Introdução à Engenharia de Requisitos
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Introdução à Engenharia de Requisitos Orlando da Silva Jr.
A Engenharia de Requisitos cria uma ponte para o design e a construção do software, ajudando o engenheiro de software a compreender o problema que será resolvido. É uma ação que começa durante a atividade de comunicação e continua até a atividade de modelagem. A Engenharia de Requisitos consiste em um conjunto de tarefas que colaboram na compreensão:
Do impacto do negócio sobre o software;
Do que o cliente quer; e
De como os usuários finais irão interagir com o software. A intenção da Engenharia de Requisitos é fornecer a todas as partes envolvidas uma compreensão escrita do problema, que pode ser alcançada por meio dos seguintesprodutos:
Cenários de usuário;
Listas de funções e atributos;
Modelos de análises; ou
Especificação. A Engenharia de Requisitos compreende as seguintes etapas:
1. Concepção:define o escopo e a natureza do problema; 2. Elicitação:ajuda o cliente a definir o que é requerido; 3. Elaboração: os requisitos básicos são redefinidos e modificados; 4. Negociação: quais são as prioridades? O que é essencial? Para quando é
requerido? 5. Especificação: o problema é especificado; e 6. Validação: garante que a compreensão do problema entre o engenheiro e o
cliente coincide.
1ª Etapa –Concepção
Concepção Elicitação Elaboração Negociação Especificação Validação
A maior parte dos projetos começa quando uma necessidade de negócio é identificada ou um potencial novo produto ou serviço é descoberto;
Nesta etapa, os engenheiros de software realizam uma série de perguntas na intenção de estabelecer uma compreensão básica do problema, das pessoas que querem a solução, da natureza da solução que é desejada e da eficácia da comunicação preliminar e da colaboração entre o cliente e o desenvolvedor.
2ª Etapa – Elicitação
Pergunta aos envolvidos quais são os objetivos do sistema, o que ele deve realizar, como o sistema se ajusta às necessidades do negócio e, finalmente, como o sistema será usado no dia-a-dia;
Problemas de escopo: os limites do sistema foram mal definidos ou os usuários/clientes especificaram detalhes técnicos desnecessários que confundem em vez de clarear os objetivos gerais do sistema;
Problemas de compreensão:os usuários/clientes não estão completamente certos daquilo que precisam, têm uma fraca compreensão das capacidades e limitações da computação, não têm uma completa compreensão do domínio do problema, têm problemas de comunicação com o engenheiro, omitiram informações que acreditam ser óbvias, especificam requisitos que entram em conflito com as necessidades dos usuários/cliente ou especificam requisito que são ambíguos ou não-testáveis;
Problemas de volatilidade:os requisitos mudam constantemente. 3ª Etapa – Elaboração
Expande e refine a informação recebida das etapas anteriores;
Foca-se no desenvolvimento de um modelo técnico de funções, atributos e restrições de software;
É uma ação da modelagem de análise que é composta por um número de tarefas de modelagem e refinamento;
É dirigida pela criação e refinamento dos cenários de usuário que descrevem como o usuário final irá interagir no sistema;
Produz classes e diagramas UML;
O resultado final é um modelo de análise que define o domínio informacional, funcional e comportamental do problema.
4ª – Negociação
Consiste na resolução de conflitos entre requisitos;
Os envolvidos ranqueiam os requisitos e discutem conflitos em prioridade;
Riscos associados com cada requisito são identificados e analisados;
“Chutes” de esforço de desenvolvimento são feitos e usados para avaliar o impacto de cada requisito no custo do projeto e no tempo de entrega.
5ª Etapa – Especificação
Consiste na elaboração de um documento que transmita de maneira comum a todos os envolvidos o que será desenvolvido;
É o produto final da engenharia de requisitos e serve como o fundamento das atividades de engenharia de software subsequentes.
Descreve a função e o desempenho do sistema e as restrições que governarão seu desenvolvimento.
6ª Etapa – Validação
Consiste na avaliação do produto produzido pela especificação;
Examina a especificação para garantir que nenhum requisito é ambíguio;
Examina ainda as inconsistências, omissões e erros, que devem ser corrigidos;
Verifica se a especificação está de acordo com os padrões estabelecidos para o processo, o projeto e o produto;
O mecanismo primário é a revisão técnica formal, que visa avaliar os requisitos por meio do exame da especificação, buscando erros de conteúdo ou interpretação e clareando as informações apresentadas, se necessário.
O Gerenciamento de Requisitosé um conjunto de atividades que ajuda a equipe de projeto a identificar, controlar e rastrear requisitos e mudanças de requisitos em qualquer momento. A gestão dos requisitos começa pela identificação: a cada requisito é atribuído um identificado único. Em seguida são criadas tabelas de rastreamento(Figura 1), que relacionam os requisitos a um ou mais aspectos do sistema ou ao seu desenvolvimento.
Figura 1 - Exemplo de Tabela de Rastreamento
Existem diferentes tabelas de rastreamento:
Tabela de rastreamento de fontes: indica a origem de cada requisito;
Tabela de rastreamento de subsistema:categoriza requisitos por subsistema governado;
Tabela de rastreamento de interfaces:apresenta como os requisitos se relacionam com as interfaces internas e externas do sistema.