Introdução a Economia - Seção 4 - Vantagem Comparativa e Excedentes Do Produtor e Do Consumidor

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Introdução a Economia para Empresas Prof.ª Ms. Maria Helena Rosella Baracho 4 –Vantagem comparativa e excedentes do produtor e do consumidor

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Introdução a Economia - Seção 4 - Vantagem comparativa e excedentes do produtor e do consumidor

Transcript of Introdução a Economia - Seção 4 - Vantagem Comparativa e Excedentes Do Produtor e Do Consumidor

  • Introduo a Economia para

    Empresas

    Prof. Ms. Maria Helena Rosella Baracho

    4 Vantagem comparativa e excedentes do

    produtor e do consumidor

  • Objetivos:

    Identificar as ideias bsicas que levam as naes ao mercado internacional, ou seja: vantagem comparativa e excedentes do produtor e do consumidor.

  • Interdependncia

    comercial

    A mxima que todo chefe de famlia prudente deve

    seguir nunca tentar fazer em casa o que lhe

    custar mais caro fazer do que comprar.

    O alfaiate no tenta fabricar seus sapatos, mas os

    compra do sapateiro.

    O sapateiro no tenta confeccionar suas prprias

    roupas, mas as compra do alfaiate.

    O fazendeiro no tenta fazer nem um nem outro,

    mas se vale desses artesos.

    Adam Smith, 1776.

  • Possibilidades de produo e

    custo de oportunidade Imagine um pecuarista e um agricultor, ambos

    trabalhando 8 horas por dia e podem produzir batata ou carne, ou batata e carne.

    ProduoAgricultor Pecuarista

    CARNE BATATAS CARNE BATATAS

    Por dia 0 32 kg 24 kg 0

    Por dia 8 kg 0 0 48 kg

    Por dia 4 kg 16 kg 12 kg 24 kg

  • Agricultor Pecuarista

    CARNE BATATAS CARNE BATATAS

    SEM COMRCIO

    Produo e Consumo 4kg 16kg 12kg 24kg

    COM COMRCIO

    Produo 0 32 kg 18 kg 12 kg

    Comrcio Recebe 5kg D 15 kg D 5kg Recebe 15kg

    Consumo 5 kg 17 kg 13 kg 27 kg

    GANHOS DO COMRCIO

    Aumento do consumo +1 kg +1 kg +1 kg +3 kg

    Possibilidades de produo e

    custo de oportunidade continuao

  • Possibilidades de produo e

    custo de oportunidade continuao

    A Fronteira de Possibilidade de Produo

    Custo de oportunidade: aquilo de que se deve abrir mo para obter algum item.

  • Vantagem absoluta: a comparao entre produtores de um determinado bem levando em considerao sua produtividade.

    Vantagem comparativa: a comparao entre os produtores de um bem levando em considerao seus custos de oportunidade.

    O princpio da vantagem

    comparativa ou relativaDavid Ricardo

  • O princpio da vantagem

    comparativaDavid Ricardo

    Robson Cruso (RC) pode colher 10 cocos ou pescar 1 peixe por hora. Seu amigo Sexta Feira (SF) pode colher 30 cocos ou pescar 2 peixes por hora. Qual o custo de oportunidade de pescar 1 peixe para

    RC?

    E para SF?

    Quem tem vantagem absoluta na pesca?

    E quem tem vantagem comparativa?

  • No explica todos os padres de comrcio;

    No atribui papel estratgia das empresas; supe que no h economias de escala, que as tecnologias so idnticas em toda parte, que os produtos no so diferenciados;

    Supe que o conjunto dos fatores nacionais so fixos.

    Alguns pontos fracos da Teoria

    das Vantagens Comparativa

  • Teorema de Heckscher-Ohlin

    Criado como uma alternativa ao modelo ricardiano, uma das teorias mais importantes da economia internacional.Entende que o padro do comrcio internacional determinada pela diferena na disponibilidade de alguns fatores naturais. Prev que um pas ir exportar aqueles bens que fazem uso intensivo daqueles fatores (insumos, por exemplo) que so abundantes neste pas e ir importar aqueles bens cuja produo dependente de fatores escassos localmente.

