Intencionalidade Discursiva

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Intencionalid ade Discursiva Professora Camile Baccin

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Intencionalidade Discursiva. Professora Camile Baccin. Pense rápido:. O mendigo se aproxima de uma madame cheia de sacolas de compras, no centro da cidade, e diz: — Senhora, estou sem comer faz quatro dias… — Meu Deus! Gostaria de ter sua força de vontade! - PowerPoint PPT Presentation

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Intencionalidade Discursiva

Professora Camile Baccin

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Pense rápido:

O mendigo se aproxima de uma madame cheia de sacolas de compras, no centro da cidade, e diz:

— Senhora, estou sem comer faz quatro dias…

— Meu Deus! Gostaria de ter sua força de vontade!

O que de fato o mendigo quis dizer à madame?

Como a madame compreendeu a mensagem da fala do mendigo?

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Que tal uma anedota:Lógica feminina

Uma mulher estava passando de carro por uma rua e, ao parar no sinal de trânsito, foi abordada por uma moradora de rua, muito suja e de péssima aparência, que pediu a ela dinheiro para comprar comida.  A mulher pegou a carteira da bolsa, tirou R$ 50,00 e perguntou:  'Se eu te der este dinheiro, você não vai sair com tuas amigas e gastar tudo?'

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'Que é isso, dona, eu não tenho amigas. Moro na rua.'

'Você não vai sair aí pelas lojas gastando?'

'Não, eu não entro em loja porque não deixam e gasto meu dinheiro só com comida.'

'Você não vai usar para ir a um salão fazer cabelo e unhas?' 

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'A senhora tá maluca? Faz uns vinte anos que não sei o que é salão.' 

'Bom’, a mulher disse, 'Eu não vou te dar o dinheiro. Entre aqui no carro que eu vou te levar para jantar comigo e meu marido esta noite.'

A mendiga ficou pasma. 'Mas teu marido não vai ficar furioso com você? Eu não tomo banho faz muito tempo, estou suja e fedorenta.'

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‘Não faz mal. Entre aí. Quero que ele veja como fica uma mulher quando ela para de sair com amigas, fazer compras e ir ao salão.’

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Por que a mulher escolheu uma mendiga pra questionar?

Por que a mulher escolheu oferecer dinheiro e não comida à mendiga?

Por que a mulher preferiu levar a mendiga pra jantar com seu marido em vez de simplesmente contar pra ele o ocorrido?

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Qual a intencionalidade discursiva quando se mostra essa anedota pra uma mulher?

E quando se mostra pra um homem?

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Comida - Titãshttp://www.youtube.com/watch?v=kDauPMPIEDw

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IntertextualidadeDiscursiva

Camile Baccin

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MEUS OITO ANOS Oh! que saudades que tenhoDa aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que

flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais!

MEUS OITO ANOS

 Oh que saudades que eu tenhoDa aurora de minha vidaDas horasDe minha infânciaQue os anos não trazem maisNaquele quintal de terraDa Rua de Santo AntônioDebaixo da bananeiraSem nenhum laranjais

Analise os versos:

Paródia é um tipo de relação intertextual em que um texto cita outro geralmente com o objetivo de fazer-lhe uma crítica ou inverter ou distorcer suas ideias.

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Paráfrase é a reprodução do conteúdo do texto original, empregando-se outras palavras, explicando com outros termos o conteúdo original.

ATÉ O FIM                     Chico Buarque de Hollanda  Quando nasci veio um anjo safadoO chato dum querubimE decretou que eu tava predestinadoA ser errado assimJá de saída a minha estrada entortouMas vou até o fim

POEMA DAS SETE FACES                    Carlos Drummond de AndradeQuando nasci, um anjo tortodesses que vivem na sombradisse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Considere:

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Quis gravar "amor"No tronco de um velho freixo"Marília", escrevi.(Hai-kai de Manuel Bandeira)

Se encontrares louvada uma beleza, Marília, não lhe invejes a ventura, Que tens quem leve à mais remota idade A tua formosura.(Trecho de uma lira da obra Marília de Dirceu, de Tomás Antônio Gonzaga)

Analise os trechos:

Pastiche é uma imitação do estilo ou da sintaxe do texto original, mas não satiriza ou ironiza. Apenas imita.

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Interdiscursividade é a relação entre dois discursos caracterizada por um citar o outro.

Intertextualidade é a relação entre dois textos caracterizada por um citar o outro.

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Botero

Da Vinci

Lego

Observe nas imagens a intertextualidade e a interdiscursividade:

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CÉZANNE

BOTERO

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Monte Castelo Legião Urbana Ainda que eu falasse

A língua dos homensE falasse a língua dos anjos,Sem amor eu nada seria.

É só o amor! É só o amorQue conhece o que é verdade.O amor é bom, não quer o mal,Não sente inveja ou se envaidece.

O amor é o fogo que arde sem se ver;É ferida que dói e não se sente;É um contentamento descontente;É dor que desatina sem doer.

Ainda que eu falasseA língua dos homensE falasse a língua dos anjosSem amor eu nada seria.

É um não querer mais que bem querer;É solitário andar por entre a gente;É um não contentar-se de contente;É cuidar que se ganha em se perder.

É um estar-se preso por vontade;É servir a quem vence, o vencedor;É um ter com quem nos mata a lealdade.Tão contrário a si é o mesmo amor.

Estou acordado e todos dormem.Todos dormem. Todos dormem.Agora vejo em parte,Mas então veremos face a face.

É só o amor! É só o amorQue conhece o que é verdade.

Ainda que eu falasseA língua dos homensE falasse a língua dos anjos,Sem amor eu nada seria.

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Quais a relações intertextuais que podemos estabelecer?

Você conhece I Coríntios? Algum soneto de Luis Vaz de Camões?

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As meninas da gare Oswald de Andrade Eram três ou quatro moças bem

moças e bem gentisCom cabelos mui pretos pelas espáduasE suas vergonhas tão altas e tão saradinhasQue de nós as muito bem olharmosNão tínhamos nenhuma vergonha

Fonte: br.geocities.com

“Ali andavam, entre eles, três ou quatro moças, bem moças e bem gentis, com cabelos muito pretos, caídos pelas espáduas abaixo; e suas vergonhas tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as olharmos muito bem, não tínhamos

nenhuma vergonha.” (Pero Vaz de Caminha. Carta

(fragmento). In: VOGHT, C. e LEMOS, J.G.

Cronistas e viajantes. São Paulo: Abril Educação, 1982).