiro
e Bombardeio, na qual h necessidade de que o tempo necessrio para se atingir o objetivo
seja determinado com preciso;
Facilitar ao piloto a ajustagem do regime do motor (presso de admisso, nos motores
equipados com hlice de velocidade constante), de acordo com a performance de
velocidade que deseje obter: velocidade mxima de cruzeiro, velocidade de economia
mxima, velocidade de maior durao de voo;
Permitir a determinao do ngulo timo de subida, planagem e descida;
Manter a velocidade, dentro dos limites de segurana da estrutura do avio, durante um
voo picado;
Indicar ao piloto quando o avio atinge a velocidade de decolagem e durante a aterragem,
quando atinge a velocidade de estol;
Manter o avio em linha de voo.
Tipos de Velocmetros Usados
Existem trs espcies de Indicadores de Velocidade de Ar, os quais so classificados de
acordo com seu princpio de funcionamento.
So eles:
1. De manmetro diferencial;
2. Mecnicos;
3. Trmicos ou de fio quente.
Os que empregam o manmetro diferencial (usados nas aeronaves comerciais) so
classificados, por sua vez, de acordo com o sistema utilizado para a captao das presses,
em:
1. De tubo Pitot-esttico;
2. De tubo de Venturi;
3. De tubos Venturi-Pitot.
Existem tambm, dois tipos de velocmetros mecnicos, os quais so classificados, de
acordo com o princpio de funcionamento, em:
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1. Rotativos;
2. De deflexo.
Nos instrumentos que funcionam por presso diferencial - o tipo mais utilizado em
aeronaves - as presses esttica e dinmica so captadas por tubos de Pitot ou Venturi e
medidas por manmetros metlicos extremamente sensveis, calibrados em unidades de
velocidade, como veremos oportunamente.
J nos mecnicos rotativos, a velocidade medida em funo do nmero de rotaes das
palhetas dos moinhos de vento que os equipam, as quais so expostas corrente do ar.
Nos mecnicos de deflexo, a velocidade medida por intermdio da resistncia oposta
por uma placa, ao deslocamento da corrente de ar.
A placa, sob a ao da corrente de ar, desloca-se de sua posio de equilbrio,
deflexionando uma mola e em funo da resistncia oposta pela mola ao deslocamento da
placa, se tem a velocidade do ar.
Consegue-se medir a velocidade com os instrumentos que funcionam sob o princpio do
fio quente, pela perda de calor sofrida por um fio aquecido, o qual exposto corrente de
ar.
De todos estes tipos de instrumentos, somente os de presso diferencial do tipo Pitot sero
aqui estudados detalhadamente, porquanto so os mais largamente empregados em
aeronaves.
Velocmetro do Tipo Manmetro Diferencial
A figura 1-11 uma vista esquemtica do velocmetro de manmetro diferencial.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-11 Vista interior do velocmetro Kollsman.
Neste indicador encontra-se um estojo de baquelite, tendo na parte posterior duas
conexes, sendo uma para a presso dinmica ou Pitot e que se estende at o interior do
aneroide e a outra, para a presso esttica e que comunica o interior do estojo com o ramal
da presso esttica do Pitot.
Na parte anterior do estojo, existe um disco de vidro para proteo do mostrador.
O mecanismo do indicador colocado no interior do estojo e compe-se de: diafragma,
confeccionado com lminas corrugadas de nquel, prata, bronze fosforoso, cobre e
berlio ou outro metal que possua as caractersticas de elasticidade requeridas.
A escolha do diafragma depende de suas qualidades de elasticidade, evidenciadas pela
relao: presso-deflexo, efeitos de temperatura, histeresis rpida, etc. As propriedades de
elasticidade dependem do material usado, tratamento do material ao ser manufaturado e da
forma do diafragma;
Mola cabelo, que no s mantm o conjunto do mecanismo bem ajustado, eliminando
qualquer folga que possa surgir em consequncia de desgastes provocados pelo
funcionamento do mecanismo. Uma extremidade desta mola presa ao pinho e a outra, a
qualquer parte do suporte do mecanismo.
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Fonte: www.ec21.com Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-12 Exemplo de uma mola cabelo
Dependendo do funcionamento preciso deste instrumento, das presses captadas pelo
tubo Pitot e das reaes oferecidas pelo mecanismo e estas presses, tomou-se, em relao
ao tubo de Pitot, a precauo de equip-lo com aquecimento eltrico.
Sendo estes tubos, praticamente, livres de erros resultantes da formao de pequenos
depsitos de p, leo ou gua, o aquecimento eltrico evitar a nica causa que poderia
prejudicar seu funcionamento a qual a formao de gelo, quando so encontradas
condies favorveis.
A aparncia externa e o mecanismo dos indicadores de velocidade deste tipo variam um
pouco, mas o princpio de funcionamento comum a todos. As diferenas externas
consistem em que nuns, o vidro mantido no lugar por uma mola em forma de anel e
noutros, ele mantido por um biselado preso ao estojo por quatro parafusos, no mnimo.
A construo dos estojos em duas partes (corpo do estojo e bisel aparafusado) foi adotada
por ser uma maneira mais segura de conserv-lo bem vedado.
Outra diferena consiste em que, uns no tm iluminao individual, enquanto que outros
possuem uma lmpada individual, sendo o suporte da mesma, moldado no prprio estojo.
Quando o instrumento tem iluminao individual, na parte posterior do estojo
encontrada uma tomada eltrica.
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Funcionamento
O funcionamento deste instrumento depende exclusivamente das presses esttica e
dinmica que so captadas pelo conjunto Pitotesttico e transmitidas ao indicador, pelas
tubulaes. Este instrumento nada mais , em ltima anlise, que um manmetro metlico,
diferencial.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-13 Funcionamento do Velocmetro
Compare a descrio do texto seguinte com a vista interna do velocmetro Kollsman
ilustrado na figura 1-13.
A presso esttica transmitida ao interior do estojo, enquanto que a presso dinmica
levada ao interior da cpsula aneroide.
Quando a velocidade do avio aumenta, h uma majorao da presso dinmica. A cpsula
aneroide dilata-se empurrando o suporte B do encontro alavanca A1, comandando assim
o eixo balanceiro R. Este eixo, auxiliado pelas hastes A2 e A3, comanda o setor denteado S.
O setor arrasta em seu movimento o pinho P, obrigando, por intermdio do eixo G, o
ponteiro H a registrar sobre o mostrador o aumento de velocidade que ocasionou o
acrscimo da presso dinmica. Quando a velocidade diminui, o diafragma contrai-se,
porque a presso dinmica diminui tambm folgando, deste modo, o conjunto de
mecanismo. A mola P poder contrair-se, ento, arrastando o ponteiro H, que registrar
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sobre o mostrador a diminuio da velocidade, correspondente diminuio da presso
dinmica e o conjunto do mecanismo permanecer bem ajustado, podendo corresponder
prontamente s solicitaes do diafragma.
