INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha...

77
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha

Transcript of INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha...

Page 1: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE

CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha

Page 2: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PARTIDAS DOBRADAS

É um método de escrituração de fatos contábeis onde um acontecimento é colocado simultaneamente como uma obrigação de um lado e um direito de outro. A soma de todas as obrigações será sempre igual a soma de todos os direitos.

A importância desse método reside no fato de que ele foi criado no século XII e até hoje é a base da contabilidade.

O marco da contabilidade moderna se dá com a publicação do livro Summa de arithimetica, geométrica, proportioni et proportionalitá, escrito pelo frei franciscano Luca Paciolli, em 1494. O Summa era um tratado sobre matemática, mas continha uma sessão sobre o sistema de escrituração revolucionário, conhecido como partidas dobradas.

Page 3: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ESCOLA ITALIANA ESCOLA AMERICANA

Ênfase ao patrimônio Ênfase ao mercado de capitais

Parcos sistemas de controle e auditoria Fortes sistemas de controle e auditoria

Pouco senso prático Muito senso prático, preocupação com a utilidade da informação.

Ênfase da contabilidade ao comércio Contabilidade para as grandes corporações

Page 4: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ECONOMIA ADMINISTRAÇÃO CONTABILIDADE

PLANEJA CONTROLAEXECUTA

CONTABILIDADE NA EMPRESA

Page 5: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTABILIDADE

BANCÁRIA

COMERCIAL

INDUSTRIAL

IMOBILIÁRIA

CUSTOS

AGRÍCOLA

HOSPITALAR

PASTORIL

PÚBLICATRANSPORTES

Page 6: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

O OBJETO, O OBJETIVO E A FINALIDADE DA CONTABILIDADE

O objeto da CONTABILIDADE é o PATRIMÔNIO das entidades econômicas-administrativas.

Seu objetivo é permitir o estudo, o controle e apuração de resultados diante dos fatos decorrentes da gestão do Patrimônio das entidades econômicas-administrativas.

A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio, para facilitar as tomadas de decisões por parte dos seus usuários.As informações de ordem econômica dizem respeito à movimentação das compras e vendas, das despesas e receitas, evidenciando os lucros ou os prejuízos apurados nas transações realizadas pela empresa. Já as informações de ordem financeira referem-se ao fluxo de caixa (entrada e saída de dinheiro).

Page 7: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONCEITOS DE CONTABILIDADE

É a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativas à administração econômica. ( Conceito formulado no 1º Congresso Brasileiro de Contabilistas realizado no Rio de Janeiro - agosto/1924)

É o sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com as demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização. ( Conceito elaborado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeira – IPECAF)

É a ciência que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial ( Hilário Franco, Contabilidade Geral, 18ª ed., Editora Atlas )

É o registro dos atos e fatos da azienda. ( Cibilis da Rocha Viana, Teoria Geral da Contabilidade, ed. Sulina - 1969)

Page 8: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONCEITOS DE CONTABILIDADE

A contabilidade é uma ciência que possui metodologia especialmente concebidas para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente. (Professores USP)

CAPTAR

COLETA DEDADOS

LIVROSCONTÁBEIS

DEMONST.FINANCEIRAS

REGISTRAR ACUMULAR

RELATÓRIOSCOMPLEMENT.

ANÁLISE DAS

DEMONSTR. E ANEXOS

RESUMIR INTERPRETAR

Page 9: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

QUEM USA A CONTABILIDADE?

O PROPRIETÁRIO DA EMPRESA (Acionistas, cotistas, sócios...)

O dono da empresa, o empresário que atua na rotina empresarial ou mesmo um acionista distante do mundo empresarial têm os mesmos objetivos: saber se o capital social está bem investido, se o retorno é o esperado, se a empresa sobreviverá a médio ou a longo prazo.

EXECUTIVOS E GESTORES

Os gestores de todos os níveis de uma organização precisam ter as mais diversas informações, desde quais resultados foram produzidos por suas decisões passadas ( que vai determinar a avaliação e a remuneração desses usuários) até informações que serão utilizadas para as próximas decisões, Esses usuários terão acesso a informações produzidas pela contabilidade de custos e pela contabilidade gerencial.

Page 10: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

QUEM USA A CONTABILIDADE?

O GOVERNO

O governo tem grande interesse na contabilidade. É por meio de seus registros e demonstrativos que os órgãos públicos direcionam seus esforços de arrecadação de tributos. Na verdade, veremos que, no Brasil, grande parte dos esforços da contabilizada é canalizada para atender à demanda do usuário governo, com sua enorme gama de impostos, taxas, contribuições e sua complexa legislação.

AS FAMÍLIAS

Se, de um lado, nossas atribuições profissionais e sociais são maiores, do outro, os instrumentos financeiros que estão à nossa disposição estão mais sofisticados: financiamentos imobiliários, empréstimos pessoais, fundos de investimento de renda fixa, investimentos em ações, planejamento da aposentadoria, planejamento em seguros pessoais. Montar e programar orçamentos familiares torna-se imprescindível para o atingimento de metas e sucesso das famílias. A contabilidade tem condições de fornecer um completo ferramental para alcançar e executar essas questões.

Page 11: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

QUEM USA A CONTABILIDADE?

OS BANCOS E OUTROS FORNECEDORES DE CAPITAL E JUROS

Do ponto de vista financeiro, uma empresa é formada por dois tipos de investidores que têm como principal diferença o momento que vai exigir seus capitais de volta. O primeiro é o proprietário do capital que não possui remuneração garantida nem prazo certo para reaver seus recursos, e o segundo são bancos e outras instituições que alocam recursos na empresa e esperam recebê-los de volta em um prazo determinado.

Normalmente, os bancos exigem seu capital muito antes dos acionistas, além disso, querem receber uma remuneração por ter emprestado esses recursos e por ter corrido o risco de não reavê-los. Por isso, a informação contábil-financeira que traduza a capacidade de solvência das obrigações em curto e médio prazo, e mostre o fluxo de entradas e saídas da empresa ou do tomador de empréstimos é a mais importante para esses usuários

Page 12: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

REGISTROS CONTÁBEIS

FATOS ADMINISTRATIVOS OU

DE GESTÃO

FATOS NÃO PRATICADOS PELA ADMINISTRAÇÃO

DA ENTIDADE

FATOS CONTÁBEIS

TEM QUE TER

EXPRESSÃO NUMÉRICA

REGISTRO DA COMPRA DE UM CARRO: ATIVOBEM - PELO AUMENTO DO PATRIMÔNIO PASSIVOOBRIGAÇÃO – PELA SAÍDA DE RECURSOS

CARRO ROUBADO BAIXAMERCADORIA FURTADA DOINCÊNDIO NO DEPÓSITO ATIVO

ATOSADMINISTRATIVOS

FIANÇA DE ALUGUELFIANÇA BANCÁRIAMERCADORIA SEM SEGURO

CONTAS DECOMPENSAÇÃO

NOTASEXPLICATIVAS

Page 13: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

AS TÉCNICAS CONTÁBEIS

AUDITORIA: é a verificação da exatidão dos dados contidos nas demonstrações contábeis, por meio do exame minucioso dos registros contábeis e dos documentos que deram origem a eles.

