Interacao 8 para issuu

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8ª edição da Revista Interação: panorama da EaD no Piauí. Publicação produzida pelo Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI).

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ExpedienteINTERAÇÃO - EDIÇÃO 08

ANO 6 - N. 1/2013

Publicação semestral produzida pelo Setor de Produção de Material Didático do Centro

de Educação Aberta e a Distância - CEAD/UFPI

Reitor da UFPIProf. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes

Diretor do Centro de Educação Aberta e a Distância/Coordenador da UAB na UFPI

Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes

Vice-diretor do CEAD/UFPIProf. Dr. Milton Batista da Silva

Coordenadora Adjunta daUAB na UFPI

Liana Rosa Brito

Coordenadora da RevistaDjane Oliveira de Brito

Equipe ResponsávelDjane Oliveira de Brito

Karine de Sousa SantiagoZilda Vieira Chaves

Ubirajara Santana Assunção

Projeto Gráfico e DiagramaçãoAntônio Kerignaldo Moura Júnior

RevisãoMaria da Conceição de Souza Santos

Sônia Maria Ferreira Lima

PareceristasGeorgina Quaresma Lustosa

Leonardo Ramon Nunes de SousaMaria Goreth de Sousa Varão

Maria da Conceição Prado de Oliveira

Conselho EditorialAntonella Maria das Chagas SousaFrancisco Tavares de Miranda Filho

José Vanderlei CarneiroKeylla Maria de Sá Urtiga Aita

Leonardo Ramon Nunes de SousaMaria Goreth de Sousa Varão

Arte e CapaAntônio Kerignaldo Moura Júnior

ApoioCoordenadoria de Comunicação

Social da UFPI (CoordCom)Faculdade de Medicina da USP

Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação

A Revista Interação, na perspectiva de superar a distância, termo que induz a considerar o que está longe, demonstra, nesta edição de número 8, que o Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí superou o paradigma do modelo convencional de ensino e de aprendizagem ao encurtar distâncias –no tempo e no espaço –, formando novos profissionais nas áreas de licenciaturas e bacharelados. Isso representa, para o mercado de trabalho, a inclusão profissional de pessoas que só em sonhos poderiam ser discentes de um curso superior. Originados de regiões diversas e de cenários bastante heterogêneos do Estado do Piauí, do sul ao norte, desde Corrente a Parnaíba, hoje, graduados evidenciam as possibilidades de consolidar as demandas profissionais da sociedade piauiense, principalmente nas instâncias municipais. Essa realidade de possibilidades e desafios relacionados à Educação a Distância é retratada nesta edição, de modo relevante, por meio de ensaios, entrevistas e depoimentos, em que os autores trazem reflexões sobre as várias dimensões da Pedagogia e os processos de mediação tecnológicos que ocorrem nos Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Como destaque principal, tem-se o reconhecimento do CEAD/UFPI como Centro de Ensino, além da apresentação do perfil de um aluno da EaD, bem como das atividades complementares e de extensão realizadas nos Polos de Apoio Presencial. Com esta publicação, buscou-se expor e provocar reflexões sobre a educação a distância no ensino superior brasileiro que, de modo peculiar, vem se consolidando a cada ano no Estado do Piauí nesta última década.Vamos, então, conferir!

Editorial

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SumárioCEAD/UFPI: alunos formados, qualificados e preparados para o mercado de trabalho

UFPI: Extensão Universitária é Qualidade de Vida

Entrevista: “Telemedicina – exercício da Medicina através da utilização de metodologias interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência, educação e pesquisa em Saúde”

Capa: Qualidade do Ensino a Distância: Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) é reconhecido pelo MEC

Projetos de Extensão do CEAD/UFPI: estímulo à boa formação dos alunos de EaD

Perfil do aluno de EaD

Giro nos Polos

Dicas de livros

Importante

GERALA coordenação recomenda

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Entre 2011 e 2013, o Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) realizou solenidades de formaturas das primeiras turmas de licenciatura e de bacharelado em distintas áreas, cumprindo, assim, o seu papel na consolidação do Ensino a Distância no Estado do Piauí.

Nesse período, alunos da modalidade EaD dos cursos de Administração, Ciências Biológicas, Filosofia, Física, Matemática, Pedagogia, Química e Sistemas de Informação alcançaram o sonho de concluir o ensino superior, e saíram da Universidade qualificados e preparados para o mercado de trabalho. O êxito desses alunos ratifica os esforços do CEAD/UFPI para oferecer um ensino superior com a mesma qualidade da educação presencial, além de revelar o avanço da Educação a Distância no Piauí.

Com esse panorama, o CEAD/UFPI formou um total de 654 alunos (quadro ao lado).

A formatura representa um momento único para os alunos do ensino superior, bem como para os professores e para a instituição. Receber o diploma significa a concretização dos objetivos e a superação dos desafios da vida acadêmica. Para o professor Leonardo Ramon, do Curso de Sistemas de Informação, a Cerimônia de Formatura é um dos momentos mais esperados por todos, e motivo de grande felicidade para os alunos, pois, além de representar um ritual de passagem, mostra para a comunidade que eles estão aptos a entrarem no mercado de trabalho. “Além disso, há o fato de estes alunos terem sido os pioneiros na Educação a Distância da UFPI, nos rincões do Piauí, amadurecendo a ideia de que são conquistadores, em meio a tantas dificuldades dentro e fora de sala de aula”, acrescenta o professor.

O professor Gildásio Guedes ressaltou a vitória dos alunos e a conquista de todos os envolvidos no trabalho de certificação acadêmica dos concludentes: “Finalmente ninguém mais precisa se deslocar rumo

a um grande centro para fazer uma graduação. A Universidade Aberta do Brasil, que tem como foco a inclusão social e a democratização da educação superior, cumpre o papel de levar variadas graduações aos diversos pontos do interior do país”, destacou o Diretor do CEAD/UFPI que, para finalizar, agradeceu o apoio do Ministério da Educação e Cultura (MEC), ao Reitor da UFPI à época, Prof. Dr. Luiz Santos Júnior, pela interiorização do Ensino a Distância; e à parceria com o Governo do Estado do Piauí, através da Secretaria de Educação e Cultura (Seduc).

CEAD/UFPI: alunos formados, qualificados e preparados para o mercado de trabalho

Curso Polo UABQuantidade de alunos formados

Bacharelado em Administração

Água Branca, Piracuruca, Canto do Buriti, Buriti dos Lopes, Uruçuí, Alegrete, Simões, Inhuma, Castelo do Piauí, Simplício Mendes, Esperantina, Elesbão Veloso, São João do Piauí e Gilbués

370

Licenciatura em Ciências Biológicas

Castelo do Piauí, Floriano, Piracuruca, Simplício Mendes e Uruçuí

93

Licenciatura em Filosofia

Floriano e Uruçuí 21

Licenciatura em Física

São João do Piauí, Água Branca e Piracuruca

86

Licenciatura em Matemática

Alegrete do Piauí e Inhuma 39

Licenciatura em Pedagogia

Elesbão Veloso, Floriano eAlegrete do Piauí

135

Licenciatura em Química

Castelo do Piauí, Floriano, Piracuruca, Simplício Mendes e Uruçuí

71

Bacharelado em Sistemas de

Informação

São João do Piauí, Simões, Piracuruca, Inhuma, Água Branca, Gilbués, Canto do Buriti, Esperantina, Uruçuí, Elesbão Veloso, Simplício Mendes, Castelo do Piauí e Buriti dos Lopes

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É cada vez mais evidente que a

utilização de ferramentas e recursos

da Web 2.0 (blogs, wikis, redes so-

ciais, entre outros), como estratégia

de complementação ao ensino pre-

sencial, pode contribuir para a mini-

mização da apatia dos alunos, bem

como aperfeiçoar o processo de en-

sino-aprendizagem, tornando-o mais

significativo, desde que haja a me-

diação. Com isto, nesse compêndio,

busca-se descrever uma proposta de

atividade on-line que sirva aos propó-

sitos de complementação da constru-

ção de conhecimento já realizada no

âmbito da sala de aula.

O tema “Noções de Física” se re-

laciona à grande área das Ciências

Naturais, objeto de estudo dos alunos

das séries finais do ensino fundamen-

tal. Esta atividade, como parte de uma

plataforma on-line de uso comple-

mentar ao ensino presencial, objetiva

tornar mais próximo do cotidiano dos

alunos os temas de Ciências. Esses,

comumente, apresentam-se como

algo distante da realidade dos alunos,

daí realizar-se a abordagem de con-

teúdos vistos em ambiente presencial

também dentro de um Ambiente Vir-

tual de Aprendizagem (AVA), a fim de

ampliar e de melhorar a qualidade do

contato dos alunos com tecnologias

de ensino a distância, estimular seu

interesse com atividades mais lúdicas

e aproximá-los das Ciências por meio

de abordagens mais interativas.

Como uma das atividades propos-

tas, busca-se, por meio de discussões

travadas em um fórum, captar a com-

preensão dos alunos sobre os temas

discutidos e vislumbrar a extensão da

contribuição das interações virtuais

no processo de ensino-aprendiza-

gem. Assim, propõe-se como título do

fórum e como texto motivador para as

discussões o que se segue:

Aprendendo Física com o cotidiano

Tendo como base os conhecimen-

tos adquiridos nas aulas teóricas, em

que foram discutidas e exercitadas

noções sobre frequência e veloci-

dade das ondas, procure investigar

esses temas e contribuir para este fó-

rum, trazendo exemplos da utilização

desses conhecimentos em nosso co-

tidiano; isto é, em que situações roti-

neiras podemos observar a utilização

desses conhecimentos na criação e

no desenvolvimento de técnicas, de

instrumentos ou de aparelhos? Além

Web 2.0 como aliada ao ensino de Ciências: proposta de aplicação

Elenice Monte AlvarengaBióloga e Mestra em Biologia Celular e Estrutural - UnicampEspecialista em Gerenciamento de Recursos Ambientais - IFPI E-mail: [email protected]

Revista Interação ● Edição 8

Atividade

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disso, mencione quais suas principais

contribuições em nosso dia a dia.

Além do fórum, propõe-se, nessa

atividade, a realização de uma tarefa.

Essa, novamente, irá ajudar o profes-

sor-tutor a captar a compreensão dos

alunos sobre os temas discutidos e

ajudará o aluno no processo de ava-

liação, uma vez que a nota obtida na

tarefa poderia ser considerada dentro

do conjunto dos demais instrumen-

tos avaliatórios utilizados em sala de

aula. Assim, propõe-se como título da

tarefa e como texto motivador para a

realização dela, o que se segue:

Mergulhando nas ondas (sono-

ras)

Com base nos conhecimentos

adquiridos nas aulas teóricas, após

as leituras propostas, experimentos

realizados e as discussões no fórum,

responda as seguintes questões so-

bre as ondas sonoras:

1. Em dias de tempestade é co-

mum sermos surpreendidos por re-

lâmpagos seguidos de trovões. Por

que sempre vemos o relâmpago an-

tes de ouvirmos o trovão? Além disso,

qual a sua explicação para a propa-

gação do trovão, sabendo que ele é

produzido pela descarga elétrica en-

tre duas nuvens?

2. Na infância de algumas crian-

ças, antigamente, um brinquedo co-

mum era o telefone com fio, que con-

sistia de dois copos presos por um fio

longo de barbante ou nylon. Assim,

quando uma criança falava em um

copo, a outra era capaz de ouvi-la,

mesmo estando distante. Qual a sua

explicação para o funcionamento des-

se brinquedo?

3. Desprezando o conhecimento

biológico relacionado à questão dos

hormônios e afins, responda somente

com base em conhecimentos pura-

mente físicos: por que, geralmente, a

voz das mulheres é menos grave do

que a dos homens?

A fim de manter a motivação dos

alunos nos estudos dos conteúdos

abordados em sala de aula, é preciso

utilizar-se de práticas que permitam o

desenvolvimento de melhores ações

relacionadas à proposta de comple-

mentação on-line. Nesse sentido,

como ferramentas motivacionais com-

plementares, citam-se: a considera-

ção das atividades realizadas como

componente dos instrumentos ava-

liatórios; a abordagem de temas mais

curiosos, inusitados e interessantes,

relacionados ao conteúdo que se está

estudando; a criação de um sistema

mais dinâmico e eficiente para sanar

as dúvidas, inclusive as de ordem

técnica; prover aos alunos instruções

claras sobre a realização das ativida-

des; contornar aspectos que geraram

falha; e manter um aspecto visual

atraente.

Referências:

Professor Canto. Disponível em:

<http://www.professorcanto.com.br/

boletins_cn/032.pdf>. Acesso em: 7

nov. 2011.

Ensino de Física. Disponível em:

<http://www.ensinodefisica.net/2_Ati-

vidades/fon-ondas_sonoras.pdf>.

Acesso em: 7 nov. 2011.

Revista Interação ● Edição 87

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Revista Interação ● Edição 8

Na premissa de que a Extensão

Universitária se configura como ins-

trumento de articulação entre o en-

sino e a sociedade, levar e/ou elevar

a qualidade de vida das pessoas

constitui sua essência, o que o faz e

canaliza através de seus programas,

projetos, seminários, cursos, eventos

e estágios a fim de garantir, à acade-

mia e à sociedade, a experiência da

troca mútua entre ciência e sabedo-

ria. As ações extensionistas (Quadro

1) desenvolvidas pela PREX/UFPI

são legítimos exemplos do conceito

de Extensão Universitária como pro-

cesso interdisciplinar, educativo, cul-

tural, científico e político que promo-

ve a interação transformadora entre

a Universidade e outros setores da

sociedade, orientada pelo princípio

constitucional da indissociabilidade

com o Ensino e a Pesquisa.

