Intervenções pontuais 2

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CONGREGAÇÃO DE SANTA DOROTÉIA FACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA Intervenções Pontuais PSICOTERAPIA BREVE E TÉCNICA FOCAL Profa. Izabel Quintas Calheiros Alunos: 6º período Manhã – 2010.2

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CONGREGAÇÃO DE SANTA DOROTÉIAFACULDADE FRASSINETTI DO RECIFE

DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAIntervenções Pontuais

PSICOTERAPIA BREVE E TÉCNICA FOCAL

Profa. Izabel Quintas Calheiros

Alunos: 6º período Manhã – 2010.2

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PSICOTERAPIA BREVE

O desenvolvimento da PB está inserido no contexto da

REVOLUÇÃO CIENTÍFICA DA PSIQUIATRIA.

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PSICOTERAPIA BREVE

Nau dos loucos: “ ... Esses barcos que levavam sua carga insana de uma cidade para a outra. Os loucos tinham então uma existência facilmente errante. As cidades escorraçavam-nos de seus

muros; deixava-se que corressem pelos campos distantes, quando não eram confiados a grupos

de mercadores e peregrinos...”

Foucault (1972)

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PSICOTERAPIA BREVE

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PSICOTERAPIA BREVE

1ª Revolução psiquiátrica:

Escola francesa de Phillpe Pinel (sec XIX) instituiu regras de funcionamento hospitalar, enfatizando o cuidado dos doentes

através de princípios humanitários.

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PSICOTERAPIA BREVE

2ª Revolução psiquiátrica:

Psiquiatria Alemã Kraepelin (final do sec. XIX).

Nosografia – descrição e classificação das doenças.

Responsável pelo desenvolvimento da Psiquiatria moderna

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PSICOTERAPIA BREVE

3ª Revolução psiquiátrica:

Freud (final do sec. XIX).

Conceitos de Inconsciente e consciente

Conceitos de sexualidade infantil

Ruptura na forma de compreender a mente humana.

“Até meados do século XX refutar a psicanálise era impossível” (Einsenberg)

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PSICOTERAPIA BREVE

4ª Revolução psiquiátrica:

Década do cérebro (final do sec. XX).

Desenvolvimento de novas substâncias de ação psicoativa (antipsicóticas, antidepressivas, ansiolíticas)

1950: A psiquiatria psicanalítica é abalada.

1960: Antipsiquiatria (movimento que considerava que a doença mental não fazia parte do domínio da medicina/ Questionavam os

diagnósticos como estigmatizantes e rotulantes)

1970: Buscava uma maior cientificidade na abordagem da doença mental

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PSICOTERAPIA BREVE

“ A tendencia na psiquiatria passou a ser, portanto, a de procurar uma abordagem descritiva e objetiva na classificação dos problemas mentais que permitisse que diferentes profissionais da área da saúde mental pudessem identificar os diversos distúrbios mentais

e ainda assim manter suas abordagens pessoais para entender e lidar com eles” (Lemgruber)

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PSICOTERAPIA BREVE

1980 – Reúne heranças da revolução cientifica dos anos 1970 + Questionamentos do movimento comunitário (1960)

CRIAÇÃO DE DIVERSAS ABORDAGENS PSICOTERAPEUTICAS

ABORDAGEM INTEGRADA: Potencialização da ação da psicoterapia com a medicação

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Os conhecimentos atuais de psicopatologia Psicanalítica, Psicologia Social, Psicologia do desenvolvimento abriram uma visão bem mais ampla e que exige “a necessidade de formular

diferentes diagnósticos”Fiorini apud knobel (1986)

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Fiorini (1978) aponta para diferentes níveis de diagnósticos: diagnóstico clínico, diagnóstico psicodinâmico, diagnóstico psicopatológico

psicodinâmico, diagnóstico evolutivo, diagnóstico grupal, diagnóstico psicossocial, diagnóstico

comunicacional, diagnóstico de potenciais de saúde, diagnóstico do vínculo terapeutico, entre outros.

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PSICOTERAPIA BREVE

O desenvolvimento e o crescimento da PB se devem a uma série de fatores, segundo Cordioli (1998):

1. Medicina comunitária (instituições precisando atender a uma demanda maior de pacientes eficazmente.

2. Terapias Cognitivo comportamentais caracteristicamente de curta duração.

3. Validação e utilização dos tratamentos de curta duração pelas pesquisas.

4. Limitações da vida moderna

5. Limitações e pressões dos seguros de saúde

)

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“AO MEU VER, EXISTEM TAMBÉM OS “FATORES ESTRESSANTES” E OS “ACONTECIMENTOS

VITAIS” DO DIA-A-DIA E DE CIRCUNSTANCIAS ESPECIAIS EM CADA SUJEITO QUE AMPLIAM ESTAS IDÉIAS, E QUE PODEM LEVAR A UMA PSICOTERAPIA DE EMERGENCIA” (KNOBEL,

1975)

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PSICOTERAPIA BREVE

“ ... De acordo com Bloom (1992), é breve por proposta, não por

falta.” (Cordioli. 1998)

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PSICOTERAPIA BREVE

Base teórica: fundamentada na Psicanálise.

