Introdução à Economia da Saúde - files.ceaaf.webnode...
Transcript of Introdução à Economia da Saúde - files.ceaaf.webnode...
1. Considerações Gerais
2. Abrangência
3. Definições em economia da saúde
4. Custos em Saúde
5. Saúde e Desenvolvimento economico
6. Mercado de Serviços de saúde
Objetivos de ensino-aprendizagem
Ao final da aula os participantes terão refletido e compreendido
sobre:
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Desde o seu princípio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem
tido presente a importância das repercussões econômicas da má saúde
e da doença, das limitações financeiras que tão amiúde se opõe a
prestação ou à obtenção de assistência médica adequada á
população.
No Brasil, o contexto sócio-sanitário apresenta inúmeros desafios à
configuração de políticas e prestação de serviços de saúde pública.
Esses envolvem a necessidade de expansão da oferta e da
cobertura,incorporação de novas tecnologias e adoção de mecanismos
de monitoramento e avaliação da qualidade da assistência.
Fonte: BRASIL, Avaliação econômica em Saúde.Ministério da Saúde.Brasília, 2008
1. Considerações Gerais
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Recursos escassos
Necessidades ilimitadas
Eficiência
Maximização dos resultados obtidos com um
dado nível de recursos
Minimização dos recursos necessários para
obter determinado resultado
Fonte: Adaptado de MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
• Bem escasso
• Bem tutelar (medicamento como um direito)
• Demanda derivada (relação de agência),
universal e inelástica
• Incertezas (efetividade, RAM...)
• Falta de racionalidade
• Externalidades
• Produz aumento do gasto sanitário
• Simboliza “poder”
Características econômicas do medicamento
Fonte: Adaptado de MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
A abrangência da economia da saúde alcança todos os
aspectos formais da atividade econômica do setor saúde
Seus resultados contribuem para adoção de intervenções
que levem uma vida mais longa e saudável e sedimentem a
base para o progresso econômico.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
2. Abrangência
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
De acordo com Witter et al (2002), as distorções na prestação deserviços de saúde presentes no Brasil,e na maioria dos paísessubdesenvolvidos ou em desenvolvimento, são geridas a partir de:
• Grandes necessidades de saúde
• Escassez de recursos particularmente aguda
• Problemas administrativos na coleta de receitas
• Reais problemas de acesso para uma considerável
parcela da população
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
“O ramo do conhecimento que tem por objetivo a
otimização das ações de saúde, ou seja, o estudo das
condições ótimas de distribuição dos recursos disponíveis
para assegurar à população o melhor estado de saúde
possível, tendo em conta meios e recursos limitados”(Del Nero , 2002)
“Aplicação da ciência econômica aos fenômenos e
problemas associados ao tema da saúde”(Pereira, 2002)
3. Definições em economia da saúde
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
“ Especialidade de recente surgimento dentro dos estudos
econômicos, dedicada a investigação, estudo, métodos de
medição, racionalização e sistemas de análises das atividades
relacionadas com financiamento, produção, distribuição, e
consumo dos bens e serviços que satisfazem necessidades
sanitárias e de saúde, sob princípios normativos da eficiência e
da equidade ”
( Rubio Cébrián, 1995)
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
• Identifica
• Mede
• Valora
• Compara
Custos
&
Conseqüências
• Medicamentos
• Exames
• Programas
• Serviços
• Surto
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Características básicas
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
CUSTO
•Valor monetário de recursos consumidos na produção de outros bens e
serviços em um determinado período (ou a impossibilidade de utilização de
um recurso, no caso das perdas de produtividade)
Ex: Custo com antibióticos utilizados para dar alta a um paciente com
pneumonia
• Tipos de custos
Tangíveis (mensuráveis)
Diretos e Indiretos ou Produtividade
Intangíveis
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
4. Custos em Saúde
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Custos diretos
• São os custos diretamente relacionados com os
cuidados de saúde
• Tipos
Diretos sanitários (médicos)
• Remuneração dos
profissionais
• Medicamentos
• Exames
• Diárias hospitalares
Diretos não sanitários (não
médicos)
• Alimentação
• Transporte
• Adaptações hospitalares
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Custos indiretos (produtividade)
• Mudança na capacidade produtiva do indivíduo,
geralmente, por perda de dias de trabalho ou falecimento
• São importantes para determinadas doenças crônicas
• Ao contrário dos custos diretos não representam despesas efetivamente
incorridas
• Métodos de mensuração: Capital Humano e APVP
• Guias de avaliação econômica diferem na inclusão ou não desses custos
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Custos intangíveis
• Estão relacionados às mudanças na qualidade de vida e às
consequências da doença em si ou do tratamento, como dor, ansiedade,
sofrimento
Custo de oportunidade
• Benefício derivado da utilização de recursos em sua melhor alternativa de
uso
•Uma medida de sacrifício feito pelo uso de recursos em um dado
programa/ atividade/ decisão
•Benefícios que são excluídos pela escolha de uma opção em vez de outra
Fonte: Adaptado de MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Despesa: valor dos bens ou serviços não relacionados diretamente com
a produção de outros bens ou serviços consumidos em um
determinado período.
Ex: despesas com frete de equipamentos biomédicos para manutenção
Gasto: valor dos bens ou serviços adquiridos por uma dada instituição.
Ex: valor da aquisição de uma licitação de fios cirúrgicos
Desembolso: pagamento resultante das aquisições dos bens e serviços
por uma instituição.