Nesse ambiente, a UFPI, através

de sua Pró-Reitoria de Extensão ge-

renciou, até abril de 2013, 69 projetos

com quase 400 alunos (230 bolsistas

PROBEX/UFPI) e 235 docentes e

funcionários, em diferentes modali-

Prof. Doutor Miguel Cavalcante - Pró-Reitor de Extensão da UFPI

Fonte: PREX/UFPI, Piauí, 2012

Quadro 1 – Ações Extensionistas e seus impactos acadêmicos e sociais

Extensão Universitária é Qualidade de Vida

dades de extensão e cultura.

Como bom exemplo, ganharam

destaque na imprensa nacional, os

projetos de extensão: “Universidade

e mobilização social”, “Educação am-

biental nas escolas rurais de Bom Je-

sus”, e “Horta comunitária na comu-

nidade Gruta Bela”, coordenados por

um grupo de professores do Campus

Prof.ª Cinobelina Elvas (CPCE/UFPI

– Bom Jesus), que receberam o prê-

mio “Boas Práticas em Sustentabili-

dade Ambiental e Urbana” do Minis-

tério do Meio Ambiente, na categoria

“Melhor prática de educação ambien-

tal na escola do campo do semiárido

e do bioma caatinga”. O trabalho foi

exposto no “II Encontro dos Municí-

pios com o Desenvolvimento Susten-

tável”, que ocorreu em Brasília, entre

os dias 23 e 25 do mês de maio de

2013.

Apesar disso, muitas são as pre-

ocupações e os sonhos daqueles

que fazem Extensão Universitária,

que vão da definição de indicadores

para monitorização e avaliação ao

alinhamento das áreas e linhas de

extensão com as políticas públicas

do país, passando pela materializa-

ção das bolsas de produtividades em

Extensão, pelo Fundo Nacional de

Extensão de natureza contábil, pelas

políticas de autonomia, do trabalho

de extensão articulado em redes te-

máticas, territoriais e institucionais e,

ainda, pelo tratamento institucional

igualmente considerado à pesquisa

e ao ensino públicos.

A rigor, registra-se que os exten-

sionistas universitários são compro-

metidos com a qualidade de vida

dos brasileiros e experimentaram a

beleza de fazer um povo feliz. O que

nos permite convidar a todos a nos

visitar, pessoalmente, ou pelas redes

de comunicação (www.ufpi.br/prex;

www.renex.gov.br; htt//forproex.blo-

gspot.com.br; www.facebook.com/

page/forproex) para que, talvez um

dia, a sua participação possa nos

ajudar a reconhecer que os tão fa-

lados “muros altos” da Universidade

possam ser nossos próprios corpos

perfilados de costas para as comuni-

dades.

UFPI

8

Ações de ExtensãoProjetosCursos eEventos

DiscentesDocentes Técnicos

Formador externo

Público Benef.

RecursosCaptados

e UFPIBolsista Voluntário

PROEXT 33 205 164 154 - 23.949 2.158.156,64

Conexão de Saberes e Escola Aberta

04 146 - 19 20 2.524 1.371.500,74

PET 04 48 12 04 - - -

Formação Continuada 15 40 - 120 36 10.099 3.933.806,16

Projetos fluxo contínuo 1.060 1.280 11.846 3.826 - 580.898 2.978.670,00

Cursos e Eventos 2.030 - 9.029 7.068 273 3.792 153.160 8.120,00

Estágio Não Obrigatório – 7.885 - - - - - -

TOTAL GERAL 3.146 9.604 21.051 11.191 329 3.792 769.590 10.410.255,50

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Revista Interação ● Edição 8

O Encontro de Coordenadores

de Curso e de Polos da Universi-

dade Aberta do Brasil (UAB) acon-

tece a cada ano, com o objetivo de

oportunizar o acompanhamento das

atividades realizadas pelo Centro

de Educação Aberta e a Distância

(CEAD/UFPI) nos Polos. No dia 27

de junho de 2013, o Encontro de

Coordenadores, que aconteceu no

auditório do CEAD/UFPI, oportuni-

dade em que foram expostos os êxi-

tos e os problemas dos Polos e dos

Cursos.

No total, 29 Coordenadores de

Polos UAB foram convidados para o

Encontro, que foi presidido pelo Dire-

tor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio

Guedes. “Os Encontros são muito

bons, pois conseguimos captar as

necessidades, para melhorar os pro-

cedimentos utilizados pelos tutores,

coordenadores e professores do

CEAD”, destaca o Diretor.

Para a Coordenadora do Polo de

Água Branca, Conceição Pacheco,

o Encontro promove a interação en-

tre os Coordenadores de Polos e os

Encontro de Coordenadores no CEAD/UFPI debateu propostas de desenvolvimento

para a EaD no Piauí

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Coordenadores de Curso. Durante o

Encontro, a Coordenadora afirmou

que a comunidade de Água Branca

está na expectativa da implantação

dos novos cursos e especializações,

autorizados pelo MEC.

A Coordenadora do Polo de Oei-

ras, Neide Rosângela, acredita que

o Encontro de Coordenadores é uma

oportunidade de mostrar a situação

do Polo, as dificuldades e os avan-

ços. “Existe uma interação efetiva

entre os colegas”, relata.

Para a Coordenadora do Polo de

Uruçuí, Girle dos Santos Lacerda, o

Encontro é importante pela troca de

experiências e pela ampliação do

conhecimento dos Polos e dos alu-

nos. “A situação do Polo de Uruçuí

tem melhorado a cada dia. Estamos

ansiosos com os novos quatro cur-

sos aprovados. Uruçuí é uma cidade

promissora e tem grande potencial

com relação ao ensino”, informa a

Coordenadora.

Alcionéa Brito, Coordenadora do

Polo de Piracuruca, acredita que o

evento possibilita o reencontro de to-

dos os coordenadores. “Não é só um

momento pedagógico, mas também

uma oportunidade para reforçar os

laços de amizade”, declara.

Prof. Dr. Gildásio Guedes, Diretor do CEAD/UFPI, e Coordenadores de Curso

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O que representa a Educação a

Distância, nos dias em que as no-

vas tecnologias da informação e da

comunicação predominam nos vá-

rios espaços e nas nossas relações,

aproximando-nos e agilizando nossas

relações? Diversos são os usos que

fazemos dessas tecnologias facilita-

doras da interação entre as pessoas,

incluindo a área da educação, sobre-

tudo da Educação a Distância, que,

cada vez mais torna-se dependente,

especialmente dos recursos da in-

formática associada à telemática e à

multimídia.

A Educação a Distância, comu-

mente denominada EaD, representa,

nos desenhos atuais, grandes avan-

ços, permeada de relações interativas

por meio das diversas Tecnologias da

Informação e da Comunicação (TICs).

Cabe defendermos que a EaD não se

resume “a uma inovação educativa”;

cumpre-nos destacar a grande impor-

tância que tem assumido junto à for-

mação de profissionais nas diversas

áreas do conhecimento e nos diferen-

tes níveis de ensino, sobretudo no En-

sino Superior.

De acordo com os dados prelimi-

nares do Censo da Educação Supe-

rior de 2008, do Instituto Nacional de

Estudos e Pesquisas Educacionais

Anísio Teixeira (INEP), o total de ma-

trículas na EaD apresentou grande

crescimento nos últimos anos. Em

2008, chegou ao número de 727.961

matrículas, o que representa 14,3%

do total das matrículas dos cursos de

graduação, incluindo os presenciais

(BRASIL, 2009).

Os cursos superiores com maior

oferta e procura são as licenciaturas

em Pedagogia e em Normal Supe-

rior, seguidas das licenciaturas em

Letras, em Matemática, em Biologia

e em História. Contudo, a EaD não

se restringe a esses cursos. As áreas

de Administração e Gestão, Serviço

Social e Ciências Contábeis também

têm tido um grande aumento (BRA-

SIL, 2009).

Essa crescente demanda reflete

a grande aceitação dos novos mode-

los nessa área, que só foi possível a

partir do desenvolvimento de maio-

res possibilidades de interação en-

tre os indivíduos participantes. Com

o advento das TICs, a EaD adquiriu

maior importância e reconhecimento,

mediada pelos suportes tecnológicos

digitais e de rede, inserida em siste-

mas de ensino presenciais, mistos ou

totalmente a distância.

Se antes, no Brasil, nos meados

da segunda metade do século XX, a

EaD se restringia às experiências de

educação por correspondência, às

experiências radiofônicas e às expe-

riências televisivas, a partir do final

do século XX, essa modalidade de

educação passa a se utilizar de recur-

sos que vão desde os impressos aos

on-line, em redes de computadores,

A interação na Educação a Distância: contribuições das novas tecnologias

da informação e da comunicação

Raimunda Gomes de Carvalho-BeliniMestre em Linguística – UFPIDoutoranda em Linguística - UFCProfessora de Língua Portuguesa - IFPIE-mail: [email protected]

Revista Interação ● Edição 8

...as interações na EaD “impõem desafios aos professores e alunos

para a sua realização e para a sua manutenção com sucesso, em razão da ausência do contexto

físico partilhado” (BARROS; CRESCITELLI,

2008, p. 73).

Desafios

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com comunicação instantânea de voz

e imagem, por meio da internet, com

grande poder de interação e de inte-

ratividade entre o aluno e o professor

(LIMA, 2003).

Cabe evidenciarmos que Belloni

(2008) distingue interação de intera-

tividade: a interação é uma ação re-

cíproca entre dois ou mais sujeitos,

que ocorre direta ou indiretamente

como, por exemplo, uma conversa ao

telefone; ao passo que interatividade

constitui-se em potencialidade técni-

ca oferecida por determinado meio, e

na atividade humana quando o usuá-

rio age sobre a máquina.

Com as TICs, professores e alu-

nos de EaD passaram a se utilizar de

diferentes formas de interação e de

interatividade, realizadas por méto-

dos e técnicas que vão desde práti-

cas assíncronas, cuja interação pode

ocorrer independente da presença

do professor ou do aluno, até práti-

cas síncronas, em que o professor e

o aluno utilizam ao mesmo tempo o

veículo de informação.

Contudo, as interações na EaD

“impõem desafios aos professores e

alunos para a sua realização e para a

sua manutenção com sucesso,

em razão

da ausência do contexto físico par-

tilhado” (BARROS; CRESCITELLI,

2008, p. 73). No entanto, não significa

que a sala de aula seja o único habitat

em que possam ocorrer relações de

interação de âmbito educacional. O

espaço da sala de aula é de relevân-

cia imensurável na educação formal;

porém, não podemos concordar com

Giolo (2008, p. 1211) quando afirma

que esta deve constituir o único “lócus

que condensa a cultura do ensinar e

do aprender”.

Não queremos aqui advogar que a

interação que se estabelece entre os

participantes, nos espaços da EaD,

substitui vivências e práticas culturais

propiciadas pelo convívio coletivo e

de socialização nos ambientes físicos

da sala de aula, dos corredores das

universidades, da biblioteca, dos la-

boratórios etc. Entretanto, é um equí-

voco afirmarmos que esses espaços

de socialização e de aprendizagem

não poderão ser incorporados e vi-

venciados pelos estudantes de EaD.

Não podemos assegurar que os es-

tudantes de Educação a Distância

não utilizam espaços físicos da vida

acadêmica e nem interajam nesses

espaços.

Em relação à EaD, o fator distân-

cia é um grande desafio; porém,

não invia-

biliza as inúmeras formas de inte-

ração entre os participantes, e não

impossibilita a formação apropriada

do indivíduo. Ressaltamos que, dian-

te dos desafios que emergem frente

a essa modalidade de educação em

grande expansão no país, o aluno e

o professor devem assumir com res-

ponsabilidade seus papéis. Para que

alcancem resultados positivos, é ne-

cessário participar ativamente da

construção do ensino-aprendizagem,

alicerçado na funcionalidade dos pro-

cessos de interação que propiciem

formação sedimentada em valores

capazes de insurgir as mudanças e a

valorização do individuo.

Referências:

BARROS, K. S. M. de.; CRESCITEL-

LI, M. F. C. de. Prática docente virtual

e polidez na interação. In: MARQUE-

SI, S. C.; ELIAS, V. M. S. da.; CABRAL,

A. L. T. (Org.). Interações virtuais:

perspectivas para o ensino da Língua

Portuguesa a distância. São Carlos:

Editora Clara Luz, 2008. p. 73-92.

BELLONI, M. L. Educação a Distân-

cia. 5. ed. Campinas: Autores Associa-

dos. 2008.

BRASIL. Ministério da Educação.

Instituto Nacional de Estudos e Pes-

quisas Educacionais (INEP). Censo

da Educação Superior 2008: dados

preliminares. Brasília, DF: MEC/INEP,

2009.

GIOLO, J. A Educação a Distância e a

formação de professores. Educ. Soc.,

Campinas, v. 29, n. 105, p. 1211-1234,

set./dez. 2008.

11

Page 12: Interacao 8 para issuu

Falar da educação do nosso tempo não é uma tarefa

das mais fáceis, ela está envolvida em uma complexa teia

de significados e de contradições que, por vezes, torna

difícil a compreensão de que todo indivíduo deve ser res-

peitado, reconhecendo-se e valorizando-se as diferenças

individuais e as diversas formas de participação. Dessa

forma, criam-se oportunidades para que todos possam

participar do aprendizado de novos conhecimentos, ex-

periências e valores, bem como da apreensão da prática

social identificada com a formação de uma cidadania hu-

manista e democrática.

Até pouco tempo, quando se falava, primeiro de po-

líticas de integração e, mais tarde, de políticas de inclu-

são, tinha-se um entendimento limitado ao atendimento

dos alunos portadores de necessidades educativas es-

peciais. Hoje, são alvos das políticas de inclusão, todos

aqueles que necessitam de atendimento diferenciado,

como aqueles dos quais os sistemas econômico, social e

cultural subtraíram direitos.

São excluídos aqueles que não são vistos nem abrangi-

dos pelos serviços e pelas ações sociais do poder público,

quase inexistentes, já que não usufruem dos direitos funda-

mentais da cidadania, principalmente aqueles que têm defi-

ciências ou condutas típicas; síndromes; quadros psicológi-

cos ou neurológicos; os portadores de altas habilidades; os

que vivem nas favelas das grandes cidades; e os que, por

orientação sexual ou por escolha religiosa, por atitudes ou

comportamentos, acabam sendo discriminados.

