INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA: CURRÍCULOS, CONCEPÇÕES E ... · A interdisciplinaridade é...
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INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA:
CURRÍCULOS, CONCEPÇÕES E PRÁTICAS
Ilha Solteira 2014
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INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA:
CURRÍCULOS, CONCEPÇÕES E PRÁTICAS
Projeto de pesquisa submetido ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a finalidade de concorrer à Chamada Universal MCTI/CNPq nº 14/2014 – apoio financeiro a projetos que visem contribuir significativamente para o desenvolvimento científico e tecnológico do País, em qualquer área do conhecimento. Coordenador: Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves
Ilha Solteira 2014
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Sonhar o sonho impossível,
Sofrer a angústia implacável,
Pisar onde os bravos não ousam,
Reparar o mal irreparável,
Amar um amor casto à distância,
Enfrentar o inimigo invencível,
Tentar quando as forças se esvaem,
Alcançar a estrela inatingível:
Essa é a minha busca.
Dom Quixote
(Miguel de Cervantes)
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SUMÁRIO
1. Identificação da Proposta......................................................................................................................... 4
2. Qualificação do Principal Problema a Ser Abordado .......................................................................... 6
3. Objetivos e Metas a Serem Alcançadas ................................................................................................ 12
3.1. Objetivo Geral ................................................................................................................................. 12
3.2. Objetivos Específicos ..................................................................................................................... 12
3.3. Metas ................................................................................................................................................. 12
4. Metodologia a Ser Empregada .............................................................................................................. 14
5. cronograma .............................................................................................................................................. 16
6. Principais Contribuições da Proposta .................................................................................................. 17
7. Orçamento Detalhado ............................................................................................................................ 18
8. Identificação dos Demais Participantes do Projeto ........................................................................... 19
9. Indicação de Colaborações ou Parcerias Já Estabelecidas Com Outros Centros de Pesquisa na Área ........................................................................................................................................................... 20
10. Disponibilidade Efetiva de Infraestrutura e de Apoio Técnico para o Desenvolvimento do Projeto ....................................................................................................................................................... 21
11. Estimativa dos Recursos Financeiros de Outras Fontes que Serão Aportados Pelos Eventuais Agentes Públicos e Privados Parceiros ................................................................................................ 25
12. Referências ............................................................................................................................................... 26
ANEXOS ......................................................................................................................................................... 29
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1. IDENTIFICAÇÃO DA PROPOSTA
Nome da Proposta: Interdisciplinaridade na Escola: Currículos, Concepções e Práticas
Grande Área de Conhecimento: Ciências Humanas
Área de Conhecimento: Educação
Subárea de Conhecimento: Currículo
Duração do Projeto: 01/11/2014 a 31/10/2017
Coordenador do Projeto: Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)
Endereço: Faculdade de Engenharia do Câmpus de Ilha Solteira (FEIS)
Rua Monção, 226 Zona Norte – Ilha Solteira / SP CEP: 15.385-000
Telefone: (18) 3743-1970
Celular: (18) 99709-2323
E-mail: [email protected]
Instituição Executora: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” / FEIS
Instituição Envolvida: Central Michigan University – Mount Pleased (Michigan/EUA)
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)
Resumo:
O projeto de pesquisa tem como temática a interdisciplinaridade no ensino das Ciências da Natureza
e Matemática no contexto de uma escola pública de tempo integral. A interdisciplinaridade
apresenta-se como palavra-chave para a organização do trabalho pedagógico visto seu papel
articulador entre as diversas disciplinas do currículo, enriquecendo e potencializado suas ações
emancipadoras do sujeito. Para tanto, delineia-se o seguinte problema de pesquisa: Quais
concepções e práticas são percebidas na práxis de professores de Ensino Médio, área das Ciências da
Natureza e Matemática, sobre a interdisciplinaridade no desenvolvimento curricular de uma escola
pública paulista de tempo integral? Tem-se como objetivo geral: analisar currículos e práticas de
professores de Ensino Médio sobre a interdisciplinaridade no ensino de CNM no contexto de uma
escola pública paulista, que se encontra em processo de implementação do Programa de Ensino
Integral, visando constituir diretrizes formativas que possibilite uma ação crítica docente
transcendendo práticas centradas na racionalidade técnica. A pesquisa caracteriza-se como
qualitativa, natureza etnográfica, e se desenvolverá a partir de duas etapas complementares: [1º]
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Análises curriculares - (a) análise documental de currículos oficiais e de livros/materiais didáticos; (b)
análise do Projeto Político-Pedagógico da escola investigada. [2º] Análises da Práxis - (a) observação
participante da ação docente (professores de Ciências da Natureza e Matemática) em reuniões
pedagógicas e em aulas e/ou atividade pedagógica; (b) entrevistas semiestruturadas com professores
e equipe pedagógica para compreender diversas dimensões de sua prática (currículo praticado).
Palavras-Chave: Ensino Médio, Interdisciplinaridade, Currículo, Ensino Integral.
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2. QUALIFICAÇÃO DO PRINCIPAL PROBLEMA A SER ABORDADO
Muito se tem dito sobre a interdisciplinaridade, termo que se torna presente constantemente
em textos científicos, em documentos oficiais, livros didáticos, guias/orientações para professores e,
principalmente, na fala de docentes ao caracterizarem sua prática pedagógica. Nota-se a
possibilidade de se haver certo modismo relativo ao termo, questão que tem despertado atenção diante
da multirreferencialidade conceitual que pode gerar o termo. Até certo ponto, acredita-se que tal situação
pode não ser tão salutar no campo didático-pedagógico, pois pode possibilitar práticas pedagógicas
frágeis frente ao processo de construção conceitual do aluno e ao papel da escola de formação para a
cidadania.