ANÁLISE DE BALANÇOS: é o exame e a interpretação dos dados contidos nas demonstrações contábeis, com o fim de transformar esses dados em informações úteis aos diversos usuários da contabilidade.

CONSOLIDAÇÃO DE BALANÇOS: é a unificação das demonstrações contábeis da empresa controladora e de suas controladas, visando apresentar a situação econômica e financeira de todo o grupo, como se fosse uma única empresa.

Page 14: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

AS TÉCNICAS CONTÁBEIS

ESCRITURAÇÃO: é o registro de todos os acontecimentos que ocorrem no dia a dia das empresas e que provocam modificações no patrimônio. Esses acontecimentos classificados em atos ou fatos administrativos são registrados em livros próprios por meio de mecanismos de débito e crédito. Os principais livros de escrituração são o Diário e o Razão.

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: São quadros técnicos que apresentam dados extraídos dos registros contábeis da empresa. As demonstrações contábeis mais conhecidas são o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício.

Page 15: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

FUNÇÕES DA CONTABILIDADE

ADMINISTRATIVA ECONÔMICA

CONTROLAR O PATRIMÔNIO APURAR O RESULTADO

BALANÇO PATRIMONIAL DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

Page 16: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PATRIMÔNIO

O objeto da CONTABILIDADE é o PATRIMÔNIO.

DEFINIÇÕES

É um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa ou de uma empresa, avaliado em moeda.

É um conjunto de bens, direitos e obrigações de uma entidade, sujeitos a uma administração com o fim de auferir lucro ou gerar renda.

BENS

DIREITOS

OBRIGAÇÕES

Page 17: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PRESTAÇÕES5.000,00MULTAS500,00IPVA

500,00TOTAL

6.000,00

DÍVIDAS VEÍCULO VALOR: R$ 40.000,00

PATRIMÔNIO BRUTO = 40.000,00 (-) DÍVIDAS = 6.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO = 34.000,00

Page 18: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONCEITOS DE BENS

SOB A ÓTICA DO É tudo que pode ser objeto de direito DIREITO para ser utilizado e apropriado.

SOB A ÓTICA DA É tudo que possa satisfazer a necessidade ECONOMIA humana.

São itens tangíveis e intangíveis SOB A ÓTICA DA quantificáveis em dinheiro e que CONTABILIDADE integrarão o patrimônio, da entidade, para utilização imediata.

Page 19: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DEFINIÇÕES DE BENS

TANGÍVEIS ou MATERIAIS : São aqueles que possuem corpo, matéria. Por sua vez, dividem-se em:

Bens Móveis: São aqueles que podem ser removidosdo seu lugar, por exemplo: mesas, veículos, dinheiro,

computadores, mercadorias etc.Bens Imóveis: São os que não podem ser deslocadosdo seu lugar natural, por exemplo: terrenos, prédios.

INTANGÍVEIS ou IMATERIAIS: São aqueles que, embora considerados bens, não possuem corpo ou matéria.

São determinados gastos que a empresa faz, os quais pela sua natureza, devem ser considerados parte integrante do patrimônio. Exemplo: Marcas e Patentes, Concessões Públicas, Direitos de Exploração, etc.

Page 20: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DIREITOSDIREITOS são os valores que a empresa tem para receber de terceiros. Terceiros, neste caso, correspondem a todas as pessoas e instituições públicas ou privadas que se relacionam com a empresa, como clientes.Os direitos originam-se não só das vendas de mercadorias a prazo, como também das vendas a prazo de outros bens ou serviços, ou ainda, em decorrência de outras transações, como é o caso do aluguel de bens móveis ou imóveis, empréstimos de dinheiro efetuados a terceiros etc.Os direitos, normalmente, aparecem registrados nos livros contábeis da empresa com o nome do elemento representativo do respectivo direito, seguido da expressão “a Receber”. Exemplo:

Page 21: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

TIPOS DE DIREITO OU CRÉDITO

CRÉDITOS DE FUNCIONAMENTO são créditos oriundos das operações comerciais, como por exemplo prazo concedido a clientes, adiantamentos concedidos a fornecedores, recuperação de impostos, valores pagos em duplicidade etc.

CRÉDITOS DE FINANCIAMENTO são créditos oriundos das operações financeiras, como por exemplo uma aplicação financeira ou um empréstimo concedido

Page 22: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

OBRIGAÇÕES

OBRIGAÇÕES: representam os valores que a empresa tem para pagar a terceiros. Nesse caso, terceiros são: fornecedores, bancos, empregados, governo etc.As obrigações podem se originar não só de compras de mercadorias a prazo, como também das compras a prazo de outros bens ou serviços ou ainda em decorrência de outras transações, como é o caso do aluguel de bens móveis ou imóveis, de empréstimos de dinheiro captado em estabelecimentos bancários etc.As obrigações aparecem, habitualmente, nos livros contábeis das empresas com o nome do elemento representativo da respectiva obrigação, seguido da expressão “ a Pagar”.

Page 23: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

TIPOS DE OBRIGAÇÕES OU DÉBITO

DÉBITOS DE FUNCIONAMENTO são débitos oriundos das operações que são o objetivo da empresa. Exemplos: débitos com fornecedores, empregados, impostos etc.

DEBITOS DE FINANCIAMENTO são débitos oriundos das operações financeiras da empresa. Exemplo: débitos com empréstimos, débitos com arrendamentos, leasing etc.

Page 24: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

BENS. DINHEIRO. MÓVEIS. VEÍCULOS

DIREITOS

. DUPLICATAS A RECEBER

. ALUGUÉIS A RECEBER

OBRIGAÇÕES

. DUPLICATAS A PAGAR

. IMPOSTOS A PAGAR

BENS. DINHEIRO...................................... 10.000,00. MÓVEIS......................................... 15.000,00. VEÍCULOS...................................... 50.000,00

DIREITOS

. DUPLICATAS A RECEBER............... 8.000,00

. ALUGUÉIS A RECEBER.................. 5.000,00

OBRIGAÇÕES

. DUPLICATAS A PAGAR.................. 20.000,00

. IMPOSTOS A PAGAR..................... 5.000,00

ASPECTOS QUALITATIVOS E QUANTITATIVOS DO PATRIMÔNIO

Os aspectos qualitativos e quantitativos levados em conta na apresentação das demonstrações elaboradas a partir dos registros contábeis permitem a mensuração do patrimônio, bem como, o conhecimento dos elementos que o compõe.

