Introdução a Lubrificação

99
LUBRIFICAÇÃO

description

Lubrificação

Transcript of Introdução a Lubrificação

Page 1: Introdução a Lubrificação

LUBRIFICAÇÃO

Page 2: Introdução a Lubrificação

DEFINIÇÃO DE ATRITO

• O atrito é uma designação que se dá a resistência ao movimento. Esta resistência é medida por uma força chamada de força de atrito.

• O atrito pode acontecer tanto na resistência ao movimento entre superfícies sólidas, líquidas e gasosas.

Page 3: Introdução a Lubrificação

Tipos de atrito

• ATRITO VISCOSO - Ocorre no movimento de um corpo em um fluido ou entre duas superfícies em movimento relativo, separadas por uma fina película contínua de fluido.

• ATRITO SÓLIDO DE DESLIZAMENTO - Tem-se o atrito de deslizamento quando uma superfície desliza ou escorrega sobre a outra.

• ATRITO SÓLIDO DE ROLAMENTOS - Tem-se o atrito de rolamento quando um cilindro rola sem deslizar sobre uma superfície horizontal. Este cilindro tende a parar devido a força de atrito de rolamento que atua sobre ele.

Page 4: Introdução a Lubrificação

AS LEIS QUE REGEM O ATRITO DE DESLIZAMENTO

• 1º lei - o atrito é diretamente proporcional a carga aplicada

• 2º lei- o atrito independe da área de contato entre as superfícies de contato

• 3º lei – o atrito cinético ( movimento) é menor que o atrito estático(repouso).

• 4º lei – o atrito diminui com a lubrificação e o polimento das superfícies.

Page 5: Introdução a Lubrificação

AS LEIS QUE REGEM O ATRITO DE ROLAMENTO

• 1ª lei – a resistência ao rolamento é diretamente proporcional à carga aplicada.

• 2ª lei- O atrito de rolamento é inversamente proporcional ao raio do cilindro ou esfera.

Page 6: Introdução a Lubrificação

RUGOSIDADE SUPERFICIAL

• As superfícies, por mais perfeitas que sejam apresentam irregularidades. Essas irregularidades compreendem dois grupos de erros . Erros macrogeométricos e erros microgeométricos.

• Os erros microgeométricos são conhecidos como rugosidades. Ampliando-se uma pequena porção de uma superfície aparentemente lisa , temos a idéia perfeita de uma cadeia de montanhas , conforme o seu tamanho tem-se o grau de rugosidade.

• A rugosidade vai desempenhar um papel importante no comportamento dos componentes mecânicos. Ela influi na qualidade de deslizamento (oferece maior ou menor resistência ao atrito) ,resistência ao desgaste; resistência oferecida pela superfície ao escoamento de fluidos e lubrificantes e etc...

• Rugosímetro- aparelho medidor de rugosidade.

Page 7: Introdução a Lubrificação

secção de um a peça polida ampliada

Page 8: Introdução a Lubrificação

O PORQUE DA LUBRIFICAÇÃO • Quando uma superfície rugosa entra em contato com uma

outra superfície rugosa e a elas são aplicadas determinadas cargas, elas irão sofrer resistência ao movimento devido a força de atrito atuante entre elas. Conforme a carga vai aumentando, uma superfície aderirá cada vez mais a outra ao ponto de sofrer aquecimento conforme o movimento . Isto originará micro-soldagem entre as superfícies. Como conseqüência acontecerá o desgaste, ingripamento ou rompimento do sistema. Este é o motivo das superfícies sólidas serem lubrificadas, pois a lubrificação evitará a micro-soldagem.

• Uma vez que o atrito e o desgaste provêm do contato das superfícies, o melhor método para reduzi-los é manter as superfícies separadas, intercalando-se entre elas uma camada de lubrificante. Isto, fundamentalmente, constitui a lubrificação.

Page 9: Introdução a Lubrificação

CONCEITO DE LUBRIFICANTES

• É qualquer material que, interposto entre duas superfícies atritantes, reduza o atrito.

Page 10: Introdução a Lubrificação

LUBRIFICAÇÃO

• - É o processo ou técnica utilizada na aplicação de uma camada de lubrificante com a finalidade de reduzir o atrito e o desgaste entre duas superfícies sólidas em movimento relativo, separando-as parcialmente ou completamente. Além de separar as superfícies, a camada também tem a função de retirar do sistema o calor e detritos gerados na interação das superfícies. Esta camada lubrificante pode ser constituída por uma variedade de líquidos, sólidos ou gases, puros ou em misturas.