Surgiu a partir de necessidades diferentes da técnica analítica clássica.

(Cordioli. 1998)

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PRODUÇÃO EM SALA DE AULAPRODUÇÃO EM SALA DE AULA

24 e 30/08 – MANHÃ24 e 30/08 – MANHÃ

19 e 31/08 - TARDE19 e 31/08 - TARDE

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

1.Psicoterapia breve1.Psicoterapia breveConceito

Tipos de psicoterapia breve

Quando a brevidade não é apenas questão de dias

 

CORDIOLI, ARISTIDES VOLPATO. Psicoterapias: abordagens atuais.Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

FERREIRA –SANTOS, E. Psicoterapia breve: abordagem sistematizada de situações de crise. São Paulo: Ágora, 1997.

GEBARA, A.C. Como interpretar na Psicoterapia breve psicodinâmica. São Paulo: Vetor Editora, 2003.

MELO, J. C. Dialética terapêutica e os caminhos da psicoterapia breve no século XXI. Recife: RC Editores ltda,2003.

Maria Eduarda, Maria Helena, Glauciele, Ricardo Oliveira, Marcela Maux, Lara Morais, Maria Eduarda, Maria Helena, Glauciele, Ricardo Oliveira, Marcela Maux, Lara Morais, Elton Ramos, Felipe AlvesElton Ramos, Felipe Alves

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Psicoterapia Breve

INTRODUÇÃO

As chamadas psicoterapias breves são tratamentos de natureza psicológica cuja duração é inferior à de uma psicoterapia clássica.

Apresenta objetivos definidos e precisos, centrados na evolução de um foco.

Vários “métodos” de psicoterapia breve têm surgido e cada um deles possui orientação teórica e metodológica próprias.

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Conceitos

A idéia de uma Psicoterapia Breve: procurar, junto ao ser que sofre, encontrar a solução para a sua aflição, primeiramente pesquisando no campo do “mundo externo” e, a seguir, no seu “mundo interno”, as origens do seu sofrimento, sem se estender por longos caminhos de modificação.

O processo de psicoterapia breve envolve a criação de um vínculo transitório entre terapeuta e cliente baseado na relação dialógica e estruturado na empatia, com um nível mínimo de consolidação para que se possa desenvolver certa experiência emocional de correlação.

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Conceitos

Outro importante elemento é a questão da determinação dos objetivos a serem alcançados pelo processo. E o objetivo, primordialmente, não é outro senão o de atingir aquele equilíbrio anteriormente existente à crise. Isso traz, ainda, outra questão, que é a da focalização.

Com relação ao termo “breve”, que indica um fator específico nessa modalidade de psicoterapia, trata-se da limitação do tempo de duração do tratamento determinado desde o início do trabalho, tendo por fundamentação não somente questões sócio-econômicas institucionais ou particulares, mas também a observação de que uma situação de crise é limitada no seu tempo de duração.

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Conceitos

Assim, a psicoterapia breve tem por finalidade uma experiência emocional corretiva em que se oferece ao paciente a oportunidade de vivenciar uma situação especial num contexto relacional de aceitação e segurança, no qual ele possa chegar a uma formulação interna do conflito e reestruturar sua vivência de ansiedade frente a uma situação emocional antes insuportável.

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TIPOS DE PSICOTERAPIA BREVE

Segundo Ferreira-Santos existem três tipos de

psicoterapia breve:  A)MOBILIZADORA: Objetiva a evidenciação da ansiedade

contida, principalmente por mecanismos repressivos, que por ventura possa travar o processo psicoterápico.

B)DE APOIO: Visa a diminuição da ansiedade dos que sofrem de dificuldades emocionais, principalmente na área hospitalar, onde a angústia central consiste em lidar com o distúrbio que os levaram ao hospital.

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TIPOS DE PSICOTERAPIA BREVE

Segundo Ferreira-Santos existem três tipos de

psicoterapia breve: . C)RESOLUTIVA: Destina-se a encontrar a origem

instrapsíquica da situação de crise vivida, objetivando solucionar o quadro apresentado. Visa tratar efetivamente.