Page 25: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PATRIMÔNIO

Os elementos positivos são denominados componentes ativos e seu conjunto forma o ATIVO. De forma semelhante, os elementos negativos são componentes passivos e seu conjunto forma o PASSIVO.

Page 26: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EQUAÇÃO BÁSICA DO PATRIMÔNIO

A EQUAÇÃO BÁSICA DO PATRIMÔNIO, TAMBÉM CONHECIDA POR EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO EM SITUAÇÃO NORMAL, OU SEJA, EM SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA, É EXPRESSA DA SEGUINTE MANEIRA:

ATIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA

Page 27: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ATIVOBENS + DIREITOS

PASSIVOOBRIGAÇÕES

SITUAÇÃO LÍQUIDAPOSITIVA¿

SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIAL ATIVO MAIOR QUE O PASSIVO

Neste caso, a situação líquida poderá ser denominada de situação líquida positiva; situação líquida ativa ou situação líquida superavitária.

Page 28: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ATIVOBENS + DIREITOS

PASSIVOOBRIGAÇÕES

SITUAÇÃO LÍQUIDA

NULA¿

SITUAÇÃO LÍQUIDA PATRIMONIALATIVO IGUAL AO PASSIVO

Neste caso, o Ativo é inteiramente absorvido pelas obrigações, e a situação líquida é nula, inexistente.

Page 29: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EQUAÇÃO BÁSICA DO PATRIMÔNIO

A equação básica do Patrimônio, também conhecida, por equação fundamental do Patrimônio é a que evidencia o Patrimônio em situação normal , ou seja, em situação líquida positiva. É expressa da seguinte maneira:

ATIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA

Page 30: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 1

Considerando os itens abaixo relacionados, represente graficamente um Balanço Patrimonial e responda qual é o tipo da situação líquida:

Clientes ..................... 10.000 Impostos a Pagar ............ 40.000Bancos c/Empréstimo 63.000 Veículos........................... 14.000Móveis e Utensílios .... 5.000 Fornecedores ................. 30.000Duplicatas a Pagar....... 39.000 Estoque de Mercadorias. 50.000Promissórias a Receber 8.000 Bancos c/ Movimento .... 63.000Salários a Pagar .......... 28.000 Caixa.............................. 5.000Instalações.................. 10.000 Imóveis...........................100.000

Page 31: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Caixa........................................ 5.000 Fornecedores.................................. 30.000

Banco c/Movimento ............... 63.000 Banco c/Empréstimos .................... 100.000

Clientes ................................... 10.000 Salários a Pagar .............................. 28.000

Promissórias a Receber .......... 8.000 Duplicatas a Pagar........................... 39.000

Estoque de Mercadorias ......... 50.000 Impostos a Pagar ........................... 40.000

Veículos................................... 14.000 SUBTOTAL ...................................... 237.000

Móveis e Utensílios ................ 5.000 ( + ) Situação Líquida..................... 28.000

Instalações .............................. 10.000

Imóveis ..................................100.000

T OT A L ..................................265.000 T O T A L ......................................... 265.000

Page 32: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ATIVO PASSIVO Bens Obrigações

Direitos Patrimônio Líquido

BALANÇO PATRIMONIAL

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Quarto grupo de elementos patrimoniais que, juntamente com os bens, com os direitos e com as obrigações, completará a demonstração contábil denominada BALANÇO PATRIMONIAL. Assim, no Balanço Patrimonial temos os seguintes elementos:

Então PATRIMÔNIO LÍQUIDO é o mesmo que SITUAÇÃO LÍQUIDA?RESPOSTA: S I M

Page 33: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Elementos que compõe o Patrimônio Líquido:

CAPITAL: é a importância, normalmente em dinheiro, que o proprietário de umaempresa possui para iniciar o seu negócio. Esse capital inicial poderá ser composto somente por dinheiro, ou dinheiro e outros bens como Móveis e Utensílios, Veículos, Mercadorias etc. Durante a vida normal das empresas o capital poderá ser aumentado com novas somas colocadas pelos titulares ou pela incorporação dos lucros auferidos pelas próprias empresas.

RESERVAS: são parcelas do lucro apurado pelas empresas que ficam retidas para determinados fins, como é o caso da Reserva para Investimentos, que normalmente é utilizada para ampliação das instalações da empresa, abertura de filiais etc.

LUCROS OU PREJUIZOS ACUMULADOS: correspondem ao resultado positivo (Lucros) ou negativo (Prejuízos) apurados pela empresa na movimentação do patrimônio.

Page 34: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

No final de cada exercício social (período em que a empresa opera, geralmente igual há um ano), a movimentação do patrimônio poderá resultar em lucro ou prejuízo.

Quando o resultado apurado for lucro, ele terá várias destinações: uma parte vai para o Governo (contribuição social e Imposto de Renda); uma parte poderá ser destinada a compensar prejuízos apurados em exercícios anteriores; uma parte poderá ser destinada aos participantes no lucro (empregados, administradores etc.) outra parte poderá ser destinada a constituição de reservas; outra, à distribuição aos titulares ou sócios em forma de dividendos; e, outra parte, poderá ficar retida no Patrimônio para futuras destinações. Nesse último caso, essa parcela do lucro figurará no grupo Patrimônio Líquido com o título de “Lucros Acumulados” ou de “Lucros ou Prejuízos Acumulados”

Page 35: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Quando o resultado apurado no final do exercício social corresponder a prejuízo, ele poderá ser amortizado (pago) pelo titular ou pelos sócios, ou, ainda, poderá ser mantido no grupo do Patrimônio Líquido para ser compensado com lucros apurados em exercícios futuros.

Nesse caso, o prejuízo poderá figurar no grupo Patrimônio Líquido com o título de “Prejuízos Acumulados” ou de “Lucros ou Prejuízos Acumulados”

Page 36: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

Para constituir uma empresa, é preciso que se tenha, inicialmente um capital. Quando a empresa está sendo constituída, a palavra capital é usada para representar o conjunto de elementos que o proprietário da empresa possui para montar seu negócio e, consequentemente, iniciar as suas atividades.O capital inicial pode ser composto por: - somente dinheiro; - parte em dinheiro e parte em outros bens; - parte em dinheiro, parte em outros bens e parte em direitos.O capital pode receber várias denominações: - Capital; - Capital Inicial; - Capital Nominal; (capital ainda não integralizado) - Capital Subscrito ( capital social fixado no estatuto ou contrato) - Capital Social (quando se tratar de sociedades).

Page 37: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXEMPLO DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

Vamos acompanhar a formação do patrimônio de uma empresa comercial e alguns exemplos de sua movimentação:

1 – Zé Mané constitui uma empresa para explorar o comércio de tintas, com um capital inicial, em dinheiro, no valor de $ 50.000.

