Inteligência ii

35
Os Processos Cognitivos: A Inteligência Parte II Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

description

 

Transcript of Inteligência ii

Page 1: Inteligência ii

Os Processos Cognitivos: A Inteligência

Parte II

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Page 2: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

As pesquisas mais recentes em desenvolvimento cognitivo e neuropsicologia sugerem que as habilidades cognitivas são mais diferenciadas e mais específicas do que anteriormente se acreditava

Alguns Neurologistas têm documentado que o sistema nervoso humano não é um órgão com propósito único nem tão pouco é infinitamente plástico. Acredita-se, hoje, que o sistema nervoso seja altamente diferenciado e que diferentes centros neurais processem diferentes tipos de informação ( Gardner, 1987).

ABORDAGENS CONTEMPORÂNEAS

Page 3: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

1. A Teoria das Inteligências Múltiplas

Page 4: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Howard Gardner, psicólogo da Universidade de Harvard, questiona a tradicional visão da inteligência, uma visão que enfatiza as habilidades linguística e lógico-matemética.

Para Gardner, todos os indivíduos normais são capazes de uma actuação em pelo menos sete áreas intelectuais diferentes e, até certo ponto, independentes:

Gardner: Teoria das Inteligências Múltiplas

Page 5: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Sugere que não existem habilidades gerais;

Questiona a possibilidade de medir a inteligência através de testes de papel e lápis;

Atribui enorme importância às diversas actuações valorizadas em culturas diferentes;

Define inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que sejam significativos em um ou mais ambientes culturais.

Page 6: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

O “g” não é o centro da inteligência

A Teoria de Gardner é uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos uma performance, maior ou menor, em qualquer área de actuação.

Page 7: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Insatisfeito com a idéia de QI e com visões unitárias de inteligência, Gardner oferece um novo contributo ao conceito de inteligência repensando-o à luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas.

Page 8: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

A Origem do conceito de inteligência

Através da avaliação das diferentes condutas de profissionais em diversas culturas e do conjunto de habilidades dos seres humanos na procura de soluções culturalmente apropriadas para os seus problemas, Gardner trabalhou no sentido inverso ao desenvolvimento, retroagindo para eventualmente chegar às inteligências que deram origem a tais realizações.

Page 9: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

1. O desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e crianças sobredotadas;

2. Adultos com lesões cerebrais e como estes não perdem a intensidade da sua produção intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidades sejam sequer atingidas;

Na sua pesquisa, Gardner estudou também:

Page 10: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

3. Populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, sendo que os primeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo bastante incapazes nas demais funções cerebrais, enquanto as crianças autistas apresentam ausências nas suas habilidades intelectuais;

4. Como se processou o desenvolvimento cognitivo através dos milénios.

Page 11: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Influências de Gardner

Todavia, enquanto Piaget acreditava que todos os aspectos da simbolização partem de uma mesma função semiótica, Gardner acredita que os processos psicológicos independentes são empregados quando o indivíduo lida com símbolos linguísticos, numéricos, gestuais ou outros.

Gardner é um psicólogo construtivista muito influenciado por Piaget.

Page 12: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Segundo Gardner uma criança pode ter um desempenho precoce numa área (o que Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na média ou mesmo abaixo da média noutra (o equivalente, por exemplo, ao estágio sensório-motor).

O desenvolvimento cognitivo é uma capacidade cada vez maior de entender e expressar o significado em vários sistemas simbólicos utilizados num contexto cultural, sugerindo a inexistência de uma ligação necessária entre a capacidade de desenvolvimento numa área e noutra.

Influências de Gardner

Page 13: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Num plano de análise psicológico, cada área ou domínio tem seu sistema simbólico próprio; num plano sociológico de estudo, cada domínio caracteriza-se pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas específicas.

Influências de Gardner

Page 14: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Gardner identificou as inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e naturalista (ver livro)

As Inteligências Múltiplas

Page 15: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Gardner postula que essas competências intelectuais são relativamente independentes, têm sua origem e limites genéticos próprios e substratos neuroanatómicos específicos e dispõem de processos cognitivos próprios.

Os seres humanos dispõem de graus variados de cada uma das inteligências e maneiras diferentes de as combinar e organizar: cada um faz uso das capacidades intelectuais para resolver problemas e criar.

As Inteligências Múltiplas

Page 16: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Gardner afirma que as inteligências são, até certo ponto, independentes, no entanto, raramente funcionam isoladamente:

Embora algumas ocupações exemplifiquem uma inteligência, na maioria dos casos as ocupações ilustram bem a necessidade de uma combinação de inteligências. (Exemplo, um cirurgião necessita da acuidade da inteligência espacial combinada com a destreza da cinestésica.)

Concluindo

Page 17: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Teoria das Inteligências Múltiplas

Page 18: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Gardner propõe que todos os indivíduos possuem, como parte de sua bagagem genética, certas habilidades básicas em todas as inteligências.

Todavia, a linha de desenvolvimento de cada inteligência, será determinada tanto por factores genéticos e neurobiológicos, como por condições ambientais.

Inteligência e Cultura

Page 19: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Com a sua definição de inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos que são significativos num ou mais ambientes culturais, Gardner sugere que alguns talentos só se desenvolvem porque são valorizados pelo ambiente.

