Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA Discentes: Anne Cardim, Cíntia Costa, Elandia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa Cerqueira, Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA

Discentes: Anne Cardim, Cíntia Costa, Elandia Moreno, Greice Santana, Laís Santos, Larissa

Cerqueira, Laura Helena, Rafaela Lima, Shâmara Lisboa.

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DEFINIÇÃO A insuficiência cardíaca (IC) pode ser definida como

uma síndrome clínica na qual uma desordem estrutural ou funcional do coração leva a diminuição da capacidade do ventrículo em ejetar e/ou se encher de sangue nas pressões de enchimento fisiológicas.

(Lameu,2005)

Assim, o coração não consegue fornecer o fluxo de sangue adequado para o resto do corpo.

(Krause, 2005)

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EPIDEMIOLOGIA

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FISIOPATOLOGIA IC pode ser classificada de acordo com:

Lado do coração afetado (direito ou

esquerdo)

Parte do ciclo cardíaco envolvido

(disfunção sistólica ou diastólica)

80-90% portadores de IC: Sintomas cuja origem é disfunção ventrículo esquerdo.

Mahan et al, 2005

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FISIOPATOLOGIAIC: precipitada por diferentes doenças que causam dano ao tecido e às células.

Mahan etal, 2005

Também por: agentes tóxicos (álcool,

quimioterápicos) ou por doenças sistêmicas

HAS, doença cardíaca isquêmica ou

congênita, miocardite, valvulopatiase

cardiomiopatiachagásica

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FISIOPATOLOGIA

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SINTOMAS

Distúrbio hemodinâmicos e alterações neuro-hormonais Manifestações mais frequentes:

Dispnéia / Fadiga / Edema

Pode ocorrer baixo débito cardíaco com alterações na perfusão periférica, como:

Sudorese, palidez cutâneo-mucosa e manifestações de baixo fluxo cerebral;

(Cuppari,2009)

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SINTOMAS Caso haja falência ventricular direita: Congestão

hepática, plenitude gástrica e dor no hipocôndrio direito

Arritmias: Podem também justificar quadros de palpitações, síncope e até morte súbita.

Retenção de Líquidos (causada pela falência do ventrículo esquerdo e por congestão venocapilar):

Sintoma mais freqüente na IC e é progressivo.Cansaço aos grandes esforços até em repouso ou sob forma

de dispnéia paroxística noturna.

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SINTOMAS Tolerância aos esforços habituais:

Utilizada para estimar a gravidade da ICClassificação funcional (NYHA)

-Classe I: paciente é assintomático em atividades habituais.

-Classe II: assintomático em repouso. Sintomas podem ser desencadeados pela atividade física habitual.

-Classe III: assintomático em repouso, porém com sintomas em atividade < que habitual.

-Classe IV: apresenta sintomas (dispnéia, fadiga e palpitações) que podem ocorrer aos menores esforços e mesmo em repouso.

New York Heart Association (NYHA), apud Fisher, 1972

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Estágio I: Intervenção terapêuticaAlto risco de desenvolver IC pela presença de condições

clínicas associadas à ICPacientes não apresentam alteração do pericárdio, miocárdio

ou de valvas cardíacas Fatores etiológicos:

-HAS, coronariopatia, DM, histórico de cardiotoxidade, tratamento por droga ou abuso de álcool, histórico pessoal de

febre reumática, historia familiar de cardiomiopatia. Estágio II: Intervenção terapêutica

Já desenvolveram cardiopatia estrutural sabidamente associada à IC, mas nunca exibiram sinais ou sintomas da

doença Alterações:

-hipertrofia ventricular esquerda ou fibrose, dilatação ventricular esquerda ou hipocontratilidade, e valvulopatia.

(SBC,2002)

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Estágio III: Intervenção terapêuticaSintomas prévios ou presentes de IC associados com

cardiopatia estrutural subjacente: Pacientes com dispnéia ou fadiga por disfunção

ventricular esquerda sistólica; assintomáticos sob tratamento para prevenção da IC.