ATIVO PASSIVO

CAIXA......................... 50.000 CAPITAL ...................... 50.000

TOTAL ......................... 50.000 TOTAL......................... 50.000

BALANÇO PATRIMONIAL

Page 38: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXEMPLO DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

2 – Em seguida, surgem as aplicações do capital na compra de bens:

a. Compra de Móveis e Utensílios, à vista, por $ 5.000;b. Compra de uma caminhonete, à vista, por $ 30.000.

ATIVO PASSIVO

CAIXA......................... 15.000 CAPITAL ...................... 50.000 MÓVEIS E UTENSÍLIOS.. 5.000 VEÍCULOS.................... 30.000

TOTAL ......................... 50.000 TOTAL ......................... 50.000

BALANÇO PATRIMONIAL

Page 39: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXEMPLO DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

3 – Precisando adquirir mercadorias e sendo seu capital insuficiente, Zé Mané compra à prazo, tintas, pincéis, fita crepe, espátulas, lixas, solventes, no valor de $ 20.000, conforme nota fiscal n° 865, da empresa Comercial das Tintas, com aceite de quatro duplicatas no valor de $ 5.000 cada uma, vencíveis de trinta em trinta dias.

ATIVO PASSIVO

CAIXA................................... 15.000 DUPLICATAS A PAGAR ........ 20.000 MÓVEIS E UTENSÍLIOS.......... 5.000 CAPITAL ............................ 50.000 VEÍCULOS............................. 30.000 ESTOQUE DE MERCADORIAS 20.000 TOTAL .................................. 70.000 TOTAL ................................. 70.000

Quando a empresa compra à prazo, ela passa a trabalhar com capital que não é dela (é do fornecedor). Cria, assim, obrigação para futuro pagamento. Nesse caso, o Ativo e o Passivo são aumentados , o Ativo pela entrada de bens e o Passivo pela obrigação assumida.

BALANÇO PATRIMONIAL

Page 40: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXEMPLO DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

Embora o valor do Patrimônio tenha aumentado de $ 50.000 para $ 70.000, o Patrimônio Líquido não sofreu alteração, pois a situação líquida continua sendo a mesma, veja:

ATIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA 70.000 = 20.000 + 50.000

ATIVO (bens + direitos) ................70.000 ( - ) PASSIVO ( obrigações ) ................. 20.000 ( = ) SITUAÇÃO LÍQUIDA ....................... 50.000

Portanto, a situação líquida continua sendo positiva em $ 50.000, representada pelo elemento Capital.

Page 41: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXEMPLO DE FORMAÇÃO DO PATRIMÔNIO E SUAS VARIAÇÕES

Vamos assumir, agora, que a empresa do Zé Mané tenha efetuado o pagamento, em dinheiro, de uma duplicata no valor de $ 5.000.Veja como ficou o Patrimônio da empresa do Zé Mané , após essa operação:

ATIVO PASSIVO

CAIXA................................... 10.000 DUPLICATAS A PAGAR ........ 15.000 MÓVEIS E UTENSÍLIOS.......... 5.000 CAPITAL ............................ 50.000 VEÍCULOS............................. 30.000 ESTOQUE DE MERCADORIAS 20.000 TOTAL .................................. 65.000 TOTAL ................................. 65.000

Esse pagamento acarretou uma redução no Ativo, pois o Caixa foi diminuído em $ 5.000, e uma redução no Passivo, pela extinção de parte das obrigações em $ 5.000.

Page 42: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 2

Represente graficamente, após cada fato apresentado, a situação patrimonial da empresa, considerando-a em evolução, isto é, cada gráfico representado deve ser igual ao anterior, modificado pelas operações subsequentes:

1. Investimento Inicial: 1.1. em dinheiro ................................................................ 200 1.2. em móveis .................................................................. 1002. Compras efetuadas: 2.2. mercadorias, em dinheiro .......................................... 50 2.3. veículos, a prazo, mediante aceite de duplicatas......... 1303. Vendas de mercadorias à vista ........................................... 204. Venda de mercadorias a prazo, mediante duplicatas .......... 205. Empréstimo obtido no Banco mediante Nota Promissória... 806. Pagamento, em dinheiro, de uma duplicata......................... 307. Recebimento, em dinheiro, de uma duplicata ..................... 10

Page 43: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 3

Represente, por meio do Balanço Patrimonial, a situação do patrimônio da empresa , após as seguintes operações:

1 – A empresa inicia suas atividades com um capital de $ 80.000, em dinheiro;2 – Compras à vista, em dinheiro:

a) Móveis e Utensílios ............................................. 3.000b) Um automóvel .................................................... 25.000c) Mercadorias ....................................................... 20.000

3 – Compras de mercadorias à prazo, mediante aceite de duplicatas , no valor de $ 30.000, com aceite de três duplicatas no valor de $ 10.000 cada uma;4 – Compra à prazo, de uma casa no valor de $ 100.000, mediante emissão de notas promissórias;5 - Venda de mercadorias:

a) à vista ................................................................... 10.000b) a prazo, mediante aceite de duplicatas.................. 8.000

6 – Pagamento de uma duplicata, em dinheiro, no valor de .... 10.0007 - Recebimento de uma duplicata, em dinheiro, no valor de... 2.000

Page 44: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CAIXA CAPITAL MÓVEIS E UTENSÍLIOS80.000 3.000 80.000 3.000

10.000 25.000

20.000

10.000

VEÍCULOS ESTOQUE DUPLICATAS A PAGAR25.000 20.000 10.000 10.000 30.000

30.000 8.000

IMÓVEIS DUPLICATAS A RECEB. NOTAS PROMIS. A/PG100.000 8.000 100.000

RESPOSTA DO EXERCÍCIO “3” ATRAVÉS DO RAZONETE

Também denominado “gráfico em T” ou “conta T”, o RAZONETE nada mais é do que uma versão simplificada do livro RAZÃO.

Page 45: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ATIVO PASSIVO

CAIXA ...................................... 32.000 CAPITAL .................................. 80.000DUPLICATAS A RECEBER........... 8.000 DUPLICATAS A PAGAR ............ 20.000MÓVEIS E UTENSÍLIOS.............. 3.000 NOTAS PROMISSÓRIAS A/PG.. 100.000VEÍCULOS ................................. 25.000 ESTOQUE DE MERCADORIAS.... 32.000 IMÓVEL ................................... 100.000

TOTAL ..................................... 200.000 TOTAL......................................200.000

BALANÇO PATRIMONIAL

Page 46: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS

Na nossa linguagem cotidiana, o que significa a palavra conta?- uma operação aritmética de soma, subtração...- a conta de água, energia elétrica, telefone...- a conta corrente bancária ou a conta de poupança...- a conta a pagar na loja, na padaria, no açougue...

Do ponto de vista técnico-contábil, CONTA é o nome dado aos componentes patrimoniais (bens, direitos, obrigações e Patrimônio Líquido) e aos elementos de resultado (despesas e receitas).