Quando se fala em educação com a perspectiva da in-

clusão, fala-se em tratar diferentemente aqueles que são di-

ferentes, ou seja, trata-se de articular mecanismos de apoio

e ações que permitam igualar as oportunidades de aprendi-

zagem e de conhecimento para todos, respeitando e valori-

zando a diversidade cultural. Quer dizer, significa estender a

todos a oferta de educação, ampliando as possibilidades de

compreensão e de interação entre os alunos, e desses com

os profissionais da educação.

Portanto, um dos princípios fundamentais de qualquer po-

lítica de inclusão social na educação deverá ser sempre o da

valorização da diversidade cultural, baseada na compreen-

são de que cada ser é uno; cada qual tem características,

habilidades e potencialidades próprias; e que todos fazem

parte do mesmo contexto. Assim, incluir significa combater

a discriminação em todos os aspectos, seja ela de fundo so-

cial, econômico, cultural, étnico, religioso, político, físico ou

intelectual. E é da convivência entre os diferentes, da valori-

zação de cada parte do todo e de suas peculiaridades, que

se constrói a beleza da diversidade, própria da vida, da hu-

manidade, do planeta.

Leila Leal Leite – Graduada em Enfermagem pela NOVAFAPI. Especialista em Docência do Ensino Superior pela UAPI. Graduanda em Administração Pública no 5º período na modalidade EAD da UFPI/UAPI/PNAP. E-mail: [email protected]

Analina Medeiros Carvalho – Graduada em Teologia e Administração pela UFPI. Especialista em Educação a Distância: Tutoria, Metodologia e Aprendizagem. Tutora do Curso de Administração Pública na modalidade EAD da UFPI/UAPI/PNAP. Aluna da Especialização em Gestão Pública - UAPI. E-mail: [email protected]

Contribuição da Educação para a superação dos

mecanismos de exclusão e de discriminação

dos sujeitos“Todos têm o dever de tornar a educação um ato de inclusão.”

Revista Interação ● Edição 8

Inclusão

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Revista Interação ● Edição 8

“Telemedicina – exercício da Medicina através da utilização de metodologias

interativas de comunicação audiovisual e de dados, com o objetivo de assistência,

educação e pesquisa em Saúde”

Em entrevista à Revista Interação,

Luiz Ary Messina, coordenador da

Rede Universitária de Telemedicina

(RUTE), fala sobre a implantação da

Rede e as melhorias para o atendi-

mento médico, através de medidas

simples e de baixo custo, como a im-

plantação de sistemas de análise de

imagens médicas com diagnósticos

remotos, além do treinamento e da

capacitação de profissionais da área

médica, sem deslocamento para os

centros de referência.

Interação: Em quais estados bra-

sileiros está implantada a RUTE e

como funciona essa rede?

Messina - A RUTE hoje está im-

plantada em todos os estados brasi-

leiros, com núcleos de telemedicina e

telessaúde formalmente criados, e sa-

las de videoconferência certificadas.

A RUTE é uma iniciativa do Ministé-

rio da Ciência, Tecnologia e Inovação,

apoiada pela Financiadora de Estudos

e Projetos (Finep) e pela Associação

Brasileira de Hospitais Universitários

(Abrahue) e coordenada pela Rede

Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP),

que visa a apoiar o aprimoramento de

projetos em telemedicina já existentes

e incentivar o surgimento de futuros

trabalhos interinstitucionais.

O objetivo global é a implementa-

ção de infraestrutura de rede avança-

da em educação e pesquisa para a

interligação dos hospitais universitá-

rios e de ensino, e escolas de saúde,

em diferentes regiões do país. Nesse

sentido, a iniciativa promove projetos

de desenvolvimento em telemedicina

e telessaúde e viabiliza a comunica-

ção e a colaboração de instituições e

grupos de pesquisa nacionais e inter-

nacionais através da RNP.

Dentre os benefícios da RUTE, es-

tão: o intercâmbio de conhecimento

médico; teleconferências especializa-

das; treinamento e educação conti-

nuada; discussão entre as equipes; e

diagnóstico médico remoto. Além dis-

so, a iniciativa também favorece o au-

mento da conexão e a capacidade dos

hospitais para melhorar o atendimento

às populações nas regiões mais po-

bres, através de atendimento médico

especializado a distância.

Interação: Quais os avanços

para a RUTE no Brasil?

Messina - Os avanços são inúme-

ros. Seguindo a definição da teleme-

dicina, Resolução CFM nº 1.643/2002,

como o exercício da Medicina através

da utilização de metodologias intera-

tivas de comunicação audiovisual e

de dados, com o objetivo de assistên-

cia, educação e pesquisa em saúde,

destaco a expansão nacional nas três

linhas de atuação, para as quais, a im-

portância dos Hospitais Universitários

e de Ensino é fundamental.

Desde o início das iniciativas RUTE

e Telessaúde Brasil Redes, em 2006 e

2007, há uma sincronia das ações na-

cionais e internacionais. Essas ações

tornaram-se cada vez mais integra-

das, ao ponto de em janeiro de 2012,

o Ministério da Saúde indicar um re-

presentante para fazer parte do Comi-

tê Gestor do Programa Interministerial

de Manutenção e Desenvolvimento da

RNP, que passa a ter em seu Comitê

Gestor os ministérios da Educação,

da Ciência, Tecnologia & Inovação, da

Cultura e da Saúde.

Luiz Ary MessinaGraduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade de Brasília (UnB); mestre em Banco de Dados pela Unicamp, Campinas (SP); doutor em Computação Gráfica pela Technische Universitaet Darmstadt, Alemanha. Possui 30 anos de experiência em Computação, atuando como professor assistente universitário na Alemanha; engenheiro e pesquisador da Siemens Alemanha; gerente de Automação da Siemens Brasil; coordenador dos cursos de Ciência da Computação e de Engenharia de Produção da Universidade Vila Velha (UVV); proprietário da Messina Informática, em Vila Velha, (ES); autor e coordenador Nacional de Projetos financiados pela União Europeia, nas áreas de Telediagnóstico por Imagem, Inclusão Digital, Biblioteca Virtual, Equivalência Curricular no Ensino de Ciências e Formação de Pequenas e Médias Empresas. Atualmente é coordenador da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) e da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP).

Entrevista

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Interação: E os desafios?

Messina - Os desafios são enor-mes, principalmente de decisão polí-tica estadual e organização operacio-nal; entretanto, vêm acompanhados de uma enorme demanda por tecno-logias e aplicações digitais, as quais vêm se tornando prática comum entre os estudantes das áreas de saúde. Esse fator por si só será determinante para sua implantação em larga escala e de forma irreversível.

Uma metodologia que vem ga-nhando muita adesão dos especia-listas é a implantação de Grupos de Interesse Especial nas várias especia-lidades da saúde. Esses grupos têm pelo menos uma sessão mensal via web ou videoconferência. Atualmente, são 48 grupos, por exemplo: Saúde de Crianças e Adolescentes, Radiologia e Diagnóstico por Imagem em Pediatria, Gestão de Hospitais Universitários e Escola, Cardiologia, Banco de Leite Humano, Saúde Indígena, Psiquiatria, Colaborativo em Educação Médica, Oftalmologia, Enfermagem Intensiva e

de Alta Complexidade.

Interação: Onde não há RUTE, há possibilidade de implantação? Como fazer?

Messina - Em todos os estados do país há pelo menos um Núcleo de Telemedicina implantado pela RUTE. Portanto, todo estado pode e deve praticar a telemedicina e a telessaúde com o apoio dos Hospitais Universitá-rios e de Ensino, onde se concentra a maior parte do conhecimento em saúde no Brasil. E, segundo opinião especializada, essa é uma forma de oferecer aos municípios e seus pa-cientes, atendimento remoto que, sem a telemedicina, jamais seria possível.

Como o foco das atenções, de acordo com a OMS e o Ministério da Saúde, é a Atenção Primária e o apoio remoto às equipes do Programa de Saúde da Família, fazemos uso também de ferramentas que podem ser utilizadas em baixas conexões, normalmente hoje disponíveis nos municípios, como é o caso da Web

conferência, na qual o profissional da saúde, através de um PC, fone de ouvido e acesso à internet simples, participa de uma sessão a distância, recebendo treinamento, assistindo a uma palestra, interagindo, e também recebendo uma segunda opinião ou sendo assistido/acompanhado por um especialista a distância.

Interação: Como os municípios que ainda não implantaram a RUTE podem participar dos Grupos de Interesse e quais os benefícios dis-so?

Messina - Se o município tem in-teresse para participar dos grupos, a instituição de saúde deve ter um res-ponsável e solicitar adesão ao grupo, através da coordenação da RUTE. (A totalidade dos grupos e as agendas podem ser acessadas em: www.rute.rnp.br).

Tanto a Atenção Primária quanto as especialidades só têm a ganhar com a telemedicina e a telessaúde. Os profissionais de saúde deixam de es-tar isolados em municípios distantes e podem manter contato constante com os avanços e os novos procedimentos terapêuticos.

O Brasil vem assumindo uma posi-ção de liderança na América Latina e no mundo, no que diz respeito à prá-tica da telemedicina e da telessaúde.

O mais importante agora é a com-preensão por parte dos gestores mu-nicipais e estaduais a respeito desta nova facilidade inserida no dia a dia das instituições de saúde, através das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação.

A RUTE integra 55 Núcleos de telemedicina na RNP. São 48 Gru-pos de Interesse Especial, com 60 sessões científicas todo mês. Em 2013 serão 80 Núcleos e até 2015 se-rão 130. Sua instituição já participa? Informe-se www.rute.rnp.br

Revista Interação ● Edição 8

Entrevista

Centro de Tecnologia da Faculdade de Medicina da USP em videoconferência com o Centro de Tecnologia do Prédio Saúde do Futuro (no Hospital das Clínicas), com a Universidade do Estado do Amazonas e com a Universidade Federal de Minas Gerais.A Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP foi fundada em 1997, e participa da Rede Rute desde a sua criação, em 2006. A disciplina também coordena o Núcleo São Paulo do Programa Telessaúde Brasil Redes, que engloba o sistema Faculdade de Medicina da USP/ HCFMUSP e a Faculdade de Odontologia da USP. O chefe da disciplina, Dr. Chao Lung Wen, além de coordenador do Núcleo São Paulo, também é membro do Comitê Assessor da Rute.

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Revista Interação ● Edição 8

Ao falarmos sobre a diversida-

de de conhecimentos construídos

dentro do mundo das redes de com-

putadores, mais conhecida como

cibercultura, observamos o quanto

a humanidade se encontra, no que

concerne aos sistemas de educação

e de formação, em um cenário desa-

fiador, até então nunca enfrentado. A

velocidade de surgimento e de reno-

vação dos saberes e o savoir-faire –

o saber como agir ou ter um conhe-

cimento apurado de algo –, trazem

a constatação de que “[...] a maioria

das competências adquiridas por

uma pessoa no início de seu percur-

so profissional estará obsoleta no fim

de sua carreira” (LÉVY, 1999, p. 157).

Além disso, cada vez mais, traba-

lhar significa “[...] aprender, transmitir

saberes e produzir conhecimentos”

(LÉVY, 1999, p. 157).

Assim, ao se iniciar o século XX,

a duração das mudanças culturais

como a absorção maciça de novos

conhecimentos, inovação tecnológi-

ca, deslocamento vocacional, mobi-

lidade populacional, mudanças nos

sistemas políticos e econômicos etc.,

prolongavam-se por diversas gera-

ções. A partir de então, o ritmo das

revoluções culturais se acelerou, e o

conhecimento adquirido em determi-

nado momento tem se tornado ob-

soleto cada vez mais rapidamente. A

educação, nessa perspectiva, deixa

de ser encarada como um processo

de transmissão do que é conhecido,

para caracterizar-se como um pro-

cesso de questionamento contínuo

que dura a vida inteira (BECHARA,

2006).

Outra constatação das mudan-

ças educacionais contemporâneas

diz respeito à amplificação do cibe-

respaço – comunicação via rede de

computadores. William Gibson foi o

escritor que em sua obra de ficção

chamada “Neuromante”, de 1984, in-

ventou o termo. Buscou designar o

universo de redes digitais, descrito

como campo de batalha entre mul-

tinacionais, palco de conflitos mun-

diais, uma nova fronteira econômica

e cultural. O ciberespaço modifica

numerosas funções cognitivas hu-

manas, quando utilizamos o compu-

tador, em que a memória cria bancos

de dados, hiperdocumentos, arquivos

digitais de todos os tipos. A imagina-

ção possui simulações. A percepção

tem sensores digitais, telepresença,

realidades virtuais, e o raciocínio

possui inteligência artificial. O indi-

víduo passa a aprender, a transmitir

saberes e a produzir conhecimentos

(LÉVY, 1999).

Com o uso das chamadas “tec-

nologias intelectuais”, através de

documentos digitais ou programas

disponíveis na rede, compartilha-se

qualquer documento entre nume-

rosos indivíduos, aumentando com

isso a “inteligência coletiva” dos gru-

pos humanos. Esse saber-fluxo, o

trabalho-transação de conhecimen-

to, as novas formas de inteligência

individual e coletiva mudam profun-

damente os dados do problema da

educação e da formação. O conhe-

cimento passa a não ser mais pla-

nejado nem precisamente definido

com antecedência. As trajetórias e os

perfis profissionais tornam-se singu-

lares, podendo ser canalizados em

programas ou cursos válidos para to-

dos. A busca é por novos modelos no

espaço do conhecimento.