Estágio IV: Intervenção especializada e cuidados paliativos

Pacientes com cardiopatia estrutural e sintomas acentuados de IC em repouso, apesar da terapia clínica

máxima.Hospitalizados por IC ou que não podem receber alta; hospitalizados esperando transplante; em casa sob

tratamento de suporte intravenoso ou sob circulação assistida; em unidade especial para manejo da IC.

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TRATAMENTO Abordagem terapêutica multidisciplinar; Modificações no estilo de vida, fármacos, intervenção

cirúrgica e transplante cardíaco;

A Abordagem terapêutica tem como objetivos principais:

Minimizar os sintomas; Melhorar a qualidade de vida dos pacientes; Dentre todas as abordagens terapêuticas : Abordado o

tratamento dietoterápico.

Veloso, 2005

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

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ALTERAÇÕES METABÓLICAS E NUTRICIONAIS ICC

Importantes objetivos na prática clínica:

Identificar as principais causas da desnutrição; Compreender o melhor momento para a

inserção da terapia nutricional ; A terapia nutricional precoce: diminuir o

número de complicações, tempo e custos da internação hospitalar ;

Terapia nutricional bem sucedida: diagnóstico nutricional de forma adequada;

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Avaliação nutricional em pacientes com IC : Evolução clínica; Exame físico; Antropometria; Parâmetros bioquímicos, imunológicos; História dietética e ingestão alimentar que refletem na

alteração da composição corpórea; Avaliação Subjetiva Global: não validada em Pacientes

com ICC Porém: pode ser método adequado por avaliar

aspectos importantes como: história clínica, exame físico, anamnese alimentar e histórica de perda de peso recente.

Pode estar prejudicada devido à retenção hídrica. O edema pode provocar alterações no peso e nas

dobras cutâneas, mascarar a perda de massa muscular.Cuppari, 2009

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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Circunferências da panturrilha, da coxa e do

braço -Indicador mais sensível de massa corporal magra em pacientes cardíacos que retêm líquidos. Retenção hídrica: IMC sempre associado a outros indicadores;

Bioimpedância: Pode ser utilizada, porém é altamente limitado devido à retenção hídrica.

Marcadores bioquímicos: albumina, pré-albumina, transferrina.

Desproporcionalmente baixos em razão do desequilíbrio hidroeletrolítico.

Krause, 2005

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TERAPIA NUTRICIONAL NAS CARDIOPATIAS Introduzida o mais precocemente possível : Objetivos principais: Fornecer energia e nutrientes necessários para minimizar a

perda de peso; Recuperar o estado nutricional; Evitar a sobrecarga cardíaca ;

Lameu, 2005; Cuppari, 2009

Necessidade energéticas: Estimada com base na recomendação:

28Kcal/Kg PC/dia 32Kcal/Kg PC/ dia

Peso atual deve ser utilizado-Pacientes com edema deve-se estimar o peso ajustado.

Silva, 2007; Cuppari, 2009

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TERAPIA NUTRICIONAL NAS CARDIOPATIAS

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TERAPIA NUTRICIONAL NAS CARDIOPATIAS Suprir as necessidades energéticas de pacientes

hospitalizados (anorexia); Aumentar a densidade calórica das preparações: Módulos de nutrientes; Suplementos nutricionais especializados; Aumento de gordura da dieta;

Cuppari, 2009Carboidratos:50 a 60% do valor calórico totalExcesso de CHO (alta carga glicêmica): podem agravar a resistência à insulina, comumente encontrado em pacientes com IC, representando mau prognóstico.

Kok & Costa, 2002; Silva, 2007; Cuppari, 2009

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TERAPIA NUTRICIONAL Proteínas:Desnutrição grave a recomendação de proteínas é de 1,5 a 2,0g/Kg/dia.Peso atual deve ser utilizado para cálculo. Se edema: utilizar o peso ajustado.Insuficiência renal: receber orientações individualizadas em relação às proteínas.

Silva, 2007; Kok &Costa, 2002Lipídios:

25 a 30% do valor calórico total;Preferência às gorduras mono e poliinsaturadas e restringir gorduras trans e saturadas.