Segundo Gardner cada cultura valoriza certos talentos que devem ser dominados por uma quantidade de indivíduos e, depois, passados para a geração seguinte.

Inteligência e Cultura

Page 20: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Qual é a principal diferença da teoria de Garden face às anterior visão sobre a inteligência?

Em que consiste o modelo da teoria de Gardner?

Em que medida a cultura se apresenta como um conceito central na sua teoria?

Page 21: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

2. A Teoria Triárquica da Inteligência

Page 22: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Robert Sternberg caracteriza a inteligência como uma capacidade composta por habilidades analítico-abstractas, práticas e criativas que nos ajudam a resolver vários problemas (ver livro)

Sternberg possui igualmente uma visão que contraria a ideia da existência de um factor hereditário que determine o desenvolvimento da inteligência.

A Teoria Triárquica da Inteligência

Page 23: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Capacidade de pensar analítica e abstractamente e de processar informação de modo eficaz.

Esta inteligência é composta da capacidade de adquirir, reter, recuperar e transferir informações, de planear acções e tomar decisões, de resolver problemas abstractos e concrectos baseandose no raciocínio lógico e analítico e de transformar ideias em desempenhos.

1. Inteligência Componencial

Page 24: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Capacidade de formular novas ideias, combinar com rapidez factos e informações aparentemente sem relação.

Esta inteligência possui a capacidade de resolver novos problemas: as pessoas capazes de reconhecer os aspectos centrais de novos problemas possuem intuição. Se apresentam soluções originais para esses problemas revelam criatividade.

2. Inteligência Experiencial

Page 25: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Sternberg, ao contrário de Gardner, não é contra os testes e QI, apenas considera que estes deveriam ter em conta:

a) Capacidade de encontrar soluções para problemas novos - pensamento divergente;

b) Resolver problemas de modo rápido e automático tarefas conhecidas – pensamento convergente.

2. Inteligência Experencial

Page 26: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Designa a capacidade de adaptação ao contexto sociocultural, às circunstâncias em que os indivíduos vivem;

É próprio das pessoas que sabem funcionar adequadamente no interior do seu meio habitual – adaptação/remodelação.

As pessoas exibem diferentes habilidades, possuem um tipo de inteligência contextual: inteligência prática.

3. Inteligência Contextual

Page 27: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Interacção das três Dimensões

Sternberg não partilha da ideia segundo a qual há inteligências separadas: algumas das inteligências de Gardner são meramente talentos que as pessoas possuem de forma diferenciada.

Para Sternberg é necessário atribuir maior importância aos tipos de inteligência que não variam entre culturas.

Page 28: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

2. A Inteligência Emocional - Goleman

Page 29: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

A inteligência emocional é um paradigma novo na psicologia contemporânea: não são apenas as capacidades cognitivas que determinam as nossas acções, muitas vezes são guiadas pelas nossas emoções – texto de Punset.

Conceito de Inteligência Emocional (IE)

“Qualquer um pode zangar-se isso é fácil. Mas, zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora certa,

pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil.” ARISTÓTELES, Ética a Nicómaco

Page 30: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Conceito de IE

A inteligência emocional é uma capacidade multifacetada de adaptação e gestão das emoções perante situações novas, sendo que a sua medição pode ser artificialmente classificado através de testes padronizados para o efeito. (Q.E.)

Page 31: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

O contributo da IE para o sucesso

A pedra basilar da inteligência emocional é a autoconsciência, i.e., o reconhecimento de um sentimento enquanto ele decorre.

Os sentimentos aparecem por sinais intuitivos sob a forma de impulsos límbicos, vindos dos "balizadores somáticos" (Damásio) - alertam para o perigo potencial

Segundo Goleman, "a chave para tomar boas decisões pessoais é ouvir os sentimentos" e não suprimi-los, eles possuem significado.

Page 32: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

O contributo da IE para o sucesso

Controlar as emoções é a chave para o bem estar emocional. Há sentimentos que destabilizam emocioalmente as pessoas, como raiva, ansiedade ou melancolia e que podem ser combatidos (ex. praticar exercício físico, jogos, etc.)

Page 33: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

O contributo da IE para o sucesso

Uma pessoa com IE é capaz de possuir maior determinação e autoconfiança que uma pessoa intelectualmente brilhante.

Existem pessoas cognitivamente muito dotadas, mas que, por falta de automotivação e de autoconfiança, fracassam na vida real.

Conhecer as emoções e saber fazer um uso adequado das mesmas, dimensionando-as para cumprir aos nossos objectivos, é uma das chaves para o sucesso!

Page 34: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Elementos básicos da IE

1. Conhecer os seus sentimentos e saber utilizá-los para tomar decisões na vida.

2. Ser capaz de gerir a sua vida emocional evitando que seja o domine – ficar paralisado por uma emoção.

3. Persistir face a situações adversas direccionado os seus impulsos de modo a atingir os seus objectivos/fins.

4. Interpretar e compreender as emoções das outras pessoas antes de estas lhe transmitirem o que sentem.

5. Gerir sentimentos nas relações humanas com perícia e harmonia – ultrapassar objstáculos emocionais.

Page 35: Inteligência ii

Psicologia 12º Ano| Inteligência | Joana Inês Pontes

Realizado por:Joana Inês Pontes