Por conseguinte, observa-se que a interdisciplinaridade tem assumido posição central nas
discussões da Pedagogia, sendo vista como palavra de ordem para uma ação pedagógica efetiva da
escola. Uma perspectiva interdisciplinar do conhecimento, a partir de uma apreensão ampla da
realidade, proporcionará a inocorrência de um currículo de turista, em que, segundo Santomé (1998), a
informação sobre comunidades silenciadas, marginalizadas, oprimidas e sem poder é apresentada de
maneira deformada, com grande superficialidade, centrada em episódios descontextualizados, e
passa a ser contemplada de uma perspectiva distante, como algo que não tem a ver com cada uma
das pessoas que se encontram na sala de aula.
A interdisciplinaridade é palavra-chave para a organização do trabalho pedagógico visto seu
papel articulador entre as diversas disciplinas do currículo, enriquecendo e potencializado ações
emancipadoras do sujeito. Para Machado (2000), na interdisciplinaridade “almeja-se, no limite, a
composição de um objeto comum, por meio dos objetos particulares de cada uma das disciplinas
componentes” (p. 135). Tal perspectiva só é possível a partir de uma construção dialógica que
congregue as diversas disciplinas do currículo a partir das peculiaridades de cada área do
conhecimento (método/objeto), visando promover uma aprendizagem efetiva para estudantes
diante sua realidade problematizada – tendo como norte uma ressignificação dos saberes escolares
em que se proporcione uma formação ampla e totalitária do conhecimento que lhe possibilite
transformar sua realidade.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio1 (DCNEM) apontam a
interdisciplinaridade e a contextualização como elementos essenciais para construção de uma
“pedagogia de qualidade”.
1 Parecer CEB/CNE n° 15/1998.
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Fazenda (2002, p. 32) considera a importância da articulação da interdisciplinaridade nos
universos epistemológico e pedagógico como: (a) meio de conseguir uma melhor formação geral,
pois somente um enfoque interdisciplinar pode possibilitar certa identificação entre o vivido e o
estudado, desde que o vivido resulte da inter-relação de múltiplas e variadas experiências; (b) meio
de atingir uma formação profissional, já que permite a abertura de novos campos do conhecimento
e a novas descobertas; (c) incentivo à formação de pesquisadores e de pesquisas, pois o sentido das
investigações interdisciplinares é reconstruir a unidade dos objetos que a fragmentação dos métodos
separou e, com isto, permitir a análise das situações globais, dos limites de seu próprio sistema
conceitual e o diálogo entre as disciplinas; (d) condição para uma educação permanente, posto que
através da intersubjetividade, característica essencial da interdisciplinaridade, será possível a troca
contínua de experiências; (e) forma de compreender e modificar o mundo, pois sendo o homem
agente e paciente da realidade do mundo torna-se necessário um conhecimento efetivo dessa
realidade em seus múltiplos aspectos; (f) superação da dicotomia ensino-pesquisa, pois, nesse novo
enfoque pedagógico, a pesquisa se constitui na única forma possível de aprendizagem.
Não há definição unívoca do conceito; ou seja, a palavra interdisciplinaridade é fruto de
significativas flutuações desde “a simples cooperação de disciplinas ao intercâmbio mútuo e
integração recíproca ou, ainda, a uma integração capaz de romper a estrutura de cada disciplina e
alcançar uma axiomática comum” (POMBO, 1994, p. 10). Paviani (2004) destaca que ocorre um uso
indiscriminado do termo (ensino, pesquisa, exercício profissional, meio de comunicação etc),
apontando múltiplos significados e nenhum significado aceito pela comunidade de professores e
pesquisadores.
Não se pressupõe acreditar em um conceito unívoco da interdisciplinaridade, haja vista que
sua compreensão parte da perspectiva da realidade e do sujeito. Contudo, ressalta-se aqui uma
possível banalização impregnada nas narrativas de profissionais das diversas áreas, incluindo
educadores, para caracterizar sua prática como interdisciplinar – como uma chancela de qualidade
para seu trabalho. Termo em voga que se condiciona a uma simplificação conceitual, que todos
acreditam compreender e saber usar.
Assim, algumas questões apresentam-se como norteadoras e provocativas deste projeto de
pesquisa: Quais concepções professores assumem sobre a interdisciplinaridade como eixo norteador
do Ensino Médio (EM)? Quais práticas interdisciplinares são ou podem ser desenvolvidas por
professores no EM? Quais elementos epistemológicos podem nortear a prática interdisciplinar de
professores que ensinam no EM? Que preconizam os currículos prescritos de EM sobre a
interdisciplinaridade? Como a interdisciplinaridade pode ser observada em livros didáticos das
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Ciências da Natureza2 e Matemática (CNM) do EM? O que define uma formação para docentes do
EM que priorize o desenvolvimento de processos de ensino e de avaliação da aprendizagem em uma
perspectiva interdisciplinar?
A partir das questões supracitadas é que se delineia o seguinte problema de pesquisa: Quais
concepções e práticas são percebidas na práxis de professores de EM, área das CNM, sobre a
interdisciplinaridade no desenvolvimento curricular de uma escola pública paulista de tempo
integral?
