Interação verba lou_trabalho lgg-cognitivopsíquico_ou_ou

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INTERAÇÃO VERBAL INTERAÇÃO VERBAL ou ou TRABALHO LINGÜÍSTICO- TRABALHO LINGÜÍSTICO- COGNITIVO/PSÍQUICO COGNITIVO/PSÍQUICO ou ou INTERAÇÃO SOCIAL INTERAÇÃO SOCIAL ou ou ÉTICA E EMOÇÃO ÉTICA E EMOÇÃO

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INTERAÇÃO VERBAL INTERAÇÃO VERBAL ouou

TRABALHO LINGÜÍSTICO- TRABALHO LINGÜÍSTICO-COGNITIVO/PSÍQUICOCOGNITIVO/PSÍQUICO

ououINTERAÇÃO SOCIAL INTERAÇÃO SOCIAL

ouou ÉTICA E EMOÇÃO ÉTICA E EMOÇÃO

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

Bakhtin critica Bakhtin critica o subjetivismo individualista representado o subjetivismo individualista representado

pelos românticos que por sua vez reagiram ao pelos românticos que por sua vez reagiram ao estrangeirismo imposto pelos Renascimento e estrangeirismo imposto pelos Renascimento e Classicismo Classicismo

Enunciação como - monológica (ato puramente Enunciação como - monológica (ato puramente individual, expressão da consciência, de individual, expressão da consciência, de desejos, intenções etc);desejos, intenções etc);

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

EXPRESSÃO = CATEGORIA GERAL E SUPERIOR, EXPRESSÃO = CATEGORIA GERAL E SUPERIOR, ENGLOBA A ENUNCIAÇÃO / ATO DE FALA;ENGLOBA A ENUNCIAÇÃO / ATO DE FALA;

PARA BAKHTIN A EXPRESSÃO É PARA BAKHTIN A EXPRESSÃO É

TUDO AQUILO QUE, TENDO SE FORMADO E TUDO AQUILO QUE, TENDO SE FORMADO E DETERMINADO DE ALGUMA MANEIRA NO DETERMINADO DE ALGUMA MANEIRA NO

PSIQUISMO DO INDIVÍDUO, EXTERIORIZA-SE PSIQUISMO DO INDIVÍDUO, EXTERIORIZA-SE OBJETIVAMENTE PARA OUTRO COM A AJUDA OBJETIVAMENTE PARA OUTRO COM A AJUDA

DE UM CÓDIGO DE SIGNOS EXTERIORES.DE UM CÓDIGO DE SIGNOS EXTERIORES.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

EXPRESSÃO: EXPRESSÃO: 3.3. Conteúdo interno eConteúdo interno e4.4. Objetivação exterior – para alguém ou para si Objetivação exterior – para alguém ou para si

mesmomesmo

COMPREENSÃO – inverso da expressãoCOMPREENSÃO – inverso da expressão

Teoria da expressão supõe um certo dualismo Teoria da expressão supõe um certo dualismo entre o que é interior e o que é exterior, já entre o que é interior e o que é exterior, já que tudo que é expresso procede do interior que tudo que é expresso procede do interior para o exterior.para o exterior.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

O conteúdo a exprimir e sua objetivação externa O conteúdo a exprimir e sua objetivação externa são criados a partir de um são criados a partir de um único e mesmo único e mesmo material, material, pois não existe atividade mental sem pois não existe atividade mental sem expressão semiótica. expressão semiótica.

Assim, é preciso eliminar o Assim, é preciso eliminar o princípio de uma princípio de uma distinção qualitativa entre conteúdo interior distinção qualitativa entre conteúdo interior e expressão exteriore expressão exterior. .

