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TEMA A: ASSISTÊNCIA E TECNOLOGIAS DO CUIDADO INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL COM GRUPO DE PAIS E CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA VILA SÃO PAULO – CONTAGEM/MINAS GERAIS Sarah da Conceição Ferreira ² Clarisse Carvalho Leão Machado ³ ¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Vila São Paulo; ² Assistente Social da UBS Vila São Paulo, e-mail: [email protected]; ³ Psicóloga da UBS Jardim Industrial Diante da grande demanda e das agendas saturadas da equipe de Saúde Mental (ESM) das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Vila São Paulo e Jardim Industrial, uma assistente social e uma psicóloga de cada unidade construíram um projeto para realização de grupo de pais e cuidadores, com objetivos de reduzir a demanda reprimida e ampliar o acesso do público infantil e adolescente, por prioridade, ao atendimento em Saúde Mental. Na maioria dos casos, tratava-se de demandas vindas das escolas, de outros profissionais da saúde e do Conselho Tutelar. Em uma primeira triagem por acolhimento, percebemos problemas relacionados a vivências familiares, socioculturais e educacionais, tais como adaptação, desinteresse em estudar, desobediência e questões do próprio desenvolvimento infanto-juvenil. Baseamo-nos no Estatuto da Criança e do Adolescente, nas Linhas Guias de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Estado de Minas Gerais e no livro Oficinas em Dinâmica de Grupo na área da Saúde de Maria Lúcia Miranda Afonso. Criamos um grupo com os seguintes critérios: pais e cuidadores de criança e/ou adolescente até 18 anos acolhidos pela ESM das UBSs. Realizamos um total de 8 encontros quinzenais, de uma hora e meia cada, no período de 28/08/2014 a 18/12/2014. Foram convidados 15 pais e/ou cuidadores dos quais iniciaram e concluíram 08 dos encontros propostos. Possibilitamos uma reflexão sobre a educação e desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes dos quais cuidavam. Cada encontro seguia uma estrutura básica de três momentos: aquecimento, desenvolvimento do tema e avaliação do encontro. No primeiro, construímos coletivamente os combinados para o bom funcionamento grupal: pontualidade, frequência, sigilo, respeito ao momento de fala do outro, não julgar a opinião dos demais. E fizemos um levantamento dos temas de interesse dos participantes, dificuldades e questões relacionadas ao cuidado das crianças e adolescentes, o que serviu de orientação para a programação dos temas norteadores dos encontros. Após cada encontro, as profissionais, em reunião, readaptavam o planejamento para os próximos. Percebeu-se como resultado: maior implicação dos pais e cuidadores nos cuidados com a saúde dos seus filhos; uma reflexão sobre a dinâmica familiar e suas implicações no desenvolvimento das crianças e adolescentes; o fortalecimento dos vínculos familiares; o enriquecimento e apoio que o compartilhamento de informações exerceu nos participantes; mudanças feitas no âmbito familiar e/ou escolar de cada participante; aprendizagem interpessoal; redução da demanda reprimida e ampliação do serviço ofertado pela ESM. No entanto, encontramos como desafios: grande demanda de trabalho por parte dos profissionais envolvidos, dificuldade de adesão por parte dos pais/cuidadores que trabalham, violência, deficiência das políticas públicas na educação e segurança. Como perspectivas futuras, pretendemos: reformular as agendas para iniciar novos grupos de pais e cuidadores; realizar registros sistemáticos das atividades, com retorno para os encaminhadores; pactuar e agregar a participação de novos profissionais de saúde e educação, e outros que compõem a rede de serviços psicossociais territorial e municipal. Devido à relevância do projeto e o impacto positivo do grupo, vamos incluir o Conselho Tutelar e o Comitê de Instituições Governamentais e Não Governamentais do Jardim Industrial e Vila São Paulo nas discussões e resolutividade das questões levantadas pelos grupos.