Os indicadores da velocidade podem ser calibrados em milhas por hora, em ns
(milhas nuticas por hora) ou, para pases que adotam o sistema mtrico, em
quilmetros por hora.
A leitura dada ao piloto a velocidade indicada e, para isto lhe ser til, deve ser feita uma
correo para temperatura do ar, no padronizada. Esta a mesma correo usada para
altitude-densidade e quando aplicada velocidade indicada, ela d a velocidade verdadeira.
A velocidade verdadeira mais alta que a indicada por aproximadamente dois por cento
para cada mil ps de altitude. Isto devido ao fato do ar tornar-se menos denso quando o
avio sobe e a presso diferencial menor, redundando numa velocidade indicada mais
baixa.
Indicador de Velocidade Verdadeira
O piloto poderia olhar seu indicador de velocidade, altmetro e indicador de temperatura
do ar externo e inserir estas trs indicaes ao seu computador de voo, para obter com
isto sua velocidade verdadeira.
Este procedimento poderia distra-lo demasiadamente e por isto foi desenvolvido um
indicador de velocidade verdadeira, ilustrado na figura 1-14, que pode ser instalado no
painel.
O estojo deste instrumento contm um indicador de velocidade que move um ponteiro e
um mecanismo altimtrico que move o mostrador
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-14 Indicao da velocidade verdadeira.
O movimento do mecanismo altimtrico afetado (contrariado ou favorecido) pela ao de
uma mola bi metlica exposta ao fluxo de ar externo e, quando o avio sobe em altitude, o
mostrador gira em tal direo que o ponteiro indicar um valor mais alto. Se o ar est mais
quente que o padro, para a altitude na qual o avio est voando, o sensor de temperatura
ajudar o altmetro a indicar uma velocidade verdadeira mais alta do que sob condies de
temperatura padro. Atualmente os velocmetros no apresentam somente a velocidade
indicada.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-15 Velocmetro do EMB-312.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-16 Interruptor de Alarme
Este instrumento alm de apresentar a velocidade indicada, tambm mostra a indicao da
velocidade mxima permitida, bem como uma referncia visual ajustvel de velocidade. Um
interruptor instalado no interior do instrumento, conforme ilustrado na figura 1-16, fornece
um sinal eltrico que provoca um alarme de sobre velocidade no sistema de udio, se o
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avio ultrapassa a velocidade mxima permitida. Isto ocorre quando o ponteiro indicador
de velocidade cruza o ponteiro VNE/MNE.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-17 Circuito de alarme de sobre velocidade.
Alm disso, o instrumento fornece um alarme visual, caso a aeronave atinja a velocidade de
aproximao (abaixo de100kt) e o trem de pouso no esteja travado embaixo.
O dispositivo compreende um contador interno ajustvel associado aos micro contatores
do trem de pouso e a uma bandeira oscilante com a inscrio U/C (do ingls
undercarriage) que aparece numa janela sobre o mostrador, nas condies mencionadas.
A velocidade indicada nunca precisa: h sempre uma tolerncia (especfica para cada
instrumento).
As tolerncias para o instrumento apresentado podem ser vistas na tabela 1-18. O ponteiro
de velocidade mxima (VNE) funo de altitude. Analise o grfico da figura 1-19.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-18 Tabela de tolerncias
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-19 Grfico de velocidade indicada x altitude presso
Fazendo-se a leitura do grfico da figura 1-19 obtm-se os seguintes valores:
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-20 Tabela da VNE em funo da altitude
Concluso: Com o aumento da altitude a VNE aumenta at um determinado ponto
quando bruscamente comea a diminuir.
Neste assunto so usadas as seguintes siglas:
MNE: Mach - Nunca Exceda.
VNE: - Velocidade - Nunca Exceda.
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KEAS - Velocidade Equivalente (em ns).
KIAS - Velocidade Indicada (em ns)
KCAS - Velocidade Calibrada (em ns)
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-21 Velocmetro do EMB 312
1.9 ALTMETRO
Generalidades
Distribuio da Temperatura Terrestre
A Terra e a atmosfera terrestre so aquecidas pelo sol.
O aquecimento solar se faz irregularmente, o que acarreta uma distribuio varivel de
temperatura no s no sentido vertical como tambm no sentido horizontal.
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A atmosfera recebe a maior parte de seu aquecimento por contato com a superfcie
terrestre. Este calor fornecido, aos nveis inferiores da atmosfera, razo pela qual a
temperatura na troposfera decresce com a altitude. A razo de variao da temperatura com
a altitude chamada de gradiente trmico.
Transmisso de Calor
O calor passa dos corpos de temperatura mais alta para os de temperatura mais baixa. Ao
transferir-se, o calor utiliza-se dos processos a seguir descritos.
A - Conduo
a transferncia feita de molcula a molcula sem que haja transporte das mesmas.
Na atmosfera, resume-se na propagao do calor do ar atravs do contato com a superfcie
aquecida do solo.
B - Movimento do Ar
O calor transportado por meio do deslocamento de grandes pores ou massas de ar, de
um lugar para outro. H dois tipos de transferncia atravs do movimento do ar:
Conveco: o calor transferido verticalmente. A transmisso feita de molcula a
molcula, mas, simultaneamente, verifica-se um transporte de matria. Molculas frias se
deslocam para regies mais quentes e molculas quentes para regies frias. Exemplo: um
recipiente contendo gua fria, levado ao fogo. As molculas da camada de gua em contato
com o fundo, aquecendo-se antes das outras, aumentam de volume e diminuem em
densidade. A diferena de densidade faz com que elas se desloquem para cima, enquanto as
molculas mais frias das camadas superiores se deslocam para baixo. As correntes assim
estabelecidas recebem o nome de "correntes convectivas". o processo de propagao
mais comum da atmosfera e se traduz pela movimentao do ar no sentido vertical, por
meio de correntes ascendentes que levam o ar aquecido para os nveis mais elevados e
correntes descendentes, que trazem ar mais frio dos nveis de cima superfcie.
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Adveco: o calor transferido horizontalmente pelo movimento do ar. Toda vez que
houver conveco haver tambm adveco, pois, quando o ar quente sobe num
movimento vertical, o ar mais frio adjacente mover-se- horizontalmente em direo ao ar
que est ascendendo e o substituir. Abaixo segue uma figura que demonstra a adveco e a
conveco.
Fonte: Prof. Evandro Ferreira
Figura 1-22
C - Radiao:
a transferncia de calor atravs do espao. A energia trmica transformada em radiante
e se propaga por meio de ondas eletromagnticas. Estas so convertidas em calor, quando
absorvidas pelo corpo sobre o qual incidem.
Definio de Presso
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-23 Definio de presso
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Na Fsica, define-se PRESSO como sendo o "quociente entre uma fora (ou peso) e a
rea da superfcie onde a fora est aplicada", matematicamente, tem-se P = F / S o que
equivale a dividir a fora em "foras menores", iguais entre si e distribudas em cada
unidade de rea, conforme ilustra a figura 1-23.