Fazenda (1996), na busca pela definição do conceito de interdisciplinaridade, preconiza que a
interdisciplinaridade:
é uma atitude de abertura, não preconceituosa, onde todo o conhecimento é igualmente importante. Pressupõe o anonimato, pois, o conhecimento pessoal anula-se frente ao saber universal. É uma atitude coerente, que supõe uma postura única frente aos fatos, é na opinião crítica do outro que fundamenta-se a opinião particular. Somente na intersubjetividade, num regime de co-propriedade, de interação, é possível o diálogo, única condição de possibilidade da interdisciplinaridade. Assim sendo, pressupõe uma atitude engajada, um comprometimento pessoal. (FAZENDA, 1996, p. 8)
Ou seja, a partir de uma atitude do sujeito de humildade e ousadia no desejo de inovar, criar
e ir além é que se pode constituir uma ação pedagógica interdisciplinar, a partir de uma filosofia do
sujeito.
Para Fazenda (2008), pensar a interdisciplinaridade como junção de disciplinas é pensar o
currículo apenas na formação de sua grade, porém, ao se definir interdisciplinaridade como atitude
de ousadia e busca frente ao conhecimento, cabe pensar aspectos que envolvem a cultura do lugar
onde os professores se formam. Desse modo, somente torna-se possível falar sobre o professor e
sua formação quando ampliamos a análise do campo conceitual da interdisciplinaridade, surgindo, aí,
a possibilidade de explicitação de seu espectro: Epistemológico - Para que quero formar este ser?
Ontológico - Que ser queremos formar? Praxeológico - Quais os valores implícitos quero formar
neste ser?
A transposição de certas barreiras, que se apresentam como obstáculos, permitirão o
surgimento de um ensino interdisciplinar, por meio de novos métodos, novos objetivos e de uma
nova pedagogia, cuja formulação primeira é a supressão do monólogo e a instauração de uma nova
dialógica. Para tanto, faz-se necessária a eliminação das barreiras entre as disciplinas e entre as
pessoas que pretendem desenvolvê-las (FAZENDA, 2002).
Fazenda (1996; 2002) anuncia que uma prática pedagógica interdisciplinar pode apresentar
os seguintes obstáculos: (a) Obstáculos Epistemológicos e Institucionais – A interdisciplinaridade torna-se
2 Para este trabalho utiliza-se o termo “Ciências da Natureza” para se referir às disciplinas de Biologia, Química ou Física.
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possível quando se respeita os princípios de cada disciplina, tendo-se em vista um conhecer melhor;
neste sentido, a eliminação das barreiras entre as disciplinas exigiria a quebra da rigidez das
estruturas institucionais que, de certa forma, reforçam o capitalismo epistemológico das diferentes
ciências. (b) Obstáculos Psicossociológicos e Culturais – o desconhecimento do real significado do projeto
interdisciplinar, a falta de formação específica, a acomodação à situação estabelecida e o medo de
perder prestígio pessoal impedem a montagem de uma equipe especializada que parta em busca de
uma linguagem comum. (c) Obstáculos Metodológicos – a instauração de uma metodologia
interdisciplinar postularia um questionamento das formas de desenvolvimento do conteúdo das
disciplinas, em função do tipo de indivíduo que se pretende formar, bem como uma postura com
respeito à reflexão de todos os elementos indicados. (d) Obstáculos quanto a Formação – na
interdisciplinaridade, passa-se de uma relação pedagógica, baseada na transmissão do saber de uma
disciplina ou matéria, a uma relação dialógica, em que a posição é de construção do conhecimento.
É necessário que, ao lado de uma formação teórica, se estabeleça um treino constante no trabalho
interdisciplinar. (e) Obstáculos Materiais – para a efetivação da interdisciplinaridade, é primordial um
planejamento de espaço e tempo, bem como uma previsão orçamentária adequada.
Visando à superação do binômio máquina e produtividade, Pires (2004) assinala que a
organização do currículo escolar tradicional, a partir da justaposição das disciplinas, sem nenhum
processo de penetração mútua, é apontada como responsável por uma formação fragmentada,
baseada na dissociação e no esfacelamento do saber.
A abordagem interdisciplinar, em contrapartida, junto a uma postura crítica e a um questionamento constante do saber, traria possibilidades de um enriquecimento por meio de novos enfoques, ou da combinação de perspectivas diferentes, incentivando a busca de caminhos alternativos que não apenas aqueles dos saberes já adquiridos, instituídos e institucionalizados (PIRES, 2004, p. 33).
Para Santomé (1998), a interdisciplinaridade pode ser compreendida como uma tentativa
para corrigir os erros e as infecundidades geradas pela ciência excessivamente compartimentada. Ou
seja, como uma proposta progressista e desafiadora, visto que o avanço do conhecimento sempre
teve relação com novos questionamentos e reformulação de antigos conceitos em novas
perspectivas. O olhar interdisciplinar pode induzir especialistas a se sensibilizarem por perspectivas
nunca levantadas nos seus domínios e a se sentirem desafiados a rever seus conceitos, tendo como
referência de análise novos conhecimentos adquiridos no intercâmbio com outras disciplinas.
Para o autor, repensar o currículo e sua ressignificação em uma sociedade pedagógica
representa analisar alguns pressupostos que norteiam a sociedade atual. Assim, conseguintemente,
impõe-se superar uma concepção de currículo isolado, descontextualizado e fragmentado e partir
para uma compreensão de nexos que possibilitam a sua construção com base na realidade.
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Um reposicionamento do currículo escolar diante de uma postura interdisciplinar propicia
uma intervenção educativa dialógica, aberta e ampla, que possibilita o protagonismo como exercício
na prática pedagógica, uma maior abertura do canal de comunicação entre os atores sociais que
constroem o currículo, maior possibilidade de trabalho, análise e interpretação dos
saberes/conhecimentos culturais.