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QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

A brevidade na Psicoterapia Breve remete sua referência à psicanálise de onde ela se desmembrou. A psicanálise tem objetivos mais amplos (reestruturação da personalidade) demandando em uma maior duração de tempo e a Psicoterapia Breve tem seus objetivos mais limitados (resolução satisfatória dos problemas atuais da vida do paciente) tornando-se mais curto, portanto mais breve.

O breve em si da PB não é o tempo e sim os objetivos da terapia. O tempo de duração da terapia é conseqüência das suas finalidades.

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QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

O breve em si da PB não é o tempo e sim os objetivos da terapia. O tempo de duração da terapia é conseqüência das suas finalidades.

Delimitar o foco é imprescindível a psicoterapia breve. O foco é estabelecido pela queixa inicial do paciente, quanto maior for o foco e a finalidade terapêutica maior será o tempo de duração da psicoterapia breve podendo se de poucas sessões, meses ou durar anos.

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Apesar de um tempo curto com relação a outras psicoterapias, é possível obter satisfatórias resoluções de problemas emocionais com uma análise em profundidade desde que o terapeuta tenha uma experiência clínica, uma boa bagagem teórica e técnica, uma boa psicodinâmica, além de ter estabelecido uma boa relação terapêutica com o seu paciente.

QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

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. Porém, é necessário que o paciente tenha

boas condições para responder a psicoterapia breve exploratória, de modo que apresente um repertório flexível de mecanismos de adaptação que funcionavam de modo adequado antes do surgimento da situação problema que causou desequilíbrio.

QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

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Segundo Cordioli as condições e capacidades do paciente necessárias para uma psicoterapia breve são:

Adaptação prévia do ego; percepção subjetiva do estado de sofrimento; desejo de fazer mudanças de vida; capacidade de estabelecer uma boa aliança terapêutica; e capacidade de introspecção.

QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

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Portanto, uma terapia mais curta na sua duração não quer dizer que ela seja uma terapia limitada em sua profundidade e que apresente certa superficialidade se tornando um equívoco associar superficialidade com uma terapia de menor duração e profundidade com uma terapia de maior duração, pois, o que se espera da terapia em si é o seu resultado seja ela prolongada ou não.

QUANDO BREVIDADE NÃO É APENAS QUESTÃO DE DIAS

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

2 .CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

LEMGRUBER, VERA B. Psicoterapia breve: a técnica focal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

LEMGRUBER, Vera – Psicoterapia Breve Integrada. Porto Alegre: Artmed, 1997

Gabriela Marques, Josivânia, Wagner SantosGabriela Marques, Josivânia, Wagner Santos

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

Existem duas correntes principais que fundamentam o tratamento e a cura pela Psicoterapia Breve: A inglesa, criada por Balint no ano de 1955, na Tavistock Clinil, utilizava os conceitos psicanalíticos para comprovar a importância das interpretações transferências durante o processo terapêutico. Tem como seu principal divulgador D. Malan, afirmava que as PB bem sucedidas haveria uma predominância das interpretações que ligam os vértices da transparência e o passado do cliente.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

Já na corrente Argentina que teve inicio no colóquio de PB realizada em Buenos Aires em 1967 defendida por Fiorini e Knobel, que vai de encontro com aspectos básicos da corrente psicanalítica, movidos pelo desejo de criar uma identidade própria que a diferenciasse da psicanálise optando assim por denominar as PB de “terapias não regressivas”. Assim o grupo insinua querer fugir do aspecto restritivo de uma temporalidade e, assim também enfatizar que a PB tem sua singularidade e suas regras que divergem de um simples “encurtamento” de um tratamento psicanalítico.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

Mas essas tentativas de explicar a PB como não regressiva entra em desvantagem por usar aspectos de técnicas da psicanálise como ponto de comparação. O grupo Argentino, no anseio de distinguir-se da psicanálise, explica o processo terapêutico como “insight cognitivo”, sendo esse um conjunto de processos mediados por mecanismo em níveis conscientes com predominâncias dos aspectos intelectual e cognitivo.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

Essa abordagem recebeu muitas criticas de terapeutas que aceitaram que simples relembrar um fato não muda o resultado de experiências já vividas e traumáticas e que só o saber intelectual sobre os problemas seria pouco para alterá-los. Poucos teóricos reconheceram a influencia da experiência emocional corretiva na PB um deles foi Fiorini, mas ele não chegou a da ênfase a esse conceito. O termo EEC poderia ser “experiência relacional corretiva”, mas por questão de comunicação com o leitor usa-se a denominação proposta por Alexander 1946

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

* A EEC é mais que um insight puramente cognitivo e mais que puramente emocional como sugere o termo, ela tem o principio da unidade de consciência, ela é uma junção de experiências cognitivas e emocionais um “complexo psíquico” assim descrito por Freud. Um processo básico onde havendo um fato cognitivo segue-se um fato afetivo e deste de uma vontade de onde advém um fato moto, esses aspectos precisam estar encadeados e interligados para serem considerados complexos.