Até agora, quando nos referimos aos componentes patrimoniais, falamos em elementos ( Caixa, Veículos, Duplicatas a Pagar etc.).Vamos daqui para frente substituir elementos por contas.

Para a Contabilidade, os títulos das contas são considerados nomes próprios.

Page 47: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS

Para que servem as contas?

É por meio das contas que a contabilidade consegue desempenhar seu papel de registrar e controlar todos os acontecimentos responsáveis pela gestão do patrimônio.

Vamos imaginar a conta como sendo uma caixa, uma ficha ou ainda um arquivo no qual a contabilidade armazena os dados correspondentes à movimentação das entradas e saídas de valores de cada um dos grupos patrimoniais ou de resultado.

Portanto, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, responsáveis pela gestão do seu patrimônio, como as compras, as vendas, os pagamentos, os recebimentos etc., são registrados, por meio das contas em livros próprios.

Page 48: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

TEORIA DAS CONTAS

As contas podem ser classificadas de várias maneiras, de acordo com a linha defendida pelos seus doutrinadores, destacamos, abaixo, as mais veiculadas na atualidade:

a) Teoria Personalística – classifica as contas em três grupos: Contas dos Agentes Consignatários ( Bens )

Contas dos Agentes Correspondentes (Direitos e Obrigações)Contas do Proprietário ( Patrimônio Líquido, Despesas e Receitas)

b) Teoria Materialista – classifica as contas em dois grupos:Contas Integrais ( Bens, Direitos e Obrigações)Contas Diferenciais ( Patrimônio Líquido, Despesas e Receitas)

c) Teoria Patrimonialista – classifica as contas em dois grupos:Contas Patrimoniais ( Bens, Direitos, Obrigações e Patrimônio Líquido)Contas de Resultados ( Despesas e Receitas)

Page 49: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CLASSIFICAÇÃO DAS CONTASAs contas podem ser classificadas de acordo com vários critérios. Daremos prioridade, neste momento, ao que as divide em dois grupos (teoria patrimonialista, a mais adequada aos procedimentos contábeis praticados no Brasil). a) Contas Patrimoniais b) Contas de ResultadoJá vimos as contas patrimoniais, são aquelas que representam os bens, os direitos, as obrigações e o patrimônio líquido. Dividem-se em Ativas e Passivas e são elas que representam o Patrimônio da empresa, num dado momento, por meio do Balanço Patrimonial.

CONTAS DE RESULTADO

As contas de resultado dividem-se em contas de despesa e contas de receitas. Aparecem durante o exercício social, encerrando-se no final dele. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas que ficamos sabendo se a empresa apresentou lucro ou prejuízo no desenvolvimento de suas atividades.

Page 50: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS DE RESULTADO DESPESAS

As despesas decorrem do consumo de bens e da utilização de serviços. Lendo os títulos a seguir, pode-se distinguir, com facilidade, o tipo de despesa a que cada um corresponde:

Água e Esgoto Material de ExpedienteFretes e Carretos Descontos ConcedidosAluguéis Passivos Material de LimpezaImpostos Despesas BancáriasCafé e Lanches Prêmios de SeguroJuros Passivos Energia ElétricaContribuição de Previdência SaláriosPassagens Material de InformáticaDiárias CombustíveisDespesas com Correspondência Despesas de Manutenção

Page 51: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS DE RESULTADO RECEITAS

As receitas decorrem da venda de bens e da prestação de serviços. Existem em número menor que as despesas, sendo as mais comuns representadas pelas seguintes contas:

Aluguéis AtivosReceitas de ServiçosDescontos Obtidos

Vendas de MercadoriasJuros Ativos

Page 52: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DÉBITO:

CRÉDITO:

na nossa linguagem comum, significasituação negativa, desfavorável; ou saldo negativo na conta bancária; ouestar em falta com alguém etc...

no nosso cotidiano, pode representar situação positiva, favorável; ou saldopositivo na conta bancária; ou ter crédito no mercado (ter nome limpo na praça, poder comprar a prazo) etc.

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Page 53: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITONa terminologia contábil essas palavras assumem vários significados, como nosso propósito é compreender os principais conceitos da contabilidade, de forma progressiva, neste momento conheceremos o significado de débito e crédito em relação ao gráfico em forma de “ T “Na Ciência Contábil, convencionou-se que o lado direito é DÉBITO e o lado esquerdo é CRÉDITO

DÉBITO CRÉDITO

BALANÇO PATRIMONIALATIVO PASSIVO

Bens......................... ( + ) Obrigações.................. ( - ) Direitos .................... ( + ) Patrimônio Líquido.....( + ou - )

CONTAS DE RESULTADOATIVO PASSIVO

Despesas...................( - ) Receitas.........................( + )

Page 54: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

Como no Balanço Patrimonial apresentado no gráfico em forma de “T”, as contas do ATIVO foram convencionalmente posicionadas do lado esquerdo e as do PASSIVO do lado direito, temos que:

a) as contas do ATIVO são de natureza DEVEDORA;b) as contas do PASSIVO são de natureza CREDORA;

Da mesma forma, como no gráfico em forma de “T” utilizado para representar as contas de resultado, as contas de DESPESAS foram convencionalmente posicionadas do lado esquerdo e as de RECEITAS do lado direito, temos que:

a) as contas de DESPESAS são de natureza DEVEDORA;b) as contas de RECEITAS são de natureza CREDORA;

NOÇÕES DE DÉBITO E CRÉDITO

Page 55: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PLANO DE CONTAS

O Plano de Contas é um conjunto de contas, diretrizes e normas que disciplina as tarefas do setor de contabilidade objetivando a uniformização dos registros contábeis. É um instrumento orientativo, de grande importância, no desenvolvimento do processo contábil de uma empresa.

Cada empresa deve elaborar seu Plano de Contas sempre obedecendo aos seus interesses e, principalmente, à legislação pertinente ao ramo de atividade que exerce.

Atualmente, o Plano de Contas, deve obedecer às disposições contidas na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, Lei das Sociedades por Ações.

Page 56: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS PATRIMONIAIS

ATIVO CIRCULANTE: Nesse grupo, são classificadas todas as contas que representam os bens e os direitos, os quais pela sua natureza, estão em constante circulação. Correspondem aos recursos aplicados em elementos que estão em frequente movimento, por exemplo, a conta Caixa, que a todo instante está sendo movimentada, isso ocorre também com as contas Estoque e Bancos conta Movimento.ATIVO NÃO CIRCULANTE : Neste grupo encontramos classificadas todas as contas que representam a aplicação de recursos em direitos realizáveis a longo prazo, bem como em bens de uso e em bens imateriais.Os direitos realizáveis a longo prazo são aqueles cujos vencimentos ocorrem após o vencimento do exercício social.