Assim, um currículo integrado pode ser entendido como uma compreensão global do
conhecimento e como a promoção de maiores parcelas de interdisciplinaridade na sua construção.
Esta integração ressaltaria a unidade que deve existir entre as diferentes disciplinas e formas de
conhecimento nas instituições escolares.
Em síntese, a interdisciplinaridade vislumbra uma exigência dada por uma sociedade repleta
de saberes/conhecimentos que foram fragmentados em nome da ciência moderna para o
entendimento da realidade antropossocial e natural. Para tanto, na busca de uma reaproximação
destes saberes/conhecimentos diante do necessário e urgente de entendimento da realidade a partir
de uma ótica de superação de um paradigma cartesiano, é que o quebra-cabeça precisa ser remontado
para uma visão, sempre multirreferencial, do mundo complexo.
A reconstrução da realidade dar-se-á a partir de redescobrimento de outros saberes que vão
além daqueles instituídos como verdadeiros e mais importantes pela Ciência na modernidade, mas
que coexistem na percepção da interação cognoscível do ser humano nos mundos sociocultural e
natural.
Com isso, não há uma negação da necessidade de especialização ou fragmentação do
conhecimento em vários momentos para seu processo de evolução, mas há uma necessidade de não
se perder o foco do todo que dá sentido àquele fragmento.
Estes argumentos nos remetem a reflexões didático-pedagógicas no contexto do currículo
escolar visto que há uma necessidade de se tratar, em momentos do processo educativo os alguns
conteúdos escolares disciplinarmente, contudo atentando-se para uma reconstrução do todo.
Para que ocorra de fato uma abordagem interdisciplinar no ensino de CNM, faz-se
necessária uma organização do trabalho pedagógico coletiva, participativa e democrática. Assim,
professores podem vislumbrar, com a comunidade escolar, diversas perspectivas de tratamento dos
conceitos e conteúdos do currículo, além das fronteiras das disciplinas.
Deste modo, há uma necessidade de se viabilizar articulações no processo educativo
promovendo abertura no interior da escola para que professores possam estudar, discutir, avaliar a
qualidade dos conteúdos trabalhados, procedimentos de ensino, avaliação, programas, ou seja, tudo
o que faz parte do trabalho pedagógico na sua totalidade. Para tanto, faz-se necessária uma
concepção de formação permanente, que segundo Alves, possibilita a superação da fragmentação
dos fenômenos, que nos levam a interpretações parciais, partindo rumo ao pensar de múltiplas
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formas para a solução de problemas, requisitando criatividade, curiosidade, trabalho em equipe,
aceite de ideias divergentes e diferentes e compreender que “enquanto vivos estivermos, estaremos
aptos a aprender coisas novas” (ALVES, 2010, p. 118).
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3. OBJETIVOS E METAS A SEREM ALCANÇADAS
3.1. Objetivo Geral
Analisar currículos e práticas de professores de EM sobre a interdisciplinaridade no ensino de CNM
no contexto de uma escola pública paulista, que se encontra em processo de implementação do
Programa de Ensino Integral, visando constituir diretrizes formativas que possibilite uma ação
crítica docente transcendendo práticas centradas em uma racionalidade técnica.
3.2. Objetivos Específicos
Caracterizar as recomendações prestadas nos currículos oficiais e materiais didáticos sobre a
interdisciplinaridade no EM.
Reconhecer perspectivas interdisciplinaridades na práxis de professores de CNM no
contexto de uma escola pública de tempo integral.
Analisar dificuldades, avanços e inovações percebidos na práxis de professores de CNM no
desenvolvimento curricular de uma escola de ensino integral tomando a interdisciplinaridade
como eixo central de análise.
3.3. Metas
Com o projeto tem-se as seguintes metas:
Publicar dois artigos em periódicos indexados pela Capes, com conceito Qualis com
resultados da pesquisa e traçando diretrizes para uma formação de professores que
considere a interdisciplinaridade com um dos eixos de formação;
Participar de eventos científicos da área de Educação ou Ensino (com apresentação de
trabalhos) e, desses, publicar trabalho em anais;
Buscar outros recursos para o projeto junto às agências de fomento, como bolsas de
iniciação científica junto à FAPESP;
Desenvolver projetos de extensão, estabelecendo parceria com escolas públicas de região
de Ilha Solteira para formação continuada de professores;
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Organizar evento sobre “Interdisciplinaridade na Escola” na UNESP (câmpus de Ilha
Solteira);
Pretende-se que a profª. Drª desenvolva uma pesquisa similar no contexto de uma escola
estadunidense, para posterior estudo comparativo Deste modo, justificam-se possíveis
intercâmbios (estágios nacionais e internacionais de pós-doutorado) entre os diversos
pesquisadores e instituições envolvidas no projeto.
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4. METODOLOGIA A SER EMPREGADA
Frente aos objetivos propostos para presente investigação, bem como a natureza complexa
dos dados no cotidiano escolar, a pesquisa caracteriza-se como qualitativa (natureza exploratória e
descritiva).
A pesquisa qualitativa, devido à natureza complexa dos objetivos da investigação, possibilita ao
pesquisador acesso às diversas dimensões do objeto, mostrando aspectos subjetivos e motivações
explícitas ou mesmos conscientes, de maneira espontânea. É na pesquisa qualitativa que o pesquisador
que se preocupa com a compreensão dos fenômenos, considerando, para tanto, o significado que os
outros dão às suas práticas/ações, o que impõe ao pesquisador uma interpretação hermenêutica da
realidade. A pesquisa se caracteriza ainda como etnográfica por evidenciar descrições de um sistema de
significados culturais da práxis de professores da área de CNM de uma escola pública paulista de tempo
integral. Para tanto, os objetivos da pesquisa serão pensados a partir de um contexto cultural amplo.