* Quando Alexander fala na EEC ele refere-se a uma experiência completa, que engloba tanto os aspectos emocionais quanto os cognitivos, volitivos e de ação. O que se pretende em PB é a aprendizagem instantânea característica do “insight gestalticos”, e o mais freqüentemente possível.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

* Na EEC o paciente pode reviver situações traumáticas do passado que foram reprimidas na relação com o terapeuta, com mais segurança e sem censura. Isso vai ajudar ao paciente fazer uma reformulação interna de seus conflitos e uma reestruturação de sua vivencia emocional antes insuportáveis

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

As sessões terapêuticas podem ser consideradas como agentes facilitadores que aceleram e tornam possíveis novas relações e benefícios na vida do paciente e conquistas que farão parte de sua vida.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

* A PB coloca-se numa postura “transgressiva” em relação á psicanálise, na medida em que tem uma preocupação com a cura. As experiências do individuo são consideradas objetivas a serem atingidos e também parte integrante no processo terapêutico. Alexander era contra tratamentos longos e intensivos, para ele esse tipo de intervenção poderia desembocar em processos injustificadamente prolongados e desnecessários, quando sessão semanal era suficiente, sessões semanais, pois às vezes sessões diárias podem tornar-se um inconveniente em relação à cura. A potencializarão dessa prática mostra a influencia recíproca das sessões de terapia sobre o cotidiano do paciente e vice e versa isso leva a uma potencializarão mutua. Essa potencialização age como uma opinião positiva, isso possibilita um resultado melhor em e em curto prazo e daí surge uma espécie de “espiral” que traz para dia-a-dia experiências benéficas.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

* Segundo Paes e Barros Freud buscava descobrir quais os sistemas da vida mental que caracterizariam as sedes dos processos primários e secundários. Mas só no artigo “O ego e o id" que ele abandona esse raciocínio e diz que a sede do processo primário é o id e a do processo secundário é o ego. Na formação do ego são também essenciais as experiências de aprendizagem por identificação, aonde o “insight gestaltico” conduz a secundarização imediata.

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CONCEITOS BÁSICOS: EXPERIENCIA EMOCIONAL CORRETIVA

O objetivo da psicanálise que era de tornar consciente o inconsciente, levantando o reprimido, depois da nova topografia define-se como “onde estava o id, aí estará o ego”. Vem daí a idéia que o objetivo da psicanálise não mais será torna consciente em inscociente, mas sim transformar ao Maximo o que é processo primário em processo secundário, incluindo no ego o que tava no id.

Retomando a posição de Alexander sobre EEC percebemos que ele esta apoiado em Freud quando diz que a recuperação das recordações infantis não deve ser a causa do processo terapêutico e sim o seu resultado e que o fato do paciente vir a recordar algo que antes lhe era impossível fazê-lo, demonstra que aumentou sua capacidade interna para enfrentar certo tipo de constelação emocional.

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

3. CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

LEMGRUBER, VERA B. Psicoterapia breve: a técnica focal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

LEMGRUBER, Vera – Psicoterapia Breve Integrada. Porto Alegre: Artmed, 1997.

Ana Clara, Bárbara Amorim, Bárbara Costa, Bárbara leal, Nara Ana Clara, Bárbara Amorim, Bárbara Costa, Bárbara leal, Nara Wanderley, Gabriella Bezerra.Wanderley, Gabriella Bezerra.

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CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

Está relacionada com a identificação do paciente com os objetivos

do tratamento, com a motivação para a mudança, com o nível de

tolerância a frustração e com a existência de uma “confiança

básica”.

 

O conceito já encontra-se presente nos escritos de Freud, estando

incluída no conceito geral de transferência.

 

A transferência abrange os sentimentos positivos e os negativos,

ambas podem vir a ser uma resistência ao tratamento ou um

recurso terapêutico.

 

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CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

As transferências positivas posteriormente

foram dividas em: transferências de

sentimentos conscientes de amizade e carinho;

e transferências inconscientes, onde o

paciente reexperimentava distorcidamente

relacionamentos eróticos infantis em relação

ao terapeuta.

 

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CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

A aliança terapêutica consiste então, no

aspecto consciente da transferência positiva.