Presso Atmosfrica
O ar que envolve a Terra apresenta, por efeito de fora de gravidade, um peso que
traduzido em forma de presso atmosfrica.
Desta maneira a presso atmosfrica pode ser definida como sendo o peso de uma coluna
de ar de seo unitria, estendida verticalmente desde a superfcie da Terra at o limite
superior da atmosfera.
H cerca de 1,033kg de ar pesando sobre cada centmetro quadrado de superfcie ao nvel
do mar. O ar sendo compressvel se apresenta mais denso perto da superfcie e mais
rarefeito em altitude, por causa da presso exercida pelas camadas superiores sobre as
inferiores.
A presso exercida pelo ar depende principalmente de sua temperatura e densidade,
embora outros fatores tambm influam, tais como: a altitude, a umidade, o perodo do dia,
a latitude.
Fonte: Prof. Evandro Ferreira
Figura 1-24
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Unidades de Presso Atmosfrica
"Milmetros de mercrio", uma das unidades de presso atmosfrica que resulta
de uma experincia clssica de Torricelli: quando um tubo (de 1cm2 de seo)
completamente cheio com mercrio emborcado num recipiente contendo tambm
mercrio, a altura h em que o mercrio "estaciona" depende exclusivamente da presso do
ar atmosfrico.
Se a experincia descrita for feita ao nvel do mar, a altura h ser de 76 centmetros de
mercrio (cmHg) ou 760 milmetros de mercrio (mmHg), ou 760 torricelli (torr) ou ainda,
uma atmosfera (atm.).
1 mmHg = 1 torr
1 atm. = 76cmHg = 760mmHg = 760 torr = 14,7 psi = 1013,25 mb ou hPa = 29,92in Hg
A unidade da presso atmosfrica, segundo a Organizao Mundial de Meteorologia, o
milibar (mb), definida como 1000 dinas por centmetro quadrado. Devido as experincias
iniciais de Torricelli, muitos barmetros so ainda graduados em polegadas de mercrio
(pol Hg) e milmetros de mercrio (mmHg).
Sob condies padro, uma coluna de mercrio, tendo uma altura de 760 mm, exercer
uma presso de 1013,25 milibares (mb) ou 29,92 polegadas de mercrio (in Hg).
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-25 Experincia de Torricelli.
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Em resumo:
Causas da Variao da Presso
A presso atmosfrica um elemento que muda constantemente. Alm de variar
regularmente em ciclos diurnos e anuais, possui variaes irregulares que so as causas do
vento e do tempo em geral.
As variaes de presso so causadas principalmente pelas variaes de densidade
do ar, sendo que essas, por sua vez, so causadas por variaes de temperatura.
O ar quando aquecido expande-se, ocupando um volume maior, de modo que uma coluna
de ar quente pesa menos que uma equivalente mais fria.
A porcentagem de umidade existente no ar tambm influencia a presso. O ar seco mais
denso que o mido. Um aumento da quantidade de vapor d'gua, no ar, diminui sua
densidade e, portanto, a presso. O ar muito compressvel e, devido presso exercida
pelas camadas superiores da atmosfera sobre as camadas inferiores, a presso atmosfrica
apresenta valores maiores superfcie do que em altitude, em razo do aumento de
densidade do ar, naquele nvel. Na medida em que se eleva acima do nvel do mar, o peso
do ar diminui. Ao nvel do mar, o peso da atmosfera de 1,033 kgf / cm2. A 7.600 metros,
por exemplo, este peso de apenas 0,14kgf/cm2. A presso cai, a princpio rapidamente,
na camada mais densa do ar inferior e, em seguida, mais lentamente, na medida em que o ar
vai se tornando mais rarefeito.
Fonte: Evandro Ferreira
Figura 1-26
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Definies de Presso
Presso absoluta: contada a partir do zero absoluto de presso. Por este motivo o
instrumento indicador de presso absoluta mostrar a presso atmosfrica local toda vez
que o sistema estiver desligado.
O Manifold pressure um exemplo de instrumento que trabalha com presso absoluta.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-27
Presso diferencial: a que resulta da comparao entre presses. Uma de suas
aplicaes, em aviao, a comparao entre a presso atmosfrica, externa e a interna, de
uma aeronave.
O velocmetro um exemplo de instrumento que trabalha com presso diferencial.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-28
Presso relativa: quando a presso atmosfrica tomada como ponto zero ou de partida
de contagem. Estes instrumentos mostram leitura zero quando o sistema est desligado.
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O indicador de presso de leo do motor um exemplo de instrumento que trabalha com
presso relativa.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-29
Definies de Altitude
A seguir, algumas definies que ajudaro a entender o emprego dos dois sistemas de
ajustagem do altmetro.
Altitude: a distncia vertical de um nvel, um ponto ou um objeto considerado como um
ponto, medida a partir de um determinado plano referncia.
Altitude Absoluta (altura): a distncia vertical acima da superfcie da Terra, sobre a qual
o avio est voando.
Altitude Indicada: a leitura no corrigida, de um altmetro baromtrico.
Altitude Calibrada: a altitude indicada, corrigida para os erros do instrumento e de
instalao do mesmo.
Presso da Altitude do Campo: a presso lida na escala baromtrica, quando os
ponteiros so ajustados na altura do local onde est pousado o avio. Usa-se, em geral,
ajustar os ponteiros a dez ps, pois essa , mais ou menos, a altura do painel de
instrumentos onde est localizado o altmetro. Quando se ajusta o altmetro neste sistema,
a escala baromtrica indicar a presso local.
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Altitude-Presso: o nmero indicado pelos ndices de um altmetro, ajustado no sistema
de presso da altitude do campo. Como os ndices so sincronizados com a escala
baromtrica, pode-se ajustar os altmetros por aqueles, convertendo-se a presso que dada
em unidades tais como milibares, pol, hg, etc.
Altitude Verdadeira: a distncia vertical de um ponto ou de uma aeronave, acima do
nvel do mar.
Altitude-Densidade: altitude-presso corrigida pela temperatura. muito usada em
clculos de performance.
Nota: no nvel zero da atmosfera padro, considera-se a terra como uma esfera
perfeitamente lisa.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-30 Definies de altitude
Correes do Altmetro
As principais correes de altmetro so devidas s variaes da temperatura do ar e
da presso atmosfrica.
A figura 1-31 indica que uma aeronave, quando voa de uma rea quente para uma rea fria,
tem sua altitude verdadeira diminuda proporo que se aproxima da rea fria, embora o
altmetro mantenha uma altitude indicada constante.