A pesquisa encontra-se em andamento em uma escola pública paulista que se tornou de
tempo integral em 2014 e, por isso, encontra-se em reestruturação e adaptações. O protagonismo
juvenil e a interdisciplinaridade apresentam-se como alguns dos princípios que norteia o programa
paulista de ensino integral.
A pesquisa esta se desenvolvendo a partir de duas etapas complementares:
Análises curriculares: (a) análise documental de currículos oficiais (currículos prescritos:
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio; Orientações Curriculares para o
Ensino Médio; Parâmetros Curriculares Nacionais de Ensino Médio; Currículo Estado
de São Paulo; Reorganização do Ensino de São Paulo; Escola de Ensino Integral) e de
livro e materiais didáticos (currículo apresentado); (b) análise do Projeto Político-
Pedagógico da escola – PPP (currículo modelado).
Análises da Práxis: (a) observação participante da ação docente (professores de CNM)
em reuniões pedagógicas de área, em aulas e demais atividade pedagógica da escola
(disciplinas eletivas, clubes juvenis etc); (b) entrevistas semiestruturadas com os
professores da área de CNM (aproximadamente dez professores) e a supervisora da
escola para compreender diversas dimensões de sua prática (currículo praticado).
Ressalta-se que todas as entrevistas serão gravadas e transcritas e que, durante a investigação,
todos os sujeitos participantes assinarão um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE);
pretende-se, ainda, filmar as reuniões pedagógicas da área de CNM para análises posteriores.
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Ressalta-se ainda que o protocolo desta pesquisa encontra-se devidamente aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciência e Tecnologia da UNESP (campus Presidente
Prudente) – CAAE n° 17551813.8.0000.5402.
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5. CRONOGRAMA
ATIVIDADES
2014
2016 2017 2018
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ASPECTOS GERAIS Solicitação de apoio junto às agências de fomento à pesquisa (CNPq ou FAPESP)
←
Solicitação de bolsa de iniciação científica (FAPESP)
←
Organização de evento sobre “Interdisciplinaridade na Escola”
X X X
Participação de eventos científicos para divulgação dos resultados preliminares e finais da pesquisa.
X X X X X X X X X X X X X X X X X
Redação do relatório final e prestação de contas.
X X X X X
Submissão de manuscritos para periódicos X X X X X PRIMEIRA ETAPA – ANÁLISES CURRICULARES
X X X
SEGUNDA ETAPA – ANÁLISES DA PRÁXIS
X X X X X X X X X X X X
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6. PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES DA PROPOSTA
A presente proposta considera a possibilidade de distanciamento entre o currículo formal
(normativo e prescrito) e o currículo em ação (praticado), e trará à tona fatores que estejam
influenciando tal distanciamento.
Aceitando que há diversos fatores e condicionantes envolvidos, o presente projeto assenta-se
na hipótese de que processos de ensino e de avaliação de aprendizagem em uma perspectiva
interdisciplinar são elemento importante da formação docente e se constitui uma necessidade
formativa dos professores de ciências e matemática, considerando a análise de currículos,
concepções e práticas pedagógicas.
Como resultado é esperado uma discussão sobre necessidades formativas de professores que
priorizem os processos ensino e de avaliação da aprendizagem em uma perspectiva interdisciplinar
de construção de conhecimento.
Este estudo tem como diferencial a utilização conjunta dos seguintes pressupostos:
1) Uma formação docente com ênfase em pressupostos da interdisciplinaridade melhor
qualifica o professor a planejar e avaliar objetivos de ensino e de aprendizagem.
2) É possível conceber um modelo de formação para avaliação de aprendizagem que tenha
finalidade emancipatória, a partir do modelo de interação com professores proposto na
pesquisa-ação considerando os professores sujeitos de sua formação em condições de
participar coletivamente e de maneira consciente da construção currículos.
Acredita-se que o desenvolvimento do presente estudo proporcionará, além de uma
apreciação crítica da interdisciplinaridade em currículos de Ciências da Natureza e da Matemática, a
promoção de uma ação efetiva junto a docentes da região de Ilha Solteira (SP), possibilitando, assim,
o desenvolvimento de estratégias para promover a qualidade do ensino no contexto das escolas
brasileiras.
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7. ORÇAMENTO DETALHADO
DESCRIÇÃO QUANT. VALOR
UNITÁRIO (R$)
VALOR TOTAL (R$)
CUSTEIO
01 Passagens (diversas) – visitas técnicas em universidades e participação em eventos.
18 1.000,00 18.000,00
02 Diárias (Exterior) – visitas técnicas de pesquisadores e participação em eventos.
10 832,00 5.000,00
03 Diárias (País) - visitas técnicas de pesquisadores e participação em eventos.
21 320,00 6.720,00
TOTAL 29.720,00
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8. IDENTIFICAÇÃO DOS DEMAIS PARTICIPANTES DO PROJETO
A equipe é composta pelos seguintes pesquisadores, que integram o grupo de pesquisa
“Epistemologia, Interdisciplinaridade e Educação” – certificado pela UNESP:
Prof. Dr. Harryson Júnio Lessa Gonçalves – coordenador geral do projeto
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) / Faculdade de Engenharia do
Câmpus de Ilha Solteira (FEIS)
Profª. Drª. Deise Aparecida Peralta
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) / Faculdade de Engenharia do
Câmpus de Ilha Solteira (FEIS)
Profª. Drª. Ana Lúcia Braz Dias
Central Michigan University (EUA) / College of Science and Technology
Profª. Drª. Ana Clédina Rodrigues Monteiro
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA)
Além da referida equipe o projeto conta com a participação de pesquisadores colaboradores
e estudantes (bolsistas de iniciação científica e estagiários) das instituições envolvidas no projeto.