O centro organizador e formador não se situa no O centro organizador e formador não se situa no interior, mas no exterior. interior, mas no exterior.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

Não é a atividade mental que organiza a Não é a atividade mental que organiza a expressão, mas, ao contrário é expressão, mas, ao contrário é a a

expressão que organiza a atividade expressão que organiza a atividade mental, mental, que modela e determina a sua que modela e determina a sua

orientação. orientação.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

EXPRESSÃO/ENUNCIAÇÃO EXPRESSÃO/ENUNCIAÇÃO

EM QUALQUER UM DE SEUS ASPECTOS EM QUALQUER UM DE SEUS ASPECTOS É DETERMINADA PELAS CONDIÇÕES É DETERMINADA PELAS CONDIÇÕES

REAIS DE OCORRÊNCIA, OU SEJA, REAIS DE OCORRÊNCIA, OU SEJA, PELA SITUAÇÃO SOCIAL MAIS PELA SITUAÇÃO SOCIAL MAIS

IMEDIATA.IMEDIATA.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

EnunciaçãoEnunciação é o produto da interação de dois indivíduos é o produto da interação de dois indivíduos socialmente organizadossocialmente organizados e, mesmo que não haja um e, mesmo que não haja um interlocutor real, este pode ser substituído por um interlocutor real, este pode ser substituído por um representante médio do grupo social ao qual pertence o representante médio do grupo social ao qual pertence o locutor.locutor.

A A palavra palavra dirige-se a um interlocutor.dirige-se a um interlocutor. É função da pessoa desse interlocutor.É função da pessoa desse interlocutor. Varia segundo hierarquia social (pessoas do mesmo Varia segundo hierarquia social (pessoas do mesmo

grupo social dá-se de um jeito, se não dá-se de outro), grupo social dá-se de um jeito, se não dá-se de outro), assim, os traços sociais, mais ou menos estreitos, dão assim, os traços sociais, mais ou menos estreitos, dão o tom da interação verbal.o tom da interação verbal.

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MARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEMMARXISMO E FILOSOFIA DA LINGUAGEM

O mundo interior e a reflexão de cada indivíduo tem um O mundo interior e a reflexão de cada indivíduo tem um auditório social próprio bem estabelecido, em cuja auditório social próprio bem estabelecido, em cuja atmosfera constroem suas deduções interiores, suas atmosfera constroem suas deduções interiores, suas motivações, apreciações motivações, apreciações etcetc..

Quanto mais Quanto mais aculturadoaculturado for o indivíduo for o indivíduo (miscigenação/interpenetração cultural), (miscigenação/interpenetração cultural),

mais o auditório em questão se aproximará do mais o auditório em questão se aproximará do auditório médio da criação ideológicaauditório médio da criação ideológica; ;

MASMASo o interlocutor idealinterlocutor ideal não pode ultrapassar as fronteiras de não pode ultrapassar as fronteiras de

uma classe e de uma época bem definida.uma classe e de uma época bem definida.

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Trabalho lingüístico-cognitivoTrabalho lingüístico-cognitivo

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TRABALHO LINGÜÍSTICO-COGNITIVO/PSÍQUICOTRABALHO LINGÜÍSTICO-COGNITIVO/PSÍQUICO

A função reguladora da linguagem A função reguladora da linguagem

(VYGOTSKY, 1934/87; LURIA, 1979)(VYGOTSKY, 1934/87; LURIA, 1979)

não é algo já estruturado, prévio a qualquer não é algo já estruturado, prévio a qualquer experiência significativa de vida em sociedadeexperiência significativa de vida em sociedade

ou fruto da ontogênese (natural), ou fruto da ontogênese (natural),

ela é um processo que se constitui nas interações ela é um processo que se constitui nas interações entre os homens, principalmente, entre os homens, principalmente,

por meio das interações verbais.por meio das interações verbais.

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

BIOLOGIA DO CONHECIMENTOBIOLOGIA DO CONHECIMENTO

Superação da premissa básica do Superação da premissa básica do pensamento ocidental (as dicotomias pensamento ocidental (as dicotomias explicativas), por isso, propõe : explicativas), por isso, propõe :

1.1. continuidade do biológico e do continuidade do biológico e do social/cultural; social/cultural;

2.2. entrelaçamento do racional/emocionalentrelaçamento do racional/emocional

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

EMOÇÃO: DISPOSIÇÃO CORPORAL EMOÇÃO: DISPOSIÇÃO CORPORAL QUE ESPECIFICA DOMÍNIOS DE AÇÃOQUE ESPECIFICA DOMÍNIOS DE AÇÃO

AMOR: EMOÇÃO QUE PERMITE A AMOR: EMOÇÃO QUE PERMITE A ACEITAÇÃO DO OUTRO COMO ACEITAÇÃO DO OUTRO COMO LEGÍTIMO OUTRO NA CONVIVÊNCIA; LEGÍTIMO OUTRO NA CONVIVÊNCIA; CONVIVÊNCIA DE ORGANISMOS SEM CONVIVÊNCIA DE ORGANISMOS SEM COMPETIÇÃOCOMPETIÇÃO

