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Contextos 10 INICIAÇÃO À ACTIVIDADE FILOSÓFICA 1. Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar Índice Exercícios de aplicação (pág. 6 do Caderno de Actividades)........1 Questões de escolha múltipla (pág. 11 do Caderno de Actividades). .7 Questões de verdadeiro/falso (pág. 14 do Caderno de Actividades). .7 Palavras cruzadas (pág. 15 do Caderno de Actividades).............7 Exercícios de aplicação (pág. 6 do Caderno de Actividades) 1. Não existindo uma definição universal de filosofia, esta pergunta – o que é a filosofia? – constitui uma pergunta de natureza filosófica, cuja resposta só poderá ser dada dentro de cada perspectiva filosófica particular. Cada filósofo apresenta uma definição tendo em conta a sua própria filosofia, o seu modo de interpretar a vida e o mundo. Só no interior da filosofia, só com os seus meios e conceitos, é que se pode determinar o que ela é. As definições de filosofia são todas igualmente aceitáveis enquanto exprimem a prática filosófica daqueles que avançaram essas definições. Com a pergunta – e com as respostas –, entramos em pleno no exercício do filosofar. 2. Cada filósofo desenvolve uma perspectiva acerca do real, fruto da organização subjectiva da sua própria experiência. No seu âmbito etimológico, filosofia significa amor à sabedoria. Sendo assim, o filósofo é aquele que busca incessantemente a sabedoria, é o amigo, o amante do verdadeiro conhecimento. Para Pitágoras, o termo sábio só se aplica a Deus, pelo que os homens devem contentar-se em procurar a sabedoria. Como nos diz Jaspers, «é a demanda da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia». Por isso, «Filosofar significa estar-a-caminho», e as interrogações revelam-se mais importantes do que as respostas supostamente definitivas. A aceitação do carácter interminável das interrogações decorre da consciência de que o saber pode ser falso e tem sempre um carácter limitado, pelo que a mente deve estar disponível para a procura incessante do verdadeiro conhecimento. É essa a tarefa da filosofia. 3. Ao referir que «Reservar a filosofia aos que se dizem filósofos seria tão ridículo como proibir de cozinhar os que não são cozinheiros profissionais», o autor do texto remete-nos para a ideia de que todos Soluções dos exercícios do Caderno de Actividades 1

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Contextos 10

INICIAÇÃO À ACTIVIDADE FILOSÓFICA1. Abordagem introdutória à Filosofia e ao filosofar

Índice

Exercícios de aplicação (pág. 6 do Caderno de Actividades)................................1

Questões de escolha múltipla (pág. 11 do Caderno de Actividades)....................7

Questões de verdadeiro/falso (pág. 14 do Caderno de Actividades).....................7

Palavras cruzadas (pág. 15 do Caderno de Actividades)......................................7

Exercícios de aplicação (pág. 6 do Caderno de Actividades)

1. Não existindo uma definição universal de filosofia, esta pergunta – o que é a filosofia? – constitui uma pergunta de natureza filosófica, cuja resposta só poderá ser dada dentro de cada perspectiva filosófica particular. Cada filósofo apresenta uma definição tendo em conta a sua própria filosofia, o seu modo de interpretar a vida e o mundo. Só no interior da filosofia, só com os seus meios e conceitos, é que se pode determinar o que ela é. As definições de filosofia são todas igualmente aceitáveis enquanto exprimem a prática filosófica daqueles que avançaram essas definições. Com a pergunta – e com as respostas –, entramos em pleno no exercício do filosofar.

2. Cada filósofo desenvolve uma perspectiva acerca do real, fruto da organização subjectiva da sua própria experiência. No seu âmbito etimológico, filosofia significa amor à sabedoria. Sendo assim, o filósofo é aquele que busca incessantemente a sabedoria, é o amigo, o amante do verdadeiro conhecimento. Para Pitágoras, o termo sábio só se aplica a Deus, pelo que os homens devem contentar-se em procurar a sabedoria. Como nos diz Jaspers, «é a demanda da verdade e não a sua posse que constitui a essência da filosofia». Por isso, «Filosofar significa estar-a-caminho», e as interrogações revelam-se mais importantes do que as respostas supostamente definitivas. A aceitação do carácter interminável das interrogações decorre da consciência de que o saber pode ser falso e tem sempre um carácter limitado, pelo que a mente deve estar disponível para a procura incessante do verdadeiro conhecimento. É essa a tarefa da filosofia.

