Inteligência Comercial · Art Fry, da 3M. O defeito de um novo adesivo estimulou a...

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Inteligência Comercial

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Inteligência Comercial

Apresentação do Professor

Professora: Ariane Canestraro

Pós-graduada em Comércio Exterior, grande experiência com o

mercado internacional, através de atividades desenvolvidas como

Importação, Exportação, Prospecção de Mercado / Trader,

Agenciamento de Cargas, Supply Chain, Logística Internacional,

Câmbio. Participação em Feiras Internacionais e visitas a clientes e

fornecedores a mais de 20 países. Trabalhou em Empresas como

Renault do Brasil, Grupo Tecumseh, American Glass, DW Logistics,

Riffel Motopeças, Citibank, Banco Itaú, ocupando posições de liderança

e gestão. Consultora de Comércio Exterior, coordenadora e instrutora

de Cursos de Comércio Exterior.

O Contexto da Inteligência Comercial

Tópicos a serem abordados:

Contexto Socioeconômico e o Acirramento da Concorrência.

Dados Históricos.

O Ganho da Importância da Inteligência Comercial.

Uso da Inteligência Comercial.

Passos Básicos para uma Área de Inteligência Comercial.

Ciclos do Processo da Inteligência Competitiva.

Não há como falarmos do acirramento da competição sem entender o

que ocorreu no século XX, principalmente com o avanço da tecnologia,

da informação, da indústria, do conhecimento e das políticas

socioeconômicas que favoreceram a escalada de consumo e da

competição no mundo (CARDOSO JUNIOR, 2003; MEIRELES, 2009).

Contexto Socioeconômico e o Acirramento da Concorrência

Dados Históricos

A pílula: 1961, nos Estados Unidos. Por Carl Djerassi

e Frank Colton. No Reino Unido ¼ das mulheres entre

16 a 49 anos toma a pílula.

A fralda descartável: 1961, no Reino Unido. Um

engenheiro químico se apropriou de um projeto não

patenteado. Por Vic Mills. 8 milhões de fraldas todos

os dias só em UK.

Lentes de contato: 1961, Praga – Rep Tcheca. Por

Otto Wichterle. 125 milhões de pessoas usam lentes

de contato no mundo.

Televisão por satélite: 1962, nos EUA e na Europa.

Pela Nasa e por consórcios privados. A Sky está em

36% das casas britânicas, o maior provedor na

Europa.

Intercâmbio eletrônico de dados: em 1960, nos

Estados Unidos. Por Edward A. Guilbert. Substituiu as

cartas de negócios em papel por documentos

eletrônicos.

Sacola plástica: 1965, na Suécia. A ideia foi

patenteada em 1965 pela empresa sueca Celloplast.

Por Sten Gustaf Thulin. 1milhão de sacolas plásticas

são usadas por minuto hoje.

A internet: 1969, nos Estados Unidos. A necessidade

do Pentágono de comunicação entre computadores

inspirou a Arpanet do Depto. de Defesa dos Estados

Unidos.

O Email: 1971, nos Estados Unidos. Por Ray

Tomlinson. A Rainha Elizabeth II foi a primeira chefe

de Estado a enviar uma mensagem por email.

A produção JIT: 1973, no Japão. Por Taiichi Ohno.

Quando a Toyota implementou o JIT em sua fábrica em

Nagoya, seu tempo de resposta caiu e chegou a um

único dia.

O Computador Pessoal: 1980, nos Estados Unidos. Don

Estridge, da IBM, sua equipe e o Sr. Bill Gates.

O Post-it: em 1980, Estados Unidos. Por Spencer Silver e

Art Fry, da 3M. O defeito de um novo adesivo estimulou a

experimentação, que levou à invenção. 1999 vendas de

mais de 1bi de dólares.

Serviço de entrega internacional em 24horas: 1991, Bélgica, na

Univ. de Ghent. Como: a demanda por serviços de correio. Por

Mark Kent, prof. e liderado pela FedEx Corpo. Mais de 15,5 mi

de pacotes a cada dia pela UPS.

O Smartphone: 1992, nos Estados Unidos. Por diversas

empresas, mas principalmente IBM, Apple e a Blackberry.

Especialistas preveram que seriam vendidos 300 milhões de

Smartphones no mundo em 2013.

O Google: 1993, nos Estados Unidos. Ajudar as pessoas a

encontrarem o que elas queriam. Por estudantes de Ph.D. e

cientistas de computação, em especial David Filo, Jerry Yang,

Larry Page e Sergey Brin. 1 bi de pedidos de consulta/dia.

Com o advento de novas soluções para problemas que a sociedade

enfrentava, podemos assumir que houve uma mudança da Era Industrial

para a Era do Conhecimento. Entretanto, mesmo com os produtos

intangíveis como o software, ativos culturais, patentes, royalties, serviços

de consultoria, atendimento ao cliente e etc., a economia mundial

precisa investir na indústria.

(CARDOSO JUNIOR, 2003).

Segundo (TARAPANOFF, 2001), na “sociedade pós-industrial” a

hegemonia econômica e social e exercida não mais pelos proprietários

dos meios de produção, e sim por aqueles que administram o

conhecimento e podem planejar a inovação.

Neste sentido, o poder de um sociedade, de um Estado não está

somente na detenção dos meios de produção, mas na geração do

conhecimento e na gestão do conhecimento. Esse fator pode trazer

muitas mudanças sociais.

Daí vem a importância da inteligência comercial no mundo.

O Ganho de Importância da Inteligência Comercial

De acordo com Jorge Mattoso (1995) e Pochmann (1997), a partir do

surgimento da terceira revolução industrial e da reestruturação do

capitalismo mundial que se processou nas últimas décadas, não só

houve um rompimento do paradigma industrial e tecnológico anterior,

como também se efetivou o questionamento do compromisso social

existente entre as diversas instituições, definidas quando da constituição

e expansão do padrão de industrialização, iniciado após a Segunda

Guerra Mundial.