Isso se tornou bem marcante,

após a reunião da Cúpula Mundial

sobre a Sociedade da Informação –

World Summit on the Information So-

Cibercultura e Educação: uma interface para

o saberMarcos Roberto Alves Oliveira (Graduado em Licenciatura em Filosofia/UFMA; Especialista em Metodologia do Ensino Superior/UFMA; Especialista em Tecnologias da Informação para Educadores/UFRGS; Mestrando em Ética e Epistemologia/UFPI; Professor e Chefe do Departamento de Pedagogia do Centro de Estudos Superiores de Timon – Universidade Estadual do Maranhão/CESTI - UEMA E-mail: [email protected]

Conhecimento

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Revista Interação ● Edição 8

ciety (WSIS), promovida pela Orga-

nização das Nações Unidas (ONU),

em Genebra, em dezembro de 2003,

o que representou o primeiro esfor-

ço global no sentido de desenvolver

uma visão comum da sociedade da

informação que potencialize e traga

benefícios a todos os povos (BE-

CHARA, 2006).

A contribuição mais significativa

do referido encontro foi o consenso

obtido na Declaração de Princípios

– Construindo a Sociedade da Infor-

mação: um desafio global no novo

milênio, a qual reconhece que:

[...] a educação, o conhecimento, a

informação e a comunicação estão

no cerne do progresso, do empen-

ho e do bem-estar humanos. Além

disso, as tecnologias de informação

e comunicação (TIC´s) têm um im-

pacto imenso sobre praticamente to-

dos os aspectos de nossas vidas. O

rápido progresso dessas tecnologias

abre oportunidades completamente

novas para alcançar níveis mais el-

evados de desenvolvimento. A capa-

cidade dessas tecnologias de reduzir

Administração

www.sobreadministracao.com

Administração Pública

www.administradores.com.br

Biologia

www.crbio5.gov.br

Física

www.veduca.com.br

Filosofia

www.dominiopublico.gov.br

Letras Inglês

www.bbc.co.uk/portuguese/

Letras Português

www.academia.org.br

Matemática

www.somatematica.com.br

Pedagogia

http://revistaescola.abril.com.br/

PNAP - Curso de Especialização em Gestão em Saúde

http://portalsaude.saude.gov.br/

Química

www.periodicos.capes.gov.br

Sistemas de Informação

cursosieadufpi.blogspot.com.br

muitos obstáculos tradi-

cionais, especialmente

aqueles de tempo e dis-

tância, pela primeira vez

na história torna possível

utilizar o potencial dessas

tecnologias para o benefí-

cio de milhões de pessoas

em todos os cantos do

mundo. (WSIS, 2003 apud

BECHARA, 2006, p. 3).

Nessa perspectiva, a aprendiza-

gem continuada ou Ensino Aberto e

a Distância (EaD), passa a ser reco-

nhecido através da Declaração de

Princípios de tal Cúpula, como uma

oportunidade oferecida a todos os

indivíduos, possibilitando educação

continuada e de adultos, o retreina-

mento, a aprendizagem permanente,

a aprendizagem a distância e outros

serviços que ofereçam uma contribui-

ção fundamental à empregabilidade,

e que possam trazer benefícios às

pessoas, a partir de novas oportuni-

dades junto ao mercado de trabalho

para empregos tradicionais, autôno-

mos e novas profissões. Logo, refletir

sobre os sistemas de educação e de

formação adequados exige avaliação

contínua das contribuições que as

novas e diferentes abordagens tec-

nológicas possam agregar ao desafio

da construção de uma sociedade da

informação mais democrática.

Referências

BECHARA, J. J. B. Aprendizagem em

ambientes virtuais: estamos utilizan-

do as pedagogias mais adequadas?

Dissertação (Mestrado em Educa-

ção). 102 f, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, 2006.

LÉVY, P. Cibercultura. São Paulo: 34,

1999.

A coordenação recomenda:F

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Page 17: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

Qualidade do Ensino a Distância: Centro de Educação Aberta e a

Distância (CEAD/UFPI)é reconhecido pelo MEC

O Centro de Educação Aberta e

a Distância da Universidade Federal

do Piauí (CEAD/UFPI), fundado em

2006, representa um avanço na edu-

cação superior a distância no Piauí,

contando, atualmente, com uma es-

trutura institucional de grande por-

te. São oferecidos onze cursos de

graduação, sendo oito licenciaturas

– Biologia, Filosofia, Física, Mate-

mática, Pedagogia, Química, Letras

Português e Letras Inglês –; três

bacharelados – Sistemas de Infor-

mação, Administração e Administra-

ção Pública, o último ofertado pelo

Programa Nacional de Administração

Pública; além de quatro especializa-

ções – Gestão Pública, Gestão Mu-

nicipal, Gestão em Saúde, e Gestão

de Políticas Públicas em Gênero e

Raça.

O dia 5 de março de 2013 repre-

senta um dia histórico para o CEAD/

UFPI. Nesta data, aconteceu o reco-

nhecimento do CEAD, pelo Ministé-

rio da Educação (MEC), conforme

a Portaria nº 97, publicada no Diário

Oficial da União, no dia 6 de março

de 2013. A Portaria foi assinada pelo

Secretário de Regulação e Super-

visão da Educação Superior, Jorge

Rodrigo Araújo Messias.

“A criação do CEAD pela Portaria

MEC é resultado de solicitações fei-

tas desde 2009, com reiteração em

2012, junto ao MEC, solicitando esse

reconhecimento do Centro, que veio

junto também com a criação oficial

do campus Amílcar Ferreira Sobral,

em Floriano. Como desdobramentos,

teremos eleições para coordenado-

res de cursos e do CEAD”, ressalta o

Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes,

diretor do CEAD.

Com o objetivo de ampliar a ofer-

ta de cursos a distância no Piauí, em

março deste ano, o CEAD/UFPI soli-

citou à Coordenação de Aperfeiçoa-

mento de Pessoal de Nível Superior

(Capes), mais quatro licenciaturas

e nove especializações. Dessas, fo-

ram autorizadas as licenciaturas em

Computação, Geografia, Ciências da

Natureza e História, portanto, todas

as quatro que foram requeridas; e as

especializações em Ecologia, Edu-

cação Permanente para Estratégia

Saúde da Família, Gestão Educacio-

nal em Rede, História Social da Cul-

tura, Informática na Educação e Lín-

gua Brasileira de Sinais (LIBRAS),

ou seja, seis das nove solicitadas,

todas aprovadas em maio de 2013.

Enade confirma qualidade da EaD na UFPI

O Exame Nacional de Desem-

penho dos Estudantes (Enade) tem

como objetivo avaliar o rendimento

dos alunos dos cursos de graduação,

em relação aos conteúdos progra-

máticos, suas habilidades e compe-

tências. De acordo com o resultado

do Enade 2011, divulgado no final de

2012, os cursos avaliados do CEAD/

UFPI (Ciências Biológicas, Filosofia,

Pedagogia e Sistemas de Informa-

ção) tiveram média de desempenho

satisfatória e equivalente aos respec-

tivos presenciais, confirmando que

a Educação a Distância forma seus

alunos com a mesma qualidade da

educação presencial.

Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, Magnífico Reitor ; Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes,

Diretor do CEAD/UFPI e Prof. Dr. Milton Batista da Silva, Vice-diretor do CEAD/UFPI

Prof. Dr. Luiz de Sousa Santos Júnior, ex-reitor, e Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes, reitor atual

da UFPI, na cerimônia de transmissão de cargo de Reitor e posse de Vice, em 20-11-2012

Reconhecimento

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Page 18: Interacao 8 para issuu

O destaque nessa avaliação, que

tem 5 como nota máxima, veio para

o curso de Pedagogia, avaliado com

nota 4. O resultado, considerado mui-

to bom, é fruto do empenho dos alu-

nos e de todos os que fazem o CEAD.

Evidenciam-se também os esforços

empreendidos pela gestão da UFPI,

na pessoa do reitor, à época, Prof. Dr.

Luiz de Sousa Santos Júnior, reite-

rados pelo atual reitor, Prof. Dr. José

Arimatéia Dantas Lopes, além da

dedicação das equipes de trabalho

dos Polos UAB de Alegrete do Piauí,

Elesbão Veloso e Floriano.

A coordenadora do curso, Prof.ª

Dr.ª Vera Lúcia Costa Oliveira, atribui

esse resultado também à metodolo-

gia de condução das atividades. Ela

cita, por exemplo, o cumprimento de

calendário, da carga-horária e das

normas do MEC e do Enade; e à ava-

liação contínua, que evita a retenção

dos alunos nas disciplinas cursadas,

através da aplicação de atividades

contínuas, como fóruns, chats, semi-

nários e atividades de recuperação.

Segundo a professora Vera, a

preocupação com a assiduidade do

aluno é constante: “quando ele de-

mora a acessar a plataforma, tele-

fonamos, mandamos comunicados,

fazemos até visita domiciliar a esse

aluno, tudo na tentativa de encorajá

-lo a prosseguir nos estudos”.

Destaca, ainda, que os professo-

res de disciplinas têm uma relação

aberta com seus tutores. “O profes-

sor chama a atenção do tutor, cuja

atuação esteja insatisfatória e tam-

bém parabeniza quando está legal,

motivando intervenções que venham

a contribuir com a aprendizagem dos

alunos”, declara.

De acordo com o Coordenador de

Tutoria do curso, Prof. Me. Ronaldo

Matos Albano, esse resultado “é um

conjunto, uma extensão da coorde-

nação, que procura fortalecer esse

suporte importante à EaD, que é o

trabalho dos tutores. Também torna

homogênea a forma como os tutores

intervêm na realidade de cada Polo,

atentando para as especificidades

de cada contexto e de cada aluno,

sem perder de vista a qualidade que

o currículo exige para uma formação

adequada”. O prof. Ronaldo explica,

ainda, que esse trabalho é dinâmico

e interativo, e se dá através de ca-

pacitações periódicas na Sede do

CEAD, durante o semestre letivo; no

Ambiente Virtual de Aprendizagem

(AVA); e na interação constante entre

tutores e Coordenação de Tutoria, à

medida que cada demanda vai sur-

gindo, seja por meio de e-mail, de

telefonemas e de visitas aos Polos,

no intuito de potencializar o trabalho

do tutor, que está na linha de frente.

A voz dos discentes

Os alunos de EaD ressaltam o

compromisso e a responsabilidade

de manter a qualidade do curso de

Pedagogia, dedicando-se cada vez

mais para alcançar a avaliação ple-

na, ou seja, a nota 5, nas próximas

avaliações do Ministério da Educa-

ção.

“Estou muito feliz pela avaliação

do curso, porque foi muito prazeroso

cursar e me formar em Pedagogia.

Participei do Enade e já fui aprovada

em concurso efetivo para professor

do município de Teresina”, diz Rosa

Albertina Tavares da Silva, egressa

do curso de Pedagogia em EaD no

Polo de Elesbão Veloso-PI.

“Acho que essa nota é resultado

dos esforços dos alunos, pelo me-

nos 80 por cento, porque, em EaD,

o aluno tem que ter mais responsa-

bilidade, buscar mais e dar mais de

si na construção do conhecimento”

ressalta Alcides Neto de Assis Sou-

sa, aluno do Módulo 7 do curso de

Pedagogia-EaD/UFPI, no Polo de

Simplício Mendes-PI.

“Achei o resultado justo e impor-

tante para quebrar o tabu contra a

Educação a Distância, porque não

é pelo fato de termos, na EaD, ape-

nas de dois a quatro encontros pre-

senciais no mês, que não possamos

ter o mesmo desempenho que os

alunos da educação presencial, pois

temos os mesmos compromissos, e

os professores e o conteúdo também

são os mesmos. Somos até cobrados

mais porque dizem que temos mais

tempo. Portanto, essa nota 4, igual à

do presencial, só nos valoriza e pro-

va que temos o mesmo conhecimen-

to” afirma Cíntia de Sousa Oliveira,

aluna do Módulo 7 do curso de Peda-

gogia-EaD/UFPI, no Polo de Marcos

Parente- PI.

Mesa oficial de formatura da turma de Pedagogia-EaD, em Alegrete, dia 19/08/2011.

Professores(as): Liduína Maria de Jesus (tutora), Telma Maria Rocha (tutora), Lourenilson Leal de Sousa (paraninfo), Gildásio Guedes Fernandes

(diretor do CEAD/UFPI), Joaquim Leal Neto (prefeito de Alegrete e patrono da turma), Vera Lúcia da Costa Oliveira (coordenadora do curso

de Pedagogia) e Lívia Fernanda Nery da Silva (coordenadora de Tutoria).

Revista Interação ● Edição 818

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Interação: Em março deste ano, o Centro de Educação Aberta e a Distância da Universidade Federal do Piauí – CEAD/UFPI obteve o re-conhecimento do MEC, conforme a Portaria nº 97, publicada no Diário Oficial da União. Qual a importân-cia deste reconhecimento para a UFPI?

Reitor: O CEAD já existia, de fato, mas a homologação pelo MEC de sua criação, aprovada anteriormente por nosso Conselho Universitário, foi um passo importantíssimo para ratificar a institucionalização deste Centro e permitir sua regulamentação, incluin-do a criação do respectivo conselho e a eleição de seu diretor. Essas ações permitirão não apenas um me-lhor funcionamento do CEAD, com a melhoria, em todos os aspectos, dos cursos já ofertados, mas, também, o crescimento mais consistente dessa modalidade de ensino.

Interação: O CEAD/UFPI funda-do em 2006, atualmente oferece onze cursos de graduação, sendo oito licenciaturas e três bacharela-dos, e um mestrado em Matemáti-ca. Recentemente (maio de 2013),

a Capes autorizou mais quatro cursos de licenciatura e seis es-pecializações para o CEAD. Para o senhor, o que isto representa para a Educação a Distância no Piauí?

Reitor: O ensino a distância é uma modalidade que veio para ficar e, com o advento de novas tecnologias de in-formação e de comunicação, será, no futuro não distante, a modalidade de ensino dominante no mundo. O Piauí não está fora desse processo, dessa tendência mundial, e para um estado de grande extensão territorial e com grandes desigualdades sociais como o nosso, a ampliação da oferta dessa modalidade de ensino terá um papel estratégico para alavancar o desen-volvimento econômico, social, político e cultural.