Ou seja, no desejo consciente ou inconsciente

do paciente e na disposição de aceitar ajuda do

terapeuta.

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CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

A aliança terapêutica, não deve ser tida como igual ao desejo do paciente melhorar. Embora esse desejo certamente contribua, também pode trazer expectativas irreais em relação ao tratamento.

A atitude mais ativa e a técnica focal em PB favorecem a formação da aliança terapêutica. A fase de avaliação facilita sua sensação de acolhida e contato.

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CONCEITOS BÁSICOS: ALIANÇA TERAPEUTICA

O estabelecimento do contrato é também um aspecto que reforça a aliança terapêutica, porque além de tornar a terapia menos ameaçadora, diminuir o desconhecimento e ambigüidade do processo, faz com que o paciente coloque-se em posição mais participante e menos ameaçadora.

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

4. CONCEITOS BÁSICOS: FOCO4. CONCEITOS BÁSICOS: FOCO

LEMGRUBER, VERA B. Psicoterapia breve: a técnica focal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

MELO, J. C. Dialética terapêutica e os caminhos da psicoterapia breve no século XXI. Recife: RC Editores ltda,2003.

Maria Gleicy, Juliana Paiva, Daniele Barbosa, Fabiano do Maria Gleicy, Juliana Paiva, Daniele Barbosa, Fabiano do Nascimento, Joás Luciano.Nascimento, Joás Luciano.

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

O que é foco?- É o material consciente e inconsciente do paciente (dito

e não-dito), delimitado como área a ser trabalhada no processo terapêutico através de avaliação e planejamento prévios.

- Foco é o alvo que o terapeuta busca atingir ao centrar sua atenção e sua ação em uma determinada área, procurando transformar essa área numa figura pregnante – (Gestalt).

 

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

- O Terapeuta trabalha com a ajuda do paciente em uma área específica e determinada.

- Foco seria o fim que se pretende atingir com o processo terapêutico, ou seja, o objetivo desse processo; o Planejamento seria o meio para atingir esse fim.

- Faz- se uma avaliação da psicodinâmica do paciente e um planejamento (diretivo) que permita o seguimento desse foco com vista a atingir os objetivos pleiteados.

 

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

• Estruturas do foco do trabalho terapêutico:

- Motivo da consulta.

- Motivo do conflito subjacente (Focal) inserido em uma situação interpessoal/grupal/específica.

- Aspectos histórico-genéticos.

- Momento evolutivo presente.

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

Focalizar significa que o terapeuta vai tentar levar o paciente a trabalhar emocionalmente em especial uma área previamente determinada. E para atingir esse objetivo ou alvo o terapeuta utilizará três recursos:

1- interpretação seletiva à procura-se interpretar sempre o

material do paciente em relação ao conflito focal

2- atenção seletiva à busca todas as possíveis relações do material que o paciente traz com a problemática focal

3- “negligência” seletiva à o terapeuta vai evitar qualquer material, que mesmo sendo interessante, posso desviá-lo demais da meta a ser atingida.

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

Para uma PB bem sucedida em prazo relativamente

pequeno é necessário:

1- motivação elevada

2- focalização adequada

3- avaliação da personalidade do paciente

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CONCEITOS BÁSICOS: FOCOCONCEITOS BÁSICOS: FOCO

motivo da consulta situação problema conflito subjacente Foco - Psicoterapia breve focal

Conflito Nuclear - Este não é trabalhado em PBF , pois exige um tempo indeterminado

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

5. CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, Contratransferência5. CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, Contratransferência

MELO, J. C. Dialética terapêutica e os caminhos da psicoterapia breve no século XXI. Recife: RC Editores ltda,2003.

Ana Paula Cunha, Lílian Crescêncio, Norma Santiago, NatáliaAna Paula Cunha, Lílian Crescêncio, Norma Santiago, Natália

MoraesMoraes , GuilhermeGuilherme

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

Resistência são obstáculos internos do paciente, que buscam manter homeostase, mesmo disfuncional, e se opõe ao trabalho terapêutico. É uma resistência a mudança, e o paciente vê a terapia como uma ameaça e inimiga, acionando forças para se proteger inconscientemente.Em outras palavras, o paciente se utiliza de mecanismos resistenciais para sabotar suas mudanças na terapia, como: dar um manco, não querer falar, esquecer horários de sessões, divagar sobre assuntos alheios, etc.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

As resistências são classificadas no modelo psicanalítico em:

a) Resistências do ID – são aquelas que compõem as resistências às

mudanças.

b) Resistências das defesas a se conscientizar dos aspectos

desagradáveis e dolorosos ao Ego, o paciente busca a evitação.

c) Resistências da transferência – resistência contra os sentimentos

hostis e;ou sexuais em relação ao terapeuta.

d) Resistências do ganho secundário - de doença relacionada aos

ganhos advindos da própria patologia.

e) Resistência do superego – essas estão relacionadas aos sentimentosde culpa.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

O terapeuta deve estar alerta a essas manifestações resistenciais, pois pode travar o processo e encerrá-lo precocemente.