Pós-guerra

1946 - 1970

Décadas

de ouro do

capitalismo

mundial

Maiores taxas

de crescimento

econômico

Terceira

revolução

industrial

União da ciência

com a produção.

Exemplo: Robótica,

Telecomunicações e

Computadores

Reestruturação

do capitalismo

Iniciou o questionamento

dos compromissos

sociais das instituições

(sindicatos)

Restruturação da Produção Estatal e Privada

• Transformações no processo produtivo

• Formas de acumulação flexível

• Downsizing

• Formas de gestão organizacional

• Avanço tecnológico

• Modelos alternativos ao binômio taylorismo / Fordismo

• Toyotismo ou modelo japonês

As ondas da internacionalização

O cenario proveniente da crescente integracao econômica, permitiu a

formacao de ondas de empresas multinacionais na ultima metade do

seculo XX em que Afonso Fleury (2007), departamento de engenharia de

producao, observa tres ondas de internacionalizacao de empresas

(VALOR, 2010, p. 8):

1a. - protagonizada pelas norte-americanas seguidas das europeias nas

decadas de 1950/1960.

2a. - formada por empresas japonesas seguidas das coreanas nas

decadas de 1980/1990.

3a. - e atual - e caracterizada por firmas com origem nos paises

emergentes, sobretudo India, China, Brasil e Russia.

Inteligência Comercial

Um dos novos avancos em gestao que melhor se aplica a atividade de

organizacoes com enfoque sistemico (associacoes de classe, arranjos

produtivos e organizacoes econômicas, de tecnologia e de comercio

exterior) e a aplicacao de metodologias de intelige ncia, focada em

competicao de mercado, a Inteligencia Competitiva, ou Inteligência

Comercial.

De acordo com Patricia Canarim (2012), em plena Era da Informação

ouvimos muito falar em Informação como ferramenta de estratégia para as

empresas, e pouco sabemos o que é Inteligência Competitiva. A

Inteligência Competitiva (IC), tem por objetivo a produção de informação

para a tomada de decisões.

Resumidamente, trata-se de um conjunto de ações estratégicas para

alavancar os resultados de uma companhia. Tais ações se baseiam na

coleta e análise de informações quantitativas e qualitativas da organização.

Esses resultados podem vir de diversas formas. Maior participação no

mercado, aumento da carteira de clientes, desenvolvimento de novas

oportunidades, parceiros ou canais.

A IC é exercida desde 1950 tanto no Japão como na Europa e teve sua

origem na atividade de inteligência militar e de Estado, mas foi rapidamente

adaptada às necessidades das organizações.

No Brasil, a IC inicia-se nos anos 90 liderada por profissionais da

informação do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), um órgão público

federal, pertencente ao Ministério da Ciência e Tecnologia, mas na última

década tem recebido relevância nas empresas brasileiras de grande porte.

Inteligência Competitiva é a atividade de coletar, analisar e aplicar, legal e

eticamente, informações relativas às capacidades, vulnerabilidades e

intenções dos concorrentes, ao mesmo tempo monitorando o ambiente

competitivo em geral.

A definição de Zanasi (1998, p. 45) para sistema organizacional

inteligente, traz a essência da Inteligência Competitiva (IC) ao descrever

esse sistema como elemento essencial para que as empresas possam:

• coletar informações do ambiente externo para entender as forças e

fraquezas dos competidores.

• avaliar sua própria competitividade.

• prever as intenções dos competidores e as expectativas dos clientes.

• prever ações governamentais.

Uso da Inteligência Comercial

1. Inteligência Comercial não é somente análise da concorrência ou

mercado.

Ela é utilizada para além do monitoramento de mercado e concorrência,

para previsão de potencial de consumo, previsão de perda de clientes,

previsão de risco de crédito e muitas outras coisas.

Na prospecção, a Inteligência Comercial é determinante para que a empresa

foque nos clientes potenciais e que mais se alinham com o Perfil de Cliente

Ideal (ICP), pois os custos que incidem na busca desses clientes devem ser

os menores possíveis para que a operação comercial tenha rentabilidade.

2. Inteligência Comercial deve ser a fase inicial de qualquer processo de

prospecção

Ela é uma fase de construção de informações sobre os leads (registro de

cadastro de pessoas e empresas interessadas em um determinado produto

ou serviço), que tem potencial para aquisição da sua oferta e é feita através

do enriquecimento de dados sobre esses leads.

Com a facilidade que a internet proporciona, torna a assertividade muito

maior, o que por sua vez diminui custos com perda de tempo com leads que

não tem potencial de compra e aumenta consideravelmente a rapidez nas

negociações, uma vez que sua oferta está mais alinhada com as prováveis

necessidades dos seus leads.

3. Inteligência Comercial é requisito essencial para o sucesso do cliente

Hoje mais do que nunca, sabe-se que a razão principal para existência de

uma empresa é a resolução de problema(s) de uma parcela de

consumidores de mercado. Indo além, as empresas já devem ter o

entendimento que sua missão está ligada à satisfação das necessidades

dos seus clientes e isso está relacionado com o cliente, pois isso também

define o quanto esse cliente permanecerá na carteira de clientes satisfeitos,

o que representará clientes mais suscetíveis à novas ofertas.

Usando a Inteligência Comercial, pode-se afirmar que a empresa tenderá a

entregar mais sucesso ao cliente, à medida em que estará mais alinhada

com suas expectativas e necessidades.

Fonte: administradores.com.br/

Passos Básicos para uma Área de Inteligência Comercial

a) O primeiro passo para a Inteligência Comercial é a análise de dados

relacionados aos clientes. Se a empresa já utiliza um CRM, com certeza

consegue diversas informações.

Através desses dados, procure responder duas perguntas:

1. Para quem você vende?

2. Sua equipe está pronta para lidar com esse público?

Saber qual o perfil do seu público é bem importante para saber quais

estratégias utilizar para atingi-lo.