Silva, 2007; Cuppari, 2009

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TERAPIA NUTRICIONAL Colesterol não deve ultrapassar 200mg/dia. Seleção é

importante para pacientes com dislipidemias. Apesar de pacientes com DEP geralmente não

apresentarem hipercolesterolemia, a promoção de ganho de peso deve ser saudável.

Má absorção de gordura: ocorre em cerca de 1/3 dos pacientes com caquexia cardíaca. Quando ocorrer esteatorréia: suplementação de TCM.

SBC, 2002 Micronutrientes: Não há recomendações específicas

para pacientes com IC adequado: utilização da Ingestão Dietética Recomendada (RDA)Lembrar: estabelecidas para atender necessidades de indivíduos saudáveis, pode subestimar necessidades reais de pacientes com IC.

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TERAPIA NUTRICIONAL Restrição de sódio: de acordo com o grau de IC e

com o balanço hidroeletrolítico. Restrições mais severas: pouco indicadas (geralmente para pacientes hospitalizados, cuja tolerância ao sódio é incomumente baixa).

Hipocalemia: toxicidade digital (sintomas: náuseas, vômitos, desconforto abdominal, arritmia entre outros).

Recomendação de potássio: 50 a 70 mEq. Caso o paciente apresente comprometimento

renal essa recomendação deve ser reavaliada. Oferta:atingida com consumo de frutas, legumes,

verduras e leguminosas;-Em alguns casos: necessário a suplementação medicamentosa.

SBC, 2002

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TERAPIA NUTRICIONAL Alguns diuréticos favorecem excreção de magnésio: Hipomagnesemia: associada com pior prognóstico. Níveis séricos de magnésio devem ser monitorados em

pacientes com IC e a oferta deve ser realizada de forma adequada.

Vitaminas lipossolúveis (A, D, E eK): Repor quando o paciente apresentar má-absorção de

gorduras. Atenção à oferta de tiamina: alguns diuréticos

aumentam sua excreção. A deficiência leva a prejuízo do metabolismo oxidativo,

especialmente do carboidrato, favorecendo o acúmulo de piruvato e lactato, que pode agravar a IC.

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TERAPIA NUTRICIONAL Restrição hídrica: Nem sempre é necessária e deve ser

estabelecida de acordo com ao grau da IC e quadro clínico do paciente.

A restrição varia entre 600 a 1500 ml, dependendo do balanço hídrico do paciente.

A restrição hídrica e de sódio são frequentemente interrompidas com a alta hospitalar.

Fibra alimentar: Recomendação é de 20 a 30gpor dia. Prevenir

obstipação intestinal e consequente esforço para evacuar: pode predispor alterações no ritmo cardíaco.

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TERAPIA NUTRICIONAL Palatabilidade: Dieta geralmente pouco saborosa: favorece

diminuição da ingestão alimentar. Para melhorar a palatabilidade: utilizar

condimentos naturais com baixo teor de sódio. Fracionamento: 5-6 refeições ao dia, podendo

chegar a 8. Pequenos volumes, evitando o aumento do trabalho cardíaco durante o processo de digestão e uma sobrecarga pós-prandial.

Consistência: Modificada de acordo com a aceitação e o quadro

clínico do paciente. Dietas com consistência pastosa geralmente são utilizadas pela presença de dispnéia e dificuldade de mastigação.

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TERAPIA NUTRICIONAL Se a ingestão oral estiver abaixo de 60%: Necessária suplementação com fórmula enteral.

Promover a recuperação do paciente e melhorar o seu prognóstico.

Considerações finais Acompanhamento nutricional individualizado Intervenções nutricionais precoces TN não segue regras fixas Realizar avaliação criteriosa e com senso crítico.

Lameu, 2005; Cuppari, 2009; Silva, 2007

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REFERÊNCIAS New York Heart Association (NYHA), apud

Fisher, 1972; Lameu, 2005; Cuppari, 2009; Silva, 2007; Silva, 2007; Kok &Costa, 2002; Mahan et al, 2005; SBC, 2002; Krause 2005;