Interação: O resultado do Ena-de 2011, divulgado no final de 2012, avaliou os cursos de Ciências Biológicas, Filosofia, Pedagogia e Sistemas de Informação do CEAD, com média de desempenho satis-fatória e equivalente aos respec-tivos presenciais. A qualidade do Ensino a Distância oferecido pelo CEAD/UFPI foi, dessa forma, reafir-mada junto à comunidade acadê-mica e à comunidade em geral. A que o senhor atribui esse desem-penho?

Reitor: Os resultados alcançados no Enade 2011 pelos concluintes dos cursos oferecidos pelo CEAD não nos surpreendeu, pois sabíamos da responsabilidade com que essa mo-dalidade vem sendo conduzida na UFPI e da qualidade e competência de nossos professores. Para os cé-ticos, críticos dessa modalidade de ensino, fica a comprovação de que a qualidade do ensino não depende da modalidade, mas da seriedade e responsabilidade com que ela é en-carada e da competência e do com-prometimento da equipe de gestores

e de docentes que estão à frente do processo.

Interação: Considerando as atuais instalações físicas do CEAD e sua distância geográfica do Cam-pus Ministro Petrônio Portella, há projetos de melhoria e de amplia-ção para o CEAD/UFPI e para a Educação a Distância no Piauí?

Reitor: Sim, nós temos um proje-to e o compromisso de construirmos uma sede própria, com instalações adequadas e modernas para o CEAD, dentro do Campus Ministro Petrônio Portella, além da construção de uni-dades nos campi fora de sede, que contribuirá significativamente para dar um melhor suporte às atividades do CEAD, resultando na melhoria de todas as atividades desse cen-tro. Temos, também, o compromisso de ampliarmos o número de cursos e de polos, visando dar uma melhor cobertura em todo nosso Estado, am-pliando assim o processo de inclusão no ensino superior, de nossos jovens, residentes nos municípios mais dis-tantes dos grandes centros.

Interação: Como o CEAD/UFPI está crescendo muito, com a apro-vação de novos cursos e especiali-zações, como estão os planos para a contratação de pessoal docente e técnico- administrativo?

Reitor: A ampliação do quadro docente e de pessoal, de um modo geral, depende de autorização do MEC e temos o reconhecimento, por parte do referido Ministério, do déficit que temos no quadro de servidores da UFPI, e não apenas no CEAD. Estamos trabalhando no sentido de obtermos uma ampliação de nosso banco de professores equivalentes, mas independente dessa ampliação iremos realizar em breve um concur-so para recomposição do quadro do-cente do CEAD.

ENTREVISTA REITOR DA UFPI

José Arimatéia Dantas Lopes, Reitor da UFPI, doutor e mestre em Química Orgânica pela

Unicamp e graduado em Farmácia e Bioquímica pela UFC.

Revista Interação ● Edição 819

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Page 20: Interacao 8 para issuu

Educação a Distânciae inclusão profissional

A educação se modifica em con-

sequência de processos sociais de-

correntes do desenvolvimento cien-

tífico e tecnológico, que impõem

cenários e práticas educacionais

contextualizados na perspectiva da

sociedade tecnológica atual. O cres-

cimento acelerado das tecnologias

da informação e da comunicação

(TICs), adicionado às novas deman-

das sociais exigidas na formação e

na capacitação das pessoas, tem le-

vado educadores e outros estudiosos

da área a repensar as concepções e

as práticas pedagógicas adotadas no

nosso sistema educacional.

A introdução das tecnologias da

informação e os pressupostos da

teoria sociocrática apoiam, na edu-

cação, propostas de ensino na mo-

dalidade a distancia. Portanto, os

contextos e as práticas educativas

de Educação a Distância (EaD) de-

safiam escolas e professores a estru-

turar propostas e desenvolver com-

petências para atuarem nessa forma

de ensino-aprendizagem, no intuito

de promover cidadania pelo acesso

ao ensino, e qualificação profissional

pela superação de obstáculos nos

processos pedagógicos.

No entanto, o momento sugere

que na escola e no trabalho a apren-

dizagem se dê de forma contínua, fle-

xível, com professores e estudantes

reunidos no mesmo espaço de sala

de aula, em momentos presenciais

ou distantes, mas unidos nos espa-

ços de aprendizagens onde estão

conectados virtualmente, objetivan-

do o contexto democrático e inclusi-

vo da EaD, evidenciada por concep-

ção sociocrítica da educação e pela

identificação dos desafios colocados

para os professores, bem como as

perspectivas pedagógicas para essa

modalidade.

Insere-se aqui a EaD no cenário

da inclusão de trabalhadores, e de

todas as pessoas, nos processos cul-

turais da sociedade, como modalida-

de de educação sintonizada com os

problemas sociais e de classes, em

que o acesso aos bens científicos,

tecnológicos e culturais, através da

escola presencial, é limitado e sem-

pre encontra muitos obstáculos.

A concepção sociocrítica da EaD

pressupõe o atendimento às deman-

das por escolas, por qualificação pro-

fissional e por melhores condições

de vida e de acesso ao processo pro-

dutivo, do crescente número de pes-

soas que estiveram alijadas do pro-

cesso educativo, em decorrência das

desigualdades sociais e da exclusão

educacional ocasionadas pela esco-

la, cujo papel era selecionar e classi-

ficar pequeno número de indivíduos

para poucos cargos de comando,

causando situação desumana para a

população.

A inclusão social pela EaD, atra-

vés da oferta de cursos de capacita-

ção e de cursos profissionalizantes,

encontra apoio no artigo 40 da Lei

9394/1996: “A educação profissional

será desenvolvida em articulação

com o ensino regular ou por diferen-

tes estratégias de educação conti-

nuada, em instituições especializa-

das ou no ambiente de trabalho”.

A interseção da Educação com a

tecnologia tem despertado o interes-

se pelo desenvolvimento de novas

concepções educacionais e cres-

cente demanda pela EaD, como uma

forma de ensino mais democrática

e capaz de promover aprendizagem

significativa. Essa modalidade edu-

cacional está em processo de expan-

são, sendo implementada por inúme-

ras Instituições de Ensino, públicas e

privadas, apesar de ainda haver pre-

conceito e falta de informação quan-

to aos seus resultados. Portanto, a

EaD é definida como a modalidade

de ensino utilizada para promover

oportunidades educacionais a gran-

des contingentes de alunos em dife-

rentes espaços geográficos a partir

de noções de flexibilidade, de ritmo

Aryadynna Santos FeitosaEspecialista em Docência da Educação

Profissional - IFPIInstrutora na área de educação e de

rotinas administrativas.E-mail: [email protected]

Demandas

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Page 21: Interacao 8 para issuu

individual, de inclusão, de autonomia

e de qualidade pedagógica.

O principal foco da EaD é a apren-

dizagem do aluno, através do material

didático, que deve ser claro, interes-

sante, e dinâmico para que o aluno

se sinta motivado à leitura. A lingua-

gem dos textos deve seguir a linha

dialógica; assim, o aluno exercitará e

vivenciará experiências que permitem

o desenvolvimento da competência de

solucionar problemas e situações no-

vas, estando cada vez mais apto a se

engajar em um ambiente no mercado

de trabalho contemporâneo.

A introdução da tecnologia no

campo educacional não atende a to-

dos os desafios e demandas de pro-

fessores e de estudantes, mas pode

contribuir para a inserção de pessoas

no mundo do trabalho, agregando va-

lor cultural, capacitando-as para me-

lhor compreensão de sua realidade,

possibilitando-as à transformação de

forma reflexiva e crítica. Salienta-se

que o processo de inclusão digital,

amparado pelas políticas públicas de

Educação, viabiliza o acesso a uma

formação diferenciada a uma grande

parcela da população, contribuindo

para o crescimento global dos que

dela fazem uso e a buscam como edu-

cação de qualidade. Nesse sentido, os

recursos que dão suporte à modalida-

de EaD superam as barreiras geográ-

ficas e de comunicação, otimizando

a expansão da oferta e alcançando a

inclusão de mais e mais estudantes

trabalhadores.

Os desafios do trabalho dos pro-

fessores na EaD são bem complexos

e significativos, pois o planejamento, a

preparação e a apresentação dos cur-

sos devem ser cuidadosamente rea-

lizados, demandam mais tempo, pois

não se trata apenas de lidar com um

sistema que quantifica alunos, suas

interações e atividades, mas de pro-

posta cujos parâmetros pedagógicos

e intencionalidades estejam evidentes

para professores, alunos e sociedade.

A história de Genival Soares de

Sousa é exemplo do nível de deter-

minação dos alunos de Educação a

Distância. Genival tem 28 anos, natu-

ral de Alto Longá-PI, e atualmente re-

side em Novo Santo Antônio-PI, onde

trabalha como Auxiliar Administrativo

da Prefeitura Municipal desde 2009.

Em 2012, ele concluiu sua graduação

com êxito, no curso de Bacharelado

em Administração no Polo de Apoio

Presencial de Castelo do Piauí. Para

conseguir a tão sonhada formação

superior, Genival teve de enfrentar

alguns desafios. Em 31 de março de

2012, sofreu grave acidente, quando

retornava do encontro presencial e,

segundo laudo médico, ficaria com

sequelas irreversíveis, principalmente

na fala.

Com muita garra e determinação,

o aluno conseguiu evoluir de estado

negativo, para quadro positivo de re-

cuperação da fala e dos movimentos,

além da consciência de seus atos,

através de sessões de fisioterapia e

de fonoaudiologia.

Mesmo diante dos obstáculos, Ge-

nival apresentou o forte propósito de

concluir o curso, com o cumprimento

do estágio supervisionado e a pro-

dução do Trabalho de Conclusão de

Curso (TCC).

Ao observar a determinação e a

melhora progressiva do aluno, a Coor-

denação do curso de Administração

lançou mais um desafio: se Genival

apresentasse um laudo médico, ates-

tando as condições de apto, mesmo

com restrições quanto às atividades

intelectuais de entender e de expres-

sar vontades, ele teria uma chance

para integralizar os créditos do IX

Bloco.

Genival aceitou e obteve êxito:

cumpriu o estágio supervisionado,

fez o Artigo Científico e foi muito bem

abalizado pela Banca Avaliadora.

Como exemplo de superação, colou

grau normalmente, com os demais

colegas de turma, no dia 25 de outu-

bro de 2012.

Perfil do Aluno de EAD

Genival Soares de Sousa

Bacharel em Administração

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Revista Interação ● Edição 821

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Para a boa formação dos alunos, além do Ensino, a

Universidade deve contemplar a Pesquisa e a Extensão. As

atividades de Extensão, como articuladoras dos saberes

científico e popular, envolvem a ação de professores, de

alunos e de parceiros externos à Academia, com o objetivo

de promover melhorias na sociedade em que atuam.

Curso de Letras Português

O curso de Letras Português do Centro de Educação

Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) está desenvolvendo os

projetos de extensão: “Novas Tecnologias Aplicadas ao En-

sino de Língua Portuguesa” e “Letras no Mundo, o Mundo

nas Letras”.

O Coordenador do curso de Letras Português do CEAD/

UFPI, Prof. Dr. José Vanderlei Carneiro, acredita que os

projetos de extensão fazem parte da concepção do que é,

de fato, a Universidade, que se organiza em torno de três

pilares: Ensino, Pesquisa e Extensão. “Os alunos têm que

cumprir uma carga horária de 200 horas/aula de atividades

complementares, por isso, o curso de Letras oferece as

atividades de extensão. Estas atividades também podem

ser acrescentadas no currículo acadêmico, contribuindo,

assim, para a vida profissional do aluno”, relata.

“Novas tecnologias aplicadas ao ensino de Língua Portuguesa”

O curso de extensão “Novas Tecnologias Aplicadas ao

Ensino de Língua Portuguesa” foi implantado em 13 de

abril de 2013, e tem por finalidade suprir a necessidade de

capacitação e de qualificação no uso das tecnologias no

ensino de Língua Portuguesa. O público-alvo é composto

por professores/tutores do curso de Letras Português e por

coordenadores de polo da UAB/UFPI.

Ministrado em uma única turma EaD, na Plataforma

Moodle/CEAD-UFPI, nos polos de Uruçuí, São João do

Piauí, Simplício Mendes, Inhuma, Valença do Piauí e Eles-

bão Veloso, o curso de Extensão teve a participação de 25

alunos.

O Curso envolve teoria e prática como subsídios para

planejamento e execução de atividades práticas no que

se refere ao ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa, além de proporcionar aos tutores a oportunidade da pro-dução acadêmica, como resultado de suas pesquisas para publicação e/ou divulgação em eventos científicos, crian-do-se, também, a oportunidade para uma concepção mais abrangente da intersecção educação/cultura/mídias.

O objetivo é viabilizar o conhecimento de conceitos e de critérios fundamentais para que se produza aprendizagem no ensino de Língua Portuguesa, na Modalidade a Distân-cia, além de metodologias e ferramentas essenciais para o desenvolvimento de competências na prática pedagógica de forma efetiva.

“Letras no Mundo, o Mundo nas Letras” Outro projeto desenvolvido pelos professores Maria Go-

reth Varão, José Vanderlei Carneiro e Francisca de Jesus Cardoso é o curso de extensão: “Letras no Mundo, o Mun-do nas Letras”. O projeto foi implantado em 23 de março de 2013 e, desde então, gerencia um curso de Formação e Capacitação para graduandos do curso de Letras/Portu-guês-EaD dos seis polos de apoio presencial. 210 alunos dos polos de Uruçuí, São João do Piauí, Simplício Mendes, Inhuma, Valença do Piauí e Elesbão Veloso participam do projeto, que funciona de forma presencial e a distância. Na Plataforma Moodle/ CEAD-UFPI, os alunos inscritos têm disponíveis, além do material para leitura (textos, vídeos, filmes, etc.), os fóruns para discussões e as atividades pro-postas pelos ministrantes do curso.