Além disso, é possível fazer uma análise sobre a atual situação da clientela,

por exemplo, se há muitos clientes inativos, quais clientes poderiam se

interessar por novos produtos, dentre muitas outras possibilidades de

análise.

b) O segundo passo consiste em uma análise similar, mas, da concorrência.

Busque conhecer as estratégias, preços, descontos e posicionamentos dos

seus concorrentes. Com isso, você pode fazer um planejamento que

procure atrair mais que o seu concorrente.

Planejar é fundamental para a Inteligência Comercial.

A análise dos concorrentes serve de base para você corrigir problemas

estruturais na sua empresa, falhas no produto, erros no processo de

vendas, entre diversos pontos que afetam seus resultados.

c) O terceiro, e mais importante passo, é conhecer seu produto. É

importante ter em mente que você vende uma experiência imperdível para

o cliente, e não um produto qualquer.

Não é possível exaltar todos os pontos fortes de algo que não se conhece

a fundo. Por isso, tenha certeza que seu time de vendas conhece o

produto, pois uma boa base de conhecimento ajuda ter as respostas

certas para cada tipo de consumidor.

Sabendo o que o seu cliente quer, o que você vende e o que os

concorrentes estão oferecendo, é possível destacar os pontos fortes da

sua empresa para o cliente, comparado ao que o mercado pode oferecer.

Fazer esses questionamentos e análises podem deixar sua empresa muito

mais preparada para competir com a concorrência e, consequentemente,

melhorar os resultados das vendas.

Por isso é necessário estudar, pesquisar, definir estratégias para resolver

pontos fracos e pedir ajuda se necessário.

O uso de indicadores nesse processo é fundamental.

Os indicadores são funções estratégicas e geram impactos diretos nos

resultados se bem utilizados.

Fonte: EOS Organização e Sistemas.

Ciclos do Processo da Inteligência Competitiva

1. O planejamento é a etapa de estudo preliminar do problema na qual são

estabelecidos os procedimentos necessários.

2. A coleta é o processo de obtenção de dados que serão transformados em

informação.

3. A análise é a etapa em que a inteligência é gerada.

4. A disseminação é a última fase do ciclo: consiste na remessa de

inteligência formalizada, apresentada de forma lógica e de fácil absorção

para que o usuário aplique essas informações dentro do seu contexto de

aplicação.

Fonte: administradores.com.br/

As metodologias de inteligencia, revisadas dentro de padroes empresariais

desenvolvidos durante os ultimos 20 anos, se adaptam bem as

necessidades de tomada de decisao das organizacoes, e trazem duas

caracteristicas importantes:

• preencher com eficiencia o “vazio analitico” dos tomadores de decisao,

capacitando-os a empreender iniciativas e captar oportunidades antes dos

competidores;

• valorizar a inteligencia interna e a capacidade analitica do staff executivo

(board da organizacao), evitando a dependencia exagerada de consultorias

para o desenvolvimento de projetos estrategicos (CARDOSO JUNIOR,

2006).

O sucesso do trabalho de Inteligencia Competitiva costuma estar

condicionado ao atendimento de alguns fatores criticos, tais como:

• o apoio da direção.

• boa integração da função Inteligência ao sistema de administração

estratégica.

• a alocação de colaboradores com características adequadas ao trabalho

de inteligência, bem como o seu treinamento especializado.

• uma estruturacao “customizada” da funcao inteligencia na organizacao, de

forma a atender as demandas segundo a “cultura da casa”.

• o controle rigoroso sobre as atividades de coleta de informacoes.

• a criação e o gerenciamento de redes de colaboradores externos.

• uma interatividade digital eficaz para os integrantes do Sistema de

Inteligencia.

• uma boa visibilidade interna, evitando que as pessoas vejam a unidade

como uma “caixa-preta”, onde elas nao sabem bem o que se faz ali

dentro e se as suas atividades sao realmente licitas e eticas.

(CARDOSO JUNIOR, 2006)

Resumo Final

Nesta fase, estudamos o contexto socioeconômico e o acirramento da

concorrência, os dados históricos, o ganho da importância da Inteligência

Comercial, o uso da Inteligência Comercial, os passos básicos para uma

área de Inteligência Comercial e os ciclos do processo da Inteligência

Competitiva.

Usando a Inteligência Comercial, pode-se afirmar que a empresa tenderá

a entregar mais sucesso ao cliente, à medida em que estará mais alinhada

com suas expectativas e necessidades.

Base de Dados

Tópicos a serem abordados:

Dado, informação, conhecimento e inteligência.

Base de Dados - Variáveis quantitativas e qualitativas:

• World Trade Map

• Alice Web

• Alice Web Mercosul

• Invest & Export Brasil

Agentes de Promoção Comercial.

Dado, informação, conhecimento e inteligência

O termo dado pode ser definido como registros singulares que, se não

forem considerados em conjunto com outros dados ou informações, não

são úteis para a tomada de decisão. ( Fuld, 1995; Miranda, 1999; Gomes e

Braga 2001; Rangel 2006; Silva, 2007; Cardoso Júnior, 2007.)

A informação pode ser entendida como dados organizados e processados,

que apresentam significado, mudam o ponto de vista de quem recebe e

representam um ponto de partida de um processo de tomada de decisão.

(Fuld, 1995; Miranda, 1999; Setzer, 1999; Marco, 1999; Valentim, 2002;

Silva, 2007; Cardoso Júnior, 2007).

Já o conhecimento pode ser conceituado como a avaliação de informações

realizada a partir de integrações embasadas por experiências, valores ou

compreensão anteriores, que é assimilada pelos indivíduos (Setzer, 1999;

Rangel, 2006; Silva, 2007, Cardoso Júnior, 2007).

E por fim, a inteligência pode ser considerada como a utilização da

informação com o valor agregado do conhecimento, gerando oportunidades

(Fuld, 1995; Gomes e Braga, 2001; Tarapanoff, 2004; Rangel, 2006; Silva,

2007; Cardoso Júnior, 2007, Capuano, 2009).