Grau de liquidez: é o maior ou menor prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados em dinheiro. A ordem de disposição das contas no Ativo é a ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos. Lei nº 6.404/76

Page 57: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

CONTAS PATRIMONIAIS

PASSIVO CIRCULANTE: Nesse grupo, são classificadas todas as contas que representam as obrigações que a empresa terá para pagar no exercício seguinte ao do balanço.

PASSIVO NÃO CIRCULANTE: Nesse grupo, são classificadas todas as contas que representam as obrigações que a empresa terá de pagar após o término do exercício social seguinte ao do balanço.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Nesse grupo, são classificadas todas as contas que representam o capital próprio da empresa, ou seja, Capital, Reservas e Lucros ou Prejuízos Acumulados.

Grau de exigibilidade: é o maior ou menor prazo no qual as obrigações devem ser pagas pela empresa. A ordem de disposição das contas no Passivo, segundo a Lei nº6.404/76, é a ordem decrescente do grau de exigibilidade.

Page 58: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

1. ATIVO 2. PASSIVO1.1 ATIVO CIRCULANTE 2.1 PASSIVO CIRCULANTE 1.1.01 Caixa 2.1.01 Fornecedores 1.1.02 Bancos Conta Movimento 2.1.02 Duplicatas a Pagar 1.1.03 Clientes 2.1.03 Promissórias a Pagar 1.1.04 Duplicatas a Receber 2.1.04 Salários a Pagar 1.1.05 Promissórias a Receber 2.1.05 Impostos e Taxas a Recolher 1.1.06 Estoque de Mercadorias 1.1.07 Estoque de Material de Expediente 1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE 2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.O1 Duplicatas a Receber 2.2.01 Duplicatas a Pagar 1.2.02 Promissórias a Receber 2.2.02 Promissórias a Pagar 1.2.03 Computadores 1.2.04 Imóveis 1.2.05 Instalações 2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 1.2.06 Móveis e Utensílios 2.3.01 Capital 1.2.07 Veículos 2.3.02 Lucros Acumulados 1.2.08 Fundo de Comércio

ELENCO DE CONTAS SIMPLIFICADO CONTAS PATRIMONIAIS

Page 59: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

3. DESPESAS 4.RECEITAS3.1 DESPESA OPERACIONAIS 4.1 RECEITAS OPERACIONAIS 3.1.01 Água e Esgoto 4.1.01 Aluguéis Ativos 3.1.02 Aluguéis Passivos 4.1.02 Descontos Obtidos 3.1.03 Café e Lanches 4.1.03 Juros Ativos 3.1.04 Combustíveis 4.1.04 Receitas Eventuais 3.1.05 Descontos Concedidos 4.1.05 Receitas de Serviços 3.1.06 Despesas Bancárias 3.1.07 Despesas de Organização 3.1.08 Energia Elétrica 3.1.09 Fretes e Carretos 3.1.10 Impostos e Taxas 3.1.11 Juros Passivos 3.1.12 Material de Expediente 3.1.13 Material de Limpeza 3.1.14 Serviços de Terceiros 3.1.15 Telefones 3.1.16 Despesas Eventuais

5. CONTAS DE APURAÇÃO DE RESULTADOS 5.1 RESULTADO LÍQUIDO 5.1.01 Resultado do Exercício

ELENCO DE CONTAS SIMPLIFICADO CONTAS DE RESULTADOS

Page 60: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

Nº CONTAS SALDO DEVEDOR SALDO CREDOR

1 Caixa ............................................. 30.000

2 Clientes ......................................... 10.000

3 Estoque de Produtos...................... 30.000

4 Fretes e Carretos ........................... 500

5 Duplicatas a Pagar ......................... 30.000

6 Fornecedores ................................. 20.000

7 Capital ........................................... 21.500

8 Água e Esgoto................................. 1.000

T O T A L ............................ 71.500 71.500

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

Balancete é uma relação de contas extraídas do livro Razão, com seus saldos devedores e credores.

Page 61: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ESCRITURAÇÃO

Escrituração é uma técnica contábil que consiste em registrar nos livros próprios (Diário, Razão, Caixa etc.) todos os acontecimentos que ocorrem na empresa, que modifiquem ou venham a modificar a situação patrimonial.

LIVRO DIÁRIO

O Diário é um livro obrigatório. Seu uso está previsto na legislação civil (art. 1.180 do Código Civil Brasileiro, na legislação comercial (Decreto-lei nº 486/1969, art. 5º), na legislação tributária (art. 258 do Regulamento do Imposto de Renda – RIR/1999) e na legislação societária (Lei nº 6.404/1976).No Diário, são lançadas, com individualização, clareza e indicação do documento comprobatório, dia a dia, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa e que provocam modificações no Patrimônio.

Page 62: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

LIVRO RAZÃO

O Razão é um livro que destina-se ao registro do movimento individualizado de todas as contas. Sua escrituração passou a ser obrigatória a partir de 1991( art. 14 da Lei nº 8.218 de 29/8/91).

LIVRO CONTAS CORRENTES

O Contas Correntes é um livro auxiliar do livro Razão. Serve para controlar a movimentação das contas que representam direitos e obrigações.

LIVRO CAIXA

O livro Caixa também é auxiliar. Nele são registrados todos os Fatos Administrativos que envolvam entrada e saída de dinheiro

Page 63: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Até aqui para registrar os fatos envolvendo compras e vendas das mercadorias, debitamos ou creditamos a conta Estoque de Mercadorias. Para melhor entendera contabilização dessas operações vamos introduzir alguns novos conceitos:

a. Método da conta mista: utiliza-se uma única conta, que poderá ser ESTOQUE ou Estoque de Mercadorias, ou outra semelhante, pra registrar todas as operações com mercadorias ( estoque inicial e final, compras, vendas e devoluções de compras e vendas;

b. Método da conta desdobrada: utilizamos três contas básicas: Estoque de Mercadorias ( para registrar os estoques inicial e final), Compras de Mercadorias e Vendas de Mercadorias;

Para o controle físico/financeiro das mercadorias, a empresa pode adotar um dos sistemas:a. Inventário permanente: a cada compra ou venda efetuada registra-se os

custos da operação, dessa forma, o estoque de mercadorias fica atualizado constantemente;

b. Inventário periódico: o valor do estoque de mercadorias só é conhecido no final do período, após a contagem de todas as mercadorias existentes.