  • PQ

    D

    S

    p*

    q*

    Se quando h excedentes de oferta os preos tendem a baixar, diminuindo a quantidade oferecida e aumentando a quantidade procurada...

    E quando h excesso de procura os preos tendem a aumentar, aumentando a quantidade oferecida e diminuindo a quantidade procurada...

    O Preo de Equilbrio

  • PQ

    p1

    q1

    D

    Que significado tem dizer-se que, ao

    preo p1, os consumidores desejam

    comprar q1 unidades do bem, por

    exemplo carne?

    Os consumidores buscam comparar os benefcios que obtm do consumo de carne com os custos que tm de pagar o preo da carne.

    Estes custos (preos) representam de fato os benefcios que obteriam pelo consumo de outros bens que tivessem adquirido com o dinheiro gasto na compra da carne, ou Custo de Oportunidade.

    Custo x Benefcio

  • PQ

    p1

    q1

    D

    Se desejam adquirir q1 unidades de carne ao preo p1, porque o benefcio que da obtm pelo menos to alto como os custos que tm de suportar.

    Em termos marginais, o benefcio do consumo de carne deve ser igual ao seu preo.

    Se o benefcio obtido de uma unidade extra de carne fosse superior ao seu preo, certamente que os consumidores comprariam mais...

    Se o benefcio obtido fosse inferior ao preo, certamente que os consumidores comprariam menos.

    Procura e Disposio para

    Pagar

  • PQ

    p1

    q1

    D

    Podemos ento pensar no preo p1 como uma medida do benefcio marginalque os consumidores obtm por consumir a ltima unidade de carne, quando a quantidade consumida q1.

    Podemos igualmente dizer que o preo p1 mede, relativamente ao consumidor, a sua Disposio Marginal para Pagar a carne (DMP).

    A DMP representa ento a quantidade mxima de dinheiro que os consumidores esto dispostos a pagar por mais uma unidade do bem neste caso carne quando o consumo total de q1 unidades.

    Procura e Disposio para

    Pagar

  • A argumentao anterior sugere que se p1 igual ao benefcio da ltima unidade de carne consumida quando o consumo total q1, ento as unidades anteriores de carne devem ter dado aos consumidores pelo menos tanto benefcio quanto p1. P

    Q

    p1

    q1

    D

    p2

    q2

    Se o preo fosse p2 os consumidores s comprariam q2unidades de carne, e para a ltima unidade de carne consumida obteriam um benefcio marginal de p2 > p1.

    p3

    q3

    Procura e Disposio para

    Pagar

  • PQ

    p1

    q1

    D

    p2

    q2

    p2 a Disposio Marginal para Pagar dos consumidores para a ltima unidade de carne consumida, quando o consumo total de q2. O mesmo raciocnio se poder fazer quando a ltima unidade consumida for q3, que dever originar um benefcio marginal igual a p3.

    p3

    q3

    Procura e Disposio para

    Pagar

  • Ento, e de acordo com o que se disse, se os consumidores compram q1 unidades de carne ao preo p1, o benefcio totalque os consumidores obtm dessa situao dever ser igual rea ABEF a rea debaixo da curva da Procura.

    A

    BC

    DEF

    q1

    p1

    De igual modo, a rea ABEF mede, por parte dos consumidores, a sua Disposio Total para Pagar

    (DTP) as q1 unidades de carne.

    Procura e Disposio para

    Pagar

  • Mas, para adquirirem a quantidade q1 os consumidores apenas despendem o equivalente rea BCEF igual despesa total dos consumidores em carne = p1 q1.

    A

    BC

    DEF

    q1

    p1

    Assim, os consumidores recebem um benefcio lquido, tambm chamado de Excedente do Consumidor, equivalente rea ABC, quando compram q1unidades ao preo p1.

    Excedente do consumidor

  • PQ

    p4

    q4

    S

    Que significado tem dizer-se que, ao

    preo p4, os vendedores desejam

    vender q4 unidades do bem ?