Por serem inter relacionados, os autores sugerem uma hierarquia para os

termos de fundamento, de forma que o termo dado é apresentado como a

base da pirâmide, seguido pelo termo informação, conhecimento e tendo a

inteligência no topo da hierarquia (Miranda, 1999). (VEIGA E ZOTES, 2012)

Inteligência

Conhecimento

Informação

Dado

(VEIGA E ZOTES, 2012)

World Trade Map

https://www.trademap.org/Index.aspx

Base de Dados - Variáveis quantitativas e qualitativas

Tamanho de mercado:

valor, quantidade e o

market share

Tendência do mercado

de cada importador

(dinamismo do

mercado)

Performance dos

importadores no

mercado mundial

Imposto de

importação –

II aplicado

Como analisar o mercado

Estrutura do mercado

O Trade Map fornece, na forma de tabelas, gráficos e mapas, indicadores

de performance de exportação, demandas internacionais, mercados

alternativos e mercados competitivos, bem como, diretório de empresas

importadoras e exportadoras.

O Trade Map abrange 220 países e territórios e 5300 produtos do Sistema

Harmonizado. Os fluxos comerciais mensais, trimestrais e anuais são

disponibilizados do maior nível acumulado ao nível de linha tarifária.

http://www.investmentmap.org/Index.aspx

AliceWeb

http://www.aliceweb.desenvolvimento.gov.br/

• Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, denominado

AliceWeb, da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi desenvolvido visando

modernizar as formas de acesso e a sistemática de disseminação das

estatísticas brasileiras de exportações e importações.

• O Alice Web é atualizado com os dados do mais recente mês encerrado

entre 3-10 dias após o final do mês, e tem como base das informações o

Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX).

• O acesso ao AliceWeb é gratuito, bastando realizar o cadastro e fazer as

consultas desejadas.

Principais conceitos e variáveis estatísticas:

Exportação - Corresponde às mercadorias enviados ao exterior.

Importação - Corresponde à entrada de mercadorias originárias do exterior.

Saldo comercial - É o resultado das exportações menos as importações.

Se o saldo é positivo, chama-se de superavit; se negativo, chama-se de

deficit.

Corrente de comércio - É o resultado da soma das exportações com as

importações e representa o total de comércio transacionado por um país

com o exterior.

Mercadoria - Todo produto objeto de uma exportação ou importação, à

exceção das operações listadas na alínea 'b' do item 'Operações

computadas na Balnaça Comercial', é classificado através de um código.

A partir de 1997, o Brasil passou a utilizar, para efeito de classificação de

mercadorias, a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), utilizada

igualmente pelos demais países partícipes (Argentina, Paraguai e Uruguai).

Este critério de classificação é baseado no Sistema Harmonizado de

Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), metodologia adotada

pela quase totalidade dos países.

Fator Agregado:

O conceito de exportações por fator agregado envolve o agrupamento dos

produtos em três grandes classes, levando-se em conta a maior ou menor

quantidade de transformação (agregação de valor) que a mercadoria sofreu

durante o seu processo produtivo, até a venda final.

1. Produtos básicos: produtos de baixo valor, normalmente intensivo em

mão-de-obra, cuja cadeia produtiva é simples e que sofrem poucas

transformações. Por exemplo, minério de ferro, grãos, agricultura, etc.

2. Produtos industrializados: Dividem-se em semimanufaturados e

manufaturados, uma vez mais considerando o grau de transformação.

2.1 semimanufaturados: produto que passou por alguma transformação. Ex:

suco de laranja congelado; couro.

2.2 manufaturado: produto normalmente de maior tecnologia, com alto valor

agregado, Ex: televisor, chip de computador, automóvel, CD com programa

de computador, etc.

Variáveis de Consulta:

As informações do ALICEWeb são disponibilizadas, em base mensal e

acumulada, a partir de janeiro de 1989 até o último mês divulgado. São

expressas em dólares dos Estados Unidos, na condição de venda FOB

(Free on Board), quilograma líquido e quantidade.

As seguintes variáveis estão disponíveis para consulta, tanto para a

exportação quanto para a importação:

• Mercadoria

• País

• Bloco econômico

• Estado

• Município

• Porto

• Meio de transporte (via)

Alice Web Mercosul

http://alicewebmercosul.mdic.gov.br//menu/index/item/aliceWebMercosul

Módulos de Consulta:

O AliceWeb Mercosul contém sete módulos de Consulta:

a) Argentina: base de dados argentina de exportações e importações.

b) Brasil: base de dados brasileira de exportações e importações.

c) Paraguai: base de dados paraguaia de exportações e importações.

d) Uruguai: base de dados uruguaia de exportações e importações.

e) Extra-Mercosul: base de dados do Mercosul (agrupado) de exportações

e importações.

f) Intra-Mercosul: base de dados de exportações e importações entre os

países membros do Mercosul.

g) Mercosul Total: base de dados de exportações e importações

totalizando o Extra-Mercosul e Intra-Mercosul.

O Guia de Comércio Exterior e Investimento – Invest & Export

Brasil pretende ser uma ação governamental eficiente e coordenada de

divulgação das oportunidades de negócios e investimentos no Brasil e no

exterior, diante do aumento da importância da promoção comercial e da

atração de investimentos para o dinamismo da economia nacional.

De caráter essencialmente informativo, o website resulta do esforço

conjunto entre os Ministérios das Relações Exteriores (MRE); do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); e da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (Mapa), iniciado em 2012.

A nova plataforma reúne acervo consolidado de informações sobre

oportunidades de negócio e de investimentos, bem como apresenta, de

modo organizado e temático, os principais produtos e serviços

disponibilizados pelos órgãos brasileiros dedicados ao tema. Além disso,

o Guia de Comércio Exterior e Investimento segue a tendência internacional

de compartilhamento de produtos e serviços entre diversos órgãos em um

único ambiente eletrônico com layout padronizado.

