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Integração Física da América do Sul: avanços e desafios CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAI Mauro Marcondes Rodrigues Rio de Janeiro, 15 de março de 2012

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Integração Física da América do Sul: avanços e desafios

CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Mauro Marcondes Rodrigues

Rio de Janeiro, 15 de março de 2012

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IntroduçãoA Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA) nasceu no ano 2000 sob o signo da inovação

Construção de uma visão comum da infraestrutura, trabalhando sinergicamente com três setores – transportes, energia e comunicação;

Utilização do conceito de Eixo de Integração e Desenvolvimento (EID), que permitiu aos países sul-americanos planejar para além das suas fronteiras;

Utilização de ferramentas de planejamento para ordenar a Carteira de Projetos e, ao mesmo tempo, tratar de estabelecer marcos regulatórios para facilitar a integração;

Estabelecimento de uma arquitetura institucional flexível com o apoio dos bancos regionais: BID, CAF e Fonplata - maior agilidade e facilidade para a construção de consensos.

Com a criação da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL) e do seu Conselho de Ministros de Infraestrutura e Planejamento (COSIPLAN), os países incorporaram a IIRSA como fórum técnico do Conselho.

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Eixos de DesenvolvimentoBrasil

1996-99

2000-07

Eixos de Integração e Desenvolvimento América do Sul

2000-10Uma nova abordagem para o desenvolvimento territoral

Eixos de DesenvolvimentoBrasil

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A utilização do conceito de Eixos de Integração e Desenvolvimento no processo de planejamento da IIRSA foi a base para se identificar e ordenar a carteira de projetos de integração da América do Sul

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Carteira de Projetos Processo de planejamento da IIRSA – I Etapa

Eixos de Integração e Desenvolvimento

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Ponte da Amizade entre o Brasil e o Paraguai

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Carteira de Projetos IIRSA 2010

524

47

96.100

Grupos de Projetos

Projetos

Investimento estimado(US$ milhão)

Concluído10%

Execução33%

Pré-execução30%

Perfil26%

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- Ampliar o conhecimento dos territórios de cada grupo de projetos de IIRSA nas dimensões:

> logística;> de competitividade de

cadeias produtivas;> de sustentabilidade

socioambiental.

- Consolidar informações georreferenciadas

- Identificar ações complementares nas áreas econômica, socioambiental e institucional

Planejamento IIRSA - II EtapaDesenvolver e aplicar novas metodologias e ferramentas

Ampliar o alcance

estratégico da Carteira de Projetos IIRSA

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A AIC 2005-2010 foi constituída por um conjunto de 31 projetos de integração acordados pelos países a partir dos resultados do planejamento territorial da IIRSA

Agenda de Implementação Consensada (AIC 2005-2010)

A proposta de criação da AIC 2005-2010 objetivava:

(i) colocar a implementação como tema importante na agenda da IIRSA;

(ii) ampliar a visibilidade de projetos estratégicos ou prioritários para a integração física do subcontinente;

(iii) utilizar um novo paradigma de gestão de projetos para alcançar resultados mais rapidamente.

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Ponte sobre o rio Acre, que une o Brasil ao Peru, construída pelo Brasil e inaugurada pelos Presidentes dos dois países, em 2006

Primeiro projeto concluído da Agenda de Implementação Consensada

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SIGE - Sistema Especial de Monitoramento e Gestão por ResultadosMonitoramento e Informação

- Informação com qualidade e em tempo real;

- Monitoramento orientado para tomada de decisão;

- Comunicação.

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A AIC 2005-2010 se converteu em um marco simbólico e político de uma nova etapa da IIRSA, focada na implementação de projetos;

A AIC 2005-2010 ajudou a posicionar os projetos estratégicos em um outro patamar dando-lhes maior visibilidade e contribuindo para aumentar seu apoio político interno nos países envolvidos;

A gestão intensiva de projetos estratégicos e sua ferramenta de apoio, o SIGE, não cumpriram seus objetivos;

A identificação de um grupo de projetos estratégicos com alto impacto na integração regional segue vigente e tem sua relevância reafirmada como um elemento necessário para mobilizar as instâncias políticas objetivando o avanço do processo de integração.

AIC 2005-2010 – Lições aprendidas

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Na Secretaria da IIRSA (INTAL e webpage) existe um conjunto importante de estudos e diagnósticos sobre os temas normativos e de regulação

IIRSA somente avançou nos processos setoriais associados a projetos ou necessidades específicas:

Fundos de Preparação de Projetos de IIRSAPassagem de Fronteira – Integração Fronteiriça

Exportação Postal para PMEsRoaming Sul-americano

Processos Setoriais de Integração

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Difusão e participação

Ao longo dos seus dez anos de existência foi realizado um esforço para difundir a Iniciativa IIRSA e ampliar a participação da sociedade civil: Construção de uma página web com facilidade de acesso e bastante completa

em termos de informação e detalhes sobre as atividades da IIRSA (www.iirsa.org);

Estruturação de uma base de dados on-line sobre os projetos de integração disponível na página da IIRSA;

Realização de eventos nos 12 países sul-americanos para difundir a Iniciativa;

Entretanto, deve-se reconhecer que é preciso avançar muito para ampliar o conhecimento e a participação da sociedade civil no processo de integração da infraestrutura sul-americana.