A figura 1-32 identicamente mostra a diminuio da altitude verdadeira, quando a aeronave
voa em direo a uma rea de baixa presso. Essas figuras tm a finalidade de alertar aos
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pilotos, quanto escolha do nvel de voo, ao voarem em direo a uma rea mais fria ou
em direo a uma rea de baixa presso.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-31 Correo do altmetro devido variao de temperatura
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-32 Correo do altmetro devido variao de presso
Cpsula ou diafragma
Quando as presses a serem medidas so pequenas e necessita-se de alta preciso comum
empregar-se uma cpsula. Dois pratos corrugados so juntados com solda em suas bordas,
de modo que a parte cncava de um fique voltada para a do outro. O enrugamento dos
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pratos permite aumentar a rea que vai sentir a presso e, ao mesmo tempo, possibilitar
maior flexibilidade. A figura 1-34 mostra uma cpsula ou diafragma vista em corte
transversal. Pode-se notar o corrugamento, a entrada da presso e a solda das bordas.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-33
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-34 Cpsula ou diafragma em corte
A figura 1-36 mostra um conjunto de cpsulas sanfonadas que possibilitam maior
sensibilidade e melhor indicao.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-35
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-36 Cpsula sanfonada
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-37 Cpsula aneroide
A figura 1-37 mostra uma cpsula aneroide, hermeticamente fechada e que atuar sob os
efeitos das variaes de presses externas.
V-se, tambm, uma haste que servir para o acoplamento ao sistema que ir acionar o
ponteiro indicador.
Os altmetros so instrumentos que empregam cpsulas aneroides.
Altmetro Padro
O altmetro padro tinha uma simples cpsula aneroide vazia, cuja expanso e contrao
movia um eixo basculante, um setor e uma engrenagem de pinho, que era ligada a um
ponteiro conforme ilustrado na figura 1-38.
O mostrador para este instrumento era calibrado em "ps", e sempre que qualquer
variao na presso baromtrica existente causava uma mudana na indicao da altitude, o
mostrador podia ser girado e assim o piloto podia fazer o instrumento indicar zero,
enquanto o avio estivesse no solo.
Esta simples forma de ajustamento tornava o voo local mais fcil para o piloto, mas era
intil para o voo atravs do pas, porque a presso baromtrica do destino raramente a
mesma do ponto da decolagem.
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Assim que as comunicaes de rdio, em voo, tornaram-se possveis, os altmetros com
escalas baromtricas ajustveis foram desenvolvidos, capacitando o piloto a justar seu
altmetro s condies baromtricas existentes no local do pouso.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-38 Altmetro padro
Seu instrumento indicaria, ento, ou zero quando suas rodas tocassem o solo ou, como
atualmente feito, indicaria sua altitude acima do nvel mdio do mar.
Dessa maneira, o piloto pode determinar sua altura acima dos objetos sobre o solo, e seu
altmetro indicar a altitude oficial do aerdromo quando suas rodas rolarem sobre a pista.
O gradiente vertical da presso (reduo da presso com a altitude) no linear, isto , a
mudana em presso para cada mil ps maior em altitudes mais baixas do que em nveis
mais altos.
possvel projetar o enrugamento das cpsulas aneroides, de modo que sua expanso seja
uniforme para uma mudana de altitude, em vez de uma mudana de presso. O uso desse
tipo de cpsula aneroide tem tornado possvel o uso de ponteiros mltiplos e escalas
uniformes. Os altmetros usados em avies modernos, geralmente tm alcances de 20.000,
35.000, 50.000 e 80.000 ps.
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A figura 1-39 ilustra uma das formas mais primitivas de altmetros sensitivos com trs
ponteiros.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-39 Vista interna do altmetro primitivo de trs ponteiros
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-40 Altmetro primitivo de trs ponteiros
O altmetro de trs ponteiros relativamente fcil de ser mal interpretado porque o
menor ponteiro facilmente encoberto por um dos outros e, em avies pressurizados com
elevada razo de subida, difcil saber-se a altitude aproximada. Acidentes tm sido
atribudos a pilotos que interpretaram erroneamente o pequeno ponteiro. Assim, os mais
recentes modelos de altmetros substituram o pequeno ponteiro por um marcador e um
setor listrado, que desaparece por trs de uma cobertura numa determinada altitude,
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conforme ilustrado na figura 1-41. A figura 1-42 um diagrama esquemtico do
funcionamento deste altmetro.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-41 Funcionamento de um modelo mais recente de altmetro
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-42 Diagrama esquemtico de funcionamento do altmetro
As duas cpsulas acionam um eixo de ponteiro comum atravs de dois conjuntos de eixos
oscilantes e elos compensados por temperatura.
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A engrenagem cnica deste eixo aciona os trs tambores.
Um boto de ajuste da presso no solo ativa um disco de ressaltos para mover o ponteiro e
fornecer a adequada referncia de presso.
Uma extenso no ajustamento de escala baromtrica move um potencimetro no sistema
de pressurizao da cabine, para relacion-lo presso baromtrica, que o piloto introduziu
no altmetro de voo.
Alguns tipos de altmetro utilizam uma srie de cpsulas aneroides empilhadas, para acionar
os ponteiros.
Se, por exemplo, as cpsulas aneroides modificarem suas dimenses em 3/16 de polegada,
o ponteiro mais comprido do mostrador girar trinta e cinco voltas completas.
Esta amplificao requer rubis em todos os pivs principais, para reduzir ao mximo a
frico.
A frico dentro do altmetro, mesmo sob condies quase ideais, tal que para uma
indicao precisa necessrio que haja vibrao no instrumento.
Isto no problema para avies de motores alternativos, pois existe suficiente vibrao do
motor, mas o avio a jato frequentemente exige vibradores para o painel de instrumentos a
fim de manter precisa a indicao do altmetro. O torque requerido para acionar os trs
tambores, alm do ponteiro, torna obrigatrio o uso de um vibrador e, em vez de depender
de uma unidade montada externamente, um oscilador e um vibrador so includos no
estojo do instrumento para fornecer exatamente a quantidade correta de vibrao (para o
instrumento). Um solenoide rotativo aciona um indicador de falha, para alertar o piloto
quando o vibrador ficar inoperante.
Erros
A verificao do altmetro visa confirmar se as indicaes esto corretas dentro da faixa de
tolerncia prescrita para a operao do instrumento e detectar alguns vazamentos
porventura existentes na linha esttica. Visa, tambm, verificar se os ponteiros no esto
prendendo durante o funcionamento. Para cada valor de altitude uma tolerncia
permitida.
A tabela a seguir um exemplo.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Tabela 1-43 Tolerncias em relao altitude
Alm dos erros de temperatura, os altmetros esto sujeitos a outras espcies de erros,
motivados por deficincia no mecanismo. O aneroide pode induzir a erros nas indicaes
do altmetro, dos quais o mais importante conhecido como erro de Hesteresis, chamado
tambm de erro de impulso ou de atraso.
Esta espcie de erro ocasionada pela impossibilidade das molculas do metal, de que
feito o aneroide, de reagirem prontamente s rpidas variaes de presso que se fazem
sentir sobre os contornos do aneroide.