Page 64: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

RESULTADO DA CONTA MERCADORIAS - APURAÇÃO EXTRA-CONTÁBIL

1ª FÓRMULA 2ª FÓRMULA CMV = EI + C -EF

CMV = Custo das Mercadorias Vendidas; RCM = Resultado da Conta Mercadorias ; EI = Estoque Inicial de Mercadorias V = Venda de Mercadorias; C = Compras de Mercadorias; CMV = Custo das Mercadorias Vendidas. EF = Estoque Final de Mercadorias

CMV = EI + C - EF RCM = V ̶ CVM CMV = 5.000 + 20.000 – 12.000 RCM = 23.000 – 13.000 CMV = 13.000 RCM = 10.000

RCM = V - CVM

EI = 5.000 C = 20.000 V = 23.000EF = 12.000

Page 65: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO5.000 5.000 20.000 20.000 23.000 23.000

12.000

DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO5.000 12.000 13.000 23.000 10.000

20.000SOMA 25.000SALDO 13.000 SALDO 10.000 SALDO 10.000

ESTOQUE DE MERCADORIAS COMPRAS DE MERCADORIAS VENDAS DE MERCADORIAS

CMV LUCRO SOBRE VENDASR C M

34

65

6

1

21 3

2

45

Transferência da conta Estoque (I) para a conta Custo de Mercadorias Vendidas - CMV;Transferência da conta Compras de Mercadorias para CMV;Transferência da conta Estoque final após o inventário para a conta CMV;Transferência da conta Vendas de Mercadorias para a conta RCM;Transferência do saldo da conta CMV para a conta Resultado da Conta Mercadorias;Transferência do saldo da conta RCM para a conta Lucro sobre Vendas.

RESULTADO DA CONTA MERCADORIAS - APURAÇÃO CONTÁBIL

23456

1

Page 66: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ESTOQUESInventário permanente: a cada compra ou venda efetuada registra-se os custos da operação, dessa forma, o estoque de mercadorias fica atualizado constantemente;

O controle do inventário permanente é realizado por ficha de controle para cada item do estoque. Nessa ficha, devem conter os seguintes dados:

DATA HISTÓRICO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTOUNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

ENTRADA SAÍDA SALDO

IMPORTANTE : A ficha de estoque tem por finalidade apurar o valor de custo da mercadoria e não o seu valor de venda.

Page 67: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ESTOQUESO controle de estoque pelo inventário permanente pode seguir três métodos para a avaliação dos custos, apresentados a seguir:

1 – PEPS ( primeiro que entra, primeiro que sai) ou, em inglês FIFO (first in, first out): nesse método as saídas do estoque pela venda de mercadorias são feitas pelo valor das primeiras compras. A ideia desse método é de que vende-se ou consome-se antes as primeiras mercadorias compradas. Normalmente, apresentam um valor de custo menor e um saldo de estoque maior;2 – UEPS ( último que entra, primeiro que sai) ou, em inglês LIFO (last in, first out): utiliza exatamente o oposto do anterior, as saídas do estoque pela venda de mercadoria será feito pelo valor das últimas compras. Ou seja, vende-se ou consome-se antes as últimas mercadorias compradas. Esse método não é aceito pela legislação fiscal, justamente por elevar o custo a um valor maior e manter em estoque produtos com valor menor; 3 – MÉDIA PONDERADA MÓVEL– MPM – com base nesse critério teremos um valor médio para todos os itens de estoque, assim as saídas do estoque são efetuadas utilizando-se o preço médio de compra. Esse valor médio é alterado a cada nova compra (entrada no estoque), conforme o próprio nome já diz, ele é sempre a média entre os duas últimas aquisições.

Page 68: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

ESTOQUES

Para melhor entender os registros de estoque vamos fazer um exercício. Para fins didáticos, vamos considerar os fatos contábeis descritos a seguir e levaremos em conta que os tributos já foram excluídos dos respectivos valores de compra e venda:

1 – Em 05/01, a empresa adquiriu do fornecedor WYZ S/A, 100 peças de rebimbela da parafuzeta por $100 cada unidade, conforme Nota Fiscal nº 3.431;

2 – Em 06/01, foi vendido a empresa Tupiniquim Ltda. 20 peças de rebimbela da parafuzeta por $130 cada unidade, conforme Nota Fiscal nº 001;

3 - Em 08/01, a empresa adquiriu do fornecedor WYZ S/A , 50 peças de rebimbela da parafuzeta por $113 cada unidade, conforme Nota Fiscal nº 3.979;

4 – Em 10/01, a empresa adquiriu do fornecedor XZY Ltda., 50 peças de rebimbela da parafuzeta por $159 cada unidade, conforme Nota Fiscal nº 4.321;

5 – Em 12/01, foi vendido a empresa Caiçara Ltda. 140 peças de rebimbela da parafuzeta por $170 cada unidade, conforme Nota Fiscal nº 002.

Page 69: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DATA HISTÓRICO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTOUNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

5/1 N.F. 3.431 100 100 10.000 0 0 0 100 100 10.0006/1 N.F. 001 0 0 0 20 100 2.000 80 100 8.0008/1 N.F. 3.979 50 113 5.650 0 0 0 80 100 8.000

50 113 5.650130 13.650

10/1 N.F. 4.321 50 159 7950 0 0 0 80 100 8.00050 113 5.65050 159 7.950

180 21.60012/1 N.F. 002 0 0 0 80 100 8.000

50 113 5.65010 159 1.590

140 15.240 40 159 6.360200 23.600 160 17.240 40 159 6.360T O T A I S

ENTRADA SAÍDA SALDO

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE PELO MÉTODO:

PRODUTO: Rebimbela da Parafuzeta

PRIMEIRO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI - PEPS (FIFO)

Page 70: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DATA HISTÓRICO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTOUNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

5/1 N.F. 3.431 100 100 10.000 100 100 10.0006/1 N.F. 001 20 100 2.000 80 100 8.0008/1 N.F. 3.979 50 113 5.650 80 100 8.000

50 113 5.650130 13.650

10/1 N.F. 4.321 50 159 7.950 80 100 8.00050 113 5.65050 159 7.950

180 21.60012/1 N.F. 002 50 159 7.950

50 113 5.65040 100 4.000

140 17.600 40 100 4.000200 23.600 160 19.600 40 100 4.000T O T A I S

FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE PELO MÉTODO:

PRODUTO: Rebimbela da Parafuzeta

ENTRADA SAÍDA SALDO

ÚLTIMO QUE ENTRA, PRIMEIRO QUE SAI - UEPS ( LAST)

Page 71: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

DATA HISTÓRICO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTO QUANT. CUSTO CUSTOUNIT. TOTAL UNIT. TOTAL UNIT. TOTAL

5/1 N.F. 3.431 100 100 10.000 100 100 10.0006/1 N.F. 001 20 100 2.000 80 100 8.0008/1 N.F. 3.979 50 113 5.650 130 105 13.650

10/1 N.F.4.321 50 159 7.950 180 120 21.60012/1 N.F. 002 140 120 16.800 40 120 4.800

200 23.600 160 18.800 40 120 4.800T O T A I S

MÉDIA PONDERADA MÓVEL - M P M FICHA DE CONTROLE DE ESTOQUE PELO MÉTODO:

PRODUTO: Rebimbela da Parafuzeta

ENTRADA SAÍDA SALDO

Page 72: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

PEPS UEPS MPM

VALORES DAS VENDAS 26.400 26.400 26.400

( - ) CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS - CMV 17.240 19.600 18.800