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9. INDICAÇÃO DE COLABORAÇÕES OU PARCERIAS JÁ ESTABELECIDAS COM
OUTROS CENTROS DE PESQUISA NA ÁREA
O presente projeto de pesquisa trata-se de uma pesquisa que será desenvolvida por meio de
uma rede colaborativa de pesquisadores que tem como propósito investigar a temática “currículos,
práticas e concepções de professores de Ensino Médio sobre a interdisciplinaridade no contexto das
Ciências da Natureza e da Matemática”.
Para viabilização do projeto foram firmados convênios e/ou acordos de cooperação visando
a formalizar a parceria estabelecida entre os pesquisadores e, assim, prever a realização de visitas dos
pesquisadores às instituições envolvidas para fim de visitas, intercâmbio, trabalho de campo e análise
de dados.
Foram firmadas as seguintes parcerias (conforme anexos):
Escola Estadual Coronel Francisco Schmidt – Pereira Barreto / SP
Central Michigan University – Estados Unidos da América
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10. DISPONIBILIDADE EFETIVA DE INFRAESTRUTURA E DE APOIO TÉCNICO
PARA O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
As ações inerentes a este projeto estão alicerçadas na missão institucional da UNESP,
preconizada pelo seu Plano de Desenvolvimento Institucional: Exercer sua função social por meio do
ensino, da pesquisa e da extensão universitária, com espírito crítico e livre, orientados por princípios éticos e
humanísticos. Promover a formação profissional compromissada com a qualidade de vida, a inovação tecnológica, a
sociedade sustentável, a equidade social, os direitos humanos e a participação democrática. Gerar, difundir e fomentar o
conhecimento, contribuindo para a superação de desigualdades e para o exercício pleno da cidadania.
A UNESP foi criada em 1976 (através da Lei nº 952, de 30 de janeiro), a partir de institutos
isolados de ensino superior que existiam em várias regiões do Estado de São Paulo. Atualmente, a
Universidade possui 34 unidades em 24 cidades, sendo 22 no Interior; uma na Capital do Estado,
São Paulo; e uma no Litoral Paulista, em São Vicente. Possui um corpo docente de mais de 3,5 mil
professores e mais de 7 mil funcionários. Oferece 179 opções de cursos de graduação nas mais
diversas áreas do conhecimento (com 68 profissões de nível superior, que formam, por ano,
aproximadamente 5,6 mil novos profissionais), além de 118 programas de pós-graduação stricto senso,
com 117 mestrados acadêmicos, 6 mestrados profissionais e 93 doutorados e mais 6,5 mil estudantes
em cursos lato sensu promovidos pelo Núcleo de Ensino a Distância (NEad). Além disso promove
ações que alavancam a pesquisa científica brasileira e desenvolve diversas atividades de extensão para
a sociedade. Esta estrutura demonstra a importância da UNESP, destacando-se como uma das
maiores e mais conceituadas universidade públicas e gratuitas brasileiras3.
A FEIS foi a única unidade universitária criada, de fato, juntamente com a UNESP no ano
de 1976, e teve como principal intuito o aproveitamento de uma parte da infraestrutura urbana e
rural do núcleo permanente (hoje, Município de Ilha Solteira) construído pela Centrais Elétricas de
São Paulo (CESP – hoje, Companhia Energética de São Paulo), o qual teria a sua desativação
prevista para o término das obras do Complexo Hidroelétrico de Urubupungá.
O corpo docente é constituído por cerca de 220 professores trabalhando em regime de
tempo integral e dedicação exclusiva, com alto nível de especialização: mestrado, doutorado e/ou
pós-doutorado. A infraestrutura compreende, dentre outras coisas, Laboratórios Didáticos e de
Pesquisa; Laboratórios Didáticos de Computação (LDC); Serviço Técnico de Informática (STI),
ligado em redes de computadores, com acesso à Internet; amplo e moderno Serviço Técnico de
Biblioteca e Documentação (STBD), totalmente informatizado, climatizado com funcionamento 24
3 Todos os dados relativos às informações sobre a UNESP foram extraídos do portal da instituição www.unesp.br.
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horas. Além disso, a universidade possibilita a obtenção de diversas modalidades de bolsas não
reembolsáveis de trabalho ou apoio à pesquisa, concedidas pelo CNPq, CAPES e FAPESP e por
outras agências governamentais de fomento.
A FEIS possui os seguintes cursos de graduação: Agronomia, Engenharias (Elétrica, Civil e
Mecânica), Zootecnia, Física, Matemática e Ciências Biológicas – sendo os três últimos específicos
de formação de professores. A instituição possui ainda sete programas de pós-graduação stricto sensu:
Agronomia, Ciências dos Materiais, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica,
Ciência e Tecnologia Animal e Matemática. Ressalta-se que a universidade garante mobilidade aos
seus docentes para atuarem em programas de pós-graduação de outros campi, sendo assim parte do
corpo docente da FEIS encontra-se credenciado aos demais programas da instituição nas suas
respectivas áreas de atuação.