O objetivo em relação as resistências é transformá-las em egodistônicas, o Ego consciente do paciente passa a perceber seus movimentos resistenciais, aliando-se ao terapeuta com o objetivo comum de alcançar sua mudança.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

Contratransferência são respostas emocionais afetivas do terapeuta ao paciente, pois o mesmo possui inconsciente, e busca gratificações transferenciais e deslocamentos afetivos para a vida atual.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

Esses conceitos de transferência e contratransferência mudaram ao longo do tempo. A contratransferência passou a ser vista também como um elemento comunicacional entre terapeuta e paciente.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

Nesse jogo terapêutico estão envolvidos a projeção e introjeção. A relação terapêutica é uma relação humana e portanto marcada de múltiplos sentimentos e fantasias. O paciente projeta no terapeuta expectativas, representações de objetos internos e estas, por sua vez, são introjetadas pelo terapeuta a nível inconsciente, e seu reconhecimento só pode ser feito atentando-se ao que se sente frente ao paciente e o que se faz e se deixa de fazer com ele. É preciso que o terapeuta mantenha uma postura objetiva em relação a sua própria subjetividade e fique atento, pois assim como o paciente, ele também pode criar um pacto inconsciente para não mudar, correndo riscos inconscientes que estabeleça uma aliança anti-terapêutica.

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CONCEITOS BÁSICOS: CONCEITOS BÁSICOS: Resistência, ContratransferênciaResistência, Contratransferência

Essa contratransferência pode ser utilizada como recurso terapêutico buscando significações inconscientes e latentes das mensagens implícitas no discurso do cliente.

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

6. CONCEITOS BÁSICOS: Atividade e planejamento6. CONCEITOS BÁSICOS: Atividade e planejamento

LEMGRUBER, VERA B. Psicoterapia breve: a técnica focal. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

LEMGRUBER, Vera – Psicoterapia Breve Integrada. Porto Alegre: Artmed, 1997.

Allayni Suene, Edjane Arraes,Geórgia Mendes, Dayane Souza,Allayni Suene, Edjane Arraes,Geórgia Mendes, Dayane Souza,

Yanna MarinaYanna Marina

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CONCEITOS BÁSICOS: Atividade CONCEITOS BÁSICOS: Atividade

- Em PB o terapeuta tem mais participação, é mais ativo e possui uma interpretação seletiva;

- Há maior criatividade e flexibilidade no processo terapêutico;

- O terapeuta procura avaliar e diagnosticar as condições internas do paciente, e a partir disso, estabelecer um foco a ser trabalhado;

- Há a formação do contrato terapêutico;

- O processo da PB não passa pela neurose de transferência e procura fazer uso de outros recursos para conduzir o processo terapêutico;

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CONCEITOS BÁSICOS: Atividade CONCEITOS BÁSICOS: Atividade

- Em PB o terapeuta tem mais participação, é mais ativo e possui uma interpretação seletiva;

- Há maior criatividade e flexibilidade no processo terapêutico;

- O terapeuta procura avaliar e diagnosticar as condições internas do paciente, e a partir disso, estabelecer um foco a ser trabalhado;

- Há a formação do contrato terapêutico;

- O processo da PB não passa pela neurose de transferência e procura fazer uso de outros recursos para conduzir o processo terapêutico;

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CONCEITOS BÁSICOS: Atividade CONCEITOS BÁSICOS: Atividade

Criticas:

- A avaliação do paciente, o estabelecimento de um foco e o planejamento são considerados uma intromissão na vida do paciente;

- Maior poder do terapeuta frente ao paciente;

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CONCEITOS BÁSICOS: Planejamento CONCEITOS BÁSICOS: Planejamento

Um dos fatores necessários para o êxito de uma terapia;

- Deve ser flexível;- O paciente é co-participante do seu

tratamento, ele planeja junto com o terapeuta;Atenção!

Avaliar o paciente corretamente é muito importante

para o planejamento terapêutico.

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

7. UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE7. UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

Knobel ,M. Psicoterapia breve. São Paulo: EPU, 1986.