Page 11: Introdução a Lubrificação

FUNÇÕES DOS LUBRIFICANTES

• Controle do atrito – transformando o atrito sólido em atrito fluido, evitando a perda de energia.

• Controle do desgaste- Reduzindo ao mínimo o contato entre superfícies

• Controle de temperatura – absorvendo o calor gerado pelo contato das superfícies

• Controle da corrosão – Evita que a ação de ácidos e o ar destrua os metais.

Page 12: Introdução a Lubrificação

FUNÇÕES DOS LUBRIFICANTES

• Remoção de contaminantes – evitando a formação de borras, lacas e vernizes.

• Vedação – impedindo a saída de lubrificantes e a entrada de partículas estranhas (função das graxas), e impedindo a entrada de outros fluidos ou gases .

• Transmissão de força – funcionando como meio hidráulico.

• Amortecimento de choques - amortecedores

Page 13: Introdução a Lubrificação

CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE LUBRIFICAÇÃO Sem o lubrificante as superfícies de um equipamento

ou peça ficarão em contato direto e isto acarretará uma série de problemas. Exemplos:

• Aumento do atrito• Aumento do desgaste• Dilatação das peças• Desalinhamento• Ruídos• Grimpagem• Ruptura de peças

Page 14: Introdução a Lubrificação

PELÍCULA LUBRIFICANTE

Para que haja a formação da película lubrificante, é necessário que o fluido apresente adesividade (aderência), para aderir a superfície e ser arrastada por ela durante o movimento e coesividade (viscosidade), para que não haja rompimento da película. A propriedade que une a adesividade e a coesividade de um fluido é denominada oleosidade.

Page 15: Introdução a Lubrificação

.

• ADESIVIDADE OU ADERÊNCIA- Qualidade ou condição daquilo que é adesivo, que adere, ou que tem a faculdade de aderir ou propriedade que permite que o lubrificante seja arrastado durante o movimento.

COESIVIDADE OU VISCOSIDADE - propriedade que impede o rompimento da película do lubrificante durante o movimento

• OLEOSIDADE - a propriedade que reúne adesividade e coesividade.

Page 16: Introdução a Lubrificação

CLASSIFICAÇÃO DA LUBRIFICAÇÃO

A lubrificação pode ser classificada , de acordo com a película lubrificante, ela pode ser:

• TOTAL OU FLUIDA - A espessura da camada lubrificante é superior à soma

das alturas das rugosidades, separando-as totalmente (não há contato entre elas). O desgaste é insignificante.

• LIMITE - A espessura da película é apenas igual a soma das alturas das

rugosidades (película insuficiente, mínima). Há desgaste.

• MISTA - pode ocorrer as duas situações anteriores. máquina parada

(limite); máquina em movimento (hidrodinâmica).

Page 17: Introdução a Lubrificação

CLASSIFICAÇÃO DOS LUBRICANTES

Os lubrificantes podem ser dos tipos: Líquido -Pastoso –Sólidos- Gasosos

LUBRIFICANTES LÍQUIDOS – São os mais empregados na lubrificação. Eles são os:

• Óleos minerais puros – vindo da destilação e refino do petróleo• Óleos graxos - podem ser de origem animal ou vegetal (baleia,

sebo bovino,porco, mamona, soja etc..)• Óleos compostos – óleo mineral + óleo graxos• Óleos aditivados – óleo mineral puro + aditivos . os aditivos tem

a importância de adicionar ao óleo determinadas propriedades.• Óleos sintéticos - provenientes da indústria petroquímica.

Page 18: Introdução a Lubrificação

ORIGEM DOS LUBRIFICANTES

• VEGETAL• MINERAL• ORGÂNICOS• SINTÉTICOS• SEMI-SINTÉTICOS

Page 19: Introdução a Lubrificação

LUBRIFICANTES PASTOSOS

Comumente chamadas de GRAXAS , elas são empregados quando os lubrificantes líquidos não conseguem executar suas funções .

• TIPOS DE GRAXAS• GRAXAS DE SABÃO METÁLICO = óleo mineral puro +

sabões metálicos Sabão metálico = óleo graxo + metal ( lítio, sódio,cálcio, etc...)

• GRAXAS SINTÉTICAS = óleo sintético + sabão sintético• GRAXAS A BASE DE ARGILA = óleo minerais puro + argila

especiais de granulação fina• GRAXAS BETUMINOSA = óleo mineral puro + asfalto

Page 20: Introdução a Lubrificação

LUBRIFICANTES SÓLIDOS

são usados geralmente como aditivos de lubrificantes líquidos ou pastoso. Eles podem ser :

• Grafite – o talco – o molibdênio - a mica

Page 21: Introdução a Lubrificação

LUBRIFICANTES GASOSOS

Empregados em casos especiais, quando não é possível a aplicação dos tipos convencionais. Eles são :

• o ar , o hidrogênio e os gases halógenos.