O projeto tem como objetivo sair do enfoque tra-

Projetos de Extensão do CEAD/UFPI: estímulo à boa formação

dos alunos de EaD

Visita do Prof. Dr. José Vanderlei (Coordenador Acadêmico) ao Polo de Simplício Mendes

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dicional do ensino de redação, na Modalidade a Dis-tância, e praticar as novas tendências de ensino de leitura e de produção de textos com o apoio das no-vas tecnologias da informação e da comunicação, ten-do como finalidade a produção de textos funcionais.

Coordenação de Sistemas de Informação

Curso de Sistemas de Informação estimula a extensão e o conhecimento das novas tecnologias

O curso de Sistemas de Informação, na modalidade EaD, ofereceu cursos de extensão em vários municípios do Estado. Foram ministrados: “Como Produzir um Artigo Científico” (Alegrete do Piauí, Esperantina, Floriano e Inhu-ma); “Empreendedorismo em Tecnologia da Informação” (Canto do Buriti e Gilbués); “Programação em Dispositivos Móveis em Android” (Esperantina, Floriano e Inhuma); e “Sistema Operacional LINUX” (Água Branca, Buriti dos Lo-pes, Castelo do Piauí e Piracuruca).

Para o coordenador do Curso de Sistemas de Informa-ção, Prof. Me. Leonar-do Ramon, os cursos de extensão propiciam o aprofundamento na área, em cursos espe-cíficos, voltados para o mercado de trabalho, “além de enriquecer o currículo do discente, atualizá-lo, gerando-lhe experiência, competên-cias diferenciadas e oportunidades futuras com os conhecimentos adquiridos”, acrescenta o professor.

Coordenação de Administração

A Coordenação do curso de Bacharelado em Admi-nistração, com o objetivo de disseminar o conhecimento e, desse modo, contribuir para a formatação de ideias e de propostas de mudança da realidade local, vem desen-volvendo atividades de extensão para os alunos da Uni-versidade Aberta e para a comunidade em geral. Foram realizadas, no período de janeiro a abril de 2013, diversas atividades de extensão nos polos de Apoio Presencial de Esperantina, Canto do Buriti, Buriti dos Lopes e Castelo do Piauí, dentre as quais:

• Polo de Apoio Presencial de Esperantina

Nos dias 18 e 19 de janeiro de 2013, aconteceu o I En-contro Pedagógico do curso de Administração, no Polo de Apoio Presencial de Esperantina. O evento contou com a palestra do Wedson Bezerra (“Como ter uma Carreira Vito-riosa?”), além do minicurso “Dinâmica sobre os Ambien-tes Empresariais”, ministrado pelo Prof. Rodolfo Hermann Teles.

• Polo de Apoio Presencial de Canto do Buriti

No dia 25 de janeiro de 2013, a Coordenação do curso de Bacharelado em Administração promoveu a oficina “Perdendo o Medo de Falar em Público”, no Polo de Apoio Presencial de Canto do Buriti. A oficina foi minis-trada pelo instrutor Wedson Bezerra Pereira e contou com a participação de aproxima-damente 35 pessoas, entre alunos de Administração, de Matemática, de Biologia, além de assistentes sociais e psi-cólogos do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) local.

• Polo de Esperantina: II Encontro Pedagógico do Curso de Administração

O II Encontro Pedagógico do curso de Administração aconteceu no dia 02 de fevereiro de 2013. Os alunos parti-ciparam do minicurso “A Pedagogia nos Trabalhos de Con-clusão de Curso: Teoria e Prática das Técnicas de Pesqui-sa”, ministrado pela Prof.ª Ma. Antonella Sousa.

A segunda parte do II Encontro Pedagógico do curso de Administração aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2013. Dessa vez, o evento contou com o Workshop “Orçamen-to de Caixa: Como Planejar as Finanças de sua Empresa”, ministrado pelo Prof. Rodolfo Hermann Teles; e o Minicur-so “Técnicas de Negociação”, com a Prof.ª Ioná Maria das Chagas Sousa.

• Polo de Apoio Presencial de Castelo do Piauí

Nos dias 19 e 20 de abril de 2013, os alunos do curso de Bacharelado em Administração do Polo de Castelo do Piauí participaram da palestra “O Sucesso dos Imprová-veis”, ministrada pelo Prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes. Além da palestra, a Prof.ª Ioná Maria das Chagas Sousa apresentou aos alunos o minicurso “Direito do Consumidor”.

Prof. Me. Leonardo Ramon Coordenador do curso de Sistemas

de Informação do CEAD/UFPI

Revista Interação ● Edição 8

Profa. Ms. Antonella Sousa Coordenadora do curso de

Administração do CEAD/UFPI

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Revista Interação ● Edição 8

Atualmente, o mundo passa por

um intenso processo de informatiza-

ção, em que inovadoras tecnologias

de informação têm contribuído para

a dinamização do conhecimento. A

educação busca se adaptar a essa

nova realidade com a utilização de

mecanismos que aproximem e faci-

litem a aquisição de conhecimentos

para a sociedade. Para atender às

exigências impostas pelos avanços

ensino superior. Diante disso, “a ofer-

ta de educação na modalidade a dis-

tância pode contribuir para atender

às demandas educacionais urgen-

tes, tais como a formação ou capaci-

tação de docentes para a educação

básica.” (BOMFIM; HERMINA, 2006,

p. 167).

No Piauí, a Universidade Federal

do Piauí tem contribuído, de forma

significativa, para a ampliação dessa

modalidade através do seu Centro

de Educação Aberta e a Distância

(CEAD) que responde pela nomen-

clatura de Universidade Aberta do

Piauí (UAPI). Gradualmente, a UAPI

tem oferecido cursos de graduação

e de pós-graduação, oportunizando

ensino de qualidade para toda a so-

ciedade piauiense.

Antes dessa nova configuração

da EaD no Piauí, a falta de um siste-

ma de ensino que conciliasse traba-

lho e estudo afastou-me dos bancos

escolares e só através dessa moda-

lidade veio a oportunidade de conti-

nuar vivenciando novas experiências

acadêmicas e a realização de novos

cursos.

Como sujeito partícipe desse

processo, venho testemunhando a

trajetória do sistema da educação

a distância da UFPI/UAPI desde as

primeiras experiências, até a fase de

Educação a Distância: entre saberes, experiências e

perspectivas

Francisco Gomes VilanovaMestrando em Educação – UFPI; Especialização em Gestão Escolar e Especialização em Gestão Pública – CEAD/UFPI;Licenciatura Plena em História – UESPI;Professor de História da Rede Estadual de Ensino do Piauí – SEDUC/PI.E-mail: [email protected]

Trajetória

tecnológicos, a educação a distância

é peça-chave na oferta de um sis-

tema de ensino que atenda a essa

sociedade, marcada pela constante

busca de qualificação e de novos sa-

beres que atendam aos seus interes-

ses pessoais e profissionais.

No Brasil, assim como em várias

partes do mundo, nos últimos tem-

pos, as experiências com o Sistema

de Ensino na Modalidade EaD têm

se multiplicado gradativamente. Nes-

se sentido, Alves (2003) argumenta:

[...] a educação a distância (EaD) vem

se tornando [...] uma discussão funda-

mental para quem está refletindo sobre

os rumos da educação numa socieda-

de cada vez mais interconectada por

redes de tecnologia digital. São inúme-

ros os cursos à distância que são cria-

dos e difundidos diariamente, no mun-

do inteiro. (ALVES, 2003, p.1)

Ainda na concepção da mesma

autora, no Brasil, a ampliação des-

sa modalidade tem ganhado impulso

em decorrência dos avanços tecnoló-

gicos e das novas exigências da Lei

de Diretrizes e Bases nº 9396/1996,

que em seu Art. 80, destaca que “O

poder Público incentivará o desenvol-

vimento e a veiculação de programas

de educação a distância”. Mais recen-

temente, verifica-se um conjunto de

políticas de ampliação de acesso ao

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Revista Interação ● Edição 8

consolidação, vivida atualmente. No

final de 2006, ingressei no curso de

Especialização em Gestão Escolar,

ofertado pelo Programa Escola de

Gestores da Educação Básica do Mi-

nistério da Educação, que foi realiza-

do por esta instituição na modalidade

EaD. Em 2007, fui aprovado no ves-

tibular/EaD para o curso de Bacha-

relado em Administração, oferecido

pela UAPI. No ano de 2010, efetivei

matrícula no curso de Especializa-

ção em Gestão Pública, realizado por

esta mesma IES, em parceria com o

Programa Nacional de Formação em

Administração Pública (PNAP).

Assim, minha trajetória acadê-

mica se confunde com a história da

UAPI, e com a consolidação dessa

modalidade de ensino no Estado. De

modo que ouso afirmar que as expe-

riências vivenciadas junto ao sistema

de Educação a Distância da UAPI/

UFPI foram fundamentais para a acu-

mulação de experiência, de saberes

e de autonomia de minha caminhada

acadêmica.

O ensino a distância funciona

através de variados instrumentos

que viabilizam a transmissão de in-

formações e a integração entre os

sujeitos envolvidos no processo, prin-

cipalmente os ambientes virtuais de-

senvolvidos em plataformas na web,

conhecidas como Tecnologias de In-

formação e da Comunicação (TICs).

Todavia, tecnologias como televisão,

vídeos, internet, terão pouco signifi-

cado no processo de ensino-apren-

dizagem de EaD, sem o comprometi-

mento do educando. Nesse aspecto,

[...] o computador, a internet e os soft-

wares educacionais em geral, não

constituem a salvação para os proble-

mas do sistema educativo. Sem traba-

lho, disciplina, entusiasmo, empenho,

talento e orientação do educador e do

aprendiz; de nada servirá lápis, livros,

quadro negro, carteira e muito menos o

computador para o ensino, mesmo em

conjunto com a grande rede, a internet.

(FERNANDES, 2007, p. 65).

Diante disso, em alguns casos,

estudantes não conseguem se adap-

tar à modalidade por conta de alguns

fatores, como as dificuldades de

acesso às tecnologias, a falta de dis-

ciplina na execução das atividades,

e a própria otimização do tempo de

estudo, cuja organização é tarefa do

próprio aluno.

Portanto, mesmo diante de algu-

mas limitações, a EaD vem, gradual-

mente, superando a desconfiança de

estudantes, educadores e especia-

listas, de modo que, no Piauí, todas

as instituições públicas de ensino su-

perior já oferecem cursos na modali-

dade EaD e a demanda tem se am-

pliado a cada seleção. Isso se deve

à qualidade do ensino oferecido e à

conveniência de conciliar a progres-

são de estudos com outras ativida-

des, como o trabalho, visto que gran-

de parte dos estudos, das pesquisas

e das atividades exigidos nesse sis-

tema podem ser desenvolvidos fora

do ambiente escolar, organizados

conforme a disponibilidade do aluno

e adaptados à sua própria rotina.

Referências

ALVES, C. N. L. e. Educação a

Distância: limites e possibilidades.

In: Educação a distância: uma

nova concepção de aprendizagem

e interatividade. São Paulo: Futura,

2003.

BRASIL. Lei (n. 9394/1996) de

Diretrizes e Bases da Educação

Nacional. Brasília, MEC, 1996.

FERNANDES, G. G. Introdução à

Educação a Distância. Teresina:

Gráfica do Povo, UFPI/UAPI, 2007.

BOMFIM, C. R. S. de.; HERMINA, J.

F. A educação a distância: história,

concepções e perspectivas. Revista

HISTEDBR On-line, Campinas, n.

especial, p.166-181, ago, 2006.

O ensino a distância funciona

através de variados instrumentos

que viabilizam a transmissão de informações e a

integração entre os sujeitos envolvidos

no processo...

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Page 26: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

UAPI: uma nova forma de aprendizagem

de diamantes em décadas passadas. Confesso que nas

17 horas de viagem até a cidade, pensei várias vezes:

“Onde os alunos desse curso vão empregar os conhe-

cimentos de Sistemas de Informação, nesse lugar onde

mal deve haver computador?”.

Ao iniciar meus trabalhos e conhecer os alunos da

turma, vi que, na verdade, possuíamos pouquíssimos

estudantes oriundos daquela cidade. Na realidade, a

grande maioria era natural de localidades muito meno-

res que Gilbués, com muito menos infraestrutura. Al-

guns alunos, para irem às aulas, pediam “carona” em

ônibus e caminhões que trafegavam rumo àquela ci-

dade; outros, pilotavam motos durante horas pela ma-

drugada para chegar a tempo do encontro presencial.

Aquela aula, aquele encontro, era, para eles, momento

de extrema importância; era a oportunidade única de

mudança de vida para quem não tinha possibilidade de

estudar em Brasília ou em Teresina. Esses estudantes,

mesmo com todas as dificuldades e deficiências oriun-

das de um ensino básico carente e capenga, eram o

orgulho e a esperança de dias melhores para toda uma

região, os verdadeiros diamantes de Gilbués, carentes

de lapidação e de apoio.

Essa experiência de seis meses foi suficiente para

mudar drasticamente minha visão sobre o programa

UAPI, e os três anos seguintes, trabalhando nas cida-

des de Castelo do Piauí e Esperantina, apenas serviram

para reforçar esse sentimento.

O programa UAPI não é constituído apenas de alu-

nos carentes. Ao contrário do que pensei inicialmente,

encontrei, nas minhas andanças, alunos extremamen-

te capazes e inteligentes, que não deixavam a desejar

nada frente aos alunos da capital. Alguns deles, chefes

de família, com várias formações superiores e plena-

mente cientes do que queriam: não estavam ali para

apenas mais um curso superior! Evidencia-se aí outra

função da UAPI: fornecer formação acadêmica a indi-

víduos que, nessas cidades, já exerciam funções liga-

das à computação de forma empírica. Muitos chefes de

CPDs, programadores, donos de lan-houses, gerentes

de redes, analistas de sistemas e instrutores de informá-

Eldo de Brito Ferreira Chaves Bacharel em Ciências da Computação – UFPIAcadêmico de Medicina – UFPITutor a distância / Orientador acadêmico do curso de Sistemas de Informação da UAPIE-mail: [email protected]

O ensino a distância pode ser a maior ferramenta de

transformação social e econômica que o Piauí dispõe

nestes tempos. Essa frase não saiu assim, clara e natural

da minha mente. Muito pelo contrário. Encontrava-me in-

serido no grupo de céticos que duvidava da eficácia desse

método, quando, nos idos de 2008, o professor Gildásio

Guedes o profetizava nas suas aulas de Empreendedo-

rismo no curso de Ciências da Computação da UFPI.