1.10 AJUSTE DO ALTMETRO
Ajuste do "Zero"
Obtm-se a altitude-presso do altmetro de estao, coloca-se os ponteiros do altmetro a
zero, vibra-se ligeiramente o instrumento. A seguir, verifica-se a posio das marcas de
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referncia, suas indicaes devero coincidir com as da altitude de presso da estao local,
ou exced-las de trinta ps, no mximo. Caso o erro exceda a tolerncia permitida de trinta
ps, ajusta-se o instrumento.
Ajuste do altmetro
a presso lida na escala baromtrica do altmetro, quando os ponteiros so ajustados na
altitude local onde est pousado o avio. O nmero que aparecer na escala baromtrica
da presso local convertida ao nvel do mar, de acordo com a tabela de atmosfera padro.
Elevao Calculada do Campo ou Altitude
o nmero indicado pelos ponteiros, quando a escala baromtrica ajustada no sistema de
ajuste.
Variao da Altitude-Presso
o mesmo que ajuste de altmetro, s que indicado em ps, pois o nmero dado pelos
ndices ou marcadores de referncia quando se ajusta a escala baromtrica ao sistema de
ajuste de altmetro.
O movimento dos ndices sincronizado com os da escala baromtrica, de modo que h
uma correspondncia fixa entre as indicaes dos ndices.
Da se conclui que tanto faz ajustar-se o altmetro pelo sistema de ajuste de altmetro,
recebendo-se o nmero em polegadas de Hg, ou em ps (variao da altitude-presso), j
que a correspondncia entre ambas fixa.
Ajustagem usando-se a Altitude do Campo
Quando se desejar ajustar o altmetro de modo que seus ponteiros indiquem a altura do
avio acima do ponto da terra sobrevoado ou, mais precisamente, acima do campo de
aterragem, o piloto pedir, pelo rdio, a presso baromtrica do local.
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Ajustagem usando-se a Escala Baromtrica
Ajustam-se os ponteiros do instrumento para a altura do campo, por ocasio da decolagem.
A escala baromtrica do instrumento indicar, ento, a presso local, convertida ao nvel do
mar.
Sendo a presso local igual padro, a leitura da escala baromtrica ser 29.92 Pol Hg.
Sendo maior, a leitura ser maior que 29.92. Sendo menor, a leitura ser menor que 29.92.
Para obter-se durante o voo, a altitude do avio, acima do nvel do mar, basta ajustar-se a
escala baromtrica do altmetro para a presso atmosfrica do nvel do mar. Esta presso
obtida pelo avio, atravs de estao meteorolgica.
1.11 ALTMETRO CODIFICADOR
Generalidades
O controle do trfego areo pelo radar permite que um fluxo de trfego de alta densidade
torne-se suave e ordenado, mas, at recentemente, o controlador no tinha conhecimento
exato da altitude do avio que ele estava seguindo.
Fonte: silicontexel.com
Figura 1-44
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O "transponder" responde ao radar do solo com um cdigo, dando ao controlador certas
informaes que ele necessita. O "transponder" tem 4.096 cdigos disponveis. Assim, a
mais recente gerao de altmetros no somente fornece ao piloto uma indicao de sua
altitude, mas tambm codifica o "transponder", permitindo-lhe responder estao no solo
com um sinal que dar uma indicao visvel, na tela do radar, da altitude do avio a cada
100 ps.
A maioria dos altmetros codificadores, ora em uso, utiliza codificadores ticos.
Neste sistema, as cpsulas acionam um disco de vidro com setores transparentes e
opacos.
Uma fonte de luz brilha atravs do disco sobre as clulas fotoeltricas, as quais convertem
o movimento do disco em sinais codificados para o "transponder".
Este tipo fornece um alto grau de preciso com poucas exigncias de torque.
Codificador - Princpio
O codificador opera de acordo com o sistema de cdigo de Gillham, que um cdigo
linear ICAO aprovado para transmisso de dados de altitude para fins de controle de
trfego areo.
Sua faixa de operao cobre um total de 49.000 ps, com incrementos de 100 ps. A
preciso do cdigo em pontos de transio de 20 ps.
O dado codificado provido por meio de um disco codificador de vidro que gira entre
uma faixa intercalada de dez pares de diodos emissores de luz e fototransistores formando
parte de uma unidade sonora.
Pistas metlicas no disco de vidro codificador transparente agem como obturadores para
instruir a passagem de luz entre os dados emissores de luzes e os fototransistores enquanto
o disco codificador gira.
Esta ocorrncia utilizada para estabelecer ou interromper a passagem para um potencial
de terra de dez circuitos externos ou canais que levam ao transponder da aeronave.
Este ltimo opera em conjunto com o IFF da aeronave para transmitir a informao de
altitude codificada para o controle de trfego areo. Permuta desta condio de terra sobre
os dez canais de transponder permite operao de acordo com o cdigo Gillham como
demonstra a figura 1-45.
O exemplo esquemtico mostrado representa a condio do codificador a uma altitude de
10.000 ps. Os diodos emissores so energizados por uma fonte de alimentao de DC.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-45 Condio do codificador a 10.000 ps.
Operao do Transponder
O transponder responde a todas as interrogaes vlidas do radar ATC, com sinais em
cdigo. O sinal de resposta usado, pelo controlador ATC, a fim de localizar e identificar a
aeronave equipada com transponder, que transmite em 1090MHz e recebe em 1030
MHz. Vrios tipos de radares de vigilncia so usados no sistema ATC. Contudo,
somente os radares primrios PSR e o secundrio SSR esto funcionalmente
relacionados com o transponder.
O PSR usado a fim de localizar e manter todos os avies dentro da rea de controle. O
SSR, com varredura sincronizada com o PSR, utilizado a fim de identificar os avies
equipados com transponder, pela transmisso de sinais de interrogao e recepo de
respostas.
As informaes codificadas do PSR e do SSR so apresentadas na tela do radar do
controlador ATC.
Alm da identificao, o controlador tem as informaes de distncia e direo de todas as
aeronaves dentro da rea de controle.
O transponder opera no modo A ou C. Quando o transponder interrogado no modo
A, por uma estao de terra, ele responde como o cdigo selecionado no painel de
controle. Este cdigo consiste de quatro dgitos, variando cada um de zero a 7.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-46 Esquema de operao do transponder
Deste modo, os cdigos podero ser selecionados de 0000 at 7777. Quando no modo C, o
transponder informa a altitude da aeronave, atravs de sinais codificados, sempre que a
aeronave interrogada neste modo e esteja equipada com um altmetro codificador.
O transponder interrogado atravs de um mtodo de 3 pulsos. O espao de tempo entre
o 1 e o 3 pulso determina o modo de operao.
Existem 4 modos de operao, denominados A, B, C e D. No modo A, o sistema transmite
somente sua identificao. O modo B, em alguns pases, ocasionalmente substitui o modo
A. O modo C usado quando a aeronave possui altmetro codificador. Neste caso, a
resposta do transponder inclui a informao de altitude da aeronave. O modo D,
atualmente no est em uso.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-47 Pulsos de interrogao do sistema transponder
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O sinal de interrogao, recebido, analisado pelo transponder para determinar sua
validade e o modo de operao.