Page 22: Introdução a Lubrificação

Desenvolvimento de um determinado tipo de um óleo

Para se conseguir a formulação de um determinado tipo de óleo, é necessário grandes estudos para verificar a compatibilidade entre os variados tipos de óleos minerais puro (óleos básicos) entre os mais variados tipos de aditivos. Tudo conforme a sua finalidade.

• Para se atingirem as características desejadas é necessário a realização de variados tipos de testes ( análises físicos-químicos).

Page 23: Introdução a Lubrificação

ANÁLISE DE UM ÓLEO

ENTRE AS ANÁLISES REALIZADAS COM LUBRIFICANTES TEMOS:1. DENSIDADE2. VISCOSIDADE3. ÍNDICE DE VISCOSIDADE4. PONTO DE FULGOR (LAMPEJO) E PONTO DE INFLAMAÇÃO (COMBUSTÃO5. PONTO DE FLUIDEZ6. ÁGUA POR DESTILAÇÃO 7. ÁGUA E SEDIMENTOS ( CENTRIFUGAÇÃO)8. DEMULSIVIDADE9. EXTREMA PRESSÃO10. DILUIÇÃO11. PONTO DE GOTA

Page 24: Introdução a Lubrificação

DENSIDADE

• DEFINIÇÃO - Densidade indica a massa de um certo volume de óleo a uma certa temperatura. A maior parte dos produtos líquidos do petróleo são manipulados e vendidos na base do volume ; porém, em alguns casos, é necessário conhecer o peso bruto.

O petróleo e seu derivados expandem-se quando aquecidos, isto é, o volume aumenta e o peso não se modifica. Por esta razão, a densidade é medida a uma temperatura padrão ou, então convertida para esta temperatura por meios de tabela. No Brasil, a temperatura normal de referência é de 20° C . A densidade é importante para indicar se houve contaminação ou deterioração de um lubrificante.

O aparelho que mede a densidade é o densímetro

Page 25: Introdução a Lubrificação

EXEMPLO DE IMPORTÂNCIA DA DENSIDADE

• Sabendo-se que a densidade de um determinado material é igual ao seu peso pelo volume a uma determinada temperatura, deseja-se carregar um caminhão com capacidade máxima de 12.000 kg com tambores de óleo cujo tambor vazio pesa 17 kg e cuja capacidade é de 200 litros . Sabendo-se que a densidade deste óleo é igual a 0,895 kg/litro. Quantos tambores caberão no caminhão ?

Page 26: Introdução a Lubrificação

.

• Densidade do óleo = 0,895 Kg/ litro• Capacidade máxima do caminhão = 12.000 Kg• Peso do tambor vazio = 17 Kg• Capacidade de óleo em cada tambor = 200 L• SOLUÇÃO• 200 x 0,895 = 179 Kg• 179 Kg + 17 Kg = 196 Kg• Logo : 12.000 / 196 = 61 tambores

Page 27: Introdução a Lubrificação

VISCOSIDADE

• DEFINIÇÃO -A viscosidade mede a dificuldade com que o óleo escorre (escoa) ou seja,a viscosidade é a resistência ao escoamento que os fluidos apresentam; quanto mais viscoso for um lubrificante “mais grosso”, mais difícil de escorrer, portanto será maior a sua capacidade de manter-se entre duas peças móveis fazendo a lubrificação das mesmas.

• A viscosidade é a principal propriedade física dos óleos lubrificantes.

Page 28: Introdução a Lubrificação

.

• A viscosidade dos lubrificantes não é constante, ela varia com a temperatura. Quando esta aumenta a viscosidade diminui e o óleo escoa com mais facilidade. O Índice de Viscosidade mede a variação da viscosidade com a temperatura. Quanto maior o índice de viscosidade, menor será a variação de viscosidade do óleo lubrificante, quando submetido a diferentes valores de temperatura.

• O aparelho que mede a viscosidade é o viscosímetro

Page 29: Introdução a Lubrificação

Importância da viscosidade

• Velocidade – quanto maior a velocidade menor deverá ser a viscosidade

• Pressão – quanto maior for a carga, maior deverá ser a viscosidade para suportá-la e evitar o rompimento da película.

• Temperatura – como a viscosidade diminui com o aumento da temperatura, para manter uma película lubrificante, quanto maior for a temperatura, maior deverá ser a viscosidade.

• Folgas – quanto menores forem as folgas , menor deverá ser a viscosidade para que o óleo possa penetrar nelas.