3. Ao referir que «Reservar a filosofia aos que se dizem filósofos seria tão ridículo como proibir de cozinhar os que não são cozinheiros profissionais», o autor do texto remete-nos para a ideia de que todos os homens são filósofos, embora só a alguns esse título foi atribuído.

Subjacente ao texto, encontra-se, pois, a distinção entre filosofia espontânea e filosofia sistemática. Enquanto a filosofia espontânea é comum a todos os homens, estando presente no senso comum, na formulação de determinadas interrogações, na sabedoria popular, e não revelando nem um conhecimento da história da filosofia, nem o rigor crítico, nem um domínio académico dos conceitos e dos argumentos, a filosofia sistemática é típica dos filósofos profissionais. Trata-se daqueles espíritos, a que o texto alude, que trouxeram reflexões enriquecedoras no âmbito dos mais variados temas da filosofia. Tais filósofos, mediante o uso de uma linguagem técnica, constroem sistemas de pensamento

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que pressupõem o conhecimento da história da filosofia, da evolução das diversas problemáticas, e a análise crítica de ideias e doutrinas.

4. Estas afirmações procuram justificar a necessidade da filosofia, pondo em destaque o seu carácter activo no que se refere à intervenção social. Segundo o texto, a filosofia sempre indicou possibilidades, surgindo como uma «companhia imprescindível», embora muitas dessas possibilidades não se tenham podido concretizar. Esta vocação da filosofia para intervir socialmente, propondo alternativas e apontando possíveis soluções para os problemas suscitados pela vida em comum, refere-se à sua dimensão prática. Neste âmbito, a filosofia não só ajuda a orientarmo-nos no mundo e a agir de forma responsável, como também intervém a nível social e político, no sentido de contribuir para a construção de um mundo melhor.

A dimensão prática da filosofia distingue-se da sua dimensão teórica – associada à procura do verdadeiro conhecimento da realidade e do sentido dos vários saberes –, mas articula-se com ela, na medida em que, em última instância, mesmo a teoria aparentemente mais desfasada da vida prática visa, de um modo indirecto, responder a inquietações e a anseios ligados às esferas moral, social ou existencial do ser humano.

5. A filosofia é inseparável da vida em todas as suas dimensões. Contudo, se filosofar é viver, viver não é reduzir-se a tratar do corpo e a procurar vantagens materiais. Viver é, também, potenciar a consciência de que se usufrui para se tornar pessoa. De facto, se somos seres pensantes, é natural que sintamos a exigência de nos construirmos como pessoas, edificando um sistema de valores para agir de modo responsável, coerente e consciente.

A esse nível, a filosofia pode ter um papel decisivo. Não sendo o exercício de alguém isolado e afastado do mundo e dos outros, a filosofia é, pelo contrário, uma actividade implicada, com consequências a nível ético e existencial, mas igualmente a nível social, político, económico, técnico e religioso.

Afirmar que talvez a filosofia nos dê, se lhe formos fiéis, uma sadia unidade de alma equivale a reconhecer-lhe o valor na formação da unidade do carácter, na conquista da sabedoria, na libertação de desejos contraditórios e de conflitos entre o que somos e o que pensamos que devemos ser.

6. A característica específica da filosofia que, de modo mais evidente, subjaz a este texto é a autonomia. A filosofia assume uma postura crítica, utilizando a dúvida como método, a fim de ultrapassar a ignorância, as evidências não discutidas e os erros que eram tidos como verdades. O filósofo ousa pensar por si mesmo, servindo-se da sua própria razão de modo livre e autónomo. Isso equivale a afirmar que a filosofia, reflectindo sobre os diversos tipos de saberes, seja a ciência, seja a religião, seja a moral, sejam outros que o texto não refere, de todos eles se diferencia. Não se baseia nos ganhos da experimentação, nem nos dogmas da fé, nem na autoridade da moral. De certo modo, como refere o texto, «no seu caminhar deliberado, não aceita nem ajuda nem orientação».