Para este sinal ser vlido, ele dever ser do lbulo principal do SSR e ser do modo A ou do
modo C.
Quando um sinal de interrogao vlido, o sinal resposta transmitido.
O sinal resposta codificado composto de um trem de pulsos. O transponder capaz de
produzir de 2 a 16 pulsos de resposta codificada.
O nmero de pulsos gerados num sinal resposta determinado pelo cdigo selecionado na
caixa de controle do transponder ou gerado pelo altmetro codificador. Um pulso de
identificao tambm transmitido 4.35 microssegundos aps o ltimo pulso de
enquadramento.O pulso de identificao estar presente somente quando o interruptor
IDENT da caixa de controle do transponder for liberado e por aproximadamente 20
segundos aps sua liberao.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-48 Posio dos pulsos do sinal resposta
1.12 INDICADOR DE RAZO DE SUBIDA
Este indicador tambm conhecido pelos seguintes nomes:
Indicador de velocidade vertical (VSI);
Indicador de razo de subida e descida;
Indicador de regime ascensional;
Varimetro;
Climb.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-49
Tem por finalidade indicar se a aeronave est subindo, ou em voo nivelado.
O funcionamento deste instrumento est baseado no princpio de que "medida que a
altitude aumenta, a presso atmosfrica diminui". Basicamente, o mecanismo consiste de
uma fenda calibrada, uma cpsula e um eixo de atuao que transmite os movimentos da
cpsula para o ponteiro.
O ponteiro est encerrado em uma caixa hermtica conectada linha de presso esttica.
Quando o avio est ganhando ou perdendo altitude, a presso existente no exterior da
cpsula aneroide retardada com relao presso na parte interior do mesmo. O retardo
causado pela fenda calibrada que limita a mudana brusca da presso no interior da cpsula
aneroide. A diferena resultante da presso faz com que a cpsula se contraia em uma
ascenso e se dilate quando o avio est perdendo altitude. Atravs de um eixo de atuao
os movimentos da cpsula so transmitidos ao ponteiro.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-50 Indicador quando em voo horizontal ou com o avio em terra
Como resultado disto o diafragma se contrai, fazendo com que o ponteiro indique a
condio de subida (UP) conforme ilustrado na figura 1-51.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-51 Indicador em condio de subida
A figura 1-52 ilustra a condio de descida.
A presso que existe no exterior da cpsula menor do que a do interior. Portanto, a
cpsula se expande. O ponteiro indica a condio de descida (DOWN).
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-52 Indicador em condio de descida
Existem indicadores (figura 1-53), onde uma segunda cpsula (A) instalada na parte
posterior da caixa capaz de liberar o excesso de presso.
Sua finalidade proteger o mecanismo contra danos que podem ocorrer no caso de
exceder-se o alcance mximo do instrumento. Isto pode acontecer numa descida brusca.
Quando isso ocorre o excesso de presso se expande e abre uma vlvula de alvio (B),
impedindo que a cpsula responsvel pela indicao (C) se expanda demasiadamente.
Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 1-53 Tipo de indicador com duas cpsulas.
Este indicador no indica o ngulo do avio em relao ao plano horizontal. As graduaes
mais comuns do mostrador deste instrumento so: ps/minutos (FT/MIN) ou
metros/segundo (M/SEC.). Na parte frontal do instrumento, encontra-se um parafuso (ou
boto) para ajuste da posio zero.
O diagrama esquemtico do indicador de razo de subida atualmente em uso mostrado
na figura 1-54.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 1-54 Diagrama esquemtico de um indicador
BRASIL. IAC Instituto de Aviao Civil. Diviso de Instruo Profissional Matrias
Bsicas, traduo do AC 65-9A do FAA (Airframe & Powerplant Mechanics-General
Handbook). Edio Revisada 2002.
Caro aluno,
No prximo mdulo iremos aprofundar mais nos estudos dos instrumentos de voo,
acionados por giroscpios cuja importncia fundamental para um voo seguro, veremos
que estes instrumentos so muito interessantes e requerem cuidados especiais em sua
manuteno.
Vamos l!
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Fonte: www.pasionporvolar.com
MDULO II
INSTRUMENTOS GIROSCPICOS
INTRODUO
Caro aluno,
Instrumentos de voo acionados por giroscpios so fundamentais para a segurana e eles
requerem cuidados especiais para sua manuteno e eficincia.
Vamos juntos aprender um pouco mais sobre eles.
Bons estudos!
Trs dos instrumentos de voo mais comuns so controlados por giroscpicos. So eles:
Giro Direcional;
Horizonte artificial;
Indicador de curva.
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Para entendermos o uso destes instrumentos necessrio conhecermos os princpios do
giroscpio, sistemas de alimentao e detalhes de construo e operao de cada
instrumento. Sem o uso do giroscpio adaptado aos instrumentos de voo e navegao,
seria impossvel voar com preciso em qualquer condio de tempo.
O giroscpio uma massa (roda, disco ou volume) que gira em torno de seu eixo e tem
liberdade de giro em torno de um ou dos outros eixos perpendiculares ao seu eixo de giro.
Para simplificar, vamos ilustrar sua construo passo a passo.
1. Imagine um rotor (massa girante) e um eixo.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-1 Rotor e eixo
2. Coloque um suporte circular (gimbal) com rolamentos nos quais o eixo do rotor possa
girar.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-2 Suporte circular (gimbal)
3. Agora adicione outro suporte circular (gimbal) com rolamentos 90 dos rolamentos do
rotor, sobre os quais o conjunto anterior possa girar.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-3 Adicionando o segundo gimbal
4. Coloque o conjunto montado, apoiado atravs de rolamentos horizontais num montante
base e teremos um giroscpio.
Desconsiderando o eixo do giro, o giroscpio tem dois graus de liberdade. O conjunto
pode girar em torno do eixo vertical e do eixo longitudinal (Figura 2-4).
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-4 Eixos de giro
5. Quando em repouso, o giroscpio nada tem de extraordinrio. Ele simplesmente uma
roda que voc pode girar em qualquer direo que no alterar o centro geomtrico do
conjunto.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 2-5 Giroscpio em repouso
6. Quando voc gira o rotor, o giroscpio exibe a primeira de suas duas propriedades.
Ele adquire um alto grau de rigidez e o seu eixo aponta sempre na mesma direo,
independente de girarmos sua base para qualquer lado. Isto chamado de INRCIA
GIROSCPICA ou RIGIDEZ.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-6 Inrcia giroscpica ou rigidez
7. A segunda propriedade chamada PRECESSO pode ser mostrada pela aplicao de
uma fora ou presso ao giro, em torno do eixo horizontal.
Haver uma resistncia fora e o giro em vez de girar em torno do eixo horizontal girar
ou precessar em torno do eixo vertical na direo indicada pela letra P.
Da mesma forma, se a fora ou presso for aplicada em torno do eixo vertical o giro ir
precessar em torno do eixo horizontal na direo mostrada pela seta P.