Alice Lima, Rafaelle Granata, Janielle Almeida, Cinthia, Alice Lima, Rafaelle Granata, Janielle Almeida, Cinthia, MayaraMayara

 

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

A técnica de psicoterapia breve está sustentada em quatro princípios:

É não-transferencial Não-regressiva Elaborativa de predomínio cognitivo ( em

aparente detrimento do afetivo) Mutação objetal – Sujeito Ativo

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

ENQUADRE:

Flexibilidade e conhecimento do terapeuta são fundamentais Lugar adequado e fixo Privacidade “disposição terapêutica”- O terapeuta saber o que quer e o que

pode fazer discutindo francamente com a pessoa que procura ajuda Em situação de emergência fazer psicoterapia na rua, em moradias

precárias, locais clandestinos, campo de batalha, pois no momento seria o “enquadre disponivel”

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A ENTREVISTA INICIAL

A psicanálise é cara, difícil e não é necessariamente recomendável para todo mundo. A psicoterapia breve fornece variadas possibilidades terapêuticas.

Motivo manifesto e motivo latente de consulta. A entrevista inicial pode durar um encontro ou vários. Pois é todo

um processo de encontro, conhecimento, diagnóstico, vivências transferenciais e contratransferenciais.

Avaliação, formulação de um diagnóstico e proposta terapêutica.

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

“O verdadeiro enquadre é formado pelo terapeuta e pelo paciente e sua vontade de trabalhar juntos”.

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

A ENTREVISTA INICIAL A entrevista inicial na psicoterapia breve é igual á de

qualquer outra psicoterapia. (Avaliar a capacidade egóica, as estruturas patológicas, os mecanismos de defesa, capacidade intelectual, história clínico-social, de desenvolvimento, aspectos resistenciais, disponibilidade, etc. Determinar também a modalidade relacional do paciente.)

A relação terapêutica pode começar ou terminar no momento da entrevista inicial

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

O CONTRATO TERAPÊUTICO EM PSICOTERAPIA BREVE O contrato terapêutico é toda uma fase preliminar do processo

terapêutico que abrange desde o reconhecimento mutuo terapeuta-paciente até o estabelecimento das regras básicas que orientarão a terapia.

Na realidade trata-se de um pacto, um convenio onde terapeuta e paciente concordam com o que vão fazer, onde ambos assumem compromissos que ficam explícitos e onde fundamentalmente não deve haver engano. Deve falar francamente ao paciente de seus conflitos e de suas perturbações e do por que da necessidade de um tratamento e das medidas terapêuticas propostas. Existe um trabalho de duas pessoas, mas unidirecional: melhorar o paciente.

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

O CONTRATO TERAPÊUTICO EM PSICOTERAPIA BREVE

É estabelecido inicialmente pelo setting (enquadre) Os acordos especificos devem ser feitos na entrevista inicial. O que existirá no contrato: Explicação da função e objetivos terapêuticos; Nada é ocultado do paciente, tipo os conflitos que o levam aos

desajustes, angustias, etc;

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

O CONTRATO TERAPÊUTICO EM PSICOTERAPIA BREVE

Esclarecer os horários, honorários, dias, feriados e férias; Sigilo profissional; Solicitar a confiança do paciente pedindo para este relatar tudo

, sem restrições; Estabelecer o tempo e o número de cada sessão.

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ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE HONORÁRIOS,TEMPO

DE SESSÃO E DURAÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE.

Honorários:

Varia de acordo com o enquadre: quem trabalha com psicoterapia breve em universidades ou hospitais, recebe um salário e esse já é seu honorário, quem trabalha em consultório particular recebe por sessão, etc

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE HONORÁRIOS,TEMPO

DE SESSÃO E DURAÇÃO DA PSICOTERAPIA BREVE.

Duração ou tempo da sessão:

Tem que estar previamente determinado, mas com flexibilidade.

Número de sessões:

“... cada terapeuta estabelece um critério de duração de uma psicoterapia de tempo e objetivos limitados.”

 

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

SELEÇÃO DE PACIENTES PARA UMA PSICOTERAPIA DE

TEMPO E OBJETIVOS LIMITADOS Seleção de Pacientes para uma psicoterapia de tempo e

objetivos limitados Praticamente toda pessoa que precisa de ajuda poderia fazer

psicoterapia breve Estabelecer critérios rígidos para selecionar os pacientes que

se beneficiariam da psicoterapia proposta iria contra o propósito e a ideologia da abordagem proposta.