Dessa forma, a nova interface pretende trazer maior satisfação ao usuário

do website, no sentido de otimizar o acesso a informações, sanar dúvidas e

oferecer serviços que facilitem atividades de exportação, importação e

investimento.

Em resumo:

• Ferramenta de apoio às empresas brasileiras que buscam se lançar no

mercado externo.

• Oferece inúmeras oportunidades comerciais, com destaque para o maior

banco de dados de empresas estrangeiras importadoras disponível no Brasil

e demandas de importação de produtos brasileiros.

• Oportunidades de investimento e de transferência de tecnologia.

• Facilita o contato entre importador e exportador, que se cadastram

gratuitamente no portal, e capacita o empresariado, que tem à sua

disposição extensa lista de estudos e de publicações especializados em

comércio exterior, incluindo pesquisas de mercado, indicadores econômicos

e informações sobre feiras no País e no exterior.

Vitrine do Exportador

Index of economic freedom

https://www.heritage.org/index/

http://www.wto.org/index.htm

World Trade Organization

The World Customs

Organization/Strategic Plan

http://www.wcoomd.org/

Agentes de Promoção Comercial

Através dos Agentes de Promoção se pode conhecer:

• Panorama Macroeconômico.

• Panorama Microeconômico.

• Canais de Venda.

• Meios de Entrada.

• Canais de Entrada.

• Competidores Locais.

• Prática de Preço do Produto.

• Estatísticas de Importação.

• Estatísticas de Exportação.

• Barreiras Tarifárias.

• Barreiras Não Tarifárias.

• Potenciais Compradores

Fornecedores (Informações Completas

de Contato).

Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais para as

Exportações Brasileiras

O Mapa Estratégico de Mercados e Oportunidades Comerciais para as

exportações brasileiras se destina a apoiar as empresas brasileiras na

diversificação de destinos e de produtos exportados.

Para a elaboração do mapa foi utilizada metodologia desenvolvida pela

Gerência de Estratégia de Mercado da Agência Brasileira de Promoção das

Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), aliada às prioridades apontadas

por parte do setor privado brasileiro.

http://geo.apexbrasil.com.br/Oportunidades_Comerciais.html

Destacam-se países considerados estratégicos para a atuação comercial

brasileira que foram destino de aproximadamente 80% das exportações

brasileiras para o mundo. Posteriormente identificam-se setores e formas de

atuação em cada um desses mercados.

http://geo.apexbrasil.com.br/Oportunidades_Comerciais.html

Oportunidades de exportação a diversos países

APEX Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos -

atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair

investimentos estrangeiros para setores estratégicos da economia

brasileira.

http://www.apexbrasil.com.br

SBN Quadra 02, Lote 11 - Ed. ApexBrasil

70.040-020 - Brasília/DF

Telefone: (61) 3426-0202

https://www.globaltrade.net/

Outras fontes de informações:

SECOMs – Setores de Promoção Comercial

Localizados em 104 Embaixadas e Consulados ao redor do mundo,

fornecem assistência a empresas estrangeiras que desejam investir no

Brasil ou importar produtos e serviços brasileiros.

Os SECOMs também reúnem e divulgam para o empresariado nacional,

informações sobre negócios e oportunidades de investimentos em sua

região de atuação.

Agentes Privados da Promoção Comercial

Sindicatos

www.fiesp.com.br/sindicatos/

Associações de Classe

ABAI - Associação para Educação em Administração Empresarial

ABAL - Associação Brasileira do Alumínio

ABC - Associação Brasileira de Cerâmica

ABCE - Associação Brasileira de Consultores de Engenharia

ABCP - Associação Brasileira de Cimento Portland

ABDIB - Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base

ABEQ - Associação Brasileira de Engenharia Química

ABESC - Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Concretagem

ABIA - Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação

ABIARB - Associação Brasileira da Indústria de Artefato de Borracha

ABIC - Associação Brasileira da Industria de Torrefação e Moagem de Café

Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados

ABIEC - Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes

ABIFA – Associação Brasileira de Fundição

Confederações

www.cni.org.br

Federações

www.fiesp.com.br/

www.portaldaindustria.com.br/federacoes/home/

Resumo Final

Nesta fase vimos as bases de dados, que nos fornecem variáveis

quantitativas e qualitativas de mercado, como os facilitadores World Trade

Map, Alice Web, Alice Web Mercosul e Invest & Export Brasil.

Aprendemos também que os Agentes de Promoção Comercial são

importantes entidades para auxiliar no desenvolvimento do nosso negócio

internacional.

Mecanismos que Favorecem a Inteligência

Competitiva

Tópicos a serem abordados:

Acordos Comerciais.

SGP e SGPC.

Inteligência Comercial e a Importância da Cultura.

Entendendo as Diferenças Culturais com Foco para a

Inteligência Comercial.

Nas negociações dos Acordos Comerciais, os países buscam ampliar

o acesso aos mercados externos, sobretudo no que diz respeito à

elevação das margens de preferência para seus produtos, ou seja, por

meio da redução das alíquotas do imposto de importação praticado.

Cada negociação envolve procedimentos específicos que irão

depender do teor do acordo e/ou das normas e diretrizes adotadas por

cada país ou bloco de países.

Os Acordos Comerciais favorecem a inteligência competitiva, uma vez

que o produto pode ficar mais competitivo se for negociado dentro de

um Acordo.