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

NÃO É A RAZÃO QUE NOS LEVA A NÃO É A RAZÃO QUE NOS LEVA A AÇÃO, MAS A EMOÇÃO (DESEJO DE AÇÃO, MAS A EMOÇÃO (DESEJO DE TER OU OBTER);TER OU OBTER);

TER UMA DIFICULDADE PARA FAZER, TER UMA DIFICULDADE PARA FAZER, IMPLICA UMA DIFICULDADE NO IMPLICA UMA DIFICULDADE NO QUERER, QUE FICA OCULTA PELA QUERER, QUE FICA OCULTA PELA ARGUMENTAÇÃO SOBRE O FAZERARGUMENTAÇÃO SOBRE O FAZER

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

HÁ UM ENTRELAÇAMENTO DE EMOÇÕES E HÁ UM ENTRELAÇAMENTO DE EMOÇÕES E DE LINGUAGEM DE LINGUAGEM

= =

CONVERSARCONVERSAR

““Os seres humanos vivemos em diferentes redes Os seres humanos vivemos em diferentes redes de conversações que se entrecruzam em sua de conversações que se entrecruzam em sua realização na nossa individualidade corporal”realização na nossa individualidade corporal”

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

O peculiar do humano não está na manipulação, O peculiar do humano não está na manipulação, mas na Linguagem e no seu entrelaçamento mas na Linguagem e no seu entrelaçamento

com o emocionar.com o emocionar.

LINGUAGEM NÃO É APENAS UM SISTEMA LINGUAGEM NÃO É APENAS UM SISTEMA SIMBÓLICO DE COMUNICAÇÃO; SIMBÓLICO DE COMUNICAÇÃO;

MAS UM OPERAR EM COORDENAÇÕES MAS UM OPERAR EM COORDENAÇÕES CONSENSUAIS CONSENSUAIS

(AÇÕES ENTRELAÇADAS E CONSTRUÍDAS NA (AÇÕES ENTRELAÇADAS E CONSTRUÍDAS NA PARTILHA)PARTILHA)

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

AS PALAVRAS SÃO NÓS NAS REDES DE AS PALAVRAS SÃO NÓS NAS REDES DE COORDENAÇÃO DE AÇÕES E NÃO COORDENAÇÃO DE AÇÕES E NÃO REPRESENTANTES ABSTRATOS DE UMA REPRESENTANTES ABSTRATOS DE UMA REALIDADE INDEPENDENTE DE NOSSOS REALIDADE INDEPENDENTE DE NOSSOS AFAZERES...AFAZERES...

AS PALAVRAS NÃO SÃO INÓCUAS AS PALAVRAS NÃO SÃO INÓCUAS

AS PALAVRAS QUE USAMOS REVELAM NOSSO AS PALAVRAS QUE USAMOS REVELAM NOSSO PENSAR E PROJETAM NOSSO FAZERPENSAR E PROJETAM NOSSO FAZER

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ÉTICA –EMOÇÃOÉTICA –EMOÇÃO

(...) As conversações, como um entrelaçamento (...) As conversações, como um entrelaçamento do emocionar e do linguajar em que vivemos, do emocionar e do linguajar em que vivemos, constituem e configuram o mundo em que constituem e configuram o mundo em que vivemos como um mundo de ações possíveis na vivemos como um mundo de ações possíveis na concretude de nossa transformação corporal ao concretude de nossa transformação corporal ao viver nelas.viver nelas.

Os seres humanos somos o que conversamos, Os seres humanos somos o que conversamos, e é assim que a cultura e a história se encarnam e é assim que a cultura e a história se encarnam em nosso presente . É conversando as em nosso presente . É conversando as conversações que construiremos a democracia”.conversações que construiremos a democracia”.

(MATURANA, p. 91)(MATURANA, p. 91)