Ex: pagamento de aquisição de um lote de bolsas hemoterápicas
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Perda: É o valor dos bens ou serviços consumidos de forma anormal e
involuntária. Ex: danos provocados por sinistros
Desperdício: É o consumo intencional, que por alguma razão não foi
direcionado à produção de um bem ou serviço.
Ex: violar pacotes esterilizados e não utilizar todo o seu conteúdo
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Custo Total
Custos
intangíveis
Custos tangíveis
Custos indiretosCustos diretos
Custos diretos
sanitários
Custos diretos
não sanitários
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
4. Custos em Saúde
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Um hospital compra material de laboratório para isso, entra em contato
com o entorno que lhe proporciona os bens, incorreu em um_________ no
momento da compra. Trinta dias depois vence a fatura referente a compra
do material gerando um _________ (ambiente externo). Durante esse
tempo o hospital incorporou esse material a seu processo produtivo, se
produziu um __________ (ambiente interno)
Fonte: MOTA, D.M. – Curso de Introdução à Farmacoeconomia.
Exercício
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Em uma perspectiva histórica pode-se perceber a real
importância da contribuição relativa dos serviços de saúde ao
bem estar da sociedade.
Com efeito, as intervenções médica foram fundamentais , como
nas vacinas, porém para outras entidades mórbidas, o próprio
desenvolvimento econômico, à conta das inovações agrárias ou
tecnológicas, foi fator decisivo para melhoria do estado de
saúde da população.
5. Saúde e desenvolvimento econômico
Um serviços de saúde de amplitude e qualidade adequadas pode
satisfazer muitas necessidades da população.
“Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao
acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
•Os serviços Preventivos reduzem os riscos para a comunidade
•Os serviços Curativos diminuem os transtornos ou problemas
pessoais de saúde quando isso é possível e facilitam o
atendimento individual, aliviando dores e sofrimento e aumentado
o bem-estar do paciente.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
CAPITAL FÍSICO
O capital físico é composto por equipamentos,
edifícios,matérias-primas e por produtos manufaturados que
existem em momento determinado e têm a capacidade de
gerar serviços, tanto para atividades produtivas como para o
consumo.
CAPITAL HUMANO
Conceito mais amplo, refere-se a capacidade produtiva,
que é em parte inata de um indivíduo, porém pode ser
aumentada mediante consumo de serviços educativos e
sanitários, que podem ser considerados uma inversão em
capital humano
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Consumo
Utilização de bens por pessoas e famílias
Inversão
Contrate ao consumo, indica o uso instrumental de bens para
produzir outros bens.
Os serviços de saúde não produzem diretamente bens
econômicos, sendo a maior parte deles considerados consumo e
não inversão.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Em sentido restrito, o desenvolvimento econômico exige, entre
outros aspectos, melhorias em saúde, educação e outros
setores sociais.
A teoria do capital humano sustenta que a saúde contribui ao
desenvolvimento econômico, por ser um dos seus
componentes e, como decorrência dessa, os serviços de
saúde podem ser considerados instrumentos, ou seja,
inversão em sentido amplo.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
• Mercado de Trabalho para a população, dada notável absorção de
mão-de-obra por ser geralmente intensivo no fator trabalho
• Construção e manutenção de instalações.
• Melhorias quantitativas e qualitativas de suprimentos por longos
períodos.
• Incrementos no nível de vida local.
• Serviços de planejamento familiar, freia o crescimento
demográfico.
Os serviços de saúde aportam benefícios diretos ao
desenvolvimento econômico:
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Saúde como fator
de promoção
desenvolvimento
econômico
Demonstração
dos efeitos
negativos da
doença sobre a
produtividade
Quantificação
dos benefícios
econômicos
resultantes da
melhoria do
nível de saúde
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
Fig 18.3
Os gastos com saúde e educação não são meras despesas
de consumo, devendo ser reconhecidos como formas de
investimento voltados ao capital humano.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
O mundo atual vivencia um processo de transformação
continuada, com destaque para a transição demográfica, que
desemborca na transição epidemiológica, mudando todo o
perfil de saúde.
Há uma necessidade permanente de adoção de estratégias de
intervenção, mais efetivas e a custos mais baixos, para deter
esse processo de agravo à saúde no mundo.
No caso brasileiro, há de se reconher a simuntaneidade de
problemas que recomendam formas distintas de manejo para
políticas de intervenção do setor saúde.
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
MERCADO
“ É contexto ou instituição social, dentro do qual se forma
livremente o preço de um produto (bem ou serviço) pelo
adequado ajustamento de sua oferta e sua demanda, em que se
realiza um intercâmbio de caráter livre e voluntário entre
diferentes pessoas ou entidades”(Rubio Cebrián, 1995)
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
• Não se aplicam as “Leis de Mercado”
• Prática da deseconomia
• Restrição ao acesso de produtores
• Desconhecimento das reais necessidades de saúde da
ampla maioria dos consumidores
• Discriminação de preços
• Controle de propaganda
O mercado dos serviços de saúde apresentam certas peculiaridades:
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
De modo geral, os economistas aceitam a noção de que
os serviços de saúde revelam grandes externalidades
Externalidade de Mercado
Intr
odução à
Econom
ia d
a S
aúde
-Luiz
Marq
ues C
am
pelo
-O
ut -
2010
O conceito de “Demanda” é estritamente econômico, significando
o “ volume de bens e serviços que a comunidade esta disposta a
adquirir a determinados preços”
O acesso aos serviços de saúde podem ser determinados por:
• Disposição dos consumidores de pagaram por bens e serviços
•Capacidade aquisitiva da população e renda pessoal
• Do preço dos serviços
•Importância que os indivíduos atribuem ao mesmo