Acordos Comerciais

Acordos dos quais o Brasil faz parte:

Sistema Geral de Preferências (SGP)

Sistema Geral de Preferências Comerciais entre Países em

Desenvolvimento (SGPC)

Preferência Tarifária Regional entre países da ALADI (PTR-04)

Acordo de Sementes entre países da ALADI (AG-02)

Acordo de Bens Culturais entre países da ALADI (AR-07)

Brasil - Uruguai (ACE-02)

Brasil - Argentina (ACE-14)

Mercosul (ACE-18)

Mercosul - Chile (ACE-35)

Acordos dos quais o Brasil faz parte:

Mercosul - Bolívia (ACE-36)

Brasil - México (ACE-53)

Mercosul - México (ACE-54)

Automotivo Mercosul - México (ACE-55)

Mercosul - Peru (ACE-58)

Mercosul - Colômbia, Equador e Venezuela (ACE-59)

Brasil - Guiana (ACE-38)

Brasil - Suriname (ACE-41)

Mercosul - Cuba (ACE-62)

Mercosul/ Índia

Mercosul/ Israel

Mercosul/ SACU (União Aduaneira formada pela África do Sul,

Namíbia, Botsuana, Lesoto e Suazilândia)

O SGP foi assim idealizado para que mercadorias de países em

desenvolvimento pudessem ter um acesso privilegiado aos mercados dos

países desenvolvidos, em bases não recíprocas, superando-se, dessa forma,

o problema da deterioração dos termos de troca e facilitando o avanço dos

países beneficiados nas etapas no processo de desenvolvimento.

Por meio do SGP, certos produtos, originários e procedentes de países

beneficiários em desenvolvimento (PD) e de menor desenvolvimento (PMD),

recebem tratamento tarifário preferencial (redução da tarifa alfandegária) nos

mercados dos países outorgantes desse programa: União Europeia (27

Estados Membros), Estados Unidos (inclusive Porto Rico), União Aduaneira

da Eurásia (Cazaquistão, Rússia e Belarus), Suíça, Japão, Turquia, Canadá,

Noruega, Nova Zelândia, e Austrália.

Sistema Geral de Preferências

Países que outorgam o SGP ao Brasil:

• Austrália

• Comunidade Econômica da Eurásia

• Estados Unidos

• Japão

• Noruega

• Nova Zelândia

• Suíça

Cabe destacar que cada outorgante do SGP indica quais produtos são

elegíveis ao tratamento tarifário preferencial de acordo com a classificação

tarifária na sua própria nomenclatura, que difere de outorgante para

outorgante, mas que, em geral, são baseados no Sistema Harmonizado

(SH).

Legislação:

Portaria nº 43, de 22/11/2012 sobre novos procedimentos relativos à

emissão do Certificado de Origem Formulário A no âmbito do Sistema

Geral de Preferências

Portaria SECEX nº 23/2011, Seção XX. Sistema Geral de Preferência

(Arts. 233 - 235), compilada

O Certificado de Origem Form A, é o documento por meio do qual o

governo do país exportador beneficiário do SGP atesta que os produtos

nele relacionados foram produzidos em consonância com as regras

especificadas pelo outorgante no âmbito do Sistema.

É emitido como prova documental de origem exclusivamente para a

solicitação das preferências tarifárias do SGP, mediante pedido por escrito

do exportador ou de seu representante autorizado. Os Estados Unidos, o

Canadá e a Nova Zelândia são os únicos outorgantes que dispensam a

apresentação do Form A.

O DEINT é a autoridade governamental competente pela administração do

SGP no Brasil. A competência para a emissão, com a devida chancela

governamental exigida pelos outorgantes, foi delegada ao Banco do Brasil,

conforme a Circular SECEX n° 5/2002.

Em 13 de abril de 1988, vários países em desenvolvimento, membros do

chamado Grupo dos 77, incluindo o Brasil, assinaram, em Belgrado,

Iugoslávia, um acordo constituindo o Sistema Global de Preferências

Comerciais entre Países em Desenvolvimento (SGPC), no âmbito da

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento

(UNCTAD).

Este acordo passou a vigorar em 19 de abril de 1989, tendo sido assinado

em definitivo por 40 países. Atualmente conta com 43 países participantes

outorgantes.

Sistema Global de Preferências Comerciais

Por meio do intercâmbio de concessões comerciais entre seus membros, o

SGPC objetiva promover e ampliar os laços comerciais entre os países em

desenvolvimento da África, Ásia e América Latina, não somente em

benefício próprio, mas também em benefício do comércio global.

Através do comércio exterior, os participantes do SGPC aspiram

incrementar sua participação na economia global, identificando

complementaridades entre as suas economias, de modo a abrir o enorme

potencial para a cooperação comercial existente. No Brasil, o Acordo entrou

em vigor em maio de 1991.

O Acordo sobre o Sistema Global de Preferências Comerciais entre os

Países em Desenvolvimento (SGPC) tem, por princípio, a concessão de

vantagens mútuas de modo a trazer benefícios a todos os seus

participantes, considerados seus níveis de desenvolvimento econômico e

industrial, os padrões de seu comércio exterior, suas políticas e seus

sistemas comerciais.

As concessões outorgadas ao Brasil pelos países participantes do SGPC

constam do Anexo IV do Acordo promulgado pelo Decreto n° 194, de 21 de

agosto de 1991.

Para fazerem jus ao tratamento preferencial do SGPC, os produtos

beneficiários devem ser acompanhados do Certificado de Origem - SGPC.

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Os instrumentos legais referentes ao SGPC são:

Decreto Legislativo n° 5.106, de 15.06.04 - publica lista de concessões

tarifárias do Mercosul no âmbito do SGPC

Decreto Legislativo n° 98, de 25.03.91 – aprova o texto do SGPC

Decreto nº 194, de 21.08.91 - promulga o SGPC

Circular DECEX nº 363, de 01.10.91 - divulga a Lista de Concessões

Tarifárias outorgadas pelo Brasil, transposta para a Nomenclatura Brasileira

de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH)

Circular SECEX nº 48, de 20.08.96 - torna pública a Lista de Concessões

Tarifárias outorgadas pelo Brasil, transposta para a NCM.

Inteligência Comercial e a Importância da Cultura

Quando as negociações internacionais são analisadas em um contexto

globalizado como o atual, as diferenças culturais têm papel fundamental,

pois podem revelar tendências comuns e conflitantes entre os negociadores

de diferentes países (MARTINELLI; VENTURA; MACHADO, 2008).