A UNESP conta ainda com a seguinte estrutura de apoio técnico à projetos de pesquisa com
suas respectivas atribuições, conforme normatizações internas:
Escritórios Regionais de Apoio à Pesquisa (EAP):
Assessorar docentes e alunos na elaboração de pedidos de auxílios à pesquisa e submis-
são de projetos às Agências de Fomento, conferindo e encaminhando documentos a es-
tes órgãos, bem como na prestação de contas e no acompanhamento da quitação dos
processos.
Divulgar e executar procedimentos relativos a programas especiais e bolsas/auxílios (na-
cionais e internacionais), inclusive os programas PIBIC, PIBIT, FUNDAP e similares.
Gerenciar parcerias resultantes dos projetos de pesquisa, dos projetos de proprieda-
de intelectual, atendendo aos objetivos científicos, técnicos, de inovação (com apoio da
Agência UNESP de Inovação – AUIN) e gerir projetos na Web.
Receber Termos de Outorga e aditivos para assinatura e devolução dos mesmos e outras
atividades inerentes aos Postos de Apoio da FAPESP.
Orientar o corpo docente e discente no preenchimento do Currículo Lattes.
Apoiar o docente/pesquisador na busca e desenvolvimento de novas parcerias empresa-
riais ou com outras entidades ou agências.
Gerenciar atividades de divulgação de projeto e de disseminação da ciência, inclusive pa-
ra interação com escolas.
Gerenciar banco de dados com as informações dos projetos enviados e aprovados pelas
Agências de Fomento e enviar planilha para o Escritório Central e/ou Assessoria de Re-
lações Externas (AREX) de acordo com o prazo estabelecido.
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Fornecer assistência administrativa aos Pesquisadores para todas as atividades necessárias
ao andamento do projeto.
Fornecer assistência administrativa aos Pesquisadores visitantes na UNESP, inclusive
com relação ao visto de permanência no Brasil e à sua estadia.
Assessorar os discentes na elaboração das candidaturas aos editais AREX.
Assessorar docentes e discentes para o desenvolvimento de programas de mobilidade no
exterior e também de parcerias para a submissão de projetos de pesquisa.
Conferir e encaminhar a documentação das atividades ligadas à mobilidade para a
AREX.
Divulgar aos docentes e discentes das unidades, dos editais associados à internacionaliza-
ção da instituição.
Exercer outras atribuições no âmbito de sua competência.
Escritório Central de Apoio à Pesquisa (ECP):
Criar e divulgar homepage, como instrumento de apoio aos EAP;
Levantar diariamente editais das Agências de Fomento nacionais e internacionais
Prestar Assessorias aos EAP;
Levantar dados gerais sobre projetos e financiamento de pesquisadores/docentes da
UNESP;
Promover Cursos de Atualização aos servidores lotados nos EAP;
Elaborar Relatórios anuais de pesquisa na UNESP.
Assessoria de Relações Externas (AREX):
Assessorar a Reitoria nas suas relações com entidades públicas e privadas externas à
Universidade.
Dar assistência às Pró-Reitorias e às Unidades Universitárias na área de cooperação
internacional.
Promover o intercâmbio cultural e científico entre a Universidade e instituições
estrangeiras.
Planejar, organizar e promover a realização de eventos de iniciativa da Reitoria e Pró-
Reitorias.
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Assessorar as Pró-Reitorias na administração dos convênios que lhes são próprios, bem
como, administrar as questões relativas aos demais convênios de interesse da
Universidade.
Organizar e manter atualizado o sistema de informações sobre as oportunidades de
financiamento e obtenção de recursos, oferecidos por entidades públicas e privadas,
com potencial de utilização pela Universidade.
Desenvolver ações junto a órgãos de financiamento nacionais e internacionais, públicos
e privados, no sentido da obtenção de recursos financeiros da Universidade.
Desenvolver ações de promoção do potencial de desenvolvimento de projetos da
Universidade, junto a entidades e empresas públicas e privadas.
A referida estrutura encontra-se em pleno funcionamento e devidamente normatizada pelas
seguintes legislações internas: Portaria n° 469/2012 e Resolução nº 04/1993.
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11. ESTIMATIVA DOS RECURSOS FINANCEIROS DE OUTRAS FONTES QUE
SERÃO APORTADOS PELOS EVENTUAIS AGENTES PÚBLICOS E PRIVADOS
PARCEIROS
Pretende-se abarcar ao projeto suporte financeiro complementar:
Solicitação junto à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
bolsas de iniciação científica.
Solicitar auxílio à pesquisa e bolsas para os professores da rede pública de ensino de São
Paulo que forem participar do projeto por meio do Programa de Melhoria do Ensino
Público da FAPESP.
Solicitar de bolsas do Núcleo de Ensino da Pró-Reitoria de Graduação da UNESP
visando incorporar alunos de graduação na pesquisa.
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12. REFERÊNCIAS
ALVES, Adriana. Contribuições de uma prática docente interdisciplinar à matemática do ensino médio. 172f. Tese (Doutorado em Educação: Currículo), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: São Paulo, 2010.
CARLOS, Jairo Gonçalves. Interdisciplinaridade no ensino médio: desafios e potencialidades. 2007. 171 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências), Universidade de Brasília: Brasília, 2007.
D’AMBROSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 1, no 31, p.99-120, jan./abr., 2005.
FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro: efetividade ou ideologia? São Paulo: Edições Loyola, 1996 (1979).