Então, por essas voltas que o destino dá, acabei sen-

do selecionado para o cargo de tutor a distância do curso

de Sistemas de Informação no Polo de Gilbués (800km de

Teresina). Até aquele momento, a única coisa que conhe-

cia daquela cidade, dos livros de geografia, era o grande

processo de desertificação desencadeado pela extração

Mudança

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Revista Interação ● Edição 8

5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação1º Colóquio Internacional de Educação com TecnologiasAprendizagem móvel dentro e fora da escola

tica foram brilhantes alunos, conquistando, agora, com o

diploma da UFPI, respeito maior frente aos empregado-

res e aos clientes, e maior segurança para inovar, em-

preender, mudar a realidade e a oferta de serviços nas

suas comunidades.

Em Esperantina, aproveitando o fato de que vários

alunos eram professores, tive a ideia de implementar um

projeto já há muito latente na minha mente: UAPI é inclu-

são digital. A ideia, imediatamente apoiada pelos alunos,

era utilizar a estrutura do polo de apoio presencial para

ofertar um curso de informática básica às pessoas da

comunidade. Para minha surpresa, as 30 vagas disponí-

veis foram preenchidas na primeira hora da oferta, e uma

imensa lista de espera formou-se para novas edições do

curso. A dedicação dos alunos e do pessoal administrati-

vo do polo surpreendeu-me profundamente. Ali era a de-

monstração clara de que, nas nossas cidades do interior,

não era preciso muito para fazer a diferença. Talvez um

curso desse tipo na capital não tivesse a menor visibili-

dade, mas ali, naquele lugar, era uma oportunidade úni-

ca, era motivo de festa para a comunidade.

Frente a tudo isso, não me envergonho em dizer que

mudei, sim, minha opinião a respeito do ensino a distân-

cia e da UAPI, e sem correr o risco de cair na mesmice,

digo que aprendi muito mais com meus alunos e suas

histórias de vida do que eles aprenderam comigo. É mui-

to fácil criticar esse programa de ensino a distância sem

conhecê-lo, principalmente comparando-o erroneamente

ao ensino presencial. Não se pode comparar grandezas

de dimensões diferentes. Os parâmetros comparativos

diluem-se e perdem-se facilmente ao conflitarmos para-

digmas tão distintos de educação. Para entender a UAPI

e sua logística, mergulhar no seu verdadeiro espírito, é

necessário abandonar nossa zona de conforto na capital

e cair na estrada. Todos os que o fizerem, certamente,

assim como eu o fiz, mudarão de opinião.

A Universidade Federal de Pernambuco promoverá, entre os dias 13 e 15 de novembro de 2013, o 5º Simpósio Hipertexto e Tecnologias na Educação e o 1º Colóquio Internacional de Educação com Tecnologias. O evento contará com conferências, sessões de comunicação oral, feira de livros, mesas-redondas, oficinas, apresentação de pôsteres, dentre outras atividades.Os temas propostos são de interesse de professores, alunos e coordenadores que trabalham com a Modalidade EaD. Dentre os quais, destacam-se:

1) Letramento digital e aprendizagens em redes e mídias móveis;2) Comunicação mediada por computador e equivalentes off e on-line;3) Ambientes virtuais, aplicativos e plataformas de EaD;4) Objetivos de aprendizagem: jogos eletrônicos;5) Gêneros digitais: E-mail, Blog, E-fórum, Chat, Twitter, Facebook e outras ferramentas;6) Sistemas Wi-Fi adaptados à arte, governança, jornalismo, publicidade (celular/tablet);7) Aprendizagem colaborativa, retórica, identidade e subjetividade em redes e comunidades virtuais;8) Narração em ambiente virtual: nano-conto, conto, crônica, resenha, paper, artigo;9) Webdesign, Webcidadania e Educação por Mídias Móveis;10) Utilização de Mídias Móveis na Formação Docente e no Desenvolvimento Profissional;11) Globalização, Sustentabilidade, Interculturalidade e Ética na aprendizagem.Mais informações no endereço eletrônico: www.simposiohipertexto.com.br Vale a pena conferir!

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Page 28: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

GIRO nos PolosCoordenação do curso de Biologia e

Administração

Coordenação do Curso de Administração Pública

Educação Ambiental movimenta o Polo de Apoio Presencial de Buriti

dos Lopes

A conscientização dos alunos de EaD sobre a sustentabilidade do Meio

Ambiente recebeu estímulo através do projeto “Interdisciplinaridade na

Educação Ambiental: coleta seletiva do lixo”. O projeto aconteceu nos dias 5 e

6 de abril 2013, no Polo de Apoio Presencial de Buriti dos Lopes e faz parte

de uma iniciativa das coordenações dos cursos de Licenciatura em Ciências

Biológicas e de Bacharelado em Administração, modalidade EaD. Mais de

400 pessoas participaram do evento, que foi aberto com as boas-vindas do

coordenador do polo, professor Francisco Gildásio da Silva, e contou com a

presença de algumas autoridades locais. Os alunos apresentaram as atividades de limpeza de ambientes naturais de

seus municípios, que já se encontravam completamente degradados com a presença de lixo. O projeto foi considerado

como uma grande lição de cidadania e um exercício prático de Educação Ambiental.

Painéis de Qualidade no Setor Público nos Polos

A Coordenação do Curso de Bacharelado em Administração

Pública ofertou, aos alunos dos Polos de Floriano, Simplício Mendes,

Picos, Bom Jesus, Água Branca e Teresina, a atividade de extensão

“Painel de Gestão da Qualidade no Setor Público”,

que aconteceu no mês de janeiro deste ano em cada

um dos Polos citados, com o objetivo de aprofundar

os conhecimentos adquiridos na disciplina Gestão

da Qualidade no Setor Público, além de aproximar o

aluno da pesquisa de campo. As maiores estrelas do

evento foram os discentes, que realizaram um valoroso

trabalho de pesquisa junto aos órgãos públicos de

saúde e educação de suas cidades, sobre a qualidade

dos serviços prestados nessas áreas, cujos resultados

foram expostos para a comunidade acadêmica

interessada no tema.

Prof. Eliesé Rodrigues (Coordenação de Ciências Biológicas);

Maria da Conceição Prado Oliveira (Coordenadora do Curso

de Ciências Biológicas), Leomá Albuquerque (Professor do

Campus de Bom Jesus); Profª Antonella Sousa (Coordenadora

do Curso de Administração), Marcelo Rabelo (Tutor do Curso de

Administração); Conceição de Maria (Tutora do Curso de Ciências

Biológicas) e Osana Alves (Técnica de Laboratório do Curso de

Ciências Biológicas).

Grupo que integrou o Painel de Qualidade na

Gestão Pública em Bom Jesus

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Page 29: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

Coordenação do Curso de Química

Coordenação de Pedagogia

Alunos e comunidade do Polo UAB Pio IX participam de oficina

de capoeira

A capoeira representa a cultura brasileira, como arte e esporte,

além de ser importante para integridade física e mental do praticante.

De 26 a 28 de abril, os alunos do Polo de Apoio Presencial de Pio IX e

a comunidade do município participaram da oficina de capoeira minis-

trada por Ionara Nayana Gomes Passos, tutora do Curso de Química

do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI). O projeto

de extensão já foi levado a vários polos UAB da UFPI, como forma de

valorização da cultura brasileira.

Polo UAB de Marcos Parente

realiza a I GINCARTES

Os acadêmicos do curso de

Pedagogia do Polo de Apoio

Presencial de Marcos Parente - PI

realizaram a I GINCARTES, no

período de 23 de março a 06 de abril.

O objetivo foi promover a interação

da comunidade acadêmica com os

discentes das escolas municipais

e estaduais, para vivenciarem as

diferentes linguagens da cultura

corporal, como jogos, esporte,

ginástica, dança, e luta no cotidiano

escolar.

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Foto: Polo UAB de Marcos Parente

Page 30: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

Aplicações inovadoras com tecnologiasda informação e da comunicação:ações promovidas pela UAPI para

qualidade do material didático

Não há um modelo único de edu-

cação a distância. Os mais diversos

programas de ensino em EaD podem

apresentar os diversos tipos ou mo-

delos, métodos, práticas e combina-

ções de técnicas e de recursos edu-

cacionais tecnológicos que atendam

plenamente qualquer natureza de um

curso e suas reais condições, em se

tratando de metodologia e de tecno-

logia a ser utilizada. Sabe-se também

das definições dos momentos pre-

senciais necessários e obrigatórios,

estágios supervisionados, práticas

em laboratórios de ensino, trabalhos

de conclusão de curso, quando for o

caso, tutorias presenciais nos polos

descentralizados de apoio presencial

e outras estratégias.

Assim, apesar da possibilidade

de diferentes modos de organização,

um ponto deve ser comum a todos

aqueles que desenvolvem projetos

nessa modalidade: a compreensão

de que não existe qualidade em edu-

cação sem fundamentação qualitati-

va no material didático, que, por sua

vez, apoia todo e qualquer processo,

em especial o processo a distância.

Os referenciais de qualidade para a

educação superior a distância defi-

nem que, devido à complexidade e

à necessidade de uma abordagem

sistêmica de qualidade para projetos

de cursos na modalidade a distância,

esses devem compreender catego-

rias que envolvem, fundamentalmen-

te, aspectos pedagógicos, recursos

humanos e infraestrutura.

E, para alcançar essas dimen-

sões, devem estar integralmente

expressos no Projeto Político Peda-

gógico de um curso na modalidade

a distância: a real concepção de edu-

cação a distância; o currículo para o

processo de ensino-aprendizagem;

os sistemas de comunicação; o ma-

terial didático; a avaliação; a equipe

multidisciplinar; a infraestrutura de

apoio; a gestão acadêmico-admi-

nistrativa; e a sustentabilidade

financeira.

Respeitando o que é definido pe-

los referenciais de qualidade para a

educação superior a distância, o cur-

so de Bacharelado em Sistemas de

Informação da Universidade Aberta

do Piauí, com o apoio da diretoria

do Centro de Educação a Distância

– CEAD, na pessoa do Prof. Dr. Gil-

dásio Guedes e da coordenação do

Curso, representada pelo Prof. Me.

Leonardo Ramon, está desenvolven-

do, com a coordenação do Prof. Con-

teudista Paulo César Coutinho, um

projeto piloto de integração do mate-

rial didático elaborado para o curso

de Sistemas de Informação, para uso

também em tablets.

Lembramos que, lendo o artigo

Tecnologia da Informação e Comu-

nicação: ação continuada na Ead,

Paulo César Coutinho dos Santos, Universidade Aberta do Piauí – UAPI/CEAD, Professor Pesquisador II (Conteudista) E-mail: [email protected]

Cyjara Orsano Machado,Universidade Aberta do Brasil – CEAD/UFPI, Tutora-OrientadoraE-mail: [email protected]

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Page 31: Interacao 8 para issuu

Revista Interação ● Edição 8

do professor Gildásio Guedes Fer-

nandes (Revista Interação, Edição

n. 06/2011), deparamo-nos com uma

motivação baseada na necessidade

de contribuir diretamente com o de-

senvolvimento da educação a distân-

cia no Piauí. Primeiro, por fazermos

parte do corpo de professores que

contribuem, na prática, com esse

desenvolvimento, e que, pela proxi-

midade com os polos e com os es-

tudantes, sentem a necessidade de

buscar novas formas e métodos que

levem prazer e dedicação ao ensino

a distância, e que, por sua vez, este-

jam diretamente ligados à inovação.

Parafraseando o prof. Gildásio

Guedes, “Os estudos e as ações de-

monstram que falta aos agentes dos

processos de ensino na modalidade

de Ead uma prática com ação conti-

nuada”. Eis a frase que caracterizou

nossa motivação, também atrelada à

realidade de como é intrigante, como

a inovação está entranhada nas

veias da educação a distância, e, ao

mesmo tempo, parece tão distante.

O Processo: Contatamos o prof.

Leonardo Ramon, coordenador do

Curso de Bacharelado em Sistemas

de Informação, que, de imediato,

apoiou a ideia, pedindo-nos apenas

um tempo para conversar com a Di-

retoria do CEAD. Logo em sua pró-

xima reunião com o prof. Gildásio

Guedes, diretor do CEAD, este de

pronto apoiou o projeto e atualmente

estamos trabalhando com a proposta

de lançarmos em agosto de 2013 o

livro-texto da disciplina Comporta-

mento Organizacional como aplicati-

vo gratuito para tablets.

SONS DO SERTÃO: LUIZ GONZAGA, MÚSICA E IDENTIDADE

Escrito por Jonas Rodrigues de Moraes,

mestre e doutorando em História Social pela

Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

(PUC/SP), o livro “Sons do Sertão: Luiz Gonzaga,

Música e Identidade”, publicado em 2012, pela

editora Annablume, de São Paulo, discorre sobre

a produção musical e a trajetória artística de

Luiz Gonzaga, precisamente sobre a invenção

do baião. As músicas (letras e ritmos) e a

performance de Luiz Gonzaga serviram como

táticas discursivas para a construção de um

imaginário de Nordeste. O livro foi desenvolvido

através de relação da história, com a música e

suas formas de interpretação. Em maio de 2013, a Universidade Federal do Piauí - UFPI/

UAB, por meio do Centro de Educação a Distância - CEAD e do Polo de Apoio Presencial

de Valença do Piauí, promoveu o lançamento do livro para alunos e funcionários do

Polo, que prestigiaram, também, diversas apresentações culturais.