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DesafiosProposta de nova agenda de projetos prioritários

  O capital institucional e técnico acumulado pelos países sul-americanos

após dez anos de trabalho conjunto na IIRSA permite que busquem coletivamente novos desafios para avançar ainda mais no processo de integração;

O estabelecimento de uma nova agenda de projetos prioritários poderá ser a oportunidade para um salto qualitativo em relação a AIC 2005-2010 e para forma como a Iniciativa IIRSA operou nos seus primeiros dez anos;

A ideia central é permitir ao processo de integração física da América do Sul mudar de paradigma: sair da dimensão de infraestrutura construída para a de integração eficiente dos países e das regiões;

INSUMO PRODUTO RESULTADOS

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O foco da nova agenda de projetos não deve ser mais o projeto isolado;

O conceito básico é realizar a conexão territorial entre os países e possibilitar sua operação eficiente: infraestrutura construída, regulações adequadas e operação otimizada;

Para cada conexão no território se realizará um diagnóstico em duas dimensões básicas:

(i) Situação dos projetos do Grupo de Projetos e da infraestrutura existente;

(ii) Identificação das ações necessárias nos campos regulatório, normativo e de estímulo da operação logística.

DesafiosProposta de nova agenda de projetos prioritários

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EIXO INTEROCEÂNICO CENTRAL

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EIXO INTEROCEÂNICO CENTRAL

BRASILBOLIVIACHILE

Rio de Janeiro

Corumbá

São PauloSantos

Puerto SuárezPisiga

ColchaneArica

Iquique

Cochabamba

Infraestructura existente

Proyecto IIRSA

Paso de Frontera

Paso de FronteraPisiga-Colchane

Rehabilitaciónde la Carretera

Iquique-Colchane

Santa Cruz

RehabilitaciónAntigua Carretera

StaCruz-CochabambaCarretera

Toledo - Pisiga

ConstrucciónCarretera Pailón-

San José-Puerto Suárez

Paso de FronteraPuerto Suárez-Corumbá

(lado boliviano)

MejoramientoDel Puerto de

Arica

Mejoramientodel Puerto de

Iquique

Circunvalación vial deCorumbá

Circunvalación vial de Campo Grande

Construcciónde las avenidas

perimetrales del Puerto de Santos y dragado

Campo Grande

Arco vial Rio de Janeiro y aceso vial al Puerto de

Itaguai

Corredor Viário Interoceânico Rio-Santos-Santa Cruz-Iquique-Arica

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“El objetivo de la Agenda es promover la conectividad de la región a partir de la construcción y operación eficiente de infraestructura para su integración física, atendiendo a criterios de desarrollo social y económico sustentable, preservando el ambiente y equilibrio de los ecosistemas (Estatuto del COSIPLAN, Artículo 4°)”.

Para cumprir com esse objetivo, a API deverá estar conformada não apenas pelos “proyectos estructurados”, com seus respectivos “proyectos individuales”, mas também por Programas Territoriais de Integração (PTI)

API = PEs + PTIs

O objetivo último da API é a prestação efetiva de serviços e o desenvolvimento sustentável do território

PE + PTI => RESULTADO

A identificação das ações complementares à implementação das infraestruturas nos projetos da API é a base de cada PTI

DIAGNÓSTICO => Elaboração PTI

UNASUL/COSIPLAN - 2011Agenda de Projetos Prioritários (API)

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A IIRSA foi uma experiência inovadora e exitosa com seu enfoque no território, com a utilização de novas ferramentas de planejamento e gestão e com um desenho institucional flexível e ágil;

A metodologia de planejamento utilizada na IIRSA foi fundamental para criar um ambiente de cooperação entre os técnicos governamentais e os bancos, com impactos positivos na construção do processo de integração;

A plataforma da IIRSA não foi suficiente para fazer avançar alguns temas, especialmente na área de regulação e normas para facilitar a operação das infraestruturas de integração;

A UNASUL terá o desafio de levar adiante o capital institucional e técnico da Iniciativa IIRSA e, ao mesmo tempo, dar um novo impulso político à integração do subcontinente.

Conclusões

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Integração Física da América do Sul: avanços e desafios

CENTRO BRASILEIRO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Mauro Marcondes Rodrigues

Rio de Janeiro, 15 de março de 2012