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

SELEÇÃO DE PACIENTES PARA UMA PSICOTERAPIA DE

TEMPO E OBJETIVOS LIMITADOS

Alguns autores como Malan, Hector J. Fiorini usam requisitos esdrúxulos como:

Capacidade para bem com o terapeuta-entrevistador e expressar sentimentos;

Capacidade para reconhecer que os sintomas são de natureza psicológica; Tendência a introspecção e capacidade de relatar em forma honesta e

confiável suas dificuldades emocionais; Personalidade básica sadia; Capacidade de encontrar um foco;

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UMA TÉCNICA DE PSICOTERAPIA BREVE

SELEÇÃO DE PACIENTES PARA UMA PSICOTERAPIA DE

TEMPO E OBJETIVOS LIMITADOS Reconhecimento do caráter psicológico de suas perturbações;  Esses requisitos para seleção segundo Judd Marmor não são tão bons pois

todos teriam como paciente ideal um JAVIR ( Jovem, Ativo, Verbal, Inteligente e Realizado), pessoas que dificilmente buscaria ou necessitaria de uma psicoterapia.

Knobel então propõe, de acordo com sua experiência, que para se selecionar uma pessoa para a psicoterapia breve, é necessário conhecer a teoria, a técnica, a historia bio-psico-social do paciente e suas circunstancias, suas estruturas psicológicas, as modalidades relacionais e os mecanismos de defesa predominantes.

Assim a aceitação de um paciente para a psicoterapia breve não seria uma seleção, mas uma adaptação mútua.

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CONCEITOS BÁSICOS EM PSICOTERAPIA BREVE.

8. Seleção de pacientes para uma psicoterapia de tempo e objetivos 8. Seleção de pacientes para uma psicoterapia de tempo e objetivos limitados.limitados.

Indicações

contra indicações

FERREIRA –SANTOS, E. Psicoterapia breve: abordagem sistematizada de situações de crise. São Paulo: Ágora, 1997.

GEBARA, A.C. Como interpretar na Psicoterapia breve psicodinâmica. São Paulo: Vetor Editora, 2003.

Knobel ,M. Psicoterapia breve. São Paulo: EPU, 1986.

Marina Chagas, André Luíz, Fabiana Araújo, Polyana Xavier, Fernando Marina Chagas, André Luíz, Fabiana Araújo, Polyana Xavier, Fernando Augusto, Rodrigo.Augusto, Rodrigo.

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Seleção de pacientes para uma psicoterapia Seleção de pacientes para uma psicoterapia de tempo e objetivos limitados.de tempo e objetivos limitados.

Ao compreendermos como funciona o processo psicoterapêutico de tempo limitado, devemos pensar que nem todos os pacientes podem ser beneficiados com sua técnica. A seleção de pacientes para o processo de psicoterapia breve deve basear-se não apenas em critérios clínicos, mas também em hipóteses psico e sociodinâmicas.

 

As pessoas que melhor resultado podem obter com a Psicoterapia Breve são aquelas que apresentam um grau considerável de motivação para a terapia, estando abertos à autocompreensão e à possíveis mudanças.

 

A avaliação da capacidade egóica é importante. Consiste em perceber a capacidade de o paciente tolerar a ansiedade e a frustração, aliadas a ampla utilização de mecanismos de defesa saudáveis, bem como sua capacidade de introspecção e reconhecimento da vida interior.

 

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Seleção de pacientes para uma psicoterapia Seleção de pacientes para uma psicoterapia de tempo e objetivos limitados.de tempo e objetivos limitados.

Também são fatores que favorecem o sucesso fatores que favorecem o sucesso dessa técnica a presença de um problema específico; facilidade para expressar sentimentos e interagir de forma flexível com o terapeuta; disposição em participar ativamente da resolução de seu problema; capacidade de reconhecer que seus sintomas são de ordem psicológica; curiosidade a respeito de si próprio; abertura a novas ideias.

 

Em termos de enfermidade podemos dizer que essa técnica tem indicação para tratamento de Transtorno Depressivo Leve. Distimia, fobia social, transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico, distúrbios de ajustamento, reação e stress grave e alguns transtornos de personalidade.

 

Também tem indicação relativa ( prognóstico menos favorável, mas com possibilidade de melhoria) para os seguintes casos: transtorno depressivo moderado, fobias específicas, TOC, transtornos alimentares.

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Seleção de pacientes para uma psicoterapia Seleção de pacientes para uma psicoterapia de tempo e objetivos limitados.de tempo e objetivos limitados.

Contraindicações

Diagnóstico clínico: psicoses, doenças psicossomáticas, personalidades

psicopáticas, drogadição, obsessões graves.

Diagnóstico psicodinâmicoDiagnóstico psicodinâmico

Quando há grandes debilidades egóicas, com dependências simbióticas

intensas, ambivalência, escassa motivação para o tratamento,

dificuldades para se estabelecer um foco.