Para Mainardes, Amal e Domingues (2010), à medida que as empresas

investem na internacionalização, a diversidade cultural passa a ser um

desafio gerencial e ponto crítico para o sucesso dos negócios, muito mais do

que acordos multilaterais, pois as sociedades diferenciam-se no modo como

lidam com o tempo, informação, como se comunicam e como lidam com os

conflitos.

Conceição e Costa (2011) afirmam que a cultura é considerada um fator de

diferenciação estratégica, pois o estudo aprofundado com o objetivo de

conhecer as peculiaridades do país com o qual se está negociando, pode

ser um elemento de vantagem competitiva das organizações.

Não somente o país vendedor deve preocupar-se em entender a cultura do

país comprador, mas este último também deve empenhar-se em conhecer

os valores e o cenário político-econômico do país parceiro, para que a

negociação seja mais rica e produtiva.

A cultura tem suas origens no desenvolvimento histórico de uma sociedade

e é um conjunto de experiência e aprendizado, passado de geração para

geração. Por isso, entender os costumes e tradições de um povo é muito

importante, pois ajuda a construir uma relação sólida e de longo prazo entre

as partes envolvidas.

Brett (2007) complementa que a cultura é formada por elementos

psicológicos, normas e valores, que são compartilhados pelos membros de

um grupo social. Sendo assim, quando duas partes negociam, carregam

consigo sua cultura, interesses, prioridades e estratégias de negociação.

Para ela, a comunicação na cultura é um dos fatores que mais influenciam

na negociação internacional, pois o contexto cultural de um indivíduo

normalmente é manifestado na comunicação utilizada em uma mesa de

negociação.

Palavras, tradições, crenças, têm significados diferentes para cada povo e

muitas vezes, a mesma nação pode ter várias regiões com diferenças

culturais bem eminentes.

Pode-se dizer que organização social, linguagem, protocolos, etiqueta,

atitudes, leis, valores, espaço, tempo, status, folclore, religião, idioma e

superstições são alguns dos aspectos que podem variar nas negociações

internacionais (MINERVINI, 2012).

Neste sentido considera-se que as características dos negociadores podem

ser culturalmente moldadas, pois existem interações entre as características

pessoais e culturais.

Fonte: A Influência da Inteligência Cultural na Negociação Internacional

Entendendo as diferenças culturais com foco para a Inteligência

Comercial

Você tem certeza que o presente que está levando para seu cliente

estrangeiro não vai provocar constrangimento por parte de quem vai

receber?

Sabia que as negociações com os países ocidentais são mais rápidas do

que as com países orientais?

Por que você não pode usar os mesmos argumentos de venda em todo o

mundo?

(Minervini, 2012)

Como a linguagem corporal pode infulenciar uma negociação?

Conhece ao menos dez aspectos culturais que devem ser considerados em

uma negociação?

Consulte o site www.worldbusinessculture.com para aprender um pouco

sobre a cultura do país com o qual você vai negociar.

(Minervini, 2012)

Alguns sites brasileiros indispensáveis ao exportador

http://www.mdic.gov.br/

http://www.aduaneiras.com.br/

http://www.aeb.org.br/

http://www.apexbrasil.com.br/home/index

http://www.bcb.gov.br/pt-br#!/home

www.bb.com.br

https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home

http://www.brazil4export.com/pt-br/

http://www.portaldaindustria.com.br/cni/

http://www.macmap.org/

https://sites.google.com/site/guiaexportador/camaras-de-comercio-bilateral-

no-brasil

http://www.enaex.com.br/

http://www.exportnews.com.br/

http://www.funcex.org.br/

http://www.icex.com.br/

http://www.aprendendoaexportar.gov.br/

http://www.itamaraty.gov.br/

http://www.vitrinedoexportador.gov.br/bens/

https://sisprom.mdic.gov.br/public/

http://www.inmetro.gov.br/barreirastecnicas/introducao.asp

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae

Blogs e Portais de Comércio Exterior

http://ankonsergio.blogspot.com.br/

https://www.comexblog.com.br/

https://netcomex.com.br/

https://comexgui.wordpress.com/

http://www.startrade.com.br/

https://exame.abril.com.br/blog/

http://www.portalsiscomex.gov.br/

https://comercioexterior.lamula.pe/

http://blog.todocomercioexterior.com.ec/

http://direitoaduaneiro.blogspot.com.br/

http://admlogist.blogspot.com.br/

http://www.administradores.com.br/

https://andreyvalerio.wordpress.com/

Institutos de Estatística

África do Sul: http://www.statssa.gov.za/

Alemanha: https://www.destatis.de/DE/Startseite.html

Argentina: https://www.indec.gob.ar/

Austrália: http://www.abs.gov.au/

Canadá: http://www.statcan.gc.ca/

Chile: http://www.ine.cl/

China: http://www.stats.gov.cn/

Espanha: http://www.ine.es/

Estados Unidos: https://www.census.gov

França: https://www.insee.fr/fr/accueil

Grécia: http://www.statistics.gr/

Hong Kong: https://www.censtatd.gov.hk/home.html

Índia: http://mospi.nic.in/

Irlanda: http://www.cso.ie/en/index.html

Israel: http://www.cbs.gov.il/reader

Itália: https://www.istat.it/

Japão: https://www.stat.go.jp/

México: http://www.inegi.org.mx/

Peru: https://www.inei.gob.pe/

Portugal: https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpgid=ine_main&xpid=INE

Reino Unido: https://www.gov.uk/government/statistics/announcements

Vietnã: http://www.gso.gov.vn/Default.aspx?tabid=217

Criação de um Sistema de Inteligência

Competitiva

Tópicos a serem abordados:

Projeto de Sistema de Inteligência Competitiva.

Objetivo do projeto de sistema de Inteligência Competitiva.

Projeto de Sistema de Inteligência Competitiva

Etapas:

1. Perfil da Empresa: Deve ser detalhado o histórico, qual é a atividade

principal, quais as Certificações que a empresa possui, entre outros.

2. Definição do Negócio: Qual é o negócio da empresa, em que mercado

está inserido, quais são as atividades complementares, quais são os fatores

que determinam a qualidade do produto.