• Acabamento- quanto melhor for o grau de acabamento menor poderá ser a viscosidade.

Page 30: Introdução a Lubrificação

ÍNDICE DE VISCOSIDADE• SUPONHAMOS DOIS TIPOS DE ÓLEO DIFERENTES COM

VISCOSIDADE IGUAL A UMA DETERMINADA TEMPERATURA. TENHE-SE QUE QUANDO A TEMPERATURA VARIAR A VISCOSIDADE DE AMBOS VARIARÃO, SENDO QUE A DE UM DELES VARIARÁ MAIS QUE A DO OUTRO. ISTO ACONTECE PORQUE OS ÍNDICES DE VISCOSIDADE DELES SÃO DIFERENTES.

• MAIOR ÍNDICE – MENOR SERÁ A VARIAÇÃO DA VISCOSIDADE COM O AUMENTO DA TEMPERATURA

• MENOR ÍNDICE – MAIOR SERÁ A VARIAÇÃO DA VISCOSIDADE COM O AUMENTO DA TEMPERATURA

Page 31: Introdução a Lubrificação

VISCOSÍMETROS• Um dos métodos utilizados para determinar a

viscosidade é verificar o tempo gasto para escoar determinada quantidade de óleo, a uma temperatura estabelecida, através de orifícios de dimensões específicas.

• Os viscosímetros mais usados são :• Saybolt (EUA)• Redwood (Inglaterra)• Engler (alemanha)• Cinemático (uso universal)

Page 32: Introdução a Lubrificação

Construção e funcionamento• A construção dos viscosímetros Saybolt, Redwood e Engler é bem

semelhante. Todos se compõem basicamente de um tubo cilíndrico com um estreitamento na parte inferior, um termostato e um termômetro.

Coloca-se o óleo no tubo, deixa-se chegar temperatura ideal, deixa o óleo escorrer e neste momento aciona-se o cronômetro. Quando o óleo atingir a graduação desejada do recipiente que o está recebendo, pára-se o cronômetro.

Com a análise da viscosidade pode-se determinar : Redução da viscosidade ocasionada por contaminação oriunda de

combustível.

Aumento da viscosidade ocasionada pela oxidação do lubrificante em presença de água; suspensão ou contaminação com outro lubrificante mais viscoso.

Page 33: Introdução a Lubrificação

Filme do viscosímetro

Page 34: Introdução a Lubrificação

ADERÊNCIA

Para que possa ser arrastado e comprimido no espaço intermediário entre as peças, o lubrificante deve aderir às superfícies deslizantes. Um lubrificante de pouca aderência não consegue entrar no espaço inter-peças devido à resistência que as peças oferecem à sua entrada. Sem aderência, o lubrificante se solta e ocorre atrito entre as peças.

Page 35: Introdução a Lubrificação

Resistência ao envelhecimento

Um bom lubrificante não varia sua composição química mesmo depois de uso prolongado. Além disso, um bom lubrificante não se oxida, não fica resinoso nem espesso. Em contato com água, não deve formar emulsão.

Page 36: Introdução a Lubrificação

Ponto de fulgor

• É a menor temperatura na qual um lubrificante libera vapor em quantidades suficiente para formar uma mistura inflamável por uma fonte externa de calor.

Page 37: Introdução a Lubrificação

Ponto de inflamação

É a temperatura mínima em que um lubrificante é capaz de se inflamar.

O ponto de inflamação é muito importante em lubrificantes quando estes operam em máquinas que são submetidas a altas temperaturas.

Page 38: Introdução a Lubrificação

Ponto de fluidez ou névoa

• Ponto de fluidez é a menor temperatura, na qual a amostra ainda flui.

Quando resfriamos um subproduto do petróleo suficientemente, este deixa de fluir, mesmo sob ação da gravidade, devido a cristalização das parafinas ou o aumento da viscosidade (congelamento).

Page 39: Introdução a Lubrificação

Análise de contaminação por água

• Uma forma muito usada nos laboratórios para separar a água do lubrificante é através da destilação.

• Com este processo o laboratorista irá, através de uma amostra, verificar o índice de contaminação do lubrificante por água.

Page 40: Introdução a Lubrificação

Análise de contaminação por água e sedimentos.

• CENTRIFUGAÇÃO DO LUBRIFICANTE CONTAMINADO POR ÁGUA E SEDIMENTOS É UM DOS MÉTODOS MAIS USADOS.

• Como a água e os sedimentos sólidos possuem densidade maior que o óleo eles se separarão do óleo permanecendo na parte inferior do recipiente.