Nessa autonomia, a filosofia «não tem um compromisso previamente definido: inventa o seu espaço e cria o seu objecto», o que significa que a actividade filosófica a nada se subordina e que, não podendo o seu objecto ser particularizado, é como se ela própria o criasse, ao procurar uma compreensão do real na sua totalidade.

7. Enquanto o método das ciências empíricas se baseia na verificação experimental, o método da filosofia assenta no exercício reflexivo. Enquanto as ciências investigam sectores bem delimitados do real, o questionar dos filósofos é

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ilimitado, radical, exercendo-se no sentido de uma apreensão do real na sua totalidade.

8. O concreto equivale ao imediatamente vivido. Referindo-se usualmente àquilo que é apreendido através dos sentidos, designa, na filosofia, o que existe de facto, opondo-se ao que é apenas pensado (por exemplo, o indivíduo Pedro). O abstracto designa aquilo que foi separado de um todo concreto, adquirindo um sentido universal e essencial, sendo comum a todos os seres concretos em questão (por exemplo, a Humanidade).

9. A filosofia teve um início no tempo histórico, e foram os pensadores «pré-socráti-cos» que abriram, de facto, caminhos que ninguém antes vislumbrara. A filosofia ocidental nasceu na Grécia, mais propriamente em Mileto, uma colónia grega da Ásia Menor, por volta dos inícios do século VI antes de Cristo. Por essa altura, Tales, Anaximandro e Anaxímenes (os primeiros filósofos) sentiram a necessidade de substituir as perspectivas fornecidas pelo mito (no qual se baseava a cultura vigente) por explicações com fundamentos racionais, isto é, baseadas na experiência e na razão.

O certo é que nesta primeira incursão não se alcançou propriamente uma verdade absoluta, uma cidade fortificada segura, mas antes um limiar estranho que deixou livre a continuação das buscas. É neste âmbito que se situa a radica-lidade da filosofia. O carácter radical da filosofia decorre do facto de esta colocar questões que vão à raiz das coisas. Ao colocar essas questões (como, por exemplo: O que é a realidade? Porque há o ser em vez do nada? Qual o sentido da vida? Será que Deus existe? Qual a origem do Universo?), a filosofia não só procura os fundamentos últimos do real, como também aceita o carácter interminável das interrogações, deixando livre a continuação das buscas.

10.Segundo Karl Jaspers, princípio é diferente de origem. Enquanto o princípio da filosofia se refere ao seu início histórico, a origem da filosofia refere-se ao impulso que nos leva ao filosofar. Se a filosofia teve um princípio no tempo histórico, ela possui também uma origem do ponto de vista do Homem individual, residindo essa origem no espanto, na dúvida, na consciência da fraqueza e do sofrimento e na vontade de autêntica comunicação.

11.a) A dúvida justifica-se porque as percepções dos sentidos muitas vezes nos

enganam e não nos dizem o que as coisas são em si mesmas; porque há opiniões contraditórias acerca dos mais diversos assuntos, e porque, desde a infância, recebemos muitos preconceitos e ideias infundadas.

b) A dúvida metódica é provisória e está colocada ao serviço da verdade. A dúvida céptica é sistemática e definitiva, não estando ao serviço da verdade. Descartes, usando a dúvida como método, procurou alcançar princípios evidentes e universais.

12.Karl Jaspers considera que a verdadeira origem da filosofia radica na vontade de comunicação autêntica, motivação que engloba igualmente o espanto, a dúvida e a experiência das situações-limite. Com efeito, nenhum ser humano pode viver isolado. Ele partilha com outros uma determinada cultura, pelo que, não havendo comunicação, também não se alcança a verdade. A ausência de comunicabilidade provoca um abalo e desencadeia o anseio de comunicação, de participação, de diálogo, de partilha. É na comunicação que a filosofia encontra uma das suas

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principais funções ou, como escreve Jaspers, «a sua finalidade, o fundamento e o sentido último de todos os fins: a apreensão do ser, a claridade do amor, a plenitude da paz».

