INTERFERENCIA DE METASTASE DE CANCER DE PROSTATA NO EXAME DE DENSITOMETRIA OSSEA

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ISANNARA FERNANDES INTERFERÊNCIA DA METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA REALIZAÇÃO DE COLUNA LOMBAR EM DENSITOMETRIA ÓSSEA TERESINA, OUTUBRO DE 2012.

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ISANNARA FERNANDES

INTERFERÊNCIA DA METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA REALIZAÇÃO DE COLUNA LOMBAR EM DENSITOMETRIA ÓSSEA

TERESINA, OUTUBRO DE 2012.

ISANNARA FERNANDES

INTERFERÊNCIA DA METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA REALIZAÇÃO DE COLUNA LOMBAR EM DENSITOMETRIA ÓSSEA

Trabalho da disciplina de Densitometria Óssea do curso de

Tecnologia em Radiologia, como pré-requisito parcial à aprovação na referida disciplina, sob a orientação da profª Dayane Arrais.

TERESINA, OUTUBRO DE 2012.

SUMARIO

1. INTRODUÇÃO

2. METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA.

3. VISUALIZAÇÃO RADIOGRÁFICA DA COLUNA LOMBAR ASSOCIADA À METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA.

4. INTERFERÊNCIA DA METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA REALIZAÇÃO DE COLUNA LOMBAR EM DENSITOMETRIA ÓSSEA.

5. BIBLIOGRAFIA

1. INTRODUÇÃO

O esqueleto humano é constituído por cerca de 80% de osso cortical e 20% de

osso trabecular. É o osso trabecular, altamente

responsivo a estímulos metabólicos, sendo por este

motivo, o local de escolha tanto para a quantificação da

massa óssea quanto para o monitoramento da mesma.

Á partir dos estudos de Cameron & Sorenson na

década de 60, foi possível a

construção de um aparelho que medisse a atenuação de um

feixe de energia, emitido por uma fonte externa, quando

passando pelo corpo humano. Devido a dificuldades

técnicas deste método pioneiro, foi ele abolido e substituído

por dois outros métodos denominados de: DPA (dual

photon) e DEXA (densitometria por RX de dupla energia).

A medição da Densidade Mineral Óssea (BDM) baseia-se na análise

computadorizada, da atenuação de um feixe puntiforme de radiação gama, emitida

por uma fonte externa e com dois níveis de energia.

Durante a realização do exame, ponto a ponto, é medida a quantidade de

fótons que passam pelo corpo do paciente

podendo ser calculada através de formula

matemática a relação de emissão/absorção.

O valor obtido será traduzido por um

número que expressará o resultado em

gr/cm2 (gramas de mineral ósseo/cm2 de

osso analisado = BDM).

Por convenção, utiliza-se a medida de

BDM (Densidade Mineral Óssea) em coluna lombar e colo de fêmur (locais

estatisticamente como maior sede de fraturas nos idosos) como sendo os locais de

análise. O resultado obtido é comparado com uma tabela de normalidade. Medições

que matematicamente apresentem redução de mais de 2,5 (dois e meio desvios

Figura 2: estrutura óssea.

Figura 1: método pioneiro em DO.

Figura 3: DO DEXA e laudo dos exames.

padrões) para baixo da normalidade, convencionou-se rotula-las como indicativas

de Osteoporose. Medições que apresentem uma redução situada entre 0 (zero) e

até 2,5 (dois e meio desvios padrões) convencionou-se rotula-las como indicativas

de Osteopenia.

2. METASTASE DE CANCER DE PROSTATA.

O câncer de próstata (CP) é o tumor mais comum em homens com mais de 50

anos de idade. Com os progressos da Medicina e de outras áreas que interferem

com a saúde, espera-se para as próximas décadas uma população cada vez maior

de homens atingindo faixas etárias bem superiores àquela. Conclui-se, portanto,

que mais casos de CP serão diagnosticados. Atualmente, existem no país diversas

campanhas de detecção precoce dessa neoplasia (câncer).

A próstata é uma glândula localizada próximo à bexiga cercando a uretra na sua

porção inicial. As secreções prostáticas são

o maior componente do líquido seminal (ou

esperma).