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Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-7 Precesso giroscpica
Fontes de Fora para Operao de Giroscpio
Os instrumentos giroscpicos podem ser operados por um sistema de vcuo ou por um
sistema eltrico.
Em algumas aeronaves, todos os giroscpicos so acionados ou por vcuo ou
eletricamente. Em outros, sistemas de vcuo (suco) fornecem energia para os indicadores
de atitude e direo, enquanto o sistema eltrico move o giroscpio para operao do
ponteiro do indicador de curvas. Qualquer uma das correntes de fora, a alternada ou a
corrente contnua, usada para mover os instrumentos giroscpicos.
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Sistema de Vcuo
O sistema de vcuo provoca a rotao do giro succionando uma corrente de ar contra as
palhetas do rotor para gir-lo em alta velocidade, como opera uma roda de gua ou uma
turbina.
O ar, sob presso atmosfrica passa por um filtro, move as palhetas do rotor e extrado
da caixa do instrumento atravs de uma linha para a fonte de vcuo e da soprado para a
atmosfera.
Uma bomba de vcuo ou um venturi podem ser usados para fornecer o vcuo,
requerido para girar os rotores dos giroinstrumentos.
O valor do vcuo necessrio para operao de instrumentos est usualmente entre trs e
meia polegadas e quatro e meia polegadas de mercrio e usualmente ajustado por uma
vlvula de alvio de vcuo, localizada na linha de suprimento.
Os indicadores de curvas usados em algumas instalaes exigem valor menor de suco.
Isto obtido usando-se uma vlvula reguladora adicional na linha de suprimento do
instrumento em particular.
Sistema do Tubo de Venturi
As vantagens do venturi como uma fonte de suco so o seu custo relativamente
baixo e a simplicidade de instalao e operao. Um avio leve, monomotor, pode ser
equipado por um venturi de duas polegadas (2 in.Hg de capacidade de suco) para operar
o indicador de curva.
Fonte: http://newcfitales.blogspot.com.br/2010/07/flying-cessna-original.html
Figura 2-8
Com um sistema adicional de 8 polegadas, existe fora disponvel para mover os
indicadores de atitude e direo. Um sistema de venturi mostrado na figura 2-9.
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A linha que sai do giroscpio (figura 2-9) est conectada no tubo de venturi montado no
exterior da fuselagem do avio.
Atravs da velocidade aerodinmica normal de operao, a velocidade do ar passando pelo
venturi cria suco suficiente para causar a rotao do giroscpio.
As limitaes do sistema venturi so evidentes na ilustrao da figura 2-9. O venturi
projetado para produzir o vcuo desejado a aproximadamente 100 m.p.h, sob condies
padro ao nvel do mar. Amplas variaes na velocidade ou na densidade do ar, ou
restries ao fluxo de ar pela criao de gelo no tubo de venturi afetaro a garganta do
venturi e portanto afetando o giroscpio acionado pelo vcuo ali produzido.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-9 Sistema de vcuo com venturi.
Como um rotor s atinge a velocidade normal de operao aps a decolagem, as checagens
operacionais de pr-voo dos instrumentos acionados pelo venturi, no podem ser
executadas. Por esta razo o sistema adequado somente para instrumentos de avies leves
de treinamento e voos limitados sob determinadas condies meteorolgicas.
Avies que voam a grandes variveis de velocidade, altitude e condies meteorolgicas
mais adversas, exigem uma fonte mais eficiente de fora independente da velocidade
aerodinmica e menos sensvel a condies aerodinmicas adversas.
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Bomba de Vcuo Movida pelo Motor
A bomba de vcuo de palheta acionada pelo motor a fonte mais comum de suco
para giros instalados em avies leves da aviao geral.
Uma bomba do tipo de palheta montado no eixo de acessrios do motor e est
conectado ao sistema de lubrificao de forma que a bomba seja resfriada e lubrificada.
Outro sistema comumente usado o de bomba de suco seca tambm acionada pelo
motor. A bomba opera sem lubrificao e a instalao no exige linhas para o suprimento
normal de leo do motor e no h necessidade de separador de ar e leo ou vlvulas. De
um modo geral, os sistemas de bomba seca ou lubrificada por leo, so semelhantes.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-10 Vista em corte de uma bomba de vcuo, do tipo palheta, girada pelo motor.
A principal desvantagem do sistema de vcuo com bomba de suco movida pelo motor
do avio refere-se a indicaes imprecisas em voos a grandes altitudes. Fora a manuteno
de rotina dos filtros e as tubulaes que no existem nos sistemas giro eltricos, a bomba
de suco movida pelo motor uma fonte to efetiva para os avies leves quanto o sistema
eltrico de suco.
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Sistema Tpico de Suco Produzida por Bomba
A figura 2-11 mostra os componentes do sistema de vcuo com uma bomba de capacidade
de 10"hg, em motores com rotao acima de 1.000 rpm. A capacidade da bomba e o seu
tamanho variam em diferentes aeronaves, dependendo do nmero de giroscpios
operados.
Separador de ar e leo - O leo e o ar da bomba de vcuo so eliminados atravs do
separador, o ar soprado para fora e o leo retorna para o interior do motor.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-11 Tpico sistema de vcuo com bomba movida pelo motor da aeronave
Vlvula de alvio de suco - Como a capacidade de suco do sistema maior que o
necessrio para operao dos instrumentos, a vlvula reguladora de suco ajustada para a
suco desejada para acionar os instrumentos. A suco em excesso nas linhas de
instrumento reduzida quando a vlvula acionada por uma mola abre-se para a presso
atmosfrica (figura 2-12).
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 2-12 Vlvula reguladora do vcuo.
Vlvula de alvio de presso - Como o fluxo reverso do ar proveniente da bomba de
suco fecharia a vlvula reguladora e a vlvula de alvio de presso, a presso resultante
romperia as linhas.
A vlvula de alvio de presso ventila a presso positiva para a atmosfera exterior.
Vlvula unidirecional - A vlvula reguladora de direo nica previne possveis danos aos
instrumentos pelo retrocesso do motor, que reverteria o fluxo de ar e leo proveniente da
bomba (ver figura 2-13).
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-13 Vlvula unidirecional.
Vlvula seletora - Em aeronaves bimotoras equipadas com bombas de suco acionadas
por ambos os motores, a bomba alternada pode ser selecionada para fornecer suco no
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caso de qualquer pane do outro motor ou pane da outra bomba, com uma vlvula
incorporada para fechar e isolar a bomba deficiente.
Vlvula restritora - Como o instrumento que indica inclinao e curva, o "turnandbank"
necessita e opera com menos suco que a requerida para outros instrumentos
giroscpicos, o vcuo na linha principal deve ser reduzido. Esta vlvula ou uma agulha
ajustada para reduzir a suco da linha principal por aproximadamente a metade, ou uma
vlvula reguladora por uma mola que mantm uma suco constante para o indicador de
curva, a no ser que a suco na linha principal caia para um valor mnimo.