    (continuemos com o exemplo da carne)

    Similarmente os vendedores estaro comparando os benefcios que obtm da venda de carne (o preo recebido por cada unidade de carne vendida) com os custos de produo da mesma.

    Mais uma vez, o preo da carne, p4, deve igualar o custo marginal de produo da ltima unidade de carne, quando a produo total de q4.

    Oferta e Disposio para

    Receber

  • PQ

    p4

    q4

    S Se o custo marginal fosse menor que o preo, poderiam obter maiores lucros produzindo mais carne.

    Se o custo marginal fosse maior que o preo , poderiam obter maiores lucros produzindo menos carne.

    Portanto, a curva da Oferta mede o Custo Marginal de produo da ltima unidade de carne produzida, para os diferentes nveis de produo total.

    Mais uma vez, esta situao implica que se o preo p4apenas cobre o custo marginal de produo da ltima unidade de carne quando a produo total q4, ento p4deve ser pelo menos to elevado quanto o custo marginal de produo das unidades anteriores de carne.

    Oferta e Disposio para

    Receber

  • PQ

    p4

    q4

    S

    Se a produo total fosse apenas de q5, ento o custo marginal de produzir essa ltima unidade de carne deveria ser de apenas p5.q5

    p5

    Oferta e Disposio para

    Receber

    Vejamos ento, usando a representao grfica, quais sero os custos totais de produo e os rendimentos totais dos produtores, tal como fizemos anteriormente para o caso dos consumidores.

  • Podemos dizer que quando ocorre a produo de q4 unidades de carne a um preo p4, o Custo Total de Produocorresponde rea GJKL a rea debaixo da curva da oferta, enquanto que o Rendimento Total corresponde rea LHJK = p4 q4.

    Assim, os produtores recebem um benefcio lquido, tambm chamado de Excedente do Produtor, equivalente rea GHJ, quando vendem q4unidades ao preo p4 Lucro.

    A

    JH

    S

    KL q4

    p4

    G

    Oferta e Disposio para

    Receber

  • Juntemos agora ambas as curvas:

    S

    D

    P

    QQe

    Pe

    Excedente total

  • O equilbrio de mercado conduz a uma produo de carne Qe que maximiza os benefcios lquidos que a sociedade obtm da carne.

    S

    D

    P

    QQe

    Pe

    Excedente total

  • A quantidade de equilbrio Qe tal que o benefcio marginal que os consumidores obtm do consumo de carne apenas cobre o custo marginal de produo da mesma.

    S

    D

    P

    QQe

    Pe

    Excedente total

  • O mximo benefcio lquido pode ser medido pela rea ABC, que igual soma do excedente do consumidor (ABM) mais o excedente do produtor (CBM).

    S

    D

    P

    QQe

    Pe

    A

    B

    C

    M

    A quantidade Qe aquela que maximiza o excedente do consumidor mais o excedente do produtor.

    Excedente total

  • Eficincia de mercado

    Eficincia: a propriedade da alocao de um recurso de maximizar o excedente total recebido por todos os membros da sociedade.

    Equidade: a imparcialidade na distribuio do bem-estar entre os membros da sociedade.

  • Resultados de Mercado

    Os mercados livres alocam a oferta de bens aos compradores que lhes atribuem maior valor, tal como medido por sua disposio para pagar.

    Os mercados livres alocam a demanda porb ensaos vendedores que podem produz-los ao menor custo.

    Os mercados livres produzem a quantidade de bens que maximiza a soma dos excedentes do consumidor e do produtor.

  • Exemplo

  • Bibliografia:

    ROSSETTI, J. P. Introduo economia. 20ed. So Paulo: Atlas, 2006.MANKIW, N. G. Introduo Economia. So Paulo: Cengage Learning, 2009. 838 pg.VICECONTI, P.E.V.; NEVES, S. Introduo economia. 8 edio. So Paulo: Editora Frase Ltda, 2007.PASSOS, C.R.M.; NOGAMI, Otto. Princpios de economia. 4 edio. So Paulo: Pioneira ThomsonLearning, 2003.MENDES, J.T.G. Fundamentos e Aplicaes. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.