Page 41: Introdução a Lubrificação

Ponto de gota

• O ponto de gota de uma graxa é a temperatura em que se inicia a mudança do estado pastoso para o estado líquido (primeira gota). A escolha de uma graxa com o ponto de gota conhecido é importante pois nem todas as máquinas trabalham com a mesma temperatura.

Page 42: Introdução a Lubrificação

EMULSIFICAÇÃO• Emulsão é a mistura entre dois líquidos imiscíveis em

que um deles (a fase dispersa) encontra-se na forma de finos glóbulos no seio do outro líquido (a fase contínua), formando uma mistura estável. Exemplos de emulsões incluem manteiga e margarina, maionese, e alguns cosméticos. As emulsões mais conhecidas consistem de água e óleo.

• imiscível - adj.m. e adj.f. Que não se pode ou consegue misturar; não miscível; não misturável; imisturável. pl. imiscíveis. (Etm. do latim:...

Page 43: Introdução a Lubrificação

DEMULSIBILIDADE

• É a capacidade que um fluido tem de separa-se rapidamente da água. Um fluido hidráulico deve possuir boa demulsibilidade, para que a água livre presente no sistema possa ser drenada. Água no sistema hidráulico provoca ferrugem e corrosão dos componentes, além de causar a separação dos aditivos, diminuindo a vida útil do fluido. Os fluidos hidráulicos integrais (de base não aquosa, como as emulsões) são contaminados pela água através da condensação, vazamentos nos trocadores de calor ou pelo ar umedecido proveniente do respiro do reservatório.

Page 44: Introdução a Lubrificação

EXTREMA PRESSÃO

• É a capacidade que um lubrificante possui em suportar pressões elevadas evitando que as superfícies em movimento entre em contato .

Page 45: Introdução a Lubrificação

Classificação de um óleo pela norma SAE (Sociedade de Engenheiros Automotivos dos

Estados Unidos)

Classifica os óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior este número, mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três categorias:

• Óleos de verão : SAE 20, 30, 40, 50, 60;• Óleos de inverno : SAE 0W, 5W, 10W, 15W,

20W, 25W;• Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE

20W40, 20W50, 15W50.

Page 46: Introdução a Lubrificação

Qual a diferença entre um óleo monoviscoso e multiviscoso

• Temos como exemplo que o SAE 15W40 é multiviscosos e o SAE 40 é monoviscosos .

• A grande diferença entre eles está no comportamento do lubrificante dentro do motor, ao longo do período de trabalho. Os multiviscosos, que possuem dois números separados pela letra W (winter-inverno), são hoje os produtos mais vendidos no mercado.

Page 47: Introdução a Lubrificação

.

• Isto porque sua composição mais moderna atua de forma inteligente, ou seja, o primeiro número, antes do W, indica a viscosidade do óleo na temperatura inicial de uso e o segundo número indica a viscosidade do produto durante a alta temperatura do motor ao longo da viagem. Isto significa que, quando o motor está frio, o multiviscoso possui menor viscosidade para circular mais rapidamente pelo motor. Conforme o motor vai esquentando, a viscosidade também vai aumentando para garantir a lubrificação perfeita ao longo de todo o trajeto.

Page 48: Introdução a Lubrificação

.

Já com os monoviscosos isto não acontece. Na temperatura inicial, ele possui uma viscosidade 40, maior que a do multiviscoso quando o motor está frio. Logo, durante a partida, demorará mais tempo para cobrir todas as partes metálicas. Mas ao longo do trajeto, à medida que o motor esquenta, vai perdendo gradualmente sua viscosidade (ficando mais “fino”) e com isto, durante os maiores esforços, onde a temperatura é maior, pode ficar com viscosidades inferiores ao multiviscoso.

Page 49: Introdução a Lubrificação

.

ÓLEO MINERAL ÓLEO SEMI-SINTÉTICO ÓLEO 100% SINTÉTICO

Page 50: Introdução a Lubrificação

DIFERENÇAS ENTRE O ÓLEO MINERAL E O ÓLEO SINTÉTICO

• Existem basicamente três tipos de óleo lubrificante: mineral, semi-sintético e sintético. Quais as diferenças básicas entre eles e as vantagens de cada um?

• Os lubrificantes de base mineral são formulados com óleos básicos derivados do refino do petróleo. São compostos de frações de hidrocarbonetos podendo ser classificados como parafínicos, naftênicos ou aromáticos de acordo com a composição química, origem do petróleo e com os processos de refino.