13.a) Questão epistemológica.b) Questão cosmológica.c) Questão ética.d) Questão gnosiológica.e) Questão sócio-política.f) Questão ontológica.g) Questão lógica.h) Questão estética.i) Questão axiológica.j) Questão metafísica.k) Questão antropológica.l) Questão existencial.m) Questão religiosa.

14.A filosofia ocupa-se de diversas questões, classificadas segundo domínios específicos – o pensamento, o ser, o conhecimento, a ciência, a moral, a linguagem, a beleza, a existência, Deus, etc. A estes domínios correspondem disciplinas filosóficas particulares. Todas estas interrogações e inquietações nos revelam que as preocupações da filosofia não excluem nenhuma das dimensões em que se move a existência humana. Kant resumiu em três interrogações o âmbito da filosofia: Que posso saber? Que devo fazer? Que me é permitido esperar? Todas estas questões podem ser sintetizadas numa só: O que é o Homem? A resposta à última questão pressupõe a resposta às anteriores. O Homem é o grande mistério do próprio Homem, já que todos os mistérios decorrem, afinal, das suas inquietações. Importa, por conseguinte, não criar fronteiras estanques entre os diversos problemas filosóficos. Eles encontram-se inter-relacionados, devendo ser abordados de forma unitária e integradora, já que dizem sempre respeito àquele que os formula: o ser humano.

15.No comentário a este texto, importa que o aluno tenha integrado os vários aspectos alusivos à utilidade da filosofia, reconhecendo que, apesar de os seus resultados não serem imediatos, ela: conduz ao descentramento crítico e à interpelação; lida com questões fundamentais relativas ao sentido da nossa existência; amplia os nossos horizontes de reflexão e de conhecimento, alimentando o

sentimento de admiração perante o mistério das coisas; ajuda-nos a proceder de forma racional, com sabedoria, orientando-nos na

vida e favorecendo uma actuação justa em sociedade; tem um papel libertador, no exame dos preconceitos e no exercício pessoal e

autónomo da razão.16.Os princípios lógicos – da identidade (uma coisa é o que é), da não-contradição (a

mesma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, segundo a mesma perspectiva) e do terceiro excluído (uma coisa deve ser, ou então não ser, não havendo uma terceira possibilidade) – são indispensáveis na estruturação do nosso pensamento. Estes princípios constituem os pressupostos de todo o pensamento consistente, exigindo que lhes obedeçamos se queremos que o nosso pensamento e o nosso discurso tenham rigor e coerência.

17.O conceito é um instrumento mental que nos permite pensar as mais diversas realidades, fornecendo uma representação intelectual, abstracta e geral das

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características comuns a um conjunto de seres. Todavia, os conceitos não existem isolados. Quando pensamos relacionamos conceitos, ou seja, formamos juízos. Podemos definir o juízo como a operação mental que permite estabelecer uma relação de afirmação ou de negação entre conceitos (o relativo ao sujeito e o relativo ao predicado), podendo tal relação ser considerada verdadeira ou falsa. Tal como os conceitos, os juízos também se relacionam entre si, organizando-se em raciocínios. Por isso, os raciocínios são encadeamentos de dois ou mais juízos, os quais se encontram estruturados para deles se extrair uma conclusão.

18.São proposições as frases correspondestes às alíneas a), f) e h). Trata-se das únicas frases declarativas. As proposições são sempre afirmações ou negações, ou seja, são enunciados que possuem valor de verdade (podem ser considerados verdadeiros ou falsos), porque atribuem, declaram ou constatam alguma coisa. Se interrogamos – b) e g) –, se damos ordens – e) –, se produzimos exclamações – c) –, se fazemos promessas – d) –, não estamos perante proposições.

19.A filosofia é uma tentativa de resolver problemas. Estes devem ser formulados correctamente, através de questões claras e com sentido. A filosofia é um esforço de defesa de ideias e de clarificação de conceitos. Na tentativa de resolverem os problemas que colocam, os filósofos defendem teses, procurando fazê-lo com bons argumentos. A tese é a conclusão e o argumento é o conjunto de proposições (as premissas) que servem para provar, justificar ou defender essa conclusão.