3. Visão da Empresa: Descrever a visão da empresa, assim como, a visão

do mercado, a visão do negócio.

4. Missão da Empresa: Detalhar a missão da empresa.

5. Valores da Empresa: Descrever de forma detalhada os valores da

empresa.

6. Vantagem Competitiva: Identificar a vantagem competitiva que a

empresa tem no mercado, frente aos concorrentes e na comunidade que

está inserida.

7. Análise SWOT: Consiste em identificar os pontos fortes da empresa, as

oportunidades que podem ser aproveitadas, e traçar metas de melhoria

para os pontos fracos, para as deficiências que a empresa apresenta, e

ameaças que sofre.

Requer análise aprofundada dos setores internos da empresa (onde tem os

pontos fortes) e ambientes externos (de onde sofre as ameaças).

Análise SWOT = Forças, fraquezas, oportunidades, ameaças.

8. Cinco Forças Competitivas (Michael Porter, 1983): Identificar as forças

externas que mais afetam a organização.

Aqui devem ser identificados os concorrentes, o poder de negociação de

clientes e fornecedores, a possibilidade de surgirem novos concorrentes no

mercado, produtos substitutos, barreiras de entrada e saída do mercado de

novas empresas, políticas do governo.

9. Análise dos Fatores de Sucesso da Empresa: Deve ser pontuado o

nível de relacionamento com os clientes, a rapidez de resposta, o

atendimento, a flexibilidade comercial, a pontualidade, a responsabilidade

no cumprimento de seus contratos, as competências técnicas, os

diferencias de mercado.

10. Análise profunda da concorrência: Baseada no estudo das forças

competitivas, analisar a concorrência de forma mais profunda possível,

como por exemplo, reunir informações sobre o discurso de vendas dos

concorrentes, descobrir os preços que praticam no mercado, os descontos

que oferecem ao longo das negociações, o posicionamento online (em

mídias sociais, sites), conversas com clientes de concorrentes, prospectar

um cliente do concorrente, pedir feedback sobre o produto daquele

concorrente, preço praticado, entre outros fatores importantes, montar uma

matriz de vantagens e desvantagens, entender os pontos fracos em

atendimento de sua empresa em relação ao concorrente.

11. Análise das Oportunidades: As pessoas da Inteligência Comercial

devem pensar também no futuro e não apenas no presente. Em algumas

empresas, existem comitês inter departamentais criados com a

responsabilidade de somente analisar novas oportunidades, que seriam

basicamente:

• Entrada em novos mercados: Análises de ampliação de canais, mercados

com maior possibilidade de adoção, menor competitividade ou outros fatores

relevantes para a tomada de decisão.

• Soluções complementares ou novos parceiros de negócios: Esse tipo de

estratégia aumenta a dependência do cliente em relação ao seu produto.

• Inovações na área ou novos produtos: Desenvolver internamente soluções

ou funcionalidades que possuem grande sinergia com sua atual oferta.

12. Análise de Indicadores: Função muito estratégica e com impacto

direto nos resultados. É importante que o time de Inteligência Comercial

possa analisar toda o processo de vendas e entender o real impacto e

aproveitamento dos contatos gerados.

Esse tipo de ação permite uma definição de sazonalidade, ajuda na

priorização de determinadas pessoas ou otimização do discurso de vendas

utilizado. Em geral, o time de Inteligência Comercial coleta e realiza a

primeira análise dos indicadores, em conjunto com o gestor da área,

apresentando os gaps e pontos fortes encontrados, comparações com

resultados históricos e benchmarking com o mercado.

A partir dessas informações, o time de Inteligência Comercial pode atuar

diretamente na raiz dos problemas, melhorando o perfil dos contatos,

propondo novos parâmetros de qualificação, mudanças no discurso de

vendas, entre outros.

Ele será também o responsável por acompanhar os resultados pós-

alterações, garantindo o resultado operacional sobre o tempo ou dinheiro

investido nas melhorias.

13. Objetivos Estratégicos: Definir objetivos estratégicos para a empresa,

em função dos gaps identificados e das mudanças que precisam ser

implantadas, como por exemplo, aumento de vendas, melhoria no

atendimento ao cliente, melhor desempenho técnico, melhor tempo de

resposta, diminuição de custos, ampliação de mercado.

14. Plano de Ação Relativo ao Projeto de Inteligência Comercial: Definir

as atividades para colocar em prática o projeto de Inteligência Comercial.

15. Avaliação do Projeto de Inteligência Competitiva: Deve ser

periodicamente avaliado, acompanhando-se o impacto do mesmo na

empresa, e verificando-se se os gaps e necessidades de melhorias

identificados estão sendo cumpridos de acordo com os objetivos

estratégicos.

Objetivos do Sistema de Inteligência Competitiva

• Conhecer o ambiente competitivo em que a empresa está inserida, assim

como seus concorrentes e outros players do setor, e em função disso,

reavaliar seu negócio, rever seu planejamento estratégico e propor ações de

melhorias que proporcionem vantagem competitiva para a empresa.

• Monitorar constantemente o ambiente e os concorrentes, visando identificar

novas oportunidades de negócios, antecipar ações dos concorrentes,

antecipar mudanças (políticas, de governo, regulatórias, coercitivas), e

ameaças que afetem o setor da empresa, revendo seu posicionamento

estratégico quando necessário.

• Disponibilizar informações que apoiem as decisões táticas e estratégicas da

empresa.

• Nota: Baseado em “Outbound Marketing” e “Criacao de Um Sistema de Inteligência Competitiva Para uma Empresa de Pequeno Porte do

Setor Metalúrgico, por Daniel Carajiliascov Filho e Sônia Cristina Katko, Ribeirão Preto, 2003.

Resumo Final

Nesta fase, aprendemos a criar um sistema de Inteligência Comercial,

com suas diversas fases e vimos o objetivo da Inteligência Comercial.

É muito importante fazer periodicamente a avaliação do projeto de

Inteligência Competitiva.