• Os óleos sintéticos possuem composição química bem definida, e são obtidos a partir de reações químicas de polimerização de insumos provenientes da indústria petroquímica. Podemos dizer que os óleos sintéticos foram desenvolvidos exclusivamente para serem utilizados como lubrificantes, sendo assim, possuem características excelentes para desenvolverem este papel. Seu processo de fabricação requer cuidados especiais, refletidos no produto final. Os óleos sintéticos, por sua maior estabilidade e detergência, mantêm suas propriedades por um período mais longo que os óleos minerais.

Page 51: Introdução a Lubrificação

DIFERENÇAS ENTRE O ÓLEO MINERAL E O ÓLEO SINTÉTICO• Os óleos semi-sintéticos constituem-se de uma mistura de

bases minerais e sintéticas, em proporções variadas. Apresentam desta forma características intermediárias, de acordo com o percentual de cada base. Os óleos sintéticos apresentam, por exemplo, melhor resistência à oxidação que os óleos minerais. Quanto maior for o teor de base sintética em um óleo semi-sintético maior será sua resistência à oxidação.

• É bom ressaltar que o benefício oferecido pelo óleo sintético está na lubrificação mais eficiente garantindo um aumento na vida útil do motor, e nunca na extensão do período de troca. Devido sua excelente estabilidade térmica e à oxidação, podem trabalhar sob temperaturas mais elevadas que os óleos minerais. Além disso, sua película lubrificante é mais resistente se mantendo mesmo nas condições mais severas de carga.

Page 52: Introdução a Lubrificação

ADITIVOS

• Para conferir, retirar ou melhorar certas propriedades especiais dos lubrificantes, que não condizem com o desejado, especialmente quando o lubrificante é submetido a condições severas de trabalho, são adicionados produtos químicos aos óleos lubrificantes, que são chamados aditivos.

• Os principais tipos de aditivos são: anti-corrosivos, anti-perspirantes, detergente-dispersante, melhoradores do Índice de Viscosidade, agentes de extrema pressão, etc.

Page 53: Introdução a Lubrificação

aditivos de desempenho

Os aditivos de desempenho fornecem proteção extra para o óleo básico e o habilitam a proteger e a limpar o seu motor, ajudando-o a trabalhar mais por mais tempo. Eles vêm em vários tipos, que devem ser cuidadosamente selecionados e misturados para fornecer um excelente desempenho:

• Os detergentes mantêm o motor limpo e neutralizam os ácidos corrosivos que se formam quando combustível é queimado.

• Os dispersantes removem a fuligem e a borra e as mantêm em suspensão no óleo para evitar entupimentos. Esta sujeira pode então ser removida do seu motor na próxima troca de óleo.

Page 54: Introdução a Lubrificação

Aditivos de desempenho

• Os aditivos anti-desgaste protegem o seu motor através da formação de uma camada química entre as partes móveis. Estes aditivos são particularmente importantes ao dirigir com cargas pesadas ou durante a partida do motor.

• Os antioxidantes ajudam a retardar a degradação natural do óleo do seu motor e, por isso, protegem seu motor de forma mais eficaz por mais tempo.

• Os modificadores de atrito reduzem a resistência entre as partes móveis para aumentar a economia de combustível.

• Aditivos anticorrosivos são elementos essenciais que impedem a corrosão do motor.

Page 55: Introdução a Lubrificação

GRAXAS

• DEFINIÇÃO : As graxas podem ser definidas como produtos formados pela dispersão de um espessante e um óleo lubrificante

• Espessante é uma substância capaz de aumentar a viscosidade de soluções , emulsões e suspensões, melhorando a textura e a consistência. O sabão metálico possui as características de um espessante.

• sabão metálico= ácido graxo + metal• O nome da graxa será de acordo com o tipo de metal e

cada tipo terá uma especificidade quanto a sua aplicabilidade.

• Ex : graxa de sabão de lítio, graxa de sabão de sódio graxa de sabão de cálcio.

Page 56: Introdução a Lubrificação

vantagens e desvantagens em relação aos óleos lubrificantes

Vantagens : • As graxas promovem vedação contra água e

impurezas• Quando a alimentação de óleo não pode ser feita

continuamente, emprega-se a graxa.• As graxas possuem maior adesividade do que os

óleos.Desvantagens• Os óleos dissipam melhor o calor do que as graxas• Os óleos lubrificam melhor em altas velocidade • Os óleos resistem melhor a oxidação

Page 57: Introdução a Lubrificação

PONTO DE GOTA

• PONTO DE GOTA - É a temperatura em que se inicia a mudança do estado pastoso para o estado líquido (primeira gota).

Page 58: Introdução a Lubrificação

CONSISTÊNCIA

• CONSISTÊNCIA – Consistência de uma graxa é a resistência que esta opõe `a deformação sob aplicação de uma força. Assim como a viscosidade é a principal propriedade dos óleos lubrificantes a consistência é a principal propriedade das graxas.