( = ) LUCRO 9.160 6.800 7.600

VALORES DO ESTOQUE 6.360 4.000 4.800

PONDERADA MÓVEL - MPM, que apresenta um lucro menor ( 7.600 ) e um CMVmaior ( 18.800 ) em relação ao PEPS, que apresenta lucro de 9.160 e CMV de 17.240,

pagamento de imposto menor. As empresas normalmente utilizam a MÉDIA

conforme demonstrado na análise acima.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

NOTAS EXPLICATIVAS

O Fisco não aceita a utilização do método UEPS em função de este apresentarmaior CMV ( 19.600 ), reduzindo o lucro ( 6.800 ) e, como consequência, um

Page 73: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 7

1. Com base nas questões formuladas para o exercício, vamos executar as operações a seguir:

2. Elabore o Balancete de Verificação;

3. Elabore os Razonetes das contas Patrimoniais;

4. Elabore os Razonetes das contas de Resultado;

5. Apure o resultado do exercício;

6. Elabore o Balanço Patrimonial

Page 74: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 7 Fatos ocorridos na Comercial “PETROLÃO”, durante o mês de abril de 20XX.  1 – “Zé Migué” inicia suas atividades para explorar o comércio de artefatos de borracha, com um capital, em

dinheiro, no valor de $ 60.000;2 – Abriu conta no Banco “Lava Jato S/A, com depósito inicial efetuado em dinheiro, no valor de $ 60.000,

conforme recibo desta data;3 – Efetuou saque no Banco “Lava Jato S/A, para reforço de Caixa, no valor de $ 20.000, por meio do cheque nº

000001;4 – Compra à vista, de vários móveis para uso da empresa, conforme nota fiscal nº 1.379 da Casa de Móveis

“Mensalão” Ltda., no valor de $ 7.000. O pagamento foi efetuado por meio do cheque nº 000002.5 – Compra de mercadorias, conforme nota fiscal nº 1.001. da empresa Comercial Dunga Ltda., à vista, no valor

de $ 3.000;6 – Venda mercadorias, conforme nota fiscal de nossa emissão nº 001, à vista, no valor de $ 4.500;7 – Compra de mercadorias, a prazo, da empresa Empório Lorena ME, conforme nota fiscal nº 43.975, no valor

de $ 12.000. Houve aceite de seis duplicatas no valor de $ 2.000 cada, com vencimentos de 30 em 30 dias.8 – Venda de mercadorias à vista, conforme notas fiscais de números 002 a 0050, no valor de $ 6.000;9 – Venda de mercadorias, a prazo, ao senhor “Fulano de Tal”, conforme nota fiscal nº 0051, no valor de $ 1.200.

Houve aceite de quatro duplicatas no valor de $ 300 cada, para vencimentos de 30 em 30 dias;10 – “Zé Migué” aumenta seu capital com os seguintes bens:

- uma casa situada nesta cidade, no valor de $ 200.000;- um automóvel marca Sinca, no valor de $ 20.000;- em dinheiro: $ 18.000.

11 – Pagamento da duplicata nº 01, no valor de $ 2.000, para o fornecedor Comercial Lorena-ME, com 10% de desconto;

12 – Venda de mercadorias, a prazo, a Loja dos Pneus Ltda., conforme nota fiscal nº 0052 e duplicata nº 0090/01, com vencimento para 30 dias, no valor de $ 3.000;

13 – Recebimento, em dinheiro, da duplicata nº 051/01, no valor de $ 300, do senhor “Fulano de Tal”, com 10% de desconto.

Page 75: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

60.000 60.000 60.000 60.000 20.000 7.000 1.200 30020.000 3.000 238.000 7.000 3.000

4.500 1.8006.000 298.000 60.000 27.000 7.000 4.200 300

18.000270

108.770 64.800

20.000 200.000 2.000 12.000 307.870 308.000-130

20.000 200.000 2.000 12.000 307.870 307.870

DESCONT. CONC.3.000 4.500 200 30 15.030 14.900

12.000 6.000 -1301.2003.000

15.000 14.700 200 30 14.900 14.900

RAZONETES - CONTAS PATRIMONIAS

COMPRAS VENDAS DESCONT. OBTID.

RAZONETES - CONTAS DE RESULTADO

PREJUIZO ACUM.

MÓVEIS E UTENS. DUPLIC. A/RECEB

RESULTADO

DUPLIC. A/PAGARIMÓVEISVEÍCULOS

CAIXA CAPITAL BANCOS c/MOVIM

EXERCÍCIO 7 - RAZONETES

Page 76: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

EXERCÍCIO 7

BALANCETE DE VERIFICAÇÃO

CONTAS

MOVIMENTO DO PERÍODO SALDOS DO PERÍODO

Nº DÉBITO CRÉDITO DÉBITO CRÉDITO

1 Caixa 108.770 64.800 43.970 0

2 Capital 0 298.000 0 298.000

3 Bancos Conta Movimento 60.000 27.000 33.000 0

4 Móveis e Utensílios 7.000 0 7.000 0

5 Compras de Mercadorias 15.000 0 15.000 0

6 Vendas de Mercadorias 0 14.700 0 14.700

7 Duplicatas a Pagar 2.000 12.000 0 10.000

8 Duplicatas a Receber 4.200 300 3.900 0

9 Imóveis 200.000 0 200.000 0

10 Veículos 20.000 0 20.000 0

11 Descontos Obtidos 0 200 0 200

12 Descontos Concedidos 30 0 30 0

T O T A I S 417.000 417.000 322.900 322.900

Page 77: INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE CONTABILIDADE E CUSTOS CONTABILIDADE E CUSTOS Prof. Gustavo F. Canilha Prof. Gustavo F. Canilha.

1 – ATIVO 1.1 - ATIVO CIRCULANTE 1.1.01 - Caixa ................................................... 43.970 1.1.02 - Banco conta Movimento ..................... 33.000 1.1.03 - Duplicatas a Receber ........................... 3.900 TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE .......................... 80.870 1.2 - ATIVO NÃO CIRCULANTE 1.2.01 - Imóveis .............................................. 200.000 1.2. 02 – Móveis e Utensílios ........................... 7.000 1.2.03 - Veículos............................................. 20.000 TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE ......................... 227.000 TOTAL DO ATIVO ..................................................... 307.8702 – PASSIVO 2.1 - PASSIVO CIRCULANTE 2.1.01 – Duplicatas a Pagar ........................... 10.000 TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE ................... 10.000 2.3 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.01 – Capital ............................................ 298.000 2.3.02 - Prejuízos Acumulados ..................... (-) 130 TOTAL D0 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................. 297.870 TOTAL DO PASSIVO ............................................... 307.870

BALANÇO PATRIMONIAL - EXERCÍCIO 7