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TEMA A: ASSISTÊNCIA E TECNOLOGIAS DO CUIDADO
INTERVENÇÃO PSICOSSOCIAL COM GRUPO DE PAIS E CUIDADORES DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA VILA SÃO PAULO – CONTAGEM/MINAS GERAIS
Sarah da Conceição Ferreira ²Clarisse Carvalho Leão Machado ³
¹ Unidade Básica de Saúde (UBS) responsável pela inscrição: Vila São Paulo; ² Assistente Social da UBS Vila São Paulo, e-mail: [email protected];
³ Psicóloga da UBS Jardim Industrial
Diante da grande demanda e das agendas saturadas da equipe de Saúde Mental (ESM) das Unidades Básicas de Saúde (UBS) Vila
São Paulo e Jardim Industrial, uma assistente social e uma psicóloga de cada unidade construíram um projeto para realização de
grupo de pais e cuidadores, com objetivos de reduzir a demanda reprimida e ampliar o acesso do público infantil e adolescente, por
prioridade, ao atendimento em Saúde Mental. Na maioria dos casos, tratava-se de demandas vindas das escolas, de outros
profissionais da saúde e do Conselho Tutelar. Em uma primeira triagem por acolhimento, percebemos problemas relacionados a
vivências familiares, socioculturais e educacionais, tais como adaptação, desinteresse em estudar, desobediência e questões do
próprio desenvolvimento infanto-juvenil.
Baseamo-nos no Estatuto da Criança e do Adolescente, nas Linhas Guias de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente do Estado
de Minas Gerais e no livro Oficinas em Dinâmica de Grupo na área da Saúde de Maria Lúcia Miranda Afonso.
Criamos um grupo com os seguintes critérios: pais e cuidadores de criança e/ou adolescente até 18 anos acolhidos pela ESM das
UBSs. Realizamos um total de 8 encontros quinzenais, de uma hora e meia cada, no período de 28/08/2014 a 18/12/2014. Foram
convidados 15 pais e/ou cuidadores dos quais iniciaram e concluíram 08 dos encontros propostos. Possibilitamos uma reflexão
sobre a educação e desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes dos quais cuidavam. Cada encontro seguia uma
estrutura básica de três momentos: aquecimento, desenvolvimento do tema e avaliação do encontro. No primeiro, construímos
coletivamente os combinados para o bom funcionamento grupal: pontualidade, frequência, sigilo, respeito ao momento de fala do
outro, não julgar a opinião dos demais. E fizemos um levantamento dos temas de interesse dos participantes, dificuldades e
questões relacionadas ao cuidado das crianças e adolescentes, o que serviu de orientação para a programação dos temas
norteadores dos encontros. Após cada encontro, as profissionais, em reunião, readaptavam o planejamento para os próximos.
Percebeu-se como resultado: maior implicação dos pais e cuidadores nos cuidados com a saúde dos seus filhos; uma reflexão sobre
a dinâmica familiar e suas implicações no desenvolvimento das crianças e adolescentes; o fortalecimento dos vínculos familiares;
o enriquecimento e apoio que o compartilhamento de informações exerceu nos participantes; mudanças feitas no âmbito familiar
e/ou escolar de cada participante; aprendizagem interpessoal; redução da demanda reprimida e ampliação do serviço ofertado pela
ESM. No entanto, encontramos como desafios: grande demanda de trabalho por parte dos profissionais envolvidos, dificuldade de
adesão por parte dos pais/cuidadores que trabalham, violência, deficiência das políticas públicas na educação e segurança.
Como perspectivas futuras, pretendemos: reformular as agendas para iniciar novos grupos de pais e cuidadores; realizar registros
sistemáticos das atividades, com retorno para os encaminhadores; pactuar e agregar a participação de novos profissionais de saúde
e educação, e outros que compõem a rede de serviços psicossociais territorial e municipal. Devido à relevância do projeto e o
impacto positivo do grupo, vamos incluir o Conselho Tutelar e o Comitê de Instituições Governamentais e Não Governamentais do
Jardim Industrial e Vila São Paulo nas discussões e resolutividade das questões levantadas pelos grupos.