Page 59: Introdução a Lubrificação

PENETRÔMETRO

• PENETRÔMETRO – É o aparelho que mede a consistência de uma graxa.

Page 60: Introdução a Lubrificação

CRITÉRIOS DE ESCOLHA

• A escolha correta da graxa quanto a sua aplicabilidade está relaciona principalmente a sua consistência o seu ponto de gota, resistência a temperatura, resistência a água e resistência ao trabalho .

• QUADRO COMPARATIVO

Page 61: Introdução a Lubrificação

.GRAXA A BASE DE SABÃO DE:

RESISTÊNCIA À TEMPERATURA

RESISTÊNCIA À ÁGUA

RESISTÊNCIA À TRABALHO

Sódio MB P B

Complexo de cálcio RaB O RaB

Cálcio MB MB MB

lítio MB MB O

Page 62: Introdução a Lubrificação

Resistência ao calor

Na ilustração abaixo, é apresentada a resistência à temperatura de acordo com a natureza do sabão das graxas. A graxa de CÁLCIO é a única que possui baixa resistência à temperatura.

Page 63: Introdução a Lubrificação

Resistência a água

O tipo de sabão comunica ou não à graxa a resistência à ação da água. Dos tipos citados anteriormente, a graxa de sabão de SÓDIO é a única que dissolve em presença da água.

As graxas de sabão de cálcio,lítio e complexo de cálcio resistem à água

As graxas de sabão de sódio dissolvem-se na água

Page 64: Introdução a Lubrificação

Resistência ao trabalho

Graxa com boa estabilidadeA graxa permanece no mancal

Graxa sem estabilidadeA graxa escorre

As graxas de boa qualidade apresentam estabilidade quando em trabalho,e não escorrem das partes a lubrificar. As graxas de LÍTIO possuem, geralmente uma ótima resistência ao trabalho.

Page 65: Introdução a Lubrificação

Sistemas de lubrificação. Por gravidade – lubrificação manual, copo com vareta, copo

conta gotas,

. Por capilaridade – copo com mecha,

. Por salpico

. Por imersão

. Por sistema forçado

. A graxa

Page 66: Introdução a Lubrificação

Dispositivos de lubrificação por gravidade

.

Page 67: Introdução a Lubrificação

Almotolia comum

Método simples, porém ineficiente devido às condições de excesso ou falta de

lubrificante, por depender do ser humano

Page 68: Introdução a Lubrificação

Almotolia comum

Page 69: Introdução a Lubrificação

Almotolia de bomba

Page 70: Introdução a Lubrificação

Copo graxeiro manual

Parafuso com rosca

óleo

Page 71: Introdução a Lubrificação

Copo graxeiro automático

Page 72: Introdução a Lubrificação

Copo graxeiro

Dispositivo de proteção

Page 73: Introdução a Lubrificação

Pistola graxeira

Page 74: Introdução a Lubrificação

Pistola de óleo

Page 75: Introdução a Lubrificação

Copo conta gotas

Page 76: Introdução a Lubrificação

Copo Conta-Gotas

Apresenta a vantagem de regular a quantidade de óleo, deixando cair um certo número de gotas por minuto. Permite que ele entre em operação quando requerido.

Page 77: Introdução a Lubrificação

Copa conta gotas

Neste tipo de dispositivo é possível regular o fluxo de óleo através da regulagem do parafuso de ajuste

Page 78: Introdução a Lubrificação

Copo com Vareta

• Neste copo há uma agulha que, passando por um orifício de diâmetro pouco maior do que seu próprio, repousa sua extremidade sobre o eixo que, quando em rotação, dá um movimento alternativo à agulha, fazendo com que uma quantidade de óleo desça durante o período em que o eixo está girando.

Page 79: Introdução a Lubrificação

Copo com vareta

A haste se movimenta com a vibração do eixo e isto produz a alimentação com óleo

Page 80: Introdução a Lubrificação

DISPOSITIVOS DE LUBRIFICAÇÃO POR CAPILARIDADE

• .

Page 81: Introdução a Lubrificação

Copo com Mecha

É baseado no princípio da capilaridade. A passagem do óleo depende do pavio que, com a utilização, pode ficar sujo, impedindo o escoamento. A vazão depende da viscosidade do óleo, da temperatura e do tamanho e trançado do pavio.

Page 82: Introdução a Lubrificação

Copo com mexa tipo sifão

como parte do cordão está inserido no tubo e parte está mergulhado no óleo, o óleo vai penetrando no cordão por capilaridade e depois por gravidade ele vai gotejar no sistema.