20.a) Tese: Deus não é a causa dos nossos erros.

b) São três os argumentos usados para defender esta tese:

1. Deus «é muito verdadeiro e a fonte de toda a luz, de maneira que não é possível que nos engane».

2. «...ainda que a habilidade em poder enganar pareça ser um sinal de subtileza de espírito entre os homens, nunca todavia a vontade de enganar procede senão da malícia, ou do temor e da fraqueza, e, por conseguinte, não pode ser atribuída a Deus.»

3. «...ainda que Deus não nos tenha dado um entendimento omnisciente, não devemos crer por isso que ele seja o autor dos nossos erros, porque todo o entendimento criado é finito, e é da natureza do entendimento finito não ser omnisciente.»

21.a) Tese: «A vida pressupõe a memória do passado.»

b) São cinco os argumentos usados para defender esta tese:

1. «...qualquer saber prático implica a memória das regras técnicas, quer ao nível da vida individual quer da vida social.»

2. «O poder sobre as coisas é a reactualização de um saber adquirido de tal forma que a memória funcione como uma fonte de acção sobre o mundo.»

3. «A vida consciente, em vez de funcionar de acordo com comportamentos instintivos, põe em acção processos decisionais e técnicos que se servem de um capital de experiência.»

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4. «Contrariamente aos outros mamíferos, o homem parece ser, por excelência, um ser de memória. Em vez de viver um presente absoluto (...), o homem vive antes uma sobreposição do passado, do presente e do futuro.»

5. A consciência humana, «ao reter o passado imediato e ao antecipar sobre o futuro próximo, efectua uma síntese temporal que lhe permite ligar os acontecimentos entre si, em suma, pensar uma ordem racional do eu e do mundo.»

22.a) Tese: Nem o corpo nem a alma são substâncias que permanecem idênticas ao

longo do tempo.

b) Os argumentos usados para defender esta tese podem dividir-se em dois grupos, um deles relativo ao corpo, o outro relativo à alma:

O corpo não é uma substância que permanece idêntica ao longo do tempo porque:

1. «A matéria que constitui o corpo está em contínua transformação, mediante o processo de nutrição e eliminação.»

2. «Mesmo que assim não fosse, ninguém actualmente supõe, em física, que os átomos têm existência contínua. Não faz sentido dizer-se: este é o mesmo átomo que existia há alguns minutos.»

3. «A continuidade de um corpo é uma questão de aparência e de conduta, e não de substâncias.»

A alma, ou espírito, não é uma substância que permanece idêntica ao longo do tempo porque:

1. «A continuidade mental de uma pessoa é uma continuidade de hábito e memória: (...) o eu de ontem era constituído apenas de certas ocorrências mentais que são agora recordadas, sendo encaradas como parte de uma pessoa que agora, ela própria, recorda.

2. «Tudo o que constitui uma pessoa não passa de uma série de experiências ligadas pela memória e por certas semelhanças incluídas no que chamamos hábito.»

23.A tese que estes argumentos tentam defender é a seguinte: A acção humana é livre.Questões de escolha múltipla (pág. 11 do Caderno de Actividades)

1. B.2. B.3. C.4. D.5. C.

6. A.7. D.8. A.9. D.10. B.

11. D.12. D.13. C.14. A.15. A.

16. C.17. B.18. B.19. C.20. B.

Questões de verdadeiro/falso (pág. 14 do Caderno de Actividades)

1. V2. F

3. F4. F

5. F6. F

7. V8. F

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9. V10. V11. V

12. F13. F14. V

15. F16. V17. F

18. V19. F20. V

Palavras cruzadas (pág. 15 do Caderno de Actividades)

820 1 R 17L E 2 16 A R G U M E N T OÓ S T L BG P E 7 I JI A S 5 D G E

3 C O N C E I T O O I CA T E U O T

O 4 S Ó C R A T E S O 1815 R A A AP I S 9 BR C P SE 14 A U T O N O M I A TM 11 T RI C 10 F A L Á C I A

12 S I L O G I S M O G CS E O TA R 6 C O N C R E T OS 13 E S P O N T Â N E A

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19 I D E N T I D A D E

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