intitulada ³A Materialização do Divino: Tumbas Reais do ...No Museu Britânico, em Londres,...
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação em Arqueologia
Relato de Pesquisa de Campo na Inglaterra e Egito Raizza Teixeira dos Santos
Mestranda no PPGArq – MN/UFRJ
Com a oportunidade que o Museu Nacional me deu e com o incentivo da minha
orientadora, Prof.ª Dr.ª Marta Mega, e co-orientador, Prof. Dr. Ronaldo Pereira (Universidade
NOVA de Lisboa), eu tive o prazer de trabalhar com pessoas renomadas na área da Egiptologia
Internacional.
Nos meses de Fevereiro e Março de 2020, pude trabalhar com as peças de Tutankhamun,
no Museu Egípcio do Cairo (Fig. 1), com peças de outros faraós (Horemheb, Ramesses I, Seti
I e Ramesses IX) no Museu Britânico, além de analisar documentos de escavações e anotações
de Howard Carter no Griffith Institute, na Universidade de Oxford.
Figura 1. Retirada da vitrine pela equipe do Museu Egípcio do Cairo e Sr. Sameh Abdel Mohsen, fotografando umas das peças da análise.
Trabalhar no Museu do Cairo e no Museu
Britânico enriqueceu exponencialmente minha
pesquisa, intitulada “A Materialização do Divino:
Um Estudo da Estatuária Divina nas Tumbas
Reais do Reino Novo”, que se baseia em um
catálogo elaborado por mim de todas as estátuas
divinas encontradas no Vale dos Reis com intuito
de descobrir seu significado ritual.
Minha estadia no Egito me permitiu
analisar diversas peças do corpus de estudo, em
exibição nos museus egípcios e, através do auxílio
dos curadores do Museu Egípcio do Cairo,
solicitei a retirada de seis estátuas, da famosa
tumba de Tutankhamun, da vitrine, o que
possibilitou uma análise aprofundada em algumas
das peças mais importantes do estudo e da
Egiptologia (Fig. 3).
Figura 2. Análise da estátua de Shu, deus egípcio da atmosfera, ao lado da Curadora das
peças de Tutankhamun, Sra. Gihan Hassan.
Figura 3. Análise de estátuas divinas da Tumba de Tutankhamun no Museu Egípcio do Cairo.
No Museu Britânico, em Londres, realizei a análise, também fora da vitrine, de mais
dezessete estátuas divinas presentes no acervo e exposição do museu (Fig. 4). Estas análises
são importantes para uma pesquisa em cultura material, uma vez que permite observar
características que não aparecem em fotos ou descrições publicadas.
Agradeço imensamente essa oportunidade que me engrandeceu como estudante e
pessoa. Agradeço também à diretoria e curadoria do Museu Egípcio do Cairo (Fig. 5), ao
Departamento de Egito e Sudão do Museu Britânico, à diretoria do Institut Français
d’Archéologie Orientale - IFAO/Cairo e ao Griffith Institute.
Figura 4. Análise de estátuas divinas no Museu Britânico.
Figura 5. Equipe que trabalhei para realizar a análise em primeira mão. Da esquerda para a direita: Sr. Ahmed Ismail, Sra. Gihan Hassan e Sra. Sanaa Fouad..