Page 83: Introdução a Lubrificação

Copo com mexa tipo sifão

1 2 3

Page 84: Introdução a Lubrificação

Copo com mecha tipo tampãoDispositivo usado em máquinas de movimentos bruscos, pois a lubrificação se dá através destes movimentos

Page 85: Introdução a Lubrificação

Copo com mecha tipo tampãoA alimentação do tubo é feita através da vibração do equipamento a ser lubrificado

1 2 3

Page 86: Introdução a Lubrificação

Acessórios de Lubrificação

• 1. Talha: A talha serve para mover tambores de lubrificantes. Podem ser manuais ou elétricas

• Empilhadeira: É utilizada na estocagem dos tambores.

• Tanque: É utilizado para limpeza do equipamento de lubrificação

.

Page 87: Introdução a Lubrificação

• Misturador: É intensivamente aplicado para misturar óleo solúvel com água.

Page 88: Introdução a Lubrificação

Meios de Lubrificação a Graxa Pistola : É uma bomba manual que introduz a graxa por intermédio do pino

graxeiro. Os pinos podem ser dos tipos botão, pressão e embutido, e são dotados de válvulas de retenção.

Copo Stauffer : Os copos são enchidos com graxa e, ao girar a tampa, a graxa é impelida pelo orifício localizado na parte inferior do copo. Quando a tampa chegar ao fim do curso da rosca, o copo deve ser preenchido.

Pincel ou Espátula : Sistema manual de aplicação de uma película de graxa na parte a ser lubrificada.

Enchimento : Usado em mancais de rolamento. A graxa é aplicada manualmente até 2/3 da capacidade do depósito.

Misturador: É intensivamente aplicado para misturar óleo solúvel com água.

Page 89: Introdução a Lubrificação

Copo Stauffer : Os copos são enchidos com graxa e, ao girar a tampa, a graxa é impelida pelo orifício localizado

na parte inferior do copo. Quando a tampa chegar ao fim do curso da rosca, o copo deve ser preenchido.

Page 90: Introdução a Lubrificação

espátula

Page 91: Introdução a Lubrificação

pincel

Page 92: Introdução a Lubrificação

Bomba manual para graxa

Page 93: Introdução a Lubrificação

Engraxadeira ou pistola

Page 94: Introdução a Lubrificação

• Pistola : É uma bomba manual que introduz a graxa por intermédio do pino graxeiro. Os pinos podem ser dos tipos botão, pressão e embutido, e são dotados de válvulas de retenção.

Page 95: Introdução a Lubrificação

Graxeira curva 90 °

Page 96: Introdução a Lubrificação

Graxeira reta

Page 97: Introdução a Lubrificação

ÓLEO HIDRÁULICO

• A principal tarefa de um óleo hidráulico na industria é de movimentar equipamentos ou ferramentas em linhas de processos. Em geral são sistemas centralizados ou individuais que movem ou transportam produtos na fábrica. Nas industrias alimentícias, sistemas hidráulicos levantam, empurram, espremem ou dão forma aos ingredientes ou produtos.

Os sistemas com óleo hidráulico muitas vezes estão sendo usados em casos de alta carga. A função do fluido hidráulico é a transmissão de força e a lubrificação das peças internas do sistema como por exemplo bombas de engrenagens ou cilindros.

A maior parte dos óleos hidráulicos é produzida com óleos minerais devido ao custo. Para atender as exigências, estes produtos tem de ser melhorados com uma variedade de aditivos, tais como: inibidores de corrosão, antioxidantes, detergentes, aditivos EP ( extreme pressão), antiespumantes, emulgadores, abaixador do ponto de congelamento ( pour-point), etc. Também é importante que o óleo hidráulico não ataque as vedações do sistema hidráulico.

Page 98: Introdução a Lubrificação

Viscosidade do óleo hidráulico

• A maioria é formulado com viscosidades de ISO VG 32, 46 ou 68.

Com o tempo de uso e a influência de umidade a viscosidade do óleo tende a aumentar devido a emulsificação de água no óleo, fato que ocorre muito nas indústrias de alimentos aonde ocorre a limpeza dos equipamentos diariamente com água sob pressão e detergentes, contaminando assim o óleo hidráulico. Com óleos semi-sintéticos ou sintéticos consegue-se uma economia considerável, devido a diminuição de trocas e paradas no processo produtivo.

Page 99: Introdução a Lubrificação

DESCARTE CORRETO DOS LUBRIFICANTES

• O ALUNO DEVERÁ ENTRAR NO ENDEREÇO ABAIXO E SE INFORMAR A RESPEITO DO ASSUNTO.

http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res36205.xml