ESTUDOS DE LÍNGUA E LITERATURA-GESLA

Organizado por Ângela Mesquita, Maria

Auxiliadora e Marlene Gonçalves Mattes,

“Estudos de Língua e Literatura-GESLA” é uma

coletânea de textos que contempla não só a

produção de professores pesquisadores, como

também a dos alunos participantes do GESLA -

Grupo de Estudos em Linguística Aplicada. O livro

aborda não somente a língua e a literatura, mas

os diversos campos do saber, que compõem o

ambiente interdisciplinar de uma Universidade,

como o ensino e formação a distância e o uso

das tecnologias no trabalho docente. A obra foi

lançada em novembro de 2012, pela Editora

UniRitter, do Centro Universitário Ritter dos Reis/

UniRitter de Porto Alegre (RS).

No livro, o capítulo “As multifaces do sujeito no texto literário: uma abordagem a partir

da narratologia contemporânea” aborda a noção de sujeito literário que contém, no seu

estatuto de sustentação epistemológico, concepção narratológica multidisciplinar. Para

isso, percorre a literatura disponível no cenário contemporâneo, na qual se encontram

as ciências da linguagem, tais como: linguística textual e hermenêutica de texto. O

autor é o Professor Doutor e Coordenador do curso de Letras Português do CEAD/UFPI,

José Vanderlei Carneiro, que é mestre em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará

- UECE (2000) e Doutor em linguística pela Universidade Federal do Ceará - UFC (2009).

DICAS DE LIVROS

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Page 32: Interacao 8 para issuu

Competências docentes diante das linguagens tecnológicas da EaD

Em pleno século XXI, com o desenvolvimento da web,

os processos de interação entre as pessoas se modifica-

ram, diminuindo distâncias e aproximando-as em função

da aquisição do conhecimento; permitiram que docentes

e discentes tivessem acesso ao conhecimento através

das novas tecnologias de informação e de comunicação,

pois a invenção de aparelhos e de instrumentos eletroele-

trônicos possibilitou a criação de diversas ferramentas

para uso nos ambientes de aprendizagem, possibilitan-

do, com isso, o surgimento de linguagem específica e

mediada, sobretudo pelos programas de computadores,

por meio da “grande rede”.

A linguagem veiculada através dos ambientes virtuais

de aprendizagem representa uma verdadeira ruptura

com a tradicional dicotomia tempo/espaço, haja vista que

os principais elementos do processo de ensino-aprendi-

zagem, professor/aluno/conteúdo, não têm, necessaria-

mente, que compartilhar o mesmo ambiente físico, ou

seja, a sala de aula, e nem o mesmo tempo, no que se

relaciona às horas.

A linguagem tecnológica representa revolução no pro-

cesso ensino-aprendizagem, pois faz a interface entre o

homem e o conhecimento. O uso dessa linguagem por

parte dos elementos envolvidos nesse processo viabili-

za e potencializa a interação nos ambientes virtuais de

aprendizagem. Tal interação é composta de equipamen-

tos e de um mediador que conhece bem a linguagem e,

assim, estabelece uma rede de comunicações que favo-

rece a aprendizagem de forma significativa, através dos

diversos meios e recursos de comunicação disponíveis

nos ambientes. A comunicação permite a aprendizes e

a ensinantes compartilhar determinados conteúdos, pro-

mover a prática do aprender, do ensinar e a aplicação

dos conhecimentos em qualquer lugar, diuturnamente,

tanto de forma síncrona quanto assíncrona, ou seja, em

tempo real ou não.

Assim, a incorporação da linguagem das mídias digi-

tais à educação, através do uso das tecnologias, exige

dos elementos envolvidos no processo ensino-aprendi-

zagem conhecimentos específicos para utilizar os recur-

sos de maneira eficaz e assim dinamizar a aprendiza-

gem. A rapidez das inovações tecnológicas nem sempre

corresponde à capacitação dos professores para a sua

utilização, o que muitas vezes resulta na aplicação ina-

dequada. Desse modo, o uso da linguagem tecnológi-

ca no meio educacional, através de seus ambientes de

aprendizagem, faz nascer uma preocupação: até que

ponto o corpo docente está preparado para lidar com a

linguagem mediada pelas novas tecnologias? Sabemos

que nossos docentes vieram de uma tradição clássica,

na qual se utilizava a metodologia tradicional e os ele-

mentos do processo ensino-aprendizagem se resumiam

em professor, aluno e o famoso quadro de giz.

Nos dias atuais, vivemos uma transição para um meio

mais dinâmico que exige do professor capacidades de se

adequar ao novo. Esse novo paradigma de educação exi-

ge também mudanças em relação ao papel do professor,

que deixa de ser apenas um repassador de conhecimen-

tos e passa a desempenhar múltiplas atribuições. Sua

Silvestre Pereira da Silva Neto Graduado em Letras Português – UESPIPós-graduado em Docência do Ensino a Distância – UNINTERE-mails: [email protected]; [email protected]

Revista Interação ● Edição 8

Transição

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Page 33: Interacao 8 para issuu

competência deve deslocar-se no sentido de incentivar a

aprendizagem e o pensamento. O professor torna-se um

animador da inteligência coletiva dos grupos que estão ao

seu encargo. Sua atividade será centrada no acompanha-

mento e na gestão da aprendizagem.

A redefinição dos papéis dos professores para o uso

das tecnologias envolve questões como estilo de ensino,

necessidade de domínio das ferramentas tecnológicas

envolvidas no processo de ensino, concepção de apren-

dizagem, a percepção de sala de aula como um sistema

ecológico mais amplo, no qual as funções de professores

e alunos estão começando a mudar. Fazer uso das tecno-

logias no meio educacional reclama o conhecimento do

universo de ferramentas, através das quais os ambientes

de aprendizagem ganham vida. O surgimento do World

Wide Web alterou a forma de se adquirir informação, de

pesquisar, de preparar aulas e de planejar variadas formas

de comunicação com o outro.

Na educação a distância, o professor precisará per-

ceber que transitamos da mídia clássica para a mídia

on-line e deverá se familiarizar com os equipamentos

tecnológicos que veiculam essa linguagem, pois o que

se percebe é que, quanto ao uso das tecnologias, os

alunos têm facilidade de domínio, enquanto os profes-

sores têm dificuldades. Assim, a linguagem utilizada

pelas mídias possui grande poder de informação, e en-

canta a mais um dos elementos envolvidos no processo

ensino-aprendizagem: o aluno.

O professor precisará assimilar que pode potenciali-

zar a comunicação e a aprendizagem, utilizando interfa-

ces da internet; precisará compreender a força dos tex-

tos próprios da tecnologia digital; além de atentar que

a interatividade é mudança fundamental do esquema

clássico da comunicação. Do contrário, corre o risco de

se ver dividido entre ter que ensinar e ter que aprender,

para assim desempenhar satisfatoriamente suas fun-

ções docentes e melhor orientar os alunos para a in-

serção na sociedade da informação e da comunicação.

Revista Interação ● Edição 8

O X Congresso Brasileiro de Ensino Superior a Distância (X ESUD), que teve como temática “EAD rompendo fronteiras”, aconteceu de 11 a 13 de junho de 2013, em Belém (PA). Foram 262 trabalhos inscritos e 160 selecionados. O Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI) foi representado no evento com a aprovação e a apresentação de três artigos científicos de graduandos do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, modalidade EAD. Os trabalhos foram apresentados na forma de pôster.

Artigos apresentados no X ESUD: - Evasão no curso de Licenciatura em Ciências Biológicas modalidade a

Distância, UFPI;- O Ensino de Ciências e Biologia na Educação de Jovens e Adultos na visão dos

professores e futuros professores do município de Canto do Buriti, Piauí/Brasil;- Educação Superior a Distância: o processo de avaliação da aprendizagem no

curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, Piauí/Brasil.Conceição de Maria Rocha, do Apoio à Tutoria do Curso de Ciências Biológicas,

teve seu trabalho aprovado e apresentado, em forma de pôster. Para ela, representa destaque para o CEAD/UFPI no nível nacional. “O evento foi muito bom e representou uma troca de experiências, além de uma oportunidade de assistir palestras internacionais, que nos ajudarão a expandir a temática da Educação a Distância”, declara Conceição Rocha.

Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI é representado no X ESUD

Conceição de Maria da Rocha, do Apoio à Tutoria (CEAD/UFPI), que apresentou trabalho na forma pôster no ESUD 2013

Professora Beatriz Fainholc ministra a Conferência de Abertura do ESUD 2013

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Revista Interação ● Edição 834

O Centro de Educação Aberta e a Distância da

Universidade Federal do Piauí (CEAD/UFPI), 11ª Unidade

Administrativa da UFPI, realizou, no dia 25 de maio de

2013, sua primeira eleição para diretor e vice-diretor do

Centro, como consequência da institucionalização do

CEAD/UFPI junto ao Ministério da Educação (MEC) em

março de 2013. A eleição aconteceu em Teresina e nos

trinta polos de Educação a Distância do Estado do Piauí,

o que possibilitou a participação de alunos, funcionários

e professores de distintas regiões na escolha dos

dirigentes da instituição para os próximos cinco anos. O

prof. Dr. Gildásio Guedes Fernandes e o prof. Dr. Milton

Batista dos Santos, candidatos a diretor e a vice-diretor

respectivamente, foram eleitos com 91,8% dos votos

válidos para o período 2013-2017, instituindo-se como a

primeira Diretoria eleita do CEAD/UFPI.

A solenidade de posse da Diretoria eleita ocorreu no

dia 26 de junho de 2013 em dois momentos: no primeiro,

pela manhã, uma missa de Ação de Graças celebrada

pelo padre Marcelo Costa na Capela do Colégio

Diocesano, com a participação dos diretores recém-

eleitos e dos servidores do CEAD/UFPI; e no segundo

momento, a solenidade propriamente dita ocorreu no

auditório do CEAD, com a presença do professor Dr. José

de Arimatéia Dantas, reitor da UFPI; do senhor Átila Lira,

secretário da Educação do Estado do Piauí; do professor

Pedro Vilarinho, pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação;

do professor Helder Cunha, pró-reitor de Pesquisa; da

professora Glória Ferro, coordenadora do PARFOR; do

senhor Valdemar Santos, prefeito de São José do Peixe;

dos coordenadores dos polos de Educação a Distância;

e de funcionários e professores do CEAD/UFPI.

Em seu discurso de posse, o professor Dr. Gildásio

Guedes agradeceu o apoio de todos, e afirmou que a

posse é a comprovação do fortalecimento do CEAD. “A

primeira Eleição se reveste de um caráter extraordinário,

porque o Centro terá mais autonomia. Nós passaremos

a ter acesso aos controles superiores da Universidade,

que realmente definem as políticas de ensino, pesquisa,

extensão e gestão. A Eleição representa o poder que

emana dos alunos, funcionários e professores”,

destacou o diretor eleito, acrescentando que

uma das principais metas da sua gestão é

lutar pela construção de um novo prédio para

o Centro, ampliar a qualidade da educação

oferecida, com a contratação de professores,

além da capacidade de firmar novas parcerias

e convênios.

O prof. Dr. José de Arimatéia Dantas,

além de destacar o reconhecimento do CEAD/

UFPI pelo MEC, ratificou a primeira eleição

do CEAD/UFPI como fator importante para o

avanço da Educação a Distância no Estado, e

revelou o compromisso com o fortalecimento

do Centro, ao afirmar que “Nós vamos construir

a sede própria do CEAD no Campus Petrônio

Portella, além de realizar reposição das vagas

de professores e funcionários. Vamos trabalhar,

Primeira Diretoria eleita do Centro de Educação Aberta e a Distância da UFPI: eleição histórica e mais autonomia

para o CEAD/UFPI

Diretor do CEAD/UFPI, Prof. Dr. Gildásio Guedes, discursa em solenidade de posse. Secretário Estadual de Educação, Átila Lira

e Reitor da UFPI, Prof. Dr. José de Arimatéia Dantas compõem a mesa.

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Page 35: Interacao 8 para issuu

junto com a diretoria do CEAD, para a ampliação da oferta

nos municípios. Precisamos ampliar essa cobertura para

dar oportunidade aos nossos piauienses de fazer um

curso superior”, ressaltou.

De acordo com o diretor do CEAD/UFPI, nos

próximos meses a meta é investir nos polos, em

parceria com a Seduc-PI, para a realização do próximo

vestibular, com previsão do lançamento do edital em

outubro, e realização em

dezembro de 2013, para

todos os cursos oferecidos

pelo CEAD/UFPI. “Vamos

contar com o apoio do

Governo do Estado, que

é nosso principal parceiro,

através da Seduc-PI; e de

algumas prefeituras, para

que possamos administrar

os polos”, informou.

Durante a solenidade

de posse, o secretário Átila

Lira informou que serão construídos mais 14 novos polos

de Educação a Distância no Piauí, passando, então, de

30 para 44 polos de EaD implantados no Estado. Dos

30 existentes, 14 estão aprovados pela Coordenação de

Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)

e 16 ainda precisam da aprovação.

Sobre a infraestrutura dos Polos, que é de

responsabilidade da Seduc-PI, o secretário Átila Lira

reafirmou o compromisso

da sua gestão em

realizar a manutenção

dos Polos e ampliar o

número de laboratórios de

apoio às graduações. “A

Secretaria de Educação se

compromete em resolver

as deficiências verificadas

nos 16 polos que ainda

precisam ser aprovados

pela Capes, para a

realização de vestibular”,

informa o Secretário.

Átila Lira (Secretário Estadual de Educação), Prof. Dr. José de Arimatéia Dantas (Reitor da UFPI); Prof. Dr. Gildásio Guedes (Diretor do CEAD/

UFPI); Prof. Dr. Milton da Silva (Vice-Diretor do CEAD/UFPI), em solenidade de posse no CEAD/UFPI

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