_____. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. São Paulo: Edições Loyola, 2002 (1991).
_____. Interdisciplinaridade-transdisciplinaridade: visões culturais e epistemológicas. In: FAZENDA, Ivani Catarina Arantes (Org.). O que é interdisciplinaridade? São Paulo: Editora Cortez, 2008, p. 17-28.
_____. Interdisciplinaridade: história, teoria e pesquisa. São Paulo: Editora Papirus, 2011 (1994).
GONÇALVES, Harryson Júnio Lessa. A educação profissional e o ensino de matemática: conjunturas para uma abordagem interdisciplinar. 173f. Tese (Doutorado em Educação Matemática), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo: São Paulo, 2012.
GONÇALVES, Harryson Júnio Lessa; PIRES, Célia Maria Carolino. Educação matemática na educação profissional de nível médio: análise sobre possibilidades de abordagens interdisciplinares. Boletim de educação matemática (Bolema), Rio Claro, v. 28, n. 48, p. 230-254, abr. 2014. Disponível em: <http://lnk.nu/periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/3nc8>. Acesso em: 03 jun. 2014.
HECKHAUSEN, Heinz. Disciplina e interdisciplinaridade. POMBO, Olga; GUIMARÃES, Henrique Manuel; LEVY, Teresa (Orgs.). Interdisciplinaridade: antologia. Porto: Campo das Letras, 2006, pp. 79-89.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
MACHADO, Nilson José. Educação: projeto e valores. São Paulo: Escrituras, 2000.
MANGINI, Fernanda Nunes da Rosa; MIOTO, Regina Célia Tamoso. A interdisciplinaridade na sua interface com o mundo do trabalho. Revista Katálysis, Florianópolis, v. 12, no 2, pp.207-215, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://xurl.es/lzd94>. Acesso em: 26 abr. 2014.
PAVIANI, Jayme. Disciplinaridade e interdisciplinaridade. In: PIMENTA, Carlos. Interdisciplinaridade, humanismo, Universidade. Porto: Campo das Letras, pp. 15-57, 2004.
POMBO, Olga. Contribuições para um vocabulário sobre interdisciplinaridade. In: POMBO, Olga; LEVY, Teresa e GUIMARÃES, Henrique. A interdisciplinaridade: reflexão e experiência. Lisboa: Editora Texto, pp.92-97, 1994.
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PIRES, Célia Maria Carolino. Formulações basilares e reflexões sobre a inserção da matemática no currículo visando à superação do binômio máquina e produtividade. Educação Matemática Pesquisa, São Paulo, v. 6, no 2, pp. 29-61, jul. 2004. Semestral.
SACRISTAN, José Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
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ANEXO A:
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado para participar da pesquisa “INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA: CURRÍCULOS,
CONCEPÇÕES E PRÁTICAS” da Faculdade de Engenharia do Câmpus de Ilha Solteira (FEIS) da Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (câmpus de Ilha Solteira) em parceria com outras instituições de ensino superior.
Você foi selecionado por ser professor das áreas de Ciências da Natureza ou Matemática ou aluno do curso de
licenciatura. Informamos que sua participação não é obrigatória, a qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição.
Os objetivos deste estudo são “analisar currículos, concepções e práticas de professores diante da interdisciplinaridade no contexto do ensino das Ciências da Natureza e de Matemática no Ensino Médio” e “constituir
um grupo de trabalho com professores e pesquisadores visando refletir e desenvolver práticas interdisciplinares no Ensino Médio”.
Sua participação nesta pesquisa consistirá em:
Responder a entrevistas (devidamente gravadas e posteriormente transcritas para fins de análises), se necessário e previamente agendada;
Autorizar o pesquisador a observar suas aulas, se necessário, desde que previamente agendada;
Autorizar o pesquisador a analisar seus planejamentos (planos de curso, planos de aula e/ou planos de disciplina);
Participar de um grupo de trabalho de estudos/pesquisas sobre o ensino de Ciências da Natureza e Matemática. Não há riscos aparentes relacionados com sua participação na pesquisa. O benefício relacionado com a sua
participação é o de contribuir para uma análise qualitativa das possibilidades de uma perspectiva interdisciplinar no
Ensino Médio, bem como um possível aprendizado sobre a prática interdisciplinar no contexto do ensino das Ciências da Natureza e Matemática.
As informações obtidas por meio dessa pesquisa serão confidenciais e asseguramos o sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação, para tanto serão atribuídos nomes fictícios aos sujeitos participantes da pesquisa.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço institucional do coordenador do projeto e do cadastramento do projeto no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.
PROF. DR. HARRYSON JÚNIO LESSA GONÇALVES E-mail: [email protected] / Telefone: (18) 3743-1970
Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Câmpus de Ilha Solteira – Departamento de Biologia e Zootecnia
Passeio Monção, 226 – Ilha Solteira - SP
COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho”
Projeto APROVADO - CAAE nº 17551813.8.0000.5402 (Plataforma Brasil)
CONSENTIMENTO DA PARTICIPAÇÃO NA PESQUISA
Eu, _________________________________________________________________________, RG n.º ___________________________,
abaixo assinado, concordo em participar do estudo investigativo “INTERDISCIPLINARIDADE NA ESCOLA: CURRÍCULOS, CONCEPÇÕES E PRÁTICAS”. Fui devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador _____________________________________________________________ sobre a pesquisa, os procedimentos nela envolvidos, assim como sobre os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha participação. Foi-me garantido que posso
retirar meu consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a qualquer penalidade. Ilha Solteira, ____/____/201__
_______________________________________
Participante da Pesquisa
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ANEXO B:
30
ANEXO C
31
32
ANEXO D