Filtro de ar - O filtro mestre de ar peneira objetos estranhos fluindo atravs de todos os
instrumentos giroscpicos que so tambm equipados com filtros individuais. Uma
obstruo no filtro mestre reduz o fluxo de ar e causa uma leitura menor no instrumento
indicador de suco.
Em aeronaves que no tem o filtro mestre instalado, cada instrumento tem seu filtro
prprio.
Um sistema individual de filtro, com uma obstruo, esta no ser necessariamente
indicada no instrumento de suco, no painel.
Indicador de suco - O indicador de suco um instrumento que indica a
diferena em polegadas de mercrio entre a presso dentro do sistema e a presso
atmosfrica ou a presso na cabine.
A suco desejada, e os limites mnimo e mximo variam de acordo com o projeto do
giroscpio. Se a suco necessria para os indicadores de atitude e direo 5" e o mnimo
4,6", uma leitura abaixo deste ultimo valor indica que o fluxo de ar no est mantendo os
giroscpios em uma velocidade suficiente para operao confivel.
Em muitas aeronaves, o sistema equipado com uma vlvula seletora para o indicador de
suco, permitindo que o piloto verifique o vcuo em vrios pontos no sistema.
Suco
As presses da suco estudadas em conjunto com a operao dos sistemas de vcuo so
realmente presses negativas ou presses menores (abaixo do nvel do mar). Por exemplo,
se a presso ao nvel do mar igual a 17.5 p.s.i. ento uma polegada de mercrio ou uma
p.s.i. de suco igual a -1 p.s.i. de presso negativa ou 16,5 de presso positiva.
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Da mesma forma, 3 polegadas de mercrio so iguais a -3 p.s.i. de presso negativa ou
+14,5 de presso positiva. Quando a bomba de vcuo desenvolve uma suco (presso
negativa), deve tambm criar uma presso positiva.
Esta presso (ar comprimido) algumas vezes utilizada para operar instrumentos de
presso, cmaras degeladoras (boots) e selos inflveis.
Operao de um Sistema Tpico
O esquema de um sistema de suco tpico para um avio bitimotor mostrado na figura
2-29.
Este sistema a vcuo composto dos seguintes componentes: 2 bombas de suco, 2
vlvulas de alvio de suco, 2 vlvulas reguladoras tipo "flapper", uma vlvula restritora
para cada indicador de curva, uma vlvula seletora de 4 posies, um sistema de tubulaes
por onde flui a suco, e uma vlvula seletora do indicador de curva.
As bombas de suco movidas pelo motor esquerdo e direito e suas linhas componentes,
so independentes e isoladas umas das outras e atuam como 2 sistemas independentes de
suco.
As linhas de suco so dirigidas desde cada bomba de suco, atravs de uma vlvula de
alvio e de uma unidirecional para a seletora de quatro posies.
Da vlvula seletora de quatro posies, as linhas do sistema de vcuo dos motores so
dirigidas atravs de tubulaes flexveis, conectadas aos instrumentos operados a vcuo.
Dos instrumentos, as linhas so orientadas at o indicador de suco e passam por uma
vlvula seletora dos indicadores de curva (turnandbank).
Esta vlvula tem trs posies: principal, "T & B" esquerdo e "T & B" direito.
Na posio principal o indicador de suco mostra as linhas do horizonte artificial e giro
direcional.
Nas outras posies, o menor valor de suco para os indicadores de curva (turnandbank)
pode ser verificado.
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 2-14 Sistema de vcuo de uma aeronave multimotora
Giroscpios de Atitude Acionados por Suco
Em um tpico sistema giroscpico de atitude movido por suco, o ar succionado atravs
do filtro e ento, atravs de passagens no eixo traseiro e no anel interno do giroscpio,
direcionado para dentro do alojamento onde dirigido contra as palhetas do rotor, atravs
de dois orifcios em lados opostos.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-15 Tpico horizonte artificial que utiliza giroscpios de atitude acionados por
suco
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O ar ento passa atravs de quatro orifcios igualmente localizados e distanciados na parte
inferior da caixa do rotor e sugado pela bomba de suco ou venturi (figura 2-16). A
cmara contendo os orifcios o mecanismo que faz com que o dispositivo de rotao
retorne ao seu alinhamento vertical sempre que uma fora de precesso, tal como uma
frico do rolamento, mude o rotor desde o seu plano horizontal.
Fonte: FAA-H-8083-31-AMT-Airframe-Vol-2
Figura 2-16 Mecanismo de ereo de um indicador de atitude a vcuo.
Quatro orifcios de escapamento so cobertos at a metade por uma palheta pendular, que
permite a descarga de volumes de ar iguais atravs de cada orifcio, quando o rotor est
adequadamente ereto.
Qualquer inclinao do rotor afeta o equilbrio total das palhetas pendulares fazendo com
que uma palheta feche o par do lado oposto, enquanto a palheta oposta se abre na
proporo correspondente.
O aumento do volume de ar atravs do orifcio aberto exerce uma fora de precesso no
alojamento do rotor, provocando a ereo do giroscpio e a palheta pendular retorna a
uma condio de equilbrio (figura 2-53).
Fonte: Evandro Ferreira
Figura 2-17
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Fonte: IAC Instituto de Aviao Civil Diviso de Instruo Profissional
Figura 2-18 Ao das palhetas pendulares.
Os limites do indicador de atitude especificados nas instrues dos fabricantes indicam a
mxima rotao dos anis alm das quais o giro entrar em colapso.
Os limites do indicador de curvas movido por um sistema tpico a vcuo so de
aproximadamente 100 a 110 graus e os limites de inclinao do nariz do avio variam
aproximadamente 60 a 70 graus, para cima ou para baixo, dependendo de cada unidade
especfica. Se, por exemplo, os limites de cabragem so 60 graus com o giro normalmente
ereto, o giro entrar em colapso quando o avio mergulhar em ngulos alm de sessenta
graus.
Quando os anis do rotor atingem os batentes, o rotor entra em precesso abruptamente,
causando excessiva frico e desgaste no mecanismo. O rotor normalmente precessar ao
plano horizontal, em uma razo de aproximadamente 8 graus por minuto.
Muitos giroscpios so equipados com um dispositivo auxiliar chamado "cage", usado para
colocar o rotor instantaneamente na sua posio de operao normal antes do voo ou aps
o seu colapso.
O acionamento do boto "cage" evita a rotao dos anis dentro do giroscpio e trava o
eixo de rotao do rotor na sua posio vertical.
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Giroscpios Operados por Presso
A disponibilidade de bombas de presso, na qual nenhuma lubrificao seja necessria, faz
com que o sistema de giros operados por presso seja possvel. Em tais instalaes, o ar
comprimido sob presso atravs de instrumentos giroscpicos, em vez de serem sugados
atravs do sistema. Bombas de presso positiva so mais eficientes que bombas a vcuo,
especialmente nas grandes altitudes.
Prticas de Manuteno de um Sistema de Suco