A origem do CP é desconhecida,

entretanto, presume-se que alguns fatores

possam influenciar o seu desenvolvimento.

O CP pode estar confinado à próstata na

forma de um pequeno nódulo, como também pode estar restrito a ela, porém

envolvendo toda a glândula. O CP, além de localizado, pode estar comprometendo

os limites desse órgão e invadir outros órgãos adjacentes, como as vesículas

seminais ou a bexiga. Linfonodos obturadores e ilíacos são, geralmente, o primeiro

estágio das metástases para depois ocorrerem metástases ósseas.

A metástase dos carcinomas de próstata geralmente ocorre na coluna vertebral

ou torácica, raramente na coluna cervical, ocasionando dor contínua, ora diurna ora

noturna, levam a instalação rápida de amiotrofias associadas à anorexia,

emagrecimento acentuado e anemia. O exame radiológico convencional pode

revelar a lise dos corpos vertebrais, poupando os discos intervertebrais.

Figura 4: próstata normal e com CA, respectivamente.

A metástase óssea é uma das causas de dor mais frequentes em pacientes com

câncer. Quando um câncer se espalha para o osso, ele pode deixar os ossos mais

fracos e até provocar fratura.

Como as células cancerígenas danificam os ossos, o cálcio é liberado. Isto pode

levar a problemas de altos níveis de cálcio no sangue. A metástase óssea também

provoca outros problemas que podem limitar sua habilidade de manter as atividades

normais e estilo de vida.

3. VISUALIZAÇÃO RADIOGRÁFICA DA COLUNA LOMBAR ASSOCIADA À METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA.

O exame radiológico convencional pode revelar a lise dos corpos vertebrais,

poupando os discos intervertebrais. A

figura ao lado mostra os locais que podem

ocorrem metástases dos carcinomas.

Abaixo vemos um scan de um

paciente com câncer já metastizado e

muito avançado.

Figura 5: locais que podem ocorrer metástases.

Figura 6: citilografia óssea demonstrando metástases de CA de próstata na coluna.

Figura 7: imagem de PET-CT demonstrando metástase.

4. INTERFERÊNCIA DA METÁSTASE DE CÂNCER DE PRÓSTATA NA

REALIZAÇÃO DE COLUNA LOMBAR EM DENSITOMETRIA ÓSSEA.

O uso da DO para monetarização esta bem estabelecida na literatura, sendo

um meio confiável para avaliar o estado ósseo ao longo do tempo. Por meio de

exames subsequentes é possível identificar pequenas variações da massa óssea. A

massa óssea pode evoluir ao longo do tempo. O aumento de densidade óssea nem

sempre apresenta melhora no estado ósseo, podendo corresponder a patologias,

mascarando assim os resultados, tais alterações não são passiveis de correção no

momento da aquisição do exame, por serem próprias do paciente. Mais comumente

as situações de ganho anormal de massa óssea são decorrentes de fraturas

vertebrais, causas menos frequentes, são as metástases ósseas na coluna.

No caso abaixo um paciente de 56 anos, transplantado cardíaco, em uso de

imunossupressão. No primeiro exame detectou-se osteogenia, no ano seguinte fez

novos exames e notou-se ganho de massa óssea. Com isso diagnosticou-se que

havia metástase óssea por câncer de próstata na coluna.

Figura 8: osteopenia lombar. Figura 9: ganho de massa óssea.

Figura 10: Radiografias antes e após o

No caso abaixo o paciente tem 61 anos e é portador de CA de próstata. O

resultado da DO da coluna lombar apresentou escore muito elevado.

5. BIBLIOGRAFIA

http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/tumor-de-prostata/

http://www.espacodevida.org.br/topicos-de-saude-interna.php?id=295

http://www.espacodevida.org.br/topicos-de-saude-interna.php?id=295

http://www.cdeclinica.com.br/inter_exames_desintrometria.php

http://www.tumorosseo.com.br/?author=1

Anijar, Jose Ricardo. Densitometria óssea na pratica medica/ Jose Ricardo Anijar. —São Paulo :

SARVIER, 2003.

Figura 12: DO com T escore muito elevado. Figura 11: Radiografias verificando muitas lesões osteoblasticas acometendo pedículos e corpos vertebrais lombares alem dos ossos pélvicos.